domingo, 15 de setembro de 2013

Meu primeiro dia na Nova Terra


Mil anos se passaram. A Cidade Santa desembarca no Planeta Terra, após uma linda viagem pelo Universo. Os santos de Deus, agora transformados, contemplam o mesmo planeta outrora habitado. Tudo é diferente; há muito brilho, muita luz, muita paz...
Não há mais nuvens, não há mais frio, nem calor, nem morte, nem dor... De imediato, somos tomados de inexprimível comoção. As lágrimas só não caem porque Deus as extinguiu para sempre. Não há palavras para descrever as cenas que vão passando diante de nossos olhos atentos e radiantes. De repente, ficamos atônitos. É difícil acreditar no que nossos olhos contemplam, mesmo depois de passarmos mil anos no Céu.
 Nossa cidade é de ouro maciço, rodeada de pedras preciosas por todos os lados. Há um rio de águas cristalinas que corta a cidade ao meio.
Os animais são dóceis, e há muitas outras espécies que não havia na antiga Terra. As flores têm uma beleza ímpar, os frutos das árvores são de magnífico sabor e há uma harmonia de cores incrível em toda a natureza. Aqui não há mais lembranças da nossa vida na antiga Terra, Deus as eliminou de nossa memória para sempre.
Senti a mão de alguém tocar meu ombro, era meu anjo chamando-me para ouvir o pronunciamento de Jesus: “Meus filhos queridos, essa é a Nova Jerusalém que Eu havia prometido que lhes daria, conforme registrei nas Escrituras Sagradas...” Isso me fez lembrar Mateus 25:34: “Então, dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.”
Em seguida, andamos pela cidade para conhecer toda a sua extensão. Um lugar em especial nos deixou maravilhados; o santuário no qual nós iríamos adorar nosso Deus. Uma obra que só não supera em beleza o santuário de Deus no Céu, mas que quase chega a igualar.
Logo depois, somos convidados para o nosso primeiro banquete. É um momento de muito júbilo e emoção. Há uma mesa de incalculável extensão em forma retangular, e, miraculosamente, todos nós conseguíamos enxergar as três pessoas da Divindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, mesmo os que estavam mais distantes. Deus abençoa o nosso maná – assim é chamado o alimento que se assemelha ao pão, mas que tinha um sabor inigualável – e comemos todos juntos após pronunciarmos um “amém” que ecoa em forma de cântico pelos ares.
Após aquela refeição maravilhosa, somos convidados a conhecer nosso lar, nossas “mansões sobre o monte”, onde viveríamos por todo o sempre.
Após ouvirmos as orientações de Deus e Sua declaração de amor por nós, Ele Se despede da seguinte forma: “amados, não deem importância ao tempo; o tempo aqui não existe tudo é eterno. Tudo isso que vocês estão contemplando são os tesouros que vocês acumularam após os anos de renúncia e abnegação, de sofrimento e morte por Minha causa. Possuam como herança o lar que lhes está preparado desde a fundação do mundo e recebam todo o amor que temos para dar a vocês. Aqui é apenas o começo de uma vida sem fim”.
Assim terminou o meu primeiro dia* na Nova Terra. Um lugar onde todas as pessoas eram felizes e sorriam. Havia muita paz, júbilo e regozijo. Não havia mais qualquer resquício de maldade, o mal estava para sempre destruído. De longe nós contemplamos a morte dos ímpios que, guiados por Satanás após a segunda ressurreição, marcharam contra a cidade tentando tomá-la por usurpação. Foi o último suspiro de maldade na história do Universo, até que o fogo os consumiu para sempre. Não houve alegria de nossa parte pela morte dos ímpios. Mas mesmo eles reconheceram a justiça de Deus, e todos nós rendemos graças, honras e glórias ao Cordeiro que trazia no corpo as marcas do amor à humanidade, nosso Salvador Jesus Cristo.

Por José Henrique Araújo de Oliveira, membro da Igreja Adventista do Setor Bosque, em Formosa, GO.

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