Mil anos se passaram. A Cidade Santa desembarca no Planeta
Terra, após uma linda viagem pelo Universo. Os santos de Deus, agora
transformados, contemplam o mesmo planeta outrora habitado. Tudo é diferente;
há muito brilho, muita luz, muita paz...
Não há mais nuvens, não há mais frio, nem calor, nem morte,
nem dor... De imediato, somos tomados de inexprimível comoção. As lágrimas só
não caem porque Deus as extinguiu para sempre. Não há palavras para descrever
as cenas que vão passando diante de nossos olhos atentos e radiantes. De
repente, ficamos atônitos. É difícil acreditar no que nossos olhos contemplam,
mesmo depois de passarmos mil anos no Céu.
Nossa cidade é de ouro
maciço, rodeada de pedras preciosas por todos os lados. Há um rio de águas
cristalinas que corta a cidade ao meio.
Os animais são dóceis, e há muitas outras espécies que não
havia na antiga Terra. As flores têm uma beleza ímpar, os frutos das árvores
são de magnífico sabor e há uma harmonia de cores incrível em toda a natureza.
Aqui não há mais lembranças da nossa vida na antiga Terra, Deus as eliminou de
nossa memória para sempre.
Senti a mão de alguém tocar meu ombro, era meu anjo
chamando-me para ouvir o pronunciamento de Jesus: “Meus filhos queridos, essa é
a Nova Jerusalém que Eu havia prometido que lhes daria, conforme registrei nas
Escrituras Sagradas...” Isso me fez lembrar Mateus 25:34: “Então, dirá o Rei
aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu pai! Entrai na posse do
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.”
Em seguida, andamos pela cidade para conhecer toda a sua
extensão. Um lugar em especial nos deixou maravilhados; o santuário no qual nós
iríamos adorar nosso Deus. Uma obra que só não supera em beleza o santuário de
Deus no Céu, mas que quase chega a igualar.
Logo depois, somos convidados para o nosso primeiro banquete.
É um momento de muito júbilo e emoção. Há uma mesa de incalculável extensão em
forma retangular, e, miraculosamente, todos nós conseguíamos enxergar as três
pessoas da Divindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, mesmo os que
estavam mais distantes. Deus abençoa o nosso maná – assim é chamado o alimento
que se assemelha ao pão, mas que tinha um sabor inigualável – e comemos todos
juntos após pronunciarmos um “amém” que ecoa em forma de cântico pelos ares.
Após aquela refeição maravilhosa, somos convidados a conhecer
nosso lar, nossas “mansões sobre o monte”, onde viveríamos por todo o sempre.
Após ouvirmos as orientações de Deus e Sua declaração de amor
por nós, Ele Se despede da seguinte forma: “amados, não deem importância ao
tempo; o tempo aqui não existe tudo é eterno. Tudo isso que vocês estão
contemplando são os tesouros que vocês acumularam após os anos de renúncia e
abnegação, de sofrimento e morte por Minha causa. Possuam como herança o lar
que lhes está preparado desde a fundação do mundo e recebam todo o amor que
temos para dar a vocês. Aqui é apenas o começo de uma vida sem fim”.
Assim terminou o meu primeiro dia* na Nova Terra. Um lugar
onde todas as pessoas eram felizes e sorriam. Havia muita paz, júbilo e
regozijo. Não havia mais qualquer resquício de maldade, o mal estava para
sempre destruído. De longe nós contemplamos a morte dos ímpios que, guiados por
Satanás após a segunda ressurreição, marcharam contra a cidade tentando tomá-la
por usurpação. Foi o último suspiro de maldade na história do Universo, até que
o fogo os consumiu para sempre. Não houve alegria de nossa parte pela morte dos
ímpios. Mas mesmo eles reconheceram a justiça de Deus, e todos nós rendemos
graças, honras e glórias ao Cordeiro que trazia no corpo as marcas do amor à
humanidade, nosso Salvador Jesus Cristo.
Por José Henrique Araújo de Oliveira, membro da Igreja
Adventista do Setor Bosque, em Formosa, GO.
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