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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Entrevista com o Diabo

O QUE VOCÊ FARIA SE FICASSE DE FRENTE COM O DIABO?

Neste filme, um repórter mundialmente famoso tem a oportunidade de encarar o inimigo das almas. Durante a conversa, o repórter descobre que tudo o que sabia sobre o poder sobrenatural está errado, e que ele, assim como todos nós, tem um papel importante em um conflito cósmico entre o bem e o mal.



sábado, 30 de abril de 2016

O Sermão do Monte... de Satanás

 
E Satanás, vendo as hostes diante dele, desceu para um vale ressequido. E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

Bem-aventurados os independentes, autossuficientes e emancipados, o pessoal do “eu consigo com minhas próprias forças!”, pois deles é o reino do inferno.

Bem-aventurados os que não choram por seu pecado, que somente expressam um arrependimento superficial e mundano, porque seus corações serão endurecidos.

Bem-aventurados os que têm ar de superioridade, que derrubam os outros, que têm sua própria galera, que afirmam seus direitos, que batalham por seus próprios planos, porque herdarão o inferno.

Bem-aventurados os que são indiferentes à falta de piedade em suas vidas e ao seu redor, porque eles certamente terão seu quinhão de pecado nesta vida.

Bem-aventurados os que não têm misericórdia, que exigem que todo mal contra si seja corrigido, que facilmente se ofendem, e que contra-atacam seus oponentes com calúnia, fofoca, e brutalidade aberta, porque eles receberão o mesmo como troco.

Bem-aventurados os que permitem que muitas impurezas infiltrem-se em seu coração através de meios inocentes como a televisão, a internet, relacionamentos e seus smartphones, porque eles não verão a face de Deus.

Bem-aventurados os que causam conflito, criam divisões, apreciam a controvérsia, colocam um contra o outro, porque serão chamados filhos de Satanás.

Bem-aventurados os que procuram evitar a perseguição sendo silenciosos, “inofensivos”, evitando piedade pública, porque terão grandes mansões no inferno.

Bem-aventurados sois vós quando os outros pensarem que vós sois fantásticos, divertidos, legais e a alegria da festa por minha causa. Exultai e alegrai-vos, pois grande é a vossa dor no inferno, porque assim eles trataram os ímpios por toda a história.

Stephen Altrogge | Traduzido por Josaías Jr | Reforma21

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

As anti-bem-aventuranças - Mensagem satânica para o homem de hoje





E Satanás, vendo as hostes diante dele, desceu para um vale ressequido. 
E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

Bem-aventurados os independentes, autossuficientes e emancipados, o pessoal do “eu consigo com minhas próprias forças!”, pois deles é o reino do inferno.

Bem-aventurados os que não choram por seu pecado, que somente expressam um arrependimento superficial e mundano, porque seus corações serão endurecidos.

Bem-aventurados os que têm ar de superioridade, que derrubam os outros, que têm sua própria galera, que afirmam seus direitos, que batalham por seus próprios planos, porque herdarão o inferno.

Bem-aventurados os que são indiferentes à falta de piedade em suas vidas e ao seu redor, porque eles certamente terão seu quinhão de pecado nesta vida.

Bem-aventurados os que não têm misericórdia, que exigem que todo mal contra si seja corrigido, que facilmente se ofendem, e que contra-atacam seus oponentes com calúnia, fofoca, e brutalidade aberta, porque eles receberão o mesmo como troco.

Bem-aventurados os que permitem que muitas impurezas infiltrem-se em seu coração através de meios inocentes como a televisão, a internet, relacionamentos e seus smartphones, porque eles não verão a face de Deus.

Bem-aventurados os que causam conflito, criam divisões, apreciam a controvérsia, colocam um contra o outro, porque serão chamados filhos de Satanás.

Bem-aventurados os que procuram evitar a perseguição sendo silenciosos, “inofensivos”, evitando piedade pública, porque terão grandes mansões no inferno.

Bem-aventurados sois vós quando os outros pensarem que vós sois fantásticos, divertidos, legais e a alegria da festa por minha causa. Exultai e alegrai-vos, pois grande é a vossa dor no inferno, porque assim eles trataram os ímpios por toda a história.

Traduzido por Josaías Jr | Reforma21| Original aqui

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Lúcifer e Suas Escolhas - Está Escrito

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Lúcifer na telinha e a feminização do nome de Deus




De acordo com o site Fast News, não é só no Brasil que a sociedade se manifesta sobre a programação veiculada na TV que vai contra os princípios cristãos. Nos Estados Unidos, milhares de mães se reuniram para protestar contra a série “Lúcifer”, novo lançamento da Fox para 2016. Foi aberta uma petição que está nos sites The American Family Association e One Million Moms (Associação da Família Americana e Um Milhão de Mães), na qual se diz que “o programa descaracteriza Satanás, se afasta dos verdadeiros ensinamentos bíblicos sobre ele, e retrata de maneira imprecisa as crenças da fé cristã. Ao colocar essa série no ar, a Fox está desrespeitando o cristianismo e zombando da Bíblia”. A petição já rendeu assinaturas de mais de 12 mil mães até a última quinta-feira (28/5), no One Million Moms. Mais 72 mil pessoas também estão apoiando a causa no The American Family Association.

Na série, o demônio é protagonizado como Lúcifer Morningstar, que decide sair do inferno para se mudar para Los Angeles, com o intuito de abrir uma discoteca de luxo, denominada “Lux”. Na trama, Deus se chateia com o fato de Satanás deixar o inferno e resolve enviar um anjo chamado Amenadiel, que tenta convencer Lúcifer a voltar.

Além disso, Satanás irá auxiliar o Departamento de Polícia da cidade a solucionar o assassinato de uma estrela pop em sua casa noturna. Para isso, ele abusará da sua capacidade de “extrair segredos das pessoas” e se apaixonará por uma detetive, o que o fará questionar sua própria natureza perversa.

E na Inglaterra, um grupo de cristãs lançou campanha para incentivar os fiéis a se referirem a Deus como “Ela”. Batizado de Watch, e mais conhecido como Mulheres e a Igreja, o grupo afirma que usar apenas o “Ele” nos rituais e nas orações faz com que Deus seja mais parecido com homens, o que configura um caso de sexismo. Uma das líderes do movimento é a pastora anglicana Emma Percy, responsável pela capela do Trinity College, em Oxford (Inglaterra). Ela disse ao Sunday Times: “Quando usamos apenas o masculino para Deus reforçamos a ideia de que Deus é como um homem. Assim, sugerimos que Deus é mais semelhante aos homens do que às mulheres”. Outra pastora, Kate Bottley, já está retirando, quando possível, todas as referências a “Ele” e “dEle” durante a pregações, contou o Metro (Page Not Found).

Claro que o conceito de homem e mulher não se aplica necessariamente a Deus, e que ambos, homem e mulher, foram criados à imagem e semelhança dEle. Mas ocorre que, na Bíblia, Deus Se identificou como “Ele”. Referir-se a Ele como “Ela”, além de contrariar as Escrituras, é partir para o lado oposto da questão.

O fato é que, tanto dentro quanto fora do ambiente cristão, há vozes propondo certas “revisões” de ideias e conceitos. É o relativismo em sua essência. Deus? Tanto faz como você O vê e O define. Satanás? Reescreva a história dele e, se possível, pinte-o como um ser digno de pena, merecedor do perdão de um Deus tirano. De qualquer forma, para quem não lê a Bíblia (e não crê nela), essas distorções acabam impregnando os pensamentos e contribuindo para fixar a ideia de que tudo isso não passa de um mito para ser explorado pelas câmeras dos produtores/diretores ávidos por dinheiro. [MB]

Via Criacionismo

domingo, 26 de abril de 2015

A Porta da Graça se fechou para Satanás? Quando?



Quando Cristo disse na cruz “Está consumado” estava querendo dizer muito mais do que se pode imaginar. Ali foi consumada (concluída) a obra redentora do ser humano. Consumada a sentença final de satanás, condenando-o à morte eterna.
Foram dadas oportunidades a Satanás ao longo do tempo. Na cruz foi o fechamento da porta da graça para ele. No momento em que o filho de Deus foi levado à morte pelos pecados do mundo, fruto em grande medida do ódio de Satanás contra Cristo, este selou a sua condenação para sempre.

A partir da cruz Satanás está selado para a destruição eterna. Não por uma arbitrariedade da parte de Deus, mas por um endurecimento de sua parte.

Nós também devemos ser cuidadosos para não achar que somos mais “sabios” do que Deus, para não lutarmos contra os justos princípios do seu reino. Por isso Deus amorosamente nos convida a entrarmos num relacionamento de confiança nele.

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” – Provérbios 3:5.

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele tudo fará”. Salmos, 37:5.

Um abraço.

Via Bíblia

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O “apagão” do diabo


ufanismo do povo brasileiro cria termos interessantes, como: Mineirão, Morenão, Pelezão,
etc. Diríamos que muitos de nossos compatriotas são embalados pela síndrome do ão. E
agora, para aumentar a lista, as autoridades inventam o apagão, uma espécie de espada de
Dâmocles sobre a cabeça de todos os que vivem numa terra superdotada de rios e quedas d’água...
Quem gastar energia além do limite estabelecido, estará sujeito a multa. Caso não haja
uma forte cooperação do povo, a única saída, dizem, será o temido “apagão”. E mesmo sem ele, já estamos vivendo na penumbra em nossos lares, no trabalho e nas ruas.
Queremos, contudo, falar de outro “apagão”: o do diabo. Quando ainda nas cortes celestiais, Lúcifer “começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que governavam os seres celestiais, dando a entender que, conquanto pudessem as leis ser necessárias para os habitantes dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais elevados por natureza, pois que sua sabedoria era um guia suficiente.” – Patriarcas e Profetas, pág. 37. 

Grande número de anjos acreditou nessa “nova luz”. Muitos, felizmente, reacenderam as lâmpadas, mas a terça parte das hostes angélicas foi vítima do “apagão” espiritual.
Expulso do Céu, Satanás passou a promover “apagões” em nosso planeta. O primeiro ocorreu na cabeça de Eva. Ela achou que a posse do conhecimento do bem e do mal seria, de fato, a verdadeira luz. Já fora do Éden, ela e o esposo viram que haviam mergulhado em densas trevas.

Através dos séculos, o inimigo tem produzido escuridão em todas as esferas das atividades humanas. Falando sobre a situação das nações no tempo do profeta Isaías, a Bíblia declara:
“Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos” (Isa. 60:2). Nos dias de Jesus, a situação era pior ainda: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (João 3:19).
Mais do que em qualquer outra época, o mundo está hoje tateando nas trevas do pecado.
E essas trevas podem ser descritas assim: obras más, falta de conhecimento da verdade, falsas doutrinas, ensinamentos humanos, evolucionismo, magia, crendices populares, adivinhações, espiritismo, misticismo, ciência sem Deus, etc.

O século passado ficou conhecido como “século das luzes”. Era uma referência ao estrondoso desenvolvimento da ciência. E no início do terceiro milênio, não podemos negar os avanços científicos. Há, contudo, profundas trevas no coração humano. E até mesmo a condição
laodiceana da igreja atual fala de trevas. Os evolucionistas estão em trevas por não crerem no
relato bíblico; já os laodiceanos, por não praticarem o que conhecem.
Jesus foi bem explícito: “Quem Me segue não andará nas trevas” (João 8:12). Podemos estar
na igreja e ainda vivermos na escuridão. Mas o conselho divino é: “Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz” (Rom. 13:12).

Do ponto de vista do conhecimento, a igreja tem muita luz. Mas é lamentável quando aceitamos o “apagão” do diabo. Por que vivermos na escuridão, ou mesmo na penumbra, se Deus “nos libertou do império das trevas” (Col. 1:13). Escrevendo aos cristãos de Éfeso, o apóstolo Paulo fala sobre as obras das trevas, praticadas pelos “filhos da desobediência”, e faz um apelo também válido para nós: “Portanto, não sejais participantes com eles. Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Efé. 5:8).
Ninguém precisa viver nas trevas e nem mesmo na penumbra. Por quê? Porque não há racionamento do poder do Espírito Santo. Se, de fato, quisermos evitar o “apagão”, basta estarmos continuamente ligados a Cristo. Ele é a nossa luz, e Sua Palavra, a lâmpada para nossos pés cansados.

Texto de Rubens Lessa extraído da Revista Adventista de Julho de 2001

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Por que Deus não destruiu o Diabo?



Se você fosse um anjo de Deus e estivesse lá no céu quando Lúcifer (que depois se tornou o Diabo) se rebelou, o que pensaria se Deus resolvesse, imediatamente, sentencia-lo à morte? Você passaria a adorar a Deus por temor, por medo, e não por amor. Esse tipo de adoração nunca satisfez a Deus. Deus é sábio e paciente e deixou que o diabo semeasse a sua semente e colhesse os resultados. Usando seu livre arbítrio, Lúcifer ajuntou o orgulho no coração (Ezequiel 28:17). Ele cobiçou a posição do próprio Deus: “eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13 e 14). O orgulho moveu Satanás a se rebelar contra seu Criador. Usando então a sua extraordinária inteligência para o mal e empregando a mentira, Satanás seduziu a terça parte dos anjos (Apocalipse 12: 3 e 4). Evidentemente, Satanás e seus anjos recusaram o oferecimento do perdão que Deus lhes deve ter feito e persistiram no erro. Dessa maneira, eles se confirmaram no pecado; foram além dos limites da misericórdia de Deus, e tornaram-se irreconciliáveis inimigos do seu Criador e do bem.
Hoje, todo o universo está convicto da maldade de Satanás. Na luta entre o bem e o mal, entre o Diabo e Cristo, Deus permitiu que o homem lhe desse as costas, isto é, pecasse. Essa ação do homem se deu numa obediência ao Diabo. Mas por que Deus permitiu isso? É porque se o homem só tivesse uma alternativa (obedecer a Deus), não teria o livre arbítrio, que é a liberdade de escolha. Dando liberdade ao homem, Deus estava preparado para arcar com as consequências, para pagar o preço. Para que o homem não morresse eternamente, Jesus Cristo se ofereceu para morrer (a morte eterna) em nosso lugar. Isso Ele fez por amor a nós. Estamos salvos! 
O Diabo existe e tem poder até para tomar posse das pessoas. Porém é necessário entender que poder de Cristo é superior e que os espíritos imundos tremem diante de Jesus. 
Só existe um modo de ser vitorioso: é viver uma vida de comunhão permanente com Jesus. Com o Diabo não pode existir diálogo. Devemos simplesmente colocar tudo nas mãos de Deus e pedir que Ele expulse o inimigo das nossas vidas. Não precisamos ter medo de nada. O inimigo já está vencido, seus dias estão contados. Veja o que João viu em visão, a respeito do que está para acontecer:

Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, [a morte eterna] (Apocalipse 19:20; 20:10 e 14).

Ele não terá mais o direito de atormentar a nossa vida! Aleluia! Deus seja louvado pelos séculos sem fim da eternidade, porque nos amou e derramou seu sangue para o perdão dos nossos pecados. Esta é a grande oferta gratuita, do evangelho. Aceite-a e seja feliz para sempre!
Quero encontrar-lhe um dia no Céu, onde Deus nos enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor (Apocalipse21:4). Seja fiel até à morte, e você vai receber a coroa da vida eterna!

por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

sábado, 17 de novembro de 2012

O Melhor Plano do Diabo

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O leilão de Satanás



Homem de pequena fé, por que duvidaste? Mat. 14:31.

Gostaria de convidá-lo para assistir a um leilão imaginário comigo. Eis a cena: Satanás acaba de anunciar sua aposentadoria para os anjos maus. Para levantar uma quantia adequada de dinheiro para sua aposentadoria, ele decide leiloar as fórmulas de vários comportamentos pecaminosos.

O leilão toma toda a manhã e avança pela tarde. Satanás grita: “Tenho a fórmula da mentira. Qual é o seu lance? Aqui está a fórmula especial da desonestidade. Quanto dão por ela? Castelos, palácios, propriedades no campo? Quanto vocês vão dar pela fórmula da avareza ou do orgulho. Quanto? Sim, qual é o seu lance?”

Cada fórmula está guardada em um vaso especial de ouro envolto em uma névoa. Logo, todos os vasos são arrematados… exceto um. Os anjos maus gritam: “Você deve vender este também! Daremos nossos palácios mais luxuosos em troca dele.”

“Não”, responde Satanás. “Esta fórmula é usada para professos cristãos. Ela funciona quase todas as vezes. Quando estão sob o efeito dela, eles ficam sem defesa contra o pecado.”

“Diga-nos, pelo menos, qual é a fórmula”, os anjos insistem.

“É a dúvida”, Satanás responde. “Esta fórmula induz os cristãos a duvidar do amor de Deus. É a minha arma mais poderosa. Nunca venderei esta fórmula, porque se eu puder fazer com que os cristãos vivam em um mundo de incertezas e dúvidas, posso levá-los a cometer qualquer outro pecado. Quando lhes falta certeza, eles ficam vulneráveis.”

Satanás usou essa fórmula repetidas vezes com Jesus, no deserto. A introdução de seus desafios a Cristo era: “Se Tu és o Filho de Deus.”

A dúvida foi a estratégia de Satanás naquela ocasião, e é sua estratégia hoje. “Satanás está pronto para nos subtrair as benditas promessas de Deus. Deseja arrebatar da alma toda centelha de esperança e todo raio de luz; mas não lhe deve permitir fazê-lo.” – Caminho a Cristo, pág. 53.

Diariamente, encha sua mente com pensamentos sobre o amor de Deus. Pense: Deus me ama. Sou Seu filho. Ele não quer que eu me perca. Ele nunca me abandonará. Deus está falando diretamente comigo quando diz, em Jeremias 31:3: “Com amor eterno Eu te amei.” Aposto minha vida nisto.

Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quando Ocorreu a Queda de Satanás?


Quando ocorreu a queda de Satanás? Esta pergunta é muitas vezes formulada. Quando se deu realmente a expulsão de Satanás? Antes ou depois da criação da Terra?

Na Bíblia e nos escritos do Espírito de Profecia não existe muita coisa a respeito dessa questão, mas encontramos o suficiente para deixar-nos esclarecidos. 

A duração do estado de inocência de Adão deve ter sido breve, pois em Gênesis 5:3 é dito que ele viveu 130 anos até o nascimento de Sete. Como Sete nasceu depois da morte de Abel, talvez Caim já tivesse uns 30 anos quando matou a Abel. Isto evidencia que o homem caiu em pecado pouco depois de ser criado o mundo. 

Diz a irmã White no livro o Conflito dos Séculos, à página 536: “Deus em Sua grande misericórdia, suportou longamente a satanás . . . Muito tempo foi ele conservado no Céu”. Isto parece sugerir que houve um período mais demorado do que apenas o tempo que decorreu da criação da Terra até à transgressão de Adão e Eva.

Outra citação que parece reforçar a expulsão de Satanás antes da criação da Terra é esta: “Os anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no Céu. 

“O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra”. — história da Redenção, p. 19.

Além disso, o relato da maneira como Satanás tentou nossos primeiros pais no Jardim do Éden demonstra que ele já era então um pecador endurecido e completamente rebelado contra o governo de Deus. 

A transição do estado de perfeição em que se encontrava antes, para a condição de rebelde e mentiroso contumaz que se tornara agora, não poderia haver ocorrido em tempo muito curto, segundo se deduz pelos primeiros capítulos do livro Patriarcas e Profetas.

Eis um trecho desse livro: “Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do Pai na criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da Terra e de seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder ou exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a glória do Pai, e executaria Seus propósitos de beneficência e amor”. — Patriarcas e Profetas, págs. 16 e 17 

Note-se que nessa ocasião Satanás já se havia insurgido no Céu, mas Cristo ainda não criara a Terra e seus habitantes. Quanto a Apocalipse 12:7-9 e 12, dizemos que embora João descreva ai a história do grande conflito entre Cristo e Satanás, desde seu início até o fim, focaliza principalmente a luta na cruz. Diz este texto que foi expulso o “acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso Deus”.

É claro, pois, que a queda mencionada nos versos 9 e 10 não é sua expulsão do Céu, ocorrida antes da criação deste mundo, mas a derrota que sofreu ao morrer Cristo na cruz, visto que ao tempo dessa expulsão ele já era sedutor e enganador dos homens. 

Depois da morte do Filho de Deus, as atividades de Satanás restringiram-se mais ao nosso planeta. Diz a mensageira do Senhor: “A derrota de Satanás como acusador dos irmãos no Céu, foi realizada pela notável obra de Cristo em dar Sua vida”. — Comentários de Ellen G. White, sobre Apocalipse 12:10, em The SDA Bible Commentary, vol. 7, p. 973.

Após citar este versículo, declara ela também no livro O Desejado de Todas as Nações, à página 567: “Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais. Daí em diante sua obra seria restrita”.


- Extraído e adaptado do livro “Consultoria Doutrinária”. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Satanás Odeia Sua Família

Em uma das regiões do Brasil para cada dois casamentos um acaba em divórcio. O que será que está faltando nos casamentos? Você já parou para pensar: Por que Jesus começou seu ministério numa cerimônia de casamento? Será que o casamento está fora de moda? No programa de hoje o Pr. Ivan Saraiva apresenta à luz do que está escrito na Bíblia porque Deus criou a família.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Como provar que Ezequiel 28 se refere também a Satanás e ao começo do conflito no Céu?


Como um teólogo aspirante, escrevi meu primeiro trabalho de pesquisa a respeito dos textos de Isaías 14 e Ezequiel 28 – passagens que os adventistas tradicionalmente interpretam como sendo referentes a Satanás e à origem do mal no Céu. Seguindo a pista de comentários da alta crítica, cheguei à desconcertante conclusão de que essas passagens se referem nem a um nem a outro. Consequentemente, senti que os adventistas não deveriam mais citar essas supostas evidências bíblicas para sustentar sua compreensão acerca de como o Grande Conflito começou.


Entretanto, estudos mais aprofundados revelaram que, até o surgimento da crítica histórica à época do Iluminismo, os cristãos em geral interpretavam Isaías 14 e Ezequiel 28 da mesma maneira que os adventistas interpretam hoje. E, recentemente, encontrei evidências exegéticas convincentes de que Isaías e Ezequiel estavam, de fato, se referindo a Satanás nessas passagens.


Enquanto era estudante em nosso seminário, Jose Bertoluci escreveu uma dissertação que compromete seriamente a visão crítica de que os dois profetas descrevem apenas inimigos terrenos históricos de Israel. Intitulado “O Filho da Alva e o Querubim Cobridor no contexto do conflito entre o bem e o mal”[1], o artigo de Bertoluci mostra que cada passagem se transfere do domínio local e histórico dos reis terrestres para o âmbito sobrenatural no qual Lúcifer interpretou seu sedicioso papel. Descobri mais evidências que suportam esse deslocamento conceitual em Ezequiel 28 – do “príncipe” terreno (nagid, o rei de Tiro, versos 1-10) para o “rei” cósmico (melek, o soberano sobrenatural de Tiro, o próprio Satanás, versos 11-19). Descobri também que esse julgamento sobre o querubim caído ocorre no clímax do livro inteiro.[2] Desse modo, a evidência bíblica suporta fortemente a exegese tradicional: o mal teve sua origem em Lúcifer, o querubim cobridor.


Até alguns meses atrás, entretanto, um conceito adventista muito familiar a respeito do advento do Grande Conflito parecia não ter mais do que um suporte bíblico meramente inferencial. Refiro-me às alegações de que, antes de sua queda, Satanás se pôs entre os anjos a difamar o caráter e o governo de Deus. Nos livros Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito, em torno de 16 páginas tratam desse assunto, com base em informações a respeito de Satanás tais como o fato de ele ter sido chamado “homicida desde o princípio, [...] um mentiroso” (João 8:44, RSV) e “o acusador de nossos irmãos” (Apocalipse 12:10, RSV). Mas existe alguma base bíblica mais explícita para a acusação de “calúnia celestial”?


Acredito que sim. Por um feliz acaso, eu estava examinando uma afirmação recente de que a maior parte da descrição de Satanás em Ezequiel 28 seria apenas simbólica porque, como foi argumentado, ele é descrito como sendo engajado em uma “abundância de [...] comércio” (verso 16, NKJV) e, obviamente, Lúcifer não é literalmente um mercador celestial. Na etimologia da palavra hebraica para “comércio”, fiz uma surpreendente e empolgante descoberta. O verbo rakal, do qual esse substantivo deriva, literalmente significa “andar por aí, de um para outro (para comércio ou conversa fútil)”.[3] O substantivo derivado rakil – encontrado seis vezes no Antigo Testamento, uma delas em Ezequiel 22:9 – significa “caluniador” ou “mexeriqueiro”. O outro substantivo derivado, rkullah – que é o termo usado para “comércio” em Ezequiel 28:16 – aparece somente nesse livro, e todas as suas quatro ocorrências têm que ver com Tiro (26:12; 28:5; 16, 18).


A maior parte das versões modernas traduzem rkullah como “tráfico”, “comércio” ou “mercadoria” – o que faz sentido, se aplicado somente à Tiro histórica, uma cidade mercante, como contexto único da palavra. Entretanto, em referência às representações do querubim cobridor em 28:16 e 18, a noção de comércio não parece se aplicar tão bem. O notável crítico exegeta Walther Eichrod comenta: “A descrição da transgressão é um pouco inesperada, já que o comércio aqui é subitamente representado como sendo a origem da iniquidade.”[4]


Uma resposta que acomoda ambas as interpretações, “comércio” e “calúnia”, pode ser encontrada, creio eu, em um recurso literário conhecido como “paranomasia” – um jogo com o significado da palavra. Já que o substantivo rkullah é derivado do verbo que significa “andar por aí, de um para outro, para fins de comércio ou de conversa fútil/difamação” – parece provável que Ezequiel tenha escolhido esse raro termo hebraico (ao invés do termo mais comum para comércio, sahar) justamente por causa de seu possível duplo significado. A Tiro histórica claramente “andou por aí, de um para outro” para fins de comércio com outras nações. De maneira semelhante, o derradeiro governante de Tiro, Satanás (versos 11-19), no celeste “monte de Deus”, também andou por aí, de um para outro – mas não para negociar, e sim para espalhar calúnia e difamação entre os anjos. Ambos os governantes, o terrestre e o espiritual, praticaram “tráfico”: o primeiro, de mercadorias; o segundo, de calúnias contra Deus.[5]


O contexto imediato de Ezequiel 28:16 retrata a queda do Querubim Cobridor da perfeição (verso 15) para o orgulho (verso 17). Nesse cenário, os versos 16 e 18 traçam seus subsequentes passos para a perdição. O verso 16 pode ser mais bem traduzido da seguinte maneira: “Na multiplicação da tua difamação [rkullah], se encheu o teu [de Satanás] interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus...” Com hábeis pinceladas, Ezequiel pinta o retrato de Lúcifer difamando a Deus, um primeiro passo em direção à definitiva rebelião aberta e violenta descrita tão bem por João como “guerra no Céu” (Apocalipse 12:7, NIV). Ezequiel 28:18 revela que, após sua expulsão do Céu, o querubim caído continua a sua “iniquidade de difamação [rkullah]” contra Deus. O versículo também registra a sentença divina contra Satanás: destruição pelo fogo por causa da “multidão de suas iniquidades”.


A sediciosa difamação celestial de Satanás contra Deus nos primeiros momentos do Grande Conflito não é uma adição adventista extrabíblica à história; é, na verdade, uma admirável verdade bíblica!


(Richard M. Davidson é professor de Antigo Testamento na Universidade Andrews, nos EUA)


Referências:


1. Jose M. Bertoluci, “The Son of the Morning and the Guardian Cherub in the Context of the Controversy Between Good and Evil”, dissertação de Th.D., Andrews University Seventh-Day Adventist Theological Seminary, 1985 (disponível a partir de University Microfilms, University of Michigan, P.O. Box 1346, Ann Arbor, MI 48106-1346).


2. Richard M. Davidson, “Revelation/Inspiration in the Old Testament”, Issues in Revelation and Inspiration, Adventist Theological Society Occasional Papers, v. 1, Frank Holbrook e Leo Van Dolson, eds. (Berrien Springs, Mich.: Adventist Theological Society Publications, 1992), p. 118, 119. 


3. Francis Brown, S. R. Driver e Charles A. Briggs, eds., The New Brown, Driver and Briggs Hebrew and English Lexicon of the Old Testament (Grand Rapids, Mich.; Baker Book House, 1981), p. 940.


4. Walter Eichrodt, Ezekiel: A Commentary, Old Testament Library (Philadelphia: Westminster Press, 1970), p. 394.


5. Apocalipse 18 parece capturar esse nuance dúbio utilizado por Ezequiel. Em uma passagem claramente alusória a Ezequiel 28, o anjo fala sobre a “mercadoria” de várias coisas materiais nos versos 12 e 13, mas a listagem termina transferindo-se para o âmbito espiritual: “mercadorias de [...] almas humanas” (KJV).
Via Criacionismo

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Se eu fosse o diabo

Adventismo, às margens do século vinte e um, está onde nunca esperou estar na Terra. Ele tem se expandido além dos sonhos mais ousados de seus fundadores e continua a se expandir. Quando entrei para a igreja em 1961, existiam mais de 1 milhão de adventistas em todo o mundo.


Este número aumentou para mais de 2 milhões em 1970, 3,5 milhões em 1980, perto de 7 milhões em 1990 e ao redor de 11 milhões em 2000. Segundo a taxa de crescimento atual, podemos esperar encontrar 20 milhões de adventistas em 2013 e 40 milhões entre 2025 e 2030, se chegarmos até lá. Que mudança do ano de 1848, quando existiam cerca de 100 fiéis. Para eles, a visão inspirada de Ellen White de que o adventismo seria um dia como raios de luz regando o planeta, deve ter parecido loucura. Se algum deles tivesse predito 11 milhões de adventistas, os outros como Sara, esposa de Abraão, provavelmente teriam rido. Existe um senso de que o impossível aconteceu. Aqueles pioneiros eram poucos, pobres e fracos. Já a igreja hoje é composta por muitos, com a maior presença na história entre o protestantismo ao redor do mundo, dispondo de bilhões de dólares em meios e afins.


Entretanto, este crescimento tem trazido complicações e desafios. As coisas eram simples nos primeiros dias da Igreja Adventista. Todos falavam a mesma língua, pertenciam a uma mesma raça, viviam em uma mesma área (nordeste dos Estados Unidos) e haviam sido criados em uma mesma cultura em que se tinha as mesmas esperanças e se valorizava as expectativas.


No ano 2000, o adventismo está longe de ser simples. Penetrou mais de 200 nações, utiliza mais de 700 línguas e há grande variação em cultura e expectativas. O adventismo tem hoje reservas financeiras e de trabalhadores qualificados sem paralelo, mas ainda assim encara desafios sem precedentes para continuar a missão. Felizmente, nosso Deus é o Deus do impossível. Para o melhor ou pior Ele escolheu usar instrumentos humanos e falhos a fim de finalizar Sua obra.


Se eu fosse o diabo ( um dos meus jogos favoritos), concentraria todas as minhas energias no elemento humano, que trabalha no plano de Deus enquanto Sua igreja procura caminhar do presente ao futuro. Na verdade, se eu fosse o diabo, planejaria minha estratégia com muito cuidado. Eu formularia um plano muito bem estruturado para frustrar a igreja na realização da missão.


A Próxima Geração

A primeira tarefa na minha agenda seria concernente a geração jovem emergente na igreja. Se eu fosse o diabo, concentraria todas as minhas energias fazendo com que a igreja rejeitasse as idéias e planos da nova geração.


E isso não seria tão difícil já que na maioria dos lugares eles não se vestem, cantam ou pensam como os membros mais velhos. Quando conseguir que os de mais idade protestem contra os violões, farei ao mesmo tempo com que esqueçam que os adventistas do passado não permitiam nem sequer órgãos em suas igrejas. Providenciaria também para que os mais velhos se esquecessem que Jesus usou estórias de ficção como a do homem rico e Lázaro, e que quando Ellen White usou o termo drama, se referia ao que chamamos hoje de novelas. Eu certamente encorajaria os membros mais velhos a encarar esse assunto como um grande mal ao invés de simples parábolas. Faria a Igreja Adventista esquecer que seu movimento começou basicamente com pessoas jovens cujas idéias eram criativas e de inovação.


O diabo não é burro. Ele sabe que se puder desencorajar nossos jovens a abraçar a liderança da igreja, será o fim dela. Para alcançar a geração jovem, devemos aprender a nos comunicarmos à maneira deles, tal como Jesus usou a linguagem de Seus dias, e assim também o fez Tiago White. Se a igreja insistir em usar a linguagem do século dezenove para alcançar os jovens do século vinte e um vai acontecer o mesmo ocorrido com os Amishes (comunidade tradicional americana que preserva valores religiosos e sociais dos seus ancestrais), que mantiveram suas formas e tradições porém perderam a noção de seu objetivo no mundo.


A igreja precisa reconhecer que as novas gerações não pensam como nós que nascemos nos anos 40 ou antes A lealdade a marca acabou . O mundo pós Watergate, pós Vietnam, e pós-moderno também tende a ser pós denominacional. A igreja não pode mais esperar lealdade apenas porque as pessoas nasceram adventistas ou simplesmente porque elas acham que o adventismo tem a verdade. Ao contrário, a igreja precisa mostrar que é exatamente o que diz ser e que está usando seus recursos e fundos fielmente.


Esse não é um problema pequeno. Os jovens da igreja, são sua maior força, e os jovens de fora são o seu campo missionário presente e futuro. Os jovens são a maior oportunidade da igreja e, ao mesmo tempo seu mais sério desafio. A igreja deve formular planos para alcançar as mentes jovens e ganhar seu apoio, afinal, eles são a igreja do futuro.


Pensando Pequeno


Se eu fosse o diabo, faria com que a igreja pensasse pequeno. Esta tática é semelhante àquela de frustrar os jovens, porque os jovens pensam ousadamente. Conheço adventistas que podem apontar 110 razões para quase tudo que seja proposto não possa ser feito. Eles freqüentemente baseiam seus argumentos em versos bíblicos e citações de Ellen White usados fora de contexto.


Tais apóstolos do negativismo aparentemente nunca leram Testemunhos para a igreja, volume 6, página 476: “Novos métodos e planos surgirão oriundos de novas circunstâncias. Novas idéias virão de novos obreiros que dão a si mesmos pela obra… Eles receberão planos traçados pelo próprio Senhor.” Novos obreiros são freqüentemente obreiros jovens.


Essas pessoas precisam aprender a lição do besouro. É aerodinamicamente impossível para um besouro voar, mas como ele não sabe disto, voa de qualquer maneira.


Pensar grande no adventismo significa batizar 50 pessoas em 2001, e não 25; significa chegar aos 20 milhões em 2004 e não 2013 . Pensando pequeno a igreja permanecerá neste planeta ainda por um longo tempo.


Lembro-me do meu amigo no Havaí, Arnold Trujillo. Ele tem presentemente 29 igrejas e grupos em funcionamento com 5.500 membros, e declarou publicamente que seu alvo é ter 10.000 pequenos grupos de 12 membros cada em 2005 e já está trabalhando arduamente para esta expansão. Isto é visão ou ilusão? Pode ser que estes conceitos estejam quase que se confundindo. Porém nunca esqueça que Jesus disse aos discípulos para levar o evangelho a todo o mundo e essa também foi a tarefa impossível com a qual se depararam nossos ancestrais no adventismo. O que precisamos é termos fé e meditarmos sobre a magnitude da chuva serôdia. Como podemos pensar grande e melhor utilizar nossos recursos para tornar nossos sonhos realidade?


Se eu fosse o diabo, faria as pessoas acreditarem que existe somente uma maneira de fazer as coisas, e que todos tem que fazê-las da mesma maneira. A forma de culto por exemplo. Alguns anos atrás surgiu um clima de tensão na Divisão Norte Americana a respeito do que foi chamado culto celebration. Eu não sei muito bem o que é culto celebration, mas, uma coisa sei: Posso dormir durante a invocação do culto divino e acordar na bênção final, e ainda assim dizer tudo o que aconteceu durante o mesmo.


A igreja precisa levar em conta que, como disse Ellen White, “Nem todas as mentes são alcançadas através dos mesmos métodos.” Os estilos de culto por exemplo estão intimamente ligados à classe socioeconômica das pessoas. O que alcança uma comunidade de classe média alta, pode não ter o mesmo êxito com os Pentecostais, Anglicanos, Ortodoxos ou Islâmicos. Temos que ter métodos que alcancem a todos os tipos de pessoas. O adventismo não necessita de apenas de um ou dois tipos de culto, mas de 50. Um outro jeito de dizer isso é que se todos na igreja parecem comigo, nós não estamos indo muito longe na pregação do evangelho.


Falamos sobre formas de culto. O mesmo se aplica ao evangelismo. Nosso Deus criou variedade em todos os lugares. Devemos nos mover além dos padrões e alcançar todos os filhos de Deus. Se quisermos atingir até aqueles mais diferentes de nós mesmos, devemos desenvolver métodos e procedimentos bem diferentes dos que já temos.


Novas Tecnologias

Se eu fosse o diabo, faria desacreditada a importância de novas tecnologias para a finalização a obra. A tecnologia avançada tem grande poder tanto para o bem como para o mal. Freqüentemente temos perdido este campo para o diabo. H. M. S. Richards me disse uma vez que tinha que discutir com os irmãos todos os dias, pois o rádio na década de 1930 era novidade, considerado muito radical, “um desperdiço do dinheiro do Senhor.”


Atualmente, dispomos de tecnologias sofisticadas para espalharmos a mensagem, tais quais Richards jamais sonhou. Hoje como nunca, necessitamos de uma geração com o espírito de H. M. S. Richards, porém com imaginação do século vinte e um.


Antes de encerrar este tópico, gostaria de confessar que inicialmente achei a idéia da NET uma loucura. Quem iria à igreja para assistir a um pregador através de uma tela? Estou feliz por ter me enganado. A NET colocou os adventistas no topo da comunicação mundial. Quantas outras idéias estão ainda por serem descobertas? Como melhor poderemos utiliza-las?


Envolvimento Leigo


Se eu fosse o diabo, faria dos pastores e administradores o centro do trabalho da igreja. Deve ter sido do diabo a idéia de que só o pastor deve pregar, dar estudos bíblicos, ser o principal ganhador de almas e tomar todas as decisões pela igreja.


Devemos ver a igreja como bem mais do que um centro de entretenimento para santos. Precisamos ter mais pastores interessados em treinar os conversos. Se esperarmos que apenas os pastores ganhem almas a igreja vai permanecer na terra mais tempo do que a própria eternidade. O desafio é criar uma geração de pastores e administradores adventistas que se tornem uma equipe competente para capacitar pessoas a usarem seus talentos no trabalho de alcançar o mundo. Os pastores precisam treinar pessoas, e não simplesmente, como as galinhas, colocar seus filhotes embaixo de suas asas, aonde estarão seguros.


Al McClure foi mencionado como tendo dito, que qualquer igreja que em 3 anos não gere outra igreja, deve perder seu pastor. Se o velho McClure não disse isto, ele devia. O adventismo precisa definir os passos necessários para desenvolver o lado capacitador do pastor.


Se eu fosse o diabo, subestimaria a importância da congregação local. Uma das grandes necessidades do adventismo é a manutenção de congregações locais vibrantes. Uma congregação saudável não é um grupo de indivíduos independentes entre si, mas uma unidade de crentes alcançando a comunidade ao redor .


A tarefa da igreja no mundo, através da Conferência Geral é coordenar fundos e pessoal para espalhar a mensagem de Cristo a todos os cantos do planeta. Entretanto, o congregacionalismo, como forma de organização, não é auto-suficiente. Por outro lado, a denominação, ao longo do tempo, somente será saudável na medida em que também forem nossas congregações locais. O que podemos fazer para que nossa congregação local seja saudável?


Crescente Burocracia


Se eu fosse o diabo, criaria mais administradores e níveis de administração. Na verdade, criaria empregos assalariados na igreja com o maior número possível de funcionários, desviando assim o objetivo da missão. Eu os colocaria em escritórios, os cobriria de papéis e os inundaria de reuniões e comissões. E se isso não fosse o bastante, eu os promoveria para os tão chamados níveis mais altos e cada vez mais os afastaria do contato direto e alimentador com as pessoas que fazem a igreja. Agora, não me entendam mal. Eu acredito na organização da igreja. Mas também acredito em comida, e sei que o exagero de coisas boas é prejudicial. Muitos adventistas acreditam que deveríamos reduzir o número de cargos administrativos para que pudéssemos lutar na linha de frente com mais dinheiro e energia. Muitos adventistas estão cansados de pagar uma conta massiva para um sistema de multicamadas.


No Concílio Anual ocorrido no Brasil em 1999, mostrei que não existe uma igreja no mundo com tantos níveis administrativos para manter como o adventismo. Quando o artigo foi publicado na Revista Adventista, o editor quis adicionar “exceto o Catolicismo Romano”. A minha resposta foi para que se adicionasse: “inclusive o Catolicismo Romano”. O Catolicismo Romano tem apenas 2 níveis acima da congregação local, enquanto o adventismo tem 4. Nosso sistema foi criado na época da carroça puxada a cavalo, antes da total disponibilidade do telefone. O desafio para a igreja no século vinte e um será uma reorganização, levando em consideração os meios modernos de transporte e comunicação.


Estou terminando de escrever um livro sobre a história da organização da igreja adventista no mundo, onde sugiro um modelo de 3 camadas, totalmente reestruturado, e arranjado de tal forma a captar as vantagens de uma igreja mundial, e ao mesmo tempo em condições de prover para as iniciativas locais. Cada vez mais os adventistas estão se dando conta de que existem outras maneiras de estruturar a igreja num mundo pós moderno, para que mais mão de obra e dinheiro fiquem disponíveis para finalizar a obra de Deus na terra. Dinheiro em demasia, pensam muitos, está sendo usado para mover o mecanismo, como se o mecanismo fosse um fim nele mesmo. Muitas das oportunidades potenciais do futuro dependem de uma bem sucedida reestruturação, de maneira a disponibilizar estes recursos. Esta tarefa talvez seja um dos maiores desafios com o qual nos depararemos ao se iniciar o século vinte e um.


Espírito Santo


Se eu fosse o diabo, faria com que os adventistas ficassem com medo do Espírito Santo. Muitos de nós tememos o pentecostalismo quando se trata do Espírito Santo. Precisamos nos lembrar o que a Bíblia nos ensina acerca da necessidade do Espírito Santo no trabalho cristão. Ellen White também nos ensinou que ao recebermos o Espírito Santo, recebemos juntamente outras bênçãos.


Alguns anos atrás, em uma reunião da Conferência Geral, notei que a igreja adventista não acredita realmente em suas 27 doutrinas. Especialmente naquela sobre os dons espirituais. Nós acreditamos em um dom espiritual, mas não nos dons espirituais, e em maioria, restringimos este dom a uma única pessoa, que já repousa em seu túmulo há 85 anos. O que aconteceria se eu recebesse o dom de línguas hoje, agora, durante este sermão? Ou o dom de profecia? Com certeza se formaria uma comissão especial para estudar a situação durante os próximos 10 anos. Tenho que admitir que só de falar a respeito me deixa nervoso, pois é impossível se controlar o Espírito.


Nós temos a promessa em Joel 2 do derramamento do Espírito Santo nos últimos dias, derramamento este que provavelmente dividirá a igreja no meio. Com que freqüência meditamos a respeito do Espírito Santo e derramamento da chuva serôdia? Será que estamos tão concentrados em alvos, estruturas e comportamento humano que esquecemos do poder atrás de cada um deles? Que atitudes podem ser tomados para permitir que o Espírito Santo ocupe Seu próprio lugar dentro do adventismo? Ou esperamos completar nossa obra sem Sua presença perturbadora?


Jogo dos Números


Se eu fosse o diabo, encorajaria nossa denominação a continuar com o jogo dos números. A pior coisa que já aconteceu com os adventistas foi aprender a contar. Nós contamos igrejas, instituições, dinheiro, e tudo mais. Os números têm seu lugar, mas pouco haver com a realidade da finalização da obra. Um resultado do jogo dos números é que tendemos a colocar a maior parte do nosso dinheiro em locais onde podemos obter mais batismos por menos dinheiro . Isto significa que não temos dado a devida atenção àquelas partes do mundo mais difíceis de serem alcançadas. Na Divisão Norte Americana o grupo mais difícil de ser evangelizado é o de caucasianos ( brancos). Alguns anos atrás, escrevi uma carta ao presidente desta Divisão dizendo que se não nos empenharmos mais em um evangelismo criativo, que satisfaça esse grupo, em 50 anos o grupo mais difícil de ser alcançado será o de brancos norte-americanos.


O problema dos números toma diferentes configurações em várias partes do mundo, mas deve ser levado em plena consideração quando fizermos nossos planos para alcançar filhos de Deus. Se eu fosse o diabo, levaria os adventistas a esquecerem sua herança apocalíptica. O adventismo nunca se viu como uma denominação qualquer, mas sim como um movimento de profecia, com suas raízes em Apocalipse 10 – 14. É esta crença no adventismo como um povo especial chamado para levar a mensagem, que tem levado a igreja aos confins da Terra. Se esta crença acabar, o adventismo se tornará apenas mais uma denominação com algumas diferenças dentre as outras religiões.


Nossa maneira de lidar com a mensagem apocalíptica nos planos futuros determinará se o adventismo continuará a ser um movimento ou se transformará em um monumento do movimento, e eventualmente um museu do movimento. Já que estamos no assunto do Apocalipse, é importante nos dirigirmos ao povo de nossos dias. As pessoas não se interessarão pelo advento ouvindo falar que houve um grande terremoto em Lisboa em 1755, ou sobre a queda das estrelas em1833.


Não há nada errado em apresentar a história de nossa igreja para as pessoas. Elas podem até ser tocadas por estes fatos, mas é de maior importância que elas vejam os acontecimentos apocalípticos que estão em andamento em nossos dias.


Se eu fosse o diabo, faria os adventistas acreditarem que suas doutrinas são todas de igual importância. Quando a verdade é que o centro do cristianismo é ter uma relação salvadora com Cristo. Esta relação com Cristo não se iguala a abstenção da carne de porco por exemplo. Tenho conhecido vegetarianos e guardadores do sábado que são mais cruéis que o próprio diabo. A igreja precisa identificar dentro de suas crenças o que é primário e central e o que é secundário.


A Bíblia é clara em dizer que o cristianismo genuíno vem de uma relação salvadora com Jesus Cristo. É muito fácil ser um adventista sem ser um cristão. No programa adventista de alcançar almas, a centralidade de Cristo deve ser deixada clara como o cristal .


O desafio é estruturar nossas técnicas conscientemente, para que as pessoas se tornem cristãs e conseqüentemente adventistas, pois o adventismo sem cristianismo é vazio e sem significado.


Desentendimentos


Se eu fosse o diabo, faria com que os irmãos começassem a se desentender. Qualquer assunto serviria: Formas de culto, teologia, formas de vestuário, etc. Afinal, se eles estivessem atingindo uns aos outros com sua munição, não acertariam nada em mim.


O diabo tem sido vitorioso nesta estratégia. O que pode ser feito para encontrarmos e vencermos o verdadeiro inimigo?


Se eu fosse o diabo, faria com que os adventistas começassem a raciocinar de forma tribal, nacional e racial. Faria da igreja uma grande discórdia, indiferente para com a missão. Reconheço que existem injustiças que precisam ser analisadas e situações complexas difíceis de serem solucionadas. Minha súplica é que nas situações mais difíceis e injustas nos comportemos como irmãs e irmãos nascidos em Cristo, em condições de discutir os assuntos sem perder de vista a missão da igreja. O adventismo precisa desenvolver mecanismos para enriquecer e iluminar seu multiculturalismo e internacionalismo.


Finalmente, se eu fosse o diabo, faria com que os adventistas ficassem entediados durante o sábado. Eu pergunto: O que os adventistas preferem? O pôr-do-sol de Sexta-feira, ou o pôr-do-sol de sábado? Muitos de nós agimos como se o sábado fosse a pena por sermos adventistas, e não um sinal de nossa salvação e a maior bênção da semana. Esta atitude desafortunada está presente em muitas de nossas igrejas. Já estive em igrejas adventistas nas quais não fui sequer cumprimentado. Não querendo que os irmãos se sentissem mal, não disse nada. Só que eles não sabiam que eu era o pregador naquele dia. Então, durante o sermão perguntei: “Se vocês não fossem membros da igreja adventista do sétimo dia, e estivessem visitando esta igreja, voltariam algum dia?” Eu certamente jamais voltaria.


É necessário muito mais do que apenas doutrinas para encher uma igreja. Precisamos de Jesus. Bem, já cansei de brincar de diabo. Aonde entra Deus em tudo isto?


Se eu fosse Deus, encorajaria os adventista do sétimo dia a pensarem, planejarem e agirem de maneira a combater os planos do inimigo. Os encorajaria também a multiplicar o poder das bênçãos e a encarar os desafios de maneira honesta e cristã e ainda,a concentrar suas energias em maximizar suas oportunidades. O sucesso não vem por acaso. É o produto de planejamento e ação.


Para terminar, gostaria de agradecer à Conferência Geral pela chamada para o significante pensamento e discussão sobre as cinco janelas da igreja. Você sabe, isso é uma operação perigosa. Eu não tenho certeza se você sabe disso ou não. Uma coisa é tirar as minhocas da lata ; e outra é fazer com que elas retornem. A tarefa hoje é para cada um de nós e teremos a oportunidade de fazer uma lista do que ele ou ela considera ser grandes oportunidades para a igreja hoje e os grandes desafios na medida em que ela espera completar sua missão no século vinte e um.


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GEORGE KNIGHT apresentou este sermão na Conferência Geral de 2000 em Toronto. Tradução: Dra.Silma de Almeida Santos e Valmor Artur Goetz Santos. Clique Aqui para ler o texto original em Inglês.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Porque Satanás não perdeu seus poderes?

domingo, 20 de novembro de 2011

Quantas Vezes Satanás foi Expulso do Céu?



O texto de Apocalipse 12:7-12, parece que fala de duas expulsões de Satanás – uma quando ele se rebelou e guerreou contra Cristo no Céu e outra quando o Cordeiro derramou Seu sangue na cruz. Seria isso assim?


O contexto do capítulo 12 de Apocalipse mostra que os versos 7-12 são um parêntese entre 12:6 e 13, que falam do dragão (Satanás) em sua obra de perseguir a igreja, representada por uma mulher. E a razão para esse texto parentético é que ele explica como um anjo criado perfeito chegou a se tornar “diabo” (acusador, caluniador) e “Satanás” (adversário).


O texto de Apocalipse 12:7-12 mostra que houve dois momentos em que Satanás foi expulso do Céu – em um, como seu lugar de habitação (v. 9) e em outro, como “acusador dos irmãos” (v. 10).


Os versos 7-9 falam da primeira expulsão de Satanás e  seus anjos do Céu como “o lugar deles” (v. 8). Ou seja, ele e seus anjos foram expulsos de sua morada celeste. Isaías 14:12 lamenta esse fato: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!” E Ezequiel aponta a razão para essa expulsão: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra…” (Ez 28:17). Foi o orgulho de Satanás, que resultou em rebelião e guerra contra Deus, que acarretou sua expulsão do Céu. Então ele e seus anjos “foram atirados para a Terra” (Ap 12:9), não por uma escolha arbitrária da parte de Deus, mas porque foi neste planeta que as mentiras desse anjo rebelde foram aceitas, em contraposição à clara ordem de Deus para que o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal não fosse comido (Gn 2:17). Fazendo nossos primeiros pais transgredirem a ordem divina, Satanás tomou de Adão o título de “Príncipe deste mundo” (Jo 14:30)


Os versos 10-12 de Apocalipse 12 falam da segunda expulsão de Satanás, dessa vez com respeito ao acesso dele ao Céu. Jesus, referindo-Se à Sua morte na cruz (Jo 12:27), exclamou: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (12:31). O Salvador não estava Se referindo à primeira expulsão de Satanás porque: (1) o verbo está no futuro passivo (“será expulso”). Ou seja, era uma expulsão a ocorrer ainda no futuro, e (2) é dito que o momento dessa expulsão seria quando chegasse a “hora” de Cristo (12:27), e quando Ele fosse “levantado da terra” – expressões inequívocas para Sua morte na cruz. Foi olhando ao futuro, ao momento de Sua morte (cf. Comentário Adventista, em inglês, v. 5, p. 781), que Cristo pôde dizer: “Eu via Satanás caindo do Céu como um relâmpago” (Lc 10:18), momento em que seu poder seria quebrado. Os versos 10-12 de Apocalipse 12 aludem a essa segunda expulsão pelas seguintes razões: (1) a expressão “Agora, veio a salvação…, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos” não pode ser aplicada à primeira expulsão de Satanás, visto que só depois dela é que ele se tornou “acusador dos irmãos” (Comentário Adventista, em inglês, v. 7, p. 810), e (2) o “agora” aponta, não à primeira expulsão de Satanás, mas para aquela que ocorreu no momento em que o “sangue do Cordeiro” foi vertido na cruz (v. 11).


Apocalipse 12:12 mostra o resultado dessa segunda expulsão de Satanás, de seu acesso, mesmo que limitado, ao Céu, bem como aos mundos que não pecaram: “Por isso, festejai, ó céus, e vós, que neles habitais. Ai da Terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.” Anjos e seres de outros mundos que não pecaram podem festejar, pois não mais podem ser tentados nem incomodados pelo diabo. A Terra e seus habitantes devem se lamentar, visto que, após a cruz e restrito a esse planeta, Satanás e seus anjos concentram todos os seus malignos esforços na degradação deste mundo e na perdição de seus habitantes.


Expulso de sua morada celestial, Satanás não ficou restrito somente à Terra. Isso é evidenciado pelos dois concílios celestiais aos quais ele se fez presente, mencionados no livro de Jó (1:6; 2:1). Embora não saibamos onde ocorreram (e parece que não foi no Céu, visto que ele foi expulso de lá), vê-se que não foi na Terra, pois, ao ser perguntado de onde vinha, ele respondeu: “… de rodear a Terra e passear por ela” (Jó 1:7; 2:2). Tais concílios ocorreram em algum lugar do Universo, que não a Terra.


Ellen G. White menciona que, mesmo após sua expulsão do Céu, Satanás tinha acesso (limitado) a ele: “Um anjo do Céu está passando. Ele o chama e suplica uma entrevista com Cristo. Isto lhe é concedido. Então, relata ao Filho de Deus que está arrependido de sua rebelião e deseja voltar ao favor divino. [...] Cristo chorou ante o infortúnio de Satanás, mas disse-lhe, como pensamento de Deus, que ele jamais poderia ser recebido no Céu. [...] as sementes da rebelião ainda estavam nele. [...] Como não poderia ser admitido no interior dos portais celestes, aguardaria, mesmo à entrada, para escarnecer dos anjos e procurar contender com eles ao passarem” (História da Redenção, p. 26).


A verdade é que, até a morte de Cristo, ainda havia simpatia por Lúcifer entre os seres de outros mundos que não pecaram. Mas ao verem o que ele fez com Cristo na cruz, “desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais. Daí em diante, sua obra seria restrita” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 761). E essa restrição se deu quando, na cruz, “foi expulso o acusador dos nossos irmãos” (Ap 12:10), sendo ele restrito apenas a esse mundo. É por isso
que “os céus e os que nele habitam” (Ap 12:12) podem festejar, pois estão para sempre livres do tentador.


Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e professor no SALT Unasp – Campus 2, Engenheiro Coelho. Publicado na RA de Set/2011.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Deus não tem culpa de o Diabo ser Diabo

 
Imagine a cena: Jesus volta em glória e majestade (Ap 1:7) para executar o juízo final sobre o Diabo (Mt 25:41). Antes de Satanás ser jogado no lago de fogo, eles mantêm o seguinte diálogo para “colocar todas as cartas na mesa”:


Demônio: – Por que serei condenado e jogado no lago de fogo se você, em Sua Onisciência, predestinou-me para ser assim?


Jesus Cristo: – Predestinei-o para ser Satanás por causa da minha Soberania.


Demônio: – Mas, se o Senhor é Soberano, por que não determinou, em Sua Soberania, que eu fosse Lúcifer, um anjo de luz, durante a vida toda? Assim, o universo viveria em harmonia por toda a eternidade e muita dor teria sido evitada.


Jesus Cristo: – Já lhe disse: é a minha Soberania quem define isso.


Demônio: – Mas por que tem que ser assim?


Jesus Cristo: – Por que eu sou Soberano e pronto. Mesmo eu sendo amor e tendo estabelecido princípios morais desde a eternidade, em minha Soberania decidi criar seres que me desobedecessem. O que você tem com isso?


Demônio: – Mas eu não poderia ter escolhido ser bom?


Jesus Cristo: – Não! Eu amo o bem e em mim não há treva alguma (1Jo 1:5); escrevi os Dez Mandamentos (Ex 31:18), porém, eu decidi persuadi-lo, desde a eternidade, a ser mau mesmo. Sou Soberano e faço o que eu quiser. Sou livre para predestinar pessoas a desobedecerem aos mandamentos morais que eu mesmo estabeleci (Ex 20; Dt 5).


Demônio: – Tudo bem, Deus. Já que você decidiu em Sua Soberania que eu me tornaria Diabo, vai em frente. Mas que eu ainda não entendi o porquê de haver me criado assim, não entendi. E, nunca entenderei. Afinal, o Senhor deve ter me predestinado para ser ignorante.


[Fim do diálogo]


Esse é mais ou menos o tipo de “diálogo” que os deterministas rígidos (há um tipo de determinismo mais suave) querem que aceitemos. Não foi à toa que o teólogo Clark Pinnock, ex-calvinista, declarou:


“O Calvinismo envolve a pessoa em dificuldades agonizantes de primeira grandeza [ele afirma isso por experiência própria]. Faz com que Deus se transforme num tipo de terrorista que vai por aí distribuindo tortura e desastre [afinal, Deus “determinou” que Hitler mataria 6 milhões de judeus], e até mesmo exigindo que as pessoas façam coisas que a Bíblia diz que Deus aborrece [...]. Não há maneira de limpar a reputação de Deus, num caso assim. Não é preciso a pessoa pensar muito para responder por que muita gente torna-se descrente, ou ateu, ao defrontar-se com tal teologia. Um Deus assim teria muita coisa por que responder”. (Predestinação e Livre-Arbítrio [Mundo Cristão, 2010], p. 78).


Se o Diabo fosse designado por Deus para ser “homicida desde o princípio” (Jo 8:44), o inimigo teria razão em questionar o poder da Soberania de Deus. Afinal, se Deus é Soberano ao ponto de negar a criaturas racionais o direito de escolha, por que não escolheu por elas, para que elas fossem boas por toda a eternidade, assim como Ele é Bondoso?


Separar a soberania de Deus do amor dEle pela moral, tornando-O responsável por aquilo que Ele mesmo odeia, é um sacrilégio. É uma aberração teológica de primeira “grandeza”.


LÚCIFER É QUEM QUIS SER DIABO


Deus não predestinou Lúcifer para se transformar no “capeta”, e muito menos decidiu “programar” criaturas para O amarem, enquanto “programa” outras para O odiarem. O Criador da razão criou Lúcifer perfeito (Ez 28:15) e dotou a humanidade com livre-arbítrio (Gn 2:16, 17; 3:15) para que todos possam amá-Lo livremente e serem moralmente responsáveis pelas próprias atitudes (Gn 4:7; Js 24:15; Tg 1:14). Apenas assim a doutrina do juízo possui sentido (Ec 12:13-14; Rm 14:12; 2Co 5:10).


Os calvinistas rígidos confundem presciência com a predestinação, sendo que Paulo, de modo claro, diferenciou as duas coisas em Romanos 8:29. Se predestinação e presciência não são a mesma coisa, isso significa que Deus não predestina tudo o que Ele prevê.


É claro que presciência e predestinação trabalham juntas; porém, a presciência de Deus não O faz determinar a perdição de grande parte da população. Se assim o fosse, então a presciência de Deus é tão incompetente que O fez “predestinar” a maioria para a perdição (Ap 20:8, 9), ao invés de fazê-Lo predestinar a maioria para o céu (Mt 7:13, 14).


Além disso, os deterministas supervalorizam a Soberania Divina em detrimento do Seu Amor, Onipotência, etc. E, pior: não têm a compreensão correta do conceito bíblico de Soberania Divina.*


Ao invés de crerem que Deus é tão Soberano ao ponto de fazer criaturas livres e moralmente responsáveis (Is 66:4 – preste atenção nesse texto), mesmo após o pecado (interpretemos Romanos 3 à luz de Gênesis 3:15), creem que Ele é Soberano no sentido de programar a mente de cada um para aceitá-Lo ou rejeitá-Lo, sendo que Ele mesmo fica decepcionado quando o ser humano o rejeita! Veja como a Bíblia ignora tal compreensão determinista:


“Como seria bom se eles sempre pensassem assim, e me respeitassem, e sempre obedecessem a todos os meus mandamentos! Assim tudo daria certo para eles e para os seus descendentes para sempre.” (Dt 5:29, NTLH).


Já pensou Deus ficar chateado por Ele mesmo ter predestinado as pessoas para serem desobedientes e pecadoras? Isso é um absurdo sem tamanho. Imaginou o Criador, em Deuteronômio 5:29, lamentar aquilo que Ele mesmo determinou que as pessoas fossem, ou seja, desobedientes? Se lermos o texto com os olhos calvinistas, poderíamos “reinterpretá-lo” da seguinte maneira:


“Como seria bom se eu tivesse predestinado os Israelitas para obedecerem aos meus mandamentos! Pena que não fiz isso em minha Soberania…”


Graças a Deus que, na Bíblia, não há lugar para o “Deus esquizofrênico” criado pelos calvinistas rígidos.


PARADOXO = DESCULPA ESFARRAPADA


Quando questionados sobre como um ser humano pode ser moralmente responsável pelos próprios pecados, se foi Deus quem decretou que o ser humano pecaria, alguns calvinistas respondem que isso é um “paradoxo”.


Na verdade, o termo “paradoxo”, como usado por eles, é mais uma palavra para justificar o injustificado. É uma maneira de a pessoa “sair de fininho” sem se comprometer ainda mais em dar uma explicação racional para determinado fato contraditório.


Em minha opinião, essa palavra, quando empregada pelos deterministas, é um eufemismo para desculpa esfarrapada.


Nossos irmãos calvinistas deveriam aceitar o que a Bíblia ensina em Lucas 7:30: que o pecador rejeita a Cristo por decisão própria e não por decreto Divino:


“Mas os fariseus e os mestres da Lei não quiseram ser batizados por João e assim rejeitaram o plano de Deus para eles.” (Lc 7:30, NTLH).


Veja que Deus é tão Soberano que permitiu aos fariseus rejeitarem o plano dEle para eles! Deveríamos ler a Bíblia e aceitá-la como ela é. Assim, não precisamos criar termos para justificar aquilo que é absurdamente contra a razão e o bom senso.


Assim como o plano do Salvador para os fariseus não era a perdição, o plano da Divindade para você, amigo leitor, não é o lago de fogo. “Deus idealizou e resolveu a estrutura do plano de salvar a humanidade” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, [Casa Publicadora Brasileira, 2011] p. 132), segundo Efésios 1:9, e não idealizou que alguns O rejeitassem.


Desse modo, use corretamente o livre-arbítrio que Ele devolveu ao ser humano (Gn 3:15). Aproveite que Ele colocou em seu coração uma “inimizade” contra a “serpente” (Satanás – Ap 12:9) e decida-se por Jesus Cristo e as Verdades dEle. Aceite o plano de salvação disponibilizado a “todo o mundo” (Mc 16:15) e faça parte do povo de Deus que desfrutará de vida e felicidade eternas ao lado da Divindade:


“[...] Aquele que tem sede venha. E quem quiser receba de graça da água da vida.” (Ap 22:17)


E aí, caro leitor? Você crê que Deus criou Lúcifer para ele se transformar em Diabo e Satanás, trazendo assim dor e sofrimento ao universo? Caso não, parabéns! Você não é (ou está deixado de ser) um calvinista rígido e, portanto, compreenderá melhor o plano de salvação e o amor infinito que Deus sente por todas as criaturas dEle.


Esse amor Ele evidencia também ao dar a cada ser a oportunidade de escolher amá-Lo ou não. Se não fosse assim, o próprio Deus não seria “portador” do amor altruísta de 1 Coríntios 13.





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@lsquadros


 * Nota: Nenhum de nós pode compreender a Onisciência Divina. Afinal, não somos deuses. Como afirmou Davi, no Salmo 139:6: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.” Porém, podemos no mínimo nos aproximarmos da Verdade a respeito do assunto, como revelada na Bíblia (de que a Onisciência Divina não fez o Diabo ser Diabo – Ez 28:15). Basta deixarmos as Escrituras falarem por si mesmas e submetermos nossa lógica pecadora à lógica Divina (Is 55:8, 9).

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