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quinta-feira, 16 de março de 2017

15 pecados que mais entristecem o Espírito Santo segundo EGW

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Entristecer o Espírito Santo não significa lutar contra Ele. Você e eu precisamos diferenciar a luta com a Terceira Pessoa da Trindade para vencermos nossas fraquezas da batalha contra o Espírito Santo, que consiste numa constante rejeição aos Seus apelos para que reconheçamos a Jesus como Messias. Desse modo, essa listagem não tem o objetivo de insinuar que você esteja “pecando contra o Espírito Santo”, mas apenas lhe advertir sobre alguns dos pecados que mais O entristecem. Assim como um pai e uma mãe que, apesar de se entristecerem ou se decepcionarem com um filho, não o abandonam, Deus também não abandona Seus filhos por que estes Lhe causaram tristeza em certos momentos. O Senhor insiste em trazer-nos de volta para perto de Si (leia em Oseias 11 e 12).

A seguir, os 15 pecados que mais entristecem o Espírito Santo segundo os escritos de Ellen G. White:

1. Divertimentos que são impróprios
“Mais que qualquer outra coisa, estão os divertimentos contribuindo para anular a operação do Espírito Santo, e o Senhor é ofendido” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 281).

2. Cristãos que não são sinceros de coração e não vivem as verdades
“O Espírito de Deus é ofendido porque muitos não têm a vida e o coração retos; sua professa fé não harmoniza com suas obras” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 247).

3. Cobiça
“Depois, Ananias e Safira ofenderam o Espírito Santo cedendo a sentimentos de cobiça […] O mesmo pecado foi muitas vezes repetido na história posterior da igreja, e é cometido por muitos em nosso tempo. Mas, embora, possa não manifestar-se visivelmente o desagrado de Deus, não é menos desprezível a Sua vista agora do que o foi no tempo dos apóstolos” (Atos dos Apóstolos, pp. 72, 76).

4. Duvidar do amor de Deus e desconfiar de Suas promessas
“Quando nos inclinamos a duvidar do amor de Deus, a desconfiar de Suas promessas, nós O desonramos e ofendemos ao Seu Santo Espírito” (Caminho a Cristo, p. 118).

5. Não controlar a imaginação
“Você [chamada na obra de “irmã F”, que por seus acessos de raiva maltratava os membros da família] é capaz de controlar a imaginação e vencer esses acessos nervosos. Você tem força de vontade, e deve trazê-la em seu auxílio. Não tem feito isso, mas tem deixado a imaginação altamente agitada a controlar a razão. Nisso você tem ofendido o Espírito de Deus”. (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, p. 310).

6. Temor injustificado e queixas
“Fazem eles bem em ser assim incrédulos? Jesus é seu amigo. Todo o céu se acha empenhado em seu bem-estar, e seu temor e queixas ofendem o Espírito Santo.” (Obreiros Evangélicos, p. 261).

7. Indolência e preguiça
“Quando a ignomínia da indolência e preguiça tiver sido afastada da igreja, o Espírito do Senhor se manifestará graciosamente. Revelar-se-á o poder divino. A igreja verá a providencial operação do Senhor dos Exércitos. A luz da verdade brilhará em raios claros, fortes, e, como no tempo dos apóstolos, muitas almas volverão do erro para a verdade. A terra será iluminada com a glória do Senhor”. (Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 219).

8. Condescendência com o egoísmo e a desunião entre irmãos na fé
“O Espírito de Deus não habitará onde há desunião e contenda entre os que creem na verdade. Mesmo que esses sentimentos não sejam expressos, eles tomam posse do coração e expulsam a paz e o amor que deveriam caracterizar a igreja cristã. Eles são resultados do egoísmo no sentido mais pleno […] A condescendência com o egoísmo certamente expulsará o Espírito de Deus do local.” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 221).

9. Falta de cooperação entre obreiros de instituições
“Essas coisas ofendem o Espírito Santo. Deus deseja que aprendamos uns dos outros. A não santificada independência nos coloca no lugar em que Ele não pode trabalhar conosco. Satanás é que muito se agrada com tal estado de coisas”. (Testemunhos Para a Igreja, vol. 7, p. 197).

10. Relaxamento na observância do Sábado 
“Quando julga que suas circunstâncias temporais requerem atenção, você transgride sem preocupação o quarto mandamento. Você torna a guarda da lei de Deus uma questão de conveniência, obedecendo ou desobedecendo, segundo o indicam suas ocupações ou inclinações. Isto não é honrar o sábado como uma instituição sagrada. Você ofende o Espírito de Deus e desonra seu Redentor, seguindo esse procedimento descuidado.” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 248).

11. Dureza de coração
“Enquanto estava ao lado do leito de morte de meu marido, eu sabia que se houvera outros com quem repartir as cargas dele, teria ele sobrevivido. Então supliquei com agonia que os que estavam ali presentes não mais ofendessem o Espírito do Senhor por sua dureza de coração.” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 67).

12. Unir-se com uma pessoa descrente (jugo desigual)
“Unir-se a um descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Você entristece o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Será capaz de suportar tão terríveis desvantagens ao travar a luta pela vida eterna?” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p.p. 364, 365).

13. Manifestar represália
“Se surgem provações que parecem inexplicáveis, não devemos permitir que nossa paz nos seja roubada. Conquanto sejamos tratados injustamente, não demonstremos paixão. Alimentando o espírito de represália, prejudicamo-nos a nós mesmos. Destruímos nossa confiança em Deus e entristecemos o Espírito Santo”. (Parábolas de Jesus, p.p. 171, 172).

14. Rivalidade entre instituições da Igreja
“Não deve haver concorrência entre nossas casas publicadoras [editoras de livros adventistas]. Se esse espírito existir, irá crescer e se fortalecer, impedindo o espírito missionário. Entristecerá o Espírito de Deus, e banirá da instituição o ministério dos anjos enviados para cooperar com aqueles que participam da graça de Deus”. (Testemunhos Para a Igreja, vol. 7, p.p. 173, 174).

15. Observações severas e sarcásticas
“Quando o Salvador em nós habita, as palavras O revelam. Mas o Espírito Santo não habita no coração daquele que se impacienta quando os outros não concordam com suas ideias e planos. Dos lábios de tal homem saem palavras fulminantes, que afugentam o Espírito e desenvolvem atributos satânicos, em vez de divinos. O Senhor deseja que os que estão ligados a Sua obra falem, a todo tempo, com a mansidão de Cristo. Manifestai a brandura de que Cristo nos deu o exemplo em Sua vida.” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 115).

Não se esqueça de que o seu olhar não deve estar voltado para dentro de si. Do contrário, nunca se sentirá salvo. Fixe seus olhos em Cristo e não verá possibilidade de perder a vida eterna! (Hb 12:2). 

Que a paz do Espírito Santo esteja com você.

Extraído de artigo de Leandro Quadros ( Na Mira da Verdade)

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Que é o Pecado Contra o Espírito Santo? O Que é Pecado Para a Morte?



Mateus 12:31-32 – “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.

1João 5:16 – “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore”.

A resposta à pergunta “O que é o pecado contra o Espírito Santo?” é muito conhecida, portanto relativamente fácil de ser dada.

A leitura das palavras de Cristo em Mateus 12:31-32 tem preocupado a muitos cristãos sinceros temerosos de terem cometido este pecado.

O conhecimento do trabalho do Espírito Santo ajuda na compreensão do que Cristo quis dizer.

O Espírito Santo é o mais poderoso agente divino para influenciar o ser humano; e o meio pelo qual Deus opera, rogando, suplicando retorne à senda cristã. Se o homem rejeita voluntariamente o Espírito, propositadamente ele se desliga do meio de comunicação com o céu, e a pessoa ultrapassa os limites do perdão como nos diz Marcos 3:29.

Conforme as Escrituras há três estágios progressivos para se chegar ao estado de não haver mais perdão.

1º) Entristecer o Espírito Santo (Efésios 4:30), pela continuação de uma vida que impeça a Sua operação.

2º) Resistir ao Espírito Santo como fizeram os judeus (Atos 7:51).

3º) Suprimindo o Espírito (1Tessalonicenses 5:19) até que a alma perde a sensibilidade (Efésios 4:19) e o Espírito se afasta.

Pecado contra o Espírito Santo não é um ato, ou um pecado tão repelente que Deus não possa perdoar, mas um estado do coração pecaminoso, que se opõe de maneira determinada e voluntária aos apelos que são feitos.

O pecado contra o Espírito Santo pode ser sintetizado nesta simples frase: é o pecado do qual o homem não se arrepende. O pecado mais comum contra o Espírito Santo é a persistente negligência em ouvir o Seu convite para o arrependimento.

Este pecado é imperdoável, não porque Deus não queira perdoá-lo, mas porque o pecador se colocou numa posição em que não tem mais o desejo de receber perdão. A Bíblia é muito clara ao garantir-nos que por mais abjeta que seja a transgressão, se o infrator se arrepender, pedir o perdão divino este lhe será concedido. Quando o Espírito Santo é rejeitado por tanto tempo, que o homem não pode mais ser alcançado por Sua influência, também não há mais esperança de salvação.

O pecado contra o Espírito Santo ou o pecado imperdoável é aquele sobre o qual o pecador não deseja receber perdão.

O contexto histórico de Mateus 12:31-32 nos ajuda a compreender melhor o que Jesus queria dizer por pecado imperdoável. Segundo a narração de Mateus 12:22-30 a multidão estava admirada do milagre que Jesus efetuara, mas este ato divino provocou uma reação negativa nos fariseus, que procuravam desacreditá-Lo diante do povo. Acusaram-no de expulsar os demônios por Belzebu, o príncipe dos demônios. Em seu ódio a Cristo, aqueles líderes religiosos em vez de reconhecerem que os milagres eram realizados pelo poder do Espírito Santo, preferiram atribuir este poder a Satanás. A rejeição de Cristo torna-se a base para o pecado imperdoável. Cada passo dado na rejeição de Cristo é um passo dado no sentido da rejeição da salvação, um passo dado para o pecado contra o Espírito Santo.

Adam Clarke diz claramente: “Quando a pessoa obstinadamente atribui ao demônio o que ela tem completa evidência de que apenas poderia ser realizado pelo Espírito de Deus, ela comete o pecado contra o Espírito Santo”.

Segue-se parte da resposta dada à pergunta: O que é o pecado imperdoável?

“Se há um pecado imperdoável é justamente o que atribuí a Deus o que Satanás faz, e a Satanás o que Deus faz. Se o homem cortar o único meio pelo qual Deus se comunica com ele e o salva, a última esperança de livramento terá de ser abandonada.

“A pessoa que teme ter já cometido o recado imperdoável, tenha esta certeza: Qualquer pessoa que tem um coração brando e que sente tristeza pelo pecado, tem por si o Espírito Santo, e ainda não cometeu o pecado imperdoável, tem, com isso, a melhor prova de que ainda não o fez; porque é sinal de que o Espírito Santo está trabalhando em seu coração para convencê-la a e trazê-la ao arrependimento. Esta é a sua primeira obra (João 16:7-8)” (O Atalaia, setembro de 1930, pág. 24).

Conclusão

Todo o pecado é perdoável quando a pessoa o reconhece e roga a Deus que lhe perdoe.

Pecado imperdoável e a contínua rejeição da graça divina, o não atendimento aos apelos do Espírito para que a pessoa se arrependa. É o ato de colocar-se fora da influência dos apelos do Espírito Santo.

Que é “pecado para morte” de acordo com 1João 5:16?

“Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte e por esse não digo que rogue”.

A que pecado se refere João na sua primeira carta (5:16)? Seria o pecado de imoralidade, o pecado da apostasia, a blasfêmia contra o Espírito Santo?

João não especifica os pecados para a morte e os pecados que não são para a morte.

Ele classifica todos os pecados em dois grupos: os que são “para morte” (imperdoáveis), e os que “não são para morte” (passíveis de perdão).

Teólogos católicos baseados nesta passagem têm classificado os pecados para a morte (mortais) e os pecados não para a morte (veniais). Pecados mortais seriam os pecados graves, deliberados, que levam o pecador à morte espiritual, enquanto os pecados veniais seriam as faltas leves, cometidas sem reflexão.

João não se refere nesta passagem a um pecado específico, como a violação de um dos Dez Mandamentos. A palavra pecado no grego aparece sem artigo, dando-lhe assim um sentido indefinido.

Muitos comentaristas (inclusive o Comentário Bíblico Adventista) se inclinam a crer que haja aqui referência ao pecado imperdoável de Mateus 12:31-32.

Eis duas notas bíblicas explicativas:

“Sobre este pecado de excepcional gravidade, os destinatários da epístola deveriam estar bem informados. Poderia ser o pecado contra o Espírito, contra a verdade (Mateus 12:31) ou a apostasia dos anticristos (1João 2:18-29; Hebreus 6: 4-8)” – A Bíblia de Jerusalém.

“Este pecado corresponde ao ‘pecado eterno’ contra o Espírito Santo” – Bíblia Vida Nova.

Livro: Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dissidente antitrinitariano volta para Cristo (e para o Espírito Santo!)

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É muito bom receber notícias de pessoas sinceras que, depois de terem sido cegadas por algum tempo, permitiram que Deus iluminasse suas mentes para uma compreensão mais plena da verdade.

A seguir você conhecerá um pouco da história de Moisés Lucas. Ele escreveu para o programa “Na Mira da Verdade” contando de sua trajetória no meio dissidente e do entusiasmo por hoje viver uma nova paixão pela Pessoa do Espírito Santo.

Reparta essa história com antitrinitarianos que se encontram presos nas garras do diabo. Confio que tal relato será um instrumento da Terceira Pessoa do “Trio Celestial” (expressão usada pela trinitariana Ellen White!) para auxiliar essas pobres pessoas que já perderam o sabor da verdadeira religião.
Afinal, eles pregam para quem é da Igreja, ao invés de pregar as Três Mensagens Angélicas (Ap 14:6-12) para os de fora... Como um “evangelismo” dessa espécie pode produzir verdadeiro contentamento espiritual? Impossível.
O diabo não tem poder para cegar uma pessoa por toda a vida se ela não quiser. Por isso, oro nesse momento para que você, caso seja um dissidente, clame aos céus por auxílio e deixe de lado as heresias e revolta que vem alimentando há algum tempo.
Leia a seguir o belíssimo relato (destaquei algumas partes e comentei-as entre colchetes):

Boa tarde, Leandro Quadros. Meu nome é Moisés Lucas e sou de Santa Catarina. Vou lhe contar um pouquinho da minha história de vida como Adventista do 7° Dia. Nasci num lar adventista. Meus pais conheceram a verdade quando tinham +/- 3 anos de casados, através do irmão de meu pai. Sempre fui ativo na IASD desde pequeno devido à influência dos meus pais, que sempre foram líderes na igreja onde morávamos. 

Tenho dois irmãos, ambos casados, e namoro uma linda moça. No ano 2000 morávamos em Blumenau e meu pai era obreiro da IASD. Foi ali que comecei o contato pela 1° vez com a doutrina antitrinitariana. Confesso que no inicio me assustei um pouco, mas, com o passar dos meses, fui me adaptando à nova crença de meu pai. Por ele ter uma influência enorme na minha vida (pois o amo e respeito muito), aceitei a tese de que o Espírito Santo era apenas o poder ativo de Cristo [os dissidentes não chegaram a um consenso: alguns pensam ainda hoje que o Espírito Santo é “o próprio Cristo”; outros, que é o “poder de Deus Pai e de Cristo” enquanto que os demais chegam ao cúmulo de dizer que o Espírito é “o anjo Gabriel! É uma verdadeira “babilônia” de heresias!] 

Os anos passaram e já era 2004. Meu pai foi excluído da igreja. Foi algo muito triste. Meu pai – obreiro de Deus e que cursou 3 anos de teologia – agora tinha seu nome removido do rol de membros da igreja que tanto defendia! Entrei no mesmo barco. Não cheguei a ser removido por que nunca me posicionei verbalmente sobre o assunto. Tinha apenas uma luta interna.
No ano de 2006 foi o auge da minha revolta. Sem ter chão e parecendo que Deus havia me abandonado, fui colportar. Que coisa, não? Não acreditava na Trindade e fui para a colportagem?! Realmente Deus me tirou de minha cidade. Nessa campanha de colportagem conheci a minha namorada. Terminando a campanha fui morar em Blumenau. Ali a minha luta interna aumentou devido a ver as palestras dos pastores defendendo a Trindade.
Eu dizia para mim mesmo: "Esses pastores são um bando de ignorantes, mal sabem o quanto estão perdidos". Passou os anos e permaneceu da mesma maneira. Porém, veio a mudança em minha vida! 

Era o ano de 2010 e eu estava sufocando devido a essa doutrina [percebeu, amigo leitor? A heresia antitrinitariana – predita por Ellen White e chamada de “Apostasia Ômega” – tira a paz!]. Eu estava indo na igreja, mas não acreditava na Trindade! Sentia-me muito mal cantando na congregação, orando e participando! Realmente eu era uma pessoa de duas caras [viu os “resultados” diabólicos do antitrinitarianismo dos dissidentes?] 

Não sei ao certo o mês, mas foi mais ou menos em maio. Pela 1° vez caí de joelhos e implorei a Deus que me desse luz! Não aguentava essa angústia! [quando uma pessoa ora com sinceridade, Cristo a liberta!] Na mesma hora Deus me mostrou um livro: “Como Conhecer a Deus: Um plano de 5 dias” (Pr. Morris Wenden). Leandro ali começou a minha mudança! Tirei a doutrina do foco e coloquei Cristo. Pedi a Ele para não me deixar enganar pela mistura da verdade com mentira e, pela 1° vez em 10 anos, senti novamente o Espírito Santo, enchendo o vazio que havia em mim! [Graças a Deus por isso!]
Ele fechou a ferida como se nunca estivesse existido! [Algo que o dissidente precisa muito] Hoje não apenas creio no Espírito Santo, mas falo do milagre dEle em minha vida por onde passo. Realmente Ele carregou o meu fardo (que não era pouco), e conduziu-me a liberdade. Hoje O sinto em cada segundo como Deus da minha vida! [Aleluia!]

Na verdade há muita coisa para contar desse período. Se tivesse oportunidade gostaria de testemunhar através de um vídeo, para que todas as pessoas que saíram da igreja (devido à crença na Trindade) vejam que ainda não pecaram contra o Espírito Santo e que há volta! Que Deus abençoe a todos.
[Se você também é um “ex-dissidente” e deseja que outras pessoas sejam motivadas a abandonarem tal caminho de trevas, escreva-me contando sua história. E-mail: leandro.quadros@novotempo.org
Fonte: Em Defesa do Espírito Santo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

João 17 – a Divindade de Cristo e do Espírito Santo


João 17 - Jesus e o Espirito Santo

A Paz do Senhor Jesus Cristo, Pr. Leandro… Se na Trindade Jesus é Deus, por que ele esta à direita do trono do Pai? Em João cap. 17 vers 21 ele afirma: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”. Assim sendo, acho que Jesus Cristo esta se referindo neste texto sobre a unidade de Espirito e não necessariamente dizendo que existem três pessoas numa divindade…Gostaria de saber se estou certo.

Além disso, 1 joão cap 5 e vers 7 (Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um )….Testificar não significa que seja uma única Pessoa e sim que estes 3 são os que testificam. Amigo internauta, recado deixado no blog.

Olá, amigo,
Suas considerações são sempre bem-vindas.
O fato de Jesus estar ao lado direito do trono de Deus Pai – ou do esquerdo – em nada afeta a Divindade dEle, afirmada de forma clara em Colossenses 2:9 (entre muitos outros versos): “Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.”
 Perceba que Cristo não é “um pouco Deus”, mas,plenamente Divino!
E, o sentar-se no trono, ao lado direito, na Bíblia significa autoridade. Se não fosse Divino, seria incoerente uma “criatura” comandar o universo (Hebreus 1:1-3) com o Criador.

A respeito de João 17, na oração de Cristo antes dEle subir ao Céu, o Senhor orou pela unidade dos discípulos. Ele não mencionou o Espírito Santo naquele contexto porque não era o mais relevante no ensinamento que Jesus quis passar (além disso, a revelação sobre o Espírito foi progressiva na Bíblia). Ao examinar o todo das Escrituras, você poderá ver que O Espírito Santo é mencionado junto com o Pai e o Filho (2 Coríntios 13:13; Judas 1:20) e, noutros textos, só Jesus e o Espírito são citados! Veja um deles:
“Por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo[veja que o Espírito não É um poder: Ele TEMpoder!]; de maneira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo” Romanos 15:19.

Portanto, se João 17 indica que o Espírito Santo não existe como uma pessoa, o texto acima também indica que Deus o Pai não existe, pois Ele não é mencionado (afirmar isso seria uma blasfêmia).
Quando uma Pessoa da Divindade é mencionada na Bíblia e outra não, devemos levar em conta o CONTEXTO da declaração porque cada Pessoa Divina se enquadra melhor num. E, ao mesmo tempo, não ignorarmos os demais textos bíblicos que colocam o Espírito Santo no meu grau de Divindade que Cristo e Deus Pai (leia Atos 5:3, 4).

Sobre 1 João 5:7, não o usamos como defesa da doutrina da Trindade porque o que está entre colchetes é um comentário de um copista. É claro que o copista não acrescentou uma heresia no manuscrito, mas, preferimos usar Mateus 28:19, Efésios 4:4-6, 2 Coríntios 13:13, Judas 1:20, João 14:16, entre outros, para provar que a Divindade é formada por Três Pessoas.
Postarei no blog textos que mostram que Jesus é Deus e outros sobre o Espírito Santo. Espero que a leitura dos mesmos o ajude a crescer “na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 3:18).

Conte comigo sempre.

Um abraço,
Leandro Quadros
Jornalista – consultor bíblico

terça-feira, 2 de junho de 2015

O que o Espírito Santo sente e faz por mim?



“Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?” (Tiago 4:5).

“E a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5:5).

Vamos às 3 dicas:

1 – O Espírito Santo deseja ser o único em meu coração. Isso porque Ele me ama e pretende derramar todo o Seu amor em meu coração a cada dia.

2 – Ele não quer dividir o nosso amor com as coisas ruins do mundo (Tiago 4:4). É por isso que sente ciúmes de nós.

3 – O Espírito Santo está disposto a fazer tudo que for preciso para me manter no caminho do Senhor.

Via Escola Bíblica

sábado, 16 de maio de 2015

Os pecados que mais entristecem o Espírito, segundo a Bíblia e os escritos de Ellen G. White

 Grabfigur Jesus
Introdução
A lista a seguir foi lida durante um sermão que apresentei no sábado de 25/4/2015, na Igreja Adventista do 7º Dia (central) de Porto Alegre, RS. O título da mensagem pregada foi “O Pecado Imperdoável”. Ao longo da apresentação, prometi postar estas citações no meu site, para que aqueles que se interessassem pudessem ler e guardar.
Convém destacar algo do que apresentei no sermão: entristecer ao Espírito não significa lutar contra Ele. Você e eu precisamos diferenciar a luta com a Terceira Pessoa da Trindade, para vencermos nossas fraquezas, da batalha contra o Espírito, que consiste numa constante rejeição aos Seus apelos para que reconheçamos a Jesus como Messias (cf. Mt 12:1-32).
Desse modo, essa listagem não tem o objetivo de insinuar que você esteja “pecado contra o Espírito”, mas apenas lhe advertir sobre alguns dos pecados que mais O entristecem. Assim como um pai e uma mãe que, apesar de se entristecerem ou se decepcionarem com um filho, não o abandonam, Deus também não abandona Seus filhos por que estes Lhe causaram tristeza em certos momentos. O Senhor insiste em trazer-nos de volta para perto de Si, como lemos, por exemplo, em Oseias 11:1-12.
A seguir, transcreverei todo o capítulo de Oseias 11 (na Nova Tradução Na Linguagem de Hoje), para que não tenha dúvida alguma do amor de Deus por você e de Seu desejo de buscar inclusive os pecadores mais rebeldes:
“O povo de Israel vive praticando maldades e gasta o dia inteiro fazendo coisas que não têm valor. As mentiras e os crimes continuam a aumentar. Israel faz acordos com a Assíria e manda azeite de presente para o Egito. O SENHOR Deus tem uma acusação contra o povo de Judá e vai castigar o povo de Israel por causa dos seus pecados. Jacó, o antepassado deles, lutou com o seu irmão gêmeo Esaú enquanto os dois ainda estavam na barriga da mãe. Já homem feito, Jacó lutou com Deus; ele lutou com um anjo e venceu. Então chorou e pediu que o anjo o abençoasse. Deus o encontrou em Betel e ali falou com ele. Esse foi o SENHOR, o Deus Todo-Poderoso. O seu nome é SENHOR! Portanto, povo de Israel, volte de novo ao seu Deus, faça o que é bom e certo e confie sempre nele. O SENHOR Deus diz: —Os israelitas são como os cananeus: são desonestos e usam balanças falsas para explorar os outros. Eles dizem: “É verdade que somos ricos, mas ninguém pode nos acusar de termos ajuntado a nossa riqueza por meios desonestos.” Porém eu, o SENHOR, sou o Deus de vocês desde que os tirei do Egito; eu farei com que vocês voltem a morar em barracas, como moravam quando me encontrei com vocês no deserto. —Eu falei com os profetas e lhes dei muitas visões; usei comparações quando falei ao povo por meio dos profetas. Mas o povo de Gileade adora ídolos e por isso vai ser morto. Em Gilgal touros são sacrificados no altar; por isso, os altares vão virar montes de pedras nos campos arados. O nosso antepassado Jacó teve de fugir para a Mesopotâmia e trabalhou como pastor de ovelhas a fim de conseguir uma esposa.” (Oséias 12:1-12)
Se quiser assistir ao sermão apresentado na igreja Central de Porto Alegre, acesse o link a seguir no facebook e solicite maiores informações: https://www.facebook.com/iasd.poa
Se desejar ter uma resposta escrita sobre “o que é o pecado imperdoável”, poderá encontrá-la no livro Na Mira da Verdade, vol.2, disponível em www.leandroquadros.com.br/loja
Listagem (resumida) de pecados que mais entristecem ao Espírito Santo segundo a Bíblia
De acordo com Isaías 63:7-10 e Efésios 4:30, 3, os pecados que mais deixam triste o Espírito divino são estes:
– Ingratidão para com Deus;
– Rebelião contra Ele;
– Amargura;
– Ira (a pecaminosa – ver Efésios 4:26, 27);
– Raiva;
– Gritaria;
– Blasfêmias;
– Malícia.
Poderá contribuir com esta lista se recordar de mais itens. Escreva para livrosnamiradaverdade@gmail.com
Listagem de pecados que mais entristecem ao Espírito segundo os escritos de Ellen White
Divertimentos que são impróprios: “Mais que qualquer outra coisa, estão os divertimentos contribuindo para anular a operação do Espírito Santo, e o Senhor é ofendido” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 281).
Cristãos que não são sinceros de coração e não vivem as verdades: “O Espírito de Deus é ofendido porque muitos não têm a vida e o coração retos; sua professa fé não harmoniza com suas obras” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 247).
Cobiça: “Depois, Ananias e Safira ofenderam o Espírito Santo cedendo a sentimentos de cobiça […] O mesmo pecado foi muitas vezes repetido na história posterior da igreja, e é cometido por muitos em nosso tempo. Mas, embora, possa não manifestar-se visivelmente o desagrado de Deus, não é menos desprezível a Sua vista agora do que o foi no tempo dos apóstolos” (Atos dos Apóstolos, p.p. 72 e 76).
Duvidar do amor de Deus e desconfiar de Suas promessas: “Quando nos inclinamos a duvidar do amor de Deus, a desconfiar de Suas promessas, nós O desonramos e ofendemos ao Seu Santo Espírito” (Caminha a Cristo, p. 118 – último capítulo da obra).
Não controlar a imaginação: “Você [chamada na obra de “irmã F”, que por seus acessos de raiva mal tratava os membros da família] é capaz de controlar a imaginação e vencer esses acessos nervosos. Você tem força de vontade, e deve trazê-la em seu auxílio. Não tem feito isso, mas tem deixado a imaginação altamente agitada a controlar a razão. Nisso você tem ofendido o Espírito de Deus”. (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 310).
Temor injustificado e queixas: “Fazem eles bem em ser assim incrédulos? Jesus é seu amigo. Todo o céu se acha empenhado em seu bem-estar, e seu temor e queixas ofendem o Espírito Santo. Não é porque vejamos ou sintamos que Deus nos ouve, que devemos crer. Devemos confiar em Suas promessas. Quando chegamos a Ele com fé, devemos crer que toda petição penetra no coração de Cristo.” (Obreiros Evangélicos, p. 261).
Indolência: “Quando a ignomínia da indolência e preguiça tiver sido afastada da igreja, o Espírito do Senhor se manifestará graciosamente. Revelar-se-á o poder divino. A igreja verá a providencial operação do Senhor dos Exércitos. A luz da verdade brilhará em raios claros, fortes, e, como no tempo dos apóstolos, muitas almas volverão do erro para a verdade. A terra será iluminada com a glória do Senhor”. (Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 219).
Condescendência com o egoísmo e consequente desunião entre irmãos na fé: “O Espírito de Deus não habitará onde há desunião e contenda entre os que creem na verdade. Mesmo que esses sentimentos não sejam expressos, eles tomam posse do coração e expulsam a paz e o amor que deveriam caracterizar a igreja cristã. Eles são resultados do egoísmo no sentido mais pleno […] A condescendência com o egoísmo certamente expulsará o Espírito de Deus do local.” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 221).
Falta de cooperação entre obreiros de instituições: “Essas coisas ofendem o Espírito Santo. Deus deseja que aprendamos uns dos outros. A não santificada independência nos coloca no lugar em que Ele não pode trabalhar conosco. Satanás é que muito se agrada com tal estado de coisas”. (Testemunhos Para a Igreja, vol. 7, p. 197).
Relaxamento na observância do Sábado (por parte dos adventistas do sétimo dia que já conhecem a verdade. A repreensão a seguir não se destina aos irmãos evangélicos, católicos ou de outras denominações religiosas que ainda não têm luz sobre o assunto):
“Quando julga que suas circunstâncias temporais requerem atenção, você transgride sem preocupação o quarto mandamento. Você torna a guarda da lei de Deus uma questão de conveniência, obedecendo ou desobedecendo, segundo o indicam suas ocupações ou inclinações. Isto não é honrar o sábado como uma instituição sagrada. Você ofende o Espírito de Deus e desonra seu Redentor, seguindo esse procedimento descuidado.” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 248).
Dureza de coração: “Enquanto estava ao lado do leito de morte de meu marido, eu sabia que se houvera outros com quem repartir as cargas dele, teria ele sobrevivido. Então supliquei com agonia que os que estavam ali presentes não mais ofendessem o Espírito do Senhor por sua dureza de coração.” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 67).
Casar-se com uma pessoa descrente (jugo desigual): “Unir-se a um descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Você entristece o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Será capaz de suportar tão terríveis desvantagens ao travar a luta pela vida eterna?” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p.p. 364, 365).
Manifestar represália: “Se surgem provações que parecem inexplicáveis, não devemos permitir que nossa paz nos seja roubada. Conquanto sejamos tratados injustamente, não demonstremos paixão. Alimentando o espírito de represália, prejudicamo-nos a nós mesmos. Destruímos nossa confiança em Deus e entristecemos o Espírito Santo”. (Parábolas de Jesus, p.p. 171, 172).
Rivalidade entre instituições da Igreja: “Não deve haver concorrência entre nossas casas publicadoras [editoras de livros adventistas]. Se esse espírito existir, irá crescer e se fortalecer, impedindo o espírito missionário. Entristecerá o Espírito de Deus, e banirá da instituição o ministério dos anjos enviados para cooperar com aqueles que participam da graça de Deus”. (Testemunhos Para a Igreja, vol. 7, p.p. 173, 174).
Observações severas e sarcásticas: “Quando o Salvador em nós habita, as palavras O revelam. Mas o Espírito Santo não habita no coração daquele que se impacienta quando os outros não concordam com suas ideias e planos. Dos lábios de tal homem saem palavras fulminantes, que afugentam o Espírito e desenvolvem atributos satânicos, em vez de divinos. O Senhor deseja que os que estão ligados a Sua obra falem, a todo tempo, com a mansidão de Cristo. Manifestai a brandura de que Cristo nos deu o exemplo em Sua vida.” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 115).
Considerações finais
Não se esqueça de que o seu olhar não deve estar voltado para dentro de si. Do contrário, nunca se sentirá salvo(a). Fixe seus olhos em Cristo e não verá possibilidade de perder a vida eterna!
Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus.” (Hebreus 12:2 Nova Tradução Na Linguagem de Hoje)
Que a paz do Espírito seja com você,

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fogo divino


Descubra por que o Espírito Santo é retratado nas Escrituras como um personagem divino em ação, ao contrário do que dizem alguns cristãos.

Os autores bíblicos não teorizam sobre a identidade do Espírito Santo, mas assumem que ele é a poderosa e criativa presença pessoal de Deus no mundo. Foto: LightStock
Os autores bíblicos não teorizam sobre a identidade do Espírito Santo, mas assumem que ele é a poderosa e criativa presença pessoal de Deus no mundo. Foto: LightStock

Nos últimos anos, notáveis teólogos têm escrito sobre o Espírito Santo. Se antes era comum um autor iniciar um tratado de pneumatologia (estudo do Espírito) lamentando a falta de obras sérias sobre o assunto, agora é preciso começar ressaltando a mudança. Não mais se pode dizer que o Espírito Santo seja uma figura esquecida. O teólogo Robert Imbelli, de fato, comenta que o Espírito está rapidamente se tornando “o membro mais popular” da Divindade.

Porém, esse não é o quadro completo. Até pouco tempo atrás, a pneumatologia era um campo negligenciado, a “última fronteira inexplorada da teologia”, como disse Nikolay Berdayev no livro Spirit and Reality. A rigor, ainda não temos estudos acadêmicos em número suficiente, especialmente em português, embora o corpo literário sobre o tema esteja crescendo cada vez mais. Para fazer justiça, é bom observar que no Oriente o Espírito Santo sempre teve boa visibilidade na teologia, o que está acontecendo agora no Ocidente.

O Espírito Santo precisa ser estudado e buscado porque ele é tão essencial quanto o Pai e o Filho, caso desejemos levar a sério a doutrina da Trindade. Como diz Eugene Rogers em After the Spirit: “Se o Espírito é dispensável para o mundo, então o Deus triúno também é”. Mas como definir esse personagem?

INTERPRETAÇÕES

Ao longo da história do cristianismo, sérias controvérsias têm surgido sobre a natureza do Espírito Santo. Para colocar o assunto em perspectiva, até o 3º século, o trinitarianismo da igreja estava basicamente interessado nas manifestações da Divindade no contexto da salvação, preocupando-se com a missão dos dois agentes de Deus (o Filho e o Espírito Santo) no mundo. Nessa fase, dava-se certa primazia ao Pai. Então veio o modalismo, que foi uma tentativa de afirmar a plena divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo eliminando a distinção entre os três. Em reação à proposta modalista, o presbítero Ário ultrarradicalizou na direção do que ele entendia ser o antigo padrão correto, criando um abismo entre os membros da Divindade e colocando-os em categorias diferentes. Para restringir o arianismo, o Concílio de Niceia (325 d.C.) definiu o relacionamento Pai-Filho em termos de igualdade. Mais tarde, esses e outros fatores colocaram a natureza do Espírito Santo na agenda oficial da igreja. Portanto, desde o 4º século a corrente central do cristianismo tem apoiado a divindade e a personalidade do Espírito Santo.

Em termos de adventismo, parece que alguns pioneiros antitrinitarianos do século 19 tinham mais dificuldade para aceitar a personalidade do Espírito Santo do que a sua divindade, embora considerassem sua natureza divina apenas “um reflexo da divindade de Deus”, como observou Christy Mathewson Taylor. Para os que pensavam assim, o Filho era verdadeiramente pessoal, mas não plenamente divino, enquanto o Espírito Santo era verdadeiramente divino, mas não plenamente pessoal.

Hoje, o adventismo oficial é solidamente trinitariano e ortodoxo em relação à Divindade. Por volta do fim do século 19, ele já havia amplamente se movido na direção do trinitarianismo. Essa mudança, segundo Richard Schwarz e Floyd Greenleaf, autores de Portadores de Luz, pode ser atribuída grandemente a sentimentos expressos com frequência crescente por Ellen White.

CONCEITO BÍBLICO

Para aprofundar sua compreensão sobre o Espírito, a igreja deve apostar na investigação bíblica contínua. Afinal, as Escrituras são a matriz da teologia cristã. Quando olhamos para nossa fonte inesgotável de informação revelada em busca da identidade do Espírito Santo, o que encontramos?

Linguisticamente, tanto ruah (hebraico) quanto pneuma (grego) significam “fôlego/sopro”, “vento”, “ar em movimento” (veja o quadro “Dados bíblicos”). Conforme R. Albertz e C. Westermann explicam no Theological Lexicon of the Old Testament, os verbos associados com ruah são distribuídos “quase exclusivamente em duas categorias: (1) verbos de movimento e (2) verbos de colocar em movimento”. O significado básico de ruah, uma provável onomatopeia (palavra que imita o som de alguma coisa), é “vento” e “sopro” entendidos como o poder vital encontrado nesses fenômenos, e não como essência. No Novo Testamento, pneuma tinha basicamente o mesmo sentido, mas foi ganhando um tom religioso e psicológico mais técnico.

Lloyd Neve, autor de The Spirit of God in the Old Testament, acredita que o conceito hebraico de ruah fosse único: “Quando Israel falou do ruah de Deus, estava usando um conceito não encontrado em nenhum outro lugar do antigo Oriente Próximo. Nas culturas mesopotâmicas, o vento certamente existia e funcionava na esfera divina como um instrumento especial dos deuses, e no Egito era até divinizado como o deus Amon-Rá. Contudo, nenhuma outra nação do antigo Oriente Próximo falou de seus deuses como tendo um espírito. Em um povo peculiar, com um Senhor singular, ele era um conceito único.”

Para os hebreus, ruah tinha certamente a conotação de movimento, poder e mistério. No entanto, William Schoemaker explica que, na mentalidade hebraica antiga, “as duas principais características do vento eram energia e invisibilidade”. A ideia de “ar em movimento” veio mais tarde. Como Alasdair Heron observa em The Holy Spirit, o forte vento observado pelos israelitas, como aquele que dividiu o Mar Vermelho (Êx 14:21), “não é idêntico ao próprio ruah de Deus, mas seu poder elementar o tornou uma poderosa imagem da força divina”; na mente das pessoas do Antigo Testamento, ruah “carregava um senso do impacto devastador de Deus sobre os seres humanos e seu mundo”.

Em nossa mente ocidental, a palavra “espírito” costuma ser associada com algo etéreo, sem substância. Porém, a intangibilidade não era a ênfase primária dos autores bíblicos. Na Bíblia, ruah e pneuma não devem ser vistos basicamente como algo imaterial, em oposição a conceitos de “corpo” e “corporal”, mas como um poderoso e dinâmico princípio de vida que anima o corpo. Quando a Bíblia apresenta Deus como espírito, a ênfase parece estar no poder sem limites, na capacidade de cruzar todas as fronteiras e estar efetivamente em todos os lugares ao mesmo tempo.

Retratado na Bíblia como vento, fogo, água, óleo, nuvem e pomba, entre outros símbolos que expressam suas ações, o Espírito Santo causa efeitos maravilhosos. O objetivo primário dessas imagens não é descrever quem é o Espírito Santo, mas mostrar o que ele faz. Por exemplo, quando falamos de chuva, o foco não é entender esse fenômeno de maneira abstrata, mas ver o solo molhado e notar a natureza ser revitalizada. Por isso, o Espírito Santo não pode ser apenas uma teoria.

Esses aspectos nos ajudam a entender um pouco desse ser enigmático; mas, obviamente, não temos uma compreensão absoluta sobre ele. Como sublinha Ellen White em Atos dos Apóstolos (p. 51, 52), o pleno conhecimento da natureza exata do Espírito Santo é (1) impossível (é um “mistério”, um assunto não revelado, algo profundo demais para a mente humana, em que o “silêncio é ouro”) e (2) não é essencial para a salvação. Indispensável é conhecer experiencialmente o Espírito Santo e o que ele faz. No entanto, a Bíblia não nos deixa no escuro.

PESSOA DIVINA

Muitos acham mais fácil aceitar a divindade do que a personalidade do Espírito Santo. Que ele é divino fica claro em uma série de textos que focalizam seus títulos, associações e tarefas. Deus está onde o Espírito está (1Co 3:16, 17; 6:19). As ações de ambos são intercambiáveis.
A dificuldade maior tem que ver com a personalidade do Espírito Santo. Será que os autores bíblicos realmente o viam como um ser pessoal? Em caso afirmativo, eles o viam como uma personalidade distinta de Deus e de Cristo? Essas perguntas podem ser anacrônicas em relação aos autores bíblicos, mas se tornaram importantes para o público cristão posterior. Quando se considera o Espírito Santo uma figura divina, três hipóteses podem ser levantadas: (1) um ser criado semidivino, uma espécie de superanjo; (2) outro nome/estado para o Cristo glorificado; e (3) uma expressão personalizada da Divindade.

A hipótese número 1 é totalmente antibíblica e levaria ao politeísmo. Os anjos são espíritos ministradores (Hb 1:14), mas não são o Espírito de Deus. Na Bíblia, o Espírito Santo nunca é apresentado como um anjo. Para perceber o absurdo de considerá-lo o anjo Gabriel, a terceira pessoa em um ranking a partir de Deus, é suficiente relembrar que Maria foi engravidada pelo poder do Espírito Santo, igualado ao poder do Deus todo-poderoso (Mt 1:18, 20; Lc 1:35). Estão os defensores dessa hipótese preparados para aceitar a lógica (isto é, ilógica) conclusão de que Jesus foi gerado por um anjo?

A hipótese número 2 tem alguns defensores. Muito cedo, um segmento da tradição cristã começou a identificar o Espírito com o Cristo preexistente e, consequentemente, com o Cristo ressuscitado/exaltado. No evangelho de João, especialmente em 14:15-26, vemos um impressionante paralelismo entre Cristo e o Espírito, o que sugere uma identificação funcional dos dois. Como diz Gary Burge, em The Anointed Community, Cristo foi o “molde” que João usou para falar do Espírito Santo. A personalidade do Parakletos joanino reflete inteiramente a personalidade de Cristo. Contudo, “o paralelo funcional simplesmente significa que o Parakletos serve como a presença de Jesus enquanto Jesus está ausente”.

O fato de o Espírito Santo não falar de si mesmo, mas de Cristo (Jo 16:13), sugere que ele não é Cristo, senão estaria falando de si mesmo. O Espírito Santo é o representante de Cristo. Além disso, foi o Filho quem encarnou, não o Espírito Santo. Assim como João (14:9-11) identifica Cristo com o Pai e, no entanto, os dois não são a mesma pessoa, a identificação de Cristo com o Espírito Santo não os torna a mesma pessoa.

Em 2 Coríntios 3:18, Paulo menciona o “Senhor, o Espírito”, mas também não está fazendo uma identificação total. No verso 17, uma alternativa gramaticalmente aceitável é “o Espírito é Senhor”, implicando que o Espírito Santo é Yahweh, o Senhor do Antigo Testamento. Linda Belleville sugere que a tradução poderia ser: “Agora o termo ‘Senhor’ se refere ao Espírito Santo.” Outra opção, aparentemente estranha, mas viável, é “o Senhor do Espírito”, significando que Cristo é o Senhor do Espírito Santo, pois este o representa pessoalmente.

Aqui vale mencionar uma afirmação um tanto misteriosa de Ellen White escrita em fevereiro de 1895: “Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em todos os lugares pessoalmente; portanto, era vantagem para eles [os discípulos] que ele os deixasse, fosse para o Pai e enviasse o Espírito Santo como seu sucessor na Terra. O Espírito Santo é ele próprio despido da personalidade humana e independente dela” (Manuscript ­Releases, vol. 14, p. 23).
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À primeira vista, parece que ela está identificando Cristo com o Espírito Santo. Porém, o contexto mostra que não é esse o caso, conforme demonstrou o Dr. Alberto Timm na Revista do Ancião (julho-setembro de 2005). Outras declarações da autora tornam claro que ela considerava o Espírito Santo uma personalidade distinta. Em Evangelismo (p. 617), a autora escreveu: “O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus.”

Portanto, a hipótese número 3 (acima) é a mais coerente. Se considerarmos o todo das Escrituras, devemos ver o Espírito Santo como uma pessoa divina. Ele é Deus/Cristo em ação, mas é uma personalidade real e se manifesta com uma identidade distinta. O Espírito Santo é a presença pessoal da Divindade no Universo. É o que possibilita a efetividade de Deus em todas as partes do cosmos de forma inteligente, sem depender das criaturas. É a liberdade e o poder que Deus tem de ser transcendente e imanente ao mesmo tempo.

EVIDÊNCIAS

Há um debate quanto à personalização do Espírito Santo no Antigo Testamento. Podemos dizer que o Espírito está presente no Antigo Testamento de modo pessoal, mas conseguimos vislumbrar melhor sua silhueta quando o contemplamos com a lente do Novo Testamento. A revelação não é contraditória, mas é progressiva. Cristo trouxe uma nova revelação não apenas sobre o caráter do Pai, mas também sobre sua própria identidade e a identidade do Espírito Santo.

No Novo Testamento, encontramos vários indícios de que o Espírito Santo é um agente divino. Os autores bíblicos, especialmente João, Lucas e Paulo, o retratam como um personagem divino na dinâmica da salvação – o que nos dá o direito de fazer o mesmo. Para citar algumas ações, o Espírito pensa, sente, fala, escolhe, decide, aponta, envia, comanda, convence, intercede, guia e santifica. Os textos que indicam as ações inteligentes e propositais dele são muitos para citar. Apenas como exemplos, podemos mencionar João 15:26; 16:8; 16:13; Atos 10:19; 13:2; 16:6-12; e Romanos 8:26; 15:16. Seus atributos, tratamentos e atividades pressupõem uma personalidade inteligente. Assim como o pronome “eu” é usado por Deus (Êx 3:14), Cristo (Mc 14:62) e os anjos (Ap 22:9), o Espírito Santo também diz “eu” (At 13:2). Essa perspectiva de “primeira pessoa” indica personalidade.

Na tentativa de despersonalizar o Espírito Santo, alguns o identificam com o poder de Deus. Naturalmente, o Espírito é o poder de Deus; porém, é mais do que isso. Por exemplo, Lucas informa que “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder” (At 10:38), e diz que Jesus voltou do deserto “no poder do Espírito” (Lc 4:14). Isso sugere que “Espírito” e “poder” não podem ser equacionados pura e simplesmente. Seria redundância dizer “o poder do Espírito” se ele fosse apenas um poder impessoal. O poder acompanha o Espírito Santo, mas o Espírito é o agente de poder.

Em Romanos 11:34 e em 1 Coríntios 2:16, o apóstolo Paulo, fazendo alusão a Isaías 40:13, diz que nós “temos a mente de Cristo”, mas isso igualmente não significa que o Espírito Santo seja a mente de Cristo/Deus. O ponto implícito é: ninguém conhece a mente do Senhor, mas nós que temos a mente (= Espírito) de Cristo a conhecemos. É bom lembrar que, em Romanos 8:27, Paulo inverte a perspectiva, escrevendo que Deus “sabe qual é a mente do Espírito”. Nesse caso, o Espírito Santo é visto como distinto de Deus, pois ele intercede pelos santos.

Vários autores, alguns num nível semipopular, outros num âmbito mais sofisticado, têm construído um argumento gramatical em favor da personalidade do Espírito Santo a partir dos pronomes aplicados a ele em João 14 a 16. A palavra pneuma é neutra em grego e, tecnicamente, exigiria pronomes neutros impessoais. Porém, contrariando a gramática, João (14:26; 16:8, 13, 14) emprega pronomes pessoais masculinos como “ele” (ekeinos) em relação ao Espírito Santo. O próprio George Ladd afirma em sua conhecida obra A Theology of the New Testament: “Onde pronomes que têm pneuma como seu antecedente imediato estão no masculino, só podemos concluir que a personalidade do Espírito Santo está sendo sugerida.” Porém, essa linha de argumento não deve ser supervalorizada, pois, como mostrou o especialista em grego Daniel Wallace, o substantivo masculino Parakletos (Consolador) influencia o tratamento de Pneuma (Espírito).

Talvez seja mais consistente enfatizar o papel do Confortador. Em João 14:16, Jesus usa a palavra grega allon (“outro” da mesma espécie, ordem ou qualidade, “outro igual”) ao falar do Parakletos. Se Jesus tinha uma personalidade, então o Espírito Santo também deve ter, já que ele é como Jesus e o representa. O Espírito é chamado quatro vezes de “Confortador”, não um mero “conforto”. Para todos os efeitos, quando o Espírito Santo age, é o Deus pessoal quem está agindo, não um poder impessoal. Ele representa o próprio Deus/Cristo em ação.

Os autores bíblicos às vezes usam expressões impessoais em relação ao Espírito Santo, como “batizar”, “derramar”, “encher”, “selar” e “ungir”. Mas essa linguagem metafórica não deve ser considerada evidência de impessoalidade, pois os autores usam o mesmo tipo de linguagem em referência a Moisés ou a Cristo. Os israelitas foram “batizados” em Moisés e “beberam” da rocha/Cristo (1Co 10:2, 4). Os crentes são “batizados” em Cristo e “revestidos” de Cristo (Rm 6:3; Gl 3:27). As palavras podem ser figuradas e ter mais de um sentido.

PRESENÇA GLORIOSA

Um dos conceitos mais belos a respeito do Espírito Santo é o de que ele é a gloriosa presença pessoal de Deus no Universo. Em várias instâncias, Espírito e presença são sinônimos. Essa equivalência é vista nos paralelismos da poesia hebraica. Dois exemplos: “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito” (Sl 51:11); “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face [presença]?” (Sl 139:7).

Os escritores do Novo Testamento também retratam o Espírito Santo como o meio pelo qual Deus está presente com seu povo. O mesmo verbo usado pela Septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento, para descrever a presença da nuvem gloriosa sobre o tabernáculo em Êxodo 40:35 (episkiazo, “cobrir”, “envolver”, “sombrear”) é empregado para explicar a ação do Espírito sobre Maria (Lc 1:35) e sobre Jesus e os discípulos na transfiguração (Mt 17:5; Mc 9:7; Lc 9:34). Segundo Paulo, Deus habita nos crentes através de seu Espírito (1Co 3:16; 6:19; Ef 2:22).

O conceito de presença não é incompatível com a ideia da personalidade do Espírito Santo. Longe de ser uma simples essência ou energia material, ou poder despersonalizado, o Espírito é o dinamismo inteligente e pessoal de Deus ao ele se relacionar com o Universo, incluindo todas as categorias de seres e níveis de realidade. O Ruah/Pneuma bíblico é Deus manifestado e percebido como uma personalidade infinita, misteriosa e imprevisível movendo-se em íntima proximidade conosco, o poderoso vento divino criando um ambiente de intimidade e conspirando para a vida, a sabedoria e o amor.

Enfim, como Griffith Thomas sumariza em The Holy Spirit of God, “o Espírito Santo é pessoal porque Deus é pessoal e é divino porque Deus é divino; embora possa ser dito que a personalidade do Espírito não seja tão evidente como a personalidade do Pai e a do Filho, é impossível pensar verdadeiramente a respeito do Espírito Santo como impessoal”. Acima de tudo, ele é divino e pessoal porque é Deus. Enquanto o Filho corporifica e localiza o Pai, o Espírito espiritualiza e universaliza Deus – para personalizá-lo para cada um. Se Cristo é Deus conosco e por nós, o Espírito é Deus em nós.

MARCOS DE BENEDICTO, doutor em Ministério, é editor da Revista Adventista

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Enchei-vos do Espirito Santo



Três jovens chegaram para o pastor e perguntaram:
- Pastor, a palavra diz "enchei-vos do Espirito Santo", mas como se faz isso?
O pastor lhes entregou uma peneira e disse:
- Vão até o rio e encham essa peneira com água, quando conseguirem vocês terão a resposta.
Os três jovens foram um tanto quanto duvidosos, chegando no rio, eles tentaram mas não conseguiam, dois disseram:
- Aquele pastor está louco, vamos embora senão ficaremos o dia todo aqui.
Horas mais tarde o pastor foi até aquele rio e encontrou apenas um dos jovens que mergulhava a peneira e levantava, repetidas vezes. Ao ver o pastor ele disse meio triste:
- Ah pastor, quando eu coloco a peneira no rio ela fica cheia, mas quando tiro ela esvazia!
- Eis a sua resposta meu jovem, você só poderá ser cheio enquanto permanecer mergulhado n'Ele!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Uma Pessoa Maravilhosa Chamada Espírito Santo




A personalidade do Espírito Santo é claramente inferida do testemunho bíblico

Dos membros da Santíssima Trindade, o terceiro é Aquele de quem há menos informações objetivas, precisas, que definam o Seu próprio Ser. O filho Se tornou um de nós. Sua manifestação foi visível, material, em nosso nível. O Pai foi por Ele revelado. Mas o Espírito permanece um tanto imperceptível, à parte, despretensioso, operando sem auto-projeção, não se impondo, não falando “de Si mesmo” (João 16:13). E no próprio ato de desprendimento, Ele cumpre a divina obra que O faz conhecido. É parte de Sua glória exaltar e glorificar o Filho, e através do Filho, o Pai, fazendo com que a revelação de ambos se efetive na consciência humana. Que exemplo de abnegação!
No quarto Evangelho, o Espírito executa sete atividades, todas em exaltação a Jesus:

(1) Ensinar, e
(2) Fazer lembrar tudo o que Jesus disse – João 14:26.
(3) Dar testemunho de Jesus – João 15:26.
(4) Convencer do pecado (porque o mundo não crê em Jesus); da justiça (porque Ele foi ao Pai); e do juízo (porque Satanás foi julgado e derrotado) – João 16:8.
(5) Guiar a toda a verdade, e Jesus é a verdade (14:6) – João 16:13.
(6) Declarar, ou anunciar, o que Jesus, da parte do Pai, Lhe entrega – João 16:13, 14 e 15.
(7) Glorificar a Jesus – João 16:14.
O Apocalipse refere-se a Ele como os sete Espíritos de Deus (Apocalipse 1:4 e 5; 4:5). Sete é o número da plenitude. O Espírito alcança a plenitude nesta atividade cristocêntrica sétupla.
Isso é tão fundamental para o plano da redenção, que, sem a atuação do Espírito, seria como se Jesus nunca tivesse encarnado e Deus nunca tivesse Se manifestado. Ele habilita o homem a entender a salvação e responder positivamente a ela, sem Ele, a Igreja não poderia cumprir Sua missão, e estaríamos fadados a permanecer neste mundo indefinidamente.
Objeto de especulação – Talvez o fato de existir pouca informação sobre o Espírito Santo faz com que uma conceituação sobre Ele se torne mais susceptível de especulação. Nos dias de Ellen G. White, havia aqueles que afirmavam que o Espírito era uma “luz derramada” e “uma chuva caída”. Ela condenou esse tipo de comparação por rebaixar a Deus (Evangelismo, pág. 614).
Mais afrontoso ainda é tomá-Lo por uma criatura. Há os que acreditam que Ele e Gabriel se equivalem. A inspiração nega isso fazendo clara distinção entre ambos no registro das palavras deste anjo a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo...” (Lucas 1:35). Gabriel não poderia estar falando de si mesmo. E Ellen G. White assegura que o seguidor de Jesus pode sentir-se confiante e seguro no conflito “contra as hostes espirituais da maldade”, porque “mais que anjos estão nas fileiras. O Espírito Santo, o representante do Capitão do exército do Senhor, desce para dirigir a batalha”. – O Desejado de Todas as Nações, pág.352. Rebaixar o Espírito Santo à categoria de anjo é, na realidade, minimizar o poder de Deus, algo muito a gosto de Satanás.
Outra forma especulativa no tratamento de tão sublime tema é despojar o Espírito de Sua personalidade. As chamadas Testemunhas de Jeová afirmam que Ele é apenas uma influência ou energia – o poder de Deus. Esta idéia é tão antiga quanto o século III, quando Paulo de Samosata a difundiu. No tempo da Reforma, Lécio Socino e seu sobrinho Fausto propagaram a teoria.
Não há como negar que este conceito rebaixa o valor do Espírito Santo para a Igreja. L. E. Froom a isto se refere quando afirma que negar a personalidade do Espírito não é “mera questão técnica, acadêmica ou simplesmente teórica. É de suprema importância e do mais elevado valor prático. Se Ele é uma Pessoa divina e O consideramos como influência impessoal, estamos roubando desta Pessoa divina a deferência, honra e amor que Lhe são devidos. E mais: Se o Espírito é mera influência ou poder, podemos então procurar apropriar-nos dEle e usá-Lo”. – A Vinda do Consolador, pág. 40. À pág. 36 da edição castelhana acrescenta-se ao final deste parágrafo: “Mas se O reconhecemos como Pessoa, estudaremos como nos submeter a Ele de modo que nos use segundo Sua vontade”.
“Não – continua Froom, - o Espírito Santo não é uma tênue, nebulosa influência imanente do Pai. Não é algo impessoal, vagamente reconhecido, apenas um invisível princípio de vida... Jesus foi a personalidade mais influente e marcante neste velho mundo, e o Espírito Santo foi designado para preencher Sua vaga. Nada a não ser uma Pessoa poderia substituir aquela maravilhosa Pessoa. Nenhuma simples influência seria suficiente”. – Ibidem, págs. 41 e 42. Para substituir uma pessoa maravilhosa, só outra pessoa maravilhosa.
Alguns se valem do fato de a Bíblia identificá-Lo como Espírito de Deus ou de Cristo (I João 4:2; I Coríntios 3:16; Gálatas. 4:6; I Pedro 1:11, entre outros textos), para afirmar que o Espírito Santo é algo inerente a Deus, tal como a Sua energia ou virtude. Todavia, a fórmula indica procedência e não inerência (cf. João 14:26; 15:26). Pode também indicar que Sua obra é executada em subordinação ao Pai e ao Filho. Parte desta obra é a representação vicária de ambos neste mundo. De fato, Jesus prometeu aos discípulos que retornaria para eles na pessoa do Espírito Santo (João 14:16-18 e 23).
Outro expediente utilizado pelos que rejeitam a personalidade do Espírito Santo tem a ver com o gênero neutro do grego pneuma, espírito. “A Bíblia não empregaria uma palavra neutra para identificar uma personalidade”, dizem. Contra esta hipótese se verifica que o termo é usado em referência a entidades reconhecidamente pessoais. “São todos eles espíritos ministradores...”, afirma o escritor sagrado acerca dos anjos (Hebreus 1:14).
Além disso, o Novo Testamento emprega fartamente pronomes pessoais gregos em referência ao Espírito Santo. Apenas em João 14-16 isso ocorre 24 vezes, e Ele próprio faz referência a Si com o pronome pessoal: “Disse-lhe o Espírito [a Pedro]: Estão aí dois homens que te procuram; levanta-te, pois, desce e vai com eles, nada duvidando; porque Eu os enviei” (Atos 10:19 e 20). 
Deve-se notar, finalmente, que o título Parákletos, aplicado ao Espírito Santo é vertido Consolador em nossas Bíblias, subentende a Sua personalidade. Etimologicamente significa alguém chamado para estar ao lado de, “advogado” e “conselheiro”, sendo apropriados equivalentes em português.
Condenando as especulações, o Espírito de Profecia adverte: “A natureza do Espírito Santo é um mistério. Os homens não a podem explicar, porque o Senhor não lho revelou. Com fantasiosos pontos de vista, podem-se reunir passagens da Escritura e dar-lhes um significado humano; mas a aceitação desses pontos de vista não fortalecerá a Igreja. Com relação a tais mistérios – demasiado profundos para o entendimento humano – o silêncio é ouro”. – Atos dos Apóstolos, pág. 52.
Um ser pessoal – Quando Ellen G. White afirma que “a natureza do Espírito Santo é um ministério”, não quer ela dizer que nada podemos saber sobre Ele. Aquilo que a revelação nos transmite não é especulação; é a realidade, e é nosso dever aceitar por fé.
Dois pontos sobre o Espírito Santo estão devidamente assentados nas páginas sagradas. Ele é uma pessoa, e é Deus. “O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus”. – Evangelismo, pág. 617.
A personalidade do Espírito Santo é claramente inferida do testemunho bíblico. As seguintes referências não deixam dúvida a respeito:

(1) Ele é citado entre pessoas: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo” (Atos 15:28). Além disso, Ele aparece na fórmula batismal junto ao Pai e ao Filho (Mat. 28:19); seria redundância Jesus mencionar o Espírito Santo, tendo já mencionado o Pai, fosse Ele a mera energia dEste; também não faria sentido Jesus ordenar o batismo em nome de uma Pessoa, o Pai, de outra Pessoa, o Filho, e agora em nome de uma energia, o Espírito.

(2) Ele é o Senhor (II Coríntios 3:17 e 18). Este termo define personalidade e divindade quando aplicado ao Pai e ao Filho; porque não quando aplicado ao Espírito?

(3) Ele possui mente (Romanos 8:27). O termo grego traduzido “mente” neste texto em algumas versões é phrónema (alguma coisa que se tem em mente, que passa pela mente, o pensamento), em contraste com nous (a mente como sede da consciência, da reflexão, da percepção, do entendimento, do julgamento crítico e da determinação). O importante é que phrónema pressupõe a existência de nous. Apenas um ser pessoal é dotado de nous, e pode exercer phrónema. O Espírito Santo é um ser pensante, o que implica inteligência. Ele não pode ser menos que uma pessoa.

(4) Ele tem sentimentos:

pode ser contristado – Efésios 4:30
expressa anseio – Tiago 4:5
possui alegria – I Tessalonicenses 1:6
ama – Romanos 15:30
expressa vontade – I Coríntios 12:11

(5) Pode, e deve, ser mantida comunhão com Ele (Filipenses 2:1; II Coríntios 13:13). Não se mantém comunhão com uma energia.

(6) Não é mero poder, mas tem poder (Romanos 15:19). Seria outra redundância a Bíblia falar do poder do Espírito Santo, fosse Ele mero poder; seria “o poder do poder”!

(7) Pode-se mentir a Ele (Atos 5:3). Mente-se a uma pessoa e não a uma energia.

(8) Pode-se-Lhe resistir (Atos 7:51). É possível cumprir o papel de um resistor (componente que impede, ou atenua, o fluxo da corrente elétrica) para com o Espírito Santo? Sim, e isto o pecador faz quando, diante do apelo divino, prefere permanecer no erro. Mas isso não significa que o Espírito Santo não seja uma pessoa, pois não é apenas a uma energia que se resiste. Pessoas também podem ser resistidas, incluindo Deus (11:17). O texto fala de se resistir às claras evidências da verdade, apresentadas pelo Espírito Santo.

(9) Pode-se guerrear contra Ele (Gálatas 5:17). O que é uma intensificação de resistência ao Espírito Santo.

(10) Pode-se ultrajá-Lo (Hebreus 10:29). Como é possível ultrajar uma energia? Ultrajar se liga naturalmente ao sentido de afrontar, insultar, difamar, injuriar, ofender deprimir, vilipendiar, desacatar, vituperar, envergonhar. Como se pode fazer tudo isso a uma energia?

(11) Pode-se blasfemar contra Ele como se blasfema contra o Filho (Mateus 12:31). É possível blasfemar contra uma energia? Blasfema-se contra uma pessoa, como é o caso de Jesus aqui.

(12) Ele executa específicas funções próprias,não de uma energia, mas de uma pessoa:

sonda, perscruta a Deus – I Coríntios 2:10.
concede dons para a edificação da Igreja – I Coríntios 12:8 e 12.
manifesta-Se nesses dons – I Coríntios 12.7 (em outras palavras, ao conceder dons à Igreja o Espírito Se dá a ela).
contende com pecadores - Gênesis 6:3. 
ordena sobre itens relevantes para a obra e o povo de Deus – Atos 8: 39; 10:19 e 20.
envia pessoas no processo do cumprimento de alguma missão – Atos 10:19-20.
ensina o que uma vez ouviu – João 16:13 (ouvir não é próprio de uma energia), ver também 14:26; I Coríntios 2:13.
revela, especialmente pelo exercício profético – Atos 1:16; II Pedro 1:21; I Timóteo 4:1.
testifica através da intuição na consciência, bem como com o testemunho da Igreja – Romanos 8:16; Atos 5:32; Apocalipse 22:17.
move o agente humano na captação da revelação divina – I Pedro 1:21.
incute novas realidades ainda não percebidas – Hebreus 9:8.
indica a correta compreensão do que é revelado – I Pedro 1:11
guia os filhos de Deus – Romanos 8:14, inclusive na busca de “toda a verdade” - João 16:13.
assiste nas fraquezas – Romanos 8:26.
intercede corrigindo nossas orações – Romanos 8:26.
produz frutos na vida dos que se submetem a Ele – Galátas 5:22 e 23.
lava e renova, o que resulta em salvação – Tito 3:5. Em João 3:5 e 6 este ato é referido por Jesus em termos do novo nascimento.
escreve a lei de Deus nas tábuas do coração – II Coríntios 3:3.
santifica – II Tessalonicenses 2:13; I Pedro 1:2
sela os que são de Deus – Efésios 1:13.

Conclusão – Que pessoa maravilhosa é o Espírito Santo! Que humildade, que interesse, que desvelo! Ele nos ama a ponto de instar conosco a que sejamos salvos. Ele está disposto a aplicar em nossa vida a obra redentora da cruz em toda a sua extensão. A exemplo do Pai e do Filho, Ele anseia por nossa presença no reino de Deus. Já Lhe agradecemos por isso?
De fato, Ele é um precioso Amigo. Se O resistirmos, magoá-Lo-emos, e Ele poderá Se afastar triste e pesaroso por nossa indelicadeza e apego àquilo que resultará em nossa infelicidade permanente. Mas se O acolhermos, Ele tomará posse do nosso ser, far-nos-á crescer até a semelhança com Jesus e até colocar os nossos pés na cidade celestial.
“Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hebreus 4:7).

por Hudson Cavalcanti, colunista do Site Bíblia e a Ciência

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