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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Batismo - É realmente necessário?



Por Joe Crews 

Introdução

Suponha que você pudesse pesquisar as pessoas que moram nas centenas de casas mais próximas de sua própria casa sobre o assunto do batismo cristão. Que tipo de resposta você obteria em resposta a esta pergunta: “Como uma pessoa deve ser batizada para cumprir os requisitos bíblicos de salvação?”

É provável que você obtenha uma dúzia de respostas diferentes e possivelmente até uma centena. Alguns diriam que não acreditam que seja necessário ser batizado para ser salvo. Outros responderiam que o verdadeiro batismo é ir para a frente três vezes completamente debaixo d'água. Alguns argumentariam que algumas gotas de água aspergidas na cabeça constituiriam um batismo válido, enquanto outros insistiriam em derramar a água sobre o candidato. Alguns sustentam fortemente que um batismo adequado consiste em uma única imersão de costas na água. De alguma forma, o assunto do batismo gerou uma infinidade de ideias sobre como deve ser administrado e para quem. No entanto, todos acreditam que seu método se baseia no único livro de autoridade — a Bíblia. Como essa confusão de convicções pode resultar da leitura do mesmo livro?

quinta-feira, 27 de abril de 2017

O rebatismo é bíblico? Quando ele deve ser aplicado?

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A Bíblia diz que há um só batismo, isto é, apenas uma forma de batismo (por imersão), mas podemos compreender pelas Escrituras que há respaldo bíblico para o rebatismo quando alguém compreende mais profundamente as Escrituras Sagradas.

O rebatismo é mencionado especificamente apenas em Atos 19:1-7, onde o apóstolo o sanciona para um grupo de crentes cujo batismo de arrependimento tinha sido feito previamente por João. Em adição ao arrependimento, o batismo cristão está associado a uma compreensão e a um comprometimento pessoal em relação ao evangelho e aos ensinamentos de Jesus e ao recebimento do Espírito Santo. Com esse discernimento ampliado e compromisso, o rebatismo é aceitável. 

Indivíduos Vindos de Outras Comunidades Cristãs

Com bases bíblicas, pessoas de outras comunidades cristãs que tenham abraçado as crenças adventistas do sétimo dia e que tenham sido previamente batizadas por imersão podem solicitar o rebatismo. Os exemplos abaixo, no entanto, sugerem que o rebatismo pode não ser obrigatório. 

É evidente que o episódio de Atos 19 foi um caso especial, pois é relatado que Apolo tinha recebido o batismo de João (At 18:25), e não há registro de que tenha sido rebatizado. Aparentemente, mesmo alguns dos apóstolos receberam o batismo de João (Jo 1:35-40), mas não há informação de que tenham sido rebatizados. 

Se um novo crente aceitou novas verdades importantes, Ellen G. White apoia o rebatismo à medida que o Espírito induz o novo crente a pedi-lo. Isso se enquadra no padrão de Atos 19. Uma pessoa que experimentou previamente o batismo por imersão avaliará sua nova experiência religiosa e decidirá se deseja o rebatismo. Não se deve insistir nesse ponto. 

“Isto é um assunto em que cada indivíduo precisa conscienciosamente tomar sua atitude no temor de Deus. Deve ser cuidadosamente apresentado no espírito de benignidade e amor. Portanto, o dever de insistir não pertence a ninguém senão a Deus; dai-lhe oportunidade de atuar por meio de seu Espírito Santo na mente, de modo que o indivíduo seja perfeitamente convencido e satisfeito no que respeita a esse passo avançado.” (Evangelismo, p. 373)

Apostasia e Rebatismo

Embora tivesse havido apostasia na igreja apostólica (Hb 6:4-6), as Escrituras não comentam a questão do rebatismo. Ellen G. White apoia o rebatismo de pessoas que se afastaram da igreja e que então se reconvertem e desejam se unir novamente ao povo de Deus. 

“O Senhor requer decidida reforma. E quando uma pessoa está verdadeiramente reconvertida, seja ela rebatizada. Renove ela seu concerto com Deus, e Deus renovará seu concerto com ela.” (ibid., p. 375)

Rebatismo Impróprio

Com base nos ensinamentos bíblicos e na orientação de Ellen G. White, o rebatismo deverá ocorrer apenas em circunstâncias especiais e será relativamente raro. Administrar o batismo repetidamente ou com motivação emocional deprecia seu significado e representa incompreensão da solenidade e significado que as Escrituras atribuem a ele. Um membro cuja experiência espiritual se tornou fria necessita de um espírito de arrependimento que o conduzirá ao reavivamento e reforma. Essa experiência será acompanhada pela participação na cerimônia da comunhão para indicar uma purificação renovada e comunhão no corpo de Cristo, fazendo com que o rebatismo seja desnecessário.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Rebatismo. Se existe “um só batismo” (Efésios 4:5), por que rebatizar pessoas já batizadas por imersão?



Algumas pessoas alegam, com base em Efésios 4:5 (“há um só Senhor, uma só fé, um só batismo”), que o batismo por imersão só pode ser ministrado uma única vez a cada indivíduo. Essa teoria acaba distorcendo não apenas o sentido básico do texto bíblico, mas, também, o significado do rito batismal e o ensino de outros textos inspirados que abordam a questão do rebatismo. Efésios 4:1-6 fala a respeito da unidade que deveria existir entre todos aqueles que ingressaram na comunidade dos crentes através do mesmo rito batismal. Andrew T. Lincoln esclarece que “o ‘um só batismo’ é o batismo nas águas, o rito público de confissão da única fé no único Senhor. O batismo é único, não por ter uma única forma ou por ser ministrado uma única vez, mas por ser a iniciação em Cristo, no único corpo”. Como todos os crentes se tornaram membros do corpo de Cristo através do batismo, esse rito é um “fator unificador” da igreja (Word Biblical Commentary, vol. 42, pág. 240).

Biblicamente, o batismo não é um sacramento que concede méritos à salvação, e sim um símbolo visível de uma nova aliança salvífica entre Deus e o pecador regenerado pela graça divina. Através desse ato público, a pessoa se compromete a deixar de servir o pecado, passando a viver “em novidade de vida” (Romanos 6:1-7). A nova vida em Cristo implica na aceitação de Cristo como Salvador e Senhor, bem como na vivência prática de Sua vontade revelada nas Escrituras.

O ideal é que o batismo seja ministrado uma única vez aos novos conversos, no início da vida cristã. Mas o Manual da Igreja (rev. 2000), págs. 42 e 43, menciona duas circunstâncias nas quais é aconselhável que a pessoa seja rebatizada.

Uma delas diz respeito aos conversos provenientes de outras comunidades cristãs nas quais já foram batizados por imersão. Mesmo nunca tendo rompido seu relacionamento com Cristo, essas pessoas podem selar publicamente, por um novo batismo, sua aceitação de uma nova plataforma doutrinária, mais ampla e mais comprometida com o conteúdo geral das Escrituras (ver Mateus 4:4; 28:19 e 20; João 16:13).
Que a aceitação de novos componentes doutrinários fundamentais pode justificar o rebatismo de um cristão é evidente nas experiências tanto de um grupo de crentes em Éfeso como de Ellen G. White. Somos informados em Atos 19:1-7 que, em Éfeso, o apóstolo Paulo encontrou “uns doze” discípulos já batizados por João Batista no “batismo de arrependimento” que nem ao menos haviam ouvido falar “que existe o Espírito Santo”. Após compreenderem essa verdade, eles foram rebatizados “em o nome do Senhor Jesus”. No caso de Ellen G. White, ela já havia sido batizada por imersão em Portland, Maine, em 1842, sendo ainda metodista. Mas, após compreender a verdade do sábado em 1846, pediu que o seu próprio esposo, Pastor Tiago White, a rebatizasse (Arthur L. White, Ellen G. White, vol. 1 – “The Early Years”, págs. 121 e 122). Tiago White, em seu livro Life Incidents, pág. 273, declara que ela foi tomada em visão após essa experiência. “Ao ser batizada por mim, em um período inicial de sua experiência, quando eu a levantei das águas, ela foi imediatamente tomada em visão”.

Outra circunstância mencionada no Manual da Igreja, na qual é aconselhável que a pessoa seja rebatizada diz respeito a pessoas que já foram adventistas e apostataram da fé. Quando o crente rompe sua aliança com Cristo e volta a uma vida de pecado, ele se torna passível de ter seu nome eliminado do rol de membros da igreja. O seu reingresso na comunidade dos crentes deve ser assinalado por um novo testemunho público de uma mudança de vida, selado pelo rebatismo.

As principais declarações de Ellen G. White sobre a prática do rebatismo aparecem em seu livro Evangelismo, págs. 372-375. Analisando-se essas declarações, pode-se concluir, em primeiro lugar, que adventistas apostatados que se convertem e desejam voltar à comunhão da igreja devem submeter-se ao rebatismo; e, em segundo lugar, que crentes já batizados por imersão em outras denominações seriam aceitos na comunhão da igreja idealmente pelo rebatismo, mas sem jamais coagi-los a se submeterem a esse rito, caso não sintam genuína necessidade dele. Portanto, Efésios 4:1-6 ratifica a unidade da fé ao mencionar que todos os crentes se tornaram parte do corpo de Cristo através do mesmo rito público (o batismo) de confissão da única fé no único Senhor. Mas essa realidade não desaprova o rebatismo daqueles que assumem uma nova aliança com Cristo e com Sua Palavra.

Alberto Timm, “Revista do Ancião”, outubro–dezembro de 2004.

domingo, 2 de outubro de 2011

Quando é necessário o rebatismo?


A respeito do rebatismo, ele pode ser necessário ou não dependendo da circunstância. A cerimônia da santa ceia é uma forma de rebatismo, onde dedicamos novamente nossos votos de fidelidade a Cristo.
Quando um cristão comete um pecado do qual se envergonha muito, se arrepende e busca o perdão divino com sinceridade, esse pecador é perdoado e aceito diante de Deus como se nunca houvesse pecado. Jamais deveríamos tornar público o pecado de alguém em favor de um rebatismo. Não podemos esquecer que o mais importante é o destino eterno de uma alma e não a reputação de uma comunidade!
Contudo, o novo batismo pode ser necessário se a pessoa transgrediu de forma pública (e que trouxe vergonha para Deus e a igreja) algum princípio dos Dez Mandamentos (Êxodo 20; Deuteronômio 14).
Não é errado e nem pecado rebatizar-se. Muito pelo contrário: pode ser uma experiência inesquecível para a pessoa que se reaproxima do Mestre.
Em Atos 19:1-6, a Bíblia nos traz um exemplo em que o rebatismo foi necessário:

Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo. Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João. Disse-lhes Paulo: João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus. Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.

Nessa experiência bíblica, vemos o rebatismo sendo utilizado com pessoas que tinham tido um conhecimento parcial do plano da salvação – nesse caso, do Espírito Santo e agora passaram a conhecer a Deus em Sua plenitude.
Portanto, podemos concluir que há casos em que o rebatismo é recomendável.
O que é o batismo? Uma declaração de amor a Jesus. Será que há algum problema em fazer essa declaração pública de amor e compromisso com Cristo mais de uma vez? Acreditamos que não.  Se a pessoa, de modo público, desfez de seu voto batismal anterior, nada melhor que, do mesmo modo, refazer seu voto de fidelidade a Deus.
Outras informações serão úteis para estudarmos a questão:
1) Normalmente, o rebatismo é usado quando o crente comete um pecado que traz escândalo para a igreja, devido à forma pejorativa que esse pecado se tornou público;
2) A outra razão para o rebatismo é o abandono da igreja por muitos anos, quando a pessoa vive longe de Deus e afastada dos princípios ensinados pela Bíblia;
3) Não existe nenhuma obrigato¬riedade para o novo batismo se a pessoa já foi batizada por imersão (mergulhada nas águas). É um assunto muito pessoal de cada crente. Ela pode optar pela Profissão de Fé se quiser congregar em outra igreja.
Durante a trajetória cristã (precisando ser rebatizada ou não), a pessoa jamais deverá esquecer-se de que a presença do Espírito Santo na vida dela será constante até o momento em que Jesus voltará para dar-lhe a recompensa: “O mundo não pode receber esse Espírito porque não o pode ver, nem conhecer. Mas vocês o conhecem porque ele está com vocês e viverá em vocês.” João 14:17. “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tiago 1:12.
Escola Biblíca

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Se existe “um só batismo” (Efés. 4:5), por que rebatizar pessoas já batizadas por imersão?

Algumas pessoas alegam, com base em Efésios 4:5 (“há um só Senhor, uma só fé, um só batismo”), que o batismo por imersão só pode ser ministrado uma única vez a cada indivíduo. Mas essa teoria acaba distorcendo, não apenas o sentido básico do texto bíblico, mas também o significado do rito batismal e o ensino de outros textos inspirados que abordam a questão do rebatismo.
Efésios 4:1-6 fala a respeito da unidade que deveria existir entre todos aqueles que ingressaram na comunidade dos crentes através do mesmo rito batismal. Andrew T. Lincoln esclarece que “o ‘um só batismo’ é o batismo nas águas, o rito público de confissão da única fé no único Senhor. O batismo é único, não por ter uma única forma ou por ser ministrado uma única vez, mas por ser a iniciação em Cristo, no único corpo”. Como todos os crentes se tornaram membros do corpo de Cristo através do batismo, esse rito é um “fator unificador” da igreja (Word Biblical Commentary, vol. 42, pág. 240).
Biblicamente, o batismo não é um sacramento que concede méritos à salvação, e sim um símbolo visível de uma nova aliança salvífica entre Deus e o pecador regenerado pela graça divina. Através desse ato público, a pessoa se compromete a deixar de servir o pecado, passando a viver “em novidade de vida” (Rom. 6:1-7). A nova vida em Cristo implica na aceitação de Cristo como Salvador e Senhor, bem como na vivência prática de Sua vontade revelada nas Escrituras.
O ideal é que o batismo seja ministrado uma única vez aos novos conversos, no início da vida cristã. Mas o Manual da Igreja (rev. 2000), págs. 42 e 43, menciona duas circunstâncias nas quais é aconselhável que a pessoa seja rebatizada.
Uma delas diz respeito aos conversos provenientes de outras comunidades cristãs nas quais já foram batizados por imersão. Mesmo nunca tendo rompido seu relacionamento com Cristo, essas pessoas podem selar publicamente, por um novo batismo, sua aceitação de uma nova plataforma doutrinária, mais ampla e mais comprometida com o conteúdo geral das Escrituras (ver Mat. 4:4; 28:19 e 20; João 16:13).
Que a aceitação de novos componentes doutrinários fundamentais pode justificar o rebatismo de um cristão é evidente nas experiências tanto de um grupo de crentes em Éfeso como de Ellen G. White. Somos informados em Atos 19:1-7 que, em Éfeso, o apóstolo Paulo encontrou “uns doze” discípulos já batizados por João Batista no “batismo de arrependimento” que nem ao menos haviam ouvido falar “que existe o Espírito Santo”. Após compreenderem essa verdade, eles foram rebatizados “em o nome do Senhor Jesus”.
Ellen G. White já havia sido batizada por imersão em Portland, Maine, em 1842, sendo ainda metodista. Mas, após compreender a verdade do sábado em 1846, ela pediu que o seu próprio esposo, Pastor Tiago White, a rebatizasse (Arthur L. White, Ellen G. White, vol. 1 – “The Early Years”, págs. 121 e 122). Tiago White, em seu livro Life Incidents, pág. 273, declara que ela foi tomada em visão após essa experiência. “Ao ser batizada por mim, em um período inicial de sua experiência, quando eu a levantei das águas, ela foi imediatamente tomada em visão”.
Outra circunstância mencionada no Manual da Igreja, na qual é aconselhável que a pessoa seja rebatizada diz respeito a pessoas que já foram adventistas e apostataram da fé. Quando o crente rompe sua aliança com Cristo e volta a uma vida de pecado, ele se torna passível de ter seu nome eliminado do rol de membros da igreja. O seu reingresso na comunidade dos crentes deve ser assinalado por um novo testemunho público de uma mudança de vida, selado pelo rebatismo.
As principais declarações de Ellen G. White sobre a prática do rebatismo aparecem em seu livro Evangelismo, págs. 372-375. Analisando-se essas declarações, pode-se concluir, em primeiro lugar, que adventistas apostatados que se convertem e desejam voltar à comunhão da igreja devem submeter-se ao rebatismo; e, em segundo lugar, que crentes já batizados por imersão em outras denominações seriam aceitos na comunhão da igreja idealmente pelo rebatismo, mas sem jamais coagi-los a se submeterem a esse rito, caso não sintam genuína necessidade dele.
Portanto, Efésios 4:1-6 ratifica a unidade da fé ao mencionar que todos os crentes se tornaram parte do corpo de Cristo através do mesmo rito
público (o batismo) de confissão da única fé no único Senhor. Mas essa realidade não desaprova o rebatismo daqueles que assumem uma nova aliança com Cristo e com Sua Palavra.
Texto de autoria de Alberto R. Timm - (publicado na revista do ancião em out – dez 2004)

domingo, 10 de julho de 2011

Por que praticamos o Rebatismo?

Algumas denominações questionam os Adventistas pela prática de realizar o que chamamos de “rebatismo”. Alegam eles que esta prática é mais uma “invenção” dos Adventistas, para a qual não existe apoio bíblico.

Será que a Bíblia mostra alguma base para a realização de um “rebatismo”? Ou seria esta uma mera “invenção” herética dos Adventistas do 7º Dia (como os críticos gostam de apregoar)?

Vejamos...

Primeiramente, leia Atos 19:1-7

Nesta passagem está a principal base que os Adventistas encontram para a comprovação de que o rebatismo era praticado pelos apóstolos. Aqui vemos que Paulo chegou a uma determinada cidade, Éfeso, onde encontrou um grupo de cristãos. Ao dirigir-se a eles, o apóstolo descobre que eles ainda não haviam recebido o Espírito Santo, ou não compreendiam do que se tratava este tema.

Paulo achou estranho, e indagou se eles já haviam sido batizados (v. 3). E sua resposta afirma que sim, pois eles haviam sido batizados pelo próprio João Batista. Portanto, fica claro no texto bíblico que estes 12 homens já eram batizados nas águas.

Paulo lhes explica rapidamente a grandeza da obra que Jesus operara, mostrando que João Batista apenas preparou o caminho para a chegada do Messias, e que o batismo que o profeta do deserto realizava não estava completo para a nova experiência cristã (v. 4).

O verso 5 deixa bem claro que Paulo batizou NOVAMENTE aqueles homens, mesmo sabendo que eles já haviam sido batizados por João.

E por que ele fez isso?

Porque aqueles discípulos, apesar de sinceros, não haviam sido batizados com a compreensão total da obra de salvação e de transformação, tanto de Cristo quanto do Espírito Santo. Por isso, Paulo precisou batizá-los outra vez nas águas, pois agora eles já conheciam a verdade “completa”.

É inegável que esta passagem bíblica trate de um rebatismo, e realizado pelo próprio apóstolo Paulo, o que dá um peso bem maior, uma vez que este apóstolo sabia perfeitamente bem que o batismo autêntico é aquele que transforma a pessoa em uma nova criatura, fazendo-a “morrer” para a vida de pecados, e “ressuscitar” para uma nova vida ao lado de Cristo (veja Rom. 6:1-5).

Mas, e a questão de "um só batismo"?

Alguns encontram em Efésios 4:5 uma maneira de questionar a autenticidade do rebatismo, uma vez que Paulo diz ali que há “um batismo” apenas. Mas o contexto da passagem deixa claro que o apóstolo tratava de “um” não no sentido de quantidade, mas sim de autoridade e qualidade. Além do mais, foi ele mesmo que praticou o rebatismo na própria cidade dos efésios, cerca de 8 anos antes (cf. Atos 19:1-7). Ele não poderia se contradizer diante do público que sabia que ele próprio já rebatizara os discípulos de João, o que mostra que Paulo não falava em “quantidade” de batismos (em Efés. 4:5), mas na “autoridade” que o batismo e a fé em Jesus têm sobre a vida do crente.

O Manual da Igreja Adventista do 7º Dia
Uma pessoa que foi batizada por imersão em uma outra denominação cristã, e que toma contato com a mensagem Adventista, aceitando-a e compreendo que a verdade do Senhor lhe foi revelada com mais intensidade, NÃO É OBRIGADA a rebatizar-se para ser aceita como membro da Igreja Adventista do 7º Dia. Veja o que diz o Manual da Igreja (2005), pág. 43:

Tendo como base a aceitação de novas verdades importantes, Ellen White apóia o rebatismo na medida em que o Espírito Santo guia o novo crente a solicitá-lo. Isto está de acordo com o padrão adotado em Atos 19. Indivíduos que passaram anteriormente pelo batismo cristão devem avaliar sua nova experiência religiosa e decidir se o rebatismo é desejável. Não deve haver insistência”.

No livro Evangelismo, pág. 373, Ellen White dá o seguinte conselho sobre este assunto:

[O rebatismo] é um assunto em que cada indivíduo precisa conscienciosamente tomar sua atitude no temor de Deus. Deve ser cuidadosamente apresentado no espírito de benignidade e de amor. Portanto, o dever de insistir não pertence a ninguém senão a Deus; dai-Lhe oportunidade de operar por meio de Seu Espírito Santo na mente, de modo que o indivíduo seja perfeitamente convencido e satisfeito no que respeita a esse passo avançado”.

Veja que não há uma OBRIGAÇÃO de que alguém seja rebatizado, caso já tenha sido batizado por imersão em uma igreja cristã antes, para poder ser aceito como membro da IASD. Caso o novo converso ache que não necessita dessa nova experiência, poderá fazer apenas uma “profissão de fé” diante da Igreja reunida.

Porém, como amigo, eu aconselho a todos nesta situação a considerarem o rebatismo com carinho, pois ele marca a transição entre uma verdade “incompleta” (sem lei, sem sábado, sem sono da morte, sem cuidado com alimentação, sem conhecimento sobre o Santuário celestial, sem estudos das profecias de Daniel e Apocalipse, crendo em um falso dom de línguas, etc.) para uma verdade “completa”, com a compreensão de todos estes importante temas.

Vale a pena!

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