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Recentemente li uma queixa de uma irmã que dizia mais ou menos assim: “quando não somos da igreja, nos tratam com paciência e amor, depois que nos batizamos nos tratam como se devêssemos saber tudo.” Eu não me recordo completamente das palavras, mas a ideia era essa.
Ela estava certa em sua queixa. É isso mesmo que tem ocorrido em nossas igrejas, em alguns casos. Em outros casos tenho visto uma atitude semelhantemente equivocada – tratar membros como se fossem pessoas que desconhecem o evangelho, permitindo todo tipo de prática que foge ao ideal cristão.
Pensando sobre esse e outros assuntos, veio ontem a minha mente a seguinte pergunta: Que cristianismo é este que estamos apresentando às pessoas? Que cristianismo é esse que apresentamos a elas quando estão lá fora, e que as atraia, mas que lhes é um fardo quando estão aqui dentro? Que cristianismo é esse que não causa mudança e transformação, permitindo que pessoas estejam há anos dentro da igreja sem que precisem se comprometer com a verdade de forma prática?
Algumas pessoas me criticam pela forma direta e incisiva de defender o que creio. Mas, queridos, somos chamados a não titubear e ter medo de dizer o que é correto ser dito. Então, sendo bem direta, eu lhe pergunto – que cristianismo é esse que lhe apresentaram?
Alguns se equivocam de que cristãos são aqueles que creem em Cristo. A própria Palavra de Deus (Tiago 2:19) diz que até os demônios creem. E, cá entre nós, os demônios não seguem nenhum tipo de conduta cristã! Então, Cristianismo não é só acreditar que Jesus existe, que Ele é Deus e que Ele morreu para nos salvar.
Cristão é aquele que vive a serviço de Deus, “os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá” (Apocalipse 14:4). Eles são os que ouvem a ordem “vem, toma a cruz, e segue-me” (Marcos 10:21), e atendem a essa ordem. Ser cristão não é uma condição permanente. Não é como um título que ganhamos de Mestre ou Doutor em algo, e que, independente de nossa prática, permanece conosco. Alguém pode ser cristão hoje e amanhã não ser mais. A história de que uma vez salvo somos salvos para sempre é uma falácia. Precisamos ser salvos sempre que caímos. Jesus veio nos salvar de nossos pecados (Mateus 1:21). Por isso, quando pecamos precisamos novamente de salvação.
Mas até aqui, queridos, muitos aceitam. O problema é o que vou escrever a seguir. Você crê na Palavra de Deus? Crê que ela é a verdade? Então veja: a Palavra de Deus diz que “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” (I João 3:8). Existem coisas na Bíblia que são duras não é mesmo? Eu já chorei e lutei contra muitas verdades por serem duras. Acredite, eu entendo quando você também luta com uma verdade que denuncia quem nós somos, como esse texto de I João.
Isso significa queridos que quando pecamos estamos a serviço de outro que não Cristo. Sendo bem direta, quando vivemos o cristianismo estamos a serviço de Cristo, mas quando pecamos, estamos a serviço do diabo. Isso é muito pesado. Mas Jesus foi claro sobre isso. “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mateus 6:24). No momento em que servimos a um, não podemos servir a outro.
É por isso que o cristão vive uma vida diferente do mundo, pratica coisas que não combinam com as coisas praticadas pelo mundo. Porque o cristão está a serviço de Deus, e enquanto ele serve a Deus, ele não pode servir ao diabo. É IMPOSSÍVEL.
Ah Karyne, mas eu conheço um irmão que saía para dar estudo bíblico, e saindo do estudo traía a esposa. Quando ele estava trabalhando pela salvação de almas (se esse era realmente o propósito do ato de dar estudos) ele estava a serviço de Deus, e quando ele adulterava ele estava a serviço do diabo. E se ele dava estudos como forma de disfarçar seu pecado, ao dar estudos bíblicos ele já estava a serviço do diabo. É mais ou menos assim. E você não precisa ir tão longe. Pode pensar em si mesmo. Pode pensar em quando você estava louvando a Deus para adorá-lo e quando estava louvando a Deus para exaltar a si mesmo. O mesmo ato, a serviço de dois senhores diferentes.
Queridos, somos chamados a servir a Deus. Somos propriedade exclusiva dEle (Deuteronômio 7:9; I Pedro 2:9). Está a serviço dEle é que nos confere o “título” de cristãos. E estar a serviço de Deus requer de nós uma conduta coerente com a vontade dEle. A liderança da Divisão Sul Americana preparou um documento sobre conduta cristã, e é propósito da Divisão que cada membro da IASD conheça o conteúdo deste documento. Eu já ouvi críticas ao documento única e simplesmente por ser sobre conduta cristã, e atualmente, muitos adventista não querem ouvir o que é próprio da conduta cristã e o que não pertence à conduta cristã. Em outras palavras, o que um cristão faz/deve fazer e o que um cristão não faz/não deve fazer.
Meu apelo, para você que está lendo esse texto, é que você faça uma análise pessoal. Verifique se há em você alguma resistência em viver a vida que o Senhor deseja que você viva. Se houver, acredite, Jesus deseja lhe ajudar a vencer essa resistência. Mas, primeiro você precisa reconhecer que ela existe, e que ela lhe faz chatear-se quando alguém se levanta para dizer que precisamos voltar à prática das primeiras obras (Apocalipse 2:5).
Deus deseja, e requer para o nosso tempo, um povo reavivado e reformado. Conduta cristã tem a ver com Reforma. E esta ocorre em conjunto com o Reavivamento. Não se oponha a algo tão sério e necessário para este tempo. Decida hoje fazer parte do povo que segue o Cordeiro onde quer que Ele vá. Esses vivem à luz do exemplo de Jesus, e por assim fazer, seu caráter e obras se assemelham cada dia mais aos de seu Salvador.
Texto extraído do site Mulher Adventista
Marcadores: Comportamento, Cristianismo Prático, Reavivamento e Reforma
A enfermeira australiana Bronnie Ware trabalhou por muitos anos com pacientes terminais que eram mandados para casa para morrer. Apesar da situação difícil, ela afirma que todos os seus pacientes cresceram muito quando tiveram de enfrentar sua própria mortalidade e Bronnie foi capaz de encontrar na trajetória desses casos lições que divide na internet, com sucesso, sobre os principais arrependimentos de seus pacientes. É difícil não refletir se teríamos ou não os mesmos arrependimentos.
- Eu queria ter tido coragem de viver a vida de maneira verdadeira para comigo mesmo, não a vida que os outros esperavam de mim.
Segundo Bronnie, esse é o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que sua vida chegou ao fim, elas olham para trás e percebem os sonhos não realizados. “Muita gente não honrou nem a metade de seus sonhos e teve que morrer sabendo que isso aconteceu devido a escolhas que eles mesmos fizeram ou não fizeram”, relata Bronnie.
- Eu queria não ter trabalhado tanto.
Esse foi o arrependimento que Bronnie percebeu mais nos pacientes homens. De acordo com a enfermeira, eles se arrependiam de não ter aproveitado mais a infância dos filhos e a companhia da parceira. As mulheres também têm esse arrependimento, mas como a maior parte das pacientes era de uma geração em que as mulheres ainda não tinham o trabalho como principal em suas vidas, o arrependimento parece ser menor. “Todos os homens de quem eu cuidei se arrependiam de terem gasto tanto de suas vidas em uma existência voltada para o mercado de trabalho”, conta Bronnie.
- Eu queria ter tido a coragem de exprimir meus sentimentos.
Muitas pessoas reprimem seus sentimentos para evitar confronto ou mesmo porque foram educadas para fazê-lo. O resultado é que elas se contentam com uma existência que, segundo a enfermeira, é medíocre, porque impede que as pessoas aproveitem seu verdadeiro potencial. Para Bronnie, a honestidade eleva os relacionamentos a um novo patamar, mais saudável, ou vai acabar fazendo com que relacionamentos que não fazem bem para as pessoas acabem sendo eliminados da vida delas.
- Eu queria ter permanecido em contato com meus amigos.
Bronnie presenciou muitas pessoas se queixarem do quanto se arrependiam de não ter dedicado mais tempo às suas amizades. “Muitas pessoas acabam tão envolvidas com suas próprias vidas que deixam amizades de ouro acabar”, relatou. Para Bronnie, na hora da morte as pessoas tentam, sim, deixar o plano financeiro em ordem, se possível, mas não é isso que mais conta, mas sim as pessoas que elas amam.
- Eu queria ter me permitido ser mais feliz.
Segundo Bronnie essa é muito comum. “Muitos não percebem até o fim que felicidade é uma escolha”, relata a enfermeira. As pessoas ficam presas em velhos padrões e hábitos e se acomodam no que é familiar e seguro. Segundo Bronnie, muita gente passa a vida fingindo que é feliz para os outros e para si mesmo por medo de mudar. “Quando você está no seu leito de morte o que os outros pensam de você nem passa pela sua mente”, conclui Bronnie.
A dica final da enfermeira: “A vida é uma escolha. É a sua vida. Escolha com consciência, sabedoria e honestidade. Escolha a felicidade.”
(Diário Catarinense)
Nota: Disse Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10:10). Não é curioso (e esperançoso) o fato de que, quando vivemos uma relação de intimidade com Jesus, todos esses arrependimentos acima podem ser eliminados e tornar o ser humano capaz de dizer como Paulo, pouco antes de sua morte: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4:7). De fato, como diz Bronnie, a vida é uma escolha. Mas vida em abundância deriva apenas da escolha de andar com Jesus, o doador da vida, aquele que confere sentido à nossa existência.[MB]
Via Criacionismo
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