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domingo, 24 de junho de 2012

Saúde Emocional - Esperança



Todos os dias somos confrontados pela realidade triste em que se encontra nosso planeta. Fome, desemprego, doenças, perda de pessoas queridas, desastres naturais, morte... são muitas as coisas que tornam a vida aqui cada dia mais difícil. Como viver feliz em meio a tantos problemas? Como assistir a um noticiário cheio de notícias ruins e ainda assim encontrar energia para continuar a vida?

A resposta a essas perguntas é ESPERANÇA. 

Diz-se popularmente que “a esperança é a última que morre”. De fato, o que nos sustenta de pé quando desejaríamos abandonar a batalha é a esperança. 

1. Que meio Deus utilizou para que tivéssemos esperança? 

“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.” Romanos 15:4.

A Bíblia nos apresenta a verdadeira esperança. Ela está repleta de promessas e mensagens de motivação que nos ajudam a olhar para o futuro com boas expectativas. Desde que o pecado entrou nesse mundo, e a alegria celeste deixou de existir entre os homens, Deus ofereceu esperança ao homem pecador.

2. Que promessa Deus fez a Eva depois do pecado?

 “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 3:15.

No mesmo dia em que o ser humano conheceu os sentimentos e as emoções ruins, no dia em que a alegria celestial cessou na Terra, Deus deu ao ser humano um novo e bom sentimento – esperança. Fez isso prometendo que Cristo (a descendência da mulher) feriria a cabeça da serpente (Satanás) morrendo por nós.

Infelizmente, apesar de Deus nos oferecer a verdadeira esperança, muitas pessoas têm alimentado falsas esperanças. Depositam suas esperanças em coisas finitas desse mundo, em pessoas falhas e, até mesmo, em si mesmas.

Um Deus de promessas

A Bíblia é repleta de promessas. Algumas das promessas foram feitas para pessoas e tempos específicos. Outras se aplicam a todos aqueles que se colocam a serviço do SENHOR. De forma especial, o livro do Apocalipse nos apresenta promessas para o tempo em que vivemos. É nesse livro que se encontra uma das promessas bíblicas mais lindas: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4. Podemos depositar nossas esperanças nesse Deus de promessas. Ele nunca falha! Somente Ele é capaz de dar fim a todo e qualquer sofrimento, e Ele nos promete fazer isso em breve! 

3. O que o sábio Salomão escreveu sobre a esperança que não se cumpre?

“A esperança adiada desfalece o coração, mas o desejo atendido é árvore de vida.” Provérbios 13:12.

Quando a esperança não se cumpre, tornando-se realidade, somos afligidos por sentimentos ruins que desfalecem nosso coração. Para não experimentarmos esse sofrimento precisamos cultivar a verdadeira esperança, aquela que se tornará realidade.

O sábio Salomão escreveu que “Morrendo o homem perverso perece sua esperança, e acaba-se a expectação de riquezas.” Provérbios 11:7. Quando depositamos nossas esperanças nas riquezas, estamos, na verdade, cultivando uma esperança que se encerra com a morte. A esperança que Deus tem a nos oferecer vai muito além da morte. 

4. Que esperança Paulo escreveu que deveríamos ter em nossa vida? 

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo;” Tito 2:13.

Desde que Jesus voltou ao céu, temos uma bendita esperança – a esperança de Sua segunda vinda. Ele prometeu que voltaria e nos levaria para o céu (João 14:3) e essa deve ser nossa esperança. Cristo é nossa grande esperança! É nEle que temos a esperança da Salvação, por sua morte, do perdão por seu ministério intercessor junto ao pai, da santificação pela sua graça que nos salva e nos dá força para vencer o pecado, e de uma eternidade feliz pela Sua segunda vinda.

Como é bom saber que existe algo além do sofrimento desse mundo. Como é bom saber que existe alegria maior do que a que somos capazes de experimentar em meio ao pecado. Como é bom termos uma verdadeira esperança em que podemos nos apegar!

O pecado e suas terríveis consequências não estavam no plano original de Deus. Felizmente, apesar de o ser humano ter optado por viver uma vida distante da vontade de Deus, o SENHOR nos deu a chance de retornarmos ao seu plano original, e vivermos uma vida de alegria plena.

Hoje, podemos dizer a Deus como Davi: “Agora, pois, SENHOR, que espero eu? A minha esperança está em ti.” Salmos 39:7

Para refletir: 
"Ao passo que o desgosto e a ansiedade não podem remediar um só mal que seja, podem eles causar grande dano; mas a disposição jovial e a esperança, enquanto iluminam o caminho dos outros, "são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo". Prov. 4:22." Mente, Caráter e Personalidade, vol. 1, p. 63. 

“Jesus olhava aos aflitos e desalentados, aqueles cujas esperanças se haviam desvanecido, e que procuravam, com alegrias terrenas, acalentar os anseios da alma, e convidava todos a nEle buscarem descanso.” A Ciência do Bom Viver, p. 71.

Estudo 09 e fim da Série Saúde Emocional

sábado, 23 de junho de 2012

Saúde Emocional - Medo


Você tem medo de que?

Costumo definir medo como aquilo que sentimos diante de algo em relação ao qual somos frágeis, vulneráveis e que pode nos oferecer algum perigo. Por isso algumas pessoas sentem medo de escuro, de viajar de avião, de dirigir, de altura, entre tantos outros medos.Essa sensação de vulnerabilidade e perigo, em alguns casos, é benéfica. Imagine se não tivéssemos medo de algumas coisas, como andar em um carro em alta velocidade! Possivelmente os acidentes automobilísticos seriam ainda mais constantes. Mas, da mesma forma que o medo limita nossa ação nos protegendo do perigo, em medidas inadequadas ele pode limitar nossa qualidade de vida.

Ter medo de dirigir em alta velocidade nos mantém dirigindo na velocidade permitida pelas leis de trânsito e evita acidentes e multas. Contudo, ter medo de dirigir (independente da velocidade) pode gerar diversos transtornos no dia a dia, pois, ao depender de outras pessoas para deslocar-se, a pessoa que tem medo de dirigir torna-se limitada para realizar diversas atividades como sair para fazer compras ou ir a um encontro social quando quiser. 

Nossos medos
Alguns estudiosos afirmam que os medos infantis podem ser divididos em três categorias: os que estão presentes desde o nascimento (inatos), os que aparecem ao longo do crescimento e os que surgem devido a eventos traumáticos ou induzidos pelo meio. Na primeira categoria encontram-se ruídos repentinos, flashes luminosos, movimentos súbitos e perda do apoio. Ao longo do crescimentos alguns medos são deixados e outros adquiridos naturalmente devido às novas condições cognitivas. No entanto, alguns medos surgem devido a experiências desagradáveis que marcam profundamente a vida das pessoas. Problemas de autoconceito e autoestima (desenvolvidos, muitas vezes, na infância) estão muito relacionados aos medos dos adultos. 

1. Desde quando o ser humano convive com esse sentimento chamado medo? 

“E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.” Gênesis 3:10

Enquanto o ser humano se relacionava bem com Deus, ele ainda não havia experimentado sentir medo. Contudo, quando optou por desobedecer a Deus, homem e mulher reconheceram sua fragilidade e vulnerabilidade diante do SENHOR do universo. Desde então, aproximar-se de Deus não era mais algo tão agradável ao ser humano, mas perigoso.

2. Leia Êxodo 20:18-21. Por que o povo pediu que Moisés falasse com eles no lugar de Deus?

18 E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe.
19 E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos.
20 E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis.
21 E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava.

 O ser humano manchado pelo pecado corre perigo diante da santidade de Deus. Em Êxodo 33:18 Moisés pede a Deus que mostre-lhe Sua glória. A esse pedido Deus responde dizendo: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.” Êxodo 33:20. A fragilidade do ser humano diante da santidade de Deus deve produzir em nós respeito para com o SENHOR. Precisamos reconhecer que é perigoso estar diante de Deus. 

Mas, se é perigoso estar diante de Deus, como podemos nos relacionar com Ele?

3. Leia Mateus 14:27; 17:7; 28:10. Que expressão Jesus utilizou em várias situações para com os discípulos?

“Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.” Mateus 14:27.

“E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo.” Mateus 17:7.

“Então Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia, e lá me verão.” Mateus 28:10.

Em Mateus 17:1-8 lemos a história da transfiguração de Jesus. No verso 5 Deus, através de uma nuvem luminosa reafirma a divindade de Cristo dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.”. Ouvindo a voz de Deus, os discípulos foram tomados por grande medo (verso 6). Então, Jesus se dirige a eles dizendo “não temais” (verso 7).

Por diversas vezes Cristo usou a expressão “não temais”. É somente através de Cristo que podemos ir à Deus sem temor. É em Seu nome que podemos nos dirigir a Deus em oração. É pelos Seus méritos que podemos pedir perdão por nossos pecados. Somente Cristo é capaz de restaurar o relacionamento entre Deus e o homem, livre do medo adquirido no Éden.

Mas, sobre os outros tipos de medo que não se referem a Deus, o que a Bíblia nos ensina? 

“Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” Josué 1:9

“E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.” Mateus 8:26

“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.” Mateus 10:28

A Bíblia nos ensina que temos um Deus poderoso a quem devemos temer. Confiando em Deus, não precisamos temer desafios, nem perigo de natureza alguma. Ele nos capacita a enfrentar os desafios segundo Sua vontade, e nos livra de todo mal e perigo de acordo com o Seu santo querer.

Que maravilha é servir a um Deus que diz “não temais”. Vivendo a Seu lado não há o que temer.

Leia Salmos 91 e medite no cuidado de Deus para conosco.

Para refletir: 
"Em sua consciente culpabilidade, sentindo-se ainda sob o desagrado divino, não podiam suportar a luz celestial, a qual, se houvessem eles sido obedientes a Deus, tê-los-ia enchido de alegria. O medo acompanha a culpa. A alma que está livre de pecado não deseja esconder-se da luz do Céu." Patriarcas e Profetas, p. 330 "Sermos revestidos de humildade não significa devermos ser de intelecto medíocre, aspirações deficientes, e covardes em nossa vida, esquivando-nos de cargos com medo de não sermos bem-sucedidos. A verdadeira humildade cumpre o propósito de Deus, confiante no Seu poder." Parábolas de Jesus, p. 363.

Estudo 08 da Série Saúde Emocional

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Saúde Emocional - Insegurança


O que lhe faz sentir inseguro(a)?
Recentemente, assisti a um telejornal que mostrava algumas filmagens de assaltos realizados em uma rua do Rio de Janeiro. Câmeras haviam sido instaladas para realizar esses flagrantes. Fiquei impressionada ao ver que em poucos minutos dezenas de pessoas foram assaltadas nessa rua. Algumas das pessoas que fazem com freqüência esse percurso, ao serem entrevistadas, relataram sentir insegurança ao longo do trajeto.

Insegurança! Isso é o que esse mundo de pecado nos oferece em abundância hoje. As pessoas estão cada dia mais inseguras quanto a assaltos, relacionamentos, estabilidade financeira... sem contar a insegurança pessoal gerada por um baixo autoconceito. 

O que a Bíblia nos ensina sobre sentir-se seguro? É possível deitar a cabeça no travesseiro e sentir-se seguro mesmo com tudo que tem ocorrido ao nosso redor? 
“Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.” Salmos 4:8

Imagine a situação do povo de Israel frente ao Mar Vermelho. De repente, o mar se abre e eles avistam terra seca entre as águas para atravessar. Imagine-se entre o povo. Você olha para o lado esquerdo e vê um imenso muro de água. Olha para o lado direito e a imagem é semelhante. Você temeria atravessar por entre os muros de água do Mar Vermelho?

2. O que a Bíblia nos revela sobre essa travessia? 

“E os guiou com segurança, que não temeram; mas o mar cobriu os seus inimigos.”Salmos 78:53.
Quando somos conduzidos por Deus não precisamos temer, pois a segurança é certa. Somente Ele pode nos oferecer segurança nesse mundo turbulento, e quando Ele age em nossa vida podemos ficar seguros de que tudo acabará bem. 

3. Que promessa Deus fez ao povo em Deuteronômio 12:10?

“Mas passareis o Jordão, e habitareis na terra que vos fará herdar o SENHOR vosso Deus; e vos dará repouso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros.” Deuteronômio 12:10.

4. Que promessa ele faz para nós hoje? 

“Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.” Provérbios 1:33.“Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.” Salmos 91:11.
Para algumas pessoas, acreditar nessa promessa pode ser bem difícil. Descansar seguro nas mãos de Deus não é algo simples para todos. A menos que tenhamos um relacionamento de intimidade com Ele e O conheçamos bem, não conseguiremos experimentar plenamente a segurança que Deus oferece. 

Olhando o cenário mundial atual, falar em segurança parece realmente utopia, e humanamente falando, não passa de utopia. A segurança só se torna uma realidade em Deus. E a segurança que Deus oferece é uma segurança pessoal. Ele promete ao que ouve Sua voz, ao que deposita fé nEle, e não ao mundo como um todo.

As profecias bíblicas nos dizem que estamos bem próximos da segunda vinda de Jesus. Os sinais da segunda vinda de Cristo não falam de um mundo seguro. Muito pelo contrário! Os sinais da segunda vinda de Cristo apontam um mundo instável, cada dia mais inseguro ecologicamente, socialmente e financeiramente. Mas esses sinais nos foram dados para que nos sentíssemos seguros de que toda dor e sofrimento em breve irão acabar. Esses sinais nos foram dados para que nos preparássemos para esse grande e maravilhoso dia da Volta de Jesus.

Contudo, os ímpios serão pegos de surpresa. E está escrito: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobre-virá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” I Tessalonicenses 5:3. Os ímpios terão uma falsa sensação de paz e segurança, e então serão surpreendidos pelo caos que antecede o retorno de Jesus.

Ao estudarmos a bíblia, somos convidados por Deus a estarmos no grupo que desfrutará a verdadeira segurança. Em que grupo você deseja estar?

Para refletir: 
“"Vossa única segurança e felicidade está em fazer de Cristo vosso constante Conselheiro. Podeis ser felizes nEle ainda que não tenhais nenhum outro amigo no vasto mundo." Mente, Caráter e Personalidade, vol 1, pág. 127.

Estudo 07 da Série Saúde Emocional

terça-feira, 19 de junho de 2012

Saúde Emocional - Desapontamento


Tendo em vista que vivemos em um mundo imperfeito, repleto de pessoas imperfeitas, desapontar-se não é algo incomum.Sentimo-nos desapontados porque criamos expectativas acerca das coisas e das pessoas. Algumas vezes essas expectativas são realistas, mas muitas vezes, temos expectativas irreais. 

Entramos em um relacionamento de amizade, e somos levados a pensar de que aquelas pessoas sempre estará ao nosso lado, mas, em um belo dia, ela nos decepciona. Iniciamos um relacionamento amoroso, e tudo parece muito lindo até que algo acontece e ficamos decepcionados. Às vezes nos desapontamos conosco, com nosso desempenho em alguma situação, como por exemplo, alguém que decide fazer uma dieta mas com poucos dias quebra a dieta e decepciona-se consigo mesmo e com sua capacidade de manter-se firme em um propósito.Então eu pergunto: “É possível desapontar-se com Deus?”. Alguns podem achar que não, mas eu afirmo, sem medo, que sim, é possível desapontar-se com Deus.

1. Por que estavam tristes e desapontados os discípulos no caminho de Emaús?

Lucas 24:13-24
13 E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús.
14 E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido.
15 E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles.
16 Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.1
7 E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes?
18 E, respondendo um, cujo nome era Cléopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias?
19 E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
20 E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram.
21 E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.
22 É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro;
23E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive.
24E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram.

2. Por que os israelitas se desapontaram quando finalmente encontraram água no início de sua jornada pelo deserto? 

Êxodo 15:22-24
22Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água.
23 Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara.
24 E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?
Perceba que tanto o desapontamento dos discípulos (manifesto na forma de tristeza) como o desapontamento dos israelitas (manifesto na forma de queixa) ocorreu pelo mesmo motivo – uma expectativa falsa.Se você estivesse caminhando no deserto há três dias, sem encontrar água, e de repente visse uma fonte de água, o que você pensaria? É possível que seu pensamento fosse “finalmente encontrei água”, ou “enfim poderei saciar minha sede”. 

Acredito que o povo de Israel pensou mais ou menos assim. Olhou para aquelas águas amargas e, sem saber que eram amargas, esperou que elas fossem a solução para sua sede. Não havia nenhuma placa próximo à fonte com a frase “água boa para beber”. Foram eles mesmos que criaram essa expectativa.No caso dos discípulos, a falsa expectativa de que Jesus fundaria seu reino nesse mundo e devolveria a honra a Israel foi criação de suas mentes. Cristo não havia prometido isso a eles. Muito pelo contrário. 

Durante todo o ministério de Cristo, Ele tentou explicar a Seus discípulos sua real missão. Explicou a Eles que era necessário que Ele morresse, mas que ao terceiro dia ressuscitaria. Mas, mesmo assim, o foco na falsa expectativa não permitiu que os discípulos compreendessem o que estava para acontecer. E ao deparar com a realidade de que Cristo estava morto, eles se desapontaram.Partindo dessa compreensão, voltemos à pergunta inicial: 

É possível desapontar-se com Deus?Sim, é possível desapontar-se com Deus, porque criamos falsas expectativas em relação a Deus.Deus nos deixou diversas promessas na bíblia, mas, se interpretarmos a Palavra de Deus ao nosso modo, criaremos falsas expectativas. E quando essas expectativas forem frustradas, ficaremos desapontados com Deus, afinal, foi Ele quem fez as promessas. 

É verdade que muitas vezes acreditamos no que as pessoas nos dizem, e somos desapontados mesmo tendo expectativas verdadeiras. Mas isso só ocorre na relação entre seres imperfeitos. Com Deus, só existe uma forma de desapontamento, aquele que parte de nosso próprio erro ao esperar de Deus algo que Ele não prometeu.

3. Como podemos evitar esse desapontamento com Deus?

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6.

“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” João 16:13.

Quando desenvolvemos intimidade com Deus e aprendemos a ouvir Sua voz sem ruídos, a entender Suas palavras sem distorções, temos acesso à verdade. O Espírito Santo nos guia à verdade que é Cristo Jesus. Relacionando-nos intimamente com Ele não criaremos falsas expectativas sobre Sua divina ação em nossa vida.

Mas, como podemos evitar o desapontamento em relação às pessoas que nos cercam e a nós mesmos? Precisamos aprender a criar expectativas realistas, e isso inclui aceitar o fato de que não somos infalíveis. Se eu vou mal numa prova que tinha certeza que iria bem, não devo me desapontar, não sou infalível, estou sujeito a errar questões em uma prova por mais que tenha estudado. Precisamos aprender que as pessoas também possuem defeitos e falhas, e não podemos exigir delas perfeição, nem depositar nossas expectativas nelas. Devemos confiar naqueles que amamos tendo em mente que eles podem falhar.

Só existe um ser que não falha, e esse é Deus. A divina trindade não falha. Com Ele aprendemos a não falhar. Como seres humanos limitados que somos, somente crescendo no relacionamento de intimidade com Deus é que poderemos nos prevenir de falhar. Sozinhos estamos sujeitos à queda, e não há porque criar falsas expectativas sobre isso!

Para refletir: 
“Aqueles que têm idéias muito elevadas sobre a vida matrimonial, cuja imaginação tem construído castelos no ar, com quase nada a ver com as perplexidades e problemas da vida, se encontrarão lamentavelmente desapontados diante da realidade. Quando a vida real vier com seus problemas e preocupações, eles estarão totalmente despreparados para enfrentá-los. Esperam perfeição um do outro, mas encontram fraquezas e defeitos; porque homens e mulheres finitos não são perfeitos. Então começam a encontrar defeito um no outro, e a expressar seu desapontamento. Em vez disto, devem tentar ajudar um ao outro a enfrentar corajosamente a batalha da vida.” Cartas a Jovens Namorados, p. 31.

Estudo 06 da Série Saúde Emocional

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Saúde Emocional - Depressão


A depressão é, hoje, um fenômeno tão comum, que foi apelidada como “a gripe da doença mental”. Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que sofreu ou ainda sofre com a depressão. 


Do ponto de vista lingüístico, a palavra depressão refere-se a uma pressão que é feita de cima para baixo. Sendo assim, aquele que está deprimido, está sendo “pressionado” ou “oprimido” por uma força que vem de cima. 


Essa abordagem lingüística da depressão é muito interessante, visto que o deprimido se sente exatamente assim, como se algo o pressionasse para baixo, sem forças para reagir. A depressão é classificada por alguns estudiosos em quatro categorias - “estado afetivo de tristeza”, “sintoma”, “síndrome” e “doença”. Dentro dos campos da psiquiatria e psicologia, a depressão é classificada como um Transtorno do Humor e seu diagnóstico possui critérios bem definidos que devem ser considerados. 

Mesmo que uma pessoa não seja diagnosticada com depressão pelos critérios que orientam esse diagnóstico, é possível que ela já tenha experimentado alguma vez a depressão como um estado afetivo de tristeza.Um fato que deve ser seriamente considerado é que a depressão incomoda, gera sofrimento, limita nossa vida, prejudica nossa saúde física, mental e espiritual e gera problemas em nossos relacionamentos. 

Por isso a indústria farmacêutica fatura tanto em cima da venda de anti-depressivos. Ninguém, em sã consciência, deseja sofrer com a depressão.A principal característica do ambiente de um deprimido é a presença de muitas estimulações negativas e ausência de estimulações positivas. Um ambiente em que só há reclamações, críticas e problemas, é um ambiente propício para o desenvolvimento do sentimento de depressão. 

Na bíblia encontramos a história de alguém que, em determinado momento, viu-se cercado de tantas coisas ruins, que experimentou o humor deprimido. Não podemos dizer que ele sofreu de depressão enquanto doença, mas encontramos em sua experiência algumas características relacionadas ao sentimento de depressão. Estamos falando de Elias.

1. Em que contexto Elias agiu como um deprimido?

“Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles.” I Reis 19:1-2.
Jezabel era uma rainha perversa, e Elias acabara de levar a morte os profetas de Baal (que serviam a Jezabel). Tendo suscitado a ira de Jezabel, conhecendo sua maldade, Elias agora via-se num “beco sem saída”. Nesse momento, ele não via nada de bom em que se apegar.

2. O que fez Elias diante dessa ameaça? 

“Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.” I Reis 19:4.
Elias experimentou o sentimento de morte, tão comum dentre os deprimidos. É certo que ele não desejava morrer. Se o desejasse, não precisaria fugir daquela que desejava matá-lo. Mas o contexto em que estava era tão aversivo que, pela ausência de qualquer coisas que pudesse ser avaliada como positiva, Elias pensou em morte como solução para fundar o sofrimento.

3. O que fez Elias no deserto depois de pedir a morte?

I Reis 19:5-7
5 Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.
7 Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo.

Elias parecia bem indisposto e tudo que fazia era dormir, até que o anjo do Senhor levasse alimento para ele. A alteração do sono também é uma característica da depressão. Pessoas deprimidas se queixam de só querer dormir o tempo todo ou de não conseguir dormir. É comum que o apetite seja alterado também, sendo que alguns perdem o apetite e outro sentem vontade de comer com mais freqüência. No caso de Elias, vemos Ele sendo sustentado por Deus, enquanto tudo que fazia era dormir.

4. Quando Deus perguntou “Que fazes aqui, Elias?”, o que Elias respondeu?

I Reis 19:9, 10, 13 e 14
9 Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
10 Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
13 Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
14 Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
Aqui vemos mais uma característica típica da depressão – distorção da percepção da realidade. Elias olhava para sua realidade e via apenas parte dela. Via seu zelo em defender a honra do verdadeiro Deus, considerava que havia ficado sozinho no final da história e, para piorar, ameaçado de morte. Elias via todos os aspectos negativos presentes naquele contexto, mas não enxergava aquilo que havia de bom.
Quando alguém sofre de depressão, é comum que se concentre nos aspectos negativos de sua vida e não consiga enxergar aquilo que há de bom em sua realidade.Em I Reis 19:18 Deus mostra a Elias que ele estava olhando para uma realidade distorcida, e lhe revela que ele não estava sozinho. Havia outros 7 mil que, como ele, adoravam ao verdadeiro Deus. Elias se sentia sozinho em meio a outras 7 mil pessoas. 
Sim, é possível distorcer a realidade dessa forma quando somos tomados por um sentimento tão negativo como a depressão.As situações difíceis e problemáticas da vida podem facilmente nos convencer de que não existe saída, de que tudo está caminhando para o pior, e de que somos incapazes de reagir a toda essa tribulação. Mas, aquele que crê na palavra de Deus não precisa sofrer com essa dor.A bíblia nos apresenta a solução para a depressão, para os becos sem saída, para esse sentimento de impotência diante dos problemas – Deus. “À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz.” Salmos 55:17. Podemos confiar que Deus sempre nos ouve e está disposto a nos animar, como fez com Elias. 


Para refletir: 
“Não devemos incentivar um espírito de entusiasmo que traz zelo por algum tempo, mas logo desaparece, deixando o desânimo e a depressão. Necessitamos do pão da vida, o pão que desce do Céu para dar vida à alma. Estudai a Palavra de Deus. Não vos deixeis controlar pelos sentimentos.” Evangelismo, p. 138. “Uma mente bem disposta, um espírito alegre, é saúde para o corpo e energia para a alma. Nenhuma causa de doença é tão fecunda como a depressão, a melancolia e tristeza.” Medicina e Salvação, p. 106.


Estudo 05 da Série Saúde Emocional

domingo, 17 de junho de 2012

Saúde Emocional - Culpa


Você já sentiu culpa por algo? Desde que o pecado entrou nesse mundo, o sentimento de culpa passou a fazer parte da vida do ser humano. Esse sentimento está diretamente relacionado ao erro e, desde que o ser humano adquiriu natureza pecaminosa, ele erra com freqüência. A palavra culpa é originária do latim culpa, que significa falta, erro, defeito. Diz respeito, também, a um comportamento negligente ou imprudente, geralmente voluntário, em relação a uma obrigação ou a um princípio ético ou moral – delito ou crime.Assim como os demais sentimentos negativos, a culpa prejudica nosso bem estar físico, mental e espiritual. Na bíblia, encontramos alguns exemplos de pessoas que sofreram com o sentimento de culpa. Um deles é o conhecido rei Davi. 


No capítulo 11 do livro de II Samuel, encontramos o relato de um momento triste da história do rei Davi. Aquele que até então havia sido dirigido por Deus tornara-se culpado de pecados como adultério e homicídio. Você pode ler essa história em sua bíblia, e verá como Davi tornou-se culpado desses pecados.Davi escondeu esses pecados, até o dia em que Natã, um profeta de Deus, foi até ele e o repreendeu (II Samuel 12:1-15). 


Coloque-se no lugar de Davi. Imagine-se cometendo os pecados que ele cometeu. Como seria, para você, esconder esses pecados?Recentemente, ouvi uma pessoa querida contar algo que aconteceu em sua infância. Ela contou que quando era pequena, foi com sua mãe a uma feira onde se vendia diversos tipos de coisas. Sua mãe parou em uma banca que vendia botões e outros artigos para costura. Enquanto a mãe conversava com a vendedora, a menina se encantava com alguns dos botões que havia ali. Desejando muito ter os botões, e achando que a mãe não os compraria, ela pegou para si alguns botões e guardou no bolso de sua roupa. Voltou para casa com a mãe, escondendo consigo os botões tão desejados. Segundo ela, aquele foi o dia mais amargo de sua vida. A culpa pelo furto dos botões consumia o coraçãozinho infantil, e todo encanto que aqueles botões possuíam se perdeu em função da culpa.Imagino que o coração de Davi deve ter sofrido amargamente como o dessa pequena menina que se sentia tão culpada pelo seu erro.


1. O que Davi relata sobre o tempo em que escondeu seu pecado?


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” Salmos 32:3.
Mas, se somos seres humanos e erramos com freqüência, se a culpa faz parte do nosso dia a dia, como devemos lidar com esse sentimento? Essa é uma pergunta importante!O sentimento de culpa pode nos levar a duas ações:
1. arrependimento
2. remorso
Temos na bíblia dois bons exemplos dessas duas ações às quais a culpa nos conduz – Pedro e Judas. Pedro e Judas eram discípulos de Jesus, e ambos o traíram pouco antes de sua morte. Pedro traiu Jesus negando publicamente ser Seu discípulo (Mateus 26:69-75). Judas traiu a Jesus entregando-O aos sacerdotes por 30 moedas de prata (Mateus 26:14-16). Contudo, os finais das histórias desses dois discípulos traidores foram diferentes devido a forma como cada um deles encarou seu sentimento de culpa.


2. Que ação Judas tomou em função da culpa (remorso) que sentiu por trair a Jesus? 


Mateus 27:3-53 Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
4 Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo.
5 Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.


3. Como foi o final da história de Pedro? João 21:15-19
15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros.
16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.
18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.
19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.


Na história de Pedro aprendemos como o cristão deve se relacionar com o sentimento de culpa. A culpa, para o cristão, deve levá-lo aos pés do Salvador, arrependido, desejoso de viver uma vida que glorifique a Deus. O sentimento de culpa administrado com sabedoria coopera para nossa salvação. Ele nos mostra nossa necessidade de um Salvador e nos conduz ao arrependimento, confissão e abandono do pecado.Em Salmos 32, aquele em que Davi relata quão mal ficou por conta da culpa que sentia, ele relata também como se sente aquele que administra bem o sentimento de culpa. “Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.” Salmos 32:1. Somos felizes quando nossa culpa nos conduz à Deus, Aquele que perdoa nossos pecados.Aqui está a solução para encerrar o sentimento de culpa – perdão. Davi escreveu: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.” Salmos 32:5


4. Em que promessa podemos confiar quando nos sentimos culpados? 


“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9.


Podemos confiar no perdão de Deus, quando nos arrependemos de nossos pecados. Mas, podemos evitar sentir a culpa em nosso dia a dia. Isso é feito vivendo uma vida de intimidade com Deus, optando por servi-lo e obedecê-lo sempre. Podemos confiar que Jesus tem poder para nos guardar de tropeçar (Judas 1:24). Deixando Cristo viver em nós, a culpa deixará de fazer parte de nossa rotina.


Para refletir:
“Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte.” A Ciência do Bom Viver, p. 241.


Estudo 04 da Série Saúde Emocional

sábado, 16 de junho de 2012

Saúde Emocional - Ansiedade

A palavra “ansiedade” é originária do latim anxia, cuja raiz ang- significa estreito. De acordo com a lingüística, o radical ang- pertence à mesma família que originou as palavras angia (que derivou angina, a dor constritiva ou o aperto atrás do osso externo), anseio e ansiar.
Alguns sentimentos sinônimos de ansiedade são: aflição, angústia e sufocamento.
Você já deve ter sentido uma sensação de aperto no peito ou de um nó como se fechasse a garganta. Quando sentimos essas sensações, geralmente nos reportamos ao sentimento de ansiedade, para explicar o que estamos sentindo. De fato, como visto acima, a partir de uma explicação etimológica, a ansiedade é esse sentimento que nos dá sensação de aperto.
Hoje, os consultórios psicológicos estão repletos de pessoas que sofrem com a ansiedade. Alguns possuem um grau mais elevado de sofrimento e, por isso, este sofrimento é classificado como um Transtorno de Ansiedade. Alguns transtornos de ansiedade bastante conhecidos são: Transtorno de Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (o famoso TOC) e o Transtorno de Ansiedade Generalizada (também conhecido como TAG).
Mesmo que não tenhamos nenhum desses transtornos, é possível que sintamos ansiedade em diversos momentos de nossa vida, e nem sempre serão momentos ruins. Por exemplo, é comum que as noivas se sintam ansiosas em relação ao casamento. Aquela ansiedade que tira o sono ao longo do período de preparativos, devido às inúmeras preocupações e aos diversos contratempos, não é nada bem vinda. Mas, aquela ansiedade que se sente na hora em que se ouve as primeiras notas da marcha nupcial, as portas se abrem, e a noiva vê a igreja repleta de amigos, e no fim do corredor, seu querido noivo, ah, essa ansiedade é muito boa de sentir! É ela que marca o momento. O casamento não teria a mesma emoção não fosse o nó na garganta e as palpitações características desse momento.
O grande problema é que sentimos muito mais a “ansiedade ruim”, do que a “ansiedade boa” (que emociona e deixa alguns momentos ainda mais especiais). E por que sentimos mais a ansiedade ruim?
1. Em relação a que aspectos, disse Jesus, não devemos andar ansiosos?

“A seguir, dirigiu-se Jesus a seus discípulos, dizendo: Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.” Lucas 12:22

2. Por que não devemos andar ansiosos em relação a essas coisas?

Lucas 12:23-28
23 Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes.
24 Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta. Quanto mais valeis do que as aves!
25 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
26 Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras?
27 Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
28 Ora, se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais tratando-se de vós, homens de pequena fé!

Jesus nos chama a atenção para o fato de que nossa vida não se resume em comida, bebida e roupa. Apesar de essas serem necessidades básicas que temos, nossa mente não deve concentrar-se em se preocupar em demasia com isso. Então, Ele nos apresenta três grandes motivos para não andarmos ansiosos.
Os motivos apresentados por Jesus são, na verdade, três importantes pensamentos que se exercitarmos nos livrarão do sentimento de ansiedade que nos faz sofrer:
1. Nossa vida não se resume às coisas que nos geram ansiedade. Às vezes nos concentramos tanto nos problemas, tanto naquilo que nos falta ou nas razões de nossa angústia e aflição, que nos esquecemos que nossa vida vai muito além dos problemas que podemos enfrentar. Existe vida para além dos problemas!
2. Possuímos limitações. Por mais que nos preocupemos com algo ou sintamos ansiedade por em relação a coisas importantes, continuamos sendo seres limitados. Por mais ansiosos que fiquemos, não podemos fazer nada para além de nossas capacidades. Nossas capacidades são limitadas e, quando reconhecemos isso, muitas de nossas preocupações perdem o sentido. Ficar ansioso não resolverá o problema, então se chegamos ao nosso limite, não vale apena sentir ansiedade.
3. Há um Deus que não possui limitações. Quando nos deparamos com nossas limitações e a impossibilidade de resolvermos nossos problemas, ao invés de ficarmos ansiosos e angustiados, devemos nos lembrar de que há um Deus ilimitado que sabe de nossas necessidades e deseja nos ajudar.

3. O que mais a Bíblia nos ensina sobre ansiedade?

“A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra.”Provérbios 12:25.

Muitas pessoas, por estarem constantemente ansiosas e angustiadas, desenvolvem as chamadas doenças psicossomáticas. Mente e corpo trabalham juntos, e quando emoções negativas tomam conta de nossa mente, nosso corpo sente seus efeitos. Esses efeitos não se resumem ao nó na garganta ou às palpitações no coração. Muitas vezes, esses sentimentos são traduzidos pelo nosso corpo na forma de doenças. A ansiedade abate o ser humano e pode levá-lo a sofrimentos ainda maiores.

Então, uma pergunta se faz necessária. As coisas que nos geram ansiedade são tão importantes assim que possa custar nossa alegria e bem estar? Vale a pena viver ansioso quando Cristo diz que devemos confiar nEle?

4. Que conselho o apóstolo Pedro nos deixou sobre esse assunto?

“lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” I Pedro 5:7.

Em Provérbios 12:25 lemos que a ansiedade nos abate, mas a boa palavra nos alegra. Já conhecemos os benefícios da alegria. Podemos, então, confiar nas boas palavras de Jesus, quando disse “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33.
Para refletir:
“O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. Todo órgão vital - o cérebro, o coração, os nervos - esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir - a alegria no Espírito Santo - alegria que comunica saúde e vida.” A Ciência do Bom Viver, pág. 115.

Estudo 03 da Série Saúde Emocional

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Saúde Emocional - Alegria

Alegria! Este devia ser um sentimento comum à vida no Éden perfeito. Infelizmente, como vimos o estudo anterior, com a entrada do pecado no mundo o ser humano conheceu os sentimentos ruins. Atualmente, para muitas pessoas, devido às condições difíceis em que vivem e ao sofrimento que enfrentam, a alegria se tornou um sentimento raro.

1. Mas, quais as implicações de uma vida sem alegria?
“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate.” Provérbios 15:13. 

“O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos.”Provérbios 17:22.

De acordo com a Bíblia, a alegria deixa o rosto mais bonito e é bom remédio para o corpo. Quem é que não quer ter rosto bonito e saúde?
Este sentimento tem sido alvo de muitas pesquisas científicas. Alguns dos resultados encontrados em pesquisas sobre a alegria são:
1. Experimentar sentimentos positivos, como alegria, amplia nosso horizonte mental permitindo que solucionemos problemas com mais rapidez;
2. Pessoas mais bem humoradas e alegres têm mais facilidade em usar a criatividade, são flexíveis e abertas a novas experiências;
3. Sentimentos positivos, como a alegria, ajudam as pessoas a se acalmarem com mais rapidez em situações estressantes;
4. A alegria fortalece o corpo e a mente e nos prepara melhor para enfrentar situações difíceis;
5. A alegria ajuda a reduzir a concentração de cortisol (hormônio do stress) no sangue;
6. Ao reduzir a concentração de cortisol no sangue, a alegria colabora para um sistema imunológico mais forte e nos protege contra doenças;
7. Rir tem efeito relaxante sobre o tônus muscular;

2. Mas, em meio a tantas coisas ruins que vemos nos jornais, e situações difíceis que vivemos diariamente, como podemos ser alegres?
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas 5:22 e 23.
A verdadeira alegria é produzida em nossa vida pela ação do Espírito Santo. Quando o Espírito de Deus atua em nossa vida, mesmo que estejamos enfrentando alguma situação difícil, podemos nos alegrar. Por isso Jesus disse: “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.” Mateus 5:11-12.
Pode parecer estranho ler que devemos nos alegrar quando pessoas nos insultarem, perseguirem e espalharem mentiras sobre nós, mas é isso que Jesus está dizendo que devemos fazer. Quando enfrentamos dificuldades na vida porque decidimos servir a Deus, podemos nos alegrar na certeza de que há algo muito especial preparado para nós no céu, e o Espírito Santo nos dará essa alegria. A Ele Jesus se referiu na Bíblia como sendo o “Consolador” (João 14:16). Ainda que tudo esteja ruim, podemos confiar que com o Espírito de Deus em nossa vida é possível ter alegria.

3. Como a Bíblia nos aconselha que expressemos a alegria?
“Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.” Salmos 100:4.

“Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores.” Tiago 5:13.

Para refletir:
“A fim de que tenhamos saúde perfeita nosso coração deve estar cheio de esperança, amor e alegria.” Conselhos Sobre Saúde, pág. 587.

Estudo 02 da Série Saúde Emocional

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Saúde Emocional - Seres que sentem


Fomos criados por Deus como seres que possuem sentimentos e emoções. Seres que sentem as coisas ao seu redor, com a mente e o corpo. Você já ouviu a expressão “estou com um frio na barriga”? Sabemos que quem diz isso não está se referindo ao fato de não estar agasalhado o suficiente na região abdominal, mas a uma emoção (possivelmente a ansiedade).


Sentimos com a mente e com o corpo porque mente e corpo trabalham em conjunto, são interdependentes e influenciam-se mutuamente. Dessa forma, saúde física e saúde emocional se relacionam intimamente também, e se queremos ser saudáveis e ter qualidade de vida, precisamos cuidar não apenas das questões físicas, mas também das nossas emoções. 
Algumas funções das emoções:
1. Permitem que avaliemos os estímulos presentes em nosso ambiente (nossa avaliação sobre as coisas que nos cercam estão intimamente relacionadas com as emoções que elas produzem em nós);
2. Prepara-nos para algumas ações (quando sentimos medo, por exemplo, o acelerar do pulso e a tensão muscular nos preparam para uma fuga mais fácil);
3. Auxilia nos relacionamentos (o sentimento de empatia, por exemplo, nos permite colocarmo-nos no lugar do outro e compreendê-lo melhor). 
Existem em nosso mundo tantas coisas que nos fazem sentir emoções e sentimentos ruins, não é verdade? Uma pessoa que não vê solução para seus problemas e angústias, e que não suporta mais sofrer, pode chegar ao seguinte questionamento: “Por que me sinto tão mal? Por que não consigo sentir sentimentos bons?”.


1. Como era o mundo logo que Deus o criou? 
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.” Gênesis 1:31.


 2. Que coisas Deus se preocupou em providenciar para que o homem se sentisse bem no mundo criando por Ele? 
“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” Gênesis 2:2 e 3.


 “Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” Gênesis 2:9.


 “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” Gênesis 2:18.


A criação de Deus era perfeita. Ele olhou para o que havia criado e viu que era muito bom! Deus se preocupou em separar um dia para que o homem se relacionasse com Ele de forma mais íntima, providenciou árvores não apenas para alimentar o homem, mas também para compor uma paisagem que lhe fosse agradável aos olhos, e lhe deu uma companheira. Tudo isso formava, no Éden, um ambiente propício para bons sentimentos e emoções! Imagine o bem estar sentido por Adão e Eva nos dias que viveram felizes no jardim!Observe o que está escrito em Gênesis 2:25: “O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.” Adão e Eva não sentiam vergonha por estar nus. Não havia incômodo na atmosfera agradável criada por Deus neste mundo. Podemos acreditar que tudo era realmente muito bom!


3. Quando, então, o ser humano começou a sentir sentimentos e emoções ruins? Gênesis 3:1-10 
1 Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
2 Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.
4 Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.
5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.
6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.


”Os primeiros sentimentos ruins sentidos pelo ser humano foram vergonha e medo. Eles sentiram vergonha quando perceberam que ambos estavam nus, e sentiram medo quando ouviram a voz de Deus. Desde esse dia, esses e outros sentimentos ruins nos assombram e, muitas vezes, comprometem nossa saúde emocional. Mas, mesmo com tantas coisas ruins que afetam nossas emoções, podemos ter sentimentos bons hoje! Ao longo desse estudo, descobriremos como lidar com as principais emoções ruins que têm afetado nossas vidas.


Para refletir: “Cada emoção e desejo tem de ser mantido em sujeição à razão e à consciência.” Mente, Caráter e Personalidade, vol.1, p. 325.

Estudo 01 da Série Saúde Emocional

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