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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Devemos ter cruzes em nossas igrejas?



A Sra. White nunca se pronunciou sobre esse assunto.  Mas aqui está uma declaração relacionada ao assunto:

“Existia notável semelhança entre a Igreja de Roma e a igreja judaica, ao tempo do primeiro advento de Cristo. Ao passo que os judeus secretamente espezinhavam todos os princípios da lei de Deus, eram exteriormente rigorosos na observância de seus preceitos, sobrecarregando-a com exorbitâncias e tradições que tornavam difícil e penosa a obediência. Assim como os judeus professavam reverenciar a lei, pretendem os romanistas reverenciar a cruz. Exaltam o símbolo dos sofrimentos de Cristo, enquanto no viver negam Aquele a quem ela representa.

Os romanistas colocam cruzes sobre as igrejas, sobre os altares e sobre as vestes. Por toda parte se vê a insígnia da cruz. Por toda parte é ela exteriormente honrada e exaltada. Mas os ensinos de Cristo estão sepultados sob um montão de tradições destituídas de sentido, falsas interpretações e rigorosas exigências. “(O Grande Conflito, p. 568)

A Sra. White não condenou o uso de cruzes em nossas igrejas, contanto que não fossem extravagantes e que acrescentassem beleza e funcionalidade.  A motivação era muito importante para ela.


FAGAL, William. 101 perguntas sobre Ellen White e seus escritos. Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2013, p. 120 .

domingo, 31 de maio de 2015

A cruz de Jesus Cristo ou a sua cruz?


Cruz de Cristo
A crucifixão foi praticada desde o sexto século a.C. até por volta do quarto século d.C., quando foi abolida por ordem de Constantino I em 337 d.C.. Os fenícios e os gregos costumavam utilizar esse tipo de morte para punição política e militar. Os persas e os cartagineses a utilizavam para punir altos oficiais, comandantes e líderes rebeldes. Os romanos usavam a cruz para punir classes inferiores (escravos, criminosos violentos e possíveis guerrilheiros de províncias rebeldes). E foram os romanos que se especializaram nesse tipo de tortura física e mental.

domingo, 12 de abril de 2015

Atraídas à cruz




Pensar na cruz não é visualizar um quadro bonito. Quando consideramos o horror da cruz, devemos nos lembrar de que nossos repugnantes pecados causaram todo aquele sofrimento e angustia ao Filho de Deus.

A cruz não apenas nos ensina sobre o maravilhoso amor de Deus, mas nos lembra o quanto é repulsivo o pecado para Deus.

Refletir sobre a crucifixão e sofrimentos de Jesus nos inspira um sentimento de profunda e humilde simpatia por Aquele que tomou nosso lugar. Todo o evangelho gira em torno da cruz. Refletir sobre ela é como se fosse uma colherada de remédio amargo a princípio, mas que traz cura a nossa alma.

A Bíblia diz que algumas mulheres, servas leais que seguiam a Jesus, contemplaram o triste episódio da crucifixão. A devoção dessas mulheres fervorosas foi evidenciada na Sua vida e morte. Não sabemos quantas pessoas acompanharam o Cristo crucificado até o túmulo, mas sabemos que esse grupo de mulheres fiéis caminhou atrás daqueles que carregaram o corpo dEle.

Quando retornaram para casa, após um dia longo, exaustivo e agonizante, essas mulheres não ficaram apáticas e sem ação: prepararam aromas e ungüentos para embalsamar o corpo de Jesus. Trata-se de pequenas coisas, atos singelos, dentro das possibilidades do momento. Mesmo assim, cada uma daquelas mulheres revelou um coração cheio de amor a Deus.

Por meio da cruz de Cristo, a salvação pode chegar a qualquer pessoa e a qualquer lugar. Assim ocorreu com Eutália Peluso, ex-"mãe-de-santo" (líder do candomblé) na cidade de Ilhéus, Bahia, quando recebeu, em seu terreiro, a visita de uma corajosa missionária, que, mesmo sendo semi-analfabeta, usou a Bíblia para lhe falar sobre as boas novas do evangelho.

Resgatada das práticas espiritualistas, Eutália começou a pregar o evangelho as “filhas de santo”; bem como a colegas de sacrifícios e autoridades que freqüentavam seu terreiro. Sua casa transformou-se em um Pequeno Grupo, e várias pessoas já aceitaram Jesus por seu intermédio. 

O Senhor Jesus nos convida para sermos fieis a Ele em todo o tempo, apesar de nossas limitações.

Neste ano, fale mais do evangelho e ore para que Deus lhe conceda o espírito e as qualidades das mulheres que serviram a Jesus ate o fim.

(Joelma do Vale)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A Crucifixão nos tempos antigos


Todos aqueles que seguem uma religião ou ideologia sabem quem estes seguimentos sempre vêm simbolizados por um elemento visual que ilustra um aspecto central de sua história ou de suas crenças. A flor de lótus, por exemplo, embora usada por chineses, egípcios e hindus, hoje é mais ligada ao budismo já a swastika que também foi usada por budistas e hinduístas hoje nos remete nazismo e às atrocidades de Adolf Hitler.

Como você pôde notar praticamente todas as ideologias do mundo, sejam religiosas ou seculares possuem sinais que as tornam universalmente reconhecidas assim o é também com o cristianismo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quem Entregou Jesus para Morrer?



Os Soldados Romanos – Lucas 23:33


Os soldados romanos foram os responsáveis imediatos pela morte de Jesus. Eles zombaram de Jesus, O vestiram com um manto de púrpura, colocaram uma coroa de espinhos na Sua cabeça, vendaram-Lhe os olhos, cuspiram nEle e bateram em Sua face, enquanto O desafiavam a identificar quem o havia ferido. Depois, O crucificaram. Mas a verdade é que os soldados estavam apenas obedecendo a uma ordem. Fizeram o que tinham que fazer. Tudo ocorria enquanto Jesus orava em voz alta: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Luc. 23:34). A questão é: quem entregou Jesus aos soldados para ser morto?


Pilatos – O Governador Romano


Pilatos entregou Jesus para ser crucificado (João 19:16). Os dirigentes judaicos levaram Jesus a Pilatos, dizendo: “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, Rei” (Lucas 23:2). No entanto, após tomar conhecimento da acusação, Pilatos estava convicto da inocência de Jesus. Ele chegou a declarar três vezes não achar culpa alguma em Jesus. A primeira vez foi logo no amanhecer da sexta-feira. Pilatos ouviu as reclamações do Sinédrio, fez algumas perguntas a Jesus, e depois de uma audiência preliminar sentenciou: “Não vejo neste homem crime algum” (João 18:38).


A segunda ocasião foi quando Jesus voltou, depois de ter sido inquirido por Herodes. Pilatos disse aos sacerdotes e ao povo: “Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de morte.” (Luc. 23:13-15) A esta altura a multidão gritou: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Mas Pilatos respondeu, pela terceira vez: “Que mal fez ele? De fato nada achei contra ele para condena-lo à morte” (Mat. 27:23, João 19:6). Além disso, a sua convicção foi confirmada pela mensagem enviada por sua mulher: “Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonhos, muito sofri por seu respeito” (Mat. 27:19).


A convicção de Pilatos sobre a inocência de Jesus era tanta que ele tentou por todos os meios se esquivar da responsabilidade de tomar uma decisão. Pilatos não queria condenar a Jesus, porque sabia que Ele era inocente e, ao mesmo tempo, não queria desagradar os líderes judaicos que queriam a todo custo a condenação de Jesus. Como Pilatos poderia conciliar esses dois interesses antagônicos?


Por isso, por quatro vezes, Pilatos tentou isentar sua responsabilidade sobre o caso. A primeira, ao ouvir que Jesus era da Galiléia, e, portanto, estar sob a jurisdição de Herodes, enviou-O ao rei para julgamento, esperando transferir para ele a responsabilidade da decisão. Herodes, porem, devolveu Jesus sem sentença (Luc. 23:5-12).


A segunda, ele tentou contemporizar: “Portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei” (Luc. 23:16 e 22). Ele esperava que a multidão se satisfizesse com algo menos que a penalidade máxima. Chegou a propor uma sentença absurda, pois, se Jesus era inocente, devia ter sido imediatamente solto, não primeiramente castigado.


A terceira, ele tentou fazer a coisa certa (soltar a Jesus) com o motivo errado (pela escolha da multidão). Lembrando-se do costume de que o governador poderia dar anistia de páscoa a um prisioneiro, ele esperava que o povo escolhesse Jesus para esse favor. Então ele podia soltá-lo como um ato de clemência em vez de um ato de justiça. Era uma idéia astuta, mas vergonhosa, e o povo a frustrou exigindo que o perdão fosse dado a um notório criminoso e assassino, chamado Barrabás.


A quarta, Pilatos tentou protestar por sua inocência. Tomando água, lavou as mãos na presença do povo, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo” (Mat. 27:24). E então, antes que suas mãos se secassem, entregou Jesus para ser crucificado. Como pôde Pilatos entregar Jesus para ser morto depois de ter proclamado publicamente Sua inocência?


É fácil condenar a Pilatos, esquecendo-nos, contudo, de que muitas vezes nós também procuramos subterfúgios para nos esquivar da responsabilidade diante de Deus, ou também procuramos honrar a Jesus pelo motivo errado, ou também tentamos agradar a Deus sem abandonar as práticas recriminadas pelo Céu, ou também “lavamos as mãos” para manter uma pretensa neutralidade em matéria espiritual.


Vale observar o comportamento de Pilatos: “o seu clamor prevaleceu”, “Pilatos decidiu atender-lhes o pedido”, e “quanto a Jesus, entrou à vontade deles” (Luc. 23:23-25). O clamor deles, pedido deles, vontade deles: a estes, em sua fraqueza, Pilatos se curvou. Ele desejava soltar a Jesus (Luc. 23:20), mas também desejava “contentar a multidão” (Mar. 15:15). A multidão venceu. Por que? Porque lhe disseram: “Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é como César” (João 19:12). A escolha era entre a honra e a ambição, entre o princípio e a conveniência.


Claro, Jesus era inocente. A prática da justiça exigia a Sua imediata libertação. Mas Pilatos decidiu fazer a vontade do povo, e não contrariar o abominável desejo dos líderes judeus. Enfim, Pilatos entregou Jesus para ser morto por covardia.


E quem entregou Jesus nas mãos de Pilatos?


Os Líderes Judeus e Seus Sacerdotes


Embora não possamos desculpar a conduta de Pilatos, é possível reconhecer que ele se encontrava em um dilema, e que foram os líderes judaicos que o colocaram nessa situação. Foram eles quem entregaram Jesus a Pilatos para ser julgado, foram eles que O acusaram de conduta subversiva, foram eles que atiçaram a multidão levando-a a exigir a crucificação. Portanto, como o próprio Jesus disse a Pilatos: “Quem me entregou a ti, maior pecado tem” (João 19:11).


Desde o inicio, Jesus criticava os fariseus por exaltarem a tradição, colocando-a acima da Escritura, por se importarem mais com os regulamentos do que com as pessoas, mais com a purificação cerimonial do que com a pureza moral, mais com as leis do que com o amor. Ele até mesmo os havia denunciado como “hipócritas”, chamando-os de “guias de cegos” e comparando-os a “sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mat. 23:27). Estas foram consideradas acusações intoleráveis. Pior ainda, Jesus estava minando a autoridade deles. Dizia ser senhor do sábado, conhecer a Deus como Seu Pai, até mesmo ser igual a Deus. Isso era considerado blasfêmia.


De modo que os líderes judaicos estavam cheios de indignação para com Jesus. Consideravam Seus ensinos heresia, Seu comportamento uma ofensa à lei. Entendiam que Jesus estava desviando o povo. Espalhavam rumores de que Jesus estava incentivando a deslealdade a César. Assim, o Seu ministério devia ser detido antes que causasse maior dano. Eles achavam ter bons motivos políticos, teológicos e éticos para exigir que Jesus fosse preso, julgado e condenado.


Deixando de lado a veracidade das afirmações de Jesus, havia a questão do motivo. Qual era o motivo fundamental da hostilidade que os sacerdotes sentiam para com Jesus? Era o interesse deles a estabilidade política, a verdade doutrinária e a pureza moral? Pilatos não achou que fosse. Ele não se deixou enganar pelas racionalizações dos líderes do povo, especialmente por sua fingida lealdade ao imperador. Nas palavras de Mateus: “Porque sabia que por inveja o haviam entregado” (Mat. 27:18).


Inveja! Inveja é o lado inverso da moeda chamada vaidade. Ninguém que não tenha orgulho de si mesmo jamais terá inveja de outros. E os dirigentes judaicos eram orgulhosos; racial, nacional, religiosa e moralmente orgulhosos. Tinham orgulho da longa história do relacionamento especial da sua nação com Deus, tinham orgulho de seu próprio papel de líderes da nação, e, acima de tudo, tinham orgulho da sua autoridade. A competição deles com Jesus foi essencialmente uma luta pela autoridade. Jesus havia desafiado a autoridade deles, pois possuía um tipo de autoridade que manifestamente lhes faltava.


Quando os líderes judaicos foram a Jesus com suas perguntas capciosas: “Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres?” (Mar. 11:28), pensavam que O tinham apanhado. Mas, em vez disso, encontraram-se amarrados pela contra-pergunta do Senhor: “O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-me” (v.30). Estavam encurralados. Não tinham como responder, porque se dissessem “do céu”, ele queria saber por que não creram nele, e se dissessem “dos homens”, temiam o povo que acreditava que João era um profeta verdadeiro. De modo que não deram resposta. O silêncio da resposta deles era um sintoma da sua insinceridade. Se não conseguiam enfrentar o desafio da autoridade de João, certamente não poderiam enfrentar o desafio da autoridade de Cristo. Ele dizia ter autoridade para ensinar a respeito de Deus, para expelir demônios, para perdoar pecados, para julgar o mundo. Em tudo isto ele era completamente diferente deles, pois a única autoridade que eles conheciam era o apelo a outras autoridades. Alem disso, havia algo acerca da autoridade de Jesus que eles não podiam explicar. Era real, sincera, transparente, divina.


Como os líderes judeus daquela época, ainda hoje, muitos pensam que Jesus Se intromete em suas vidas privadas com Seus conselhos irritantes. E perguntam de forma petulante: “Por que é que Ele não cuida de seus próprios negócios e nos deixa em paz?” A essa pergunta Ele responde que nós somos o Seu negócio e que jamais nos deixará sozinhos. Os que pensam que Jesus perturba nossa paz, mina nossa autoridade, também querem eliminá-Lo de suas vidas.


Enfim, os líderes judeus entregaram Jesus a Pilatos para ser morto por inveja. E quem entregou Jesus aos líderes judeus?


Judas Iscariotes, o Traidor


Tendo visto como os sacerdotes entregaram Jesus a Pilatos, e como Pilatos O entregou aos soldados, agora precisamos examinar como, para começar, Judas O entregou aos sacerdotes.


Não é incomum alguns expressarem simpatia para com Judas. “Afinal”, dizem, “se Jesus havia de morrer, alguém tinha de traí-Lo. Assim, porque culpar a Judas? Ele não passou de instrumento da providência, uma vítima da predestinação”. Bem, a narrativa bíblica certamente indica que Jesus conhecia de antemão a identidade do seu traidor e referiu-se a ele como destinado à destruição para que a Escritura se cumprisse. É também verdade que Judas fez o que fez somente depois que Satanás o instigou e entrou nele.


Entretanto, nada disso exonera a Judas. Ele deve arcar com a responsabilidade pelo que fez, tendo, sem dúvida, deliberadamente, tramado suas ações. O fato de sua traição ter sido predita nas Escrituras não significa que ele não fosse um agente livre.


Parece que Jesus claramente o considerou como responsável por suas ações, pois até mesmo no último instante, no cenáculo, fez-lhe um apelo final, mergulhando um pedaço de pão e dando-o a ele (João 13:25-30). O cinismo último de Judas foi escolher trair o seu Mestre com um beijo, usando esse símbolo da amizade a fim de destruí-la. De modo que Jesus afirmou a culpa de Judas, dizendo: “Ai daquele por intermédio de quem o Filho do homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido” (Mar. 14:21). Assim, Jesus não apenas o condenou, mas o próprio Judas, no final, condenou-se a si mesmo. Ele reconheceu o seu crime, trair o sangue inocente, devolveu o dinheiro pelo qual tinha vendido a Jesus, e se suicidou. Sem dúvida, ele estava mais preso pelo remorso do que pelo arrependimento, mas, finalmente, confessou sua culpa.


Judas entregou Jesus aos líderes judeus para ser morto por ganância (dinheiro).


Os Pecados Deles e os Nossos


Examinamos os três indivíduos – Pilatos, Caifás e Judas – a quem os evangelistas atribuem culpa maior pela crucificação de Jesus, e seus associados: os sacerdotes, o povo e os soldados. Jesus havia predito que seria entregue nas mãos dos homens, ou “entregue para ser crucificado”. E os Evangelistas ao contarem sua história, demonstram que a predição de Jesus foi verdadeira. Primeiro, Judas o entregou aos sacerdotes (por ganância). A seguir, os sacerdotes o entregaram a Pilatos (por inveja). Então Pilatos o entregou aos soldados (por covardia), e eles O crucificaram.


Nossa reação instintiva a esse mal acumulado é dar eco à pergunta espantada de Pilatos, quando a multidão gritou pedindo o sangue de Jesus: “Que mal fez ele?” (Mat. 27:23). Pilatos, porém, não recebeu uma resposta lógica. A multidão histérica clamava cada vez mais alto: “Crucifica-o! “Crucifica-o!” Mas por que?


A resposta que até agora demos à pergunta: “Quem entregou Jesus para ser morto?” procurou refletir o modo pelo qual os escritores do evangelho contam a Sua história. Eles indicam a corrente de responsabilidade (de Judas aos sacerdotes, dos sacerdotes a Pilatos, de Pilatos aos soldados), e, pelo menos, sugerem que a ganância, a inveja e a covardia, que instigaram o comportamento dos envolvidos, também instigam o nosso.


Contudo, embora Jesus tivesse sido levado à morte pelos pecados humanos, Ele não morreu como mártir. Pelo contrário, Ele foi à cruz espontaneamente, até mesmo deliberadamente. Desde o começo do Seu ministério público, Ele Se consagrou a esse destino. Ele predisse muitas vezes os Seus sofrimentos e morte. O uso constante que Ele fez da palavra “deve” em relação à sua morte expressa não uma compulsão exterior, mas Sua resolução interior de cumprir o que a Seu respeito havia sido escrito. “O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas, eu dou a minha vida… Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (João 10:11, 17-18).


Mas Paulo responde à pergunta: “Quem entregou Jesus para ser morto?” com a seguinte declaração: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rom. 8:32). Quem entregou Jesus para morrer? Não foi Judas, por ganância; não foi Pilatos, por covardia; não foram os judeus, por inveja – mas o Pai, por amor!


É essencial que conservemos juntos estes dois modos complementares de olhar para a cruz. No nível humano, Judas O entregou aos sacerdotes, os quais O entregaram a Pilatos, que O entregou aos soldados, os quais O crucificaram. Mas, no nível divino, o Pai O entregou, e Ele Se entregou a Si mesmo para morrer por nós.


O apóstolo Pedro uniu as duas verdades em sua admirável afirmativa do dia de Pentecoste: “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mão de iníquos.” (Atos 2:23). Assim, Pedro atribuiu a morte de Jesus simultaneamente ao plano de Deus e à maldade dos homens. Pois a cruz, que é uma exposição da maldade humana, é ao mesmo tempo a revelação do propósito divino de vencer a maldade humana assim expressa.


Porque Jesus Cristo morreu? A primeira resposta é que Ele não morreu; Ele foi morto. Devemos, porém, equilibrar essa resposta com o seu oposto. Ele não foi morto, Ele morreu, entregando-Se voluntariamente para fazer a vontade do Pai.


Estudo extraído do livro A Cruz de Cristo, de John Stott. IASD Brooklin.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Evolução do Homem

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Atingidos Pela Cruz



Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram” (2Coríntios 5:14).

Se o cristão, como o apóstolo Paulo, está constrangido, cercado e dominado pelo amor de Cristo, esse amor será o motivador de seus pensamentos, decisões e palavras, de agora em diante. 

Isso significa que na vida, não haverá mais lugar para interesses ocultos, fins egoístas, mas o amor de Cristo encherá todo o seu ser e aí reinará sem rival.

Cristo "morreu por todos" significa que todos estamos mortos por natureza, mas vivos pela graça, pela ressurreição de Cristo. E é por isso que os que vivem — aqueles a quem essa graça foi concedida — não devem mais viver para si mesmos, mas para "Aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2Co 5:15).

Diante disso, parecem muito pobres e egoístas os raciocínios próprios e as concepções que tendem a nos tirar do domínio desse amor. 

Quando se trata de servir a Deus, de se entregar totalmente ao seu glorioso serviço, fazemos toda espécie de considerações, desculpas e cálculos que não ousaríamos jamais fazer, se nossa pátria terrena pedisse nossos serviços. Então, seria preciso obedecer, marchar — e sem discutir.

Que possamos conhecer a experiência do amor de Cristo, que nos constrange e nos lembra de que deveríamos morrer, mas fomos remidos e vivificados juntamente com Cristo, pela graça! Em conseqüência, tudo o que somos e tudo o que temos não nos pertence mais.

Que a cruz atinja a profundidade do nosso ser, as próprias raízes da vida, ferindo o "ego", que sabe tão bem se mascarar com aparências religiosas para se manter vivo, exercer sua influência e proteger seus interesses! 

Que a cruz desvende os últimos redutos da vida do "eu", para que o amor de Cristo controle todo o nosso ser! Então, nosso entendimento, pensamentos e juízos serão renovados, e nossa vida encontrará o repouso, a alegria e a paz, porque será dedicada aos outros.


- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã. 

sábado, 5 de maio de 2012

Foi por Você!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

As 7 frases de Cristo na cruz

1 – “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Uma pergunta oportuna, diante do comportamento do nosso Salvador, para com aqueles que tão aleivosamente O estavam maltratando seria esta: Qual a nossa atitude para com aqueles que nos injuriam, nos provocam ou dizem palavras ofensivas contra nós? Se for diferente da do divino Mestre, estamos muito longe do ideal que Ele nos propôs. Que o exemplo da primeira frase de Cristo na cruz, jamais seja olvidado por nós.

2 – “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43). Após a Sua súplica pelos inimigos, dirigiu a palavra a alguém que antes fora inimigo, mas agora já se tornara bom amigo.
Todos sabemos que Cristo foi crucificado entre dois ladrões. Parece-nos lógicos concluir pelo contexto, que o comportamento dos dois ladrões a princípio foi idêntico, mas pela observação do procedimento de Cristo diante dos que O injuriavam, um deles conclui que ali se achava o seu Salvador, a quem faz este pedido: “Senhor, lembra-te de mim quando vieres no Teu reino”. Esta súplica é uma declaração explícita de sua crença na messianidade de Jesus. A resposta incontinenti de Cristo revelou amor, compaixão e perdão. Estas palavras prometiam ao bom ladrão, dar-lhe um lugar em Seu futuro reino, quando chegasse a hora da Sua segunda vinda.

3 – “Vendo Jesus Sua mãe, e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. Dessa hora em diante o discípulo a tomou para casa” (João 19:26 e 27). Ao pé da cruz se achava com a o coração traspassado sua angustiada mãe. Ao Seu lado se encontrava o discípulo que mais se identificara com o Mestre e podemos concluir que João a estava consolando e animando naquele transe aflitivo.
O pedido de Jesus a João, para que cuidasse da mãe, revela Seu amor filial e deve servir de exemplo para que cada filho tenha solícito cuidado por seus pais.

4 – “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mateus 27:46 e Marcos 15:34). Após seis horas, suspenso entre o céu e a Terra, sofrendo lancinantes dores, com os pecados da humanidade pesando sobre Si, compreendemos o motivo de exclamação desta sentença. Há nesta frase um profundo mistério, porque sabemos que o Pai não O desamparara, mas ela será em parte compreendida à luz de Isaías 53:5: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados”. Falar de desamparo era uma maneira de expressar Seus padecimentos físicos e morais e do peso acabrunhador dos pecados do gênero humano de que Se fizera fiador.

5 – “Tenho sede!” (João 19:28). Decorridas 18 ou 20 horas sem Se alimentar; sangrando pelos açoites, espinhos e cravos; as fortes emoções sentidas durante a noite do processo; a fadiga pelo transportar da cruz (segundo os estudiosos devia pesar 100 quilos); a febre produziu em Jesus a grande intensidade da sede. Com a língua seca e os lábios ressequidos, exclama para os circunstantes: “Tenho sede!” Esta palavra “sede”, de acordo com alguns estudiosos, talvez fosse mais uma expressão reveladora dos Seus sofrimentos. Segundo outros comentaristas – sede – seria o desejo de repouso na Pátria do Pai.
Um do presentes, movido de compaixão, tomou uma esponja, embebeu-a em vinagre, prendeu-a na extremidade de uma vara e umedeceu com ela os lábios de Jesus. Tendo experimentado o vinagre, proferiu a sexta frase.

6 – “Está consumado!” (João 19:30). Esta simples declaração é uma síntese maravilhosa de toda a obra de Cristo profetizada no Velho Testamento.
Com a batalha terminada e a vitória ganha, todo o Céu se encheu de júbilo. Em outras palavras, Ele queria dizer que Sua árdua e extraordinária missão estava finalizada.

7 – “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito” (Lucas 23:46). Espírito nesta passagem é sinônimo de Seu ser ou Sua vida. Temos aqui a figura de estilo chamado sinédoque, pela qual a parte é tomada em lugar do todo.
A vida de Cristo na Terra foi uma vida completa submissão à vontade do Pai. Concluída a missão, Sua vida é depositada nas mãos de Deus. Estas palavras revelam confiança e ternura filiais. Após pronunciá-las, o Salvador inclinando a cabeça, exalou o último suspiro.
Rendamos sempre graças a Deus, pelo sacrifício expiatório que Cristo fez na cruz do Calvário, para remissão de nossos pecados.

(Texto de Pedro Apolinário)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Por ocasião do sacrifício de Cristo na cruz, morreu apenas a Sua natureza humana ou também a Sua natureza divina?

Este é um assunto complexo e de fácil distorção, no qual muitos são tentados a substituir a revelação divina por suas próprias teorias especulativas. Mas existem algumas declarações inspiradas que nos ajudam a compreender melhor o assunto. Por exemplo, em Isaías 9:6, Cristo é chamado de “Pai da Eternidade”. Em João 11:25, Ele mesmo afirma: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Em  João 10:17, 18, Ele acrescenta: “porque Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” E no livro  O Desejado de Todas as Nações, p. 530, Ellen G. White diz: “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada.” 
Em harmonia com essas declarações, Ellen White argumenta no livro  Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 301: "Aquele que disse: ‘Dou a Minha vida para tornar a tomá-la’ (João 10:17), ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo, para dar vida a quem quer. [...] É Ele a fonte, o manancial da vida. Unicamente Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz e vida, podia dizer: ‘Tenho poder para a dar [a vida], e poder para tornar a tomá-la.’ João 10:18.” 
Nos comentários de Ellen White em The Seventh-day Adventist Bible Commentary, v. 5, p. 1.113, o mesmo conceito é corroborado: “Foi a natureza humana do Filho de Maria transformada na natureza divina do Filho de Deus? Não. As duas naturezas foram misteriosamente fundidas em uma pessoa – o homem Cristo Jesus. Nele habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade [Cl 2:9]. Ao ser Cristo crucificado, foi Sua natureza humana que morreu. A Divindade não sucumbiu nem morreu. Isso teria sido impossível. [...] Quando a voz do anjo foi ouvida dizendo: ‘O Teu Pai Te chama’, Aquele que havia dito: ‘Eu dou a Minha vida para a reassumir’ [Jo 10:17] e ‘Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei’ [Jo 2:19], ressurgiu da sepultura para a vida que havia em Si mesmo. A Divindade não morreu. A humanidade morreu; mas Cristo agora proclama sobre o sepulcro de José: ‘Eu sou a ressurreição e a vida’ [Jo 11:25]. Em Sua divindade Cristo possuía o poder de romper os laços da morte. Ele declara ter vida em Si mesmo para conceder a quem Ele quiser.” 
Nas Meditações Matinais de Ellen G. White publicadas sob o título Exaltai-O! (1992), p. 
346, ela acrescenta: “Jesus Cristo depôs o manto real, Sua régia coroa e revestiu Sua divindade com a humanidade, a fim de tornar-Se um substituto e penhor pelo gênero 
humano, para que, morrendo em forma humana, por Sua morte pudesse destruir aquele 
que tinha o poder da morte. Ele não poderia ter feito isso como Deus; mas, tornando-Se 
como o homem, Cristo podia morrer. Pela morte venceu a morte.” 
Mas, se mesmo “a vida de um anjo não poderia pagar  a dívida” pela queda da raça humana (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 64, 65), seria suficiente que apenas a natureza humana de Cristo morresse na cruz? Este é, sem dúvida, um mistério para o qual não temos todas as respostas. No entanto, não devemos nos esquecer de que Cristo veio como o “último Adão” (1Co 15:45) para pagar o preço pelo resgate da raça humana (ver Rm 5:12-21; 1Co 15:20-22). Ele morreu como homem por todos os seres humanos. 
Além disso, Cristo morreu a “segunda morte” (Ap 2:11; 20:6, 14; 21:8) da qual não existe ressurreição de criaturas. Como essa morte representa a eterna alienação da criatura do seu Criador, somente Aquele que tem vida em Si mesmo poderia ressuscitar dessa morte. 
Portanto, mesmo que não tenhamos respostas a todas  as indagações que possam surgir com respeito ao “mistério da piedade” (1Tm 3:16), pela fé aceitamos as declarações inspiradas que nos dizem que na cruz morreu apenas a natureza humana de Cristo, e não a Sua natureza divina, que ficou misteriosamente velada durante a encarnação. 


Revista do Ancião (abril – junho de 2009) 
Dr. Alberto Timm

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Problema do Pecado e a Solução antes da Cruz

A maioria dos cristãos concorda com uma verdade fundamental: a salvação sempre foi realizada de uma só maneira – através da morte substitutiva de Jesus Cristo.


Todos os salvos que chegarem ao Céu, só chegarão lá por intermédio de Jesus, mesmo que não O conheçam por nome. Alguns saberão muito sobre o plano da salvação, outros, pouco; alguns terão vivido aqui debaixo de muita luz, outros, na escuridão.


Assim é que muito antes da plena revelação concedida no Calvário, Deus já estava ensinando ao Seu povo o que iria fazer para salvar o mundo do pecado.


O Problema do Pecado


Na Bíblia, o pecado é visto como uma inclinação (Rom.8:7). Nas próprias palavras de Cristo, o pecado é uma forma de escravidão (João 8:34). A grande ironia não é descobrir que os maus sejam maus, mas que os “bons,” podem ser muito maus. Para o apóstolo Paulo, “todos estão debaixo do pecado” (Rom.3:9); “Não há justo, nem um sequer” (Rom 3:10). A queda de Adão envolveu toda a raça humana. Os efeitos dessa catástrofe histórica levaram este planeta a ser habitado por uma raça de pecadores, cuja mente carnal está em inimizade contra Deus (Rom. 8:7,8). A doença chamada “pecado” é incurável pelos métodos convencionais. Ela não traz apenas escravidão, infelicidade e morte, mas a condenação divina. O homem não está apenas doente: ele está perdido.


De Adão, o pai da raça, não herdamos a culpa do seu ato, mas uma compulsão, uma tendência, uma inclinação para escolher o mal, uma natureza em rebelião. Quer gostemos disto ou não, creiamos ou não, admitamos ou não, cada pessoa que nasce neste pequeno planeta, a despeito dos resíduos da imagem de Deus nele, nasce com uma orientação para o mal que precisa ser radicalmente corrigida. O pecado, portanto, é universal, espontâneo, e impossível de ser erradicado por recursos humanos.


Misturado com o orgulho, o pecado induz a crer que nossas opiniões e limitados poderes de raciocínio, e a “sabedoria” coletiva da humanidade, são superiores à revelação de Deus. O pecado é extremamente perigoso e fatal para se entrar em negociação com ele. Não podemos, com segurança, fazer acordo com ele, nem por um momento.


1. As várias definições de pecado


Muitos entendem o pecado apenas em termos de uma única definição: pecado é a “transgressão da lei” (I João 3:4). Assim, o pecado passa a ser entendido apenas em termos de atos específicos do comportamento. Embora tal definição seja bíblica e correta, ela não é a única. Veja por exemplo Tiago 4:17: “Aquele, pois que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado.” Aqui, pecado é mais do que aquilo que praticamos contrário à lei. A omissão, isto é, aquilo que não fazemos, quando sabemos o que deve ser feito, constitui pecado! Colocada nestes termos, a questão do pecado se torna muito mais séria. Em Romanos 14:23, aprendemos ainda que “…tudo o que não provém da fé é pecado.” Pecado aqui é colocado na esfera do relacionamento de fé e confiança. Pense nas implicações desta outra definição. Neste caso, mesmo ações corretas em si mesmas, se não motivadas pela fé, constituem-se pecado. Em outras palavras, uma boa ação pode ser envenenada pela intenção que a motiva.


O Antigo Testamento registra vários termos diferentes para definir pecado. Por exemplo, pecado é rebelião (Isa.1:2), envolvendo a idéia de revolta contra Deus. Pecado é deixar de cumprir o dever, errar o alvo. Pecado é desobediência (Rom.5:19). A diversidade das facetas do pecado indica a complexidade desta doença crônica que afeta a todos.


2. Pecado e Pecados


Outro aspecto sobre o pecado que deve ser compreendido é que as Escrituras fazem uma distinção entre pecado e pecados. Os “pecados” (no plural) são os atos, a conseqüência, o sintoma da doença. O “pecado” (no singular) é a condição, o estado, a doença em si. Não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores. Ironicamente, a maioria dos cristãos está mais preocupada com os “pecados” (os atos) do que com o “pecado” (a condição que produz os atos). Os pecados são os sintomas do pecado, que é, como vimos, um estado básico de rebelião contra Deus. Pecado não é primariamente a quebra da lei, mas o rompimento da relação com Deus. Neste sentido, antes de ser a transgressão da lei, o pecado é o resultado da separação de Deus (Isa.59:2).


3. O pecado nos impede de perceber as verdades espirituais – II Cor.4:3-4; Rom.1:21 e 22


Sendo seres mergulhados no pecado, como podemos entender completamente a magnitude do pecado? Realmente não podemos. É como tentar olhar para um quadro-negro em um quarto escuro. E embora não possamos entender completamente o pecado, ainda podemos compreender o suficiente para saber sua natureza maligna. O pecado, para ser entendido como pecado, deve ser considerado no contexto de quem somos em relação a Deus. Deve ser visto como um estado da existência tanto como os atos e as ações. Realmente, os próprios atos são resultantes do estado de pecado em que existimos. Então, o pecado é tanto quem somos como o que fazemos, porque, no fim, fazemos o que fazemos porque somos o que somos.


4. O pecado leva inevitavelmente à morte – Rom.6:23; I João 5:19


O pecado em todas as suas variedades e graduações paga sempre o mesmo salário: a morte. Embora prometa muito e frequentemente seja até agradável (Heb.11:25), o pecado é enganoso (Heb.3:13) e degradante, sem nenhum resultado verdadeiramente benéfico.


A destruição física exterior causada pelo pecado é só uma parte do problema. O pecado vai muito mais fundo do que os resultados físicos. Em última instância, é rebelião contra a soberania de Deus. É a recusa de aceitar Sua autoridade na vida, na conduta e no destino final, e se manifesta em diferentes comportamentos morais, espirituais e éticos que inevitavelmente levam ao sofrimento e à morte.


A Medida Extrema Necessária para nos Livrar da Condenação do Pecado


“É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja.” Luc. 24:7


“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” II Cor. 5:21


“Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; pelas suas feridas fostes sarados.” I Ped. 2:24


Caim e Abel e o Evangelho antes da Cruz


Vale a pena relembrar os comentários de Ellen White no livro Patriarcas e Profetas:


“Caim e Abel, filhos de Adão, diferiam grandemente em caráter. Abel tinha um espírito de fidelidade para com Deus; Caim, porém, acariciava sentimentos de rebeldia, e murmurava contra Deus por causa da maldição pronunciada sobre a Terra e sobre o gênero humano, em virtude do pecado de Adão. Caim permitiu que sua mente se deixasse levar pelo mesmo conduto que determinara a queda de Satanás, condescendendo com o desejo de exaltação própria e pondo em dúvida a justiça divina.


Esses irmãos foram provados, assim como o fora Adão antes deles, para mostrar se creriam na Palavra de Deus e obedeceriam à mesma. Estavam cientes da providência tomada para a salvação do homem, e compreendiam o sistema de ofertas que Deus ordenara.


Abel apreendeu os grandes princípios da redenção. Viu-se como um pecador e trazia morta a vítima, aquela vida sacrificada, reconhecendo assim as reivindicações da lei, que fora transgredida. Por meio do sangue derramado olhava para o futuro sacrifício, Cristo a morrer na cruz do Calvário; e, confiando na expiação que ali seria feita, tinha a confiança de que sua oferta era aceita.


Caim tivera, como Abel, a oportunidade de saber e aceitar estas verdades. Não foi vítima de um intuito arbitrário. Um irmão não fora eleito para ser aceito por Deus, e o outro para ser rejeitado. Abel escolheu a fé e a obediência; Caim, a incredulidade e a rebeldia. Nisto consistia toda a questão.


Caim e Abel representam duas classes que existirão no mundo até o final do tempo. Uma dessas classes se prevalece do sacrifício indicado para o pecado; a outra, arrisca-se a confiar em seus próprios méritos; o sacrifício desta é destituído da virtude da mediação divina, e assim não é apto para levar o homem ao favor de Deus. É unicamente pelos méritos de Jesus que nossas transgressões podem ser perdoadas. Aqueles que não sentem necessidade do sangue de Cristo, que acham que sem a graça divina podem pelas suas próprias obras conseguir a aprovação de Deus, estão cometendo o mesmo erro de Caim. Se não aceitam o sangue purificador, acham-se sob condenação. Não há outra providência tomada pela qual eles possam se libertar da escravidão do pecado.


A classe de adoradores que segue o exemplo de Caim inclui a grande maioria do mundo; pois quase toda a religião falsa tem-se baseado no mesmo princípio – de que o homem pode confiar em seus próprios esforços para a salvação. Alguns defendem que a espécie humana necessita não de redenção, mas de desenvolvimento – que ela pode aperfeiçoar-se, elevar-se e regenerar-se. Assim como Caim julgava conseguir o favor divino com uma oferta, a que faltava o sangue de um sacrifício, assim esperam estes exaltar a humanidade acima da norma divina. A história de Caim mostra qual deverá ser o resultado. Mostra o que o homem se tornará separado de Cristo. A humanidade não tem poder para regenerar-se. Ela não tende a ir para cima, para o que é divino, mas para baixo, para o que é satânico. Cristo é a nossa única esperança. “Nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” “Em nenhum outro há salvação.” (Atos 4:12).


A verdadeira fé, que confia inteiramente em Cristo, manifestar-se-á pela obediência a todos os mandamentos de Deus. Desde o tempo de Adão até o presente, o grande conflito tem se dado com referência à obediência à lei de Deus. Em todos os séculos houve os que pretendiam ter direito ao favor de Deus, mesmo enquanto estavam a desatender algumas de Suas ordens. Mas as Escrituras declaram que pelas obras a “fé foi aperfeiçoada”, e que, sem as obras da obediência, a fé “é morta”. (Tia. 2:22 e 17). Aquele que faz profissão de conhecer a Deus, “e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade”. (I João 2:4).


A escolha dependia de Caim mesmo. Se ele confiasse nos méritos do Salvador prometido, e obedecesse às ordens de Deus, desfrutaria de Seu favor. Mas, se persistisse na incredulidade e na transgressão, não teria motivos de queixa por ser rejeitado pelo Senhor.


Mas Caim viveu apenas para endurecer o coração, para fomentar a rebelião contra a autoridade divina, e tornar-se o chefe de uma linhagem de pecadores ousados e perdidos.


A tenebrosa história de Caim e seus descendentes foi uma ilustração do que teria sido o resultado de permitir ao pecador viver para sempre, para prosseguir com sua rebelião contra Deus. A paciência de Deus apenas tornou o ímpio mais ousado e desafiador em sua iniqüidade.


A sentença divina, abreviando uma carreira de desenfreada iniqüidade, e livrando o mundo da influência dos que se tornaram endurecidos na rebeldia, era uma bênção e não maldição.


Satanás está constantemente em atividade, com intensa energia e sob mil disfarces para representar falsamente o caráter e governo de Deus. Com planos extensos e bem organizados, e com poder maravilhoso está ele a agir para conservar sob seus enganos os habitantes do mundo. Deus, o Ser infinito e todo sabedoria, vê o fim desde o princípio, e, ao tratar com o mal, Seus planos foram de grande alcance e compreensivos. Foi o Seu intuito não somente abater a rebelião, mas demonstrar a todo o Universo a natureza da mesma. O plano de Deus estava a desdobrar-se, mostrando tanto Sua justiça como Sua misericórdia, e amplamente reivindicando Sua sabedoria e justiça em Seu trato com o mal.”


1. O sacrifício substitutivo do cordeiro – Gên.3:21 – Gên.4:1-5


O fato de que Abel trouxe uma “oferta do primogênito de suas ovelhas” (Gên. 4:4) sugere que ele tivesse aprendido isto de seus pais, o que certamente seria algo também conhecido por Caim. Além disto, Moisés, ao escrever esta narrativa, o faz com base em toda a informação subseqüente, que lhe havia sido comunicada sobre o serviço do santuário. Isto, de certa forma, justifica as omissões de todos os detalhes da narrativa.


A real diferença entre os dois irmãos está na atitude, de fé ou incredulidade, das quais as ofertas eram uma manifestação exterior.
As atitudes dos dois irmãos, à luz do que sabemos deles no Novo Testamento, são também símbolos daqueles que se aproximam de Deus em obediência e submissão ou seguem seus próprios métodos, em rebelião e arrogância. O fato de que o Senhor “não atentou para a oferta de Caim” (Gên. 4:5) confirma que aquilo “que não provém da fé é pecado” (Rom. 14:23).


2. O conceito divino de obras más e obras justas – I João 3:11-12


A história de Caim e Abel costuma ser considerada o primeiro exemplo do contraste entre os que aceitam a justiça de Cristo pela fé e os que buscam obter a salvação por suas “boas obras”. As obras de Caim foram consideradas más porque foram praticadas na tentativa de obter a salvação, enquanto as obras de Abel, partindo de um coração que entendia a necessidade de um sacrifício pelo pecado, foram consideradas justas. Em outras palavras, só os que entendem sua total dependência de Deus para a salvação, sua total dependência de um Substituto, podem produzir o que seria considerado “boas obras”. O valor das obras deve ser visto, talvez, nos motivos que lhes dão origem: as obras feitas por um coração que busca obter a salvação são consideradas más, enquanto as obras praticadas por alguém que expressa gratidão pela salvação já efetuada são consideradas justas.


3. A “Síndrome de Caim”


Alguns cristãos sofrem o que poderia ser chamado de Síndrome de Caim. Ele achava que a oferta de trabalho das suas mãos seria suficiente para Deus. Você já se surpreendeu pensando assim, especialmente levando em conta as boas coisas que fez a fim de estar bem com Deus?


A oferta de Caim não exprimia arrependimento do pecado. Achava, como muitos agora, que seria um reconhecimento de fraqueza seguir exatamente o plano indicado por Deus, confiando sua salvação inteiramente à expiação do Salvador prometido. Preferiu a conduta da dependência própria. Viria com seus próprios méritos. Não traria o cordeiro, nem misturaria seu sangue com a oferta, mas apresentaria seus frutos, produtos de seu trabalho. Apresentou sua oferta como um favor feito a Deus… Caim obedeceu ao construir um altar, obedeceu ao trazer um sacrifício; … porém … a parte essencial, o reconhecimento da necessidade de um Redentor, ficou excluída.” – Ellen White, Patriarcas e Profetas, pág.72.


Caim exemplificava o princípio universal da falsa religião – que ensina que os seres humanos podem depender dos seus próprios esforços para obter a salvação. Caim estava disposto a adorar a Deus, mas à sua própria maneira e por seus próprios méritos. Ele poderia agradecer a generosidade de Deus, mas não estava disposto a reconhecer sua culpa nem a necessidade de um novo coração, ou de um Cordeiro. Por trás dessa obstinada auto-suficiência estava o orgulho e a ira, que o levaram a matar seu irmão, cujos esforços para oferecer o cordeiro exigido por Deus eram uma afronta intolerável para a auto-estima de Caim.


Abraão e o Evangelho antes da Cruz


Os cristãos vêem nesta experiência – o cordeiro sacrificado em lugar do filho – um símbolo do plano de salvação, da morte de Jesus em nosso lugar. Em Abraão encontramos outro extraordinário modelo de fé e submissão.


1. Nem mesmo um ato de abnegação total era suficiente para expiar o pecado – Gên.22:1-19


Uma das coisas que Deus nos diz aqui pelo evangelho é que nem mesmo um ato voluntário de abnegação total – de Abraão sacrificar o próprio filho – era suficiente para expiar o pecado. O problema do pecado era muito profundo para que qualquer de nós, pecadores, tivéssemos como resolvê-lo. Nem mesmo um ato como o que Abraão estava disposto a fazer, por fé e submissão, era suficiente. Só o próprio Senhor podia cuidar do problema do pecado; só Ele podia prover o Cordeiro necessário.


2. Abraão compreendia o plano da salvação


Está claro que, por mais que Abraão entendesse o plano de salvação anteriormente, passou a entendê-lo melhor ainda. Sem dúvida, aquela foi uma lição dolorosa.


A declaração de Abraão: “Deus proverá para Si, meu filho, o cordeiro para o holocausto” (Gên.22:8) revela que ele compreendia a essência do evangelho.


A experiência vivida por Abraão nos mostra como Deus provê para nós o que necessitamos durante os tempos de prova.


3. Deus condena sacrifícios humanos – Lev.20:1-5


Deus não estava dando um precedente para os sacrifícios humanos. Ao contrário, estava dando um exemplo expressivo da suprema verdade do evangelho, de que na plenitude dos tempos Ele permitiria que Seu Filho unigênito morresse pelos pecados do mundo. Antes de Abraão poder consumar o sacrifício, Deus proveu um cordeiro em lugar de Isaque.


4. Uma conversa de pai para pai


Ninguém mais do que Abraão pode compreender o quão doloroso foi para Deus o plano da salvação; o ter de consentir na morte de Seu próprio Filho para resgatar a humanidade da prisão do pecado. Somente quem experimentou de perto tal experiência pode ter uma dimensão mais próxima da extrema gravidade do pecado e de suas terríveis consequências.


Abraão, na última hora, teve a vida de Seu filho poupada pela morte substitutiva do cordeiro. Mas com Deus, o Pai, não foi assim.


5. Isaque era um símbolo do Filho de Deus


Abraão confiou que Deus devia ter um plano mais amplo, muito embora não pudesse ver qual era esse plano.


“Deus designara que o oferecimento de Isaque prefigurasse o sacrifício de Seu Filho. Isaque era uma figura do Filho de Deus, que foi oferecido como sacrifício pelos pecados do mundo. Deus desejava impressionar Abraão com o evangelho da salvação aos homens; e a fim de tornar a verdade uma realidade, e de testar sua fé, Ele requereu que Abraão matasse seu querido Isaque. Toda a agonia que Abraão suportou durante essa prova negra e terrível tinha o propósito de impressioná-lo profundamente com a compreensão do plano da redenção para o homem caído.” – The SDA Bible Commentary, vol. 1, pág. 1.094. Deus estava não apenas testando a fé de Abraão, mas estava também oferecendo uma compreensão mais profunda de Seu incrível dom de salvação.


6. A construção do templo de Jerusalém


Quase um milênio mais tarde, o templo de Jerusalém foi construído no monte Moriá (II Crôn.3:1), estando o Calvário nas proximidades. Essa convergência de locais e eventos mostra a clareza e a continuidade do propósito de Deus.


7. A relação entre fé e obras


Paulo (Rom. 4) e Tiago (cap. 2), não estão em conflito. Eles são complementares. Paulo combate uma falsa noção de obras: obras como sendo meritórias para a salvação. Tiago combate um falso conceito de fé: fé como crença, como mera profissão, sem a correspondente expressão de obediência e submissão. Como no caso de Abraão, as obras não são a base da fé, mas a evidência dela. Fé verdadeira não nos isenta da obediência, mas dá-nos uma nova motivação para obedecer!


A Serpente no Deserto e o Calvário – Núm 21:4-9


Um aspecto interessante nesta história é o fato de que o povo devia olhar para a cópia de uma serpente a fim de viver. Por que, entre todas as criaturas, logo para uma serpente, que na Bíblia, como também na própria literatura antiga, era símbolo do mal? (Gên. 3:1; Apoc. 20:2)


Em João 3:14 e 15 está clara a idéia de que a serpente era um símbolo de Cristo. Mas, por que afinal um símbolo do mal seria usado para representar a Cristo? Alguns acham que a resposta é a natureza da morte de Cristo. Na cruz, Ele levou o nosso pecado, e não só o nosso, mas do mundo inteiro. Ele até Se tornou pecado por nós (II Cor. 5:21). E é exatamente através desta morte em nosso lugar que podemos buscar e encontrar salvação do mal que de outra forma nos destruiria. Este é um dos grandes paradoxos da fé cristã: Jesus Cristo Se tornou na cruz o enfoque de todo mal. Vem daí a serpente como símbolo de Cristo, Aquele que tomou todo o mal do mundo.


1. Exemplo de confiança em Deus


Ponha-se na posição de um israelita que acabava de ser picado por uma serpente mortal, que já havia matado outros ao seu redor. Alguém lhe diz que a única maneira de viver é olhar para uma cópia da serpente. Este é um bom exemplo do que significa viver pela fé, confiar naquilo que você não entende completamente e aceitar sua absoluta incapacidade para salvar a si mesmo.


“A mesma lição que Cristo ordenou a Moisés que desse aos filhos de Israel no deserto, destina-se a todas as pessoas que sofrem sob a mácula da praga do pecado. Da entumecida nuvem Cristo falou a Moisés e disse-lhe que fizesse uma serpente de metal e colocasse numa haste, e mandasse então a todos os que fossem mordidos pelas serpentes ardentes que olhassem e vivessem. Que seria se, em lugar de olhar como Cristo lhes ordenara, eles dissessem: ‘Não creio que me faça o mínimo beneficio o olhar. Sofro demasiado com a picada da venenosa serpente.’ Obediência, eis o objetivo a alcançar; obediência implícita e cega, sem deter-se para indagar a razão ou a ciência do assunto. A palavra de Cristo era: ‘Olha e vive’.” – Ellen White, Nossa Alta Vocação, pág. 20.


Qual a probabilidade de alguém ser curado de uma picada mortífera e sobreviver, simplesmente por olhar à imagem de uma serpente suspensa em um poste? Do ponto de vista humano, nenhuma, assim como banhar-se sete vezes nas águas do Jordão não poderia curar alguém de uma doença como a lepra (II Reis 5:10). A cura dos israelitas aflitos não dependia da eficácia da serpente de bronze mais do que a cura de Naamã dependia das águas de um rio insignificante, quase estagnado. A questão apresenta um paradoxo deliberado. A dramática provisão do Senhor exige uma resposta pessoal de fé em Sua graça, misericórdia e instrução. A serpente do deserto é um símbolo da oferta da cruz e toda a história que ela simboliza, a qual “é loucura para os que se perdem, mas o poder de Deus para os que se salvam” (I Cor. 1:18)


2. A frustrada expectativa de um futuro imediatamente glorioso


Os israelitas achavam que suas reclamações no deserto pareciam perfeitamente justificáveis. Eles esperavam um futuro glorioso logo imediatamente após serem salvos do Egito. Mas, ao contrário, estavam na pior das viagens enquanto vagavam pelo deserto. Deus nos acalma, dizendo que “em vos converterdes e em sossegardes está a vossa salvação, no sossego e na confiança está a vossa força” (Isa.30:15). Devemos aprender a confiar nas ordens simples e diretas de Deus mesmo quando estamos enfrentando os percalços da viagem no deserto desta vida.


Apelo: A Terapia da Libertação do Pecado


Jesus veio para aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo (Heb.9:26). Os capítulos 6 a 8 de Romanos nos guiam não só à doutrina, mas também à terapia por meio de processos práticos pelos quais Cristo liberta da lei do pecado e da morte, e dá uma nova natureza que opera em harmonia com os justos requisitos da lei divina. Ele fez provisão para que o pecado não tenha mais domínio sobre nós, mas para que Sua graça reine suprema em nossa vida (Rom.6:14).


Texto de Autoria do Dr. Mauro Braga – IASD Brooklin

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Por quem Jesus orou na cruz?

Você sabe por quem Jesus orou, “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34)? Em quem Ele estava pensando ou se referindo? A quem levava Ele em Seu coração?
Certamente que os soldados que executaram a Cristo na cruz não sabiam o que estavam fazendo. Esta não passava de uma das centenas de crucificações daquele ano. Eles não compreendiam que estavam pregando o corpo do Filho de Deus naquela cruz. Estavam participando do sacrifício universal pelos pecados do mundo todo. Se soubessem quem se encontrava naquela cruz, teriam tremido e fugido apavorados.
Que dizer de Pilatos e dos dirigentes judaicos? Sabiam eles o que estavam fazendo? Pilatos desconfiava… sua mulher parecia saber, e tinha medo. Seria a ignorância uma boa desculpa para os guias de Israel? Se cressem realmente que Jesus era o verdadeiro Filho de Deus, que teriam feito? Ah, aí está a questão. Teriam de renunciar a seu orgulho e segui-Lo.
Estava Jesus orando por seus discípulos e seguidores? Alguns haviam fugido. Judas o traiu; Pedro o negou. Os outros nada podiam fazer por causa do seu grande pesar. Não haviam eles ouvido Jesus falar do propósito de Sua morte? Pensavam eles que o fim havia chegado?
Jesus orou por todas as pessoas. Não temos desculpas. Sabemos quem Ele é e o que fez por nós, e ainda o crucificamos de novo muitas vezes todos os dias. Ele faz essa oração pedindo perdão em todas as circunstâncias, mesmo quando sabemos muito bem o que estamos fazendo.
Quando essa tremenda verdade nos apanha, tem cura a causa do motivo por que fazemos coisas que frustram seu propósito. O conhecimento do perdão, antes mesmo de o pedirmos, liberta-nos da necessidade de executar a coisa mesmo para a qual precisaremos de perdão.  O Senhor nos perdoa mesmo quando sabemos o que estamos fazendo!
Confie no perdão de Deus. Ele perdoa e esquece completamente o seu pecado, o seu passado. Deixe Ele levantar você. Deixe Ele transformar você completamente.
(Da série “Tempo de Refletir)

terça-feira, 1 de março de 2011

John Piper & Sovereign Grace Ministries - A Canção do Evangelho

Realmente...nada mais lindo, verdadeiro e emocionante do que a pregação da Cruz...


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