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sábado, 21 de maio de 2016

O que aconteceu com as pessoas que ressuscitaram quando Jesus morreu?

 

Mateus 27:51-53 nos diz que, por ocasião da morte de Jesus, “o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram”. Alguns mortos, como o filho da sunamita (2Reis 4:18-37), a filha de Jairo (Mateus 9:23-26), o filho da viúva de Naim (Lucas 7:11-17) e Lázaro (João 11:146), já haviam sido ressuscitados antes da morte e ressurreição de Jesus. Estes, porém, não foram glorificados e nem receberam o dom da imortalidade ao serem ressuscitados.

Cristo mesmo havia declarado ser Ele “a ressurreição e a vida” (João 11:25; 10:17 e 18) e ter poder para conceder a “vida eterna” a todos quantos nEle cressem (João 3:14-16; 5:24-29; 17:2). O poder de Cristo sobre a morte evidenciou-se não apenas em Sua própria ressurreição, como “as primícias dos que dormem” (1Coríntios 15:20 e 23), mas também na ressurreição de um grupo de “santos” que ressuscitou com Ele (Mateus 27:51-53). Os líderes judeus haviam subornado os guardas para negarem a ressurreição de Jesus (Mateus 28:11-15), mas esses santos ressuscitados “entraram” em Jerusalém “e apareceram a muitos” (Mateus 27:53) como testemunhas autênticas da ressurreição de Cristo e do Seu poder sobre a morte (ver Apocalipse 1:18).

O texto bíblico não entra em detalhes a respeito do futuro daqueles que ressuscitaram com Jesus. Mas, se considerados como os “primeiros frutos” (ver Êxodo 23:16; 34:22 e 26; Levítico 23:9-14) da grande messe de salvos que ressuscitarão incorruptíveis por ocasião da segunda vinda de Cristo (1Coríntios 15:51-55), então eles só podem ter sido ressuscitados também incorruptíveis para receber o galardão da vida eterna. Em seu comentário sobre Mateus 27:53, Jamieson, Fausset e Brown declaram que “esta foi uma ressurreição uma vez por todas, para a vida eterna; e, desta forma, não existe lugar para dúvidas de que eles foram para a glória com o seu Senhor, como esplêndidos troféus da Sua vitória sobre a morte” (Commentary on the Whole Bible, Grand Rapids, MI: Zondervan, 1961, p. 948).

Alberto Timm, “Sinais dos Tempos”, maio – junho de 2000.

Veja o que Ellen White disse  no livro “O Desejado de Todas as Nações“, capítulo 81 – “O Senhor ressuscitou”.

 Durante Seu ministério, Jesus ressuscitara mortos. Fizera reviver o filho da viúva de Naim, a filha do principal, e Lázaro. Estes não foram revestidos de imortalidade. Ressurgidos, estavam ainda sujeitos à morte. Aqueles, porém, que ressurgiram por ocasião da ressurreição de Cristo, saíram para a vida eterna. Ascenderam com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e o sepulcro. Estes, disse Cristo, não mais são cativos de Satanás. Eu os redimi. Trouxe-os da sepultura como as primícias de Meu poder, para estarem comigo onde Eu estiver, para nunca mais verem a morte nem experimentarem a dor.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Aborto: quem morre na gestação pode ressuscitar?



Uruguai aprovou por 50 votos a favor e 49 contra um projeto de lei que descriminaliza o aborto até a 12ª semana de gestação. Apesar de ser considerado crime, no Uruguai são feitos por ano mais de 60 mil abortos. Em novembro de 2008 foi aprovada uma lei parecida, mas que não entrou em vigor devido ao veto do então presidente, o oncologista Tabaré Vázquez. Agora, o projeto pode ser ratificado pelo Senado, aprovado sem dificuldades. Será que o presidente José Mujica sancionará o projeto? É provável que sim.

É crime
Você concorda com essa prática?

A lei foi aprovada após um longo debate de quase 14 horas. O tema ainda divide os políticos uruguaios. O deputado governista Darío Pérez argumentou contra a descriminalização e se retirarou do plenário.  Afirmou entre lágrimas que não podia acompanhar a votação porque ainda lembrava da dor que significou a perda de seu filho quando sua mulher abortou de forma espontânea quando estava no quarto mês de gravidez. A mulher uruguaia que desejar abortar deverá ir a um médico e expressar seu desejo para o profissional, após, terá cinco dias para refletir. Se prosseguir, o aborto será realizado de forma imediata.

Este é um bom momento para pensarmos na possibilidade da ressurreição de crianças que morreram no parto.

Não temos como afirmar nos mínimos detalhes como será a ressurreição das crianças, em especial este caso (crianças que morreram durante o parto). Há assuntos dos quais as Escrituras não fornecem muita luz, pois Deus sabe o momento certo em que irá revelar determinadas questões ao ser humano, mas é bem provável que sim. Há lindas declarações da profetisa Ellen G. White sobre a salvação das crianças:

“Havemos de ver de novo nossos filhos. Havemos de encontrar-nos com eles e reconhecê-los nas cortes celestes. Ponde vossa confiança no Senhor e não temais.” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 259).

Sua opinião
Sofrimento: você aprova isso?

“Os justos vivos são transformados num momento, num abrir e fechar de olhos”. À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar com seu Senhor nos ares. Os anjos “ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”. Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus (O Grande Conflito, p. 645).

Confiemos em Deus e no Seu amor, pois Ele fará o que for melhor para nós. Aceitemos a Jesus como nosso salvador a fim de irmos para o céu juntamente com os mortos ressuscitados, por ocasião da segunda vinda:

“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.13-17).

“De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40).

“E serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te, a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” (Lc 14.14).

 “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias, depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15.23).

As declarações de Ellen White nos livros Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 259 e 260 (tópico “As Crianças na Ressurreição”); ibid., vol. 3, p. 313-316 (capítulo “Perguntas a Respeito dos Salvos”); e Eventos Finais, p. 253 e 254 (tópico “A Salvação de Criancinhas e de Imbecis”) revelam pelo menos três conceitos fundamentais sobre a salvação de crianças que morreram em tenra idade. Um deles é que os filhos de pais crentes serão salvos, pois a fé dos pais é extensiva aos filhos que ainda não atingiram a idade da razão. É-nos assegurado que “a fé dos pais que creem protege os filhos, como sucedeu quando Deus enviou Seus juízos sobre os primogênitos dos egípcios” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 314). Os pais crentes podem ter a certeza de que esses pequeninos lhes serão devolvidos na gloriosa manhã da ressurreição. “Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem” (Ibid., vol. 2, p. 260).

Outro conceito fundamental é que no Céu estarão também criancinhas cujos pais não serão salvos, e que elas serão cuidadas pelos próprios anjos até atingirem a estatura necessária para se manterem sozinhas. Ellen White declara que “ muitos dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os condizirão para junto da árvore da vida” (Ibid.). Em contraste com a fé dos pais crentes que é extensiva aos filhos em tenra idade, não existe qualquer possibilidade de os pais incrédulos protegerem seus filhos desta forma. A salvação de tais crianças é, por conseguinte, um ato exclusivo da graça de Deus, a respeito do qual não é apropriado conjecturar.

Um terceiro conceito fundamental é que “não podemos dizer se todos os filhos de pais descrentes serão salvos, porque Deus não tornou conhecido o Seu propósito a respeito desse assunto” (Ibid., vol. 3, p. 315). Ellen White esclarece também que, por ocasião da primeira ressurreição, “todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram”, e que, durante o milênio, “os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva” (O Grande Conflito, p. 644 e 645).

Como, então, Ellen White pôde ver, em sua primeira visão, a presença de crianças ainda na nova Terra (ver Primeiros Escritos, p. 19)? É provável que as cenas dessa visão tenham sido descritas tematicamente em Primeiros Escritos, sem a mesma precisão cronológica que caracteriza o conteúdo de O Grande Conflito. Portanto, entre os salvos estarão os filhos que morreram em tenra idade cujos pais se salvarão, bem como outras criancinhas cujos pais se perderão. Durante o milênio essas crianças, juntamente com os demais remidos, crescerão até atingirem a estatura original da raça humana.

Creia nisso. Seja feliz!

J.Washington
Alberto Timm
Leandro Quadros

domingo, 3 de março de 2013

Por que Jesus não ressuscitou no sábado?


A ressurreição de Jesus foi profetizada por ele mesmo, como está escrito nos seguintes textos:
            “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” Mateus 12:40
            “Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia. Então, se lembraram das suas palavras.” Lucas. 24:5-8
Podemos encontrar a resposta partindo do seguinte raciocínio lógico: sendo que Ele foi morto na sexta, para o cumprimento da profecia Ele teria que ressuscitar no domingo, e foi isso que aconteceu. Vale ressaltar que Deus não erra, portanto Ele, que sabe o fim desde o princípio, predefiniu todo o plano da salvação, o que incluía a ressurreição e cada detalhe desta.
“Cristo repousou na tumba no dia de sábado, e quando os santos seres tanto do Céu como da Terra estavam em atividade na manhã do primeiro dia da semana, Ele ressurgiu do túmulo para reiniciar a tarefa de ensinar aos discípulos. Esse fato, no entanto, não consagra o primeiro dia da semana, nem o faz dia de repouso. Jesus, antes de Sua morte, estabeleceu um memorial de Seu corpo partido e Seu sangue derramado pelos pecados do mundo, na ordenança da Ceia do Senhor, dizendo: "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha." I Coríntios 11:26.
O crente arrependido, que dá os passos requeridos na conversão, comemora em seu batismo a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo. Ele é baixado às águas na semelhança da morte e sepultamento de Cristo, e levantado das águas na semelhança da Sua ressurreição, para viver uma nova vida em Cristo Jesus.” [1]
Que o seu interesse pela verdade seja sempre crescente e que o amor de Jesus seja a grande motivação da sua vida. Deixe que a luz divina, a qual emana da cruz de Cristo, ilumine seus caminhos e os motivos do seu coração. Nunca esqueça que o sábado não é uma invenção humana, mas um presente de Deus para o benefício do homem.







[1] SDA Bible Commentary, vol. 5, pág. 1.113.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Se os mortos permanecem em estado de inconsciência, como explicar que a ‘alma’ de Raquel saiu dela por ocasião da morte?


A palavra “alma”, empregada em Gênesis 35:18 por algumas versões da Bíblia (João Ferreira de Almeida, Bíblia de Jerusalém, Lutero [original], Reina-Valera, King James Version, Revised Standard Version, New American Standard Bible), é a tradução do termo hebraico nêfesh. Este termo aparece 755 vezes no Antigo Testamento e foi traduzido em outros textos, pela Versão Almeida Revista e Atualizada (2.ª edição), por exemplo, como “pessoa” (Gn 14:21; Nm 5:6; etc.), “ser” (Gn 1:20; 2:19; 9:10; etc.), “alma” (Gn 2:7; Dt 10:22; etc.) e “vida” (Gn 9:4 e 5; 1Sm 19:5; Sl 31:13; etc.).

Existem várias razões que nos levam a crer que o termo nêfesh seria melhor traduzido em Gênesis 35:18 como “vida” do que como “alma”. Em primeiro lugar, o próprio relato bíblico da Criação esclarece que o ser humano não possui uma alma, mas é uma “alma [nêfesh] vivente” (Gn 2:7). O mesmo termo (nêfesh) usado em Gênesis 2:7 para referir-se à totalidade do ser humano é empregado também para designar tanto os “seres [nêfesh] viventes” que povoam as águas (Gn 1:20) como os animais da terra e as aves do céu (Gn 2:19; 9:10). A despeito de assumir, por vezes, significados mais específicos (Dt 23:24; Pv 23:2; Ec 6:7; etc.), nêfesh jamais é usado para designar qualquer entidade que continue consciente depois de separada do corpo. Pelo contrário, as Escrituras declaram explicitamente que a nêfesh pode morrer (Nm 31:19; Jz 16:30), e que “a alma [nêfesh] que pecar, essa morrerá” (Ez 18:4).

Comentando o texto de Gênesis 35:18, Derek Kidner declara que “no Antigo Testamento a alma não é concebida como entidade separada do corpo, com existência própria (como no pensamento grego), mas, antes, como a vida, que aqui se esvai” (Gênesis: Introdução e Comentário, São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1979, p. 163). Oscar Cullmann assegura que também no Novo Testamento a esperança de vida eterna não se fundamenta na teoria grega da imortalidade da alma, mas na doutrina bíblica da ressurreição dos mortos (Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead? Londres: Epworth, 1958).

Procurando preservar o sentido original do texto bíblico, algumas traduções da Bíblia têm vertido o termo nêfesh, em Gênesis 35:18, por exemplo, como “suspiro” (Bíblia na Linguagem de Hoje, Tradução Ecumênica, New English Bible, Living Bible, New International Version) e “vida” (Moffatt, Lutero [revisada de 1984]). A Tradução Ecumênica (Loyola) verte a parte inicial de Gênesis 35:18 como: “no seu último suspiro, no momento de morrer, ela...”. E a Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “Porém, ela estava morrendo. E, antes de dar o último suspiro...”. Desta forma, o texto pode ser perfeitamente harmonizado com outras passagens bíblicas que falam que os mortos permanecem em estado de completa inconsciência (ver Sl 115:17; 146:4; Ec 3:9, 20; 9:5, 6 e 10; etc.).


(Alberto R. Timm)

sábado, 19 de janeiro de 2013

Quem ressuscitou a Jesus Cristo? (João 10:17, 18)



INTRODUÇÃO

Um ouvinte do programa “Lições da Bíblia”, que apresento na Rádio Novo Tempo diariamente, disse que eu havia me equivocado em dizer que “Deus Pai ressuscitou a Cristo”. Afinal, na opinião dele, Ellen G. White escreveu que

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Parábola do Rico e Lázaro



1. Hoje responderemos a uma questão levantada pelos imortalistas: Se os adventistas não crêem que os justos vão para o Céu e os ímpios vão para o Inferno, logo após a morte, como podem explicar a história do Rico e Lázaro, narrada pelo próprio Cristo? Se o relato não ensina que o homem vai ou para o Céu ou para o Inferno, então, o que ensina a história?

2. Começaremos dizendo que realmente NÃO CREMOS que os justos vão para o Céu e os ímpios para o inferno logo após a morte. Este não é o ensino da Bíblia. A Bíblia ensina que os mortos tanto justos como injustos vão todos para a sepultura e aguardam a ressurreição e o Juízo, e só depois serão destinados para diferentes lugares, conforme os resultados do Juízo.

3. Mas, então, COMO ENTENDER a História do Rico e Lázaro?

Luc 16:19-31:

"19  Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
20  Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
21  e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
22  Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
24  Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
26  E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27  Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28  porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29  Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30  Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31  Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos."


I – JESUS CONTOU UMA PARÁBOLA

[1] Jesus contou uma "estória". Vamos assentar em primeiro lugar que Ele não contou uma história verídica. Ele contou uma estória imaginária, tirada das crenças populares. Ele contou simplesmente uma parábola.

Alguns insistem dizendo que Jesus contou não uma parábola, mas uma história verdadeira, uma história real pelo modo como se iniciou: "Ora, certo homem, ..." (16:19). Isto não é uma forma de se contar uma história?

Resposta: Jesus contou as 2 parábolas anteriores, iniciando com as mesmas palavras. (Lc 15:11; 16:1). Portanto, não há nenhum problema em começar uma parábola desta forma, iniciando como se fosse contar uma história qualquer.

[2] o que é uma parábola?

Parábola é uma história imaginada, tendo o objetivo de ensinar algumas lições, sem a preocupação de que os pormenores sejam verdadeiros. Uma parábola, embora tenha mais de uma lição, sempre tem uma lição principal.

Mas por que nós insistimos em dizer que isto é uma parábola? Ora, se é apenas uma parábola, [a] Não é verdadeira, nunca aconteceu, nem acontecerá. [b] Se é apenas uma parábola, deve possuir uma lição principal, e isto é o que é importante, e não o enredo ou os pormenores. [b] Se é uma parábola, não serve para ensinar doutrina, conforme a regra.

[3] Qual é a 1ª REGRA DE INTERPRETAÇÃO das parábolas?

[a] A grande regra de interpretação das parábolas é a seguinte: "Não podemos tirar uma DOUTRINA de qualquer parábola, quando essa doutrina entra em choque com as outras passagens mais claras da Escritura."

[b] O Dr. William Smith, em seu Dicionário da Bíblia, vol. 2, p. 1.038: "É impossível firmar a prova de uma importante doutrina teológica numa passagem que reconhecidamente é abundante em metáforas judaicas."

[c] o Dr. Edershein, em seu livro sobre a Vida de Jesus [Life and Times of Jesus], afirma categoricamente: "A doutrina da vida após à morte não pode ser extraída desta parábola."

II - INCOERÊNCIAS NA PARÁBOLA

Há alguns pontos de incoerências que não podem ser aceitos em uma história verídica. Vamos apresentar 4 deles.

[1] Os Personagens não eram Almas (v. 23, 24).

Eles têm olhos, e portanto: rosto, cabeça, pescoço. Têm dedos: mão, braço, antebraço, tronco. Têm língua: boca, aparelho digestivo. Ora, uma alma, conforme a crença popular, (1) não tem funções físicas da matéria, (2) não precisa de água, e (3) não pode ser queimada no fogo.

Mas na parábola, o castigo do Inferno é no corpo e não na alma. Isso contradiz a crença popular de que ao morrer, a alma do rico é que foi para o Inferno. Quando Cristo falou do Inferno, Ele disse: "Convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno." (Mt 5:30). Cristo ensinou que o castigo será no corpo, e não na alma desencarnada.

Entretanto, uma alma, como geralmente é descrita, sendo imaterial, incorpórea, imponderável, invisível, de forma simples, etérea como um espírito intangível – sendo tudo isso [embora nunca jamais alguém tenha visto semelhante coisa para afirmar com certeza] – essa alma/espírito não pode sentir a ação do fogo porque o fogo só queima coisas materiais. Portanto, se o rico está no Inferno em tormentos, não podia estar a sua alma, porque o tormento do fogo só é sentido no corpo, e não na alma.

[2] O Inferno está próximo do Céu


Como pode o Céu estar tão próximo do Inferno, de tal modo que é possível a comunicação de justos com injustos?

Será isso possível? Se isso fosse possível, imagine o desespero, a aflição e a angústia de uma mãe cujos filhos se perderam e se encontram nas chamas crepitantes do Inferno, e podendo vê-los e se comunicar com eles, e eles rogando misericórdia e ela sem poder fazer nada para aliviar o seu sofrimento que se estenderá por toda a eternidade! Certamente, o Céu para essa mãe seria um outro Inferno! Como poderia ela ser feliz?

A Bíblia não contém a doutrina do Céu próximo do Inferno de modo que os justos que estão no Céu podem ver os perdidos, a tal ponto que podem contemplar o seu sofrimento e falar com eles! Deus é muito sábio para cometer esse erro! Ele é muito justo para praticar esta injustiça! Ele é muito amorável para permitir que os salvos sofram ainda as consequências do pecado por toda a eternidade!

[3] Há um grande abismo entre justos e ímpios (26)

Se havia um grande abismo, como o rico não viu isso? Se havia um grande abismo, como podiam falar entre si? Se o Céu está tão próximo do Inferno, de tal modo que podem falar entre si, como há um grande abismo?

Se havia um grande abismo, como poderia Lázaro estender a ponta do dedo até a boca do rico? O seu braço não alcançaria tamanho abismo. E como poderia uma simples gota de água ser suficiente para refrescar a língua de alguém que está num lago de fogo? Certamente, antes de chegar a gota, haveria de evaporar-se.

[4] Abraão chama ao rico de "Filho"! (25)

Mas quem são os filhos de Abraão? "Os da fé é que são filhos de Abraão!" disse o apóstolo Paulo (Gál 3:7). A parábola não disse que ele era um homem de fé. Pelo contrário, ele não tinha ligação com Deus. Não era um homem religioso. Nem tampouco o pobre mendigo para que fosse para o Céu. Portanto, nenhum deles era filho de Abraão.

Estas são incoerências que não podem ser admitidas em uma história verdadeira.

III – OITO ENGANOS TEOLÓGICOS

Por que essa parábola não pode ser uma história verídica? Por que não podemos retirar dela uma doutrina dos mortos?

Há Oito Enganos, há OITO EQUÍVOCOS TEOLÓGICOS na parábola que estão em CONTRADIÇÃO com as demais doutrinas da Bíblia. Isso não pode acontecer.

1º Engano: Existe Vida Após a Morte

A estória diz que o rico e o pobre morreram e foram ambos levados pelos anjos para viver em diferentes lugares. Eles morreram. Mas eis que estão vivos! Abraão, o rico e Lázaro morreram, mas aparecem vivos na parábola. 

Mas o que é morte? Morte é cessação da vida. Morte é o contrário da vida. Depois da morte, não há vida. Notem o que disse o patriarca Jó inspirado por Deus: Jó 14:10, 11-12, 14: "O homem, ... morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" Onde está o homem que morre? A pergunta é retórica e contém uma resposta evidente: "Ele não está mais presente! Ele está morto!" Mas Jó ainda continua: "Como as águas do lago se evaporam, e o rio se esgota e seca, assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono." (vs. 11-12). Como um rio seca, assim o homem morre e não se levanta, não tem vida, não pode se mexer. Está seco, vira pó. Não está vivo.

A doutrina de muitos hoje é que o homem morre e continua vivo, em algum lugar. Mas a Bíblia diz que a morte é a cessação da vida. "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" (v. 14). A resposta dada pelo mesmo Jó é um categórico "Não!". A vida do homem morto depende da ressurreição. Antes disso, ele continuará morto, aguardando a manhã da ressurreição, quando então, acordará de seu sono profundo e imperturbável.

E quanto a Abraão? Não estaria no Céu o pai da fé?  Não. A Bíblia diz que ele ainda não foi ressuscitado (Hb 11:8,13,16,39). Abraão não pode estar no Paraíso, porque ele ainda não obteve a concretização da promessa.

2º Engano: A Recompensa Será Depois da Morte

Lázaro recebeu a sua recompensa logo após a sua morte. Foi para o seio de Abraão, entrou na bemaventurança eterna. Mas isso contradiz a própria doutrina que Jesus Cristo nos deixou. Ele disse em Luc 14:14: "A tua recompensa, ... tu a receberás na ressurreição dos justos." A recompensa dos justos será dada apenas no dia da Ressurreição. Portanto, não devemos esperar que os mortos antes da ressurreição sejam galardoados. Você receberá a sua recompensa só na ressurreição, não antes. A parábola não está de acordo com as próprias palavras de Cristo, ao ensinar a doutrina escatológica.

A recompensa não será após a morte, mas após a Ressurreição. Ora, se a parábola entra em choque com a doutrina de  Cristo, é evidente que Ele não desejava ensinar a doutrina que a parábola sugere.

3º Engano: Os Mortos Vão para Lugares Diferentes

O rico foi para o inferno; e Lázaro foi para o seio de Abraão. Ambos foram para lugares diferentes, após a sua morte. Será que isso é verdade? Não. O que a Bíblia ensina sobre ricos e pobres, após à morte? Para onde vão os ricos e para onde vão os pobres? E por analogia, para onde vão os animais, logo que morrem?


Lemos em Ecl 3:19-20: "O que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.   Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão." O profeta não está falando do corpo dos mortos, mas das pessoas mortas. Ricos e pobres vão para o mesmo lugar. Justos e ímpios vão para o mesmo lugar. Todos são iguais diante de Deus. O destino do homem não será diferente no momento da morte. Todos vão para a sepultura. Assim também ocorre com os animais.

4º Engano: Os Mortos Estão Conscientes

O rico está conversando com Abraão, e suplicando misericórdia, e portanto, estão conscientes depois da sua morte. É possível isso? Não de acordo com o ensino da Bíblia. A Palavra de Deus ensina que os mortos estão inconscientes.

Disse mais o sábio Salomão em Ecl 9:5-6: "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol"

Os mortos estão em completa inconsciência, eles não podem se comunicar com os vivos, eles não sabem o que se passa com os vivos, eles não se falam entre si mesmos, eles não podem se comunicar com os anjos, eles não podem adorar nem louvar a Deus, porque eles estão inconscientes num sono sem sonhos e sem pesadelos. De fato, eles estão mortos e completamente mortos, e isso significa que não participam de nenhuma espécie de vida.   

O próprio Cristo falou de Lázaro, o seu amigo, quando ele morreu, que ele estava dormindo o sono da morte (Jo 11:11-14). Mas uma pessoa que está dormindo está em completa inconsciência. E não era só o corpo de Lázaro que dormia. Era ele mesmo quem dormia inconsciente. Cristo não poderia se contradizer. Na parábola, Ele está ilustrando outra coisa. Não a doutrina dos mortos.  E Ele nunca Se contradiz.

Com efeito, toda a Bíblia ensina que os mortos estão inconscientes, no pó da terra, dormindo o sono da morte, aguardando a ressurreição. E nenhuma parábola pode desfazer a verdade dessa doutrina firmemente estabelecida na Bíblia.

5º Engano: Pedir a Intercessão dos Santos Mortos


O rico pede a intercessão do pai Abraão (Lc 16:24). Hoje muitas pessoas estão fazendo a mesma coisa e cometendo o mesmo erro, pedindo a intercessão dos santos que já morreram. Eles pensam que os santos que estão no Céu podem falar a Deus e convencê-lO a nos ajudar mais prontamente do que nós que estamos tão longe.

O apóstolo Paulo no entanto, afirmou que só há um Intercessor. Em 1Tim 2:5-6: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a Si mesmo se deu em resgate por todos" A Bíblia ensina que temos um único Advogado e Intercessor, que é Jesus Cristo o nosso Senhor, que morreu por nós na Cruz. Ninguém mais é chamado a interceder por nós diante de Deus, além de Jesus.

6º Engano: O Paraíso dos Justos é o Seio de Abraão

O Céu é pintado com anjos e o pai Abraão, em cujo seio o mendigo foi abrigado. Esse paraíso é muito estranho. Não se compara com o verdadeiro Paraíso que Deus está preparando para os justos.

Qual é o verdadeiro Cenário do Céu? Qual é o Paraíso da habitação de Deus? Isaías contemplou a Deus no seu alto e sublime trono, cercado de anjos serafins, louvando a Trindade e cantando: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos" (Isa 6:1-3). Estêvão teve uma visão na qual ele contemplou a Deus no Seu trono e a Jesus em pé à Sua direita (Atos 7:56).

João contemplou o Céu e viu um Santuário, com os dois compartimentos, no qual Cristo administra, e intercede por nós.  Ele viu o trono de Deus, no qual está assentado o Pai, e o Seu Filho, Jesus Cristo, e ao Seu redor bilhões de anjos que louvam a Trindade, cantando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor".  Este é o cenário do Céu. Além disso, Ele viu Novos Céus e Nova Terra, onde habitarão os justos. Ele viu a nova Jerusalém descendo do Céu. O pai Abraão, abrigando mendigos, nem é mencionado, e nem foi encontrado, embora estará também entre os salvos.

7º Engano: O Inferno já Existe Presentemente

A parábola diz: "No inferno, estando em tormentos..." (v. 23). Dizem os imortalistas que a parábola ensina o tormento eterno. Porém, o relato, embora fale em tormento infernal, não diz que ele será eterno.

O que é o Inferno? A Bíblia fala nos informa que o Inferno é um lugar de tormentos destinado a Satanás e os seus anjos que com ele entraram em rebelião contra Deus. E todos os ímpios que se identificam com o Diabo e escolhem o pecado e a rebeldia, também sofrerão o castigo no mesmo lugar (Mt 25:41).

Mas, será que o Inferno já existe? A parábola diz que o rico morreu e foi direto para o Inferno. Mas o que diz a Bíblia sobre a época do castigo? O tempo do castigo é no presente ou no futuro? Será que o castigo dos ímpios no Inferno é aplicado logo após a morte?  

A Bíblia ensina sobre o tempo em que acontecerá o Inferno: Apo 20:7, 15: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão... E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Quando será o Inferno? No final do Milênio, e só então, ocorrerá o Juízo Executivo, o Lago de Fogo, quando os ímpios receberão o castigo de suas obras. Nesse tempo, o fogo que castiga os ímpios também os destrói, porque o Lago de fogo é chamado "a segunda morte", e morte significa cessação de vida.

Portanto, o Inferno não existe agora, presentemente. Não existe agora um lugar de tormento. Os imortalistas não precisam se preocupar, porque os seus parentes mortos que não se salvaram não estão queimando agora, e não serão atormentados para sempre.

8º Engano: A Salvação Vem Pelo Mérito da Pobreza

Por que o rico se perdeu? E por que Lázaro se salvou? O rico se perdeu porque era rico, e Lázaro se salvou porque era pobre. Ainda mais: o rico não era mau, não era ímpio, nem Lázaro era bom, e muito menos religioso. Mas Lázaro se salvou pelo mérito da pobreza e miséria em que se encontrava na terra.  

Certa vez um cristão se aproximou de um mendigo que lhe pediu uma esmola. Então, ele lhe passou uma esmola, e querendo ajudar mais com a mensagem do Evangelho, disse ao mendigo, que também era paralítico: "Você já aceitou a Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal?" O mendigo lhe falou: "Por quê?" "Ora", disse o cristão "porque Cristo pode curar a você, você será salvo e perdoado dos seus pecados, e levado para o Céu, e viverá eternamente!" "Mas, por que você acha que eu estou sofrendo tudo isso? Eu suporto a fome, o desprezo dos outros, eu sou paralítico! Quando eu morrer eu vou direto para o Céu, porque Deus vai me dar a recompensa, porque eu já paguei todos os meus pecados! Por isso eu estou sofrendo aqui na terra. E todos os ricos vão pagar no fogo do Inferno!" Ledo engano. Tudo errado.

Quais são as condições da salvação? O apóstolo Paulo ensina que tanto ricos como pobres são salvos pela graça de Deus pela fé que resulta em boas obras (Efé 2:8-10). A Bíblia fala que muitos ricos hão de se salvar, como Jó, Davi, Salomão, Nicodemos, Zaqueu. Mas também fala que muitos pobres vão se perder, junto com os ricos, e os grandes deste mundo (Apo 6:15-17).

Tudo indica que a Parábola do Rico e Lázaro não passa de uma alegoria, uma estória, uma simples parábola. Encontramos em Isaías uma estória semelhante, a Alegoria da Queda de Babilônia, em que os reis mortos falam entre si na sepultura a respeito do rei de Babilônia, que também foi morto e sepultado entre eles (Is 14:9-10). Também encontramos no livro de Juízes o Diálogo das Árvores em que elas falavam com outras 4 árvores pedindo-lhes que reinassem sobre elas (Jz 9:8-15). Esses são exemplos de alegorias e não podem ser tomadas ao pé da letra. 


Portanto, a estória do Rico e o Mendigo não é verdadeira, é uma estória imaginada da época conforme as ideias populares. E Jesus usou essas crendices e montou a parábola, a fim de advertir ao povo em seus próprios termos e em suas próprias estórias.

IV - LIÇÃO PRINCIPAL

Toda parábola tem uma lição principal, que serve de base e objetivo por que a parábola foi contada. E aqui temos a lição principal: Busque a Deus, enquanto você tem vida aqui nesta terra, porque depois da morte, não haverá mais oportunidade de salvação.

De que modo devemos buscar a Deus?

1. Devemos buscar a Deus prioritariamente.

Cristo contou essa parábola para os fariseus. O que acontecia com eles? Luc 16:14: Os fariseus "eram avarentos." As suas prioridades estavam nos bens materiais. A sua confiança estava no dinheiro e só se preparavam para as coisas desta vida, não para o futuro. Eles não estavam buscando a Deus; antes, buscavam as riquezas, e serviam a Mamon. Disse Cristo portanto: Preparai-vos para o amanhã de Deus. "Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Lc 16:13). "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33).

2. Devemos buscar a Deus reverentemente.

Luc 16:14: "Os fariseus ouviam tudo isso e O ridicularizavam". Não manifestavam reverência para com Cristo que lhes dizia a verdade. E Ele era Deus. Hoje muitas pessoas têm esta mesma atitude: Eles ouvem a verdade de Cristo, mas como não estão dispostos a abandonar os seus pecados, ridicularizam-nO, debocham dEle, e O rejeitam. Mas, a semelhança do rico da parábola, podem se perder para sempre. Esta é uma advertência para todos os que tratam as coisas de Deus levianamente, de modo debochado, ridicularizado. Mas Ele com infinito amor ainda estende o Seu convite: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei." (Mt 11:28).

3. Devemos buscar a Deus presentemente. 

Busque a Deus hoje, agora, antes que seja tarde demais. Para o rico, foi tarde demais. Os fariseus consideravam que uma pessoa rica era abençoada por Deus e já era por isso um candidato certo para a salvação eterna. Mas Cristo ensinou que isso era um engano. Ricos e pobres têm que buscar a Deus hoje porque depois da morte não haverá mais oportunidade de nos prepararmos para a eternidade. Hoje é o dia da salvação. Preparai-vos hoje para o amanhã de Deus.

CONCLUSÃO

1. Portanto, aqui temos não uma história verídica, mas uma parábola que não pode nos ensinar sobre o estado dos mortos, que jazem nas sepulturas, aguardando a ressurreição.

2. Mas a parábola tem uma lição principal como todas as parábolas: Busque a Deus antes que seja tarde demais.

3. Portanto, busquemos a Deus em primeiro lugar, busquemos a Deus prioritária, reverente, e presentemente.

4. Somente assim você poderá evitar o Inferno e alcançar o Céu.



PR. ROBERTO BIAGINI
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Milênio está entre Duas Ressurreições



Jesus Cristo falou claramente de duas ressurreições, quando disse: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" (João 5:29).

O apóstolo Paulo também falou sobre estas duas ressurreições, quando disse: "...haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos" (Atos 24:15). Assim, tanto Jesus Cristo como Paulo falaram de duas ressurreições, sendo a primeira a ressurreição da vida para os justos, e a segunda a ressurreição da condenação para os injustos. Este é um ensino bíblico muito claro.

Apocalipse 20 também fala de duas ressurreições. Uma leitura cuidadosa dos versos 4-6 mostram que uma tem lugar no início dos 1000 anos (milênio), a outra no final. A Palavra diz: "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos" (v. 6). Aqui está a ressurreição do início dos 1000 anos. Esta é uma ressurreição feliz e abençoada, daqueles que não precisam temer a segunda morte. "Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos..." (verso 5). Aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição serão ressuscitados no fim dos 1000 anos na segunda ressurreição. Novamente, Paulo disse que esta seria uma ressurreição de "injustos" (Atos 24:15), enquanto que Jesus Cristo a chamou de "ressurreição da condenação" (João 5:29).

Estes na segunda ressurreição serão enganados por Satanás (v. 8), serão reunidos contra a Cidade de Deus (v. 9), estarão diante do grande trono branco no julgamento final (v. 11), serão julgados por suas obras (vs. 12, 13), serão lançados no lago de fogo (vs. 9, 15), e sofrerão a segunda morte (vs. 14).

Assim Apocalipse 20 ensina duas ressurreições - uma no início dos 1000 anos, a outro no final. Se você morrer antes da volta de Jesus Cristo, de qual ressurreição você fará parte? Amigo, esta é uma questão muito séria e solene. Agora é a hora de ter certeza de quem são os verdadeiros crentes em Jesus Cristo e verdadeiros seguidores de Sua Santa Palavra. Ele nos ama profundamente. É por isso que Ele sofreu terrivelmente e morreu por nossos pecados. Não podemos nos dar ao luxo de cometer um erro nesta matéria.

Texto de autoria de Steve Wohlberg, publicado no site White Horse Media. Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A boa notícia sobre a morte!



A Misteriosa Casa de Winchester

Durante anos dirigindo pela estrada 101 na Califórnia central, eu via cartazes publicitários sobre uma casa misteriosa de Winchester. Eu nunca tinha visitado esta atração turística mas, por curiosidade, pesquisei sobre o assunto. Aparentemente, ela pertencia a uma mulher chamada Sarah Pardee casada com William W. Winchester, o qual, durante a guerra civil americana, tornou-se herdeiro da fábrica de rifles Winchester.


Com o tempo, Sarah deu à luz uma menina, a quem deram o nome de Annie, mas a criança morreu poucas semanas depois. Alguns anos depois, seu marido William Winchester morreu de tuberculose. Sarah estava perturbada e teria visitado um médium espírita, que lhe disse que os espíritos das pessoas que haviam sido mortas pelos rifles Winchester estavam em busca de vingança.


Mas o médium garantiu a Sarah que ela poderia contrariar a maldição mudando-se para a Costa Oeste, construindo lá uma casa. Enquanto ela continuasse a construção, ela poderia confundir os maus espíritos, receber a proteção dos bons, e permanecer segura.


Sarah Winchester mudou-se para a área de San José, na Califórnia, comprou uma fazenda com oito quartos, e começou a construir novos cômodos. Por ser a herdeira de uma fortuna de US $ 20 milhões e ter poucas responsabilidades, ela construiu, construiu e construiu, frequentemente, demolindo e reconstruindo os cômodos. Quando ela morreu, em 1922, a Mansão Winchester tinha 160 quartos. Construtores que tinham examinado a casa, estimaram que ela realmente construíu 600 quartos, mas por causa do espaço limitado em sua propriedade, ela teve que derrubar muitos deles e construir outra coisa.


A casa é um dos mais bizarros arranjos de corredores, câmaras e escadas. Não existem dois quartos que estejam no mesmo nível. Muitas das escadas tem 13 degraus, alguns deles muito curtos. Os corredores são muito estreitos. A Sra Winchester construíu também câmaras secretas, onde supostamente recebia informações sobre o que devia construir, durante sessões noturnas com seus médiuns.


Sara Winchester também tinha 40-60 funcionários e carpinteiros, que durante 38 anos, mudaram, aumentaram, destruíram e reconstruíram indefinidamente aquela construção para apaziguar os espíritos revoltados.


Este projecto de 38 anos é um exemplo exagerado do que uma compreensão distorcida da morte pode levar uma pessoa a fazer! E a história da Sra Winchester é um clássico exemplo do porque este assunto é tão importante hoje em dia.


O perigo do espiritismo


Segundo os espiritualistas, quando nossos corpos morrem, os nossos espíritos continuam uma existência consciente em outra esfera. Não podemos ver esses espíritos, mas eles “podem” nos contactar. A Sra. Winchester acreditava neste ensinamento fundamental do espiritismo, seguindo as instruções do médium sobre a construção permanente de sua casa.


A Sra. Winchester aparentemente não sabia que a Bíblia condena todos os esforços para se comunicar com os mortos através de médiuns espíritas. “Não recorram aos médiuns, nem busquem a quem consulta espíritos”, disse Moisés aos antigos Israelistas em Levítico 19:31. “Não permitam que se ache alguém entre vocês que…pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria, ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos” (Deuteronômio 18:10-11).


Séculos mais tarde, o profeta Isaías advertiu, “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8:19).


Há uma boa razão do por que os escritores da Bíblia tão vigorosamente condenaram o espiritismo e a bruxaria: Estas práticas são um convite aberto para os seres demoníacos nos enganar! A Bíblia nos adverte que “Satanás se disfarça em anjo de luz” (2 Coríntios 11:14). O Apocalipse prevê que nos últimos dias da história da Terra, uma religião cristã apóstata vai se tornar “morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo”, e que os maus espíritos irão “aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso” (Apocalipse 18:2; 16:14).


Os enganos de Satanás no fim dos tempos serão tão inteligentes que o povo de Deus estará em perigo de ser enganado! (Mateus 24:24). Não admira que Deus adverte os cristãos contra o fascínio enganador do espiritismo! Proponho que a melhor proteção que temos hoje contra este engano é uma correta compreensão da morte.


Duas visões falsas da morte


Há duas visões extremas sobre a morte. Uma delas é que a morte é o fim absoluto. As pessoas se transformam em terra e é isso! humanistas do mundo afirmam que nós iremos nos transformar em adubo que alimentarão as árvores e outras plantas, então nós vamos viver novamente na grama, nas flores, e nas maçãs. Eu não acho isso muito gratificante.


Reencarnacionistas, por outro lado, alegam que os seres humanos sempre viveram e sempre viverão. Cada indivíduo segue morrendo e reencarnando, idealmente em sucessivas mais elevadas formas de vida. Um inseto pode reencarnar como um rato, o rato como um cão, o cão como um macaco, e o macaco como um ser humano.


Antes de me tornar um cristão, eu sinceramente acreditava na reencarnação. Meus amigos e eu tentávamos descobrir o que éramos em existências anteriores. Perguntávamos uns aos outros, “O que você fazia na sua antiga vida?” Ninguém nunca disse: “Eu costumava varrer cocô de elefante” ou “eu era um lixeiro”. Todo mundo sempre foi alguém muito importante: “Eu fui Cleópatra!” Ou “Eu estive com Júlio César.” Incomodava-me que todos tinham visões de grandeza de suas vidas anteriores.


O que a Bíblia diz


Então eu descobri o que que a Bíblia diz: a morte é real, mas o dia da ressurreição está chegando. Paulo chamou a morte de um inimigo que será destruído (1 Coríntios 15:26), e que os “mortos ressuscitarão incorruptíveis”, “vestidos. . . com a imortalidade”(1 Coríntios 15:52, 54).


A pergunta é: O que acontece entre o dia em que morremos e o dia em que somos levantados de volta à vida? A resposta é muito simples: Nós jazemos na sepultura dormindo, inconscientes de tudo o que está acontecendo no mundo ao nosso redor. “Os vivos sabem que morrerão”, escreveu Salomão “mas os mortos não sabem nada” (Eclesiastes 9:5). E Davi disse que quando uma pessoa morre, “naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos” (Salmo 146:4).


Jesus ensinou a mesma coisa no Novo Testamento. Quando seu amigo Lázaro morreu, Jesus disse aos discípulos que Lázaro estava dormindo. Quando eles perguntaram a Jesus porque Ele iria querer acordar um homem dormindo, Jesus lhes disse claramente: “Lázaro está morto” (João 11:14). E Paulo disse aos cristãos de Tessalônica que Jesus na manhã da ressurreição vai despertar os que dormem, ou seja, que estão mortos (1 Tessalonicenses 4:13, 16).


A comparação bíblica da morte com o sono é uma clara indicação de que a morte é um estado de inconsciência.


É muito ruim que a Sra. Winchester não entendia esse fato sobre a morte. Teria poupado muitas noites sem dormir e milhões de dólares em dinheiro desperdiçado. Felizmente, você e eu entendemos a boa notícia sobre a morte: ela é um sono que tem um fim.


A questão importante é, como estar do lado certo quando o sono acabar? Jesus respondeu a esta questão. “Deus amou tanto o mundo”, ele disse, “que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).


Nossa garantia de vida eterna está em Jesus. Por que não aceitar Jesus como seu Salvador hoje de modo que você pode ter a certeza de acordar na manhã da ressurreição?


Artigo escrito pelo Pastor Doug Batchelor e publicado na Revista Signs of The Times de Setembro/2010. Crédito da tradução: Blog Sétimo dia. http://setimodia.wordpress.com/

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O que Acontece quando uma Pessoa Morre?

Nós nos encolhemos quando pela primeira vez uma criança nos pergunta: “O que significa morrer?” Temos dificuldades de falar, ou até mesmo de pensar, na morte de alguém que amamos. A morte é o inimigo em comum de todas as pessoas em todos os lugares.
Quais são as respostas para as perguntas difíceis sobre a morte? Há vida após a morte? Será que voltaremos a ver nossos amados que morreram?
1. ENFRENTANDO DESTEMIDAMENTE A MORTE
Todos nós, em determinados momentos, talvez pouco depois do falecimento de um amigo ou pessoa querida, temos a sensação de um vazio no coração, um sentimento de solidão que toma conta de nós e que nos conscientiza da finitude da vida.
Com respeito a um assunto tão importante, tão cheio de emoções, onde podemos aprender a verdade sobre o que acontece quando morremos? Felizmente, parte da missão de Cristo aqui na terra foi libertar “aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hebreus 2:15). Na Bíblia, Jesus apresenta mensagens confortadoras, e responde claramente a todas as nossas perguntas sobre a morte e a vida futura.
2. A MANEIRA QUE FOMOS FEITOS POR DEUS
Para entender a verdade sobre a morte na Bíblia, precisamos começar do princípio e ver de que maneira fomos feitos por Deus.
“Então o Senhor Deus formou o homem ['adam', hebraico] do PÓ DA TERRA ['adamah', hebraico] e soprou em suas narinas O FÔLEGO DE VIDA, e o homem se tornou UM SER VIVENTE ['ALMA', hebraico]“. Gênesis 2:7 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
Na Criação, Deus formou Adão do “pó da terra”. Ele tinha um cérebro em sua cabeça pronto para pensar; sangue em suas veias pronto para correr. Então, Deus soprou em suas narinas o “fôlego de vida”, e Adão se tornou “ser vivente” [em hebraico, 'alma vivente']. Note cuidadosamente que a Bíblia não diz que Adão recebeu uma alma; ao invés, diz que “o homem se tornou uma alma vivente”. Quando Deus deu o fôlego de vida a Adão, a vida começou a fluir de Deus. A junção do corpo com o “fôlego de vida” tornou Adão “um ser vivente”, “uma alma vivente”. Por essa razão, poderíamos escrever a equação fundamental do ser humano da seguinte maneira:
“Pó da Terra” + “Fôlego de Vida” = “Alma Vivente”
Corpo sem Vida + Fôlego de Deus = Ser Vivente
Cada um de nós tem um corpo e uma mente racional. Enquanto continuarmos a respirar, seremos seres vivos, alma vivente.
3. O QUE ACONTECE QUANDO UMA PESSOA MORRE?
Na morte reverte-se do processo criativo descrito em Gênesis 2:7:
“O PÓ volte à terra de onde veio, e o ESPÍRITO [fôlego de vida] volte a Deus, que o deu”. Eclesiastes 12:7
A Bíblia freqüentemente usa as palavras hebraicas para “fôlego” e “espírito” alternadamente. Quando as pessoas morrem, o corpo se torna “pó”, e o “espírito” (o “fôlego de vida”) retorna para Deus, que foi a sua fonte. Mas o que acontece com a alma?
“Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus,… todas as ALMAS são minhas;… a alma que pecar, essa morrerá”. Ezequiel 28:3, 4; Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a Edição
A alma morre! Ela ainda não é imortal; ela pode perecer.
A equação derivada de Gênesis 2:7, ao sermos feitos por Deus, faz o caminho reverso na morte.
“Pó da Terra” – “Fôlego de Vida” = “Uma Alma Morta”
Corpo Sem Vida – Fôlego de Deus = Um Ser Morto
A morte é a cessação da vida. O corpo se desintegra e se torna pó, e o fôlego, ou espírito, volta para Deus. Somos uma alma com vida, mas na morte, nos tornamos apenas um cadáver, uma alma morta, um ser morto. Logo, os mortos não estão conscientes. Quando Deus toma para si o fôlego de vida que Ele nos deu, nossa alma morre. Mas, como veremos mais tarde nessa mesma lição, temos esperança com Cristo.
4. QUANTO SABE UMA PESSOA MORTA?
Depois da morte, o cérebro se desintegra; ele não tem capacidade de saber ou relembrar de coisa alguma. Todas as emoções humanas cessam.
“Para eles, o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram…”. Eclesiastes 9:6
Uma pessoa morta não fica consciente, por isso não percebe nada do que está acontecendo. Eles simplesmente não têm contato algum com os vivos:
“Pois os vivos sabem que morrerão, mas OS MORTOS NADA SABEM”. Eclesiastes 9:5
A morte é como um sono sem sonho; na verdade, a Bíblia chama a morte de “sono” em 54 vezes. Jesus ensinou que a morte é como um sono. Ele disse aos Seus discípulos:
“‘Nosso amigo LÁZARO ADORMECEU, mas vou até lá para acordá-lo’. Seus discípulos responderam: ‘Senhor, se ele dorme, vai melhorar’. Jesus tinha falado da sua morte, mas os seus discípulos pensaram que ele estava falando simplesmente do sono. Então lhes disse claramente: ‘LÁZARO MORREU’”. João 11:11-14
Lázaro já estava morto por quatro dias quando Jesus chegou. Mas quando se dirigiram à tumba, Jesus provou que é tão fácil para Deus ressuscitar alguém dos mortos quanto é para nós acordar alguém que esteja dormindo.
É muito confortador saber que nossos amados que já faleceram estão “dormindo”, descansando em paz na confiança em Jesus. O túnel da morte, que nós mesmos poderemos atravessar algum dia, é um sono calmo e paz absoluta.

5. DEUS SE ESQUECE DOS QUE ESTÃO DORMINDO O SONO DA MORTE?
O sono da morte não é o fim da história. Na tumba, Jesus disse a Marta, irmão de Lázaro:
“EU SOU A RESSURREIÇÃO e a vida. AQUELE QUE CRÊ EM MIM, AINDA QUE MORRA, VIVERÁ”. João 11:25
Aqueles que morrem “em Cristo” dormem na sepultura, mas ainda têm um futuro brilhante. Aquele que conta até mesmo os cabelos de nossa cabeça e que nos guarda na palma de Sua mão não se esquecerá de nós. Poderemos morrer e voltar ao pó, mas o registro de nossa individualidade permanece claro na mente de Deus. E quando Jesus vier, Ele acordará os justos mortos do sono da morte, da mesma forma que fez com Lázaro.
“Não queremos que vocês sejam ignorantes quanto AOS QUE DORMEM, PARA QUE NÃO SE ENTRISTEÇAM COMO OS OUTROS QUE NÃO TÊM ESPERANÇA… Pois dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, E OS MORTOS EM CRISTO RESSUSCITARÃO PRIMEIRO. Depois NÓS, OS QUE ESTIVERMOS VIVOS, SEREMOS ARREBATADOS COM ELES nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. CONSOLEM-SE UNS AOS OUTROS COM ESSAS PALAVRAS”. I Tessalonicenses 4:13, 16-18
No dia da ressurreição, o túnel da morte se parecerá mais com um breve descanso. Os mortos não têm consciência do que está acontecendo. Aqueles que aceitaram a Cristo como seu Salvador, serão despertados do sono pela Sua maravilhosa voz vinda dos céus.
E a esperança da ressurreição não é a única: temos também a esperança de um lar celestial no qual Deus “enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Apocalipse 21:4). Aqueles que amam a Deus não precisam ter medo da morte. Além da morte está uma eternidade de vida plena com Deus. Jesus tem “as chaves da morte” (Apocalipse 1:18). Sem Cristo, a morte seria uma estrada de mão única que terminaria num estado total de esquecimento. Mas em Cristo há uma esperança gloriosa e radiante.
6. SOMOS SERES IMORTAIS?
Quando Deus criou Adão e Eva, eles foram criados seres mortais, isso é, sujeitos à morte. Se tivessem permanecido obedientes à vontade de Deus, eles nunca teriam morrido. Mas quando pecaram, eles abriram mão de seu direito à vida. Pela desobediência, eles ficaram sujeitos à morte. O pecado deles infectou a raça humana inteira, e já que todos pecaram, todos somos mortais, sujeitos à morte (Romanos 5:12). E não há numa pista na Bíblia de que a alma humana possa existir como uma entidade consciente após a morte.
A Bíblia nenhuma vez descreve a alma como sendo imortal, isso é, não sujeita à morte. As palavras gregas e hebraicas para “alma”, “espírito” e “fôlego” aparecem 1.700 vezes na Bíblia. Mas nem mesmo uma vez a alma, o espírito ou o fôlego humano é chamado de imortal. Atualmente, apenas Deus possui a imortalidade.
“Deus… é… O ÚNICO QUE É IMORTAL”. I Timóteo 6:15, 16
As Escrituras deixam claro que as pessoas nessa vida são mortais: sujeitas à morte. Mas quando Jesus retornar, nossa natureza passará por uma mudança radical.
Eis que eu lhes digo um mistério: NEM TODOS DORMIREMOS, mas TODOS SEREMOS TRANSFORMADOS, num momento, num abrir e fechar de olhos, AO SOM DA ÚLTIMA TROMBETA. Pois a trombeta soará, OS MORTOS RESSUSCITARÃO incorruptíveis, e NÓS SEREMOS TRANSFORMADOS. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e O QUE É MORTAL, DE IMORTALIDADE”. I Coríntios 15:51-53
Como seres humanos, não somos imortais. Mas a segurança do cristão é que nos tornaremos imortais quando Jesus vier a segunda vez a essa terra. A certeza da promessa da imortalidade foi demonstrada quando Jesus irrompeu para fora de Sua tumba e:
“TORNOU INOPERANTE A MORTE e TROUXE À LUZ A VIDA E A IMORTALIDADE por meio do evangelho”. II Timóteo 1:10
A perspectiva de Deus sobre o destino humano é clara: morte eterna para aqueles que rejeitarem a Cristo e se apegarem a seus pecados, ou o dom da imortalidade quando Jesus vier para buscar aqueles que O aceitaram como Senhor e Salvador.
7. ENFRENTANDO A MORTE DE UMA PESSOA QUERIDA
Os medos com os quais naturalmente lutamos quando nos vemos em face da morte se tornam especialmente dolorosos quando alguém de quem gostamos morre. A solidão e o sentimento de perda podem ser dominantes. A única solução para a angústia causada pela separação de uma pessoa amada é o conforto que apenas Cristo pode dar. Lembre-se que nossos queridos estão dormindo, e que nossos amados que descansam serão ressuscitados por Jesus na “ressurreição para a vida” quando Ele vier.
Deus está planejando algumas reuniões maravilhosas. Os filhos serão devolvidos a seus pais, maridos e mulheres se entregarão a um terno e caloroso abraço. As separações cruéis da vida estarão terminadas. “A morte foi destruída pela vitória”. (I Coríntios 15:54).
Alguns acham tão dolorosa a separação de seus queridos que morreram que tentam fazer contacto com eles através de médiuns espiritualistas ou pessoas da Nova Era que se denominam canais de comunicação com os espíritos. A Bíblia nos dá um aviso muito especial sobre as tentativas de aliviar a dor da morte dessa maneira:
“Quando vos disserem: ‘Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram’, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” Isaías 8:19, Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição.
De fato, por quê? A Bíblia claramente revela que os mortos não têm consciência de nada. A verdadeira solução para a angústia causada pela separação das pessoas amadas é o conforto que apenas Cristo dá. Passar tempo se comunicando com Cristo é a maneira mais saudável para crescer durante os momentos de aflição. Lembre-se sempre que a próxima impressão consciente que virá aos que morrem em Cristo será o som da Segunda Vinda de Cristo despertando os mortos!
8. ENFRENTANDO DESTEMIDAMENTE A MORTE
A morte nos rouba praticamente tudo. Mas uma coisa que ela não pode tirar de nós é a confiança em Cristo, e Cristo pode colocar tudo de volta a seu lugar. A morte nem sempre reinará nesse mundo. O diabo, os ímpios, a morte, e o túmulo perecerão no “lago de fogo” que é “a segunda morte” (Apocalipse 20:14).
Aqui estão quatro sugestões simples para enfrentar destemidamente a morte:
(1) Viva uma vida confiando verdadeiramente na esperança que Cristo dá, e você estará preparado para morrer a qualquer momento.
(2) Através do poder do Espírito Santo, seja obediente aos mandamentos de Deus, e você estará preparado para a segunda vinda, à partir da qual você nunca mais morrerá.
(3) Pense na morte como um curto tempo de sono do qual você será acordado pela voz de Jesus quando Ele vier a segunda vez.
(4) Aprecie a certeza que Jesus nos dá de que teremos um lar celestial com Ele por toda eternidade.
A verdade bíblica liberta uma pessoa do medo da morte porque revela a Jesus, o único que nem mesmo a morte conseguiu vencer. Quando Jesus entra em nossa vida, Ele faz nosso coração transbordar com paz:
“Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou… Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo”. João 14:27
Jesus também nos ajuda a lidar com a tragédia de perder alguém muito estimado. Jesus andou pelo “vale da sombra da morte”; Ele conhece as densas trevas que temos que atravessar.
“Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, POR SUA MORTE, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e LIBERTASSE AQUELES QUE DURANTE TODA A VIDA ESTIVERAM ESCRAVIZADOS PELO MEDO DA MORTE”. Hebreus 2:14, 15
Dr. James Simpson, o grande médico que desenvolveu a anestesia, experimentou uma terrível perda quando seu filho mais velho morreu. Ele sofreu profundamente, como qualquer pai sofreria. Então, ele descobriu um caminho de esperança. No túmulo de seu amado filho, ele erigiu uma lápide e nela escreveu umas palavras que demonstravam Sua esperança e fé nas promessas de Jesus: “Apesar de tudo, Ele vive”.
Isso diz tudo. Algumas vezes, uma tragédia pessoal pode aparecer repentinamente vindo do céu; apesar disso, Jesus vive! Nossos corações podem estar feridos; apesar de tudo, Jesus vive!
Em Cristo, temos esperança de vida após a morte. Ele é “a ressurreição e a vida” (João 11:25), e Ele promete: “Porque Eu vivo, vocês também viverão” (João 14:19). Cristo é nossa única esperança para a vida após a morte. E quando Cristo retornar, Ele nos dará a imortalidade. Nunca mais viveremos sob a sombra da morte, por teremos vida eterna. Você já descobriu em sua vida a realidade dessa grande esperança que pode nos ajudar a enfrentar os momentos mais difíceis? Se você nunca aceitou a Jesus como seu Senhor e Salvador, por que você não faz isso agora mesmo?
Lição 24. Copyright © 2004 The Voice of Prophecy Radio Broadcast
Los Angeles, California, U.S.A.

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