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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os Santos do mês de Junho: Antonio, João Batista e Pedro

 Os santos intercedem mesmo por nós? Algumas pessoas perguntam se a intercessão dos santos é uma realidade. A Igreja Católica Apostólica Romana sempre acreditou que as pessoas, que morreram, tendo a vida santificada, vão imediatamente para o céu. Eles se baseiam no livro apócrifo (não canônico ) ou seja, não inspirado de II Macabeus 15:11-15 onde diz assim:
“Narrou-lhes ainda uma visão digna de fé uma espécie de visão que os cumulou de alegria. Eis o que vira: Onias, que foi sumo sacerdote, homem nobre e bom, modesto em seu aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por todo o povo judeu. Em seguida havia aparecido do mesmo modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável, e nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra, disse-lhe Onias: Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus. E Jeremias, estendendo a mão, entregou a Judas uma espada de ouro, e, ao dar-lhe, disse: Toma esta santa espada que Deus te concede e com a qual esmagarás os inimigos.”
O povo judeu estava em guerra contra os gentios na época em que era liderado por Judas Macabeus, e para levantar o ânimo dos guerreiros, Judas contou-lhes a visão que teve, na qual Onias, sacerdote já falecido e Jeremias, intercediam por eles. Mas os mortos intercedem?
SANTO ANTÔNIO – 13 de Junho. Quem foi este homem? Antônio, também chamado Fernando, nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, em uma família rica. Ainda moço, em 1231 faleceu em Pádua na Itália. Aos 15 anos entrou para o Convento de Santa Cruz de Coimbra. Foi admitido na ordem dos irmãos menores de São Francisco, onde ordenou-se sacerdote. Logo depois partiu para missões contra os infiéis, no Marrocos. Lecionou teologia nas universidades italianas de Bolonha e Pádua e nas universidades francesas de Toulouse, Mont-Pellier e Puen-en-Velay, adquirindo reputação de orador sacro. Descoberto o seu dom de orador, passou a pregar a palavra de Deus. Ficaram célebres os sermões pregados em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Dentro da Ordem Franciscana, liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior. Entre seus escritos, figura uma coleção de sermões para domingos e dias santificados a igreja Romana.
Foi canonizado pelo papa Gregório IX em 30 de maio de 1232. É o patrono de Portugal e de Pádua. É atribuída a ele a frase: “Cessem as palavras, falem as obras”.
Os portugueses Católicos levaram para o Brasil, a devoção de Santo Antônio. A devoção à Santo Antônio de Lisboa, foi introduzida em Pernambuco em 1550. O santo familiar, o desvendador de pedidos e protetor de casamento. Em Portugal, aparece também, como o protetor dos taverneiros e dos varejistas em geral.
SÃO JOÃO – 24 de Junho. Quem foi este homem? Não podemos confundir João; o Batista, com João; o Evangelista, autor do quarto evangelho, Apocalipse e das 3 cartas que levam o seu nome. O Evangelista era filho de Maria e de Zebedeu, o Batista era filho de Isabel e Zacarias. Seu nascimento e missão foram anunciados pelo Anjo Gabriel. Filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus, nasceu na cidade de Judá. Na circuncisão recebeu, por inspiração divina, o nome de João. Era seis meses mais velho que Jesus, mas iniciou sua pregação pública, à beira do rio Jordão, alguns anos antes de Cristo dar início à sua própria missão. Chamaram-no Batista pela importância que, em seu ministério, emprestou ao batismo. E também o precursor porque pregou antes de Cristo, anunciando-o.
Segundo os evangelhos, João alertava o povo para aproximação da vinda do Messias e insistia na pregação de arrependimento para essa vinda. Praticava o ritual de purificação que era o batismo por imersão nas águas, significando mudança interior de vida. Sua missão termina com o encarceramento na fortaleza de Maquerunte, onde foi degolado por ordem de Herodes Antipas, a pedido de sua enteada Salomé. Sua figura está ligada ao sacramento do batismo. Dos três santos festejados no mês de junho pela igreja Romana, João teve o poder de dar ao mês seu nome e qualificar de “juninas”, as festas realizadas no decorrer dos seus trinta dias.
SÃO PEDRO – 29 de Junho. Quem foi esse homem? Pedro, nasceu na Galiléia, onde exerceu o ofício de pescador em sociedade com seu irmão André. Sempre em evidência nos evangelhos, Pedro, um dos doze apóstolos de Cristo, também é conhecido por Simão, Simão Pedro e Simão Barjona, filho de João ou Jonas.
Sabe-se que foi casado porque viveu com a sogra em Cafarnaum. Jesus, certa vez, viu as margens do lago Genesaré aquele rude pescador queimado do sol, de mãos calejadas e grosseiras, e lhe disse: – “Segue-me e farei de ti um pescador de homens.” Apesar da negação de Jesus, Pedro deixou um grande legado ao Cristianismo. De acordo com a narrativa evangélica, era espontâneo, leal e generoso, de iniciativas ardentes e raciocínio rápido, ao mesmo tempo em que era precipitado e um tanto medroso. Pedro reconheceu a Divindade de Jesus, junto aos apóstolos, mas, depois O negou três vezes.
É incontestável sua liderança no início da vida cristã. Tanto é assim que é mencionado 23 vezes no evangelho de Marcos, 24 no de Mateus, que o exalta mais do que qualquer outro, 27 no de Lucas; e 39 no de João. No Novo Testamento é citado 182 vezes.
Quando chefe da comunidade cristã em Jerusalém, após a morte de Cristo, Pedro foi preso algumas vezes. Em 67 d.C, o apóstolo Pedro foi arrastado ao tribunal militar, ouviram a enumeração de seus crimes e foi condenado. Pedro foi arrastado, e sua cruz à frente, para um lugar no alto de uma colina em Roma, e de acordo com a tradição Católica, foi onde está a Basílica de São Pedro no Vaticano, ali pregado na cruz. Persiste a tradição de que foi crucificado, a seu pedido,de cabeça para baixo, sob a alegação de que era indigno de morrer como Cristo morreu.
De acordo com a Bíblia quem são os santos e o que eles fazem? A palavra santo vem do grego “hagios”, que significa, consagrado a Deus, sagrado, piedoso. É quase sempre usada no plural, santos. Veja alguns textos: “Senhor, de muito tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém” Atos 9:13. “Passando Pedro por toda parte, desceu também aos santos que habitavam em Lida” Atos 9:32. “…encerrei muitos dos santos nas prisões…” Atos 26:10.
A idéia da palavra santo é de um grupo de pessoas escolhidas para o Senhor e o Seu Reino. Há três referências relacionadas ao caráter piedoso dos santos; “…que a recebais no Senhor como convém aos santos…” Romanos 16:2. “…com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho no seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” Efésios 4:12. “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos” Efésios 5:3.
Portanto, nos termos das Escrituras, os santos são o corpo de Cristo, os cristãos, a Igreja. Todos os cristãos são considerados santos. Em I Coríntios 1:2 diz claramente: “…à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” As palavras, santificados e santos têm a mesma origem grega. Os cristãos são santos pela virtude da sua comunhão com Jesus Cristo. Os cristãos são chamados a serem santos, para cada vez mais permitirem que a sua vida diária se aproxime da sua posição em Cristo. Essa é a descrição e o chamado bíblico dos santos.
Como o entendimento Católico Romano dos santos se compara com o ensinamento bíblico? De forma distorcida. Na teologia Católica, os santos estão no céu. Na Bíblia, os santos estão na terra. No ensinamento Católico, uma pessoa não se torna um santo a menos que seja beatificada e canonizada pelo papa ou por um bispo destacado. Na Bíblia, todo aquele que recebe a Jesus Cristo pela fé é um santo. Na prática católica, os santos são reverenciados, recebem orações e, em alguns casos, são adorados. Na Bíblia, os santos são chamados a reverenciar, adorar e orar apenas a Deus.
De acordo com a Bíblia onde estão Antonio, João e Pedro? Estão na sepultura aguardando a ressurreição. Se estiverem salvos, serão ressuscitados quando Jesus retornar. Se estiverem perdidos, ressuscitarão após os 1000 anos.
Convido a todos para festejarmos o reino dos céus com hinos de louvor e adoração, em vez de seguir a tradição junina sem nehum fundamento bíblico.
Que Deus ilumine as nossas mentes.

domingo, 5 de junho de 2011

Motivos para não Participar de Festas Juninas

Falaremos do “porquê” de não participarmos de festas juninas. Vejamos então:

Plágio do Paganismo - As bases das festas juninas estão fincadas nas práticas das festividades pagãs, onde os pagãos na mesma data ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram as festas pelas colheitas. As festas juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o detalhe de transvestir tais festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel na terra prometida advertiu-os severamente para que não usassem esse tipo de costume, diz Ele:

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.” [Deut. 18:9].
Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora terminantemente proibido por Deus.
Os Santos não Intercedem
É notório que estas festividades são para homenagear os três santos (acima. Nestas datas as pessoas invocam sua proteção através de missas e fazem promessas e pedidos confiando em sua suposta intercessão.
Não obstante, temos razões bíblicos em abundancia para rejeitarmos estas mediações que os devotos tanto acreditam. A Bíblia nos diz que existe um só mediador entre Deus e os homens:
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” [I Tm. 2:5].
Este verso exclui todos os demais mediadores forjados pela mente humana. Se temos que pedir alguma coisa a alguém, esse alguém tem de ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz: “…e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei.” [João 14:13,14].
Em toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos nossos pedidos, promessas e votos a terceiros.

Os Santos não Escutam Orações
Um devoto junino acredita piamente que seus “santos” ouvem suas petições por ocasião destas festividades natalícias ou fora delas, mesmo sabendo que estas personagens já morreram há séculos! Mais uma vez a Bíblia rejeita este conceito por declarar a posição correta dos mortos em relação aos vivos:
“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. 6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” [Eclesiastes 9:5,6].

Veja que o verso nos diz que os que já morreram não sabem coisa nenhuma do que acontece aqui em nosso mundo, na terra (debaixo do sol). Eles não podem ajudar ou atrapalhar ninguém.

Invocação de Espíritos dos Mortos
Há uma crença em que o espírito de São João possa ser despertado por ocasião da soltura de foguetes, afim de vir participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore ou não, isto reflete de modo perfeito a crença católica da invocação dos santos. É claro que se o santo já morreu, o que é invocado é o espírito dele, e isto bate de frente com a advertencia bíblica a respeito da consulta aos mortos. Vejamos:
“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?” [Isaías 8:19].
E mais:
“Não se achará no meio de ti nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.” [Deut. 18:9,-12].
No fundo a prática de invocar o espírito dos santos nada mais é do que uma prática espírita e como tal, é reprovada por Deus.

Outro Espírito Recebe em Lugar do Santo
Como ficou demonstrado biblicamente os espíritos desses “santos” não sabem de nada do que acontece, portanto não podem interceder por ninguém. Já que eles são neutros nisso tudo, para quem vai então às honras e os louvores destas festividades afinal? O apostolo Paulo estava ensinando quase a mesma coisa aos cristãos de Corinto quando disse: “Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” Um pouco antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é ( 8:4 )
Ou seja, quando os gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais deuses, eles na verdade estavam sacrificando aos demônios (que eram os únicos a receberem tais oferendas), pois o ídolo nada é. Não estaria acontecendo algo similar nas festas juninas? Quando um devoto oferece sua colheita, suas oferendas e festividades a tais santos que segundo a Bíblia, não podem interceder e saber o que está acontecendo, quem então as recebe? Ou então, quando o pedido é atendido, quem concede estas “graças” às pessoas nas festas juninas? De uma coisa temos certeza: dos santos é que não são!

Comidas e Imagens
Por último temos duas práticas rejeitadas pela Palavra de Deus. As comidas que são oferecidas nas festas juninas por vezes são benzidas e oferecidas ao santo que nada mais é do que um ídolo, pois a ele se fazem orações, carregam sua imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante dela etc. Como exemplo, temos o famoso pãozinho de Santo Antonio! Entretanto, a Bíblia diz: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos…não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios.” [Atos 15:29 ; I Co. 10:21].
Quanto às imagens dedicadas aos santos, elas são proibidas pela Bíblia nos seguintes termos: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não te encurvarás diante delas, nem as servirás;” [Deut. 5:8,9].
Estes são resumidamente alguns poucos motivos, para todo cristão genuíno não participar de tais festividades.

Conclusão
Pare e pense: como vimos, todas as práticas encontradas nas festas juninas são rejeitadas pela Palavra de Deus. Será que Deus se agradaria de tais festividades, quando sabemos que elas desobedecem explicitamente o que Ele ordenou em sua santa Palavra? Será que com essa prática mundana realmente estão honrando a Deus com isso? Pense novamente: Se Deus rejeitou as festas de Israel que eram dedicadas somente a Ele [Amós 5:21-23] , mas que haviam sido mescladas com elementos dos cultos pagãos dos países vizinhos, não rejeitaria com mais veemência ainda as ditas festas “cristãs” dedicada aos “santos”?
Agora que já sabemos o que fazer, cabe a cada um tomar sua decisão.
Por Carlos Correia
Fonte: Adventismo em Foco

sábado, 4 de junho de 2011

“Santos juninos” têm ligação com candomblé

No sincretismo religioso, os santos católicos Santo Antônio, São Pedro e São João, muito lembrados neste mês de festas juninas, são, respectivamente, Ogum, Xangô e Oxossi, no candomblé. A associação entre os santos e orixás, no entanto, não leva em conta a história de cada santo nem as características que o tornam conhecido. “Esse sincretismo teve origem durante a escravidão, porque os negros não podiam ter sua própria fé, eles eram obrigados por seus senhores a rezar para santos católicos. Para resolver esse problema, eles usavam imagens de santos católicos em suas orações e as equiparavam a seus orixás, mas essa associação foi feita aleatoriamente”, diz ao G1 o Pai de Santo Maurício dos Santos Roberto, conhecido como Pai Rouxiluanda.


Os dias em que são realizadas as festas dos santos e dos orixás também coincidem, segundo Pai Rouxiluanda. O dia de Santo Antônio é comemorado em 13 de junho e abre os festejos juninos. Apesar de não ter em seus sermões nada específico sobre casamentos, Santo Antônio ficou conhecido como o santo casamenteiro por ajudar moças humildes a conseguirem um dote e um enxoval para poderem se casar.

Pai Rouxiluanda esclarece que, com o passar dos anos, alguns terreiros deixaram de associar a imagem de santos católicos a orixás. Ainda assim, em Salvador, por exemplo, a tradição ainda é marcante e as celebrações juninas contam com festas para os orixás, assim como fazem os católicos para os santos.

“Uma celebração do candomblé é como uma festa, em que fazemos oferendas aos orixás, dançamos, cantamos para as entidades e nos confraternizamos”, diz o Pai de Santo.

Fonte: (G1 Notícias) / Criacionismo

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Um Cristão Pode Participar das Chamadas Festas Juninas?

Cabe a você cristão, após ler sobre o significado das chamadas “Festas Juninas” decidir se tais festas são ou não agradáveis aos olhos do Deus Eterno e se são um bom ambiente para você e sua família frequentarem. Cabe a você e somente a você a decisão. Escolher ficar ao lado de Deus ou participar de festividades pagãs que desagradam ao Altíssimo.


O mês de junho, época de Solstício de Verão na Europa, ensejou inúmeros rituais de
invocação de fertilidade, necessários para garantir o crescimento da vegetação, fartura na colheita e clamar por mais chuvas. Estes rituais, eram expressões que foram praticadas pelas mais diferentes culturas, em todos os tempos e em todas as partes do planeta.

O espetáculo das grandes mudanças que nos oferece a natureza sobre a face da terra, sempre impressionou o homem e levou-o a meditar sobre suas causas, efeitos e transformações. Em certo estágio de desenvolvimento, acreditou ele, estar em suas mãos os meios de evitar uma calamidade em potencial e que podia interferir, apressando ou retardando a marcha das estações pela arte da magia. Com este pensamento fixo, passou a realizar rituais e a proferir palavras mágicas para o sol brilhar, os animais se multiplicarem e a vegetação ou colheita desenvolver-se.

No decurso de mais algum tempo, porém, acabou por convencer-se que o crescimento e a decadência da vegetação e as alterações das estações, assim como a vida e a morte de qualquer criatura viva, dependiam da força e da vontade de seres divinos. Sendo assim, a velha teoria mágica das estações, foi complementada com uma teoria religiosa. Mas, mesmo associando estas transformações às suas divindades, achou que através de certos ritos mágicos, poderia dar uma ajuda ao seu deus, que era o princípio da vida na luta contra o princípio contrário, a morte.

As cerimônias que realizava para alcançar este objetivo, não passavam de representações dramáticas dos processos naturais que desejava favorecer.

Não obstante, os dois lados da vida, o vegetal e o animal, não estavam dissociados na mente daqueles que realizavam estes cerimoniais. Em verdade, eles acreditavam que existiam profundos laços que uniam o mundo vegetal ao animal e em funções disso, combinavam a representação dramática do renascimento das plantas a união dos sexos, objetivando estimular ao mesmo tempo e com um único ato, a multiplicação dos frutos, dos animais e dos homens. Para eles, o princípio da vida e da fertilidade, fosse animal ou vegetal era uno e indivisível. Alimento e filhos, era o que os homens procuravam obter com a realização de ritos mágicos para regular as estações. Estes rituais de fertilidade, perduraram através dos tempos e na “Era Cristã” não houve como apagá-los. E, a Igreja Católica, adaptou-os as comemorações do dia de São João, que teria nascido em 24 de junho, dia do solstício.

Nos conta Frazer, em seu livro “O Ramo de Ouro”, do início do século XX, que na Sardenha, os jardins de Adônis ainda são plantados na festa de Solstício de Verão, que lá tem o nome de festa de São João. Era costume, também, em 1 de abril um rapaz da aldeia se apresentar diante de uma moça e pedir-lhe para ser sua “camare” (namorada) e se oferecer para ser seu “compare”. O convite era considerado como uma honra pela família da moça e aceito com satisfação. No final de maio, a jovem faz um vaso com casca de um sobreiro, enche-o de terra e nele semeia um punhado de trigo e cevada. Colocado ao sol e regado na devida freqüência, os grãos brotam rapidamente e, na véspera do solstício (23, junho, véspera de São João), já estaria bem desenvolvido. O vaso é então chamado de “erme” ou “nenneri”. No dia de São João, o rapaz e a moça, acompanhados por uma comitiva e precedidos por crianças, vão em procissão até a igreja. Ali quebram o vaso e lançando-o contra a porta do templo. Sentam-se em seguida em círculo na relva e comem ovos e verduras ao som da música de flautas. Em seguida dão-se as mãos e canta, “Namorados de São João ( Compare e comare di San Giovanni) várias vezes, enquanto as flautas tocam durante todo este ínterim. Quando se cansam de cantar, levantam-se e dançam alegremente em círculo até a madrugada.

Outro aspecto importante da festa do Solstício de Verão ligado ao nome de São João é a tradição de banhar-se no mar, nas nascentes, nos rios ou no sereno, na noite da véspera do dia da festa do Solstício. Em Nápoles, há uma igreja dedicada a São João Batista com nome de São João do Mar (San Giovan a mare). Este hábito é bastante antigo e, homens e mulheres acreditavam que no ato de banhar-se ficariam livres de todos os pecados. Nos Abruzos, ainda se acredita que água possua qualidades benéficas na noite de São João. Em Marsala, na Sicília, há uma nascente em uma gruta subterrânea, chamada Gritto della Sibila. Ao seu lado, há uma igreja de São João. Na véspera de São João, dia 23 de junho, mulheres e moças visitam a gruta e, ao beber da água profética, acreditam que ficam sabendo se seus maridos são fiéis ou se casarão no próximo ano. Também os enfermos, acreditam que banhando-se nestas águas, ficarão curados de seus males.

O alcance destas crenças eram tão grandes, que a Igreja, acabou por achar melhor seguir uma política de acomodação, dando a estes ritos um nome cristão. E, ao procurar um santo para suplantar o patrono pagão de tais banhos, dificilmente poderiam ter encontrado um sucessor mais adequado do que São João Batista.

Atualmente, os rituais de fertilidade estão representados no casamento caipira e, as antigas oferendas, deram lugar às simpatias, adivinhações e pedidos de graças aos santos. O santo mais requisitado é o Santo Antonio, conhecido como casamenteiro, que segundo reza uma lenda, levou três irmãs solteiras ao altar.

O FOGO DA VIDA E DA PURIFICAÇÃO…

Também perduraram, desde os tempos imemoriais, os costumes de acender fogueiras e tochas, que livravam as plantas e colheitas dos espíritos maus que poderiam impedir a fertilidade.

A festa de São João está também, diretamente relacionada com o elemento “fogo”. Analisando mais a fundo o simbolismo deste elemento, chegaremos a seus vários aspectos.

O fogo segundo a crença é criação, nascimento, luz original, alegria e elemento que foi divinizado pelo homem. Este, submerso nos mistérios da noite, alegra-se quando seus olhos se abrem para a luz do dia, iluminados pelos raios benéficos do Sol. Mas o fogo também é destruidor, já que tudo queima e incinera. Esta ambivalência foi rapidamente observada pelos nossos antepassados que fizeram do fogo uma representação do bem e do mal. O fogo portanto, era considerado então princípio de vida, revelação, iluminação, purificação, mas também paixão e destruição. Dá a vida, mas volta a tirá-la e transforma-a em cinza.

As fogueiras de São João, que queimam atualmente, na noite de 23 de junho (véspera da festa de São João), eram no começo, fogos de fertilização e purificação que se acendiam no dia do Solstício de Verão, na Europa (21 de junho), justamente antes das colheitas, em honra aos deuses para agradecer as suas bondades, ou imediatamente depois, para purificar a terra.

As festividades de São João, portanto, celebram a vida, o Sol, o fogo transformador que consome o velho para criar algo novo.

TRADIÇÃO QUE CONQUISTOU OS ÍNDIOS…
Quando os portugueses chegaram com seus jesuítas ao Brasil, em torno 1500, trouxeram em sua bagagem todas as suas crenças e costumes. Alguns cronistas contam que os jesuítas foram os primeiros a acender fogueiras e tochas para comemorar a festa de São João.
Ela foi muito bem aceita pelo nosso indígena, pois se identificava com suas danças sagradas realizadas também, em torno do fogo.
Os jesuítas, muito astutos, se utilizaram do interesse do índio pelas festas religiosas para atraí-los e estabelecerem contatos com objetivos de catequese.

COQUETEL DE CULTURAS
As festas juninas somam hoje, contribuições culturais de vários povos que aqui se estabeleceram como o passar do tempo. E, pode-se dizer, por que não, que este verdadeiro “coquetel de culturas” foi um arranjo que mobiliza romaria de turistas para apreciarem suas alegres e descontraídas festas.

Desde do século XIII, a festa de São João portuguesa chama-se “joanina” e incluía os santos: Santo Antônio ( 13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho).

Já a quadrilha, tão apreciada e cantada nestas festas é uma dança francesa que tem suas raízes nas contra-danças inglesas (contry dance= dança rural) e surgiu no final do século XVIII. Esta dança desembarcou no Brasil com a família real portuguesa em 1808. Só a alta sociedade da época, divertia-se em suas recepções ao som da quadrilha.

Com o tempo, este modismo importado da França, caiu nas graças do povo, passando então, a integrar o repertório de cantores e compositores. Foi assim, que a quadrilha deixou os salões aristocráticos para entrar nas festas populares. Surgiram então, as variantes no interior do país, como a quadrilha caipira. A quadrilha ainda hoje, é dançada no interior para homenagear os santos juninos e agradecer as boas colheitas da roça. O instrumento tradicional das quadrilhas é a sanfona.

Mas, a pitada que dá o toque especial a este “coquetel de cultura” é a culinária indígena, com suas comidas à base do milho como: espigas de minho, pamonha, canjica, bolo de fubá, etc.

Portanto, unindo música, teatro e boa comida, as festas juninas expressam um imaginário rico em passagens da vida cotidiana de um povo simples.

Além disso, estas festividades tiveram um papel essencial na integração entre índios e portugueses e, mais tarde, com os negros e outros grupos étnicos, estabelecendo o que podemos chamar de união de laços culturais. Inseridas dentro de um contexto religioso, estas festas foram portanto, muito importantes nas relações entre diferentes povos que colonizaram o Brasil. Esta polifonia cultural está arraigada até hoje.

CASAMENTO CAIPIRA
A cerimônia de casamento caipira é uma manifestação realizada durante os festejos juninos, principalmente nos dias dedicados a São Pedro.

Dependendo da região e estado do Brasil o Casamento Caipira é conhecido também por outros nomes como Casamento Matuto e Casamento na Roça.

O Casamento Caipira é uma paródia às cerimônias tradicionais. O cerimonial é precedido de um grande cortejo pelas ruas da cidade, onde os principais personagens da representação são: a noiva grávida, o noivo, o delegado, o padre, os pais dos noivos, padrinhos, etc. O enlace caricaturado se desenvolve em meio à fugas do noivo, as indecisões da noiva e ameaças por parte dos pais, vigário e o delegado. Os textos apresentam uma linguagem libidinosa e os sermões contém forte conotações crítico-sociais. Após a celebração do casamento, inicia-se a quadrilha.

AS FOGUEIRAS
As fogueiras juninas merecem uma consideração à parte. A de Santo Antonio é quadrada. A de São João, redonda. A de São Pedro, triangular.

O festeiro escolhido para comandar os festejos de qualquer um dos santos de junho deve escolher um bom Capitão de Mastro e um bom Alferes de bandeira, os quais organizarão a fogueira, tratarão da implantação do mastro para a bandeira e mandarão confeccionar (onde ainda não existir) a própria bandeira.
É adequado, também, fincar-se um pau-de-sebo no local da festa, para diversão dos jovens. A fogueira centraliza a festa.

A LAVAGEM DO SANTO
Na festa de São João, em alguns locais se costuma realizar a “lavagem” ou o “batismo” do santo. Este ritual deve ser realizado antes da meia-noite, quando todos os participantes formam uma procissão com andores onde estão dispostas as imagens de alguns santos e se dirigem às margens de um riacho, rio, lagoa ou córrego das proximidades. Entoam pelo caminho diversas cantorias como:
“Viva São João Batista
Vivia Batista João
Vivia São João Batista
Que foi batizado
No rio de Jordão.”

Chegando ao riacho, sempre com cantos e com velas acesas, cada devoto recebe nas mãos uma imagem de um santo e a mergulha brevemente nas águas, ou então apanha um pouco da água e a despeja sobre a imagem. Também neste momento, cada devoto faz o sinal da crua e às vezes com a própria representação do santo. Durante a lavagem é comum cantar:

“Lira, oi lira
Corrida do mar
Quem tem seus pagão
Pode vim batizar”.

A lavagem abençoa a imagem do santo e a água. É costume também, banhar os pés , rosto, mãos, e outras partes do corpo com o intuito e busca de proteção.

As festas juninas em centenas de cidades e principalmente no Nordeste, movimentam mais gente que o nosso famoso Carnaval. Os arraiais em municípios do interior são confraternizações pequenas, mas em outros já se transformaram em megaeventos que fazem moda, chegando a reunir até 1 milhão de turistas ao longo do mês. O circuito junino do Nordeste é hoje uma atração muito procurada e já atrai brasileiros de todas as outras regiões.

Caruaru, em Pernambuco e Campina Grande, na Paraíba, disputam o título da melhor festa do país. A primeira é conhecida como “capital do forró” e a outra como “o maior São João do mundo”. Na década de 80 surgiram em Caruaru as drilhas, quadrilhas que desfilavam atrás do trio elétrico ao som de um som modernizado.

Caruaru criou uma cidade cenográfica denominada Vila do Forró, uma réplica de cidade típica de sertão reproduzindo a arquitetura das casas, que são geralmente simples e coloridas, habitadas pela rainha do milho, pela rezadeira, pela rendeira, pela parteira. Lá estão também o correio, o posto bancário, a delegacia, igreja, restaurantes, teatros mamulengos. Atores encenam nas ruas o cotidiano dos habitantes da região. Uma das grandes atrações da festa é o desfile junino na véspera de São João, através do qual desfilam mais de vinte carros alegóricos, carroças ornamentadas, em cujo cortejo são apresentados Bacamarteiros, bandas de pífaro, quadrilhas, casamentos matutos, grupos folclóricos.

Já, Campina Grande, construiu o “Forródromo” que recebe todos os anos milhões de pessoas que se divertem, assistindo apresentações do forró pé de serra, quadrilhas, cantores, bandas, desfiles de jegues; participam de jogos e brincadeiras e deleitam-se com as comidas típicas vendidas nas barracas. As duas cidades disputam a popularidade da festa, realizada como um grande espetáculo que atualiza manifestações culturais, transformando as homenagens a São João num mês de contínua folia junina.

Na Amazônia cabocla, a tradição de homenagear os santos constitui um calendário que tem início em junho com Santo Antônio e termina em dezembro com São Benedito.São festas de arraial, onde estão presentes as fogueiras, o foguetório, o mastro, os banhos da meia-noite, muita comida e a folia, que representam sempre a festa realizada no décimo dia depois das novenas.

A noite de São João na cidade de Belém, como em toda a vasta terra paraense, é noite de feitiçaria indígena. Noite desejadas pelos namorados que esperam ler à sorte de ovo ou nos desenhos da faca que à meia noite foi espetada na bananeira, a sua predestinação, o nome do bem amado, os caminhos incertos do futuro, aquilo que mais se quer e nem sempre se alcança, muito embora a sorte o vaticine. São realizados também, os divertidos “banhos de cheiro” que, no dizer de Raimundo Morais “não somente dão sorte, alegria, prosperidade, como tiram o caipora, o azar, equivalendo a uma limpeza no físico e na alma do indivíduo”.

No Rio Grande de Sul, esta festividade folclórica possui características próprias. Observa-se um misto de culturas regionais, a caipira e a gaúcha, sob o ritmo do vanerão, muito embora esta mistura já esteja perdendo espaço.

No sul de Minas, já há uma preocupação em comemorar as festas juninas nos moldes simples do homem do campo. Ao contrário das grandes cidades, que vão deixando de lado o caráter folclórico destas festas, no interior a tradição ainda sobrevive. Durante o evento são servidas comidas típicas, pipoca quentinha à luz da fogueira e a famosa quadrilha e tanto cativa e alegra.

“AS SORTES”, VOCÊ QUER SABER A SUA?

Nas noites de 13, 24 e 29 ou na passagem do respectivo dia anterior para esses dias (o instante mágico é a meia-noite) se podem tirar “sortes” do santo, ligadas à amor, à profissão, a destino ou outros assuntos. Saiba agora algumas dessas sortes:

Sorte no Namoro
Planta-se um dente de alho com o nome da jovem ou do jovem de quem gosta, escrito num papel. Fica o dente do alho para cima, junto com o papel. No dia seguinte diz que já amanhece brotando o que vai dar casamento. Se não no dia seguinte, espera mais alguns dias.

Sorte do prato d’água
Escreva os nomes de seus pretendentes em pedaços de papel branco. Em seguida, pegue todos os papeizinhos e torça-os, bem torcidos. Disponha-os então em um prato cheio de água. No dia seguinte, o papel que amanhecer aberto é o que tem o nome daquele que pode acabar em casamento.

O QUE DIZ A BÍBLIA SAGRADA
Para muitos cristãos, pode parecer que a participação deles nessas festividades juninas não tenha nenhum mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. O apóstolo Paulo, no entanto, declara em I Coríntios 10.11 que as coisas que nos foram escritas no passado nos foram escritas para advertência nossa. Vejamos o que ele disse: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”.

O que nos mostra a história do povo de Israel em sua caminhada do Egito para Canaã? Quando os israelitas acamparam junto ao Monte Sinai. Moisés subiu ao monte para receber a lei da parte de Deus. A demora de Moisés despertou no povo o desejo de promover uma festa a Deus. Arão foi consultado e, depois de concordar, ele próprio coletou os objetos de ouro e fabricou um bezerro com esse material, O texto bíblico diz o seguinte:

“Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isto, edificou um altar diante do bezerro e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.4-5).

Qual foi o resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os puniu severamente: “Chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças. acendeu-se-lhe a ira, e arremessou das mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do monte. Então tomou o bezerro que tinham feito, e o queimou no fogo, moendo-o até que se tomou em pó, e o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos de Israel.

O teor religioso das festas juninas não passa de um ato idólatra quando se presta culto a Santo Antônio, São João e São Pedro.

Como crentes, devemos adorar somente a Deus: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Assim, nossos lábios devem louvar tão-somente o Senhor Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por meio dele a Deus sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). O texto de Apocalipse 7.9 é um bom exemplo do que estamos falando: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas com palmas nas suas mãos. E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”.

É possível imaginar um cristão cantando louvores a São João Batista? O cântico seria mais ou menos assim:
“Onde está o Batista?”.
Ele não está na igreja,
Anda de mastro em mastro,
A ver quem o festeja”.

Lembramos a atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de adoração que certos homens quiseram prestar a eles: “E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Bamabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes. Porém, ouvindo isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, e dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, Sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há” (At 14.11-15).

Os Santos não Podem Ajudar
Normalmente, as pessoas que participam das festas juninas querem tributar louvores a seus patronos como gratidão pelos benefícios recebidos. Admitem que foram atendidas por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Crêem também que esses santos podem interceder por elas junto a Deus. Entretanto, os santos não podem fazer nada pelos vivos. Pedro e João, como servos de Deus obedientes que foram, estão dormindo aguardando a Segunda Vinda de Cristo e farão parte da ressurreição dos justos. Não estão ouvindo, de forma nenhuma, os pedidos das pessoas que os cultuam aqui na terra. O único intercessor eficaz junto a Deus é Jesus Cristo. Diz a Bíblia: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Timóteo 2.5).
E mais:

“É Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os monos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).

“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, ternos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos. mas também pelos de todo o mundo” (lJo 2.1-2).

Foi o próprio Senhor Jesus quem nos disse que deveríamos orar ao Pai em seu nome para que pudéssemos alcançar respostas aos nossos pedidos: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei”(Jo 14.13-14).

Quanto ao teor religioso das festas juninas, podemos declarar as palavras de Deus ditas por meio do profeta:

“Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro” (Amós 5.21).

Como seguidores de Cristo, suplicamos, diante desta delicada exposição, que Deus nos conceda sabedoria para que consigamos proceder de uma maneira que o agrade em todas as circunstâncias.

Algo em Que se Pensar
O Brasil é um dos maiores paises agrícola do mundo. Até conhecemos aquela frase elogiando as terras brasileiras: nas quais, “… em se plantando tudo dá”. No entanto (pasmem), o governo está importando (isto é, comprando) de outros países arroz, feijão, trigo, café, cacau etc. Era para estarmos exportando, vendendo, aumentando o capital, e não comprando, pois temos terras de excelente qualidade. Um dos problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do “homem do campo”. Sabemos que existe um êxodo rural muito grande, 80% da população brasileira vive nas cidades e somente 20 % vivem no campo. Não estaria as festas juninas contribuindo para formar uma imagem negativa de nosso povo da zona rural? Não é exagerado o ponto de vista em que sugere que a imagem do homem do campo por vezes é humilhada nas festas juninas.

Veja: qual criança se espelharia no típico caipira das quadrilhas de festas juninas? Quais delas diria: “quando crescer quero ser um caipira, ou homem do campo, com as roupas remendadas”? As crianças querem ser médicos, professoras, atrizes, pois estes não são humilhados nas festas juninas. As Festas Juninas inconscientemente ou não, servem mais para humilhar as pessoas do campo do que para honrá-las como pretendem; o caipira, quando não é banguela, é desdentado, seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a botina é furada, suas roupas são rasgadas e remendadas, uma alusão ao espantalho, um pobre coitado! – pois talvez seja assim que os grandes latifundiários vêem o caipira, e essa visão é reproduzida por nossas crianças nas escolas. Poderia isto ser chamado de FOLCLORE e CULTURA?

A Bíblia diz categoricamente que “o que escarnece (humilha) do pobre insulta ao que o criou” (Pv. 17:5). Disso decorrem problemas urbanos graves como o favelamento e os menores abandonados, pois como os “caipiras” não conseguem sobreviver no campo, pensam que na cidade encontrarão trabalho. A esse processo dá-se o nome de “Êxodo Rural”. E o nosso país agrícola é desmatado, onde só se planta pasto para boi gordo, e expulsa o homem do campo.

Motivos para não Participar de Festas Juninas

Diante de tudo o que foi dito acima daremos uma recapitulação expondo o “porquê” de não participarmos de festas juninas. Vejamos então:

Plágio do Paganismo - Como vimos, as bases das festas juninas estão fincadas nas práticas das festividades pagãs, onde os pagãos na mesma data ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram as festas pelas colheitas. As festas juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o detalhe de transvestir tais festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel na terra prometida adverti-os severamente para que não usassem esse tipo de costume, diz Ele: “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.” [Deut. 18:9]. Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora terminantemente proibido por Deus.

Os Santos não Intercedem - É notório que estas festividades são para homenagear os três santos. Nestas datas as pessoas invocam sua proteção através de missas e fazem promessas e pedidos confiando em sua suposta intercessão. Não obstante, temos razões bíblicos em abundancia para rejeitarmos estas mediações que os devotos tanto acreditam. A Bíblia nos diz que existe um só mediador entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” [I Tm. 2:5]. Este verso exclui todos os demais mediadores forjados pela mente humana. Se temos que pedir alguma coisa a alguém, esse alguém tem de ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz: “…e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei.” [João 14:13,14]. Em toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos nossos pedidos, promessas e votos a terceiros.

Os Santos não Escutam Orações - Um devoto junino acredita piamente que seus “santos” ouvem suas petições por ocasião destas festividades natalícias ou fora delas, mesmo sabendo que estas personagens já morreram há séculos! Mais uma vez a Bíblia rejeita este conceito por declarar a posição correta dos mortos em relação aos vivos: “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” [Eclesiastes 9:5,6].

Invocação de Espíritos dos Mortos - Como já vimos, há uma crença em que o espírito de São João possa ser despertado por ocasião da soltura de foguetes, afim de vir participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore ou não, isto reflete de modo perfeito a crença da invocação dos santos e isto bate de frente com a advertencia bíblica a respeito da consulta aos mortos. Vejamos: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?” [Isaías 8:19]. E mais: “Não se achará no meio de ti nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.” [Deut. 18:9,-12]. No fundo a prática de invocar o espírito dos santos nada mais é do que uma prática espírita e como tal, é reprovada por Deus.

Outro Espírito Recebe em Lugar do Santo - Como ficou demonstrado biblicamente os espíritos dos santos não sabem de nada do que acontece em nosso mundo, portanto não podem interceder por ninguém. Para quem vai então às honras e os louvores destas festividades afinal? O apostolo Paulo estava ensinando quase a mesma coisa aos cristãos de Corinto quando disse: “Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” Um pouco antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é ( 8:4 ), ou seja, quando os gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais deuses, eles na verdade estavam sacrificando aos demônios (que eram os únicos a receberem tais oferendas), pois o ídolo nada é. Não estaria acontecendo algo similar nas festas juninas? Quando um devoto oferece sua colheita, suas oferendas e festividades a tais santos que segundo a Bíblia, não pode interceder e saber o que está acontecendo, quem então as recebe? Ou então, quando o pedido é atendido, quem concede estas “graças” às pessoas nas festas juninas? De uma coisa temos certeza: dos santos é que não são!

Comidas e Imagens - Por último temos duas práticas rejeitadas pela Palavra de Deus. As comidas que são oferecidas nas festas juninas por vezes são benzidas e oferecidas ao santo que nada mais é do que um ídolo, pois a ele se fazem orações, carregam sua imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante dela etc. Como exemplo, temos o famoso pãozinho de Santo Antonio! Entretanto, a Bíblia diz: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos…não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios.” [Atos 15:29 ; I Co. 10:21]. Quanto às imagens dedicadas aos santos, elas são proibidas pela Bíblia nos seguintes termos: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não te encurvarás diante delas, nem as servirás;” [Deut. 5:8,9]. Estes são resumidamente alguns poucos motivos, para todo cristão genuíno não participar de tais festividades.

Conclusão
Pare e pense: como vimos, todas as práticas encontradas nas festas juninas são rejeitadas pela Palavra de Deus. Será que Deus se agradaria de tais festividades, quando sabemos que elas desobedecem explicitamente o que Ele ordenou em sua santa Palavra? Será que estaríamos honrando a Deus com isso? Pense novamente: Se Deus rejeitou as festas de Israel que eram dedicadas somente a Ele [Amós 5:21-23] , mas que haviam sido mescladas com elementos dos cultos pagãos dos países vizinhos, não rejeitaria com mais veemência ainda as ditas festas “cristã” dedicada aos santos?


Sétimo Dia

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