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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Culpa: “Apertei seu narizinho contra meu peito até a morte”


“Em um dia de desespero, de desorientação, sei lá, nem sei dizer o motivo. Resolvi que tiraria a vida da minha bebê de dois meses. Fui para o meu quarto, fechei a porta e coloquei ela no peito para mamar… e, apertei seu narizinho contra meu peito até sufocá-la…até a morte. Eu sei, eu sou um monstro…eu me arrependo amargamente pelo que fiz, e guardo essa dor, essa culpa só pra mim, já que ninguém  sabe o que aconteceu, pois os médicos disseram que foi morte súbita do recém nascido…só quem sabe a verdade sou eu, Deus e você”

Sofrimento
Deus perdoa e liberta da culpa.

Que drama, hein? Quero falar especialmente com você que não é santo, que erra e está sendo esmagado pelo peso da culpa. Pra início de conversa, acredite que o Cristo que jamais se distanciou mais de 300 quilômetros do povoado de Nazaré, onde nasceu, está tão perto de você a ponto de ouvir e sentir sua respiração. Olhe para Ele! Veja Sua grande esperança! A única e poderosa força do Universo luta por você, mesmo sendo tão culpado. A Trindade é por você (Hebreus 9:14). Nenhum clamor deixa de ser ouvido, pois Deus não perde uma chance de perdoar e amar. As mãos que desenharam o céu estrelado acolhem suas lágrimas, saram as feridas e desfazem as nuvens escuras com fortes raios de luz, acabam com a obscuridade de todo coração perturbado. Ele não é uma em muitas opções. É a opção de felicidade! Jesus continua escutando suas orações silenciosas e sentindo suas dúvidas mais profundas. Ele não desiste de você! Transforma seu beco sem saída em uma ponte e lhe oferece descanso.

Os dedos que escreveram em tábuas de pedras (Êxodo 31:18) podem lhe tocar agora e remover todo sentimento de culpa deste coração de carne, sangue e pecado (Isaías 6:7). Aproveite este momento, não se culpe, pare de olhar para si, derrame-se aos pés do Mestre, liberte a fragrância de sua fé. Ele já lhe estendeu a mão perfurada mesmo antes de você deslizar e se afundar nesse poço de problemas. Ele ouviu seu gemido, lhe perdoou e já esqueceu seus pecados. Aceite a ajuda de um Deus vencedor! Entregue sua causa Àquele que se revestiu das nossas dores, assumiu todas as culpas e diz: “Está consumado, acabou, farei tudo novo!” Confira em Apocalipse, capítulo 21.

Há nova chance para um coração aflito. Para quem violentou, esquartejou, matou em vez de amar, mentiu, acusou, corrompeu, roubou, assaltou.  Para o pior dos pecadores. Deus perdoa, esquece, limpa, cura, lança a culpa no fundo do mar. Isaías 44:22; 43:25; 58:8-9; Miquéias 7:19; 1 João 1:9; Tiago 5:16; Hebreus 8:12; Números 14:18; Atos 17:30

Desde o Éden corremos do Criador, e o Deus Todo-poderoso corre para nos salvar. Neste instante, Ele está agindo. O Deus que deu uma nova chance para Eva, Davi, Paulo e Pedro pode erguer agora a sua cabeça, olhar dentro de seus olhos e lhe dizer: “Eu não te condeno”. Esse amor do Mestre é alívio para seu coração? “Vai e não peques mais!” Vai, recomece tudo de novo, siga para um novo tempo. Seja feliz!

Vamos orar? Orar é poder.

Senhor, muito obrigado pelo perdão. Lava-me com o Teu amor, limpa-me com a Tua misericórdia, veste-me com a Tua graça. Faze-me esquecer das minhas quedas, lembra-me que sou Teu filho. Por favor, restaura, cura minhas emoções. Levanta-me Deus, abraça-me Senhor. Pai nosso, que estás no Céu e bem pertinho de mim. Santificado seja o Teu templo que é a minha mente. Faça-se a Tua escolha e não a minha vontade. Dá-me hoje a misericórdia de cada dia. Pois Teu é o poder, a esperança e a salvação. Amém!

Seja feliz!

J.Washington

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Quantos quilos pesa o sentimento de culpa?


É quase a mesma coisa: o sentimento de culpa, o mal-estar gerado pelo pecado, a tristeza pelo pecado, a vergonha de ter pecado, o remorso que o pecado causa. Quando verdadeiro, preciso e sensato, o sentimento de culpa é positivo. Sem ele são impossíveis a confissão, o perdão e a restauração. Um dos mais 
preciosos ministérios do Espírito Santo é convencer o pecador de seu pecado.
 

É possível imaginar a força do sentimento de culpa que tomou conta, por exemplo, de Davi, depois do escândalo de seu adultério com a mulher de Urias, e de Pedro, depois de ter negado publicamente a Jesus Cristo, num ambiente hostil e num momento mais do que impróprio. Contudo, a mais dramática descrição de sentimento de culpa talvez seja a que se encontra em Lamentações de Jeremias 1.14: “Ele tomou nota dos meus pecados, amarrou-os todos juntos, pendurou-os no meu pescoço, e o peso deles acabou com as minhas forças”.
 
Certamente uma pessoa acometida por esse quase insuportável mal-estar faz algumas perguntas: como sair dessa situação? desse confronto? dessa pena mental e emocional? dessa complicação em que me encontro? Antes de se apropriar do perdão gracioso e completo da parte de Deus, essa pessoa, como que desesperada, pode fazer as mesmas perguntas de forma mais dramática e direta: quantos quilos pesa o sentimento de culpa?
 
Para ser aliviada, precisa conhecer ou reconhecer o anúncio das boas novas. Jesus Cristo tem de ser apresentado numa perspectiva salvífica – ou soteriológica –, a mais relevante de todas, pois ele é “o Cordeiro que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Usando as mesmas palavras de Jeremias, diz-se que Jesus remove aquela lista de pecados, um amarrado no outro, todos pendurados no pescoço da pessoa culpada e cujo peso a está estrangulando.
 
Para ser completamente aliviada, a pessoa, visivelmente transtornada, deve ficar por dentro daquela cerimônia do Antigo Testamento que acontecia uma vez por ano, no chamado Dia da Expiação, ou Dia do Perdão, quando a culpa do pecado era simbolicamente transferida para o bode emissário, o qual era então levado para o deserto. O momento mais solene é quando o sumo sacerdote põe as mãos na cabeça do animal e confessa todas as culpas e faltas e todos os pecados dos israelitas (Lv 16.21).
 
Esse cerimonial não é mais necessário porque Jesus, na cruz do Calvário, concretizou aquilo que era a esperança de todo o povo, tomando sobre si mesmo o pecado e a culpa do que estava envergado pelo peso de seu próprio pecado. Paulo explica que Deus nos perdoou todos os pecados e destruiu (ou cancelou, ou removeu, ou apagou) a lista de pecados (Lm 1.14), “pregando-a na cruz de Cristo” (Cl 2.13-14)!
 

domingo, 17 de junho de 2012

Saúde Emocional - Culpa


Você já sentiu culpa por algo? Desde que o pecado entrou nesse mundo, o sentimento de culpa passou a fazer parte da vida do ser humano. Esse sentimento está diretamente relacionado ao erro e, desde que o ser humano adquiriu natureza pecaminosa, ele erra com freqüência. A palavra culpa é originária do latim culpa, que significa falta, erro, defeito. Diz respeito, também, a um comportamento negligente ou imprudente, geralmente voluntário, em relação a uma obrigação ou a um princípio ético ou moral – delito ou crime.Assim como os demais sentimentos negativos, a culpa prejudica nosso bem estar físico, mental e espiritual. Na bíblia, encontramos alguns exemplos de pessoas que sofreram com o sentimento de culpa. Um deles é o conhecido rei Davi. 


No capítulo 11 do livro de II Samuel, encontramos o relato de um momento triste da história do rei Davi. Aquele que até então havia sido dirigido por Deus tornara-se culpado de pecados como adultério e homicídio. Você pode ler essa história em sua bíblia, e verá como Davi tornou-se culpado desses pecados.Davi escondeu esses pecados, até o dia em que Natã, um profeta de Deus, foi até ele e o repreendeu (II Samuel 12:1-15). 


Coloque-se no lugar de Davi. Imagine-se cometendo os pecados que ele cometeu. Como seria, para você, esconder esses pecados?Recentemente, ouvi uma pessoa querida contar algo que aconteceu em sua infância. Ela contou que quando era pequena, foi com sua mãe a uma feira onde se vendia diversos tipos de coisas. Sua mãe parou em uma banca que vendia botões e outros artigos para costura. Enquanto a mãe conversava com a vendedora, a menina se encantava com alguns dos botões que havia ali. Desejando muito ter os botões, e achando que a mãe não os compraria, ela pegou para si alguns botões e guardou no bolso de sua roupa. Voltou para casa com a mãe, escondendo consigo os botões tão desejados. Segundo ela, aquele foi o dia mais amargo de sua vida. A culpa pelo furto dos botões consumia o coraçãozinho infantil, e todo encanto que aqueles botões possuíam se perdeu em função da culpa.Imagino que o coração de Davi deve ter sofrido amargamente como o dessa pequena menina que se sentia tão culpada pelo seu erro.


1. O que Davi relata sobre o tempo em que escondeu seu pecado?


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” Salmos 32:3.
Mas, se somos seres humanos e erramos com freqüência, se a culpa faz parte do nosso dia a dia, como devemos lidar com esse sentimento? Essa é uma pergunta importante!O sentimento de culpa pode nos levar a duas ações:
1. arrependimento
2. remorso
Temos na bíblia dois bons exemplos dessas duas ações às quais a culpa nos conduz – Pedro e Judas. Pedro e Judas eram discípulos de Jesus, e ambos o traíram pouco antes de sua morte. Pedro traiu Jesus negando publicamente ser Seu discípulo (Mateus 26:69-75). Judas traiu a Jesus entregando-O aos sacerdotes por 30 moedas de prata (Mateus 26:14-16). Contudo, os finais das histórias desses dois discípulos traidores foram diferentes devido a forma como cada um deles encarou seu sentimento de culpa.


2. Que ação Judas tomou em função da culpa (remorso) que sentiu por trair a Jesus? 


Mateus 27:3-53 Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
4 Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo.
5 Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.


3. Como foi o final da história de Pedro? João 21:15-19
15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros.
16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.
18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.
19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.


Na história de Pedro aprendemos como o cristão deve se relacionar com o sentimento de culpa. A culpa, para o cristão, deve levá-lo aos pés do Salvador, arrependido, desejoso de viver uma vida que glorifique a Deus. O sentimento de culpa administrado com sabedoria coopera para nossa salvação. Ele nos mostra nossa necessidade de um Salvador e nos conduz ao arrependimento, confissão e abandono do pecado.Em Salmos 32, aquele em que Davi relata quão mal ficou por conta da culpa que sentia, ele relata também como se sente aquele que administra bem o sentimento de culpa. “Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.” Salmos 32:1. Somos felizes quando nossa culpa nos conduz à Deus, Aquele que perdoa nossos pecados.Aqui está a solução para encerrar o sentimento de culpa – perdão. Davi escreveu: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.” Salmos 32:5


4. Em que promessa podemos confiar quando nos sentimos culpados? 


“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9.


Podemos confiar no perdão de Deus, quando nos arrependemos de nossos pecados. Mas, podemos evitar sentir a culpa em nosso dia a dia. Isso é feito vivendo uma vida de intimidade com Deus, optando por servi-lo e obedecê-lo sempre. Podemos confiar que Jesus tem poder para nos guardar de tropeçar (Judas 1:24). Deixando Cristo viver em nós, a culpa deixará de fazer parte de nossa rotina.


Para refletir:
“Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte.” A Ciência do Bom Viver, p. 241.


Estudo 04 da Série Saúde Emocional

domingo, 2 de outubro de 2011

Que Fazer com o Sentimento de Culpa?

De todos os conflitos emocionais que atribulam o coração, um dos mais generalizados e mais difíceis de superar é o sentimento de culpa. Este nasce da consciência e convicção que tem o homem de sua própria pecaminosidade.
O sentimento de culpa é uma convicção natural que surge como consequência de nossas próprias faltas. É uma consequência do pecado; desse mesmo pecado que nos separa de Deus, nos entristece, e é capaz de conduzir-nos ao desespero e à ruína, se não for aplicado o grande remédio. Por outro lado, há uma forma – e uma só – de terminar com o sentimento de culpa: é a que veremos a seguir neste estudo.
O rei Davi depois de haver caído numa grave falta moral, expressou a angústia e abatimento que o dominavam, nestas significativas palavras: “Envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a Tua mão pesava dia e noite sobre mim; e o meu vigor se tornou em sequidão de estio” (Salmo 32:3-4). E logo acrescentou, numa sentida oração que dirigiu a Deus: “Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da Tua salvação” (Salmo 51:11-12).
Por que perdera a alegria? Por que estava angustiado? Era o pecado que o desesperava. Era o sentimento de culpa, consequente da violação da lei de Deus, que o submergia nessa profunda tristeza. E rogava ao Senhor que não o privasse de Sua presença e que, graças ao maravilhoso remédio provido por Seu amor, lhe devolvesse a alegria dasalvação que dele fugira.
A condição de Davi é típica da experiência de milhares de homens e mulheres que em nossos dias vivem perplexos, oprimidos por um tremendo drama interior, angustiados por um problema para o qual não encontram solução satisfatória.
Que fazer, pois, com o sentimento de culpa?
A única esperança de reconquistar a paz e a felicidade é o retorno da alma a Deus, fonte única e suprema de toda felicidade. Porém, como o pecado abriu um abismo entre nós e nosso Criador, Cristo, com Sua vida de perfeita justiça e Sua morte expiatória, estendeu a ponte que nos permite o acesso a nosso Pai celestial.
Por meio de Jesus, e mercê de nossa fé nEle, conseguimos a reconciliação com Deus. Aceitando-O como nosso Salvador pessoal, como nosso Substituto que paga o preço de nossa redenção, e voltando-nos para Ele, entregando-Lhe nossa vida, recebemos como dom gratuito, outorgado pela graça do Senhor, a justificação.
Desejamos investigar agora na Palavra de Deus como se processa nosso encontro com Cristo; o que significa recorrer a Ele; o que nos induz a nEle depositar nossa fé.
Porque a fé é um princípio ativo que se traduz em ação. E nossa fé em Jesus, nossa aceitação do Seu sacrifício, nos leva a dar dois passos, que especificamente, tornam possível nossa justificação, eliminam o sentimento de culpa, e nos convertem em beneficiários do perdão de Deus e da paz que só Ele nos pode dar. Referimo-nos ao arrependimento e confissão.

O Arrependimento

O arrependimento é uma atitude da mente, um estado da alma, que constitui a primeira condição indispensável para que Cristo aplique em nossa vida Sua virtude curadora.
Quando São João Batista pregava a mensagem de reforma às margens do rio Jordão dizia: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus” (Mateus 3:2).
Na memorável ocasião em que São Pedro pregou de Cristo a uma vasta multidão, o dia de Pentecostes, os circunstantes, tomados de uma profunda convicção de sua pecaminosidade, exclamaram suplicantes: “Que faremos, irmãos?” O apóstolo respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados” (Atos 2:37-38).
Mais tarde, falando em Jerusalém, deu a mesma instrução fundamental: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19).
No arrependimento verdadeiro que, juntamente com a confissão, cura a alma de sua culpabilidade e lhe devolve a paz, há três elementos básicos:
1) Reconhecimento do pecado, falta ou imperfeição do caráter.
2) Tristeza pelo pecado.
3) Repúdio, isto é, desejo de abandoná-lo.
Não é mero temor ao castigo ou terror em face das consequências do mal praticado, mas uma tristeza pelo pecado em si, mágoa por haver ofendido a nosso amante Pai celestial. O mero temor pelos possíveis resultados não proporciona alívio nem atrai o perdão e a salvação. Ao contrário, submerge a pessoa na angústia. Tal é o caso de Judas, cujo medo o levou ao desespero e ao suicídio. Tal também o caso de Esaú, que só quis livrar-se das consequências da profanação em que incorreu ao vender os benefícios espirituais da primogenitura por um prato de lentilhas. Porém seu falso arrependimento não o fez odiar o pecado e abandoná-lo, mas persistiu numa vida depravada.
O arrependimento salvador que, permite ao Senhor proporcionar à alma Sua graça redentora, é, por outro lado, resultado da obra do Espírito de Deus no coração. Uma das funções do Espírito Santo é, conforme explica São João, convencer o homem do seu pecado (João 16:8).
Cada vez que o ser humano sente uma leve insinuação que no íntimo de sua consciência o faz experimentar pesar por haver agido mal, ou pelos defeitos de seu caráter, pode estar seguro de que se trata da obra benéfica e poderosa do Espírito divino que o está guiando ao arrependimento. Portanto, ao indivíduo compete responder-Lhe, pois de outra sorte, desprezando-O com indiferença, contrista o Espírito Santo e endurece seu coração, tornando-o menos sensível a essa voz celestial que o chama (Efésios 4:30).
Em compensação, quando o coração não se endurece, mas reconhece sua necessidade de Deus, quando cede à suave influência do Espírito Santo, o pecador começa a compreender a santidade da lei divina, e sente o terror de aparecer tal como é, com sua impureza, à vista de Deus. Anela ser purificado e restituído à glória do Céu, e coloca-se em situação de permitir ao Senhor favorecê-lo com Sua graça perdoadora e purificadora.
Um coração orgulhoso, cheio de presunção, não vê suas debilidades nem percebe seus pecados, fecha as portas para a graça de Deus. Por outro lado, o arrependimento sincero, a convicção e reconhecimento da própria pecaminosidade, ensejam a benção e favor divinos.
Para ensinar esta grande verdade Jesus relatou a seguinte parábola: “Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu e o outro publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças Te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê, propício a mim, pecador ! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta, será humilhado; mas o que se humilha, será exaltado” (Lucas 18:10-14).
De fato, o reconhecimento de nossa premente necessidade, e a contrição do coração, constituem o maior argumento ante o trono do Altíssimo, para conseguir a justificação por meio de Cristo, e por conseguinte, o perdão e a paz.

A Confissão

Jesus disse uma vez aos fariseus: “Os sãos não precisam de médico” (Lucas 5:31). Na realidade, a Bíblia nos ensina que “não há justo, nem seque rum…pois todos pecaram” (Rom 3:10 e 23). Porém lamentavelmente há pessoas que pensam estar sãs, e assim impossibilitam a maravilhosa ação terapêutica de Cristo, o grande Médico do Céu. O melhor remédio nada fará pelo enfermo que não reconheça sua condição e esteja disposto a tomar o medicamento.
A confissão é o segundo passo que o homem dá para alcançar a justificação pela fé. O pecador, arrependido, humilhado e contrito, consciente de seu pecado, apresenta-se diante do Senhor, e exercendo fé no sacrifício de Cristo, confessa suas faltas e perde perdão.
A confissão é o complemento indispensável ao arrependimento, para obter a justificação pela fé. “O que encobre as suas transgressões” – dizem as Escrituras – “jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).
Sendo assim, como se deve fazer a confissão? Infelizmente, nesta matéria, assim como em várias outras, o cristianismo popular, apartando-se do claro ensinamento da Bíblia e do único método propiciado pelas Escrituras e reconhecido por Deus, incorreu num grave equívoco.
Conforme as Escrituras, o grande Livro de Deus, base única de nossa fé, a confissão auricular é de todo ineficaz e inoperante, e ademais, a experiência dá testemunho de seus graves prejuízos e más consequências.
A Bíblia ensina que a confissão deve ser feita a deus, não a um homem. Lemos: “Disse: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a iniquidade do meu pecado” (Salmo 32:5). Note-se aqui que a confissão é feita “ao Senhor” e não a um ministro.
Como demonstração categórica de que nenhum ministro tem a faculdade de receber confissões e pronunciar a absolvição, e que estas funções pertencem exclusivamente a Deus, vemos o claro ensino do próprio apóstolo São Pedro, que, ao condenar uma vez o delito de simonia, disse ao culpado: “Arrepende-te, pois, da tua maldade, e roga ao Senhor; talvez que te seja perdoado o intento do coração” (Atos 8:22). São Pedro não se arrogava atribuições de perdoar ou absolver a este pecador, e o instruiu para que se arrependesse e elevasse sua confissão diretamente a Deus.
Graças a Deus não necessitamos ir com as intimidades de nossa vida a um ser humano, tão falível quanto nós, mas podemos recorrer diretamente a Cristo, que é nosso Sumo Sacerdote e nosso melhor amigo. O homem perverteu o plano de Deus para obter sua libertação do sentimento de culpa. A confissão auricular e a psicanálise são deformações, substitutos pobres e inoperantes do método bíblico, autorizado pelo Céu, e único sistema eficaz.
À base de todo problema emocional há, em geral, um problema moral. À base de todo conflito há, de ordinário, a transgressão de um princípio moral. E o pecado é eliminado pelo arrependimento e confissão. A psicanálise não cura: só pode aclarar, na melhor das hipóteses, a confusão mental. A confissão auricular não cura a alma. Unicamente o arrependimento e a confissão, nos podem livrar do sentimento de culpa, se praticados conforme indica a Bíblia.

Método para Falar com Deus

O cristão tem o privilégio de falar com Deus como a um amigo e abrir-Lhe plenamente seu coração por meio da oração. A oração é a prece elevada ao Senhor de forma espontânea, e neste sentido diferencia-se fundamentalmente da reza, que é a repetição de uma fórmula escrita por outrem. É o diálogo livre da alma com seu Deus.
Pela oração expressamos louvores e gratidão a nosso pai Celestial, que nos cumula de graça, todos os dias. Em oração levamos a Deus nossas angústias, fardos e aflições, e Lhe apresentamos todos os problemas, pedindo-Lhe Sua graça, direção e ajuda, pois Ele tem uma solução para cada um deles. Pela oração colocamos, todos os dias, nossos planos aos pés de Cristo, para pedir-Lhe que nos guie pelas Suas providências.
Por meio desta conversação íntima com deus confessamo-Lhe de forma específica e detida todos nossos pecados, nossos erros, faltas, imperfeições, e Lhe pedimos perdão conforme a sua promessa. Pois a confissão não deve ser feita de modo ligeiro ou de forma descuidada, mas ser sincera, profunda, específica e mencionar pecados particulares.
É também por meio da oração que pedimos a Deus Seu poder e graça para vencer o pecado e sobrepormo-nos ao mal, para viver uma vida triunfante e feliz sobre a qual a tentação deixe de ter império.

A Benção do Perdão

São João escreveu: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). De sorte que, se nossa contrição é sincera, nosso arrependimento profundo e nossa confissão franca e completa, teremos fé em Cristo como nosso Salvador e abrigaremos a absoluta segurança de que Deus cumprirá Sua promessa; e antes de levantarmos os joelhos, agradeceremos a deus pela benção do perdão.
Saíremos de nossa audiência com deus, realizada na intimidade de nossa câmara secreta, totalmente aliviados, reconfortados e felizes, porque o peso da culpa terá desaparecido para sempre.
“Quanto dista o Oriente do Ocidente” – nos diz a Palavra inspirada – “assim afasta de nós as nossas transgressões” (Salmo 103:12). “Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miquéias 7:19). Graças a Deus por estas categóricas promessas. É realmente admirável o resultado do arrependimento e confissão: como põe em ação o amor e a misericórdia de Deus, e enchem a alma de paz.
Mahatma Gandhi, grande líder da índia, não era cristão, porém cria na paternidade de Deus. Certo dia, quando criança, furtou dinheiro de seu pai e comprou carne. Ao deitar-se naquela noite não tinha paz no coração. Depois de horas de agonia, saltou da cama e , não se animando a falar diretamente com o progenitor, escreveu a confissão.
Foi então à habitação onde este jazia enfermo, e lhe entregou a nota. À medida que este lia a confissão do filho, corriam-lhe profusamente as lágrimas pelas faces. O rosto triste, porém perdoador e cheio de amor daquele pai, nos dá uma imagem exata de nosso Pai celestial, que está desejoso de perdoar nossos pecados, porque nos ama entranhavelmente.
Com razão diz o salmista: “Bendize, ó minha alma ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de Seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida, e te coroa de graça e misericórdia” (Salmo 103:2-4).
Quão desesperadora é a agonia do que não confessa seus pecados, e quão maravilhosos a paz e gôzo do homem que foi perdoado. Na experiência do rei Davi achamos um contraste notável e exemplificador. Vejamos seu estado antes de haver confessado seu pecado: “Enquanto calei” – disse ele “os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus gemidos todo o dia. … E o meu vigor se tornou em sequidão de estio” Achava-se enfermo, com os ossos envelhecidos, gemendo pelo tormento e angústia.
Porém logo se produz uma mudança admirável. Resolve confessar suas culpas. “Confessei-Te o meu pecado” – expressa ao relatar sua história – “e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a iniquidade do meu pecado”.
Quando isto ocorreu, quando, contrito ante Deus, abriu-Lhe o coração e confessou sua maldade, foi alcançado pelas ondas do amor divino, cumpriu-se a promessa do Céu, e se sentiu amplamente perdoado e reabilitado, restituído à harmonia com o Pai celestial.
Depois desta experiência tão reconfortante, expressou Davi a felicidade e paz que o inundavam com estas palavras: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é encoberto.Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade” (Salmo 103:2-4, 32:3-5, 1 e 2).
Naturalmente para que possa ser exercido o perdão misericordioso de Deus em nosso favor, requer-se que, quando tivermos ofendido ao nosso próximo, além da confissão à Deus, confessemos também a nosso semelhante a falta, peçamos perdão e façamos, no possível, a reparação necessária. O apóstolo São Tiago nos instrui neste sentido: “Confessai, pois, os vossos pecados unas aos outros” (Tiago 5:16).
Além disso, é condição básica que nós mesmos estejamos dispostos a perdoar aos que tenham faltado conosco. Na oração magistral do pai Nosso, Cristo nos ensinou a orar desta maneira: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas” – continua dizendo Jesus – “Também vosso pai celeste vos perdoará; se , porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6:12, 14 e 15).
Ninguém se desanime pensando que por natureza é rancoroso e portanto não pode perdoara seus semelhantes. Quando Cristo toma posse do coração, transforma sua natureza, e implanta no homem uma nova modalidade de vida, e o que de outra maneira é impossível, se torna perfeitamente natural. O fato é que não podemos receber o perdão de Deus e a paz se abrigarmos ódio e rancor. Muitas das angústias humanas tem sua raíz num espírito degenerado, que não se enterneceu pelo amor de Deus, que conserva sua velha natureza, e , portanto não perdoa nem esquece. Na experiência de tal pessoa não podem existir o gôzo e a felicidade que Cristo lhe quer dar.
Em resumo, pois, uma vez cumpridos estes dois requisitos, o arrependimento e a confissão, e mercê da fé que a pessoa exerce em Cristo, fica perdoada, reconciliada com Deus, justificada, e com direito à vida eterna pelos méritos da vida perfeita e morte expiatória de Jesus. E o coração se enche de paz e contentamento. Realiza-se plenamente, então, a experiência que é mencionada na Epístola aos Romanos: “Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rom 5:1).

Um Caminho Sempre Livre

Ocorre sem dúvida às vezes que a pessoa que está atribulada pela convicção de sua culpabilidade, sente-se indigna de ira Deus e de buscar a Cristo para apresentar seu arrependimento na presença do pai e fazer a confissão de suas faltas. A fé nas seguras promessas de Deus deveria vencer este obstáculo, de vez que o Senhor está ansioso por receber-nos tais como somos, perdoando-nos, reabilitando-nos com Sua graça, e desejando recolher-nos nos braços de Seu amor e misericórdia. Por meio de nosso Salvador, o caminho a Deus está sempre livre.
Cristo conhece nossa condição e nos compreende, porque passou por todas as tentações. Portanto está em situação de nos ajudar. “Porque não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:15-16).
Em um dos livros cuja leitura tem feito maior bem neste mundo, depois da Bíblia, Caminho a Cristo, achamos estas palavras, escritas com toda devoção por sua autora, Ellen G.White, pessoa de vida piedosa e de profunda experiência cristã: “Quando virdes vossa pecaminosidade, não espereis até que vos tenhais melhorado. Quantos há que julgam não ser suficientemente bons para ir a Cristo! Tendes esperança de tornar-vos melhor mediante vossos próprios esforços? “Pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Nesse caso também vós podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal”(Jer 13:23). Só em Deus é que há socorro para nós. Não devemos esperar persuasões mais fortes, melhores oportunidades ou um temperamento mais santo. De nós mesmos nada podemos fazer. Temos de ir a Cristo exatamente como nos achamos” (Caminho a Cristo pág.28).
“Jesus estima que a Ele nos cheguemos tais como somos, pecaminosos, desamparados, dependentes. Podemos ir a Ele com todas as nossas fraquezas, leviandade e pecaminosidade, e rojar-nos arrependidos a Seus pés. É Seu prazer estreitar-nos em Seus braços de amor, atar nossas feridas, purificar-nos de toda a impureza” (Caminho a Cristo, pág 50).
O maravilhoso amor perdoador de Deus nunca desiludirá ao penitente contrito. Pelo contrário, há grande gôzo no Céu por um pecador que se arrepende (Lucas 15:7). Isto é o que se depreende da maravilhosa parábola do filho pródigo, relatada pelo Mestre, cuja primeira parte transcrevemos a seguir:
“Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte que me cabe dos meus bens. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante, e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente…Então caindo em si, disse: quantos trabalhadores de meu pai tem pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado seu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: trazei depressa a melhor roupa; vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se” (Lucas 15:11-24).
Quando aquele filho mau compreendeu a condição lastimável na qual se encontrava, arrependeu-se e decidiu levantar-se e ira seu pai para confessar-lhe seus erros e faltas. Porém é maravilhoso o amor daquele pai que corre ao seu encontro, e nem sequer permite que termine seu discurso, mas com abundantes lágrimas de alegria, o estreita carinhosamente ao peito, ordena que lhe troquem os andrajos por um vestido novo, e ordena a preparação de um banquete para festejar o regresso do filho amado. O pai carinhoso é o amante Pai celestial.
Cristo quer aliviar-nos da pesada carga de nossas culpas; anela devolver-nos a paz, gôzo e felicidade. Quer reconciliar-nos plenamente com o Pai. Porém, espera nosso regresso. Como o homem da parábola, todos os dias espreita o horizonte para vislumbrar nossa silhueta. Prometeu perdoar-nos com Sua misericórdia infinita, e encher-nos da doce paz do Céu. Hoje mesmo podemos experimentara benção, a paz do perdão e libertação de todo sentimento de culpa, se nos prostarmos em oração secreta aos pés de Jesus. É maravilhoso aprendera dialogar com Ele, abrir-Lhe nosso coração, contar-lhe nossas lutas, confiar-Lhe nossos problemas, confessar-Lhe nossas faltas e perdir-Lhe perdão, e solicitaro poder do Céu para viver a vida cristã vitoriosa.
A Jesus se conhece, na verdade, de joelhos. Um ministro religioso que estava em visita a Copenhage, Dinamarca, enquanto transitava pelas ruas, chegou à catedral onde está a célebre estátua de Cristo, esculpida por Thordwaldsen. Deteve-se ali para examinar a excelsa beleza daquela peça extraordinária. Sua excelência artística sobrepujava toda descrição.
Porém notou que não podia ver bem o rosto de Cristo, pois Ele se achava inclinado para a terra. Acercou-se mais, e nem assim ainda podia observá-lo. Por fim notou um pequeno genuflexório aos pés daquele Cristo de pedra. Ajoelhou-se com reverência e viu o rosto, e tão só ali pode vê-lo e admirá-lo perfeitamente.
Só de joelhos, no maravilhoso diálogo da oração, se pode conhecera Jesus, nosso melhor amigo. Somente ali se chega a compreender Sua misericórdia e Seu amor perdoador. Só quando o coração está contrito e humilhado aos pés de Jesus, a alma se enche da doce paz do Céu. De Seu amável rosto irradia amor e bondade. Aprenda cada um de nós a manter esta íntima comunhão com Ele, e saia refrigerado com o gôzo e felicidade que este diálogo nos proporciona.
Extraído do Livro “Paz na Angústia”, de Fernando Chaij, CPB-1967.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Oito Maneiras de Lidar com a Culpa


 
De quando em quando, cada um de nós se engana, comete erros, ou diz algo que não devia ter dito. 0 resultado é sentimento de culpa. Quando a culpa não é administrada adequadamente, seu impacto pode ser danoso. Sentimentos de culpa reduzem a confiança, destroem a auto-estima e a qualidade de vida.
Podem também destruir relacionamentos. A seguir, desejo mencionar oito maneiras de lidar criativa e realisticamente com a culpa:
Reconheça a culpa como um sinal de alerta. Permita que a culpa seja uma ferramenta positiva em alertá-lo de que alguma coisa pode estar errada. Toda vez que a culpa o leva a pensar no problema pela segunda vez e a mudar o comportamento, ela se toma um aliado, não um inimigo. Pense no exemplo do cantor e compositor Neil Diamond. Em 1972, quando se encontrava no auge da carreira, Diamond sumiu do cenário e se isolou por quatro anos. O motivo foi uma consciência pesada. “Casei uma vez, tive dois filhos e estava para me casar pela segunda vez, quando parei para pensar: Espere. É melhor parar um pouco e olhar o que estou fazendo e para onde estou indo. Não quero que este casamento termine em divórcio”, explicou. Como resultado, ele interrompeu sua carreira por 48 meses. “Foi o mais importante período de minha vida”, disse. “Despendi quatro anos para conhecer meus filhos, minha esposa e a mim mesmo.” Ao responder ao sinal de alerta da culpa, Diamond não apenas evitou a repetição do mesmo erro, mas saiu dessa fase mais feliz e equilibrado. Disse que se sentia livre e mais amistoso.
Reconheça o valor da culpa. Sentimentos de culpa têm muita importância quando as pessoas reagem positivamente, corrigindo seu comportamento inadequado, ofensivo, prejudicial ou destrutivo. A culpa abre o caminho para crescimento, aprendizado e maturidade. “As pessoas que fazem coisas erradas, prejudicando a si mesmas e aos outros, devem assumir a culpa“, diz o rabino e escritor Harold Kushner. “Se a culpa as leva a fazer o bem, a evitar o mal, tornando-as mais cuidadosas e prudentes, é uma culpa construtiva.”
Tome tempo para analisar a culpa. Os sentimentos de culpa podem ser corrigidos, reduzidos e mesmo eliminados, após cuidadosa análise. Essa foi uma estratégia eficaz para Susan, executiva de uma agência de propaganda, na costa ocidental norte-americana. Como mãe que trabalhava fora, sentia-se culpada toda vez que sua filha de oito anos adoecia na escola. “Acusava a mim mesma por trabalhar fora e sentia-me culpada por não estar em casa com ela”, disse. Susan, entretanto, aprendeu a analisar sua culpa da seguinte maneira: “Após a primeira onda de culpa, eu me acalmei e passei a olhá-la de frente. Fiz duas perguntas a mim mesma: ‘É necessário abandonar meu emprego?’ A resposta foi não. ‘Existe uma alternativa para meu problema?’ A resposta foi também não. Refleti por longo tempo, e cheguei à mesma conclusão: é difícil trabalhar o dia todo e cuidar de uma criança ao mesmo tempo, mas as outras opções não são convidativas.” Ao analisar sua culpa, Susan conseguiu reduzi-la, não permitindo que ela prejudicasse sua vida ou a de sua filha.
Responda racionalmente. Depois de analisar sua culpa, responda apropriada e racionalmente. Se você cometeu alguma falta ou fracassou a ponto de se sentir culpado, tome medidas corretivas. Peça perdão e faça as devidas reparações, se possível. Não permita que seus sentimentos de culpa o levem a extremos, como aconteceu a um homem cujo irmão faleceu. Na sepultura de seu irmão, ele mandou colocar, como lápide, a réplica de uma MercedezBenz, com limpador de párabrisa e antena de TV. 0 carro foi esculpido numa pedra de grande valor, trazida de uma pedreira de Vermont. O escultor trabalhou um ano em sua obra de arte. 0 gasto chegou a 120 mil dólares. Qual a razão para essa suntuosa lápide? A culpa. Por anos ele havia prometido comprar um carro para seu irmão, mas não tomara tempo para fazê-lo. Quando seu irmão morreu, um sentimento de culpa tomou conta de sua alma, devido a sua negligência. Sua resposta, entretanto, foi extremista e irracional. Em seu caso, uma resposta mais saudável e racional teria sido fazer uma doação para fins caritativos, em memória de seu irmão, combinado esse gesto com a decisão de cumprir as promessas e obrigações assumidas dali para a frente.
Ponha sua culpa nas mãos divinas. Convide a Deus para remover a mancha da culpa de sua vida. Uma das grandes passagens sobre o perdão divino é o Salmo 51, escrito por Davi, após ter ele reconhecido a hediondez de seu adultério com Bate-Seba. A oração de Davi é um modelo para todos nós. “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade”, ele escreveu. “Purifica-me,… e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve” (Sal. 51:1-7). 0 salmo é um reconhecimento de que há coisas que não somos capazes de fazer por nós mesmos. Uma delas é sentir-nos completos, saudáveis e limpos novamente. Todos nós precisamos do auxílio divino para erguer o fardo do pecado e da culpa.
Lembre- se de que você não é perfeito. “Infeliz a pessoa que não pode perdoar a si mesma”, disse o escritor romano Publilius Syrus. Lembre-se: você não é perfeito. Não gaste tanto tempo recriminando-se sentindo-se miserável. Aceite o perdão de Deus, e perdoe a si mesmo também. Relembre este conselho de C. S. Lewis: “Se Deus nos perdoa, devemos perdoar a nós mesmos. Do contrário, é o mesmo que estabelecer a nós mesmos como um tribunal mais alto do que Deus.”
Aprenda da experiência. Não há sentido em repetirmos os mesmos erros. Tire lições dos erros passados. Decida não cometê-los mais.
Esqueça a culpa e vá em frente. Uma vez que você deu todos os passos necessários para fazer reparos e endireitar o comportamento, descarte a culpa, esqueça-a e vá em frente. “Uma das mais importantes habilidades é a capacidade de esquecer”, afirma o escritor Norman Vincent Peale, no livro (Guide to Confident Living – Guia Para um Viver Confiante). “Para ser feliz e bem-sucedido, você deve cultivar a habilidade de dizer a si mesmo: esqueça!” Não deixe a culpa atormentar sua vida. Não se envolva com o que passou. Aprenda sua própria lição, seja sábio, evite ressuscitar erros e vá em frente.
Usando essas estratégias, você poderá administrar os sentimentos de culpa de uma maneira construtiva que o levará a maior alegria e maior qualidade de vida. Além disso, você discernirá a diferença entre a culpabilidade sã, que funciona como sinal de alerta, quando algo está errado, e a culpabilidade mórbida, que tira a alegria de viver.
Texto de autoria de Victor M . Parachin, pastor e escritor norte-americano. Publicado na Revista Adventista de janeiro/98.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sem Tabus - Masturbação e Culpa



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Liberte-se da Culpa

O pecado e a culpa estão tão ligados como uma árvore e sua sombra. Imagine um dia claro e ensolarado. A árvore no quintal da frente está cheia de folhas. Quando a luz do Sol incide sobre ela, projeta uma sombra. Um dia, a árvore é cortada e retirada dali. No dia seguinte, quando o Sol nasce, a árvore já não está mais lá. Há alguma sombra no local? Não. Quando a árvore sai, sua sombra também sai – uma lição simples de Física.

No âmbito espiritual, podemos aplicar a ilustração dessa forma: o Sol da Justiça (Jesus) faz brilhar Sua luz sobre o pecado em nossa vida (a árvore), projetando uma sombra. Chamamos essa sombra de culpa. Culpa é o que você sente quando sua consciência o(a) incomoda após você ter feito algo errado. Mas Deus tem um propósito para a culpa. Ele lança essa sombra em nossa vida por uma razão – para que busquemos Seu perdão.
Em 2 Coríntios 7:8-11, Paulo disse aos coríntios que, ao reprová-los em sua primeira carta, ele sabia que os havia deixado tristes, que os fez sentir-se culpados quando apontou seus pecados. Mas também diz: “Agora, porém, me alegro... porque a tristeza os levou ao arrependimento.” (verso 9). A tristeza segundo Deus produziu um arrependimento que levou à salvação (verso 10). É isso que Deus deseja para nós. É por isso que Ele envia a culpa – para nos levar ao arrependimento, a buscarmos perdão e a reivindicarmos a salvação.
Há uma porta de saída da prisão da culpa. Deus tem a chave e a oferece a você.
“[O] sentimento de culpa tem de ser deposto ao pé da cruz do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes da vida e da verdadeira felicidade. Agora Jesus diz: deponha tudo sobre Mim. Eu levarei teu pecado. Darei paz a você. Não destruas por mais tempo teu respeito próprio, pois Eu te comprei com o preço do Meu próprio sangue. Tu és Meu. Eu fortalecerei tua vontade enfraquecida. Eu removerei teu remorso pelo pecado” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 451).
“Deus, em Cristo, ofereceu-Se por nossos pecados. Sofreu a cruel morte de cruz, carregou por nós o peso da culpa, ‘o justo pelos injustos’ (I Ped. 3:18), a fim de poder manifestar-nos Seu amor e atrair-nos a Si. E diz: ‘Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.’ Ef 4:32. Que Cristo, a divina Vida, habite em vós, e manifeste por vosso intermédio o amor de origem celeste que irá inspirar esperança no desalentado e levar paz ao coração ferido pelo pecado. Ao aproximar-nos de Deus, eis a condição que temos de satisfazer ao pisar o limiar: que, recebendo misericórdia de Sua parte, nos entreguemos para revelar a outros Sua graça” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 114, 115).
“Satanás procura desviar nossa mente do poderoso Ajudador, para nos levar a pensar na degeneração de nossa alma. Mas, ainda que Jesus veja a culpa, Ele pronuncia o perdão; e nós não devemos desonrá-lo, duvidando de Seu amor” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 451, 452).

“Não devemos procurar diminuir nossa culpa justificando o pecado. Cumpre-nos aceitar a avaliação divina do pecado, e essa é bem pesada. Unicamente o Calvário pode revelar a terrível enormidade do pecado. Caso devêssemos suportar nossa própria culpa, ela nos esmagaria. Mas o Inocente tomou nosso lugar. Conquanto não a merecesse, Ele assumiu a nossa iniquidade. ‘Se confessarmos os nossos pecados’, Deus ‘é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.’ 1João 1:9” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 116).
Quando pedimos perdão a Deus, Ele nos perdoa. Ele deseja que venhamos a Ele para que possa nos purificar do pecado e nos libertar da culpa. “‘Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem a neblina da manhã, os seus pecados. Volte para Mim, pois Eu o resgatei.” (Is 44:22). “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).
Não devemos nos esquecer de que, como seres humanos, temos a tendência de cair quando não mantemos nossos olhos no Salvador. Mas sempre podemos voltar ao Seu trono de graça e receber misericórdia. “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1Pe 5:6, 7). A melhor coisa a respeito da culpa é que ela nos leva a Jesus, e Ele a destrói. Portanto, que venha a culpa! Que ela leve você a Jesus, e Ele te dará Sua paz.


Não se esqueça de que Satanás tentará continuamente desviar nossa mente do poderoso Ajudador, levando-nos a nos fixar na degeneração de nossa alma. Quando você vir que isso está acontecendo, lembre-se de que “desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais e a convidar a decadência e a morte” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 241). O objetivo de Satanás é nos separar do amor e da redenção de Deus. Ele usa a culpa para manter nossos olhos concentrados em nosso pecado, em vez de no glorioso dom do perdão oferecido a cada um de nós através da morte de Jesus na cruz.
“Que venha a culpa! Geralmente ela é uma coisa boa” – alguns dizem. Tenho visto muitas pessoas que cometeram atrocidades sem sentir culpa. A sociedade poderia se beneficiar mais com a culpa – culpa pelo egoísmo, pelo roubo, pela fraude, pelo homicídio, pelo mexerico, e assim por diante.


Deus não desamparará o coração afligido. "Sacríficios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido(magoado, afligido, arependido) e contrito(triste), não o desprezarás, ó Deus." Sal 51:17
"Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com a paciência os mesmos sofrimentos que nó também padecemos."2 Cor 1:6

Afinal de contas, a culpa é apenas a voz da consciência sussurrando que nosso mais recente ato egoísta talvez não esteja certo. A culpa também pode ser o Espírito Santo acrescentando Sua voz àquele pequeno sussurro. Então, vamos dar um “viva” para a boa consciência! Um “viva” para a voz do Deus eterno que nos fala! Chegará um dia em que o Espírito Santo não falará a mais ninguém, exceto ao povo de Deus (ver Ef 4:30; Ap 16:14; 18:21-24; Hb 13:5). Isso será no encerramento do tempo da graça, que logo será seguido pelo final da História. Mas até então, que o Espírito Santo fale a todo o que estiver disposto a ser salvo.
Como superar o sentimento de culpa? Veja algumas dicas:
Confesse o pecado e busque o perdão de Deus. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados” (1Jo 1:9).
Creia que Deus realmente perdoou aquele pecado. Quando Ele perdoa nossos pecados, os remove. Quando Ele corta a árvore, a sombra da culpa também deve desaparecer. Continuar a carregar a culpa após ter recebido o perdão que Deus prometeu dar é torná-Lo mentiroso. Em essência, estamos dizendo: “O Senhor na verdade não perdoou meu pecado!” Para entender o perdão  Sl 103:12, Is 1:18, Mq 7:19
Permita que a alegria alivie seu coração. No Salmo 32, Davi disse: “Tu perdoaste a culpa do meu pecado. ... Alegrem-se no Senhor e exultem, vocês que são justos!” (Sl 32:5, 11).
Sejam Felizes!!
Extraído da lição Jovem da Escola Sabatina  na pág.42

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