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por: Patrike Wauker
Todos nós nos achamos gênios ao sermos introspectivos. Investigar a si mesmo nos dá um senso de importância às vezes errôneo. Não tentamos aplicar nossas ideias ao mundo e acabamos vivendo em ar fantasioso. Talvez por isso eu tenha achado genial a ideia de escrever um conto chamado O caso do púlpito perdido.
Há muitas maneiras de não conhecer a Deus, e a primeira forma é tentar senti-lo. Essa seria a minha premissa. Seria a história de uma igreja que ao tentar ser mais pós-moderna e relevante, empreende um culto jovem regado à uma dose extra de sentimentalismo e vazio existencial.
Todo culto pós-moderno, é importante ressaltar, precisar retirar o púlpito da igreja. Afinal, igreja não pode ter cara de igreja, já que os pós-modernos não querem nada com a igreja, – assim como Cristo não precisa ter a cara de Cristo, Cristo se revela aos cristãos para que os cristãos o escondam dos pós-modernos. Para que a igreja se pareça mais como um cinema, ou teatro – algo mais cult – retira-se, então, o púlpito.
O culto acontece como deve acontecer: canta-se, pula-se, chora-se, lamenta-se, fotografa-se, faz-se pose, edita-se no photoshop, e todos saem da mesma forma que entraram: alegres, cheios, preenchidos, – pelo êxtase.
Um belo dia, um diácono ao arrumar a igreja percebe que o púlpito sumiu, e assim, começa-se a caçada ao púlpito perdido. Onde estaria ele? O lugar mais provável não vê nem sinal dele: o fundo da igreja. E de quem seria a culpa pela perda? A igreja conseguiria continuar sem o púlpito? Não seria melhor retirá-lo logo de todos os cultos? Afinal, se a sociedade é pós-moderna em todo o tempo, a igreja o deve ser sem cessar. Não seria esse sumiço orquestrado pelos jovens para que os cultos fossem sempre realizados dessa forma?
Admito, não é tão interessante quanto pensei. Mas ela me ajudou a entender uma verdade sobre nossos cultos. Sempre que vejo uma imagem de publicidade ligada a culto de qualquer igreja cristã, observo que a imagem é sempre a mesma: mãos levantadas, um palco à frente, e um escuro que é contrastado com as luzes do palco. Afinal, por que o culto cristão sempre tem que ser retratado como um local onde se encontrará êxtase?
Um dos meus maiores pecados literários é ainda não ter lido Cristãos em Busca do Êxtase, do Vanderlei Dorneles. Eu realmente acho esse título bom, dos melhores. Não sei se já li um título tão descritivo quanto esse. O cristianismo de hoje é um cristianismo de êxtase. O problema é que o cristianismo não é uma religião de êxtase. Nunca foi.
O cristianismo é uma religião racional. Não racionalista, me entenda. Racional por acreditar que Deus fala ao homem através da razão. Obviamente, há espaço para a fé, pois ela não é contrária à razão. Contudo, a fé cristã consiste em confiar em Deus além das circunstâncias, ou seja, além do êxtase. A fé não é o motor do êxtase, ela é seu carrasco. Os cristãos nunca precisaram do êxtase, pois sempre tiveram Cristo. O Desejado de Todas as Nações torna o êxtase indesejável.
Uma igreja que tem a dar ao mundo apenas o êxtase precisa mesmo aprender a ser relevante. Meu conto inexistente centrava-se no púlpito perdido porque o cristianismo passou por essa transformação: deixou de ter como marca representativa o púlpito, para ser representada por várias mãos estendidas. Se antes um cartão de publicidade da igreja se centraria na tentativa de mostrar que o culto era um local de estudo da palavra, hoje tenta-se mostrar que é um local de sentir Deus.
A fé não sente Deus. A fé transcende o sentir. E é por isso que ela se apega à Palavra, pois a Palavra transcende o Homem. O êxtase é o substituto satânico para aqueles que nunca conheceram a Cristo. É disto que a igreja tem que se lembrar: enquanto ela tiver êxtase, ela nunca terá Cristo.
Fonte: Reação Adventista
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1 – Escolha as palavras com muito cuidado
“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem" (Efésios 4:29).
2 – Palavras brandas têm mais poder que palavras ríspidas
“… a língua branda quebra até os ossos” (Provérbios 25:15).
3 – Pense antes de falar
“O justo pensa bem antes de responder, mas a boca dos ímpios jorra o mal” (Provérbios 15:28).
4 – Não fale muito
“Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato” (Provérbios 10:19).
5 – As palavras podem causar tropeços
“Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o corpo” (Tiago 3:2).
6 – Palavras agradáveis são estimulantes
“As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos” (Provérbios 16:24).
7 – As palavras podem causar grande destruição
“… a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha” (Tiago 3:5).
8 – Se quiser ter uma vida agradável, tome cuidado com suas palavras
“Quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade” (I Pedro 3:10).
9 – As palavras podem ter sido sugeridas pelo inimigo
“Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno” (Tiago 3:6).
10 – Palavras ríspidas são mais prejudiciais a você mesmo
“Por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados” (Mateus 12:37).
“Nossas palavras devem ser expressões de louvor e ações de graças. Se o coração e a mente estiverem cheios do amor de Deus, isso será revelado na conversação. Não nos será difícil transmitir aquilo que experimentamos na vida espiritual. Grandes pensamentos, aspirações nobres, claras percepções da verdade, propósitos altruístas, anelos de piedade e santidade, produzirão frutos em palavras que revelam o caráter do tesouro do coração. Se Cristo for assim manifestado em nossa linguagem, ela terá o poder de conquistar almas para Ele” (EGW, Parábolas de Jesus, p. 337, 338).
Via Megaphone Adventista
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Abandonem o cristianismo que se esqueceu da Bíblia, que não lê, que não ouve, que não medita e que não obedece a Palavra de Deus.
Abandonem o cristianismo que fez da oração um negócio, uma troca, e não uma comunhão constante com o nosso Pai onde a maior benção é o próprio Deus.
Abandonem o cristianismo da grande omissão, onde não há proclamação, não há testemunho, não há discipulado
Abandonem o cristianismo sem cruz, sem renúncia, sem perdas, sem entrega, sem morte.
Abandonem o cristianismo de fim de semana, só da aparência; o cristianismo teatral que vai a igreja, mas não sabe ser a própria igreja.
Abandonem o cristianismo dos eventos que trazem novidades, mas não produzem santidade, que fazem movimento, fazem barulho, mas não produzem comprometimento.
Abandonem o cristianismo que transformou o culto em show, que transformou o homem no centro e na razão do culto.
Abandonem o cristianismo onde Jesus não é mais o Senhor, a cabeça do corpo, onde quem manda são líderes mal intencionados, as famílias mais antigas ou maiores da igreja.
Abandonem o cristianismo onde as pessoas buscam títulos, cargos, posições privilegiadas, e não querem o mais nobre título “servos de Jesus Cristo”.
Abandonem o cristianismo onde as pessoas não são transformadas, não mudam seu jeito de falar, seu comportamento, suas ações e reações.
Por favor, faço um apelo que abandonem esse “cristianismo” vivido por pessoas que querem ser chamadas de “evangélicas”, mas não de cristãos, não mais de discípulos de Cristo, não mais de servos.
Abandonem esse Cristianismo, ou melhor, voltemos ao Evangelho puro e simples de Jesus Cristo!
Autor Pr. Samuel Amaro dos Santos
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A publicação desse vídeo não visa fazer propaganda do livro do autor, mas trazer à lição descrita pelo mesmo, onde apresenta o verdadeiro conceito de igreja que Jesus sempre exemplificou.
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Recentemente li uma queixa de uma irmã que dizia mais ou menos assim: “quando não somos da igreja, nos tratam com paciência e amor, depois que nos batizamos nos tratam como se devêssemos saber tudo.” Eu não me recordo completamente das palavras, mas a ideia era essa.
Ela estava certa em sua queixa. É isso mesmo que tem ocorrido em nossas igrejas, em alguns casos. Em outros casos tenho visto uma atitude semelhantemente equivocada – tratar membros como se fossem pessoas que desconhecem o evangelho, permitindo todo tipo de prática que foge ao ideal cristão.
Pensando sobre esse e outros assuntos, veio ontem a minha mente a seguinte pergunta: Que cristianismo é este que estamos apresentando às pessoas? Que cristianismo é esse que apresentamos a elas quando estão lá fora, e que as atraia, mas que lhes é um fardo quando estão aqui dentro? Que cristianismo é esse que não causa mudança e transformação, permitindo que pessoas estejam há anos dentro da igreja sem que precisem se comprometer com a verdade de forma prática?
Algumas pessoas me criticam pela forma direta e incisiva de defender o que creio. Mas, queridos, somos chamados a não titubear e ter medo de dizer o que é correto ser dito. Então, sendo bem direta, eu lhe pergunto – que cristianismo é esse que lhe apresentaram?
Alguns se equivocam de que cristãos são aqueles que creem em Cristo. A própria Palavra de Deus (Tiago 2:19) diz que até os demônios creem. E, cá entre nós, os demônios não seguem nenhum tipo de conduta cristã! Então, Cristianismo não é só acreditar que Jesus existe, que Ele é Deus e que Ele morreu para nos salvar.
Cristão é aquele que vive a serviço de Deus, “os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá” (Apocalipse 14:4). Eles são os que ouvem a ordem “vem, toma a cruz, e segue-me” (Marcos 10:21), e atendem a essa ordem. Ser cristão não é uma condição permanente. Não é como um título que ganhamos de Mestre ou Doutor em algo, e que, independente de nossa prática, permanece conosco. Alguém pode ser cristão hoje e amanhã não ser mais. A história de que uma vez salvo somos salvos para sempre é uma falácia. Precisamos ser salvos sempre que caímos. Jesus veio nos salvar de nossos pecados (Mateus 1:21). Por isso, quando pecamos precisamos novamente de salvação.
Mas até aqui, queridos, muitos aceitam. O problema é o que vou escrever a seguir. Você crê na Palavra de Deus? Crê que ela é a verdade? Então veja: a Palavra de Deus diz que “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” (I João 3:8). Existem coisas na Bíblia que são duras não é mesmo? Eu já chorei e lutei contra muitas verdades por serem duras. Acredite, eu entendo quando você também luta com uma verdade que denuncia quem nós somos, como esse texto de I João.
Isso significa queridos que quando pecamos estamos a serviço de outro que não Cristo. Sendo bem direta, quando vivemos o cristianismo estamos a serviço de Cristo, mas quando pecamos, estamos a serviço do diabo. Isso é muito pesado. Mas Jesus foi claro sobre isso. “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mateus 6:24). No momento em que servimos a um, não podemos servir a outro.
É por isso que o cristão vive uma vida diferente do mundo, pratica coisas que não combinam com as coisas praticadas pelo mundo. Porque o cristão está a serviço de Deus, e enquanto ele serve a Deus, ele não pode servir ao diabo. É IMPOSSÍVEL.
Ah Karyne, mas eu conheço um irmão que saía para dar estudo bíblico, e saindo do estudo traía a esposa. Quando ele estava trabalhando pela salvação de almas (se esse era realmente o propósito do ato de dar estudos) ele estava a serviço de Deus, e quando ele adulterava ele estava a serviço do diabo. E se ele dava estudos como forma de disfarçar seu pecado, ao dar estudos bíblicos ele já estava a serviço do diabo. É mais ou menos assim. E você não precisa ir tão longe. Pode pensar em si mesmo. Pode pensar em quando você estava louvando a Deus para adorá-lo e quando estava louvando a Deus para exaltar a si mesmo. O mesmo ato, a serviço de dois senhores diferentes.
Queridos, somos chamados a servir a Deus. Somos propriedade exclusiva dEle (Deuteronômio 7:9; I Pedro 2:9). Está a serviço dEle é que nos confere o “título” de cristãos. E estar a serviço de Deus requer de nós uma conduta coerente com a vontade dEle. A liderança da Divisão Sul Americana preparou um documento sobre conduta cristã, e é propósito da Divisão que cada membro da IASD conheça o conteúdo deste documento. Eu já ouvi críticas ao documento única e simplesmente por ser sobre conduta cristã, e atualmente, muitos adventista não querem ouvir o que é próprio da conduta cristã e o que não pertence à conduta cristã. Em outras palavras, o que um cristão faz/deve fazer e o que um cristão não faz/não deve fazer.
Meu apelo, para você que está lendo esse texto, é que você faça uma análise pessoal. Verifique se há em você alguma resistência em viver a vida que o Senhor deseja que você viva. Se houver, acredite, Jesus deseja lhe ajudar a vencer essa resistência. Mas, primeiro você precisa reconhecer que ela existe, e que ela lhe faz chatear-se quando alguém se levanta para dizer que precisamos voltar à prática das primeiras obras (Apocalipse 2:5).
Deus deseja, e requer para o nosso tempo, um povo reavivado e reformado. Conduta cristã tem a ver com Reforma. E esta ocorre em conjunto com o Reavivamento. Não se oponha a algo tão sério e necessário para este tempo. Decida hoje fazer parte do povo que segue o Cordeiro onde quer que Ele vá. Esses vivem à luz do exemplo de Jesus, e por assim fazer, seu caráter e obras se assemelham cada dia mais aos de seu Salvador.
Texto extraído do site Mulher Adventista
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Deus tem planos maravilhosos para você. Sei disso, pois Ele mesmo o prometeu. Ele diz que você nunca viu, ouviu ou imaginou algo tão extraordinário quanto os planos dEle para sua vida (I Coríntios 2:9).
Não queira tentar garantir seu futuro com seus próprios planos. Ele, em Sua infinita sabedoria, sabe e deseja o que é melhor para você. Por isso, deseje estar no centro dos planos de Deus destinados ao seu bem, com a certeza de que Ele lhe dará todo o necessário para lidar com o que vem pela frente. Quando orar, confesse a Deus os seus temores e suas dúvidas e peça ao bondoso Pai celestial que Ele o fortaleça para que você persevere sempre.
Lembre-se de que Deus “é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o Seu poder que atua em nós” (Efésios 3:20). Mantenha os olhos fixos no Senhor, e Ele o guardará em perfeita paz enquanto o conduz ao futuro que preparou especialmente para você;
Lance todos os seus cuidados sobre o Senhor, sabendo que Ele cuida de você e não o deixará cair. O Senhor deseja segurar a sua mão hoje para que você ande ao lado dEle em direção ao futuro que Ele mesmo lhe preparou.
Ore: “Amado Deus, muito obrigado pelos planos perfeitos que tens para mim. Entrego meu futuro a Ti e peço que me concedas paz completa a respeito do amanhã. Obrigado, Espírito Santo, porque estás sempre comigo e me guiarás ao longo do caminho, a fim de que eu não me desvie”.
(Escrito por Stormie Omartian)
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Nosso texto encontra-se em Hebreus 5:11-14:
"A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”
O apóstolo tendo usado a expressão “segundo a ordem de Melquisedeque”(Heb 5:10,up), agora passa a fazer um interlúdio, uma parada, uma pausa, a fim de lembrar que os seus leitores não entenderiam este assunto sem cuidadosa explanação. Sua interrupção tem o objetivo de repreendê-los por sua lentidão e atraso em conhecimento religioso.
I. AS VERDADES DE DEUS SÃO PROFUNDAS
A história do amor de Deus na redenção pode, sem dúvida, ser chamada com propriedade, de “o simples evangelho”; mas, enquanto o Evangelho é simples, ele exibe ao mesmo tempo “a multiforme sabedoria de Deus.” A Bíblia não é meramente um livro simples, mas um livro complexo, uma literatura de profundo alcance. Ela não contém apenas uma mensagem de misericórdia. A Bíblia contém o registro de um longo e gradual processo de desenvolvimento da graça redentora.
A Bíblia pode ser estudada profundamente de muitos diferentes pontos de vista. Por exemplo: Podemos estudar História, Teologia, Moral, Ciência, Eclesiologia, etc. A Bíblia trata, também, com todos os mais profundos e maravilhosos temas tais como a alma humana, o problema do pecado, Deus, a eternidade e imortalidade.
Assim, há alimento espiritual na Escritura Sagrada, para as mentes superficiais e as mais profundas. A Revelação supre não somente “leite” para “crianças em Cristo”, isto é, o alfabeto e os rudimentos do conhecimento religioso, mas “alimento sólido” para “homens maduros”, isto é, material para o mais recôndito estudo do Cristianismo, como um grande e harmonioso sistema da verdade divina.
II. OS CRISTÃOS DIFEREM NO SEU CONHECIMENTO
Vários são os graus e níveis de conhecimento espiritual que encontramos entre os cristãos:
1. Alguns são “bebês”. Há entre nós pessoas que estão passando pelo processo de crescimento inicial, após o Novo Nascimento, que são ainda “crianças em Cristo”. Estes crentes dependem de um leite espiritual, ou os mais simples elementos de instrução religiosa.
2. Outros são “maduros”, e já podem apreciar e digerir alimento sólido da Palavra de Deus. Um cristão desenvolvido que é um diligente estudante da Bíblia alcançará tão firme compreensão da verdade que se tornará qualificado a ser professor, “ensinador” na Igreja (V. 12). Sua eficácia em conhecimento estimulará suas percepções espirituais de tal modo que será capaz de distinguir “entre o bem e o mal” (v. 14), o certo e o errado em doutrina. Não se abalam quando surgem outras alternativas de doutrinas falsas. Não abandonam a igreja por motivo de conhecimento espiritual; pelo contrário, é mesmo por isso que permanecem firmes.
3. Há muitos que são doentes. Espiritualmente, estão doentes. Não possuem saúde espiritual. Não está havendo crescimento. O apóstolo Paulo repreende aos seus leitores hebreus por terem se tornado tais, como um resultado de sua desconsideração às leis de saúde espiritual. Haviam se passado muitos anos desde que eles tinham aceito o Cristianismo e, por esse tempo, eles deveriam ter se tornado adultos em conhecimento cristão – rápidos de compreensão em relação aos mais altos píncaros da verdade. Entretanto, de sua capacidade de assimilar o “alimento sólido” da Palavra, eles tinham degenerado à fraqueza e invalidez espiritual. Eles ouviam o Evangelho indolentemente. O “alimento sólido” que eles tinham uma vez apreciado agora os levava às misérias da dispepsia. Eles não poderiam digerir nada senão “leite” evangélico. Em nosso próprio tempo, também, há muitos cristãos doentes. Quantas multidões freqüentam a igreja por muitos anos, e contudo nunca vão além do que se ensina na lição da Escola Sabatina! E quantos ainda nem mesmo chegam a esse conhecimento! Quantos, embora sejam pessoas inteligentes, são completamente ignorantes da estrutura orgânica da Bíblia! Quantos há que demonstram completa falta de vivo interesse nas doutrinas e verdades do Novo Testamento.
III. RAZÕES DO CONHECIMENTO DEFEITUOSO
Há algumas razões por que o conhecimento religioso de muitos cristãos é tão defeituoso. Os hebreus eram “tardios em ouvir” porque eles estavam divididos no coração entre Cristianismo e Judaísmo, e porque eles estavam cercados com tentações para apostatar de uma fé que os tinha envolvido em tal tribulação.
Agora, nossas tentações são substancialmente semelhantes. Nossos corações são propensos a tentar servir a Deus e às riquezas, e somos tentados a evitar muito íntima familiaridade com uma religião fiel e exata que demanda de nós sérios sacrifícios.
Em adição a estas razões fundamentais, há outras razões que podem ser indicadas, como seguem:
1. A Falta de estudo dedicado da Bíblia. A pressa de nossa geração age ao lado da ignorância espiritual. Outros estudos e interesses estão no topo de nossas prioridades: nossos negócios, políticas, literaturas, filosofia, ciência, artes, etc. Assim, muitos cristãos não leem a Bíblia sistematicamente, ou com suficiente esforço intelectual. O Antigo Testamento é para suas mentes como o deserto do Saara. Talvez o interesse deles esteja apenas em alguns textos isolados, a parte do escopo da passagem em que eles ocorrem.
2. Negligência de instrução dos pais. Os pais estão convocados por Deus a lançar as sementes da verdade nas mentes e corações de seus filhos. Onde quer que este dever seja geralmente negligenciado, as gerações seguintes só podem continuar como infantes espirituais. Mas, desde Moisés, sabemos que Deus nos orientou para que, como pais, venhamos a incutir a palavra do amor de Deus no coração de nossos filhos (Dt 6: 6-7): “6 Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; 7 tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.”
3. Irregularidade na freqüência à igreja. (Hb 10:25). Ir à igreja não é tudo na religião, mas, como isto é uma ordenança divinamente apontada, o homem não pode esperar crescer em graça e no conhecimento cristão sem isso. Portanto, “não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”
4. Pregações sem edificação. A exposição consecutiva da Escritura do púlpito, quando sábia e habilmente feita, treina o povo à “experiência da Palavra da justiça” (v. 13). No entanto, a congregação que não recebe a instrução adequada se ajusta a ser “tardios de ouvir”. Não são alimentados. Não são treinados a levar a sério a Palavra da vida. Julgam que esses momentos da pregação são apenas mais uma formalidade que pode ser passada por alto. Esta responsabilidade repousa sobre os pregadores. Jeremias 48:10: “Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente!”. Muitas almas estão com sede da verdade cristalina, do “alimento sólido” para fortalecer a vida espiritual, e, no entanto, muitas vezes saem vazios das igrejas, decepcionados com pregações fracas que só contém o leite espiritual para crianças espirituais.
5. Má concepção do conhecimento espiritual. Muitos não podem avaliar quão adequado é o conhecimento religioso. Muitas pessoas boas julgam que, tendo aprendido e abraçado o “simples Evangelho”, elas concluíram a sua educação espiritual. Elas amam uns poucos textos favoritos que expressam “os princípios elementares” (v. 12), e ficam contentes em deixar o resto da Bíblia intocável. Consideram uma virtude apreciar somente a “pregação evangelística”, e parecem mesmo orgulhosos de ocupar sempre somente a primeira série na Escola de Cristo.
Mas o fruto de sua negligência da verdade em seus mais altos e mais profundos e mais amplos aspectos torna-se evidente na imperfeição de seu caráter espiritual, e em sua falta de progresso em direção à perfeição cristã.
IV. A IMPORTÂNCIA DE ÍNTIMO CONHECIMENTO
Há uma grande importância de um íntimo conhecimento da verdade cristã.
1. Reverência a Deus requer isso. O Senhor não deu qualquer porção de Sua Palavra para ficar em vão. Cristãos inteligentes desonram a Deus quando eles não buscam a Palavra que nos faz habilitados para a perfeição do caráter. Cristãos que se levantam na hora da pregação para ir embora, estão negando a sua fé, e dando as costas para Deus e Sua Palavra. É irreverência misturada com arrogância.
2. O dever à nossa própria alma requer isso. Se nós não devemos nos tornar anões, mas, sim, gigantes espirituais, homens plenamente amadurecidos; então, devemos pesquisar as Escrituras. Se nós queremos ser verdadeiramente felizes e prósperos, devemos “meditar na Lei de Deus de dia e de noite”.
3. Utilidade para os outros requer isto. Cristãos que tem se tornado estabelecidos, firmados em conhecimento e graça, servirão ao Senhor Jesus como ensinadores, professores, (v. 12), a fim de ensinar aos outros o caminho da verdade. Os cristãos devem estar “sempre preparados para responder a todo aquele que nos pedir razão da esperança que há” em nós (1Pe 3:15). Eles não vão chamar o pastor para fazer isso. Eles mesmos vão ensinar o que é a verdade e a esperança. Eles vão saber pegar a Bíblia e dar um estudo sobre os fundamentos cristãos. São maduros para isso e para isso se prepararam.
CONCLUSÃO
A BÍBLIA DE MARY JONES - Bíblias eram escassas no País de Gales em 1794. As poucas disponíveis para venda eram tão caras que somente pessoas muito abastadas podiam adquirir uma. Embora a família Jones fosse pobre, eles não impediram Mary de pesquisar as Escrituras.
Um dia ela caminhou mais de três quilômetros até a casa de uma família conhecida e timidamente pediu: "Por favor, posso ler sua Bíblia só por um pouquinho de tempo?"
"Certamente, minha filha", a esposa do fazendeiro respondeu. "Entre".
A mulher conduziu Mary para o melhor aposento da casa onde a Bíblia ocupava lugar de honra. Então quietamente saiu enquanto Mary ficou só com uma Bíblia, pela primeira vez em sua vida.
Com a respiração suspensa tão grande era o seu excitamento, Mary ergueu a toalha que cobria a Bíblia e colocou-a a seu lado. Com mãos trêmulas ela abriu o grande livro. Por acaso abriu-o em João 5, e leu as palavras de Jesus: "Examinai as Escrituras."
Sim, eu o farei!" Ela exclamou em prantos. "Oh, se tão somente eu tivesse uma Bíblia só minha!"
Seis anos mais tarde Mary caminhou descalça cerca de 44 quilômetros até à cidade de Bala onde se vendiam Bíblias. Em seu bolso ela levava o dinheiro que havia economizado. Mary foi direto à casa do Pastor Thomas Charles que possuía os únicos exemplares de Bíblia galeses para venda.
"Sinto muito", o pastor explicou, "mas todas as Bíblias que tenho já estão reservadas."
Mary não conseguia crer no que ouvia! Ela começou a chorar como se seu coração estivesse partido. Lágrimas encheram os olhos do pastor Charles, também.
"Você terá a sua Bíblia", ele disse, entregando-lhe um de seus exemplares reservados.
Dois anos mais tarde o pastor Charles contou a história de Mary em Londres e pediu que uma sociedade para distribuição de Bíblias fosse criada para que as Escrituras circulassem entre o povo galês.
"Por que somente o País de Gales?" alguém indagou. "Por que não para o mundo todo?"
Foi assim, em virtude do grande desejo de Mary de possuir uma Bíblia, que se criou a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira no dia 7 de março de 1804.
Hoje muitas pessoas podem ler a Bíblia em sua própria língua. Certamente você possui uma. Não gostaria de tomar a decisão de ler a sua Bíblia com mais frequência e fidelidade?
Pr Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
prbiagini@gmail.com
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