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sábado, 17 de agosto de 2013

Por que os livros apócrifos não foram incluídos na Bíblia?

A Bíblia apoia a prática de ungir a cabeça com óleo? Isso ainda é válido hoje?
Quem escreveu as segundas tabuas da lei?
Jesus subiu ao céu logo após ressuscitar ou 40 dias depois?
Na época dos discípulos já existia a crença em fantasmas?
O que é a Santa Ceia?
Saulo foi batizado por imersão ou por aspersão? Qual é o verdadeiro batismo?
Ter relações sexuais antes de se casar é pecado?
Deus castiga?
Quem é a grande Babilônia, citada em Apocalipse?
Quem são os 24 anciãos de Apocalipse?
Se eu for salvo, toda a minha família será salva, como nos dias de Noé?

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Porque a "Bíblia Católica" possui mais livros do que a "Protestante"?



 A charge acima foi retirada de um site católico e afirma que Lutero e os reformadores simplesmente arrancaram páginas da Bíblia ao acaso. Isso é, de fato, o que muitos católicos pensam, mas, como os cristãos de Beréia faziam (Atos 17.11), também precisamos perguntar: será que as coisas são mesmo assim?

     Em meio a tantos livros escritos, como a Igreja Cristã selecionava quais livros eram de fato inspirados por Deus? 

     Para que um livro fosse aceito como parte da Escritura, um livro inspirado por Deus, fazia-se um exame das evidencias que revelam que ele foi escrito por um profeta (no caso do Antigo Testamento), apóstolo ou alguém debaixo da autoridade apostólica (no caso do Novo Testamento - a partir deste ponto usaremos a sigla NT e AT), além de confrontar seu conteúdo com o dos livros já aceitos, se ele os contradissesse não seria recebido.

     Os sete livros que a igreja católica possui a mais em sua Bíblia, Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, sabedoria, Baruque e Eclesiástico, além de alguns acréscimos no livro de Daniel e no livro de Ester, não são aceitos, pelos Protestantes ou Evangélicos, como livros bíblicos, inspirados por Deus, infalíveis e inerrantes; são, portanto, chamados de apócrifos (que quer dizer "oculto", "escondido", termo usado para se referir aos livros "duvidosos").

     Ressaltamos que a diferença está somente nestes sete livros, e que o restante da Bíblia, tanto do AT quanto todo o NT é absolutamente o mesmo na Católica e Protestante.

Várias são as razões para tal rejeição; as quais listamos abaixo em dois grandes grupos:

1ª Razão – evidências externas

     1 – Os judeus, que foram, nas palavras de Paulo, os guardiões dos Oráculos de Deus (cf. Romanos 3.2), só reconheciam, como o fazem até ao dia de hoje, os mesmos livros, que embora em ordem diferente, correspondem aos 39 que os protestantes reconhecem. Os judeus conheciam os apócrifos, mas os rejeitavam e não os aceitavam como inspirados por Deus. 

     Como prova da afirmação feita acima, citamos o maior historiador Judeu do primeiro século, Flávio Josefo (nascido no ano 37 depois de Cristo), que diz: “desde Artaxerxes [ou seja, desde o ano 423 antes de Cristo] até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas”. A afirmação de Josefo é que em seus dias, e portanto nos dias em que Cristo esteve na terra, os Judeus não aceitavam quaisquer livros que tivessem sido escritos depois de 423 a.C., o último livro que eles reconheceram como bíblico era Malaquias (escrito em 435 a.C.). Vale lembrar que todos os livros que hoje chamamos de apócrifos foram escritos após esta data. Josefo, em sua obra, ainda enumera como Escrituras hebraicas os mesmos livros que adotamos; ele ainda diz: "Só temos 39 livros, os quais temos justa razão para crermos que são divinos". (Resposta a Ápio, livro I, 8).

     Filo, um mestre judeu alexandrino (20 a.C.- 40 d.C.), citava o AT abundantemente, utilizando quase todos os livros canônicos, mas nunca citou os apócrifos como inspirados.

    Os judeus realizaram um concílio no ano 90 A.D., que ficou conhecido como Concílio de Jâmnia, que referendou o AT com os 39 livros, não incluindo os apócrifos: "os estudiosos concordam que o concílio não determinou quais livros pertenciam ao Antigo Testamento. Ele confirmou oficialmente o que a maioria vinha reconhecendo a várias gerações. Em outras palavras, o concílio deu o endosso oficial a certos livros, apenas confirmando o que criam ter sido sempre verdade" (Descobrindo o AT, Cultura Cristã, pg 23).

     Que os judeus não aceitavam estes sete livros, é fato reconhecido mesmo pela Igreja Católica: Os judeus "só aceitam como inspirados o cânon hebraico de 39 livros. Eles rejeitam os sete livros tidos como deuterocanônicos." (Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6).

     Escritos dos rabinos daquela época, dizem que: “após a morte dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo afastou-se de Israel”; portanto, fica claro que os judeus não reconheciam, como não reconhecem até ao dia de hoje, os apócrifos, pois haviam sido escritos depois de Malaquias. Se a revelação do AT foi dada aos judeus, devemos crer que a estes também foi dada a percepção de quais livros eram ou não inspirados.

     2 – Jesus e os Apóstolos censuraram os judeus por sua desobediência às Escrituras do Antigo Testamento, mas nunca por não reconhecerem algum livro que deveria fazer parte delas. Esse silêncio de Jesus e dos Apóstolos demonstra que eles concordavam com os judeus quanto a este assunto.

     Jesus e os apóstolos, não apenas não entraram em conflito com os judeus sobre a extensão do AT, mas, em suas palavras e escritos, fizeram mais de 295 citações de quase todos os livros do AT, mas, nem uma vez, fizeram citações de qualquer um dos livros apócrifos. Porque Jesus e os apóstolos nunca citaram os apócrifos? A resposta é uma só: Porque eles não os reconheciam como fazendo parte da Bíblia. Além disso, Jesus cita as divisões abrangidas nas Escrituras judaicas: Lei, Profetas e Salmos, divisões que incluem apenas os 39 livros do AT (Lc 24.44; Jo 5.39); o mesmo fazem os apóstolos (2Tm 3.15-16).

     3 – A Igreja Primitiva, seguindo os passos dos judeus, de Jesus e dos Apóstolos, não reconheceu os livros apócrifos.

     A mais antiga lista cristã das Escrituras do Antigo Testamento, foi feita por Melito, bispo de Sardes, no ano 170 depois de Cristo; essa lista não inclui nenhum dos apócrifos. 
A versão síriaca (Peshita) da Bíblia, do século II d.C, não continha os apócrifos.

     Hilário de Poitiers (305-366 d.C.), da mesma forma, não reconheceia os apócrifos.

      Atanásio, bispo de Alexandria e grande líder da Igreja, no ano 367 d.C, listou, em sua Carta Pascal, os livros que faziam parte do AT e citou alguns dos apócrifos (Sabedoria, Judite e Tobias) com a observação de que não faziam parte da Escritura.

     Podemos citar, ainda, Jerônimo, que terminou no ano 404 d.C uma tradução da Bíblia para o Latim, conhecida como a Vulgata Latina. Esta tradução é até hoje aceita pela Igreja Católica. Jerônimo incluiu os livros apócrifos em sua tradução, mas disse expressamente que não deveriam ser aceitos como parte da Escritura; eram apenas livros úteis e proveitosos para os crentes. Ele diz: "Portanto, a Sabedoria (...) Judite e Tobias (...) não fazem parte do cânon (...).  a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus mas não os recebe entre as Escrituras canônicas (...) [são] livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer doutrinas da Igreja." (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Edições Vida Nova, Pg 76).

     Parece que a única autoridade antiga que defendia que estes livros fossem incluídos no Canon foi Agostinho (e dois concílios regionais, com pouquíssimos representantes, dominados por ele). Mas o próprio Agostinho, apesar de defender a inclusão deles na Bíblia, não os considerava realmente canônicos (inspirados por Deus), como deixa claro em disputa com um antagonista que apelou para um texto de 2º Macabeus; Agostinho responde que “sua causa era deveras fraca se tivesse de recorrer a um livro que não era da mesma categoria daqueles que eram recebidos e aceitos pelos judeus” (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Pg 79).


     O Concílio Geral de Calcedônia, em 451 DC, negou que estes livros fizessem parte do Canon.

     GREGÓRIO,O GRANDE, papa em 600 D.C., citando 1 Macabeus falou que não era um livro canônico.

     A própria Igreja católica reconhece que os grandes Pais da igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos, excluindo os apócrifos. (Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6).

     Portanto, fica claro que a Igreja dos primeiros séculos não reconhecia os livros apócrifos como parte da Escritura. E mesmo no século 16, são abundantes os exemplos de líderes católicos que rejeitavam os apócrifos:

     O cardeal Ximenis em sua Poliglota Complutense (1514-1517) afirma que os livros apócrifos não faziam parte do cânon.

     O cardeal Cajetan, que fez oposição ao reformador Martinho Lutero em 1518, publicou em 1532, uma lista dos livros do AT, que não incluia os apócrifos.

2ª Razão – evidências internas

     Além das evidências que já apresentamos para rejeitarmos totalmente os apócrifos, temos, ainda, as evidências dos próprios livros apócrifos, que são:

     1 – Falta de autoridade; os livros apócrifos não possuem a autoridade que os livros inspirados possuem. Os seus autores não falam com a autoridade de quem fala em nome de Deus.

     Este é o caso de Macabeus; que demonstra que quando o livro foi escrito já não havia nenhum profeta em Israel há muitos anos (1º Macabeus 9.27). Ora, o AT foi escrito pelos profetas, se não há profeta, também não há autoridade para se escrever como tal. No 2º livro dos Macabeus, o autor termina a sua narrativa pedindo desculpas por quaisquer erros que possam ser encontrados em seus escritos e que os mesmos podem ter ficado medíocres, e se justifica dizendo que não pode fazer nada melhor (2º Macabeus 15.37). Esta não é a postura de alguém que escreve inspirado por Deus, pois ele sabe que o que ele escreveu é a Palavra de Deus inerrante e infalível e tem a autoridade do próprio Deus falando; Deus que não pode errar nem mentir.

     2 – Erros: nos livros apócrifos encontramos erros históricos, cronológicos, geográficos e teológicos: 

     Judite 1.5 diz que Nabucodonosor foi rei de Nínive, quando na verdade foi rei de Babilônia; 

     Baruc diz que foi escrito por Baruc o cronista do profeta Jeremias, quando se sabe que é mentira, ele é de data muito posterior. 

     Baruc 6:2 diz que os judeus serviriam na Babilônia por sete gerações (o que daria 210 anos), enquanto Jeremias 25:11 nos diz que foram apenas 70 anos.

     Macabeus: Antíoco morre de três maneiras diferentes nos registros dos livros de Macabeus: 1 Macabeus 6:16; 2 Macabeus 1:16 e 9:28.

     2 Mac 15:40: diz que beber sempre água sem estar misturada com vinho é nocivo à saúde.

     Tobias... contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1.15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares...

     Eclesiástico 12:4-7 diz que se deve negar o pão aos ímpios e não lhes fazer nenhum bem. Isto contradiz claramente Provérbios 25:21-22, que diz que devemos sim lhes dar pão e água (veja também Mateus 5:44-48).
     Eclesiástico ensina ainda:
     o trato cruel aos escravos – 33.28 e 30: “para o escravo malévolo a tortura e os grilhões”, “Se ele não te obedecer, submete-o com grilhões”; 42.5 diz que não se deve envergonhar de “golpear até sangrar as costas de um escravo ruim”;
    desprezo pela mulher - 25.17-36;
      incentiva o ódio aos samaritanos – 50.27 e 28: diz que abomina os samaritanos e que eles nem sequer devem ser vistos como um povo. Isto contraria todo o ensino e exemplo de Jesus no trato com os samaritanos.

     Tobias 12:9 e Eclesiástico 3:30 ensinam que dar esmola purifica do pecado. O apóstolo Pedro ensina claramente que dinheiro não compra o perdão: 1 Pedro 1:18-19

     Os erros destes livros provam que não são inspirados, pois Jesus disse que a Escritura não pode falhar (Jo 10.35).

     3 – Superstições: superstições são crendices populares que não possuem fundamento nem lógica; é o oposto de fé. No livro de Tobias encontramos o ensino de que se pode por em fuga os demônios queimando-se coração e fígado de peixe (Tobias 6.8 e 19).

     Resumindo podemos dizer que rejeitamos os apócrifos porque: (1) os judeus, Jesus e os Apóstolos, bem como a Igreja Primitiva rejeitaram tais livros. (2) esses livros contêm erros, superstições, contradições entre eles mesmos e os ensinos da Bíblia, e não possuem autoridade bíblica.

     Surge então a pergunta: Como estes livros foram parar na Bíblia Católica? A resposta é que a Igreja Católica Romana incluiu estes livros na Escritura em Abril de 1546, no Concílio de Trento. Ela fez isto apesar de todas as evidências em contrário, num ato de desobediência direta a Deus que proibiu-nos de acrescentar ou subtrair qualquer coisa à Escritura (Apocalipse 22.18-19).

     Por qual motivo a ICAR fez isto? A principal razão é que ela encontrou base nestes livros para defender certas doutrinas católicas que eram contestadas pelos protestantes: Ex: a oração pelos mortos defendida com base em 2 Macabeus 12.45-46.

     Outros apócrifos que faziam parte do mesmo conjunto e preenchiam os mesmos requisitos que estes sete foram rejeitados por contrariarem tais doutrinas: 2 Esdras foi rejeitado porque condenava as orações aos mortos (2 Esdras 7.105).

     Concluindo: Não foram os protestantes que retiraram livros da Bíblia (até porque quando aconteceu a Reforma em 1517 estes livros nem faziam parte das Escrituras). Foi a ICAR que os acrescentou à Bíblia em 1546.

     Alguns católicos contra-argumentam que antes do concílio de Trento, as edições bíblicas já traziam os apócrifos. Isso é verdade; acontecia desde que Jeronimo traduziu a Vulgata, e mesmo as edições antigas dos protestantes traziam os apócrifos. Mas como já mostramos, nem os protestantes nem a ICAR reconhecia estes livros. Eles eram tidos por úteis para o estudo da história do judeus, mas não eram considerados inspirados. Usar este argumento para dizer que eram reconhecidos antes de Trento, é como dizer que as igrejas que lançam Bíblias com hinário num só volume consideram seus hinários como canônicos (isso é absurdo, pois nenhuma igreja considera seus hinos como inspirados.) Portanto, permanece a verdade de que a ICAR os incluiu na Bíblia em 1546.

Via Rev Mauricio

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Os Livros Apócrifos


Etimologicamente, o termo “apócrifo” significa “oculto”, escondido”. Esse termo é usado para designar os 14 ou 15 livros, ou partes de livros que, em algum tempo, foram colocados entre os livros do Velho e do Novo Testamento. Eles aparecem anexados às versões Septuaginta e Vulgata Latina.
O vocábulo tem sido empregado de forma diferente por católicos e protestantes:
Para os protestantes “apócrifo” designa o conjunto de livros ou porções de livros que não faziam parte do cânon (lista de livros inspirados) hebraico;
Para os católicos “Apócrifo” se refere aos livros que os estudiosos protestantes chamam de pseudo-epígrafos.
Os livros que os protestantes chamam de "apócrifos", os católicos chamam de “Deutero- canônicos”.


Para os protestantes, os livros apócrifos não foram inspirados por Deus. São importantes fontes documentais para o conhecimento da história, cultura e religião dos Judeus. Também muito úteis para nossa compreensão dos acontecimentos intertestamentários (entre o Velho e o Novo Testamento). Mas não para estarem lado a lado com a literatura canônica (inspirada por Deus), pois ao compararmos uma literatura com a outra, logo percebemos profunda e radical diferença no estilo, na autoridade e até nos ensinamentos.


A igreja Católica apenas os incluiu no Cânon (lista de livros inspirados por Deus) em 15 de abril de 1546, no Concílio de Trento, impondo-os aos seus fiés como livros inspirados. Quem não aceitasse a decisão da igreja, seria por ela amaldiçoado.

Por que rejeitamos os apócrifos?
Se a mente divina inspirou a cada escritor, o produto desses diferentes autores deve estar em harmonia entre si.
Portanto, os primeiros livros se constituem do critério para todos os demais livros que se consideram ou são chamados de inspirados. Mas os livros conhecidos como apócrifos:
1. Não se harmonizam em ensino e doutrina com Moisés e outros profetas canônicos;
2. Nem Jesus, nem os apóstolos citaram os livros apócrifos como fonte de autoridade.


Por que então, a Igreja Católica continua apegada aos livros apócrifos? Porque as doutrinas fictícias dos apócrifos confirmam falsos ensinos da igreja, como por exemplo: oração pelos santos, falsas curas, dar esmolas para libertar da morte e do pecado, e salvação pelas obras.
Eis alguns ensinos de apócrifos:

1. Ensino da Arte Mágica - Tobias 6:5-8. A Bíblia afirma o contrário em: Marcos 16:17; Atos 16:18
2. Dar Esmolas Purifica do Pecado - Tobias 12: 8 e 9; Eclesiático 3:33. A Bíblia afirma o contrário em: 1 Pedro 1:18 e 19; Judas 24
3. Pecados Perdoados pela Oração - Eclesiástico 3:4. A Bíblia afirma o contrário em:  1João 1:9; 2: 1e2.
4. Orações pelos Mortos - 2 Macabeus 12: 42-46. A Bíblia afirma o contrário em: Atos 2:34; Isaías 38:18; Lucas 16:26; Isaías 8:20.
5. Ensino do Purgatório - Sabedoria 3:1-4 (imortalidade da alma). A Bíblia afirma o contrário em: 1 João 1:7, Hb 9:27
6. O Anjo Relata uma Falsidade - Tobias 5: 1-19. A Bíblia afirma o contrário em: Lucas 1:19
7. Uma Mulher Jejuando toda Sua Vida - Judith 8: 5 e 6.

Esta é uma história parecida com outras lendas católicas com respeito a seus santos canonizados. Uma mulher dificilmente jejuaria por toda sua vida. Jesus, mesmo sendo divino-humano, jejuou 40 dias, não pela vida toda.
8. Simeão e Levi mataram os habitantes de Siqueia por ordem de Deus – Judite 9:2
A Bíblia afirma o contrário em: Deus não tinha nada a ver com isto: Gênesis 34:30; 49: 5-7; Romanos 12: 19, 17
9. A Imaculada Conceição - Sabedoria 8:19 e 20. Esse texto é usado pelos católicos para sustentar a doutrina de que Maria nascera sem pecados. A Bíblia afirma o contrário em: Lucas 1: 30-35; Salmo 51:5; Romanos 3:23.
10. Ensinos da Crueldade e do Egoísmo - Eclesiástico 12:6. A Bíblia afirma o contrário em: Provérbios 25:21,22; Romanos 12:20; Mateus 5:41; Marcos 6:44-48.


Há muitos outros ensinamentos errados, mas, creio serem estes suficientes para aceitarmos que tais livros devem realmente ficar fora da lista de livros inspirados.

Apócrifos do Antigo Testamento
1) O 1º Livro de Esdras;
2) O 2º Livro de Esdras;
(Na versão Vulgata: O Esdra Canônico é chamado de 1º Esdras e Neemias de 2º Esdras; enquanto o 1º Livro de Esdras apócrifo é chamado de 3º Esdras).
3) Tobias;
4) Judite;
5) Adições ao Livro de Ester;
6) A Sabedoria de Salomão;
7) A Sabedoria de Jesus o filho de Sisaque, ou Eclesiástico;
8) Baruque;
9) A Carta de Jeremias;
10) A oração de Azarias e o Canto das Três Jovens;
11) Susana;
12) Bel e o Dragão;
13) A oração de Manasses;
14) O 1º Livro de Macabeus;
15) O 2º Livro de Macabeus;

Apócrifos Deutero-canônicos
1) Tobias;
2) Judite;
3) Adições ao Livro de Ester (10:4 – 16:22);
4) Sabedoria;
5) Eclesiástico;
6) Baruque;
7) Susana (Daniel 13);
8) Bel e o Dragão (Daniel 14);
9) 1º Macabeus;
10) 2º Macabeus;

Apócrifos do Antigo Testamento
Os apócrifos do Antigo Testamento podem ser facilmente identificados comparando os livros das Bíblias utilizadas pela maioria das “Sociedades Bíblicas” com uma Bíblia Católica.
Na comparação abaixo, os livros sublinhados constituem os apócrifos (chamados de Deutero-canônicos pelos Católicos). Aqueles não sublinhados são aceitos como canônicos por protestantes e Católicos.
Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio;
Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (com acréscimos), 1 Macabeus, 2 Macabeus.
Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel (com acréscimo), Oséias, Joel, Amós, Abdias (Obadias), Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Total: 46 Livros
39 Canônicos
+7 Deutero-canônicos ( = aqueles sublinhados)

Apócrifos do Novo Testamento
Os apócrifos do Novo Testamento não oferecem problema porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs. E não poderia ser diferente. Observe o ensino, como por exemplo, do evangelho de São Tomé:


"Jesus atravessava uma aldeia e um menino que passava correndo, esbarra-lhe no ombro. Jesus irritado, disse: Não continuarás tua carreira. Imediatamente o menino caiu morto. Seus pais correram a falar com José, este repreende a Jesus que castiga os reclamantes com terrível cegueira".


Tal relato não é compatível com a sublimidade dos ensinos de Cristo e é suficiente para provar que esse evangelho é espúrio. “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.” Mateus 19:13-15.

Lista dos Apócrifos do Novo Testamento

1) Evangelhos: Evangelho Segundo Hebreus, Evangelho dos Egípcios; Evangelhos dos Ebionitas; Evangelho de Pedro; Protoevangelho de Tiago, Evangelho de Tomé; Evangelho de Filipe, Evangelho de Gamaliel; Evangelho da Verdade.

2) Epístolas: Epístola de Clemente; as 7 Espístolas de Inácio; aos Efésios, aos Magnésios, aos Trálios, aos Romanos, aos Filadélfios, aos Esmirnenses e a Policarpo; a Epístola de Policarpo aos Filipenses; Epístola de Barnabé.

3) Atos: Atos de Paulo, Atos de Pedro, Atos de João, Atos de André, Atos de Tomé.

4) Apocalipses: Apocalipse de Pedro, o Pastor de Hermas, Apocalipse de Paulo, Apocalipse de Tomé; Apocalipse de Estêvão.

5) Manuais de Instrução: Didaquê ou Ensino dos 12 Apóstolos, 2 de Clemente. Pregação de Pedro.
Total: 34 livros - são mais do que os Canônicos do Novo Testamento (que somam 27).

Muitos desses livros disputaram um lugar junto ao Cânon Bíblico, mas graças a Deus, foram rejeitados pela Igreja Cristã, assessorada pelo Espírito Santo. Se esses livros pertencessem à lista de livros inspirados por Deus, certamente manchariam a beleza da sã e pura Palavra de Deus.
Devemos, portanto, nos apegar apenas aos 66 livros como dignos de confiança em termos da revelação de Deus ao homem. Nestes livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, temos toda a revelação necessária para a salvação do homem. A Sociedade Bíblica do Brasil – com razão - adota esses 66 livros como padrão para as Bíblias que produz.

Fonte: Este material foi extraído da apostila do prof. Jorge Mário, do Seminário Adventista Latino-americano de Teologia - Centro Universitário Adventista, Artur Nogueira, SP.

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