Marcadores: Nascimento de Jesus, Natal
Marcadores: Natal
Marcadores: Ellen White, Natal
Marcadores: Natal
Aquela noite parecia igual às demais, exceto pela agitação dos cansados viajantes que batiam à porta dos hotéis em busca de pousada. Algo de extraordinário, porém, estava prestes a acontecer que a colocaria definitivamente como o ponto divisor da história humana. Não tanto a data, mas o fato: o que ocorreria naquela noite teria uma dimensão única e inigualável.
As pessoas que acorriam à pequena Belém da Judéia iam motivadas pelo recenseamento decretado pelo imperador romano César Augusto. Estavam tão preocupadas com as coisas comuns da vida que não se davam conta da importância daquele momento.
O hoteleiro estava, como os demais, preocupado com os seus afazeres, os lucros do seu negócio. Quando aquele jovem casal chegou à sua estalagem, disse:
“Não há lugar para vocês.” Os quartos já deveriam estar todos ocupados, ou talvez, estivessem sendo reservados para hóspedes “especiais” que poderiam pagar mais do que aquele simples casal de camponeses.
Soubesse aquele comerciante o que estava prestes a ocorrer e lhes haveria providenciado o melhor quarto. Entretanto, de todos os que estiveram com ele naquela noite, os únicos nomes lembrados são os de José e Maria. E para eles não houve lugar na estalagem!
Como descreve um poeta, em letras magistrais, o Supremo Presente de Deus, concedido à humanidade, não foi acompanhado de pompa ou ostentação; pelo contrário, Deus O cercou de simplicidade e singeleza:
“Nenhum estojo de prata
Nenhuma folha de papel Ele usou; Seu presente de Natal aos homens:
Dentro de uma manjedoura Deus colocou.
Nenhum fio de seda foi usado,
Para amarrar o presente de cima enviado.
Estava envolto em panos e amarrado
Com cordas do amor divino.”
É assim que o poeta se refere à suprema dádiva concedida por Deus à humanidade: o presente de amor que esvaziou os tesouros dos Céus e enriqueceu para sempre os homens.
O cenário não poderia ser mais simples e despretensioso. Foi ali na humilde estrebaria em Belém, não tão limpa e organizada como a vemos retratada nos presépios, que ocorreu um dos eventos mais sublimes de todos os tempos. Sua singular história nos fala a respeito do mais precioso presente de Deus, depositado em uma rude manjedoura.
Esse acontecimento não era mais um lance de marketing ou um “fruto” da mídia. Não! Não se tratava de um produto descartável do tipo “usa-se e depois se joga fora e o caminhão de lixo vem e leva tudo para o montão do nada”. Era o que havia de mais real, valioso e significativo. O dom de Deus nesse primeiro Natal não estava envolto em egoísmo. Era um donativo repleto de amor e completa renúncia.
A fim de conceder o maior de todos os dons, Deus esvaziou os Seus depósitos e esgotou os recursos do Céu. Deus não podia dar nada melhor. Nada mais havia que Ele pudesse dar. Deu-Se a Si mesmo.
“No Mestre enviado de Deus, o Céu deu aos homens o que de melhor e maior possuía. Aquele que tomara parte nos conselhos do Altíssimo, que habitara no íntimo do santuário eterno, foi o escolhido para, em pessoa, revelar à humanidade o conhecimento de Deus.” – Educação, pág. 73.
Novas de grande alegria
Apesar da indiferença de quase todas as pessoas e da cegueira dos líderes judaicos (não viram e não viveram a grandiosidade daquele momento), aquela noite memorável foi marcada pela alegria e indescritível júbilo.
As colinas de Belém se transformaram no palco da mais gloriosa cena. Durante aquelas horas caladas da noite, um grande séquito de anjos saudava com júbilo o nascimento do esperado Salvador.
Juntamente com alguns pastores de ovelhas (homens simples, dedicados aos trabalhos da vida rural) e com os três magos (homens estudiosos da Palavra de Deus, atentos às profecias), os anjos formaram a única comissão de recepção que saudou o Rei dos reis, o Senhor Jesus, quando Ele deixou a Sua glória e “habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).
Ao analisarmos os fatos, não sejamos por demais severos com aquele dono da hospedagem, ou com os governantes e lideres religiosos da época! Até porque a história se repete: as pessoas, hoje, estão preocupadas com presentes, roupas, festas, comilanças e bebedeiras como sempre; poucos, pouquíssimos, são aqueles que estão preocupados com o verdadeiro sentido do Natal!
Faz cerca de 2.000 anos, no primeiro Natal, não houve lugar para José, Maria e o Menino Jesus: Ninguém apareceu para hospedá-lO! Como sabemos, o momento mais aguardado em cada Natal é a Ceia; é quando as famílias se alegram e confraternizam em torno de uma mesa. Que tal receber Jesus como seu principal hóspede? Que tal dar-lhe o mais honroso lugar, à a cabeceira da mesa?
Hoje, tal qual ocorreu há 2000 anos, Ele está apenas à espera de alguém que lhe abra as portas – da casa, da vida e do coração – para que possa entrar trazendo paz e alegria: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Apocalipse 3:20, grifos acrescentados).
Vamos, o que você está esperando? Vai deixar lá fora – fora dos seus negócios, fora da sua casa, fora da sua vida e fora do seu coração? Lembre-se: Se Ele está à frente da porta, e porque quer entrar; se está batendo, é porque Ele tem pressa em entrar!
Abra a porta, e faça do seu coração uma manjedoura – para receber o Senhor Jesus; pois, como um velho poeta acertadamente afirmou:
“Ainda que mil vezes Cristo em Belém nascesse,
Se Ele não nascer em ti, tua alma está perdida.
Oh! Dá-lhe um bom lugar,
Sim dá-lhe acolhida.
No íntimo da tua alma,
Lugar para Ele nascer.
Cristo virá outra vez então,
Aqui no mundo, no teu coração”.
Elizeu C. Lira, Editor do IASD Em Foco.
Afinal de contas, se Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, não está errado celebrar o natal?
O natal não é uma festa pagã, como fica isso?
Marcadores: Na Mira da Verdade, Natal
Marcadores: Ellen White, Natal
Marcadores: Natal
Marcadores: Natal
Marcadores: Natal
Marcadores: Natal
Por Samuele Bacchiocchi
O Significado do Nascimento de Cristo
No mundo cristão, a celebração do nascimento de Cristo tem um significado muito maior do que a comemoração da Sua morte e ressurreição na Páscoa.
A história do nascimento de Jesus é contada apenas nos Evangelhos de Mateus e Lucas, sendo a preocupação dos escritores do Evangelho salientar o significado teológico do nascimento do Salvador do mundo, ao invés de fornecer os detalhes históricos do evento. Em contrapartida, todos os quatro Evangelhos dedicam quase um terço de sua narrativa aos acontecimentos da última semana da vida de Jesus.
No entanto, é o nascimento de Cristo que tem capturado a imaginação e o interesse do mundo cristão. Uma possível razão é que os nascimentos são eventos mais alegres e atraentes do que a morte. Nós celebramos o nascimento de um filho, mas lamentamos a morte de uma pessoa.
Não há indicações de que durante os primeiros dois séculos a igreja primitiva celebrava o nascimento de Cristo. O evento que era amplamente comemorado todos os anos era a morte e ressurreição de Jesus na Páscoa.
No entanto, a vontade de Deus em assumir a carne humana e nascer como um bebê, me diz muito sobre o caráter de Deus. Resumidamente, o nascimento de Cristo como um bebê indefeso, me diz quatro coisas importantes a respeito de Deus.
Deus é Emanuel: Deus conosco
Em primeiro lugar, o nascimento da Segunda Pessoa da Trindade como um indefeso bebê humano me diz que Deus estava disposto a entrar, não só nas limitações do tempo humano na criação e comunhão com Adão e Eva, mas também nas limitações, sofrimento e morte da carne humana na encarnação para se tornar Emanuel, Deus conosco.
João exprime esta verdade eloquentemente dizendo: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14). Para apreciar toda a força desse versículo, é importante notar que a palavra – “habitou – Skené” em Grego, significa “barraca, tenda”. Isso não significa que Cristo tomou habitação temporária entre nós. Na Bíblia a palavra não implica residência temporária. Por exemplo, em Apocalipse 21:3 os novos céus e a nova terra são descritos, dizendo: “Eis aqui o tabernáculo (tenda!) de Deus com os homens. Ele vai morar (armar a sua tenda!) Com eles, e eles serão o seu povo.”
A noção de Deus, levantando uma tenda entre nós, implica que Ele quer estar perto de nós e interagir conosco. É por isso que Cristo nasceu como um bebê. Ele queria estar perto de nós e se identificar conosco. Levantou a sua tenda como se fosse no nosso quintal.
Se Cristo tivesse vindo como um super-homem, ou uma espécie de King Kong, o teríamos temido e não amado. Mas Ele veio como um bebê, porque podemos aceitar e amar um bebê indefeso.
Nosso Deus escolheu revelar-Se através de um bebê indefeso
Em quarto lugar, Deus escolheu revelar a Sua santidade, pureza e glória através do rosto e da natureza de uma criança indefesa. Durante todo o Antigo Testamento, Deus quis fazer-Se conhecido ao seu povo. Mas isso era impossível. Antes do pecado entrar no mundo, Adão e Eva desfrutavam de uma relação perfeita com Deus. Eles moravam na presença de Deus. Mas uma vez que o pecado entrou no mundo, ver Deus face a face se tornou impossível. Os seres humanos perderam a capacidade de viver em segurança na presença de Deus.
Quando Moisés disse a Deus que queria vê-lo, Deus respondeu: “Você não pode me ver e viver.” Estar na presença plena de Deus era impossível para os seres humanos pecaminosos. Então Deus disse a Moisés para se esconder numa rocha enquanto Ele passava. Moisés capturou uma breve visão de Deus, e retornou ao seu povo com o rosto brilhando, tão brilhante que o povo o fez colocar um véu para protegê-los da glória de Deus refletida no rosto de Moisés.
Quando os israelitas vagaram rumo à Terra Prometida, Deus escolheu revelar-Se num pilar de nuvem de dia, e numa coluna de fogo à noite. Essa foi uma maneira de Deus estar com seu povo, sem destruí-los com a glória da Sua presença.
Mas Deus desejava revelar-Se mais plenamente para a família humana. Ele fez isso através da encarnação de Seu Filho, nascido neste mundo como um bebê com carne e sangue como um ser humano. É assim que Deus se revelou a nós.
Os Hebreus explicam que no passado Deus revelou-Se de “várias maneiras.” Visões, colunas de fogo, e anjos. “Mas, nestes últimos dias, Ele nos falou por seu Filho. . . O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa” (Hebreus 1:1-3). O bebê Jesus é a revelação mais próxima da perfeita santidade de Deus que Ele poderia revelar a este mundo pecaminoso. Por isso, somos eternamente gratos que Deus escolheu revelar-Se através do menino Jesus.
João exprime a mesma verdade dizendo: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.” (João 1:14). É através da encarnação do Filho de Deus que contemplamos a glória de Deus.
A mesma observação é feita no versículo 18. “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.” Aqui a questão é que embora Deus seja invisível, Ele tem agora Se revelado de uma forma mais original através da encarnação de Si mesmo em Seu Filho Jesus. Em Jesus vemos Deus. É por isso que Jesus podia dizer: “Aquele que vê a mim vê o Pai” (João 14:9).
Em suma, o nascimento de Cristo como um bebê indefeso diz que Deus é Emanuel, no sentido de que Ele quer estar perto de nós e se identificar conosco. Ele nos diz que Deus vê a nossa natureza humana como Sua boa criação, porque ela foi assumida pelo seu próprio Filho. Ele nos diz que Deus é um Deus humilde. Ele estava disposto a Se humilhar para a nossa salvação. Ele nos diz que Deus escolheu revelar a Sua santidade, pureza e glória através do rosto e da natureza de uma criança indefesa. O nascimento de Cristo como um bebê indefeso, nos diz que nós adoramos um Deus maravilhoso, profundamente interessado em nos devolver a uma relação harmoniosa com Ele.
A Celebração do Nascimento de Cristo
A celebração do nascimento de Cristo coloca dois problemas: a data e a forma da celebração. Quanto à data do nascimento de Cristo, logo veremos que a adoção da data de 25 de dezembro pela Igreja Ocidental, para comemorar o nascimento de Cristo foi influenciada pela celebração pagã do retorno do sol após o solstício de inverno.
Diversos estudos acadêmicos sugerem que a Festa dos Tabernáculos em Setembro / Outubro fornece uma data bíblica e tipológica muito mais precisa para comemorar o nascimento de Cristo do que a data pagã de 25 de dezembro. A última data não apenas retira do tempo real o nascimento de Cristo, como também é derivada da celebração pagã do retorno do sol após o solstício de inverno.
A questão da data do nascimento de Cristo será discutida em breve. Neste momento eu gostaria de comentar sobre a maneira de sua celebração. De uma perspectiva comercial, o Natal tornou-se o evento comercial do ano. As pessoas gastam o dinheiro que não têm para comprarem coisas que não precisam. Para promover maiores vendas, o dia do nascimento de Cristo tornou-se um “Holiday Season” com a “Black Friday”, sexta-feira que sucede o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos marcando um dos momentos de maior volume de vendas no país por dar início ao período de compras natalinas.
De acordo com a Time “para muitos varejistas, as vendas deste feriado são responsáveis por até 40% de sua receita anual e até 80% de seus lucros – daí o nome Black friday – ou o dia em que tradicionalmente as lojas saem “do vermelho” para “o preto”. (Http://www.time.com/time/business/article/0, 8599,1855555,00. Html)
A comercialização do Natal obscurece o significado do nascimento de Cristo. Cristo nasceu em uma manjedoura humilde para nos ensinar humildade e abnegação, não para celebrar o Seu nascimento, comendo e bebendo, comprando e vendendo.
A boa notícia da data do nascimento de Cristo, não é um feriado, com os seus presentes, festas, diversão, e árvores de Natal iluminadas – pois isso são apenas vestígios de uma cultura pagã que nada sabe do verdadeiro Deus. A boa notícia do nascimento de Cristo gira em torno de uma pessoa – um dom inefável de Deus, um Salvador que é Cristo o Senhor.
A celebração do nascimento de Cristo em algumas igrejas Adventistas
Vários crentes me pediram para comentar especificamente sobre a celebração do nascimento de Cristo em algumas igrejas adventistas. Não é incomum nossas maiores igrejas Adventistas terem um serviço religioso de véspera de Natal. Alguém me perguntou: “Você poderia me explicar por que algumas igrejas adventistas têm serviços especiais de véspera de natal, enquanto outras não?”
Francamente, eu não entendo por que algumas igrejas adventistas de hoje estão adotando a prática popular de um culto na igreja à noite em 24 de dezembro. Talvez elas não estejam cientes de que estão imitando a católica “Missa de Cristo”, comemorada à meia-noite de 24 de dezembro. Elas podem também ignorar a origem pagã da data do nascimento de Cristo, que será discutida posteriormente. Provavelmente, para estas igrejas, pode ser apenas uma questão de conformidade cultural, ou seja, o desejo de imitar os impressionantes serviços de véspera de Natal realizados em igrejas católicas e protestantes.
A celebração religiosa do Natal nas igrejas adventistas é um desenvolvimento recente. Eu cresci em Roma, na Itália, onde nunca tivemos uma árvore de Natal em nossa casa ou na igreja. Meu pai trabalhava regularmente no dia de Natal. Nossa família considerava o Natal como uma festa católica, similar ao Domingo de Páscoa, a Festa da Imaculada Conceição em 25 de março, a Festa da Assunção de Maria, em 15 de agosto, o Dia de Todos os Santos em 1 de novembro, etc
Quando cheguei aos EUA em 1960 como estudante de um seminário na Universidade Andrews, o Natal era primordialmente uma pausa de inverno. Não me lembro muito de decorações de Natal e celebrações nas igrejas que eu visitei durante os quatro anos que passei no seminário 1960-1964.
Gradualmente as coisas mudaram durante os últimos 50 anos. Isso é evidente pelas fachadas profusamente iluminadas e decoradas de muitas igrejas adventistas na época do Natal. Algumas igrejas parecem competir com a rica decoração geralmente encontrada em igrejas ortodoxas gregas.
Pessoalmente eu não fico inspirado pelas decorações elaboradas e a celebração do Natal, porque como um historiador da igreja estou ciente de sua origem pagã. Jesus nasceu numa manjedoura humilde. Não houve decorações fantasiosas para comemorar seu nascimento. Estaria mais de acordo com a definição de seu nascimento, manter as decorações simples, concebidas para ajudar as pessoas a capturarem o verdadeiro espírito do humilde nascimento de Cristo.
Era a celebração do nascimento do deus-Sol na Roma antiga, que era acompanhada por uma profusão de luzes e tochas e a decoração de árvores. Para facilitar a aceitação da fé cristã pelas massas pagãs, a Igreja de Roma considerou oportuno fazer não só o Dia do Sol a celebração semanal da ressurreição de Cristo, mas também o dia do nascimento do Deus-Sol invencível em 25 de dezembro a celebração anual do nascimento de Cristo. Este ponto será ampliado mais tarde.
Uma oportunidade de testemunho
O reconhecimento da origem pagã do Natal, com todas as suas luzes, decoração, festa e celebração, não significa que é errado dar um tempo para lembrar o nascimento de Jesus nesta época do ano. Afinal seria bom para nós nos lembrarmos a cada dia que Jesus estava disposto a deixar sua posição gloriosa, a fim de nascer na família humana como um bebê indefeso para se tornar nosso Salvador.
Nenhuma outra história aperta o coração humano como a história do amor divino manifesto na vontade de Cristo de entrar na limitação, agonia, sofrimento e morte da carne humana para se tornar “Emanuel”, Deus conosco. Refletir sobre o mistério da encarnação é um digno exercício espiritual diário, que pode ser feito também em 25 de dezembro, conhecido no mundo cristão como o “tempo do Advento”, isto é, a temporada que se comemora o Primeiro Advento do Senhor.
De certa forma o tempo do Advento oferece uma oportunidade única para os adventistas ajudarem os cristãos a compreender o sentido último do Natal, que se encontra no fato de que Jesus que veio pela primeira vez como um bebê indefeso em Belém, voltará a segunda vez como o Senhor dos senhores e o Rei dos Reis. O que isto significa é que o humilde nascimento de Jesus na família humana, é o prelúdio de Seu retorno glorioso para habitar com o Seu povo através dos séculos sem fim da eternidade. A celebração final do tempo do Advento nos aguarda na gloriosa segunda vinda do Senhor.
No lar adventista, o nascimento de Cristo pode ser celebrado lembrando-se dos necessitados em nossa igreja e comunidade. Assim como Deus nos amou, dando o seu Filho unigênito para a nossa salvação, assim podemos celebrar a doação do amor de Deus, compartilhando nossas bênçãos com os necessitados. Isto significa que em vez de perguntar: “O que eu vou ganhar de presente no Natal?” , possamos considerar: “Quem eu posso ajudar este ano?
A data do nascimento de Cristo
Surpreendentemente, não há nenhuma menção no Novo Testamento, de qualquer celebração do aniversário do nascimento de Cristo. Os relatos nos Evangelhos sobre o nascimento de Jesus são muito breves, consistindo apenas em poucos versículos encontrados apenas em Mateus 1:16-24 e Lucas 2:1-20. Em contrapartida, os relatos do que é conhecido como “A Semana da Paixão”, são mais longos, tendo vários capítulos.
De acordo com algumas estimativas, cerca de um terço de cada Evangelho é dedicado à Semana Santa. É evidente que a partir da perspectiva dos escritores do Evangelho, a morte de Cristo é mais importante para a nossa salvação do que o Seu nascimento. A razão é que através da Sua morte expiatória Cristo garantiu a nossa salvação eterna. No entanto, os cristãos de hoje tendem a celebrar mais o nascimento de Cristo do que Sua morte. Talvez a razão é que o nascimento de uma criança Libertadora capture a imaginação muito mais do que a morte de um Salvador. Nossa sociedade comemora nascimentos, não mortes.
Os primeiros cristãos comemoravam anualmente a morte e ressurreição de Cristo na Páscoa, mas não temos indícios claros de uma celebração anual do nascimento de Cristo. Uma grande controvérsia eclodiu na última parte do segundo século sobre a data da Páscoa, mas a data do nascimento de Cristo não se tornou um problema, até o século IV. Naquela época a disputa centrava-se principalmente em duas datas do nascimento de Cristo: 25 de dezembro promovido pela Igreja de Roma e 06 de janeiro, conhecido como Epifania, observado pelas igrejas orientais. “Ambos os dias”, como Oscar Cullmann destaca, “eram festas pagãs cujo significado forneceu um ponto de partida para a concepção especificamente cristã do Natal.”[1]
Muito provavelmente Cristo nasceu no final de setembro ou início de outubro
É um fato reconhecido que a adoção da data de 25 de dezembro pela Igreja Ocidental, para comemorar o nascimento de Cristo foi influenciada pela celebração pagã do retorno do sol após o solstício de inverno. Mais tarde falaremos mais sobre os fatores que influenciaram a aprovação da presente data. Nesta conjuntura, é importante notar que a data de 25 de dezembro é totalmente desprovida de sentido bíblico e é grosseiramente errada em relação ao tempo real do nascimento de Cristo.
Se, como é geralmente aceito, o ministério de Cristo começou quando ele tinha cerca de trinta anos de idade (Lucas 3:23) e durou três anos e meio, até sua morte na Páscoa (março / abril), retrocedendo, chegamos aos meses de setembro / outubro, ao invés de 25 de dezembro.[2] Indireto suporte para a datação de Setembro / Outubro como nascimento de Cristo é fornecido também pelo fato de que de novembro a fevereiro os pastores não assistiam os seus rebanhos durante a noite nos campos. Eles o traziam para uma área protegida chamada curral. Assim, 25 de dezembro é a data mais improvável para o nascimento de Cristo.[3]
A data mais provável do nascimento de Cristo é a parte final de setembro ou início de outubro. Essa data corresponde ao período da Festa dos Tabernáculos. Esta festa era a última e mais importante peregrinação do ano para os judeus. As condições de superlotação no momento do nascimento de Cristo (“não havia lugar para eles na estalagem”, Lucas 2:7) pode estar relacionada não só com o censo realizado pelos romanos naquela época, mas também aos muitos peregrinos que ali se aglomeravam especialmente durante a Festa dos Tabernáculos.
Belém ficava a apenas quatro quilômetros de Jerusalém. “Os romanos”, observa Barney Kasdan, “eram conhecidos por fazerem seus censos de acordo com o costume dos territórios ocupados. Assim, no caso de Israel, eles optaram por ter o povo afluindo para as suas províncias em um momento que seria conveniente para eles. Não havia nenhuma lógica aparente em chamar o recenseamento no meio do inverno. O tempo mais lógico de tributação seria após a colheita, no outono” [4], quando as pessoas tinham em suas mãos a receita da sua colheita.
O apoio à crença de que Cristo nasceu no tempo da Festa dos Tabernáculos, que ocorre no final de setembro ou início de Outubro, é fornecido pelos temas Messiânicos da Festa dos Tabernáculos ... e também por detalhes significativos sobre o tempo do serviço de Zacarias no Templo. Estes são analisados pelo professor Noel Goh em um artigo perspicaz que você pode acessar clicando neste link http://www.biblicalperspectives.com/anotherlook.htm
Referências
1. Oscar Cullmann, The Early Church (1956), p. 35.
2. See A. T. Robertson, A Harmony of the Gospels (New York, 1992), p. 267.
3. See, Adam Clark, Commentary on the Gospel of Luke (New York, 1956), vol. 5, p. 370.
4. Barney Kasdan, God’s Appointed Times (Baltimore, MD, 1993), p. 97.
Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/
Marcadores: Ellen White, Estrela de Belém, Natal
O significado do Natal atualmente está mais fundamentado em misticismo e oportunidades de lucros. Árvores de natal, anjinhos (não existem anjinhos), papai noel, guirlandas, sinos, velas, gulodices e bebedices são dentre muitas os símbolos do Natal.
Numa propaganda de perfume foi afirmado: “a essência do Natal é o perfume, mas não se esqueça de rezar.”
Os valores estão invertidos, e está na cara que o que mais interessa no natal para a maioria são os prazeres resultantes do dinheiro.
Entre as crianças e adolescentes, para não dizer os adultos, a questão é: o que você vai ganhar de Natal? Daí entra o papai Noel (e hoje até a mamãe Noel). Cartinhas são escritas e o pai esconde o presente no dia de natal.
Os presentes não são ruins, mas a mentira que às vezes envolve o natal. Um dia a criança cresce e descobre que Papai Noel não existe, e tudo foi fantasia, até o Deus que lhe foi ensinado, pode concluir uma criança mal orientada!
Como comemorar o natal corretamente? Qual o real significado do Natal para os cristãos? Por que 25 de dezembro? Papai Noel? Presentes?
I – 25 de dezembro
A verdade é que não sabemos o dia do nascimento de Jesus, mas sabemos que, com certeza, não é dia 25.
Segundo o texto de Mateus 2:1, Jesus nasceu antes da morte de Herodes. De acordo com os historiadores, Ele deve ter nascido nos primeiros meses do ano. É interessante que os cristãos que viveram perto da era apostólica comemoravam “ora dia 6 de janeiro, ora 25 de março” (Enciclopédia Barsa).
II – Por que 25 de Dezembro?
Essa data foi fixada no ano 440, mas o primeiro Natal foi em 325, em Roma.
O objetivo era “cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos); que celebrava o natalis invicti solis (nascimento vitorioso do sol)”. (Enciclopédia Barsa).
25 de dezembro é o dia do nascimento do deus Sol, deus do mitraísmo.
Qual deve ser a nossa posição sobre essas coisas sabendo de sua origem?
1- Moderação: Nem condenar por completo os festejos natalinos, mas também não fazer deles a ênfase do Natal.
2- Não colocar os presentes e as comidas como o fator principal, e sim ofertar recursos para a causa de Deus.
3 – Cuidado com o consumismo: temos facilidade para gastar 50, 100, 1000 reais com presentes e festas, de acordo com as posses de cada um, mas quanto você vai ofertar para Deus?
4 – Nunca mentir sobre Papai Noel, mas focalizar a bondade e o amor cristão.
Conselhos de E.G. W:
5 – Não devemos condenar a árvore de natal em si, mas usar os aparatos natalinos voltados a uma boa causa: Ex. colocar uma oferta especial na árvore de Natal; fazer uma limpeza no guarda-roupas para doar aos pobres.
O Lar Adventista, pág. 482: “Árvore de Natal com Ofertas Missionárias não é Pecado. Não devem os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser uma grande bênção. Ponde-lhes diante do espírito objetos benevolentes.”
6- Promover união familiar, irmãos na fé, e focalizar a Cristo.
7- Usar o contexto do Natal para pregar a Cristo e fazer boas obras.
PR. YURI RAVEM via Sétimo Dia
Marcadores: Natal
You can replace this text by going to "Layout" and then "Page Elements" section. Edit " About "