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Transmissão por sexo anal e pela pele
A variante de uma bactéria que pode levar à morte estaria se espalhando rapidamente entre a comunidade gay das cidades de São Francisco e Boston, nos Estados Unidos. De acordo com um estudo publicado na revista especializada Annals of Internal Medicine, a nova forma da bactéria MRSA, conhecida como MRSA USA300 é altamente resistente a medicamentos e é transmitida por meio de sexo anal, pelo contato da pele ou com superfícies contaminadas. Os especialistas fizeram um levantamento da incidência da doença em diferentes áreas das cidades de São Francisco e Boston com base em registros hospitalares, mas não informaram o número exato de contaminados até agora. A equipe de pesquisadores descobriu que no distrito de Castro, em São Francisco - que teria uma das maiores concentrações de homossexuais dos Estados Unidos -, um em cada 588 residentes estaria infectado com a bactéria. Em outras áreas da cidade, essa proporção seria de um para cada 3.800.
Outra parte do estudo ainda indicou que os homossexuais moradores de São Francisco teriam 13 vezes mais chances de contrair a doença do que outros residentes da cidade.
A infecção pode causar úlceras na pele, necrose dos tecidos, atacar órgãos como pulmão e o coração e se espalhar facilmente pela corrente sanguínea. Entre a comunidade gay, a doença teria se proliferado pelo contato da pele, causando abscessos e infecções nas nádegas e nos órgãos genitais. Os especialistas aconselham esfregar o corpo com água e sabão após as relações sexuais para evitar que a bactéria se espalhe.
De acordo com o jornal americano The New York Times, 19 mil pessoas morreram nos EUA em 2005 em decorrência de doenças causadas pela MRSA (Estafilococos aureus resistente à meticilina, MRSA, na sigla em inglês).
No passado, a bactéria era comum apenas em infecções hospitalares, mas recentemente também tem sido contraída por pessoas saudáveis fora dos hospitais.
Além de ser resistente à meticilina, a MRSA USA300 também não é facilmente combatida por outros antibióticos utilizados para tratar outras variantes da bactéria.
Os especialistas advertem que a menos que laboratórios de microbiologia identifiquem o tratamento adequado para nova bactéria, “a infecção poderá se espalhar rapidamente e se tornar uma ameaça nacional”.
(O Globo)
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Há pouco mais de uma semana, o Brasil registrou sua primeira união estável entre três mulheres. O local escolhido para a formalização foi o 15º Ofício de Notas do Rio, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste. De acordo com o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), este é o segundo trio que declara oficialmente uma relação. O primeiro caso aconteceu em Tupã, no interior de São Paulo, em 2012. Na ocasião, um homem e duas mulheres procuraram um cartório para registrar a relação. Com medo de serem hostilizadas, as três mulheres preferiram não dar entrevista. De acordo com a tabeliã Fernanda de Freitas Leitão, que celebrou a união, o fundamento jurídico para a formalização desse tipo de união é o mesmo estabelecido na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2011, ao reconhecer legalmente os casais homossexuais. “Não existe uma lei específica para esse trio, tampouco existe para o casal homoafetivo. Isso foi uma construção a partir da decisão do STF, que discriminou todo o fundamento e os princípios que reconheceram a união homoafetiva como digna de proteção jurídica. E qual foi essa base? O princípio da dignidade humana e de que o conceito de família é plural e aberto. Além disso, no civil, o que não está vedado, está permitido”, explicou a tabeliã.
O presidente do IBDFAM, Rodrigo Pereira, declarou que a relação entre três pessoas é reconhecida quando for caracterizada como núcleo familiar único. “Essas três mulheres constituíram uma família. É diferente do que chamamos de família simultânea (casais homo ou heterossexuais). Há milhares de pessoas no Brasil que são casadas, mas têm outras famílias. Esses são núcleos familiares distintos. Essas uniões de três ou mais pessoas vivendo sob o mesmo teto nós estamos chamando de famílias poliafetivas”, afirmou Pereira.
Por lei, uma mesma pessoa não pode se casar com outras duas [por enquanto...]. Mas o caso do trio é diferente por ser visto como uma união única.
Além da união estável em si, as três mulheres fizeram testamentos patrimoniais e vitais. O próximo passo delas é gerar um filho por meio de inseminação artificial. Por isso, a declaração da relação foi acompanhada dos testamentos, que estabelecem a divisão de bens e entregam para as parceiras a decisão sobre questões médicas das três cônjuges. [...]
Pereira explica que todos os direitos concedidos aos casais com união estável devem ser garantidos ao trio de mulheres. “A proteção legal deve ser a mesma. Ainda não tem jurisprudência, porque isso está começando. Isso é novo para o Direito, mas não tem uma verdade única. A família é um elemento da cultura, sofre variações”, completou. [...]
(JusBrasil)
Nota: Não, a família não é um “elemento da cultura”. O conceito de família e de casamento – a união monogâmica entre um homem e uma mulher – vem do relato da criação, em Gênesis. Quando esse relato passou a ser visto paulatinamente como um mito, uma alegoria (mesmo por pessoas e igrejas que dizem seguir a Bíblia), estava preparado o caminho para a dissolução do conceito bíblico de casamento. Uma vez que o “casamento” de pessoas do mesmo sexo foi aprovado, não mais haverá impedimentos morais (e logo, logo legais) para situações que envolverem poligamia, incesto (duvida?) e, por que não, até zoofilia. Abriram a porta, agora não tem como segurar o que passar por ela. Ao abandonar a visão criacionista das origens, a humanidade destruiu os fundamentos morais e teológicos sobre os quais deveria estar fundada. Além do casamento, o sábado, memorial da criação, também tem sido relido à luz da teologia liberal e do paganismo. Tivesse sempre sido guardado por todos os cristãos, quem sabe essa situação toda fosse diferente hoje. [MB]
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Por Júlio César Prado
Uma tabeliã do Estado norte-americano de Kentucky que se recusou a emitir licenças de casamento para casais homossexuais invocou a “autoridade de Deus” ontem desafiando uma decisão da Suprema Corte. Em um embate de forças que durou dois meses, Kim Davis, tabeliã do condado de Rowan, citou a Bíblia e sua crença religiosa para sustentar suas ações. Na segunda-feira, a Suprema Corte rejeitou o pedido de ordem de emergência feito por Kim, que lhe permitiria negar licenças de casamento para casais de pessoas do mesmo sexo enquanto apela da ordem de um juiz federal que a obriga a emiti-las. Ontem, quando indagada com que autoridade ela recusa os documentos, ela respondeu “com a autoridade de Deus”, repudiando a corte que, em junho, decidiu que a Constituição dos EUA concede aos pares gays o direito de se casarem.
O apóstolo Paulo, quando escreveu aos habitantes de Corinto, cidade corrompida pelos maus costumes, mencionou uma série de pecados que impediriam a entrada no reino do Céu, entre os quais o homossexualismo (“nem os efeminados, nem os sodomitas... herdarão o reino de Deus”) (I Coríntios 6:9 e 10).
Nos anais da História encontramos o registro de inúmeras civilizações que surgiram no cenário, floresceram, declinaram e, finalmente, desapareceram. Kim Davis, tabeliã do condado de Rowan, baseou sua decisão na Bíblia e nas características encontradas nas extintas civilizações do passado que podem ser observadas, com roupagem moderna, em nossa atual civilização. Babilônia, por sua vez, tornou-se um próspero e magnífico império, sob o reinado de Nabucodonosor. Numa geração apenas, ele elevou a sua capital “muito acima do esplendor antigo – a uma magnificência realmente impossível de se descrever; nem mesmo, maravilhosa como foi por seus encantos, conseguiu jamais apaga-la da imaginação e mente da raça humana como a grande cidade do mundo, o emblema de tudo que é magnificente, luxuoso e central. Os historiadores antigos não encontram palavras para descrever a grandeza de seus palácios, dos templos, dos jardins suspensos da grande cidade do Eufrates” (James Baike. Citado por Edwin R. Thile, Daniel – Estudos Esboçados, pág. 33). Não é sem razão que Nabucodonosor orgulhosamente indagou: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder, e para a glória da minha majestade?” (Daniel 4:30).
Essa grande prosperidade nacional foi seguida de um profundo declínio e degradação moral. A culminância dessa degradação ocorreu na fatídica noite em que Belsazar, neto de Nabucodonosor, promoveu um grande banquete carnavalesco, no qual houve desenfreada glutonaria e imoralidade (Daniel 5). Como resultado, Babilônia foi sitiada pelos exércitos de Ciro, nessa mesma noite de outubro de 539 AC, caindo nas mãos dos seus inimigos; fato esse que deu fim ao grande Império Babilônico. Como juízo à sua idolatria e imoralidade, Babilônia foi mais tarde completamente destruída. Suas ruínas ainda permanecem como um cumprimento da profecia de Isaías 13:19 e 20, que diz: “Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transformou. Nunca jamais será habitada, ninguém morará nela de geração em geração; o árabe não armará ali a sua tenda, nem tão pouco os pastores farão ali deitar os seus rebanhos”. Essa profecia, escrita cerca de cem anos antes de Nabopolassar e Nabucodonosor subirem ao trono imperial, tem-se cumprido literalmente até os nossos dias (Siegfried H. Horn. The Spade Confirms the Book, págs. 42-51).
Os perigos em torno do sexo residem na sua perversão, ou seja, nos desvios que milhares de indivíduos procuram. Entre as perversões mais conhecidas, destaca-se o homossexualismo. E, modernamente, aumenta a tendência de se aceitar este problema como coisa normal. Da parte dos homossexuais, crescem os movimentos e campanhas com a finalidade de obterem a aceitação social de sua condição.
Se fizermos uma acurada investigação, comparando as características da “nova moralidade” com as que imperavam no período final da existência desses povos (a civilização antediluviana, Sodoma e Gomorra, os povos cananeus, o Império Babilônico e o Império Romano) que entraram em colapso, só poderemos chegar a uma conclusão acertada: A humanidade caminha hoje rumo ao colapso final da presente civilização! Na foto, a tabeliã Kim Davis citou a Bíblia para justificar sua recusa em realizar cerimônias homossexuais nos Estados Unidos (Foto: Reprodução/Divulgação).
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Título: HOMOSSEXUALIDADE
-1) Como Deus vê a cada pessoa, independente de ela ser heterossexual ou homossexual? (Rm 2:11)
– 2) Deus aprova que um cristão heterossexual se julgue superior a uma pessoa, cristã ou não, que seja homossexual? (Tg 2:8-10)
– 3) Como Deus quer que Seus filhos heterossexuais se portem diante da homossexualidade?
– 4) Há verdade em dizer que os homossexuais nasceram assim?
– 5) O que a Bíblia tem a dizer a respeito da sexualidade?
– 6) O que a Bíblia tem a dizer sobre a homossexualidade?
– 7) Há argumentos a favor da homossexualidade?
– 8) Sabemos que a homossexualidade não mais é classificada como transtorno, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID), que é ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). Como ocorreu essa mudança?
– 9) O que a Bíblia e psicólogos que partilham da mesma opinião bíblica aconselham o homossexual a fazer?
– 10) Possivelmente alguns pais têm filhinhos efeminados ou filhinhas com trejeitos de meninos. O que a psicologia tem a dizer sobre isso?
– 11) Existe realmente uma pessoa ex-homossexual?
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Distorção do conceito bíblico
Como forma de estimular a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA) a se arrepender de sua apostasia, a Iniciativa Nacional das Igrejas Negras (NBCI), que representa 34 mil igrejas de 15 denominações, declarou o rompimento de seus laços com a PCUSA, depois que alterou a sua constituição e aprovou o casamento homossexual (confira). “A NBCI e sua base de membros são posicionados na Palavra de Deus, dentro da mente de Cristo. Nós pedimos que nossos irmãos e irmãs da PCUSA se arrependam e sejam restaurados à comunhão”, disse o presidente da NBCI, Reverendo Anthony Evans. “A manipulação da PCUSA representa um pecado universal contra toda a Igreja e seus membros. Com essa ação, a PCUSA não pode mais basear seus ensinamentos em 2 mil anos de escrituras e tradição cristã, e ainda se chamar de entidade cristã no corpo de Cristo. Ela abandonou o seu direito por esse único ato errado”, acrescentou Evans, que representa 15,7 milhões de afro-americanos.
“O Apóstolo Paulo nos advertiu sobre isso quando declarou em Gálatas 1:8 que há quem pregue outro evangelho”, disse Evans. “Nenhuma igreja tem o direito de mudar a Palavra de Deus. Ao votar para redefinir o casamento, a PCUSA perde automaticamente a graça salvadora de Cristo. Há sempre a redenção no corpo de Cristo através da confissão de fé e aderência à Sagrada Escritura.”
Evans disse que a PCUSA votou, propositadamente, para mudar a Palavra de Deus, com outra interpretação do casamento entre um homem e uma mulher. “É por isso que temos de romper a comunhão com eles e pedir que toda a cristandade faça isso também.”
(CPAD News)
Nota: É muito bom ver que ainda há cristãos preocupados com a fidelidade à Palavra de Deus. Gostaria de acrescentar apenas um detalhe: o casamento não é a única instituição edênica que vem sendo atacada – o sábado também tem origem no Jardim do Éden. A verdade é que, para se sustentar o casamento como instituição abençoada por Deus, temos que reconhecer a literalidade do relato contido nos primeiros capítulos de Gênesis. É lá que está relatado o primeiro casamento oficializado pelo próprio Deus, quando uniu Adão e Eva pelos sagrados laços matrimoniais. E é lá, também, que está relatado o estabelecimento do sétimo dia da semana como memorial eterno da criação. Será que essas milhares de igreja que se opuseram à distorção do casamento heterossexual concordam com a literalidade do relato da criação e com a vigência do sábado como dia de guarda? Fidelidade é fidelidade. [MB]
Via Criacionismo
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Um grupo de jovens católicos do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) realizava uma campanha pacífica e ordeira contra o aborto e a ditadura homossexual, denominada Cruzada pela Família, no centro de Curitiba, no dia 14 de janeiro. Em determinado momento, começou a se formar um grupo numeroso de homossexuais e simpatizantes que passaram a agredir de diversas formas os jovens católicos. (Assista ao vídeo abaixo)
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A cultura contemporânea está forçando os cristãos a reconsiderarem sua posição histórica e teológica sobre o homossexualismo. Neste artigo o autor examina quem deve ditar as normas – a experiência humana ou as Escrituras Sagradas.
A crise homossexual chegou à igreja, notadamente nos Estados Unidos. Alguns homossexuais estão vindo para a igreja não apenas em busca de perdão e misericórdia, mas para dizer à igreja o mesmo que têm dito ao mundo: “A homossexualidade não é pecado. Para mim isto é natural. Deus me fez assim. Ele me aceita como eu sou. Conseqüentemente, chegou o momento de a igreja me aceitar também como eu sou.”
A crise não está mais “lá fora”; está às portas da maioria das igrejas cristãs, desafiando a tradicional posição judaico-cristã neste assunto, e pressionando em favor de uma mudança radical, da rejeição do homossexualismo para a afirmação de que ele faz parte da Criação em que Deus declarou tudo ”muito bom”.
Até recentemente a igreja considerava firmemente a prática do homossexualismo como pecado, embora os homossexuais não praticantes fossem bem-vindos na igreja — pelo menos teoricamente. Em anos recentes, porém, vários estudos e indivíduos têm questionado a forma tradicional como a igreja tem abordado o problema.
Em 1955 Derrick Sherwin Bailey publicou o livro Homosexuality and the Western Christian Tradition (O Homossexualismo e a Tradição Cristã Ocidental), e desde então quantidades cada vez maiores de livros sobre homossexualismo e igreja têm saído dos prelos eclesiásticos. Grande parte desse material é favorável a um estilo de vida “cristão-homossexual” praticante. Ao mesmo tempo, comissões de estudo envolvendo denominações inteiras têm-se manifestado, elaborando documentos de estudo sobre homossexualismo para a Igreja Unida de Cristo, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, Igreja Episcopal, e Igreja Luterana Americana, entre outras.
A cultura contemporânea também está exercendo pressão sobre a tradicional teologia histórica da igreja, no tocante ao homossexualismo, por meio de novos dados fornecidos pelas ciências sociais. Embora o desacordo científico seja às vezes frustrante, os cristãos estão descobrindo que há entre os homossexuais maior variedade do que geralmente se pensava. Nem todos os homossexuais são efeminados em suas maneiras, fala e jeito de andar. Nem todos são, tampouco, de aparência masculinizada, porte atlético, ou propensos a vestir roupas de homem. Alguns homossexuais (tal e qual os heterossexuais) são promíscuos e têm obsessão sexual, enquanto outros vivem reservadamente.
A natureza e causa real do homossexualismo continua sendo provavelmente a questão mais desalentadora. Em 1973 a Associação Psiquiátrica Americana decidiu remover o homossexualismo de sua lista de doenças, mas as ciências seculares não estão de acordo quanto à sua natureza e origem. A pergunta central não respondida é se o homossexualismo deve ser considerado normal ou anormal. As implicações de uma tal resposta são enormes. Se o homossexualismo é uma variação normal da sexualidade humana, torna-se supérfluo falar em cura. Se é uma doença ou anormalidade, sua causa e tratamento são essenciais. Aqui, novamente, os dados científicos continuam sendo conflitantes e incompletos.
Alguns clínicos e terapeutas afirmam que certas pessoas homossexuais podem ser “constitucionais”, isto é, nasceram para isto, e que o homossexualismo parece originar-se em níveis pré-conscientes da formação da personalidade, tão cedo na vida que se fixa de modo imutável, como parte integrante da vida da pessoa. Outros alegam que o homossexualismo não é uma condição pré-estabelecida, mas que parece na verdade surgir de um conjunto de condições complexas, inclusive danos pessoais e psicológicos causados pelo ambiente.
Advogados do Homossexualismo
O que é claro, porém, é que o homossexualismo envolve tanto a ”orientação” como a expressão do mesmo pela pessoa. Seus defensores insistem em dizer que o homossexualismo é primeiramente uma ”condição”, ou uma “orientação”, e só secundariamente os pensamentos e ações decorrentes dessa condição. Essa distinção, afirmam eles, só foi reconhecida recentemente pelos cristãos. Eles entendem que tal orientação significa que uma pessoa se sente atraída para o seu próprio gênero, e tal atração é considerada uma coisa tão natural para essa pessoa, como o é a atração pelo sexo oposto para uma pessoa heterossexual.
No livro Is the Homosexual My Neighbor? Another Christian View (1978), os autores Letha Scanzoni e Virgínia R. Mollenkott afirmam que para os que têm exclusivamente impulsos homossexuais e não conseguem modificar-se, a solução mais cristã é muitas vezes manter um relacionamento homossexual permamente, dedicado e responsável.
Tal indivíduo, segundo seu ponto de vista, não é mais doente ou imoral do que uma pessoa que é canhota.1
Logicamente, tal conclusão vai de encontro a toda interpretação tradicional das Escrituras nesse sentido. Scanzoni, Mollenkott e outros se dispõem a defender tal posição porque aos seus olhos o que a Bíblia condena são certos tipos de práticas homossexuais — notadamente estupro grupal, idolatria, e promiscuidade licenciosa — e não um “permanente e dedicado relacionamento amoroso entre homossexuais, semelhante ao casamento heterossexual.2 A Bíblia, argumentam eles, nada fala sobre a condição homossexual em si, e conseqüentemente suas declarações sobre homossexualismo não se aplicam a muitas pessoas homossexuais hoje.
Esses advogados do homossexualismo entendem que os pecados de Sodoma (Gênesis 19) e Gibeá (Juízes 19) eram violentos estupros grupais e inospitalidade, provavelmente nem mesmo cometidos por pessoas de inclinação homossexual. Eles geralmente concordam em que os regulamentos levíticos (Lev. 18:22; 20:13), contrários aos atos homossexuais entre homens, se referem a atividades homossexuais, mas consideram-nas como advertências relativas não contra o homossexualismo em si, mas contra a prostituição entre homens, utilizada nos rituais pagãos
Assim também, segundo a opinião desses indivíduos, Romanos 1:26 e 27 descreve atos homossexuais no contexto da licenciosidade e idolatria, não se aplicando assim ao caso de um sincero cristão homossexual que ama a Cristo e deseja conhecer a Deus, mas se sente atraído a alguém do mesmo sexo por amor e não por sensualismo. O mesmo argumento geralmente se estende a I Coríntios 6:9 e 10 e I Timóteo 1:10 e 11, que o cristão homossexual considera irrelevante, uma vez que, em sua opinião, essas passagens descrevem abusos praticados entre pessoas do mesmo sexo, e não uma condição ou inclinação homossexual vitalícia.
Não é de surpreender que Scanzoni e Mollenkott concluam seu estudo das referências escriturísticas ao homossexualismo com as seguintes palavras: “Como a Bíblia silencia no tocante à condição homossexual, os que desejam entendê-la devem se basear nos achados da moderna ciência do comportamento e no testemunho dos que são homossexuais.”3
Examinando o Contexto Bíblico
Embora esta reinterpretação das declarações bíblicas sobre homossexualismo possa parecer plausível, o contexto bíblico não o favorece. Pode muito bem ser verdade que Gênesis 19 não se refira ao homossexualismo em geral, e sim a estupro homossexual violento. Entretanto, a opinião de que a inospitalidade, e não o homossexualismo seja o pecado condenado aqui, parece extremamente improvável. Por que Ló ofereceria suas duas filhas a indivíduos que exigiam unicamente os dois estrangeiros? O contexto parece deixar claro que os homens de Sodoma queriam abusar sexualmente dos visitantes de Ló. O mesmo se aplica à narrativa de Juízes 19.
Não parece haver, tampouco, qualquer razão conclusiva para abandonarmos a interpretação usual de Levítico 18:22 e 20:13. É admissível que a maioria dos cristãos ignore a proibição contra o manter relações sexuais com uma mulher durante o seu período menstrual, referida no mesmo código levítico (cap. 20:18), bem como a instrução para não usar roupa “de dois estofos misturados” (19:19). Mas dizer que o contexto histórico da proibição contra o homossexualismo seja a necessidade de pureza cerimonial ou o desejo de separar-se dos cultos da fertilidade e da prostituição masculina dos vizinhos de Israel, absolutamente não convence. Simplesmente não há evidência positiva de homossexualismo ritualístico nas religiões cananéias. Na ausência de uma tal evidência contextual parece lógico afirmar que estes textos levíticos consideram o homossexualismo em si, pecaminoso, pois perverte o relacionamento sexual e familial pretendido para a humanidade.
Com respeito ao testemunho do Novo Testamento, os defensores do homossexualismo salientam com bastante correção que em I Coríntios 6:9 e 10 a natureza do pecado homossexual condenado se baseia em duas palavras gregas combinadas e traduzidas como ”pervertidos sexuais” em algumas versões bíblicas. As palavra malakoi e arsenokoitai são provavelmente mais obscuras em seu sentido do que geralmente se pensa. Ainda assim, elas parecem se referir aos parceiros passivos (malakos) e ativos (arsenokoitês) envolvidos na prática de determinado tipo de atividade homossexual, possivelmente prostituição masculina ou perversão de rapazes.
A declaração de I Timóteo 1:10 é de certa forma semelhante à de I Coríntios 6:9 e 10, pois o termo arsenokoitai (traduzido como “sodomitas”) é novamente usado. Estaria o texto se referindo apenas a homossexuais que agem de modo abusivo e perverso, ou a todos que se envolvem em práticas homossexuais? A segunda alternativa parece mais provável, mas deixa lugar a dúvidas.
Finalmente, temos a declaração de Paulo em Romanos 1:26 e 27: ”Por causa disso os entregou Deus a paixões infames; porque até as suas mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens”. A julgar pela aparência, o texto considera pecaminosos tanto os atos homossexuais do homem como da mulher.
Os defensores do homossexualismo, porém, argumentam que Paulo não estava censurando o homossexualismo “saudável” e “natural”, e sim a experimentação homossexual degenerada entre pessoas heterossexuais, que procuram simplesmente excitação, e para as quais um tal relacionamento seria “contrário à natureza”, e conseqüentemente condenado pelo apóstolo. Acrescentam eles ainda que as práticas homossexuais exercidas num contexto de amor a Deus e ao próximo não são consideradas “contrárias à natureza” aos cristãos sinceros, os quais, deste modo, escapam à condenação pretendida pelo texto. Além disso, dizem eles, se o que Paulo tinha em mente era o comportamento homossexual, ele estaria denunciando apenas o homossexalismo idólatra.
Uma simples leitura do contexto, porém, é suficiente para demonstrar que a preocupação de Paulo em Romanos 1 não é quanto à idolatria e abuso homossexual, e sim quanto à queda da humanidade e suas desordens resultantes. A intenção de Paulo não é separar um grupo de pecadores considerando-o mais desprezível do que outro, ou meramente expor certas práticas pecaminosas. O apóstolo está, na verdade, argumentando que “todos pecaram” (cap. 3:23), e utiliza as práticas homossexuais como ilustração da desordem produzida pelo pecado.4 As desordens por ele mencionadas são erradas não pelo fato de resultarem de idolatria; elas são erradas em si.
Na verdade, em Romanos 1:24-27 toda a sexualidade humana, seja ela heterossexual ou homossexual, é retratada como sendo licenciosa por causa da inclinação inerente do homem para o egocentrismo, por causa de sua rebelião contra Deus, e em razão do caos que a Queda provocou. A luz da presente evidência, cremos ser válido concluir que Romanos 1:26 e 27 considera a prática homossexual como pecaminosa em si.
Deve-se ter em mente, porém, que uma discussão destes textos bíblicos, individualmente, ainda que inteligentemente interpretados, pode não chegar à verdade se não fundamentar a explicação de referências ocasionais ao homossexualismo nas mais importantes referências bíblicas à sexualidade humana. Uma compreensão adequada do homossexualismo só pode ser obtida dentro de um contexto mais amplo, através de uma investigação da doutrina bíblica da sexualidade humana. E nesse ponto as Escrituras são muito explícitas.
Os capítulos de abertura do Gênesis deixam claro que a sexualidade pertence à Criação. A narrativa da Criação afirma que Deus não criou o homem sozinho. Deus também não criou homem/homem ou mulher/mulher. Ele criou a humanidade como sendo macho e fê-mea. A imagem de Deus na humanidade é incompleta sem a presen-ça de ambos: homem e mulher. Isto significa também que o objetivo da sexualidade cristã não é a satisfação pessoal mas a inteireza interpessoal. Os dois se tornam “uma só carne” (Gên. 2:24; ver também S. Mar. 10:7 e 8). Não temos aqui simplesmente uma relação entre duas pessoas, mas uma relação entre macho e fêmea. Sakae Kubo diz: “Não é o relacionamento em si, mas o caráter complementar desse relacionamento que é significativo.”5 A inteireza é a união de opostos, a junção das diferenças, não apenas diferenças sexuais — embora estas sejam fundamentais para um entendimento da sexualidade segundo a Bíblia — mas também as diferenças de personalidade, temperamento, função social e aspirações. Todas elas se reúnem no símbolo físico da diferenciação de gênero. Por esse padrão, as ligações homossexuais são incompletas.
As referências do Velho e Novo Testamentos sobre casamento e sexualidade, o cerne da narrativa da Criação, o testemunho de Jesus e de Paulo sobre a Criação, o casamento e a Queda, são partes de todo um sistema que de modo unânime e invariável retratam o amor heterossexual como sendo da vontade de Deus, e conseqüentemente bom e normativo.
É verdade que as Escrituras silenciam quanto à “condição” homossexual, em distinção às práticas homossexuais licenciosas. Isto não nos deveria surpreender, uma vez que as Escrituras em geral demonstram pouco interesse na condição em que nos achamos quando enfrentamos a tentação. Elas antes apelam à nossa resposta. Assim, os adúlteros não são desculpados em virtude de sua condição pecaminosa. Eles são instados a deixar de adulterar. Não há dúvida de que alguns adúlteros sincera e profundamente se amam; mas este fato não os isenta de culpa. Nem tampouco lhes é oferecida uma concessão, ou instados a tornar seu relacionamento tão permanente e amoroso quanto possível. Eles são antes convidados a abandoná-lo e a voltar aos seus verdadeiros cônjuges.
Isto não quer dizer que as pessoas que têm desejos adúlteros ou homossexuais sejam culpadas de pecado. Mas são responsáveis quanto à maneira como respondem a esses impulsos, como todos nós somos responsáveis pela maneira como reagimos aos vários tipos de tentações. A responsabilidade de pessoas impelidas por desejos homossexuais não é fácil. Mas é impossível que os homossexuais se curem e se modifiquem em sua inclinação sexual?
Há Possibilidade de Cura?
Alguns são inflexíveis quanto à impossibilidade de que um verdadeiro homossexual mude sua inclinação. “Não há sequer uma sombra de evidência de que tenha havido uma conversão válida para a inclinação heterossexual através de terapia ou conversão cristã e oração”, afirma Ralph Blair. Outros declaram que os homossexuais podem, e na verdade estão sendo curados e transformados em sua orientação sexual, conforme o próprio Paulo afirma (I Cor. 6:11), através dos amplos recursos da graça disponível ao cristão.
É verdade que até recentemente pouca ou nenhuma evidência científica existia, mostrando que tal modificação pudesse ocorrer dentro da igreja ou em qualquer outro lugar. Entretanto, num recente artigo publicado no American Journal of Psychiatry, os Drs. E. Mansell Pattison e Myrna Loy Pattison, da Faculdade de Medicina da Geórgia, documentaram onze casos de homens que afirmam ter mudado sua orientação sexual, de exclusivo homossexualismo para exclusivo heterossexualismo, através da participação numa comunidade pentecostal.6 O trabalho do Dr. Pattison não está sem apoio, 7 e embora alguns homossexuais que constam desse estudo não tenham sido curados, não se pode mais falar em impossibilidade de mudança de orientação sexual, e conseqüentemente, da “naturalidade” do homossexualismo entre homossexuais exclusivos.
Qual Deve Ser a Atitude da Igreja
Isto significa boas novas para os cristãos que se preocupam com seus irmãos homossexuais. A igreja não deve se sentir no dever de procurar e eliminar homossexuais praticantes, inclusive os que já estão em seu meio. Ela deve antes lançar um desafio aos homossexuais, para que examinem sua consciência e se arrependam de seus pecados. A igreja deve, sem hesitação, apoiar os ensinos bíblicos, mas precisa ao mesmo tempo demonstrar compaixão, e esforçar-se por compreender as lutas pessoais dos homossexuais. O mais importante testemunho das Escrituras, com respeito ao homossexualismo, não é condenação mas promessa de libertação — libertação de uma velha vida de escravidão ao pecado para uma nova vida de liberdade em Jesus Cristo! Encaremos seriamente as promessas do Espírito Santo e Seu poder restaurador.
Ao mesmo tempo, grande parte do arrependimento que deve ocorrer, quanto a este assunto, precisa ter lugar na vida de pessoas corretas, inclusive cristãos corretos. Inclinamo-nos a esquecer que, como pecadores heterossexuais, não nos achamos em posição de vantagem da qual mirar com ares de superioridade os pecadores homossexuais. Na verdade, nossos pecados de negligência, temor e ódio, podem estar impedindo que muitos homossexuais encontrem a Cristo e alcancem libertação. Poderia dar-se o caso de que a nossa incapacidade de manter uma atitude de compassivo interesse pelos homossexuais, enquanto ao mesmo tempo desaprovamos o estilo de vida homossexual, indique na verdade uma séria falta de convicção do pecado em nossa vida?
No fundo, a questão não é homossexualismo. É moralidade. A questão perante nós não é de direitos dos homossexuais, mas de direitos de Deus, Seus direitos de chamar-nos para uma vida de alegre submissão a Sua vontade.
A cultura contemporânea está forçando os cristãos a reconsiderarem sua compreensão teológica do homossexualismo. É interessante que as linhas de divisão entre nós são com freqüência apenas um reflexo de opiniões contraditórias concernentes à utilidade e legitimidade da observação pessoal, cultural e científica no processo teológico.
Alguns estão dando crescente importância aos “fatos” propostos por cientistas sociais com respeito à natureza do homossexualismo. Mas a natureza, embora criada por Deus, continua maculada e deformada pelo pecado. É preciso julgá-la segundo um padrão externo autorizado, ou seja, a Palavra de Deus. As Escrituras devem guiar-nos em nossa observação do mundo que nos cerca. Elas devem ser a norma teológica de todos nós. A questão discutida aqui é se as Escrituras devem ser a regra suprema de nossa fé e convicções ou se elas devem transferir sua função normativa para a experiência humana, para a razão, ou hipóteses científicas contemporâneas.
A sugestão moderna de que abandonemos a primeira alternativa e adotemos a segunda, revela ausência de entendimento teológico quanto ao papel profético da igreja em chamar seus membros e o mundo ao arrependimento dos pecados individuais e sociais.
Há muita confusão, tanto na sociedade como na igreja, com respeito ao homossexualismo e às práticas homossexuais. As pessoas estão em busca de uma palavra autorizada, bíblica, divina, em vez de opiniões mutantes de homens. As palavras que refletem o caráter de Cristo, ao serem confrontadas com lassidão moral e pessoas quebrantadas, ainda são palavras que combinam compaixão com firmeza moral.
Referências
1. Págs . 77 e 78.
2. Idem, págs . 71 e 72.
3. Idem, pág. 71.
4. A declaração de Paulo de que as práticas homossexuais são “contrárias à natureza” não significam que elas são contrárias à orientação natural de um indivíduo. “Contrá-rio à natureza” significa, na verdade, contrário à intenção de Deus no tocante ao comportamento sexual humano, que é plenamente visível na natureza.
5. Sakae Kubo, Theology and Ethics of Sex, pág. 24.
6. “‘Ex-Gays ‘ Religiously Mediated Change in Homosexuals”, American Journal of Psychiatry 137:12 (Dezembro, 1980). págs . 1553-1563.
7. Ver, por exemplo, Robert K. johnston, “Homosexuality: (1) Can It Be Cured?” The Reformed Journal março 1981. págs . 11 e 12.
Raoul Dederen, Ph. D. — Professor de Teologia histórica no Seminário Teológico da Universidade Andrews, EUA. Publicado na Revista Adventista deAbril/1982.
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