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À revista O Atalaia apresentaram o seguinte pedido: “Peço-vos a especial fineza de esclarecer-me a visível contradição entre Deuteronômio 5:17 – “Não matarás”, e Levítico 20:17 – “Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles”.
Transcreveremos sua resposta: “É preciso notar que os hebreus constituíam uma teocracia, isto é, eram diretamente governados por Deus, por intermédio de seus juízes. Neste caso, era-lhe lícito, por ordem divina, executar a pena de morte contra quem desobedecesse a ordens expressas de Jeová. Foi, por exemplo, o que fizeram no caso relatado em Números 15:32-36, e em muitos outros. Hoje, é claro que semelhante procedimento seria crime grosseiro. O mandamento “Não matarás” naturalmente não afetava as ordens expressas de Deus, a um povo governado direta e exclusivamente por Ele. As ordens de matar tais ou quais pessoas, as quais encontramos nas instruções aos hebreus, e que hoje causam tanta estranheza a muitos leitores superficiais da Bíblia, representam apenas a consumação da infalível justiça de Deus. Assim é que os israelitas tiveram ordem de exterminar povos inteiros. Crueldade, injustiça? Não; a história desses povos mostra a que profundeza de corrupção haviam chegado, enchendo a ampla medida da misericórdia divina. Naquele tempo os hebreus eram os instrumentos pelos quais o Senhor executava a justiça” (O Atalaia, julho de 1935, pág. 18).
Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário – Passagens Aparentemente Conflitantes – item 3
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Tem sido grande a diversidade de opiniões com respeito à significação desta passagem, e as ideias de alguns expositores do Novo Testamento não podem ser aceitas.
Entre as explicações apresentadas, as seguintes se destacam:
1ª) Há aqui referência ao pecado contra o Espírito Santo.
2ª) João faz alusão a um grande pecado, como homicídio, idolatria, adultério.
3ª) Alguns comentaristas creem que haja aqui referência ao pecado punido com a morte pelas leis do Velho Testamento.
4ª) Pecados castigados com a expulsão da sinagoga ou da igreja.
5ª) Pecado que acarretaria doença fatal sobre o ofensor.
6ª) Crimes contra as leis, pelos quais o ofensor era sentenciado à morte.
7ª) Pecados cometidos antes e depois do batismo; os primeiros seriam perdoados, mas os segundos, jamais.
8ª) A Igreja Católica explica que eram pecados que poderiam ou não ser perdoados após a morte. Baseando-se neste verso, a Igreja de Roma estabeleceu a doutrina do purgatório. Ainda com base nesta passagem, teólogos e comentaristas católicos classificam os pecados em dois grupos: pecados veniais e pecados mortais. Pecado venial é aquele digno de vênia, de desculpa, perdoável; enquanto o pecado mortal é aquele para o qual não há perdão; a pessoa deve pagá-lo com a morte.
Um dos primeiros pontos na exegese desta passagem é saber o que significa pecado para a morte (hamartia prós thánaton). Seria o pecado que terminaria em morte, teria como penalidade a morte, ou o pecado que, se prosseguisse em seu curso, traria doença que acarretaria a morte?
A palavra morte é usada no Novo Testamento com três significados:
1º) A morte física ou do corpo.
2º) A morte espiritual. Mortos em delitos e pecados (Efésios 2:1).
3º) A segunda morte.
Cingir-nos-emos a dois comentários por serem suficientes para nos elucidarem sobre o texto joanino.
I. “Se alguém. Comparar com capítulos 1:6; 2:1; 4:20. João usa um caso hipotético para apresentar uma importante lição. Aqui a referência é obviamente a um cristão que possui sã consciência de pecado.
Seu irmão. Isto limita a lição de João à comunidade cristã: ele está falando da preocupação com um irmão na fé.
Cometer pecado. Literalmente, “pecando um pecado”, isto é, verdadeiramente no ato do pecado.
Não para morte. Parece inegável que João esteja fazendo uma distinção entre formas de pecado, uma vez que, pouco depois, neste mesmo verso, ele fala de “pecado para morte”. Mas deve-se ter em mente o contexto. Nos versos 14 e 15 ele deu a certeza de que as orações do crente serão atendidas; aqui está aplicando a promessa a um tipo específico de oração – a oração em favor de outro – e está explicando sob que circunstâncias esta pode ser eficaz. Ao fazê-lo, discute duas classes de pecado – aqueles nos quais há esperança para o pecador e aqueles nos quais não há esperança. Na primeira classe, a oração pode ser um eficaz auxílio para a redenção; na segunda, como João mais tarde explica, não há garantia de que a oração será eficaz. Sustenta-se geralmente que o pecado para morte é o pecado imperdoável (ver Comentário Bíblico Adventista, Mateus 12:31-32). Daí que um pecado não para morte é qualquer outra forma de pecado em que incorre um irmão que caiu em erro.
Pedirá. Pedirá a Cristo, isto é, orará pelo irmão que caiu em erro. A frase pode ser tomada ou como uma injunção para orar ou como uma descrição da relação natural de um crente fervoroso quando confrontado com a delinquência de outro. Quão mais feliz seria a igreja se, em vez de discutir a fraqueza de um irmão, orasse por ele, e, se possível, com ele. Tal atividade intercessória habilitar-nos-á para a delicada tarefa de falar ao pecador e apontar-lhe o Salvador. Tal conversação servirá para edificar a igreja, enquanto que o mexerico e crítica derrubá-la-ão.
Lhe dará vida. É difícil determinar a quem os prenomes desta frase se referem. A sequência de ideias sugere que o apóstolo ainda está falando do cristão que ora por um irmão errante e é portanto um instrumento para conferir vida ao pecador. Mas é também possível que João tenha mudado abruptamente de assunto e esteja dizendo: Cristo dará, ao cristão que ora, vida para transmitir aos pecadores que não endureceram definitivamente o coração. A diferença é apenas de interpretação, pois a operação é a mesma em qualquer dos dois casos. O cristão não tem qualquer poder à parte do Salvador; assim, no final, é Cristo quem dá a vida, embora a oração intercessória possa ter sido o instrumento através do qual tenha sido concedida essa vida. Tal “vida”, contudo, é concedida apenas se há sincero arrependimento por parte do pecador.
Aos que. O escritor passou do caso particular ao geral, e fala de todos os que cometem “pecado não para morte.”
Há pecado para morte. Uma vez que João não define um pecado particular que resulte inevitavelmente na morte, é provável que esteja aqui se referindo a um tipo de pecado que certamente produzirá a morte. Se ele soubesse de um pecado específico que deixaria um homem sem esperança de salvação, poderíamos esperar que ele o identificasse, para que todos se acautelassem de cair na condenação irrevogável. Conquanto seja verdade que todo pecado, se nele se persistir, levará à morte (Ezequiel 18:4 e 24; Tiago 1:15), há uma diferença no grau ao qual qualquer ato específico de pecado trará um homem próximo da morte. Os pecados cometidos por aqueles que estão genuinamente ansiosos de servir a Deus, mas que sofrem de uma vontade fraca e fortes hábitos, são muito diferentes daqueles pecados que são deliberadamente cometidos em desafio impudente e deliberado a Deus. É mais a atitude e o motivo que determinam a diferença do que o ato do pecado em si. Neste sentido há distinções de pecados. Os erros menores, dos quais logo houve arrependimento e perdão, são pecados não para morte. Os pecados graves, nos quais se caiu repentinamente pela falha em manter o poder espiritual, ainda não é também um pecado para morte se seguido de genuíno arrependimento; mas a recusa em arrepender-se torna certa a morte final.
A distinção é claramente ilustrada nas experiências de Saul e Davi. O primeiro pecou, e não se arrependeu; o segundo pecou gravemente, mas se arrependeu sinceramente. Saul morreu sem esperança de desfrutar a vida eterna; Davi foi perdoado e lhe foi assegurado um lugar no reino de Deus.
Não digo. João não nos ordena orar, nem diz que não vamos fazê-lo, mas hesita em garantir respostas a oração por aqueles que deliberadamente se desviaram de Deus. Há uma diferença entre oração por nós mesmos e oração em favor de outros. Quando nossa própria vontade está ao lado de Deus, podemos pedir de acordo com Sua vontade e saber que receberemos resposta às nossas orações, mas, quando há uma terceira pessoa envolvida, precisamos lembrar que ela, também, tem vontade. Se recusar arrepender-se, todas as nossas orações e toda a obra que Deus poderia fazer e levar-nos a fazer não forçará a vontade. Ao recusar-Se a forçar o homem a permanecer bom, Deus também renunciou ao poder de forçar um pecador a arrepender-se.
Isto não significa que não devemos continuar a orar por aqueles que se desviaram do caminho da justiça, ou que nunca se entregaram ao Salvador. Não significa que não haverá muitas conversões surpreendentes como resultado de orações fervorosas e contínuas de corações fiéis. Mas João está mostrando que é inútil orar pelo perdão de um pecador enquanto ele se recusa a arrepender-se de seu pecado. Contudo, enquanto há qualquer base para esperança, devemos continuar a orar, pois não podemos dizer com certeza quando um homem já foi longe demais” (Comentário Bíblico Adventista, 1João 5:16).
II. “Verso 16. Pecado não para morte. Esta é uma passagem extremamente difícil, e tem sido interpretada de várias maneiras. O que é o pecado não para morte, pelo qual devemos pedir, e será dada vida àquele que o cometer? E o que é o pecado para morte, pelo qual não devemos rogar?
Mencionarei três das principais opiniões sobre este assunto:
1. Presume-se que haja aqui alusão a uma distinção na lei judaica, onde havia chattaah lemithah, “pecado para morte”, e chattaah lo lemithah, “pecado não para morte,” isto é, um pecado, ou transgressão, para o qual a lei determinara a punição de morte, tal como idolatria, incesto, blasfêmia, quebra do sábado, e outros semelhantes. E um pecado não para morte, isto é, transgressões por ignorância, inadvertência, etc., e as que, por sua própria natureza, parecem ser comparativamente leves e triviais. Que tais distinções de fato existiam na sinagoga judaica tanto Schoeltgen como Carpzovius provaram.
2. Por pecado não para morte, pelo qual se podia fazer intercessão, e para morte, pelo qual não se podia rogar, devemos entender transgressões da lei civil de determinado lugar, das quais algumas devem ser punidas com a morte, segundo os estatutos, sendo que o crime não admite perdão; outras poderiam ser punidas com a morte, mas o magistrado tem o poder de comutar a pena, isto é, de mudar a morte para banimento, etc., por razões que pudessem parecer-lhe satisfatórias, ou pela intercessão de amigos poderosos. Interceder no primeiro caso seria inútil, porque a lei não cederia, portanto, não necessitam suplicar por isto; mas a intercessão no último caso poderia surtir efeito, portanto, podiam suplicar; caso não o fizessem, a pessoa poderia sofrer a punição de morte.
Esta opinião, que foi promovida por Rosenmüller, insinua que os homens devem sentir as aflições um dos outros, e usar sua influência em favor dos infelizes, sem nunca abandonar os desafortunados, a não ser que o caso fosse absolutamente sem esperança.
3. O pecado não para morte significa um caso de transgressão, particularmente de grave apostasia da vida e poder da piedade, que Deus determina punir com morte temporal, estendendo ao mesmo tempo misericórdia à alma penitente. O profeta desobediente, em 1Reis 13:1-32, é, segundo esta interpretação, um exemplo: muitos outros ocorrem na história da igreja e de todas as comunidades religiosas. O pecado não para morte é qualquer pecado que Deus não escolha punir desta forma. Esta opinião sobre o assunto foi tomada por John Wesley, num sermão entitulado Um Chamado aos Apostatados – Works, vol. 2, pág. 239.
Não creio que a passagem tenha qualquer coisa a ver com o que é chamado o pecado contra o Espírito Santo; muito menos com a doutrina papista do purgatório; nem com pecados cometidos antes e depois do batismo – os primeiros perdoáveis, os últimos imperdoáveis, segundo alguns dos pais da igreja. Qualquer uma das duas últimas opiniões fazem sentido; e a primeira não é improvável; o apóstolo pode aludir a alguma máxima ou costume na igreja judaica que não é distintamente conhecida agora. Contudo, isto sabemos, que qualquer penitente pode encontrar misericórdia através de Jesus Cristo, pois através dEle todo tipo de pecado pode ser perdoado ao homem, exceto o pecado contra o Espírito Santo, que provei que nenhum homem pode cometer agora. Ver o comentário sobre Mateus 12:31-32.” (Adam Clarke, A Commentary and Critical Notes, vol. 6, págs. 925-926).
Pensamentos:
“Só existe uma coisa pior que o pecado: a perda do senso do pecado” (Papa João Paulo II).
“A única coisa com a qual contribuo para a minha salvação é o pecado do qual preciso ser redimido” (Vincent).
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“Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado”.
Nossas publicações “O Atalaia” e “Revista Adventista“, através das seções de consultas, em várias ocasiões, têm procurado solucionar o problema desta passagem.
Uma pesquisa feita nestas fontes revelará o seguinte: das explicações dadas, algumas são inaceitáveis por serem vagas e obscuras; outras chegam até a entrar em contradição. Embora os estudiosos não tenham chegado a uma uniformidade sobre o sentido exato daquilo que o profeta tencionava dizer, apresentaremos algumas de suas ideias, concluindo com uma interpretação que parece ser mais consentânea com o contexto, os princípios exegéticos e as doutrinas bíblicas.
Comentários
Muitos leitores da Bíblia ficam perplexos ao lerem esta passagem, porque se a tomarem literalmente, ela fala em morte e pecado na Nova Terra, enquanto outros versos bíblicos são explícitos em declarar que estas coisas não existirão no céu. A Bíblia é bastante clara em afirmar que na Terra renovada as pessoas não morrerão, e pecadores não terão acesso ao Paraíso. Diante destes problemas, alguns julgam que estas palavras têm sentido figurado, e outros apresentam interpretações forçadas, sem base no contexto e não condizentes com os ensinamentos escriturísticos.
O Comentário Bíblico Adventista é útil na elucidação deste problema: “Os adventistas do sétimo dia creem que, falando de modo geral, as promessas e predições dadas pelos profetas do Velho Testamento aplicavam-se originalmente ao Israel literal, e a eles deviam ter-se cumprido sob condição de que obedecessem a Deus e permanecessem leais a Ele. Mas as Escrituras registram que eles desobedeceram a Deus e se demonstraram infiéis a Ele” (Volume 4, Introdução, ponto 5, pág. 12).
Tecendo considerações sobre Isaías 65:17, este mesmo Comentário declara: “Nos versículos 17 a 25, Isaías descreve os novos céus e a nova terra que teriam sido instaurados se Israel atendesse às mensagens dos profetas e cumprisse o propósito divino após a restauração do cativeiro. Israel falhou; portanto, em aplicação secundária, esses versículos apontam para os novos céus e a nova Terra a serem estabelecidos no fim do milênio. No entanto, a descrição deve ser interpretada primeiro sob o aspecto de sua aplicação local, e a aplicação secundária só deve ser feita à luz do que os escritores do Novo Testamento e o Espírito de Profecia dizem a respeito da vida futura” (Volume 4, pág. 354).
Dentre os expositores adventistas de textos difíceis, inegavelmente o que mais se projetou foi Francis Nichol, porém sua explicação para este verso de Isaías não nos satisfaz plenamente. Suas ideias poderiam ser concentradas nestas palavras:
“Isaías 65:20 trata das condições existentes na Nova Terra, bem como das circunstâncias para restaurar a Terra e exterminar o pecado. Este verso deve ser estudado em conexão com Apocalipse 20 a 22.
“Após o milênio haverá um período de tempo suficiente longo para que os ímpios se organizem visando destruir o arraial dos santos. Cem anos será o período entre a ressurreição dos ímpios e sua destruição final. O ímpio que morrer depois de cem anos de existência, sua idade depois da ressurreição, será considerado como uma criança, comparado com a duração da vida dos remidos que é eterna”.
O eminente exegeta Dr. Adam Clarke declara sobre esta passagem:
“A pessoa viverá trezentos ou quinhentos anos como nos dias dos patriarcas e se alguém morrer aos cem anos é por causa do seu pecado; e, mesmo naquela idade, será considerado uma criança, e dirão dele: ‘morreu um infante’”.
Da explicação dada pela Review and Herald, 11/12,/1958, para Isaías 65:20, destacamos esta parte:
“Há, contudo, um princípio de interpretação exposto claramente na Bíblia e no Espírito de Profecia, que permite uma compreensão dessa passagem, sem a forçar nem lhe dar sentido alegórico, e que é ao mesmo tempo lógica e positiva. Resumindo, o princípio é o seguinte: Os profetas de Israel e Judá, que prediziam para o povo escolhido um futuro grandioso, isso faziam na pressuposição de que o povo cumprisse o destino traçado por Deus…
“De acordo com esse princípio, a passagem de Isaías descreve condições que teriam prevalecido no caso de Israel ter atendido à luz do Céu. No estabelecimento de Jerusalém como a poderosa metrópole da Terra, teria havido um período em que as condições ali descritas se teriam cumprido ao pé da letra. Com a benção de Deus a repousar sobre o Seu povo, ter-se-ia abolido a morte prematura. Isso é o que Isaías 65:20 prediz. A tradução de Goodspeed dá assim a última parte do versículo 20: ‘O mais jovem morrerá com cem anos de idade, enquanto aquele que não alcançar cem anos será considerado maldito’. Terá esta passagem qualquer aplicação ao futuro? Sim. Com o fracasso de Israel, as promessas feitas ao Israel antigo se cumprirão na igreja cristã; não, porém, em todos os pequeninos pormenores. Escritores do Novo Testamento nos informam acerca da maneira e alcance desse cumprimento. Daí, essas profecias antigas devem sempre ser estudadas à luz da revelação do Novo Testamento“.
Para melhor compreensão deste verso seria útil ler o contexto referente à época pré-exílica, especialmente os capítulos 63, 64 e 65. No capítulo 63 o profeta inicia uma fervorosa oração para que Deus mudasse a terrível situação em que Israel se encontrava, destacando o deplorável estado de Jerusalém e do templo (64:10-11). Deus respondeu à sua fervorosa prece, a qual está relatada no capítulo 65. Nesta oração é apresentada a situação dos que rejeitaram as advertências divinas e daqueles que as aceitaram.
A leitura dos versos 18 e 19 nos mostram que o relato se refere a Jerusalém terrestre.
Para o profeta a vida seria tão diferente depois do cativeiro e se prolongaria de tal maneira que quem morresse aos cem anos seria ainda jovem.
Outros estudiosos declaram que, com referência ao Israel literal, a expressão “não haverá mais nela criança para viver poucos dias” significa a promessa divina de acabar com a mortalidade infantil.
A declaração “nem velho que não cumpra os seus dias” para Isaías indicava que os anciãos não morreriam antes de haver vivido todo o período designado por Deus.
A proposição: “porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem” tem dado mais trabalho aos exegetas, mas como declarou Adam Clarke se o profeta esperançosamente almejava um período de vida de mais de trezentos anos, aos cem ele seria ainda jovem.
A parte final do verso “quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado” apresenta um problema de tradução, porque de acordo com o hebraico assim deveria ser traduzida: o que não atingir os cem anos é porque é amaldiçoado. O verbo hebraico”chatah” significa atingir, não apresentando a ideia de pecador.
As traduções de Moffatt e The New English Bible confirmam o que estamos defendendo a exemplo da de Goodspeed, já mencionada neste trabalho:
“Lá nenhuma criança morrerá novamente ainda infante, nenhum velho deixará de viver até o fim de sua vida, todo menino viverá seus cem anos antes de morrer, e quem quer que não alcance os cem será amaldiçoado” (The New English Bible).
“Nenhuma criancinha morrerá mais na infância, e nenhum velho que não tenha vivido até o fim seus anos de vida; o que morre mais jovem vive cem anos; qualquer que morrer abaixo de cem anos é porque foi amaldiçoado por Deus” (Moffatt).
Conclusão
A Revista Adventista de abril de 1958, pág. 36, assim concluiu a explicação para esta passagem:
“Afinal o que é necessário para a nossa salvação acha-se na Bíblia medianamente claro. Não será melhor deixar descansar o tão discutido Isaías 65:20, como uma passagem difícil demais para a nossa compreensão, e inteiramente dispensável para a nossa salvação? Do contrário, Deus nos teria revelado seu sentido”.
De todas as explicações apresentadas, a mais razoável parece ser a ventilada neste estudo, isto é, que o verso se refere a Jerusalém literal, que se teria cumprido se os israelitas tivessem sido fiéis a Deus.
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Como entender os versos de Isaías 65 que falam da Nova Terra? Outra dúvida: Isaías 66:23 faz referência à lua nova. Na Nova Terra vai existir lua? Mércia Maria
Existem basicamente dois tipos de profecias na Bíblia: (1) as “apocalípticas”, que abarcam eventos desde os dias do profeta até o fim do mundo e que têm apenas um cumprimento (por exemplo, a profecias de Daniel e de Apocalipse); e (2) as “clássicas”, que geralmente têm uma aplicação primária para os dias em que foram dadas e, em alguns casos, podem ter uma segunda aplicação, escatológica, para eventos relacionados com o fim do mundo. Isaías 65 é uma profecia do tipo “clássico” e tem duas aplicações:
1. Cumprimento para o antigo Israel, caso ele fosse fiel ao Senhor. Como sabemos que Isaías 65 teria um primeiro cumprimento para o antigo Israel, provavelmente após o retorno do cativeiro babilônico? A resposta é encontrada no verso 20 desse capítulo. Nele é dito que na nova Terra prometida por Deus haveria crianças, velhos, pessoas pecando e morte. Nada disso haverá na nova Terra escatológica, o lar dos remidos.
Deve-se entender que cada bênção mencionada em Isaías 65 corresponde ao reverso das maldições contidas no capítulo 28 do Deuteronômio. A promessa de “novos céus e nova Terra” (Is 65:17), ou seja, céus com abundantes chuvas e terra fértil e sem pragas, corresponde ao reverso da maldição de “céus de bronze” e “chuva de pó”, e terra infértil e cheia de pragas, como gafanhotos, mencionados em Deuteronômio 28:23, 24, 38-40. O ato de edificar casas e morar nelas e plantar vinhas e comer do fruto (Is 65:21) é o reverso da maldição de Deuteronômio 28:30: “Edificarás casa, porém não morarás nela; plantarás vinha, porém não a desfrutarás”. A promessa de filhos como a “posteridade bendita do Senhor” (Is 65:23) é o contrário da maldição de filhos sendo levados para o cativeiro (Dt 28:32, 53-57).
A cena de um lobo e um cordeiro pastando juntos e a de um leão comendo palha como o boi (Is 65:25) deve ser entendida como uma imagem ou figura de uma era pacífica em Israel e sem invasões de inimigos ferozes. Essa cena de animais pacíficos é o oposto da maldição contida em Levítico 26:22.
A verdade é que, caso o antigo Israel fosse fiel ao Senhor, todas essas boas promessas teriam se cumprido naquele tempo. Mas Israel falhou em obedecer aos mandamentos de Deus e acabou indo para o cativeiro assírio e o babilônico. E, mesmo após a volta do cativeiro babilônico, os judeus não foram tão fiéis como o Senhor desejava. Por causa disso, Deus não pôde cumprir suas promessas ao antigo Israel. Porém, vai cumpri-las para o novo Israel.
2. Cumprimento escatológico para o novo Israel, a igreja. Não sendo possível cumprir suas promessas feitas ao antigo Israel, Deus as cumprirá com a igreja, mas não em todos os detalhes. Na nova Terra se poderá edificar casas e nelas morar, plantar vinhas e comer dos frutos, mas não haverá crianças para morrer novas, nem pessoas idosas, nem pessoas morrendo com cem anos, nem gente pecando e sendo amaldiçoada (Is 65:20).
E o que dizer da celebração do sábado e da Festa da Lua Nova nessa nova Terra (Is 66:23)? Essa é uma daquelas promessas contidas em profecias “clássicas” e que têm dupla aplicação. Uma aplicação primária para o antigo Israel, a de que o povo teria paz o suficiente para celebrar suas festas e guardar o sábado; e outra aplicação para a igreja, que, uma vez salva, guardará o sábado na nova Terra escatológica e poderá comer do fruto da árvore da vida “de mês em mês” (cf. Ap 22:2), ou seja “de uma lua nova a outra”. Em Apocalipse 22:23 é dito que a cidade santa “não precisa nem do sol, nem da lua”, “pois o Cordeiro é sua lâmpada”. Não precisar é uma coisa; não existir é outra coisa. Na nova Terra escatológica, o Sol e a Lua continuarão a existir, mas, como a glória do Cordeiro ilumina a cidade santa, a luz emitida por esses dois astros será ofuscada pela luz divina.
OZEAS C. MOURA, doutor em Teologia Bíblica na área de Antigo Testamento, é professor no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP)
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“Em um dia de desespero, de desorientação, sei lá, nem sei dizer o motivo. Resolvi que tiraria a vida da minha bebê de dois meses. Fui para o meu quarto, fechei a porta e coloquei ela no peito para mamar… e, apertei seu narizinho contra meu peito até sufocá-la…até a morte. Eu sei, eu sou um monstro…eu me arrependo amargamente pelo que fiz, e guardo essa dor, essa culpa só pra mim, já que ninguém sabe o que aconteceu, pois os médicos disseram que foi morte súbita do recém nascido…só quem sabe a verdade sou eu, Deus e você”
Deus perdoa e liberta da culpa.
Que drama, hein? Quero falar especialmente com você que não é santo, que erra e está sendo esmagado pelo peso da culpa. Pra início de conversa, acredite que o Cristo que jamais se distanciou mais de 300 quilômetros do povoado de Nazaré, onde nasceu, está tão perto de você a ponto de ouvir e sentir sua respiração. Olhe para Ele! Veja Sua grande esperança! A única e poderosa força do Universo luta por você, mesmo sendo tão culpado. A Trindade é por você (Hebreus 9:14). Nenhum clamor deixa de ser ouvido, pois Deus não perde uma chance de perdoar e amar. As mãos que desenharam o céu estrelado acolhem suas lágrimas, saram as feridas e desfazem as nuvens escuras com fortes raios de luz, acabam com a obscuridade de todo coração perturbado. Ele não é uma em muitas opções. É a opção de felicidade! Jesus continua escutando suas orações silenciosas e sentindo suas dúvidas mais profundas. Ele não desiste de você! Transforma seu beco sem saída em uma ponte e lhe oferece descanso.
Os dedos que escreveram em tábuas de pedras (Êxodo 31:18) podem lhe tocar agora e remover todo sentimento de culpa deste coração de carne, sangue e pecado (Isaías 6:7). Aproveite este momento, não se culpe, pare de olhar para si, derrame-se aos pés do Mestre, liberte a fragrância de sua fé. Ele já lhe estendeu a mão perfurada mesmo antes de você deslizar e se afundar nesse poço de problemas. Ele ouviu seu gemido, lhe perdoou e já esqueceu seus pecados. Aceite a ajuda de um Deus vencedor! Entregue sua causa Àquele que se revestiu das nossas dores, assumiu todas as culpas e diz: “Está consumado, acabou, farei tudo novo!” Confira em Apocalipse, capítulo 21.
Há nova chance para um coração aflito. Para quem violentou, esquartejou, matou em vez de amar, mentiu, acusou, corrompeu, roubou, assaltou. Para o pior dos pecadores. Deus perdoa, esquece, limpa, cura, lança a culpa no fundo do mar. Isaías 44:22; 43:25; 58:8-9; Miquéias 7:19; 1 João 1:9; Tiago 5:16; Hebreus 8:12; Números 14:18; Atos 17:30
Desde o Éden corremos do Criador, e o Deus Todo-poderoso corre para nos salvar. Neste instante, Ele está agindo. O Deus que deu uma nova chance para Eva, Davi, Paulo e Pedro pode erguer agora a sua cabeça, olhar dentro de seus olhos e lhe dizer: “Eu não te condeno”. Esse amor do Mestre é alívio para seu coração? “Vai e não peques mais!” Vai, recomece tudo de novo, siga para um novo tempo. Seja feliz!
Vamos orar? Orar é poder.
Senhor, muito obrigado pelo perdão. Lava-me com o Teu amor, limpa-me com a Tua misericórdia, veste-me com a Tua graça. Faze-me esquecer das minhas quedas, lembra-me que sou Teu filho. Por favor, restaura, cura minhas emoções. Levanta-me Deus, abraça-me Senhor. Pai nosso, que estás no Céu e bem pertinho de mim. Santificado seja o Teu templo que é a minha mente. Faça-se a Tua escolha e não a minha vontade. Dá-me hoje a misericórdia de cada dia. Pois Teu é o poder, a esperança e a salvação. Amém!
Seja feliz!
J.Washington
Os ricos poderão herdar o reino dos céus?
É pecado doar todos os órgãos após a morte? A Bíblia fala algo sobre isso?
Jesus e o diabo disputaram o corpo de Moisés? Por que isto aconteceu?
O que acontece depois da morte?
Existe um anjo da guarda para cada ser humano?
Se Deus tirou a vida de pessoas no passado, Ele estava contradizendo a sua própria lei?
Devemos fazer pactos com Deus para recebermos as bênçãos Dele?
Haverão 3 ressurreições?
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A palavra “alma”, empregada em Gênesis 35:18 por algumas versões da Bíblia (João Ferreira de Almeida, Bíblia de Jerusalém, Lutero [original], Reina-Valera, King James Version, Revised Standard Version, New American Standard Bible), é a tradução do termo hebraico nêfesh. Este termo aparece 755 vezes no Antigo Testamento e foi traduzido em outros textos, pela Versão Almeida Revista e Atualizada (2.ª edição), por exemplo, como “pessoa” (Gn 14:21; Nm 5:6; etc.), “ser” (Gn 1:20; 2:19; 9:10; etc.), “alma” (Gn 2:7; Dt 10:22; etc.) e “vida” (Gn 9:4 e 5; 1Sm 19:5; Sl 31:13; etc.).
Existem várias razões que nos levam a crer que o termo nêfesh seria melhor traduzido em Gênesis 35:18 como “vida” do que como “alma”. Em primeiro lugar, o próprio relato bíblico da Criação esclarece que o ser humano não possui uma alma, mas é uma “alma [nêfesh] vivente” (Gn 2:7). O mesmo termo (nêfesh) usado em Gênesis 2:7 para referir-se à totalidade do ser humano é empregado também para designar tanto os “seres [nêfesh] viventes” que povoam as águas (Gn 1:20) como os animais da terra e as aves do céu (Gn 2:19; 9:10). A despeito de assumir, por vezes, significados mais específicos (Dt 23:24; Pv 23:2; Ec 6:7; etc.), nêfesh jamais é usado para designar qualquer entidade que continue consciente depois de separada do corpo. Pelo contrário, as Escrituras declaram explicitamente que a nêfesh pode morrer (Nm 31:19; Jz 16:30), e que “a alma [nêfesh] que pecar, essa morrerá” (Ez 18:4).
Comentando o texto de Gênesis 35:18, Derek Kidner declara que “no Antigo Testamento a alma não é concebida como entidade separada do corpo, com existência própria (como no pensamento grego), mas, antes, como a vida, que aqui se esvai” (Gênesis: Introdução e Comentário, São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1979, p. 163). Oscar Cullmann assegura que também no Novo Testamento a esperança de vida eterna não se fundamenta na teoria grega da imortalidade da alma, mas na doutrina bíblica da ressurreição dos mortos (Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead? Londres: Epworth, 1958).
Procurando preservar o sentido original do texto bíblico, algumas traduções da Bíblia têm vertido o termo nêfesh, em Gênesis 35:18, por exemplo, como “suspiro” (Bíblia na Linguagem de Hoje, Tradução Ecumênica, New English Bible, Living Bible, New International Version) e “vida” (Moffatt, Lutero [revisada de 1984]). A Tradução Ecumênica (Loyola) verte a parte inicial de Gênesis 35:18 como: “no seu último suspiro, no momento de morrer, ela...”. E a Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “Porém, ela estava morrendo. E, antes de dar o último suspiro...”. Desta forma, o texto pode ser perfeitamente harmonizado com outras passagens bíblicas que falam que os mortos permanecem em estado de completa inconsciência (ver Sl 115:17; 146:4; Ec 3:9, 20; 9:5, 6 e 10; etc.).
(Alberto R. Timm)
Realmente, Efésios 4:9, na Nova Tradução Na Linguagem de Hoje (NTLH) apresenta a expressão “mundo dos mortos” para se referir ao lugar onde Jesus “desceu” por ocasião da morte. Por ser uma tradução livre (não ao pé da letra), a NTLH traduz o texto reinterpretando-o. Por isso, vários textos doutrinários não estão de acordo com original grego. Recomendo a utilização dessa Bíblia mais para leitura devocional, pois, para entendermos o texto bíblico, precisamos de versões que estejam mais próximas possíveis ao original.
Na Bíblia, a expressão “mundo dos mortos” se refere à “morada” dos mortos, ou seja: a sepultura (confira Mateus 12:40).
Vejamos algumas traduções mais fiéis ao original (Grifos acrescentados):
Nova Versão Internacional (NVI): “Que significa “ele subiu”, senão que também havia descido às profundezas da terra?”
Almeida, Revista e Atualizada (ARA): “Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra?”
O comentarista Moody destaca que o texto possui outro significado (em relação à frase “regiões inferiores da terra”): “Parece mais provável, entretanto, que é simplesmente uma referência à Sua vinda do céu”. (Comentário Bíblico Moody, 2001, p. 25)
O ensinamento bíblico de Efésios 4 nos mostra a grandiosidade da graça de Deus em salvar o ser humano.
O fato de Jesus morrer na cruz e ir para a sepultura em nosso lugar (Ele experimentou a morte eterna) deu a possibilidade de também recebermos dons espirituais para nosso crescimento e benefício das outras pessoas. Isso por que ao voltar para o Céu Ele assentou-se novamente no Seu trono (Hebreus 1:3) e enviou o Espírito Santo (João 16:7; 15:26) como Auxiliador (João 14:16) e Agente Capacitador da Igreja (Atos 1:8).
Deus lhe abençoe.
Leandro Quadros
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A Misteriosa Casa de Winchester
Durante anos dirigindo pela estrada 101 na Califórnia central, eu via cartazes publicitários sobre uma casa misteriosa de Winchester. Eu nunca tinha visitado esta atração turística mas, por curiosidade, pesquisei sobre o assunto. Aparentemente, ela pertencia a uma mulher chamada Sarah Pardee casada com William W. Winchester, o qual, durante a guerra civil americana, tornou-se herdeiro da fábrica de rifles Winchester.
Com o tempo, Sarah deu à luz uma menina, a quem deram o nome de Annie, mas a criança morreu poucas semanas depois. Alguns anos depois, seu marido William Winchester morreu de tuberculose. Sarah estava perturbada e teria visitado um médium espírita, que lhe disse que os espíritos das pessoas que haviam sido mortas pelos rifles Winchester estavam em busca de vingança.
Mas o médium garantiu a Sarah que ela poderia contrariar a maldição mudando-se para a Costa Oeste, construindo lá uma casa. Enquanto ela continuasse a construção, ela poderia confundir os maus espíritos, receber a proteção dos bons, e permanecer segura.
Sarah Winchester mudou-se para a área de San José, na Califórnia, comprou uma fazenda com oito quartos, e começou a construir novos cômodos. Por ser a herdeira de uma fortuna de US $ 20 milhões e ter poucas responsabilidades, ela construiu, construiu e construiu, frequentemente, demolindo e reconstruindo os cômodos. Quando ela morreu, em 1922, a Mansão Winchester tinha 160 quartos. Construtores que tinham examinado a casa, estimaram que ela realmente construíu 600 quartos, mas por causa do espaço limitado em sua propriedade, ela teve que derrubar muitos deles e construir outra coisa.
A casa é um dos mais bizarros arranjos de corredores, câmaras e escadas. Não existem dois quartos que estejam no mesmo nível. Muitas das escadas tem 13 degraus, alguns deles muito curtos. Os corredores são muito estreitos. A Sra Winchester construíu também câmaras secretas, onde supostamente recebia informações sobre o que devia construir, durante sessões noturnas com seus médiuns.
Sara Winchester também tinha 40-60 funcionários e carpinteiros, que durante 38 anos, mudaram, aumentaram, destruíram e reconstruíram indefinidamente aquela construção para apaziguar os espíritos revoltados.
Este projecto de 38 anos é um exemplo exagerado do que uma compreensão distorcida da morte pode levar uma pessoa a fazer! E a história da Sra Winchester é um clássico exemplo do porque este assunto é tão importante hoje em dia.
O perigo do espiritismo
Segundo os espiritualistas, quando nossos corpos morrem, os nossos espíritos continuam uma existência consciente em outra esfera. Não podemos ver esses espíritos, mas eles “podem” nos contactar. A Sra. Winchester acreditava neste ensinamento fundamental do espiritismo, seguindo as instruções do médium sobre a construção permanente de sua casa.
A Sra. Winchester aparentemente não sabia que a Bíblia condena todos os esforços para se comunicar com os mortos através de médiuns espíritas. “Não recorram aos médiuns, nem busquem a quem consulta espíritos”, disse Moisés aos antigos Israelistas em Levítico 19:31. “Não permitam que se ache alguém entre vocês que…pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria, ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos” (Deuteronômio 18:10-11).
Séculos mais tarde, o profeta Isaías advertiu, “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8:19).
Há uma boa razão do por que os escritores da Bíblia tão vigorosamente condenaram o espiritismo e a bruxaria: Estas práticas são um convite aberto para os seres demoníacos nos enganar! A Bíblia nos adverte que “Satanás se disfarça em anjo de luz” (2 Coríntios 11:14). O Apocalipse prevê que nos últimos dias da história da Terra, uma religião cristã apóstata vai se tornar “morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo”, e que os maus espíritos irão “aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso” (Apocalipse 18:2; 16:14).
Os enganos de Satanás no fim dos tempos serão tão inteligentes que o povo de Deus estará em perigo de ser enganado! (Mateus 24:24). Não admira que Deus adverte os cristãos contra o fascínio enganador do espiritismo! Proponho que a melhor proteção que temos hoje contra este engano é uma correta compreensão da morte.
Duas visões falsas da morte
Há duas visões extremas sobre a morte. Uma delas é que a morte é o fim absoluto. As pessoas se transformam em terra e é isso! humanistas do mundo afirmam que nós iremos nos transformar em adubo que alimentarão as árvores e outras plantas, então nós vamos viver novamente na grama, nas flores, e nas maçãs. Eu não acho isso muito gratificante.
Reencarnacionistas, por outro lado, alegam que os seres humanos sempre viveram e sempre viverão. Cada indivíduo segue morrendo e reencarnando, idealmente em sucessivas mais elevadas formas de vida. Um inseto pode reencarnar como um rato, o rato como um cão, o cão como um macaco, e o macaco como um ser humano.
Antes de me tornar um cristão, eu sinceramente acreditava na reencarnação. Meus amigos e eu tentávamos descobrir o que éramos em existências anteriores. Perguntávamos uns aos outros, “O que você fazia na sua antiga vida?” Ninguém nunca disse: “Eu costumava varrer cocô de elefante” ou “eu era um lixeiro”. Todo mundo sempre foi alguém muito importante: “Eu fui Cleópatra!” Ou “Eu estive com Júlio César.” Incomodava-me que todos tinham visões de grandeza de suas vidas anteriores.
O que a Bíblia diz
Então eu descobri o que que a Bíblia diz: a morte é real, mas o dia da ressurreição está chegando. Paulo chamou a morte de um inimigo que será destruído (1 Coríntios 15:26), e que os “mortos ressuscitarão incorruptíveis”, “vestidos. . . com a imortalidade”(1 Coríntios 15:52, 54).
A pergunta é: O que acontece entre o dia em que morremos e o dia em que somos levantados de volta à vida? A resposta é muito simples: Nós jazemos na sepultura dormindo, inconscientes de tudo o que está acontecendo no mundo ao nosso redor. “Os vivos sabem que morrerão”, escreveu Salomão “mas os mortos não sabem nada” (Eclesiastes 9:5). E Davi disse que quando uma pessoa morre, “naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos” (Salmo 146:4).
Jesus ensinou a mesma coisa no Novo Testamento. Quando seu amigo Lázaro morreu, Jesus disse aos discípulos que Lázaro estava dormindo. Quando eles perguntaram a Jesus porque Ele iria querer acordar um homem dormindo, Jesus lhes disse claramente: “Lázaro está morto” (João 11:14). E Paulo disse aos cristãos de Tessalônica que Jesus na manhã da ressurreição vai despertar os que dormem, ou seja, que estão mortos (1 Tessalonicenses 4:13, 16).
A comparação bíblica da morte com o sono é uma clara indicação de que a morte é um estado de inconsciência.
É muito ruim que a Sra. Winchester não entendia esse fato sobre a morte. Teria poupado muitas noites sem dormir e milhões de dólares em dinheiro desperdiçado. Felizmente, você e eu entendemos a boa notícia sobre a morte: ela é um sono que tem um fim.
A questão importante é, como estar do lado certo quando o sono acabar? Jesus respondeu a esta questão. “Deus amou tanto o mundo”, ele disse, “que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Nossa garantia de vida eterna está em Jesus. Por que não aceitar Jesus como seu Salvador hoje de modo que você pode ter a certeza de acordar na manhã da ressurreição?
Artigo escrito pelo Pastor Doug Batchelor e publicado na Revista Signs of The Times de Setembro/2010. Crédito da tradução: Blog Sétimo dia. http://setimodia.wordpress.com/
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Como vocês harmonizam com sua crença na inconsciência do ser humano na morte o relato bíblico da médium de En-Dor, que trouxe de volta Samuel para falar com o rei Saul? (Veja 1 Sam. 28:7-19.)
SAUL ORDENOU AOS SEUS SERVOS: “APONTAI-ME UMA MULHER QUE SEJA MÉDIUM, PARA QUE ME ENCONTRE COM ELA E A CONSULTE.” VERSO 7, Eles encontraram tal mulher em En-Dor.
A mulher indaga:
“Quem te farei subir?”“Respondeu ele [Saul]: Faze-me subir Samuel.” Verso 11. Um momento depois a mulher disse: “Vejo um deus que sobe da terra. ... Vem subindo um ancião e está envolto numa capa.” Versos 13 e 14. “Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? ... O Senhor entregará também a Israel contigo nas mãos dos filisteus, e, amanhã, tu e teus filhos estareis comigo.” Versos 15-19.
Essa narrativa não diz nada acerca da descida do profeta Samuel do Céu nessa ocasião. Saul usa as palavras “faze-me subir”. A médium usa expressões iguais ou semelhantes: “subir”, “que sobe da terra”, “vem subindo”. E a Samuel são atribuídas palavras equivalentes: “fazendo-me subir”.
Se alguém pudesse recorrer a esse excêntrico e trágico relato, seriamos nós que acreditamos que, quando os mortos voltam ao mundo, eles “sobem da terra”. Mas, ao procurar evidência a respeito da condição humana na morte, não consideramos seguro nos apoiar nos eventos e conversações de uma sessão espírita infestada de demônios e condenada por Deus.
Contudo, visto que os crentes na imortalidade da alma apelam para essa sessão espírita, gostaríamos de indagar: como vocês harmonizam todas essas declarações com a sua crença? Vocês acreditam que os justos mortos estão em cima no Céu, não embaixo “na terra”. Pode “subindo da terra” significar descendo do Céu?
Além disso, a narrativa assim descreve “Samuel”: “Um ancião
envolto numa capa.” É desse modo que um espírito imortal apareceria? Ele realmente assume um corpo? Se é assim, onde obtém ele o corpo? Se fosse respondido que houve uma ressurreição, responderíamos que tal confissão prejudica todo o argumento, porque cremos que os mortos podem ser ressuscitados. Mas não cremos que o diabo tem poder para ressuscitar os mortos, e certamente Deus não estava às ordens dessa médium, que se achava sob o divino edito de morte por praticar feitiçaria (veja Lev. 20:27; Deut. 18:10 e 11).
Ora, o relato posteriormente nos diz que Saul chegou ao clímax do seu pecaminoso procedimento cometendo suicídio (veja 1 Sam, 31:4). Mas “Samuel”, prevendo a morte de Saul, declara: “Amanhã, tu e teus filhos estareis comigo.” Por favor, digam-nos: onde habitava Samuel, se o suicida Saul iria estar com ele? Realmente, nos maravilhamos de que aqueles que crêem na doutrina da imortalidade natural tragam à baila este relato bíblico.
Com isso, eles fazem Samuel “subir da terra”, quando, segundo o seu ponto de vista, ele deveria estar no Céu; e fazem o ímpio Saul ir para “estar com” o santo Samuel, sendo que, em vez disso, esse suicida real, como se supõe, iria para o inferno.
Mas por que o relato fala de “Samuel”, se ele realmente não estava ali? O registro não diz que Saul viu “Samuel”, porque, quando a médium gritou, ele perguntou: “Que vês?” E um momento depois:
“Como é a sua figura?” Se Samuel realmente estivesse ali, por que Saul não o teria visto? Eram somente os olhos da feiticeira suficientemente penetrantes para discernir “um ancião ... envolto numa capa”? Lemos: “Entendendo Saul que era Samuel.” A palavra “entendendo” é de uma palavra hebraica diferente de “vendo”. O significado é que Saul compreendeu, ou concluiu, como resultado da descrição dada pela médium, que Samuel estava presente.
A médium praticou um engano contra Saul. Ela, enganada também pelo diabo, provavelmente achava que via Samuel. Saul, por sua vez, aceitou sua explicação. Portanto, a narrativa bíblica simplesmente descreve essa sessão espiritualista em termos de suposições da médium e de Saul.
Esta é uma regra literária conhecida como a linguagem da aparência. Quando o relato diz “Samuel”, podemos compreendê-lo simplesmente como significando aquela aparição gerada pelo diabo que sem dúvida apareceu, e que eles supunham que fosse Samuel.
- Francis D. Nichol, Respostas a Objeções.
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1º - Por que Jesus diz a Seus seguidores que iria subir para lhes “preparar moradas”, mas a ênfase que dá quanto à ocupação das mesmas é o momento do reencontro com eles quando retornasse para os receber, e não quando morressem e suas almas fossem para o céu para as irem ocupando (João 14:1-3)?
2º - Por que Cristo e Paulo acentuam que os mortos ressuscitarão ao ouvirem a voz do arcanjo e a trombeta divina, sendo “despertados” do sono da morte (Mateus 24:30; 1 Tessalonicenses 4:16), quando suas almas supostamente vêm do céu, inferno, purgatório para reincorporarem, estando já bem despertas?
3º - Por que Jesus, quando confortava as irmãs do falecido Lázaro, além de empregar a metáfora do sono-”Nosso amigo Lázaro está dormindo. . .”-não lhes indicou que o falecido estava na glória celestial, mas referiu-lhes a esperança da ressurreição (João 11:17-27)?
4º - Quando Cristo ressuscitou a Lázaro, após estar o seu amigo morto por quatro dias, tirou-o do céu, do inferno ou do purgatório? Se foi do céu fez-lhe uma maldade trazendo-o de volta para sofrer nesta Terra. Se foi do inferno (pouco provável, pois ele era um seguidor do Mestre), concedeu-lhe uma segunda oportunidade de salvação, o que é antibíblico.
5º - Onde é dito que o lago de fogo, que acontece sobre a Terra (Apocalipse 20: 9, 14, 15) se transfere para alguma outra parte do universo e ali continua queimando, quando o contexto imediato diz que logo em seguida à segunda morte o profeta viu “novo céu e nova terra . . . e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1)?
6º - Por que Paulo, ao discutir específica e detalhadamente em 1 Tessalonicenses 4:13-18 e, especialmente, no capítulo 15 de 1 Coríntios, como será o reencontro final de todos os salvos com o Salvador em parte alguma fala de almas vindas do céu, ou seja de onde for, para reincorporarem?
7º - Paulo diz ainda aos tessalonicenses que não deviam lamentar pelos seus amados falecidos que “dormiam”, encerrando com a recomendação: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (vs. 18). Ele não diz que já desfrutavam as bênçãos celestiais, e sim que estavam “dormindo” e seriam despertados. Por que a consolação deriva da promessa da ressurreição, e não de que as almas de seus entes queridos já estivessem no céu?
8º - Paulo diz claramente que sem a ressurreição dos mortos-confirmada e garantida pela do próprio Cristo-”os que dormiram em Cristo pereceram” (1 Coríntios 15:16 a 18). Por que pereceram, já que deviam estar garantidos com suas almas no céu?
9º - Mais adiante no mesmo capítulo Paulo confirma o que disse nos vs. 16 a 18, acentuando que arriscou morrer lutando com feras, dando a entender que se morresse estaria também perdido (vs. 32). Ao comentar, “comamos, bebamos que amanhã morreremos”, não estaria claramente indicando que sem a realidade da ressurreição, não há esperança alguma de vida eterna?
10º - Por que Jó fala de sua esperança em ver o seu Redentor “na minha carne”, quando Ele finalmente “se levantará sobre a Terra”, e não que iria vê-lo quando sua alma fosse para o céu (Jó 19:25)?
Autor: Prof. Azenilto G. Brito
Ministério Sola Scriptura
Bessemer, Ala., EUA
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