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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Os adventistas julgam ser a única Igreja verdadeira?

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Um internauta com o pseudônimo “Adventista? Jamais” fez a seguinte afirmação:

“Você diz usar a Bíblia como sua única regra de fé pratica não é? Então me mostre onde está escrito NA BIBLIA que a igreja adventista é a única verdadeira e as outras são falsas!

“Garanto que você nunca ira me responder, sabe por quê?

“Porque isso não existe na Bíblia. Os adventistas têm o dom de inventar historias por isso JAMAIS SEREI UM DE VCS pelo simples fato de não querer viver na mentira.

Não julgo a sinceridade dele, pois, em outro comentário vi ser ele uma pessoa acessível. O que questiono é o tipo de “fonte” de onde ele tirou tamanha barbaridade.

Respondo sem medo de errar: Não há base bíblica para afirmar que só a Igreja Adventista é verdadeira. Nunca ensinamos isso por que não temos dúvidas de que é parte do plano Divino para a evangelização do mundo usar todas as religiões que exaltam a Cristo. Mesmo que tenhamos nossas doutrinas distintivas e a convicção de que um dia o povo de Deus sairá da babilônia espiritual (confusão religiosa – Apocalipse 18:4), não negamos que cada instituição religiosa foi usada por Deus para trazer de volta verdades bíblicas que foram esquecidas no período medieval:

a) Com o Luteranismo aprendemos que o perdão é pela fé em Jesus;
b) Com o Metodismo, que a graça de Deus não anula a Lei da experiência Cristã. Também, a importância da doutrina da Trindade;
c) Como os Anabatistas aprofundamos nossa compreensão sobre a importância da Liberdade Religiosa;
d) Com os irmãos Batistas, vimos o significado do batismo bíblico – por imersão;
e) Com os Batistas do Sétimo Dia, nossos pioneiros descobriram a verdade de que o Sábado é o dia de adoração;
f) Com os carismáticos vimos mais de perto como devem ter destaque na vida do crente os dons espirituais.

Poderia citar muitas outras denominações, mas, o espaço não permite por que quero disponibilizar outras informações.

O que os Adventistas do Sétimo Dia fizeram foi reunir essas doutrinas bíblicas (muitas delas redescobertas antes, pelos reformadores), sistematizá-las e contextualizá-las no Grande Conflito entre o bem e o mal. E, para ajudar todas as pessoas – cristãs ou não – a terem uma visão do todo da Bíblia, Deus nos chamou para pregarmos sobre a Segunda Vinda Visível de Cristo a esse mundo (Mateus 24:30,31; Tito 2:13; Apocalipse 1:7) as Três Mensagens de Apocalipse 14:6-12, que são os três últimos recados Divinos a uma humanidade rebelde.

Portanto, não nos consideramos os “donos da verdade”.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre a promulgação do Código do Sistema Penal na Bolívia

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A Igreja Adventista do Sétimo dia sustenta que a liberdade religiosa é um direito humano, conforme afirmado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em outros instrumentos internacionais e nacionais, e entende que restringir esse direito é uma restrição à dignidade humana.

A Igreja se relaciona com as autoridades nacionais e locais na defesa desta prática, com o objetivo de proporcionar um ambiente positivo para o livre exercício desse direito e motiva todas as pessoas a serem defensoras desse princípio. A Igreja percebe com preocupação qualquer ameaça a esse direito humano fundamental.

Na promulgação do novo Código do Sistema Penal, o Departamento de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Bolívia, em coordenação com a IRLA (Associação Internacional de Liberdade Religiosa), com sede na América do Sul, está monitorando a validade deste regulamento. Atualmente, está em contato e diálogo com outras organizações públicas e privadas que compartilham essa visão, a fim de analisar os efeitos desta norma legal e definir as ações a serem tomadas para defender esse direito humano.

Este é um momento de prudência e diálogo. Por esta razão, a Igreja convida todas as pessoas e organizações a se juntarem a nós em oração. Que Deus conceda sabedoria aos nossos governantes sobre o assunto em discussão.

Leia o posicionamento oficial em espanhol

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Filosofia Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música


Deus compôs a música exatamente na estrutura de Sua criação. Lemos que, quando Ele criou todas as coisas, “as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). O Livro do Apocalipse retrata o Céu como um lugar de louvor incessante, com hinos de adoração a Deus e ao Cordeiro ressoando de todas as partes (Apoc. 4:9-11; 5:9-13; 7:10-12; 12:10-12; 14:1-3; 15:2-4; 19:1-8). Visto que Deus criou os seres humanos à Sua imagem, partilhamos do amor e apreciação pela música com todos os Seus seres criados. Na verdade, a música pode nos atingir e tocar com um poder que vai além das palavras ou qualquer outro tipo de comunicação. Na sua forma mais pura e refinada, a música eleva nosso ser à presença de Deus, onde anjos e seres não caídos O adoram com cânticos. O pecado, porém, lançou sua praga sobre a Criação. 

sábado, 10 de junho de 2017

O preconceito do centro apologético cristão de pesquisas em relação ao Adventismo do Sétimo Dia

LEANDRO QUADROS
MARTINEZ, J. F. O caso do articulista Fernando Galli e o adventismo.


O pedido de desculpas do apologista Fernando Galli, responsável pelo Instituto
Apologético Cristo Salva (IACS) e membro de uma Igreja Batista no interior de São Paulo, repercutiu negativamente entre os representantes pelo Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP). Por exemplo, o pastor e apologista Joaquim de Andrade não se constrangeu em escrever sobre a nova postura de Galli: “Mais um sinal da vinda de cristo: ministério ‘apologético’ pede perdão aos adventistas afirmando que não podem ser considerados uma seita” (ANDRADE, 2016).

Por que um pedido de desculpas causaria tanta polêmica? Por que Fernando
Galli, após se familiarizar devidamente com as fontes primárias que apresentam o real posicionamento teológico adventista, concluiu que seu procedimento em rotular o adventismo do sétimo dia como uma “seita herética” não era apropriado. 

quarta-feira, 31 de maio de 2017

1844: coincidência ou providência?

Foram os eventos ocorridos no ano de 1844 apenas um acidente? Ou tem esse ano um significado mais profundo na compreensão bíblica do plano de Deus na história da redenção? Como adventistas do sétimo dia, deveríamos aceitar a segunda posição. Para nós, 1844 é o ano em que terminou a profecia dos 2300 dias de Daniel 8:14, o marco que assinala o início do julgamento pré-advento no céu, e a culminação do mais longo período profético da Bíblia, proclamando ao mundo que o fim não vai demorar e que a segunda vinda de Jesus está próxima.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Posição Oficial da Igreja Adventista sobre transgenerismo


A visão teológica adventista sobre sobre transgêneros foi expressa de maneira oficial em um documento votado na última terça-feira (12) pelo comitê executivo da denominação durante o Encontro da Primavera, evento anual que acorre no mês de abril na sede da igreja, em Silver Spring, Maryland (EUA).

Fruto de dois anos de estudos e discussões sobre o tema, a declaração foi redigida pela Comissão de Ética do Instituto de Pesquisa Bíblia (BRI
Fruto de dois anos de estudos e discussões sobre o tema, a declaração foi redigida pela Comissão de Ética do Instituto de Pesquisa Bíblia (BRI, na sigla em inglês), com a participação de teólogos, sociólogos, psicólogos e membros da comunidade médica.A visão teológica adventista sobre sobre transgêneros foi expressa de maneira oficial em um documento votado na última terça-feira (12) pelo comitê executivo da denominação durante o Encontro da Primavera, evento anual que acorre no mês de abril na sede da igreja, em Silver Spring, Maryland (EUA)

De acordo com o doutor Elias Brasil, diretor do Biblical Research Institute, o documento teve pelo menos 21 versões diferentes antes da oficial. “Consultamos dezenas de pessoas, entre elas médicos, psiquiatras, teólogos e psicólogos. Lemos documentos, artigos científicos e materiais diversos sem ignorar o que a ciência diz a respeito. A preocupação do documento foi a de oferecer uma posição teológica e prover princípios bíblicos que ajudem a igreja a lidar com o assunto e, de forma cristã, com as pessoas envolvidas diretamente com o assunto”, esclarece.

Ao conduzir a votação, o pastor Ted Wilson, líder mundial da igreja, também frisou que a última coisa que a igreja quer é afugentar as pessoas de Cristo e dos templos. “Desejamos que elas venham aos pés da cruz e para Sua graça transformadora”, sublinhou.

Conforme diz a declaração, os adventistas creem que “a Escritura provê princípios para orientação e aconselhamento aos transgêneros e à igreja, transcendendo as convenções e a cultura humanas”. Para ler a versão em português do documento (que também será publicada integralmente na edição de maio da Revista Adventista), clique aqui. [Márcio Tonetti, equipe RA / Com informações de Felipe Lemos, da ASN] na sigla em inglês), com a participação de teólogos, sociólogos, psicólogos e membros da comunidade médica.

De acordo com o doutor Elias Brasil, diretor do Biblical Research Institute, o documento teve pelo menos 21 versões diferentes antes da oficial. “Consultamos dezenas de pessoas, entre elas médicos, psiquiatras, teólogos e psicólogos. Lemos documentos, artigos científicos e materiais diversos sem ignorar o que a ciência diz a respeito. A preocupação do documento foi a de oferecer uma posição teológica e prover princípios bíblicos que ajudem a igreja a lidar com o assunto e, de forma cristã, com as pessoas envolvidas diretamente com o assunto”, esclarece.

Ao conduzir a votação, o pastor Ted Wilson, líder mundial da igreja, também frisou que a última coisa que a igreja quer é afugentar as pessoas de Cristo e dos templos. “Desejamos que elas venham aos pés da cruz e para Sua graça transformadora”, sublinhou.

Conforme diz a declaração, os adventistas creem que “a Escritura provê princípios para orientação e aconselhamento aos transgêneros e à igreja, transcendendo as convenções e a cultura humanas”. Para ler a versão em português do documento (que também será publicada integralmente na edição de maio da Revista Adventista),

[Márcio Tonetti, equipe RA / Com informações de Felipe Lemos, da ASN]
Declaração sobre Transgêneros

A crescente familiaridade com as necessidades e desafios que homens e mulheres transgêneros enfrentam e o aumento das questões sobre transgêneros, com proeminência social no mundo todo, levantam perguntas importantes não apenas para os afetados pelo fenômeno transgênero, mas também para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Embora as lutas e os desafios daqueles que se identificam como transgêneros tenham alguns elementos em comum com as lutas de todos os seres humanos, reconhecemos a singularidade de sua situação e a limitação de nosso conhecimento em casos específicos. Contudo, cremos que a Escritura provê princípios para orientação e aconselhamento aos transgêneros e à Igreja, transcendendo as convenções e a cultura humanas.

O fenômeno transgênero

Na sociedade moderna, a identidade de gênero denota tipicamente “o papel público (e geralmente reconhecido legalmente) vivido como menino ou menina, homem ou mulher”, enquanto o termo sexo se refere “aos indicadores biológicos de macho e fêmea”[1]. Geralmente, a identificação de gênero se alinha com o sexo biológico da pessoa no nascimento. Porém, pode ocorrer um desalinhamento nos níveis físico e/ou mental-emocional.

No nível físico, a ambiguidade na genitália pode resultar de anormalidades anatômicas e fisiológicas, de modo que não é possível estabelecer claramente se a criança é do sexo masculino ou feminino. Essa ambiguidade da diferenciação sexual anatômica é muitas vezes chamada de hermafroditismo ou intersexualidade.[2]

No nível mental-emocional, o desalinhamento ocorre com transgêneros cuja anatomia sexual é claramente masculina ou feminina mas que se identificam com o gênero oposto de seu sexo biológico. Eles podem se descrever como estando presos em um corpo errado. O transgenerismo, no passado clinicamente diagnosticado como “desordem de identidade de gênero” e agora definido como “disforia de gênero”, pode ser entendido como um termo geral para descrever a variedade de formas pelas quais os indivíduos interpretam e expressam sua identidade de gênero, diferentemente daqueles que determinam o gênero com base no sexo biológico.[3] “A disforia de gênero é manifesta de várias formas, incluindo o forte desejo de ser tratado como outro gênero, ou ser libertado de suas características sexuais, ou uma forte convicção de possuir sentimentos e reações típicos do outro gênero.”[4]

Devido a tendências contemporâneas de rejeitar o binário bíblico de gênero (homem e mulher) e substituí-lo por um crescente espectro de tipos de gênero, certas escolhas desencadeadas pela situação transgênera passaram a ser consideradas como normais e aceitas na cultura contemporânea. Porém, o desejo de mudar ou de viver como uma pessoa de outro gênero resulta em escolhas de estilo de vida biblicamente impróprias. A disforia de gênero pode, por exemplo, resultar no uso de roupas do sexo oposto,[5] cirurgia de redefinição de sexo e o desejo de ter um relacionamento conjugal com uma pessoa do mesmo sexo biológico. Por outro lado, o transgênero pode sofrer calado, vivendo no celibato ou se casando com um cônjuge do sexo oposto.

Princípios bíblicos relativos à sexualidade e o fenômeno transgênero

Visto que o fenômeno transgênero deve ser avaliado pela Escritura, os seguintes princípios e ensinos bíblicos podem ajudar a comunidade de fé a se relacionar com pessoas afetadas pela disforia de gênero num modo bíblico e semelhante a Cristo.

1.Deus criou o ser humano como duas pessoas que são respectivamente identificadas como homem e mulher em termos de gênero. A Bíblia associa inseparavelmente o gênero ao sexo biológico (Gênesis 1:27; 2:22–24) e não faz distinção entre os dois. A Palavra de Deus afirma a complementaridade, bem como as claras distinções entre homem e mulher na criação. O relato da criação de Gênesis é fundamental para todas as questões da sexualidade humana.

2.A partir da perspectiva bíblica, o ser humano é uma unidade psicossomática. Por exemplo, a Escritura repetidamente chama o ser humano como um todo de alma (Gênesis 2:7; Jr 13:17; 52:28-30; Ezequiel 18:4; At 2:41; 1Co 15:45); um corpo (Efésios 5:28; Romanos 12:1–2; Apocalipse 18:13); carne (1Pedro 1:24); e espírito (2Timóteo 4:22; 1João 4:1–3). Portanto, a Bíblia não endossa o dualismo no sentido de uma separação entre o corpo e a percepção da sexualidade. Além disso, a Bíblia não ensina que existe uma parte imortal nos seres humanos, porque somente Deus possui a imortalidade (1 Timóteo 6:14-16) e Ele a concederá àqueles que crerem nEle, por ocasião da primeira ressurreição (1 Coríntios 15:51-54). Portanto, o ser humano também deve ser uma entidade sexual indivisível, e a identidade sexual não pode ser independente do corpo da pessoa. De acordo com a Escritura, nossa identidade de gênero, como designada por Deus, é determinada por nosso sexo biológico no nascimento (Gênesis 1:27; 5:1–2; Salmos 139:13–14; Marcos 10:6).

3.A Escritura reconhece, porém, que, devido à Queda (Gênesis 3:6-19), o todo do ser humano, ou seja, nossas faculdades mental, física e espiritual, foi afetado pelo pecado (Jeremias 17:9; Romanos 3:9; 7:14–23; 8:20–23; Gálatas 5:17) e necessita ser renovado por Deus (Romanos 12:2). Nossas emoções, sentimentos e percepções não são indicadores plenamente confiáveis dos propósitos, ideais e verdade de Deus (Provérbios 14:12; 16:25). Precisamos da orientação de Deus por meio da Escritura para determinar o que é de nosso melhor interesse e para viver de acordo com Sua vontade (2 Timóteo 3:16).

4.O fato de alguns indivíduos alegarem uma identidade de gênero incompatível com seu sexo biológico revela uma grave dicotomia. Essa debilidade ou angústia, sentida ou não, é uma expressão dos efeitos danosos do pecado sobre os seres humanos e pode ter diversas causas. Embora a disforia de gênero possa não ser considerada intrinsecamente um ato pecaminoso, pode resultar em escolhas pecaminosas. Esse é outro indício de que, no nível pessoal, os seres humanos estão envolvidos no grande conflito.

5.Desde que os homens e mulheres transgêneros estejam comprometidos em ordenar sua vida de acordo com os ensinos bíblicos sobre a sexualidade e o casamento, eles podem ser membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A Bíblia identifica clara e consistentemente qualquer atividade sexual fora do casamento heterossexual como pecado (Mateus 5:28, 31–32; 1 Timóteo 1:8–11; Hebreus 13:4). Estilos alternativos de vida sexual são distorções pecaminosas da boa dádiva da sexualidade dada por Deus (Romanos 1:21–28; 1 Coríntios 6:9–10).

6.Visto que a Bíblia considera os seres humanos como entidades integrais e não faz distinção entre sexo biológico e identidade de gênero, a Igreja veementemente adverte os homens e mulheres transgêneros contra a cirurgia de mudança de sexo e contra o casamento, se tiverem passado por esse procedimento. Do ponto de vista holístico bíblico da natureza humana, uma completa transição de um gênero para outro e a obtenção de uma identidade sexual integrada não podem ser esperadas no caso da cirurgia de transgenitalização.

7.A Bíblia ordena os seguidores de Cristo a amarem uns aos outros. Criados à imagem de Deus, todos devem ser tratados com dignidade e respeito. Isso inclui os homens e mulheres transgêneros. Atos de ridicularização, abuso ou bullying contra os transgêneros são incompatíveis com o mandamento bíblico “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12:31).

8.Como a comunidade de Jesus Cristo, a Igreja deve ser um refúgio e um lugar de esperança, de atenção e de compreensão a todos que estão confusos, aos sofredores, aos que passam por lutas e solidão, pois a Bíblia diz: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, […]” (Mateus 12:20). Todas as pessoas são convidadas a frequentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a desfrutar da comunhão de seus crentes. Aqueles que são membros podem participar plenamente da vida da igreja, desde que abracem a mensagem, a missão e os valores da Igreja.

9.A Bíblia proclama as boas-novas de que os pecados sexuais cometidos por heterossexuais, e por homens e mulheres envolvidos em homossexualidade, transgenerismo ou outros, podem ser perdoados, e a vida pode ser transformada pela fé em Jesus Cristo (1 Coríntios 6:9-11).

10.Aqueles que experimentam desajuste entre seu sexo biológico e sua identidade de gênero são incentivados a seguir os princípios bíblicos ao lidar com sua angústia. Eles são convidados a refletir sobre o plano original de Deus de pureza e fidelidade sexual. Pertencendo a Deus, todos são chamados a honrá-Lo com seu corpo e suas escolhas de estilo de vida (1 Coríntios 6:19). Com todos os crentes, os homens e mulheres transgêneros são incentivados a esperar em Deus, e é-lhes oferecida a plenitude da compaixão divina, da paz e da graça, em antecipação da breve volta de Cristo, quando todos os verdadeiros seguidores de Cristo serão plenamente restaurados ao ideal de Deus. 

[Equipe ANN, com informações de Felipe Lemos]


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[1] Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5a. ed. (DSM-5TM), editado pela Associação Americana de Psiquiatria (Washington, DC: American Psychiatric Publishing, 2013), 451.

[2] Indivíduos nascidos com genitália ambígua podem ou não se beneficiar de tratamento cirúrgico corretivo.

[3] Ver DSM-5TM, 451–459

[4] Esta sentença faz parte de um resumo sucinto de disforia de gênero provido para apresentar o DSM-5TM que foi publicado em 2013: https://www.psychiatry.org/File%20Library/Psychiatrists/Practice/DSM/APA_DSM-5-Gender-Dysphoria.pdf (acessado em 11 de abril de 2017).

[5] O uso de roupas do sexo oposto, também referido como comportamento travesti, é proibido em Deuteronômio 22:5.

sábado, 1 de outubro de 2016

Globo Repórter mostra testemunho de médico adventista

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Faculdades devem respeitar sábado de alunos adventistas




O juiz David de Oliveira Gomes Filho, da Segunda Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, decidiu que seja respeitada a liberdade religiosa dos alunos da Faculdade Mato Grosso do Sul (FACSUL) e da Faculdade Campo Grande (FCG) que, em razão de crença, não podem frequentar aulas no sábado e alegavam ser prejudicados com faltas e nas avaliações. A Ação Civil Pública foi ajuizada pela seccional da OAB/MS em 2012, assinada pelo então presidente Leonardo Avelino Duarte. Os alunos procuraram a OAB para buscar a garantia de seus direitos. De acordo com Avelino Duarte, se buscou a garantia da realização de obrigações acadêmicas de maneira alternativa, sendo aplicadas nos outros dias da semana tendo como base a Lei Estadual nº 2.104/00, que assegura ao aluno requerer à instituição de ensino, públicas ou privadas, que lhe sejam aplicadas provas ou trabalhos acadêmicos em dias não coincidentes com o período de guarda religiosa.

As instituições de ensino alegam que não poderiam mudar a grade curricular e cronograma de atividades em razão da fé dos acadêmicos, pois ao ingressarem na faculdade estariam de acordo com o regimento da instituição superior de ensino. No entanto, um parecer do Ministério Público Estadual recomenda que a FACSUL e a FCG têm obrigação constitucional de respeitar a liberdade de crença “dos seus acadêmicos, em especial aqueles que guardam o pôr do sol de sexta até o pôr do sol de sábado por serem adeptos da religião Adventista do Sétimo Dia”.

Com a decisão, os alunos sabatistas terão abono das faltas e a universidade deverá oferecer atividades em datas alternativas para os acadêmicos que justificarem a transferência da data por razão de crença religiosa. Não foi concedida a aplicação de nenhuma multa para as duas faculdades.

(Correio do Estado)

domingo, 4 de outubro de 2015

Efeito catalisador


Em Uma Familia da Pesada, através de uma animação, afirma que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não permite que seus fiéis tratem seus problemas de saúde com a medicina tradicional, devendo apenas orar e crer nos ensinamentos de sua "fundadora" Ellen G. White.

"Ben Carson, o neurocirurgião aposentado que atualmente está no topo da lista de candidatos do Partido Republicano à Presidência, possui algumas crenças incomuns. Ao defender o criacionismo, ele disse que Satanás está por trás da teoria do Big Bang e da promoção da evolução. Ele [também] abraçou e endossou a teoria conspiratória [do falecido senador Joseph] McCarthy que afirma que nefastos marxistas se infiltraram por décadas em todos os escalões da sociedade, incluindo as PTA's americanas [Parent-Teacher Association] - a fim de destruir os Estados Unidos. Mas, ao que parece, a visão de mundo conspiratória de Carson vai além de tudo isso. Em uma palestra dada há um ano, Carson, que é adventista do sétimo dia, indicou que aceita uma sombria profecia transmitida um século e meio atrás por uma das fundadoras de sua igreja. Ela alegou que, como parte do fim dos tempos (do período apocalíptico, quando Jesus Cristo supostamente irá retornar e batalhar com o diabo), virá o tempo quando os adventistas do sétimo dia serão presos pelo governo e até mesmo condenados à morte simplesmente por observar o descanso no sábado e não no domingo".

Assim começa a matéria assinada por David Corn no site americano Mother Jones. O autor, então, continua mencionando os livros O Grande Conflito e Love Under Fire (resumo e adaptação do Grande Conflito na linguagem de hoje), para demonstrar a suposta "visão conspiratória" dos adventistas que creem que no futuro haverá uma perseguição contra os guardadores do sábado. O autor chega até a citar um ex-adventista que hoje considera o pensamento escatológico da Igreja sem fundamento.

"Questionado pelo site Mother Jones se Carson acredita na profecia de perseguição do sábado e se pensa que os adventistas do sétimo dia, em algum momento serão considerados criminosos, presos por forças do governo e, finalmente, condenados à morte, um acessor do candidato afirmou em um e-mail que esta 'não era uma interpretação honesta no todo. Tentar torcer a fé de uma pessoa está rapidamente se tornando um esporte favorito da esquerda. Esse tipo de intolerância expõe quem eles realmente são, não o que eles afirmam ser. [Carson] nunca mencionou a profecia que você citou'".

A pré-candidatura de Ben Carson à presidência dos EUA tem levantado muitos questionamentos mesmo entre os adventistas. Em primeiro lugar é bom lembrar que ele não é um candidato da Igreja Adventista, porque a Igreja não tem e jamais terá candidato próprio para qualquer eleição, uma vez que a igreja defende uma posição apartidária, e também a separação entre Igreja e Estado. No entanto, deixa seus membros livres, como cidadãos, para assumir eventuais posições na esfera pública. Então, é certo dizer que Ben Carson não é o porta-voz da Igreja Adventista, e a Igreja Adventista não se resume a Ben Carson. Durante a campanha ele poderá expressar em muitos momentos ideias particulares que, não necessariamente, correspondem ao pensamento oficial da Igreja.

Por outro lado, de uns anos pra cá, percebe-se um esforço para rotular a fé adventista como "louca" e "fundamentalista". Especialmente por causa do criacionismo e da guarda do sábado. Esse tipo de atitude é condenatório porque abre as portas para o chamado delito de opinião - criminalizar alguém simplesmente por ter uma opinião ou ideia diferente. O que, de fato, futuramente confirmará com precisão a profecia bíblica: que os EUA, seguindo o exemplo de Roma, iriam abdicar seus princípios de liberdade religiosa e civil, estabelecendo uma lei de caráter religioso mediante o poder civil (união Igreja/Estado). E que isso provocará perseguição a quem manter sua consciência ligada à Palavra de Deus.

O que poucos imaginavam é que a pré-candidatura de um adventista à presidência dos EUA poderia produzir um efeito catalisador para a disseminação das três mensagens angélicas. De qualquer forma, achando as crenças de Ben Carson absurdas ou não, toda a nação americana e por extensão o mundo está tendo contato com verdades bíblicas importantes. E quando a crise final realmente chegar, o que agora parece absurdo aos olhos de muitos, demonstrar-se-á o cumprimento fiel da Palavra de Deus.

"Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal". (Is 56:2).

Minuto Profético

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Igreja Adventista da Reforma... Já ouviu falar?


Existe um "movimento" dissidente da IASD chamado Igreja Adventista da Reforma, o qual também já possui inúmeras ramificações dissidentes, todos "pescando no mesmo aquário": a IASD.

É comum alguns líderes se preocuparem quando membros reformistas entram em contato com Adventistas, criticando a liderança e o estilo de vida da Igreja atual, com a finalidade de "provar" que a IASD se apostatou, e de que o Movimento de Reforma é a "nova" Igreja de Deus.

Há algum tempo disponibilizei algum material sobre o assunto, e resolvi hoje atualizar estes arquivos, pois sei que podem ser as dúvidas de muitos Adventistas zelosos, que não conhecem os detalhes do surgimento dos "Reformistas", e às vezes ficam sem saber o que dizer frente às acusações que o Movimento tanto gosta de fazer.

Os arquivos estão no formato PDF.

Sugiro que leia na sequência.
Bom proveito!


Movimento Reformista de 1914 - Parte I
Movimento Reformista de 1914 - Parte II
Movimento Reformista de 1914 - Parte III
Aspectos Históricos do Movimento de Reforma
Início do Movimento de Reforma na Alemanha
Equívocos dos Reformistas
Testemunho de um Ex-Reformista
Um Velho Método Reformista
Protocolo de Friendensau (documento histórico)

Via Gilson Medeiros

sábado, 5 de setembro de 2015

Declaração da Igreja Adventista sobre a crise migratória na Europa




A crise de refugiados e migrantes na Europa tem aumentado ao longo deste verão, deixando o continente dividido sobre como lidar com uma multidão de pessoas, em sua maioria formada por sírios, que fogem da guerra em sua terra natal.

Os migrantes desesperados em busca de asilo que agora partem para a Europa às dezenas de milhares, e a incapacidade para acomodá-los de uma forma organizada, pode estar dando início a um compromisso da Europa na luta em extinguir antigas fronteiras. Funcionários alemães e austríacos também estão aumentando os controles em sua região de fronteira.

A crise migratória europeia está crescendo com o aumento do número de chegadas de migrantes (uma combinação de migrantes econômicos e refugiados) para a União Europeia através do Mar Mediterrâneo e dos Bálcãs da África, do Oriente Médio e do Sul da Ásia. O termo tem sido usado desde abril de 2015, quando 5 barcos que transportavam quase 2.000 imigrantes para a Europa afundaram no mar Mediterrâneo, com o número de mortos estimado em mais de 1.200 pessoas.

Em 2014, os estados membros da UE receberam 132.405 solicitações de migrantes. No total, 23.295 pedidos foram aceitos para que esses migrantes recebessem alguma forma de proteção da UE (asilo, estatuto de refugiado, proteção subsidiária, proteção por motivos humanitários), enquanto que 109.110 pedidos foram rejeitados, para que deste modo esses migrantes fossem obrigados a abandonar o território da União Europeia. 

O Departamento de Relações Públicas da EUD (Divisão Intereuropeia) declarou:

"Como para milhões de europeus, a história imigrante é também a nossa história. Os cidadãos europeus são um povo acolhedor e generoso. Os europeus têm, naturalmente, o direito de exigir uma maior segurança das fronteiras e uma maior prevenção do tráfico de seres humanos. Por outro lado, temos que reconhecer a dificuldade de gerir esta enorme crise humanitária e prometer, por esse motivo, orar pelas autoridades competentes. Acreditamos que essas pessoas estão fazendo o que qualquer um de nós faria se tivéssemos a oportunidade de dar uma vida melhor para nossas famílias e crianças. Eles assumem o risco de vir aqui; muitos deles são extremamente pobres e estão reivindicando de volta a sua dignidade como seres humanos." 

Mario Brito, presidente da Divisão Intereuropeia da Igreja Adventista, declarou: "Somos todos filhos do mesmo Pai. Este é o momento de ficarmos juntos e compartilharmos o amor abundante de Deus por cada um de nós. Que o Senhor abençoe todos esses migrantes que sofrem, que o Senhor nos dê um coração misericordioso."

Em Mateus 25: 34-36, Jesus diz: "Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. "

De Megaphone Adventista Com informações de Adventist News Network

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A história do nascimento da Igreja Adventista em filme em breve


TELL THE WORLD MOVIE TRAILER- Courtesy of Seventh-day Adventist Church-Australia


Telltheworldfilm.org

sexta-feira, 8 de maio de 2015

A Música Rock Cristã na Igreja



Provavelmente não exista assunto mais fortemente emocional na Igreja Adventista hoje do que a música. A capacidade que ela tem de acirrar os ânimos e elevar a pressão sanguínea é inquestionável, e estas tensões não estão necessariamente divididas ao longo das linhas de idade, gênero ou raça. O assunto é tão profundo que algumas igrejas têm se divido sobre este assunto e deixado de adorar em comunhão. Embora os protagonistas neste argumento afirmem que suas diferenças sejam sobre a expectativa de adoração, quando a cortina é descerrada, invariavelmente ela é sobre a música. Especificamente, a questão é: usar ou não usar a música rock!

Na última década e meia uma nova onda de música, conhecida de forma genérica como “rock cristão”, chegou à porta de entrada da Igreja Adventista. Esta música tem uma batida insolente, alta e arrojada, e não hesita em anunciar sua presença à igreja. O impacto desta música tem sido profundo e, talvez, duradouro. Enquanto alguns consideram que o rock cristão seja um flagelo para a igreja e mesmo mais um sinal do fim dos tempos, outros louvam a Deus porque pelo menos foi encontrado um recurso para comunicar a mensagem de Jesus a uma geração moderna.

Uma Definição de Música Rock

Talvez o problema comece quando tentamos definir o que é “rock cristão”. Isto é, provavelmente, tão difícil quanto tentarmos encontrar uma definição adequada para a própria música rock. “Ninguém tem uma definição satisfatória para a música rock”.1 A música rock é um termo genérico, que abrange uma gama diferente de estilos musicais. Isto inclui heavy metal, acid, techno, reggae, punk, rap, jungle, soft rock e hard rock, só para mencionar uns poucos exemplos daquilo que a sociedade considera como música rock.
No entanto, devemos tentar encontrar uma definição, a fim de dar ao leitor alguma indicação da música que está sendo discutida. Neste artigo, o que é chamado de música “Rock Cristã” terá algumas e normalmente todas das seguintes características:

Repetição – Música que se caracteriza pela repetição de acordes padronizados, palavras, batida, ritmo e é escrita usando uma quantidade restrita de notas.

Batida Condutora – A música é conduzida por uma batida pesada e repetitiva.

Decibéis – Uma música que é dominada pelo elemento de volume.

Impacto – O impacto desta música é principalmente seu som e ritmo, e não suas palavras.2

Cada uma dessas características está presente na maioria da música rock secular.
O que distingue o “rock cristão” do rock secular não é a música, mas sim as palavras. Os outros elementos devem estar presentes ou a música de ambos os gêneros simplesmente não poderia ser música rock.

Os defensores do “rock cristão” citam seu uso freqüente e aceitação pela igreja como evidência de sua qualidade. Porém, a música rock “não é boa porque está sendo apresentada num contexto ‘religioso’, da mesma forma que a música rock não é ruim porque está sendo executada dentro de um contexto ‘secular’. A música rock deve ser julgada não pelo seu contexto, mas sim pelo seu conteúdo. Lindas flores podem ser encontradas num deserto poeirento e plantas venenosas num adorável jardim”.3 Portanto, para solucionarmos corretamente a questão do “rock cristão” na Igreja Adventista, devemos que julgá-lo pelo que ele é, ao invés de onde ele está sendo tocado, ou seja, numa igreja ou numa boate.
Observando o Rock Secular

As Raízes do Rock Secular

Para chegarmos a uma conclusão equilibrada sobre este assunto é necessário entendermos as raízes do “rock cristão”. Geralmente se reconhece que a música rock traça o início de seu desenvolvimento até a cultura dos escravos da África Ocidental do século XV. Da África, ela foi transportada às Índias Ocidentais em navios negreiros. Os instrumentos primitivos dos escravos foram substituídos por trompetes, pianos e baterias. Juntos com a influência ocidental das baladas, quadrilhas, danças espanholas e música country, o rock desenvolveu-se como uma nova forma própria de música. Depois da Segunda Guerra Mundial, veio Bill Haley com “Rock Around the Clock” seguido por Elvis Presley com “Love Me Tender“.4 O rock saltou sobre o Atlântico e voltou à América na forma dos Beatles. A revolução começou.
Hoje a música rock está em todo lugar. Seu som pode ser ouvido nas rádios, televisão, em shopping centers e bares, nas partidas de futebol, cinemas, clubes e, claro, na igreja. Nenhum deles torna a música rock boa ou má. Lembrem-se, devemos julgar a música rock pelo seu impacto sobre a vida de seus compositores, intérpretes e ouvintes.

O Impacto da Música Rock

“Não pode haver nenhuma dúvida de que desde o megastar Jimi Hendrix (que proclamava ter dormido com umas 1000 mulheres) em diante, muitos de seus principais artistas cometeram adultério, fornicação, lesbianismo, homossexualismo ou alguma outra forma de perversão sexual em seu modo de vida.” 5 Elton John, que cantou no funeral da princesa Diana, disse uma vez: “Não há nada de errado em ir para cama com alguém de seu próprio sexo. Eu acho que as pessoas deveriam ser muito livres com relação ao sexo”. 6

Os artistas de rock não são os únicos músicos conhecidos por seu comportamento questionável. “Tchaikovsky não era nenhum modelo de virtuosa perfeição, Chopin tinha a reputação de mulherengo, Mahler dificilmente seria irrepreensível e Mozart não era exatamente um porto de santidade. Quanto a Wagner, é descrito como grosseiramente imoral, egoísta, adúltero, arrogante, freneticamente hedonista, violentamente racista e … um ladrão!” 7 Estes exemplos ilustram como necessitamos ser cuidadosos em condenar a música somente por causa do estilo de vida e comportamento de seus criadores e artistas.
As influências satânicas do ocultismo certamente estão presentes na música rock a partir do início de seu desenvolvimento. Do AC/DC a Michael Jackson e em bandas como Rolling Stones, Oasis, Prodigy, Nirvana, e Marilyn Manson, a tônica do ocultismo está evidente para quem quiser ver. Capas de álbuns, letras e música declaram, de forma ousada, a associação de muitos músicos de rock com as trevas do submundo.

Juntamente com o ocultismo, as drogas têm assumido um papel importante nas vidas dos músicos de rock e no desenvolvimento de sua música. Um empresário de um dos principais grupos de rock declara: “Não importa o que lhe digam, as drogas sempre serão uma parte do cenário do rock.”.8 A trágica lista daqueles que morreram como resultado ao uso de drogas na indústria do rock é impressionante – Jimi Hendrix, Jim Morrison, Keith Moon e Sid Viscous, Kurt Cobain do Nirvana, para citar apenas alguns. Isto é mais do que suficiente para correlacionar o enorme crescimento no uso de drogas por jovens com a emergência da música rock como fenômeno cultural.

A violência também é proeminente nas vidas e na música de muitos roqueiros. Os gangsta rappers, que vieram das ruas de algumas grandes cidades americanas, estão se tornando cada vez mais populares. Suas canções defendem a morte, o estupro e a violência. A pessoa só tem que pegar um álbum do cantor de rap Snoop Dog para ver que o que estes músicos proclamam é violência chocante de uma natureza gráfica que quase não se ouvia falar até o advento de sua forma de música. Coolio, Tupac e Will Smith são poucos exemplos da crescente emergência desta forma de música violenta.

Allan Lanier admite que a música rock carrega emoções violentas. “Existe uma porção de violência, uma porção de agressividade na música.” 9 Talvez este fator tenha algo a ver com um número extremamente elevado de roqueiros que foram recentemente assassinados de forma brutal – por tiros. Tupac, um cantor de rap, foi morto a tiros, em 1996, quando dirigia pelo subúrbio de sua residência. Ele morreu cravejado de balas – um cenário sobre o qual ele próprio havia cantado muitas vezes.

A violência freqüentemente acompanha os concertos de rock. Os comportamentos violentos inspirados pelos concertos de rock normalmente tornam seus participantes em máquinas, capazes de destruir milhões de dólares de recursos em poucos momentos, como se fossem tornados. Estes eventos destrutivos recebem ampla cobertura nacional na mídia. Se pelos seus frutos os conhecereis, então a destruição e desolação causada por muitos concertos de rock falam por si.

Há Lugar para o “Rock Cristão” na Igreja Adventista?

O assunto que estamos enfocando não são as personalidades do mundo do rock, mas sim se o tão chamado “rock cristão” tem ou não lugar na adoração adventista. A razão para colocarmos a expressão “rock cristão” entre aspas é a convicção de que o termo “cristão” não deveria ser usado em conjunção com algo acerca do qual existem provas científicas indicando que causa desordens mentais, físicas e morais.

Vivemos realmente nos últimos dias da história da terra, quando a pressão da conformidade cultural está se intensificando. O assunto que estamos enfocando tem conseqüências eternas para nossos jovens e para nós como líderes. O Departamento de Jovens de nossa igreja quer garantir que tudo, inclusive nossa música, glorifique a Cristo e atraia os jovens para a beleza e maravilha de servir a Jesus.

O que você está para ler reflete o compromisso que o nosso Departamento de Jovens assumiu em apoiar o padrão da música cristã. Não tentaremos impor nosso padrão a você, como se fôssemos o líder de jovens responsável pela igreja local. No final apenas você e os jovens da tua igreja local poderão decidir o que acontecerá nos programas de jovens da tua igreja. Porém, vamos nos esforçar para manter este padrão em todos os programas de jovens das igrejas da Conferencia Norte da Nova Zelândia.

“Conta-se a história de um homem que, durante uma campanha eleitoral, leu em um adesivo de pára-choque o seguinte: ‘Já tomei minha decisão. Por favor, não me confundam com os fatos'”.10 O assunto do rock cristão é extensamente amplo e complicado, contudo muitos não hesitam em dar sua opinião, baseando-se em como se sentem e pensam, em vez de olhar aberta, séria e honestamente os fatos, a fim de considerarem o assunto.

Antes que alguém possa ponderar sobre as vantagens ou desvantagens do assim chamado “rock cristão” na igreja adventista, é necessário ter uma vibrante comunhão diária pessoal com Jesus Cristo, (estudo bíblico diário e oração). É somente dentro do contexto de uma experiência cristã saudável que um juízo maduro pode ser expresso sobre o rock cristão na igreja.

Revisemos os fatos básicos sobre a Música Rock:
O rock cristão tem suas raízes no rock secular.
O rock secular tem as seguintes qualidades:
Arraigado na cultura de escravos da África Ocidental.
Influenciado e modernizado por vários fatores ocidentais.
Muitos de seus artistas e compositores vivem um estilo de vida pervertido que é evidenciado em muitas de suas músicas.
Está profundamente imerso no ocultismo.
Está arraigado nas drogas e estimula seu uso.
Promove e encoraja a violência.

É difícil para o “rock cristão” se separar de suas raízes. Você não pode simplesmente batizar a música rock e torná-la cristã. A diferença predominante entre música rock cristã e música rock secular são as letras. O uso de letras diferentes dificilmente dá ao “rock cristão” o direito de reivindicar validade na igreja de Deus.
Vamos observar mais de perto algumas das características da música conhecida como “rock cristão”.
1. O “Rock Cristão” Imita o Rock Secular:
As Escrituras nos ordenam a não “amarmos o mundo e as coisas que há no mundo”. (I João 2:15), mas o “rock cristão” imita sua contraparte secular. “Os artistas de rock cristão imitam as roupas, gestos, movimentos e vozes dos artistas de rock secular; todo seu estilo é determinado pelo mundo.” 11

Petra, um dos pioneiros no cenário do “rock cristão”, é um bom exemplo deste ponto. Exceto pelas letras de suas canções, o estilo de vida e aparência do Petra é o mesmo de qualquer banda de rock. As mesmas roupas. O mesmo cabelo. Os mesmos olhos selvagens. A mesma batida impulsionadora e pesada. A mesma síncope. O mesmo ritmo. Os mesmos níveis excessivos de ruído. As mesmas vozes irritantes. Os mesmos giros, requebros de quadris, as mesmas atitudes iradas no palco. Os mesmos fãs, dançando enlouquecidos. É tudo igual. A mesma música, da mesma fonte.

Em seu artigo “Where the Lyrics Fall Short”, Lee Roy Homes, bem conhecido pastor e evangelista, declara explicitamente: “A indústria de música popular religiosa compara-se em todos os aspectos mais importantes à da música pop secular, tendo, assim, seu próprio culto de personalidade, sua lista das 10 mais, e sua comercialização para as massas”. 12
Imitando tão de perto o rock secular, o “rock cristão” estimula os jovens a aceitarem a visão mundial do rock secular, com sua violência e perversão sexual. No final das contas, isto leva nossos jovens a perder seu senso cristão de identidade.

2. O Rock Cristão Distorce e Macula a Mensagem do Evangelho
“Deus nos deu o evangelho em palavras, e nada deveria distorcer, macular ou repelir a palavra clara que Deus está se empenhando em compartilhar conosco”. 13 “Logo, a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.” (Romanos 10:17). Muitas músicas “rock cristãs”, contudo, abafam as palavras, de forma que a mensagem se torna incompreensível.
Em um artigo sobre a cantora de rock cristão Sheila Walshe, David Hotton escreve: “Sheila relaciona-se facilmente com a platéia, fala de forma prestimosa sobre sua fé… Porém, a comunicação terminou quando ela começou a cantar… a banda era alta demais para que pudéssemos entender as palavras”. 14 Um outro escritor cristão coloca desta forma, “Se o volume ou dissonância da música é tal que as palavras não possam ser ouvidas claramente, então a performance completa é um exercício do absurdo”. 15

3. O “Rock Cristão” não é Neutro, Porque Pode Controlar a Mente
Defensores do rock cristão argumentam que a “música é essencialmente neutra e é colorida apenas pelas palavras.” 16 Porém, este argumento tem muitas falhas. Em seu livro “A Psicologia da Música“, o Dr. Max Schoen nota que, a “música é o mais poderoso estímulo conhecido entre os sensos perceptivos. As evidências médicas, psiquiátricas e outras para a não neutralidade da música é tão decisiva que francamente me espanta que alguém diga o contrário”. 17 A música em shopping centers, aeroportos, em concertos, e na igreja é escolhida para fazer alguma coisa. O fato de que ela faz alguma coisa é a prova de que a música não é neutra.

Jimi Hendrix, um dos grandes ícones do rock, reconhece o poder e não neutralidade da música rock. Ele declara que a “atmosfera vem através da música rock, porque a música é uma coisa espiritual em si mesma”. 18 Ele vai além, dizendo, “Você pode hipnotizar as pessoas com a música e quando elas chegarem ao seu ponto mais fraco você pode pregar para o seu subconsciente o que você quiser dizer”. 19

Jimi Hendrix não vê a música rock como sendo neutra. De fato, ele acreditava exatamente no oposto. A música é tão carregada de significados que ela lhe permite que ele pregue sua mensagem no subconsciente de seus ouvintes. É a música rock – não as palavras, que leva os ouvintes de Jimi Hendrix a tal estado no qual fariam qualquer coisa para o seu messias tocador de guitarra e cantor de rock. (De acordo com o próprio Jimi Hendrix, mais de 1000 mulheres [que dormiram com ele,] podem testificar a verdade do que ele afirma). Se a música rock de qualquer tipo fosse neutra, seria impossível para Hendrix fazer o que ele fez.
O rock cristão, tal como seu primo secular, não é neutro. Ele tem uma enorme capacidade de controlar a mente das pessoas. Alguns pregadores pentecostais estão bem cientes disso e fazem uso da música rock para manipular ao máximo a mente e a emoção de suas congregações.

4. A Diferença Entre o Rock Secular e “Cristão” é Nominal
Os que apóiam o rock cristão freqüentemente afirmam que as diferenças entre o rock secular e cristão são amplas e reconhecíveis. A verdade é que a diferença entre os dois tipos de música é quase indistinguível. As duas formas de música usam o mesmo ritmo, batida e síncope. Chuck Girard, um músico de rock cristão, reconhece que “se você toma as letras e as muda para uma mensagem secular, pode ser difícil de distinguir uma música da outra”. 20
Steve Turner relatou, na revista de música BUZZ, que “a diferença entre um concerto de rock e muitas reuniões com Jesus (reuniões de jovens) são desprezíveis”. 21 O professor Verna Wright afirma que, quando o rock cristão e o rock secular eram tocados num clube na Bélgica, os ouvintes não conseguiam distinguir a diferença. 22

As palavras de Richard Taylor resumem a imperfeição fatal no argumento de que o rock religioso é, de alguma maneira, diferente. “Não podemos mudar o efeito básico de certos tipos de ritmos e batidas, simplesmente anexando a eles umas poucas palavras religiosas ou semi-religiosas. A batida entra no sangue de seus ouvintes. As palavras são coisas tímidas. Os decibéis e as batidas são coisas ousadas, que podem facilmente enterrar as palavras sob uma avalanche de som.” 23

Isto confirma a conclusão do Dr. William Shafer que diz, “rock é comunicação sem palavras, sem levar em consideração qual ideologia está inserida nas palavras.” 24 O professor Frank Garlock concorda com estas descobertas; “As palavras só deixam você saber o que a música já diz…A música é sua própria mensagem e pode mudar completamente a mensagem das palavras.” 25 “O rock cristão”, tal como sua contraparte secular, influencia os ouvintes mais através de sua “música” do que através de suas “palavras”.

Estes fatos convincentes deveriam levar os líderes de jovens adventistas a se preocupar acerca do uso do “rock cristão” na igreja. Embora seja verdade que muitas das palavras desta música são de alguma maneira centradas em Deus, permanece o fato de que a música, que claramente tem o maior impacto sobre seus ouvintes, é e continua sendo música rock. É a mesma “música” que Marilyn Manson, Tupac e Snoop Dog usam. É a mesma música que Elton John, Coolio, e o Nirvana tocam e cantam. É a mesma música que causa violência. É a mesma música que tem suas raízes no ocultismo. É a mesma música que gera rebelião. O assim chamado “rock cristão”, como seu primo secular é, duro, frio, grosseiro, alto, e anti-cristão. Jesus é manso suave, falando a nós em tons bondosamente suaves. A maneira gentil de Jesus está muito distante do caminho para onde somos levados em muitas das músicas de nosso assim chamado “rock cristão” de hoje.

Pierre e Gisela Winandy, respectivamente professores de teologia e de música, que trabalharam em sete Colégios da IASD nos quatro continentes, declaram: “Notamos na África que os conversos do paganismo ficavam realmente apavorados pelo rock evangélico. Ele os fazia lembrar da música demoníaca que estavam acostumados anteriormente. Com profunda preocupação, eles descreviam como ingênuo o uso de tal música em congregações cristãs. O uso de tal música para apoiar o nome de Jesus, eles consideravam blasfemo.” 26

Tribos africanas tementes a Deus, estão chamando os cristãos ocidentais do século 21, bem-educados e tecnologicamente avançados, de ingênuos. E eles estão certos, porque entendem a fonte demoníaca e a raiz da música que freqüentemente usamos em nossa adoração. O assim chamado “rock cristão” é um híbrido de uma coisa real – o rock secular. É apenas outra ferramenta usada por Satanás para entrar na igreja e enfraquecer, e em muitos casos, destruir os jovens. É o momento para que nós, como líderes de jovens e como igreja, acordemos deste engano. Nunca devemos nos esquecer que as três mensagens angélicas de Apocalipse 14 nos chamam para a verdadeira adoração a Deus e nos advertem contra o engano da falsa adoração. Poderia ser que Satanás está tendo sucesso hoje ao promover a falsa adoração, não apenas através do dia errado de adoração, mas através da música errada na adoração?

Nossa crença na certeza e iminência volta de Cristo e nosso compromisso em preparar nossos jovens para o breve retorno do Salvador, deveriam nos levar a questionar o uso do tão chamado “rock cristão” em nossa adoração. É nossa a enorme e séria responsabilidade de cuidar e guiar os jovens aos pés de Jesus. Não podemos eficazmente cumprir esta responsabilidade enquanto usarmos as ferramentas maléficas de Satanás.

Os Frutos da Música “Rock Cristã”

Talvez a melhor maneira de avaliar o assim chamado “rock cristão” é através de seus frutos (Mateus 7:16-20). Quais são os frutos do rock cristão?

1. O “Rock Cristão” Obscurece a Distinção entre Valores Cristãos e Mundanos
Quando usamos a música rock em programas de nossa igreja estamos oferecendo aos jovens a mesma música que eles encontram no mundo. É quase impossível para eles distinguir entre a música do mundo e a música da igreja, quando a única diferença são as palavras – palavras que, em muitos casos, não podem ser ouvidas. Isto pode explicar porque depois de freqüentar uma série de encontros em 1998, uma jovem me disse de forma emocionada: “Vocês me dizem para não ir a clubes e além disso eu não bebo, não fumo, não uso drogas. Vocês estão sempre dizendo que eu não deveria sair para dançar e, contudo, tocaram no programa desta noite a mesma música que eu escutei outro sábado à noite em um clube”! Deixe-me garantir a você que a música que ela tinha escutado na danceteria no centro da cidade, com certeza, não era a mesma e, mesmo assim, permanece o fato de que ela fora incapaz de distinguir a diferença.

Na última década e meia houve um êxodo maciço, nos países ocidentais, de jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Seria muito simplista responsabilizar este abandono da fé, apenas por causa do advento da música rock cristã. Existem outros fatores que têm contribuído para este êxodo – entre eles, a comunhão espiritual dos próprios jovens. No entanto, não podemos ignorar o fato de que o “rock cristão” tem sido o gênero predominante de música usado durante este período por muitos líderes de jovens para atrair a juventude aos programas de igreja. Tais músicas podem ter contribuído para obscurecer a diferença entre a visão cristã e a visão mundana de vida nas mentes de nossa juventude, que já vive num ambiente confuso.

2. O “Rock Cristão” Causa a Perda da Identidade Cristã
Por causa do obscurecimento entre a visão cristã de vida e a visão mundana, o “rock cristão”, no final das contas, leva nossos jovens a perderem sua identidade cristã. A identidade brota da capacidade de diferenciar claramente as nossas crenças e práticas das crenças e práticas dos demais. Isto se torna difícil, se não impossível, quando os jovens são expostos ao mesmo gênero de música na igreja e no mundo. Quando a pessoa perde o senso de identidade religiosa, ela perde a razão de pertencer a uma igreja. Isto pode explicar por que tantos jovens não entendem a significância do Adventismo nos anos iniciais do século XXI.
A música assume uma parte importante em nossa cultura de adoração. A Bíblia claramente retrata isto como sendo bom e saudável (ver Salmos). Porém, quando uma grande parte de nossa adoração consiste em música rock, estamos pisando em terreno muito perigoso. Nossa adoração se torna um solo fértil para Satanás trabalhar porque estamos usando as ferramentas dele – não as de Deus.

Os jovens adventistas estão encontrando crescente dificuldade em ver a distinção entre o que a sua igreja e o que as outras igrejas cristãs e não cristãs têm a oferecer. O perigo é que passem a ir àquela igreja que ofereça a “melhor música rock” em vez de irem à igreja que ofereça a verdade. Eu, pessoalmente, tenho amigos que trocaram o adventismo por igrejas pentecostais, usando como base de sua decisão o argumento de um suposto melhor estilo de adoração da igreja carismática – um estilo de adoração que está amplamente arraigado na música “rock cristã”, uma música que cria uma excitação profana. A verdade se torna secundária na sua procura por uma melhor experiência – uma experiência gerada pela música “rock cristã”.

3. O “Rock Cristão” Distorce a Visão Bíblica de Deus.
Vivemos num mundo que distorce a visão de Deus e o rock cristão tem assumido um papel importante em distorcer o real caráter e natureza de Deus. Os artistas e compositores de “rock cristão” têm “redefinido o Senhor Jesus Cristo como ‘politicamente correto’, ‘tolerante’, ‘paz e amor’, não crítico, ‘festeiro’, ‘hip-hop’, ‘rapping-rocker’, que apela para o mundo”. 26
Álbuns como, “Jesus Freak”, do dc Talk, “Master of the Metal”, da banda Messiah Prophet, entre outros, todos eles estimulam esta distorção de Deus. Carmen, uma das artistas mais populares de rock cristão, descreve o Senhor, em uma de suas músicas, como “hippie de rua”, crucificado numa briga de gangue de rua e que foi depois lançado num monte de entulho”. 27
Existem muitos exemplos de “rock cristão” deturpando e freqüentemente modificando de forma grosseira a verdade sobre Deus e sobre a Bíblia. Estes “rock cristãos” descrevem um Deus que é estranho à revelação bíblica. Fazer isto de forma tão aberta no contexto do cristianismo é blasfêmia.

4. O “Rock Cristão” Representa Erroneamente a Obra do Espírito Santo.
A obra do Espírito Santo é um ministério importante e vital de Deus para a sua igreja. O “Rock cristão” reivindica ser do Espírito Santo. Porém, os fatos desmentem esta noção. O Espírito Santo somente vem e ministra num ambiente de adoração onde haja ordem e disciplina e não em confusão e excitação.

Ellen White, há mais ou menos um século, advertiu a Igreja Adventista com respeito ao uso de música imprópria na adoração no tempo do fim. Surpreendentemente, o contexto da advertência foi uma reunião campal em Muncie, Indiana, em setembro de 1900. Depois de receber o relatório de S. N. Haskell sobre o tipo de música tocada e cantada na reunião campal em Muncie, Ellen White escreveu:

“As coisas que descrevestes como ocorrendo em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho.Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo”.28

“Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida. Deus convida Seu povo, que tem a luz diante de si na Palavra e nos Testemunhos, a ler e considerar, e dar ouvidos. Instruções claras e definidas têm sido dadas a fim de todos entenderem. Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força para o bem.” 29

A Experiência de Muncie Hoje

As manifestações físicas que a Sr.a White condenou como conseqüência da reunião campal de Muncie são mais uma vez uma parte importante da cena religiosa contemporânea. Os pastores das igrejas protestantes populares estão usando música barulhenta e excitante em seus cultos. A música é tão central para os seus cultos que é como se tudo o mais fosse excluído. A repetição, a batida e o som altamente amplificado da música controla as mentes e a emoção das pessoas de tal forma que com freqüência vemos até na TV os “adoradores” caindo ao chão, rolando, debatendo-se e gritando.

Por contraste, Ellen White nos diz, “O Senhor deseja manter em Seu serviço ordem e disciplina, não agitação e confusão. (…) Satanás está arregimentando suas forças. Necessitamos ser refletidos e guardar silêncio, e contemplar as verdades da revelação. A agitação não é favorável ao crescimento na graça, à genuína pureza e santificação do espírito. (…) Quando os crentes falam a verdade tal como é em Jesus, revelam uma calma santa e judiciosa, não uma tempestade de confusão.” 30

É significativo notar que Ellen White predisse que a excitação causada pela música não apropriada na reunião campal de Muncie seria repetida antes do final da graça. Não é ilógico ver o cumprimento desta previsão hoje em alguns cultos de adoração adventistas. Se Ellen White não está descrevendo o “rock cristão” na igreja no final dos tempos, então seria muito interessante sabermos o que ela está descrevendo. Não conheço qualquer outra apostasia na igreja que se encaixe, mesmo que remotamente, nesta descrição.

“Uma Balbúrdia de Ruído”.

Ellen White claramente afirma que “O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo. (…) Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto.” 31

Note que Ellen White atribui a origem desta música ruidosa às “agências satânicas”. É solene pensar que Satanás, o decaído regente do coro celestial, seja o autor da balbúrdia de ruído que caracteriza a música rock de hoje. O reconhecimento deste fato deveria advertir nossa juventude e seus líderes contra os perigos do “rock cristão”.

Em uma visão Ellen White viu como a música errada pode afugentar os anjos das reuniões de jovens. Ela escreveu: “Jovens estão ali reunidos; ouvem-se sons de música em canto e instrumentos. Cristãos acham-se reunidos nessa casa; mas que é que ouvis? Um cântico, uma frívola canção, própria para o salão de baile. Vede, os puros anjos recolhem para si a luz, e os que se acham naquela habitação são envolvidos pelas trevas. Os anjos afastam-se da cena. Têm a tristeza no semblante. Vede como choram! Isso vi eu repetidamente pelas fileiras dos observadores do sábado”. 32

Esta declaração encarna um princípio importante. Música tocada em salões de baile não serve para a adoração a Deus. Há uma distinção clara entre música sacra e secular. Mas cremos que esta distinção é vastamente obscurecida quando o “rock cristão” é tocado na igreja, porque tal música compartilha a mesma batida repetitiva, ritmo e volume do rock secular.

Conclusão

Uma experiência australiana de Louis Torres, o ex-baixista do Bill Haley and His Comets, provê uma conclusão adequada a este estudo. Torres escreve: “Não faz muito tempo fui convidado a falar sobre música para grupos de jovens da IASD na Austrália. Depois de minhas reuniões, ouvi muitas vezes tristes confissões de jovens que tinham sido excluídos da igreja (em vez de terem sido mantidos dentro dela) por causa do uso de música contemporânea nos momentos de culto. Um jovem, que estava tentando voltar para a igreja, disse-me – evidentemente, falando também por outros jovens – ‘Minha queda na igreja se iniciou quando começaram a tocar rock evangélico na igreja. O rock evangélico forneceu uma ponte natural para o rock secular, e logo perdi todo o prazer de cantar hinos. Perdi todo o amor pela igreja e estava fora antes mesmo que percebesse. Posso traçar a fonte de todos os meus problemas à música.'” 33

Ao longo dos séculos o desafio do Cristianismo tem sido confrontar o mundo com as verdades dos Evangelhos, em vez de se conformar com as tendências e práticas do mundo. Infelizmente, muito da história da igreja é uma história de conformismo ideológico e existencial às tendências da sociedade. Assim, o que está acontecendo hoje com a adoção do “rock cristão”, em muitas igrejas, não é nada incomum. Apenas reflete o fracasso histórico de muitos cristãos em viver numa sociedade secular sem participar de seus valores e costumes.
Tal qual no passado, hoje Deus chama Seu povo a não se conformar com o mundo, mas sim transformar o mundo por Sua salvadora graça (Romanos 12:2). Deus conclama Seu povo, dizendo, “Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Apocalipse 18:2-4). Que Deus possa nos ajudar a responder ao Seu tempo do fim chamando para nos separarmos das crenças e práticas pervertidas da babilônia espiritual que inclui o encantamento de ritmos degradantes da música rock de Babilônia.


Notas
1. D.Jewel, The Popular Voice.
2. W.Shafer, Rock Music.
3. John Blanchard, Pop Goes the Gospel, p.28.
4. Ibid., p.13.
5. Ibid., pág. 33
6. Rolling Stone, 7 de outubro de 1976,
7. S. Lawhead, Rock Considered,
8. Circus, 17 de abril de 1979,
9. Super Rock, junho de 1997,
10. Daily Express, 24 de março de 1988,
11. Youth Aflame, outubro de 1982
12. Adventist Affirm, Music, Where the Lyrics Fall Short.
13. Citada por Wine Magazine, 1985,
14. Buzz, maio de 1981,
15. B.Larsen, The Day Music Died
16. M.Schoen, The Psychology of Music.
17. Ibid
18. Life, 3 de outubro de 1969,
19. Ibid.
20. Buzz, 1984
21. Ibid
22. Ibid
23. KE Parker, “Music the Cultural Frontier of the Church”, em Windstorm Christian Music.
24. B. Larson, Rock,
25. Ibid
26. Adventist Affirm, “Music, Not All Youth Want to Rock”
27. Internet, www.rock, Por que eu não Posso?
28. Mensagens Escolhidas, vol. 2, veja as páginas de 31-39
29. Ibid., pp 37-38, ênfase minha.
30. Ibid., pp.35-36.
31. Ibid., pág. 36-37.
32. Mensagens aos Jovens, pág 295.
33. Louis Torres, “Rock cristão”, adventista Affirm (Spring 1998), pág. 19.
Lloyd Grolimund é Diretor de Jovens da Conferencia Norte da Nova Zelândia. Publicado com alterações editoriais por Samuele Bacchiocchi
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