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Muitos Adventistas ainda mantêm o pensamento de que podemos alcançar uma “perfeição” moral tal que nos torne incapazes de cometer pecado.
Uma das passagens mais citadas é:
“Qualquer que permanece nEle não peca; qualquer que peca não O viu nem O conheceu” (1Jo 3:6) – Almeida Revista e Corrigida.
Com base nesta declaração, estas pessoas dizem que, se ficarmos realmente ligados a Deus, não praticaremos nenhum pecado.
O que acontece é que este verso não foi traduzido seguindo um “detalhe” da gramática grega. A versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) corrigiu esta aparente “falha”. Veja:
“Todo aquele que permanece nEle não vive pecando; todo aquele que vive pecando não O viu, nem O conheceu”.
A expressão em negrito (destaque) está escrito no tempo verbal grego que dá um sentido de “presente contínuo”. Ou seja, a pessoa que permanece em Deus vive CONTINUAMENTE afastando-se do pecado. Não é um ato passado, pontual (que no grego é chamado de “aoristo”), mas durante toda a vida. Por isso o texto da ARA está mais coerente com o que João escreveu em sua epístola.
Portanto, NÃO é possível viver sem pecar.
Esta teoria equivocada do “PERFECCIONISMO” não é nova entre os Adventistas, e já provocou acalorados debates no passado. Graças a Deus, que o Espírito Santo, a Pessoa da Trindade que nos conduz em direção à Verdade, sempre guiou a Igreja para longe destes fanatismos e interpretações pessoais das Escrituras.
O que disse Ellen White sobre o assunto?
OBS.: os destaques fui eu que acrescentei.
“Cristo é nosso exemplo: o perfeito e santo exemplo que nos tem sido dado para seguir. Nunca podemos nos igualar a Ele, mas podemos imitá-Lo e nos parecermos de acordo com nossas possibilidades” – Review and Herald, 05/02/1895.
“O ensino dado com relação ao que é denominado ‘carne santa’ é um erro. Todos podem obter agora corações puros, mas não é correto pretender nesta vida possuir carne santa. O apóstolo Paulo declara: ‘Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum.’ Rom. 7:18. Aos que têm procurado tão ativamente obter pela fé a chamada carne santa, quero dizer: Não a podeis obter. Nem uma pessoa dentre vós tem agora carne santa. Ser humano algum na Terra tem carne santa. É uma impossibilidade.” – Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 32.
“Se aqueles que falam tão francamente de perfeição na carne, pudessem ver as coisas sob seu verdadeiro aspecto, recolher-se-iam com horror de suas idéias presunçosas. Mostrando o engano de suas suposições quanto à carne santa, o Senhor está buscando impedir que homens e mulheres dêem às Suas palavras uma interpretação que leve à corrupção do corpo, da alma e do espírito. Seja esse aspecto de doutrina levado um pouco mais longe, e conduzirá à pretensão de que seus defensores não podem pecar; de que uma vez que tenham carne santa, suas ações são todas santas. Que porta de tentação se abriria assim!” – Idem.
“Quando os seres humanos receberem carne santa, não permanecerão na Terra, mas serão levados ao Céu. Se bem que o pecado seja perdoado nesta vida, seus resultados não são agora inteiramente removidos. É por ocasião de Sua vinda que Cristo deve transformar ‘nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso’” – Eventos Finais, pág. 269.
“O fanatismo, uma vez iniciado e deixado às soltas, é tão difícil de extinguir como o incêndio que tomou conta de um prédio. Os que entraram nesse fanatismo [carne santa] e o mantiveram, fariam muitíssimo melhor em estar empenhados em obra secular; pois devido a sua atitude incoerente estão desonrando ao Senhor e pondo em perigo o Seu povo. Muitos movimentos dessa espécie surgirão neste tempo, quando a obra do Senhor deve manter-se elevada, pura, sem superstições e fábulas. Precisamos estar em guarda, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás.” – Mente, Caráter e Personalidade, vol. 1, pág. 43
Para um material mais completo, veja: PERFECCIONISMO ENTRE OS ADVENTISTAS.
Os que desejarem conhecer melhor este movimento perfeccionista que se infiltrou no meio Adventista há décadas, poderão estudar um bom livro de História Denominacional. Sugiro o excelente material do Dr. Luiz Nunes (publicado pelo UNASP), o qual mostra claramente a relação entre as Crises na Igreja Apostólica e na Igreja Adventistas do 7º Dia.
Outras postagens onde já tratei deste tema:
Crises no Movimento Adventista
O que é Santificação?
Veja também: EU COSTUMAVA SER PERFEITO, do Dr. Knight.
Quero, ainda, aproveitar para alertar os diretores e diretoras de Escola Sabatina sobre a escolha das pessoas que dirigem as Unidades de Ação a cada sábado. Verdadeiras heresias e blasfêmias têm sido disseminadas, exatamente porque pessoas sem nenhuma condição teológica de serem professores estão sendo colocadas em tais funções.
A Igreja de Deus precisa ser protegida contra estas pessoas que se consideram acima dos demais em matéria teológica, e acreditam que são os “donos da Verdade”. Se elas mantêm um espírito de orgulho intelectual, críticas, discórdas e dissidências, NÃO PODEM ser colocadas para ensinarem os membros.
“Como o carvão é para a brasa, e a lenha, para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas” (Prov. 26:21).
Pr. Gilson Medeiros
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“Nossa vida pode ser perfeita em cada fase de desenvolvimento, contudo haverá progresso contínuo, se o propósito de Deus se cumprir em nós. A santificação é obra de toda uma vida” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 65).
Certa vez, um adventista de nascimento que defende a cristologia pós-lapsariana (segundo a qual Jesus teria a natureza de Adão após a queda, com as tendências herdadas para o pecado – embora não com as tendências cultivadas) discutia o assunto com outro adventista pré-lapsariano. A certa altura, o primeiro disse: “Você não compreende esses assuntos porque bebe Coca-Cola. Deve estar com a mente embotada.” O segundo, então, respondeu: “Na verdade, depois que me tornei adventista, nunca mais bebi Coca-Cola e sempre procurei ser temperante.” Este diálogo mais ou menos fictício (e bem minimalista) mostra um fenômeno interessante (mas que não pode ser generalizado): indivíduos que nasceram em lar adventista e, infelizmente, tiveram maus exemplos por parte de alguns adventistas próximos, quando conhecem a mensagem do reavivamento e da reforma (especialmente no que tange às mudanças alimentares) – e começam a vivê-la – pensam algo mais ou menos assim: “Agora eu descobri o verdadeiro adventismo.” Isso não é necessariamente ruim, desde que se trate de uma conversão genuína. O problema é quando essas pessoas começam a olhar de cima para seus irmãos, como se eles não estivessem vivendo a mensagem. Outros ainda passam a se dedicar ao estudo de um assunto apenas, até que este se torne praticamente sua única bandeira, o tema todo-absorvente de suas pesquisas e pregações. Consideram-se donos de uma luz especial que os demais não conseguem ver. Esquecem-se de que Deus conduz um povo, não ramificações, e desconfiam de todos os que não vivem à altura do padrão adotado por eles.
Satanás é especialista em dividir para conquistar. Quando consegue utilizar uma necessidade real e importante (como a reforma) para causar divisão, melhor ainda para ele. Os extremos dessa questão são perigosos: por um lado, (1) desconsiderar o apelo ao reavivamento e à reforma (que tem que ver com todos os aspectos da vida, não apenas com a dieta), por outro (2) distorcer a ideia da reforma, a ponto de considerar as mudanças no estilo de vida como uma credencial para o Céu.
Convido-o a analisar com cuidado e atenção o seguinte texto inspirado: “Era possível a Adão, antes da queda, formar um caráter justo pela obediência à lei de Deus. Mas deixou de fazê-lo e, devido ao seu pecado, nossa natureza se acha decaída, e não podemos tornar-nos justos. Visto como somos pecaminosos, profanos, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa. Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. Viveu na Terra em meio de provas e tentações como as que nos sobrevêm a nós. Viveu uma vida sem pecado. Morreu por nós, e agora Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça. Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 62; grifos meus).
Vamos pontuar:
1. Antes da queda, portanto com sua natureza humana perfeita, Adão poderia formar caráter justo pela obediência à lei de Deus. Logo, após a queda, isso não mais é possível.
2. Depois do pecado, nossa natureza se acha decaída e somos incapazes de nos tornar justos.
3. Somos pecaminosos, profanos e, por isso, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa, porém, “se está no coração obedecer a Deus, se são feitos esforços nesse sentido, Jesus aceita esta disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência, com Seu próprio mérito divino” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 382).
4. Cristo, que possuía a natureza moral de Adão antes da queda (não, porém, a física), viveu uma vida sem pecado e cumpriu perfeitamente a lei de Deus.
5. Cristo Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça. Assim somos considerados justos.
6. Quando aceitamos Jesus como Salvador (justificação), o caráter dEle substitui o nosso, e somos aceitos diante de Deus como se não houvéssemos pecado.
Outro texto para sua consideração: “Os serviços religiosos, as orações, o louvor, a penitente confissão do pecado, sobem dos crentes fiéis, qual incenso ao santuário celestial, mas passando através dos corruptos canais da humanidade, ficam tão maculados que, a menos que sejam purificados por sangue, jamais podem ser de valor perante Deus. Não ascendem em imaculada pureza, e a menos que o Intercessor, que está à mão direita de Deus, apresente e purifique tudo por Sua justiça, não será aceitável a Deus. Todo o incenso dos tabernáculos terrestres tem de umedecer-se com as purificadoras gotas do sangue de Cristo. Ele segura perante o Pai o incensário de Seus próprios méritos, nos quais não há mancha de corrupção terrestre. Nesse incensário reúne Ele as orações, o louvor e as confissões de Seu povo, juntando-lhes Sua própria justiça imaculada. Então, perfumado com os méritos da propiciação de Cristo, o incenso ascende perante Deus completa e inteiramente aceitável” (Ellen White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 344).
Nem o que de melhor possamos oferecer – nossas orações, o louvor e as confissões – é considerado imaculado diante do Deus santo – imagine a guarda do sábado, a fidelidade, o estilo de vida, etc. Seres humanos imperfeitos jamais poderão prestar obediência perfeita, no entanto, Jesus nos diz: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (João 14:15). Nossa motivação para a obediência deve ser o amor. Quem ama, procura agradar ao objeto de seu amor e aceita por amor aquilo que Cristo coloca à sua disposição. E, quando reconhecemos que Deus somente visa ao nosso bem (a ponto de ter morrido por nós), entendemos que a obediência aos mandamentos dEle, na verdade, nos serve de proteção. É sempre o melhor para nós.
Ellen White também diz que “a salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele” (Fé e Obras, p. 20). Agora pense: se Jesus tivesse as tendências para o pecado (ainda que somente as herdadas), as boas obras dEle não serviriam nem para salvá-Lo; imagine para nos salvar...
É preciso entender que a perfeição bíblica se resume no amor desinteressado, conforme descrito em Mateus 5:43-48. Devemos ser perfeitos em nossa esfera (relativa) como Deus o é na dEle (absoluta).
“Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).
“Sabeis também que Ele Se manifestou para tirar os pecados, e nEle não existe pecado” (1 João 3:5).
O texto a seguir é muito claro. Os “perfeccionistas” dizem que, quanto mais avançarmos na santificação, menos precisaremos nos arrepender. No segundo parágrafo, Ellen White diz exatamente o contrário disso: “A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas da vida toda. [...] Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: ‘Alcancei tudo completamente.’ A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda. [...]
“Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, e quanto mais claramente distinguirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claramente veremos a excessiva malignidade do pecado, e tanto menos nutriremos o desejo de nos exaltar a nós mesmos. Haverá um contínuo anelo da alma em direção a Deus, uma contínua, sincera, contrita confissão de pecado e humilhação do coração perante Ele. A cada passo para frente em nossa experiência cristã, nosso arrependimento se aprofundará” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 560, 561).
Outro texto para se considerar cuidadosamente: “Seja cuidadoso, extremamente cuidadoso, ao tratar da natureza humana de Cristo. Não O apresente perante as pessoas como um homem com propensões para o pecado. Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado como um ser puro, sem pecado nem mancha alguma de pecado sobre ele; era a imagem de Deus. Poderia cair, e de fato caiu ao transgredir. Por causa do pecado, sua posteridade nasceu com inerentes propensões para a desobediência. Mas Jesus Cristo era o Filho unigênito de Deus. Ele tomou sobre Si a natureza humana, e foi tentado em todas as coisas como a natureza humana é tentada. Ele poderia ter pecado; poderia ter caído, mas por nem um momento sequer houve nEle uma má propensão” (Ellen White, Carta 8, 1895).
Até a glorificação (na segunda vinda de Jesus), jamais poderei dizer que não existe pecado em mim. Mas em Cristo – nosso amado Substituto – há poder para vencer o pecado (atos e pensamentos). E Deus, somente Ele, seja louvado por isso!
por Michelson Borges, jornalista e mestre em teologia
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Há muitas discussões em torno dos conceitos de “perfeição” e “perfeccionismo”. A própria tese doutoral de Hans K. LaRondelle, intitulada Perfection and Perfectionism: A Dogmatic-Ethical Study of Biblical Perfection and Phenomenal Perfectionism, defendida na Universidade Livre de Amsterdam, Holanda, considera em profundidade o assunto.
Mesmo em poucas palavras, podemos destacar algumas semelhanças e diferenças entre perfeição e perfeccionismo. Em termos de semelhanças, os defensores de ambos os conceitos assumem que a vida cristã é plena de vitória em Cristo, envolvendo um constante afastamento do pecado e uma contínua aproximação de Cristo.
Já uma das diferenças básicas diz respeito à doutrina do pecado. Os que aceitam o conceito bíblico de perfeição reconhecem que biblicamente os atos pecaminosos são manifestações da natureza pecaminosa em que se encontra o pecador. Em Marcos 7:21-23, lemos: “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.” Portanto, no dizer de Lutero, “as más obras nunca tornam o homem mau, mas o homem mau executa más obras” (Da Liberdade Cristã, par. 23). Em contraste, o perfeccionismo tende a definir pecado mais pela perspectiva de atos pecaminosos que devem ser vencidos para que a pessoa possa ser considerada justa.
Outra importante diferença a ser mencionada é a compreensão da natureza humana de Cristo durante a encarnação. Os que seguem o conceito bíblico de perfeição creem normalmente que Cristo assumiu a natureza humana enfraquecida, física e morfologicamente, por milhares de anos de pecado, mas que nos aspectos espiritual e moral Ele não tinha tendência ao pecado. De acordo com Ellen G. White, “nem por um momento houve nEle qualquer propensão ao mal” (E. G. White, SDA Bible Commentary, v. 5, p. 1128). Por sua vez, os perfeccionistas acreditam que Cristo veio ao mundo com a mesma natureza e as mesmas tendências ao pecado dos demais seres humanos, e que nós podemos vencer o pecado assim como Ele venceu. No entanto, se Cristo veio na mesma condição pecaminosa que os demais pecadores, como poderia Ele ser o Salvador da humanidade, sem necessitar de um salvador para Si mesmo?
Uma terceira diferença é quanto à vitória sobre o pecado. Os que advogam o conceito bíblico de perfeição reconhecem que o pecado é ofensivo a Deus, e afasta de Deus o ser humano. Eles buscam plena vitória sobre o pecado, reconhecendo que continuarão com a natureza humana pecaminosa até o dia em que “este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade” (1Co 15:54). Nas palavras de Ellen G. White, “enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: ‘Alcancei tudo completamente.’ A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda” (Atos dos Apóstolos, p. 560, 561). Por sua vez, os perfeccionistas advogam, já nesta vida, um nível de perfeição plena no qual, como disse alguém, não precisamos mais orar “perdoa-nos as nossas dívidas” (Mt 6:12), pois supostamente não teremos mais pecados a ser perdoados.
Um dos relatos mais elucidativos da diferença entre a perfeição e o perfeccionismo é a parábola do fariseu e do publicano (ver Lc 18:9-14). Enquanto o fariseu seguia orgulhosamente pelo caminho do perfeccionismo, o publicano avançava na senda da perfeição, considerando-se pecador e indigno. Em realidade, aqueles que estão no caminho da perfeição em Cristo, ainda não sendo perfeitos, já são considerados perfeitos em Cristo, que é perfeito (ver Fp 2:12-15); mas jamais se considerarão como tal (cf. 1Tm 1:15). Além disso, enquanto os perfeccionistas são mais críticos dos outros do que de si mesmos, os que estão sendo santificados são mais rigorosos consigo mesmos do que com os demais.
Revista do Ancião (abril – junho de 2011)
Dr. Alberto Timm
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