quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O sábado não possui tarde e manhã

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Segundo algumas pessoas, o fato de a Bíblia não mencionar tarde e manhã em relação ao dia de sábado, em Gênesis 2:1-3 (como ocorre com os demais dias da semana em Gênesis 1), “significa que o repouso no sétimo dia não é literal”. Porém, por mais lógica que possa parecer o argumento, ele é insustentável à luz de uns poucos textos bíblicos:

Gênesis 2:3: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.”


O sétimo dia é chamado de “dia” e aparece sequencialmente após o sexto dia da semana da criação (Gênesis 1:31). Indiscutivelmente, isso significa que o sétimo dia seria de 24 horas, assim como o dia anterior, o sexto dia.

Um dos motivos para não ser necessária a utilização da sentença tarde e manhã em relação ao sétimo dia, é o fato deste ter sido o último dia da semana, não havendo um oitavo dia sequencialmente, por exemplo. Os demais dias da semana foram seguidos de tarde e manhã porque viria um dia “diferente” na sequência (primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, quarto dia, quinto dia, sexto dia). Como, após o sábado, não existiria outro dia “diferente” (o novo ciclo semanal apenas iniciaria novamente no “primeiro dia”), nenhuma necessidade existiria em dizer: “houve tarde e manhã, o sétimo dia”.

Êxodo 20:11: “porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.”
O claro mandamento de Êxodo 20:8-11 leva a mente do leitor para a criação. Neste verso há a sentença: “porque, em seis dias fez o Senhor os céus…”. Só quem não quer não enxerga que Moisés está associando Êxodo 20:8-11 a Gênesis 2:1-3, de modo que a alegação de alguns “apologistas”, de que não se deve guardar o sábado “porque não encontramos a palavra sábado em Gênesis” é absurda, para não dizer, no mínimo, ridícula.

Isso indica que, se Deus tinha em mente um dia de 24 horas para Israel adorá-Lo, é óbvio que Ele está indicando que o sábado prescrito no Éden também tinha 24 horas. O argumento divino para os Israelitas observarem o sábado, desviando-se assim da idolatria praticada pelas nações vizinhas, só teria peso se Ele estivesse pedindo que eles observassem um dia de 24 horas conforme havia sido dado na criação.

Além disso, se o sábado fosse somente um “símbolo do descanso eterno”, seria totalmente desnecessário Deus exigir do povo de Israel: “Lembra-te” (do dia de sábado).

É óbvio que a lembrança foi exigida porque o dia estava sendo esquecido, e porque o Senhor esperava uma observância literal do sábado, dentro de um período de tempo de 24 horas.

Êxodo 16: o milagre do maná – Quando eles trabalharam no sábado (Êxodo 16:27), indo à procura do maná ou pão do céu que Deus já havia enviado em dobro no sexto dia da semana (Êxodo 16:22-26), o Senhor em Seu amor os repreendeu: ” Até quando vocês se recusarão a obedecer aos meus mandamentos e às minhas instruções?” (Êxodo 16:28).
Essa repreensão só teria razão de existir se o sábado tivesse sido compreendido não como um descanso simbólico, mas como um momento de adoração dentro de um intervalo de tempo literal.

Gerhard F. Hasel, em seu artigo Dias Literais ou Períodos de Tempos Figurados?, foi convincente na quantidade de dados que apresentou para comprovar a literalidade de todos os dias da criação, inclusive do sábado, como possuindo 24 horas. Ele diz que “os seis “dias” da criação associam-se em todas as instâncias com um numeral, na sequência de 1 a 6 (Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23, 31). O dia seguinte ao “sexto dia”, o “dia” em que Deus repousou, é designado como o sétimo dia [Gênesis 2:2 (duas vezes), e verso 3]. O que parece ser significativo é a ênfase dada à sequência dos numerais de 1 a 7, sem qualquer hiato ou interrupção temporal. Este esquema de sete dias, o esquema da semana de seis dias de trabalho seguidos por um sétimo dia como dia de repouso, interliga os dias da criação como dias normais em uma sequência consecutiva e ininterrupta. Quando a palavra yôm, “dia”, é empregada juntamente com um numeral, o que acontece 150 vezes no Velho Testamento, refere-se invariavelmente a um dia literal[1] de 24 horas.[2]”.

Que você, amigo leitor, deixe de lado argumentos aparentemente lógicos que, na realidade, são insustentáveis. Que sua decisão seja a mesma do povo de Israel após uma conscientização de que Deus deseja nossa adoração e obediência, apesar de imperfeitas:

“Então o povo descansou no sétimo dia.” (Êxodo 16:30).



[1] Segundo Hasel, “A única exceção, em números de 1 a 1000, encontra-se em um texto escatológico em Zacarias 14:7. A expressão hebraica yôm ‘echad empregada em Zacarias 14:7 tem sido traduzida de várias maneiras: “Mas será um dia singular” (Almeida revista e atualizada); “e haverá dia contínuo” (New Revised Standard Version); “será dia contínuo” (Revised English Bible); ou “o dia será um” (108). O “dia contínuo” ou o “um dia” do futuro escatológico será um dia no qual o ritmo normal de tarde e manhã, dia e noite, como conhecido hoje, será alterado de tal forma que naquele dia escatológico haverá “luz à tarde” (versículo 7). É geralmente aceito que este é um texto difícil da língua hebraica, mas que dificilmente pode ser usado para alterar o uso direto do vocábulo em Gênesis 1”.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Como compreender melhor as declarações de Isaías 66:22 a 24?

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Vamos então ao texto de Isaías: “Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR. E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda a carne.” (Isaías 66:22 a 24)

Esta descrição da destruição final dos ímpios nos assegura que finalmente eles se tornarão ?cadáveres? (corpos mortos) sem vida. Seus corpos serão queimados no lago de fogo.

O que é ensinado nestes versos é que o fogo da destruição final não poderá ser apagado ou extinguido por ninguém. Isaías escreve: “Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder das chamas; não haverá brasas, para se aquentar, nem fogo para se assentar junto dele”. (Isaías 47:14). Veja que no verso Isaías deixa claro que não haverá brasas para se aquentar, nem fogo para se aquecer. Portanto o fogo “que não se apaga” ao qual a Bíblia se refere deixará de existir após haver consumido os ímpios como a pragana. De acordo com Jeremias 17:27 a cidade de Jerusalém queimou com fogo que não se apaga, entretanto nós sabemos que esta cidade foi inteiramente destruída e não continua queimando até os nossos dias (2 Crônicas 36:19-21).


A utilização das expressões fogo e vermes representam a total aniquilação e obliteração do pecado e dos pecadores.

Aqueles que utilizam este verso (e outros similares) para apoiar a suposta doutrina da natural imortalidade da alma são lançados numa grande dificuldade. Qual? O texto diz que o fogo e os vermes estão operando não sobre almas desencarnadas mas sobre corpos! É utilizada a expressão “cadáveres”, revelando que o fogo consome corpos mortos não almas desencarnadas. Falando sobre os inimigos do Senhor Isaías 51:8 fala ainda que “a traça os roerá como a roupa, e o bicho os comerá como a lã”, uma descrição de serem completamente aniquilados.

Sendo que os muros da cidade santa serão “claros como o cristal” (Apocalipse 21:11, 18), os remidos poderiam facilmente sair de suas moradas celestiais, olhar através dos muros transparentes como cristal e “ver a recompensa dos ímpios” (Salmo 91:8). Este será um espetáculo nada agradável. Zacarias 14:12 diz: ?a sua carne será consumida?. Os ímpios serão queimados completamente (Malaquias 4:1, 3), e serão como se nunca tivessem existido (Obadias 16). Então a terra será recriada como o lar eterno dos justos, todas as lágrimas serão enxugadas, e não haverá mais pranto nem dor (Apocalipse 21:1,4). É importante observar que a atividade principal dos remidos na nova terra será a adoração a Deus. Mês a mês (de uma lua nova a outra), semana após semana, cada Sábado, virão todos adorar ao Criador e Redentor da raça humana. Vale a pena seguir a Cristo. Aqueles que o adoram no tempo presente (Apocalipse 14:7) terão o privilégio de continuar a servi-lo por toda a eternidade. Que você e eu possamos ter este privilégio!


Fonte: Rádio Novo Tempo

Sete pecados das igrejas que estão morrendo


A Adventist Review publicou um artigo do especialista em Crescimento da Igreja, Thom Rainer, que aponta os sete "pecados" das igrejas que estão morrendo. A nossa intenção é provocar você a fazer o "checklist" na sua igreja!

1. Diluição da Doutrina
Pesquisas mostram que as pessoas que estão buscando uma religião, preferem igrejas com crenças doutrinais definidas.

2. Perda da Paixão Evangelística
Não é surpresa que nas igrejas em decadência exista uma apatia evangelística.

3. Falha em Ser Relevante
Muitas igrejas tem perdido contato com os valores culturais atuais e tendências sociais, de forma que não são capazes de apresentar o evangelho de forma relevante.

4. Inexistência de Ministérios Focados na Comunidade
Outra pesquisa recente aponta que 95% dos programas das igrejas são exclusivamente para os membros, o que demonstra uma incompreensão a respeito da missão da igreja.

5. Existência de Conflitos sobre Preferências Pessoais
Por incrível que pareça, não são os conflitos doutrinários que acabam fazendo os maiores estragos, mas os que envolvem preferências pessoais.

6. Priorização do Conforto
Proclamar o evangelho envolve sair da zona de conforto e explorar as realidades deste mundo, mas nem todos estão dispostos a isso.

7. Desconhecimento da Bíblia
Apesar da ênfase nos estudos bíblicos, a alimentação espiritual regular tem sido colocada em segundo plano. O momento, a estrutura e o material para o estudo da Bíblia existem, mas precisam fazer parte da prioridade da igreja.

Clique aqui para ler o artigo completo em inglês.
"A tarefa de levar pessoas a Cristo exige cuidadoso preparo. Não se deve começar o serviço do Senhor sem a necessária instrução e, ainda assim, esperar o maior êxito. […] Perguntem ao arquiteto, e eles lhes dirá quanto tempo levou para compreender a maneira de planejar uma construção elegante e cômoda. E a mesma coisa é feita em todas as profissões. Deveriam os servos de Cristo ser menos dedicados em se preparar para uma tarefa infinitamente mais importante? Deveriam ser ignorantes a respeito dos meios e maneiras a ser usados para alcançar as pessoas? Saber como se aproximar de homens e mulheres para tratar dos grandes temas que dizem respeito ao bem-estar eterno delas requer conhecimento da natureza humana, profundo estudo, meditação e fervorosa oração." (Ellen G. White - Evangelismo, p. 128)


Dinossauros: os mitos sobre a sua evolução

No dia 01 de novembro de 2016 foi realizada a palestra intitulada "Dinossauros: os mitos sobre a sua evolução", ministrada pelo pesquisador Everton Fernando Alves. Ele é Mestre em Ciências (Imunogenética) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). É Autor de dezenas de publicações científicas na área Biomédica. É escritor colunista da Revista Vida e Saúde da Casa Publicadora Brasileira (CPB). Também é autor do e-book: "Teoria do Design Inteligente: evidências científicas no campo das ciências biológicas e da saúde". Everton publicou sobre a TDI também no periódico científico Clinical and Biomedical Research. Ele tem diversos artigos escritos sobre criacionismo publicados no Blog Criacionismo.com.br e no site do numar.scb.org.br. É membro fundador e atual Diretor de Ensino do Núcleo Maringaense da SCB (NUMAR-SCB).

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A besta e o microchip - Leandro Quadros

Tem medo do microchip? Eu tenho mais medo das pessoas que usam ele para fazer terrorismo emocional com os irmãos do que dele em si... Neste vídeo dou algumas razões bíblicas para você não ter medo e ainda ter um conhecimento mais aprofundado do assunto. Assista e compartilhe!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A Era do Gelo: uma perspectiva bíblico-científica

No dia 01 de novembro de 2016 foi realizada a palestra intitulada "A Era do Gelo: uma perspectiva bíblico-científica", ministrada pelo pesquisador Everton Fernando Alves. Ele é Mestre em Ciências (Imunogenética) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). É Autor de dezenas de publicações científicas na área Biomédica. É escritor colunista da Revista Vida e Saúde da Casa Publicadora Brasileira (CPB). Também é autor do e-book: "Teoria do Design Inteligente: evidências científicas no campo das ciências biológicas e da saúde". Everton publicou sobre a TDI também no periódico científico Clinical and Biomedical Research. Ele tem diversos artigos escritos sobre criacionismo publicados no Blog Criacionismo.com.br e no site do numar.scb.org.br. É membro fundador e atual Diretor de Ensino do Núcleo Maringaense da SCB (NUMAR-SCB).

Evidências científicas a favor do Criacionismo (Me. Adauto Lourenço)

O cientista criacionista Prof. Adauto Lourenço, bacharel em Física pela Bob Jones University (EUA) e mestre em Física pela Clemson University (EUA) deu entrevista para o canal do NUMAR-SCB e apresentou evidências e argumentos a favor do criacionismo.



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A Criação das Substâncias da Terra


“No princípio criou Deus os céus e a terra. Ora, no que respeita à terra, estava sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas”. Gênesis 1:1 e 2. (As sentenças em negrito são citadas do livro Exposition of Genesis, de H. C. LEUPOLD. São suas traduções do texto original hebraico).

Esta declaração responde à pergunta: “Qual foi o princípio da terra?” As coisas começaram pela palavra de Deus na Sua criação do céu e da terra. Quanto à terra, não tinha existência antes desse tempo. O Criador é chamado Elohim, palavra hebraica no plural, usada para indicar alguém que pela Sua natureza e Seu trabalho desperta no homem um santo temor e reverência. Estes versos demonstram claramente a falsidade da pretensão do panteísmo, acentuando a personalidade de Deus. Ele existiu antes da matéria e forma da terra e as trouxe à existência. Portanto, não podem constituir parte de Sua pessoa.

A palavra bara traduzida aqui por “criou”, nunca é usada na Bíblia no Kal, ou forma simples do verbo para outra atividade que não a divina. Esta palavra nem sempre significa formar alguma coisa do nada. Para ilustrar, em Isaias 65:18 lemos: “Eis que crio (bara) para Jerusalém alegria, e para o seu povo gozo”. E mais uma vez em Gênesis 1:1, onde não se encontra nenhum material que possa ser trabalhado, bara significa “criação do nada”. Esta doutrina também é ensinada em Romanos 4:17; Hebreus 11:3; Salmo 33:6 e 9 e Amós 4:13 (3).

As declarações dos versos 7-10 de Gênesis 1 fazem com que se presuma de maneira lógica que “céus” e “terra” do verso 1 são nosso firmamento e nosso mundo respectivamente. Em verdade, o mesmo Deus criou o resto do universo; mas, possivelmente exceto a alusão às estrelas (verso 16), a história do Gênesis se relaciona especialmente com o nosso sistema solar e especificamente com a nossa terra.

Tendo estabelecido que as duas partes do mundo, terra e firmamento, ou céu, se originaram pela palavra do Criador, o autor do Gênesis logo depois descreve a aparência da matéria-prima da terra, imediatamente depois de sua criação. A frase hebraica aqui traduzida “sem forma e vazia” é tohu wavohu. Tohu é uma palavra que significa “sem forma”. Bohu vem da raiz “estar vazio”, significando portanto que “não tinha nada”.

Comentando esta expressão, o Dr. Leupold diz: “Tohu” é realmente usado como um adjetivo enfático, como é também, naturalmente, bohu. Sobre o verbo hayethah, “era”, não pode recair ênfase, numa sentença em que seguem dois predicados significativos. Deve servir simplesmente como união. Consequentemente, todo o intento para pôr neste verbo algum pensamento como 'a terra já existia', ou 'assim esteve por muito tempo', é inteiramente inadmissível em gramática” (4).
Esta mesma expressão, tohu wavohu, é usada em Jeremias 4:23 para descrever a terra durante o milênio, quando as formas vivas estão ausentes, ou quase ausentes. Contudo deve-se observar que a condição “sem forma e vazia”, descrita em Jeremias, refere-se unicamente à superfície da terra. À luz deste texto parece razoável, portanto, presumir que a descrição de Gênesis 1:2 pinta a terra inteiramente formada como um corpo astronômico e estabilizada na sua geologia, com exceção do aspecto de sua superfície, inteiramente sobre o controle das “forças naturais”, e caracterizada pela falta de qualquer ser vivo.

Absoluta escuridão havia na superfície da terra. Aparentemente, nem mesmo a luz das estrelas alcançava a superfície. Que as estrelas existiam naquele tempo é certo, porque agora sabemos que tem incidido sobre nossa terra o brilho estelar que deixou as estrelas milhões de anos luz no passado - e nossa terra, de acordo com a cronologia bíblica, não pode ter mais do que sete mil anos de existência. É provável que a camada de nevoeiro que envolvia a terra, como os versos seguintes o indicam, impedisse que o brillho das estrelas a alcançasse.

A palavra traduzida aqui por “abismo” é a palavra tehom, que vem da raiz hum, significando “retumbante”. Que “abismo” se refere à água como a conhecemos, é indicado pela cláusula seguinte, onde a palavra “águas” a substitui. Pode parecer que pelo menos uma grande porção de superfície disforme da terra, se não sua inteira superfície (ver Salmo 104:7-9), estivesse coberta com água, e aparentemente, por alguma razão, esta água estava em agitação suficiente para que houvesse barulho. Ao contrário da opinião comum, o ar não foi criado no segundo dia mas deve ter sido trazido à existência antes, com as outras matérias inorgânicas. Se o ar não tivesse estado presente, tehom, o “abismo” ou “águas”, teria evaporado prontamente para o vácuo acima da terra. Assim, teria sido possível ao vento atmosférico produzir ruido.

Ruach Elohim, o Espírito de Deus, ou Epírito Santo, é apresentado como Se movendo protetoramente sobre a superfície da massa informe da terra. Este particípio, mera (ch) chepheth, nunca é usado na Bíblia para sugerir “incubar”; pelo contrário, sugere adejar, mover-se. A diferença pode ter significação. Uma galinha, por exemplo, choca os ovos mas move-se sobre os pintos. A interpretação fabulosa de que o Espírito estava incubando o mundo em embrião é indefensável.

A pluralidade de Elohim no primeiro verso é parcialmente explanada no segundo verso, pela presença do Espírito Santo. Este verso em conexão com S. João 1:1-3; Colossenses 1:16 e I Coríntios 8:6, torna claro que “os Deuses” que criaram a nossa terra foram o Pai, o Filho e o Espírito Santo (5). O plano foi desenvolvido pelos primeiros dois membros da Trindade; Cristo, o Verbo, deu a ordem para o aparecimento dos materiais e formas, e o Espírito Santo foi o agente ativo, executando o trabalho de modo sobrenatural. Assim Elohim, “os Deuses”, foi triúno na natureza, formando a Trindade.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Fóssil de cérebro de dinossauro revela complexidade


Um grupo de paleontólogos de várias universidades britânicas, entre elas as de Oxford e Cambridge, analisou o primeiro fóssil de cérebro dos répteis pré-históricos [sic] já encontrado. E embora depois de alguns [supostos] milhões de anos a aparência do órgão esteja mais próxima da de um pedra, não há nada que indique que os dinossauros eram mesmo cabeças-duras. O fragmento provavelmente pertenceu a um parente próximo do Iguanodon, um dinossauro herbívoro de grandes dimensões que viveu há cerca de 125 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. “O mais impressionante é que algo tão delicado quanto o tecido cerebral, que ninguém jamais esperou encontrar, foi preservado”, afirmou Alex Liu, da Universidade de Cambridge, ao jornal britânico The Guardian. “Isso diz muito sobre a qualidade de preservação que pode ser obtida com o registro fóssil, mesmo 133 milhões de anos após a morte do ser vivo.” [Um baita sic.]

Até hoje, todas as hipóteses disponíveis sobre o cérebro dos dinossauros se baseavam no formato dos fósseis de crânios e mandíbulas encontrados e no sistema nervoso de seus parentes modernos, os répteis e as aves [sic]. As informações disponíveis levavam a crer[sim, crer] que pelo menos metade da caixa craniana fosse ocupada por uma grossa membrana protetora, mas análises preliminares no fóssil incomum indicam que essa espécie de película, chamada “meninge”, media na verdade apenas alguns milímetros.

O resultado é que sobra mais espaço para o cérebro em si, e, nesse caso, mais massa cinzenta pode significar mais inteligência. Outra possibilidade é que o herbívoro tenha morrido de ponta-cabeça. Nesse caso, o cérebro poderia ter comprimido a meninge, o que explicaria a menor espessura. [Quanta imaginação!]

Outro grande mistério é qual conjunto específico de condições físicas e químicas teria permitido a preservação de um dos órgãos mais delicados dos animais vertebrados por milhões de anos. É provável que ele tenha morrido com a cabeça mergulhada em um lago com pouco oxigênio e muita acidez, o que permitiu que o tecido se mineralizasse antes de apodrecer [quanta imaginação2]. O fóssil foi encontrado por um caçador de dinossauros amador em 2004.


Nota: A fim se escapar da conclusão óbvia de que complexidade é percebida ao longo de toda a coluna geológica, ou seja, desde que a vida foi criada, e de que somente em condições específicas de soterramento rápido sob lama fósseis podem ser produzidos, os evolucionistas apelam para histórias mirabolantes, como a do dinossauro que morreu com a cabeça dentro da água ou do cérebro que esmagou a meninge. Fez-me lembrar da certidão de óbito da Lucy. [MB]

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Discrepância entre Marcos e João Quanto ao Momento da Crucificação?

 Afinal, em que hora Jesus foi crucificado: na hora terceira (Marcos 15:25) ou na hora sexta (João 19:14)?
Os exegetas bíblicos ainda não chegaram a um acordo quanto à cronologia dos momentos finais de Jesus desde que foi entregue a Pilatos até Sua morte, algumas horas depois, numa cruz no monte do Calvário.
O que é claro é o fato de que Jesus foi entregue a Pilatos bem cedo naquela sexta-feira, 15 de Nisã, mas sem uma hora precisa. Mateus diz que foi “ao romper o dia” (27:1, 2); para Marcos, foi “logo pela manhã” (15:1); Lucas fala que foi “logo que amanheceu” (22:66; 23:1), e João menciona que foi “cedo de manhã” (18:28, 29).
Dos quatro evangelhos, somente os sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) mencionam que houve trevas sobre a Terra desde a “hora sexta até a hora nona” (Mt 27:45; Mc 15:33 e Lc 23:44) – pelo nosso horário, das 12 às 15 horas, e que Jesus morreu na “hora nona”, ou seja 15 horas (Mt 27:45-50; Mc 15:33-37; Lc 23:44-46). Contudo, nem Mateus nem Lucas mencionam a hora da crucificação.
O mais complicado é harmonizar Marcos e João quanto ao momento ou hora da crucificação de Jesus. Enquanto Marcos diz que ela ocorreu na “terceira hora” (15:25) – 9 horas da manhã, pelo nosso modo de calcular as horas, João diz que foi “cerca da hora sexta” que Pilatos entregou Jesus para ser crucificado (19:14-16) – ou seja, por volta de 12 horas. Como, pois, entender essa aparente discrepância? O fato é que a maioria dos intérpretes bíblicos crê que a razão está com Marcos.
O Comentário Adventista (SDABC, v. 5, p. 549, em inglês), diz que, em João 19:14, esse apóstolo empregou o método romano (e o nosso) de calcular as horas. Assim, a expressão “cerca da hora sexta”, nessa passagem, indicaria 6 horas da manhã, momento em que Pilatos se dirigiu aos judeus e exclamou: “Eis aqui o vosso rei” (19:14) e, a seguir, entregou Jesus para ser crucificado (19:16). No entanto, esse mesmo comentário afirma que as outras horas mencionadas por João, em seu evangelho, são horas segundo o modo judaIco de contá-las. (Para saber as horas em nosso modo de contá-las, acrescente 6). Assim, nesse comentário é dito que a “hora sétima” (em 4:25) seria “perto de 13 horas” (v. 5, p. 944) , a “hora décima” (em 1:39) seria “cerca de 16 horas” (v. 5, p. 910). No entanto, deve-se perguntar por que João empregaria a maneira judaica quanto às demais horas mencionadas em seu evangelho e abriria exceção para a “hora sexta” (em 19:14), empregando a maneira romana de contá-las?
Cremos, porém, ser mais coerente entender que João, com a expressão “cerca da hora sexta” (19:14) para a crucificação de Jesus esteja empregando a contagem judaica, indicando perto do meio dia, talvez por volta das 11 horas. Deve-se mencionar também que não se pode dizer que Marcos, com a expressão “terceira hora” (15:25), pretendesse indicar a hora exata, sem faltar nem passar um minuto sequer. Seria mais prudente entender tanto a “terceira hora” de Marcos quanto a “hora sexta” de João como horas aproximadas. Assim, a crucificação de Jesus teria ocorrido em algum momento entre as 9 e 12 horas daquela manhã de sexta-feira. Nesse sentido, deve-se observar que os horários quanto aos eventos da prisão, julgamento e morte de Cristo têm importância relativa. O mais importante é o fato de que, por meio daquela morte, a salvação se tornou possível e disponível a todo aquele que a desejar. Está você entre aqueles que têm se valido do sacrifício feito no Calvário e aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador? Se sim, a vida eterna lhe está assegurada. Se não, por que não fazê-lo agora?
Por Ozeas C. Moura, doutor em Teologia Bíblica e professor no Salt Unasp – Campus 2, Engenheiro Coelho, SP. E-mail: ozeas.moura@unasp.edu.br

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