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Os antigos acreditavam que as estrelas da noite fossem eternas e imutáveis. Hoje, sabemos que não é assim. Estrelas nascem, vivem suas vidas e morrem. A forma como uma estrela morre dependende muito da sua massa. Uma estrela de pouca massa morre como uma anã branca. Uma estrela de muita massa, como um buraco negro. Mas no meio disso, a estrela vira uma estrela de nêutrons.
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A estrada de pó de diamante
Olhando para cima
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Ainda não se sabe exatamente o que é, mas uma coisa é certa: a NASA avistou algo estranho no poderoso buraco-negro supermassivo Markarian 335.
O conjunto do telescópio espectroscópico nuclear (NUSTAR), da NASA, como que por um milagre, avistou o halo de um buraco-negro "lançado" do buraco-negro supermassivo. Em seguida, um pulso maciço de energia de raios-X foi expelido. Então, o que exatamente aconteceu? Isso é o que os cientistas estão tentando descobrir agora.
"Esta é a primeira vez que conseguimos conectar o lançamento do halo de uma labareda", disse Dan Wilkins, da Universidade de Saint Mary. "Isso vai nos ajudar a entender como os buracos negros supermassivos alimentam alguns dos objetos mais brilhantes do Universo."
Principal pesquisadora do NUSTAR, Fiona Harrison, observou que a natureza da fonte energética é "misteriosa", mas acrescentou que a capacidade de registrar um evento como esse deve fornecer algumas pistas sobre o tamanho e estrutura do buraco-negro e novas informações sobre o papel dos buracos-negros no Universo.
Felizmente, para nós, este buraco-negro fica a 324 milhões de anos-luz de distância. Assim, não importa o quão estranho sejam estes novos achados, mas é bom saber que o Markarian 335 não deve ainda ter um efeito devastador sobre nosso cantinho do Universo.
Fonte: Blastr
Imagem: LackyVis/Shutterstock.com
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A foto de alta resolução acima mostra Charon, a maior lua de Plutão. Ela exibe a região polar norte escurecida e misteriosa do satélite, informalmente conhecida como “Mordor Macula”.
Capturada pela sonda New Horizons durante sua maior aproximação ao ex-planeta em 14 de julho desse ano, a imagem só foi transmitida para a Terra em 21 de setembro.
Dados azuis, vermelhos e infravermelhos foram combinados e processados para aprimorar as cores da fotografia, seguindo variações nas propriedades da superfície da lua com resolução de cerca de 2,9 quilômetros.
Charon possui 1.214 quilômetros de diâmetro, cerca de 1/10 do tamanho do planeta Terra. Em comparação com Plutão, no entanto, tem cerca de metade do seu diâmetro. Isso faz com que seja o maior satélite em relação ao seu planeta do sistema solar.
O hemisfério fotografado pela New Horizons é o que fica voltado para Plutão. A imagem apresenta uma visão mais clara de um “cinto” de fendas e cânions que parece separar as planícies suaves do sul do terreno mais variado do norte da lua.
Hypescience
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Os astrônomos descobriram a galáxia mais distante do universo conhecido. A galáxia recém-descoberta, conhecida como EGSY8p7, fica a cerca de 13,2 bilhões de anos-luz da Terra.
Os astrônomos estão agora a verificar que a massa de estrelas que a compõe já existia a apenas 600 milhões de anos após o Big Bang, que criou o universo.
Nenhuma outra galáxia descoberta pode fornecer uma janela tão profunda do passado remoto do universo, afirmam os membros da equipa de estudo, que usou um espectrógrafo infravermelho no Observatório Keck no Havaí para fazer a descoberta.
Basicamente, a descoberta passou por detetar "linha de emissão Lyman-alfa" do EGSY8p7 - que é, em termos simples, o gás de hidrogénio aquecido pela radiação ultravioleta a partir do streaming de estrelas recém-nascidas na galáxia.
Ver uma linha de Lyman-alfa a uma distância tão grande surgiu como uma surpresa para os pesquisadores. "Nós frequentemente vemos a linha de emissão Lyman-alfa do hidrogênio em objetos próximos, sendo um dos marcadores mais confiáveis de formação de estrelas", disse Adi Zitrin, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e um dos principais autores do estudo.
"No entanto, à medida que penetramos mais fundo no universo e, portanto, voltamos a tempos anteriores, o espaço entre as galáxias contém um número crescente de nuvens escuras de hidrogênio, que absorvem esse sinal". O resultado inesperado pode lançar uma nova luz sobre como o universo evoluiu na sua juventude, disseram os pesquisadores.
Por exemplo, os astrônomos pensam que o universo era desprovido de emissões Lyman-alfa até cerca de 400 milhões de anos após o Big Bang, altura em que o hidrogênio foi difundido. Mas depois as coisas começaram a mudar, com as primeiras galáxias formadas a radiação das suas estrelas começaram a dividir o hidrogénio nos seus constituintes protões e electrões.
Este processo, conhecido como "reionização cósmica", provavelmente passou gradualmente, com o hidrogénio a ser queimado em numerosas bolhas localizadas, mas sempre em expansão, disseram os pesquisadores. Essas bolhas, eventualmente, encontraram-se e sobrepuseram-se, tornando o universo transparente à luz Lyman-alfa.
A detecção de emissão Lyman-alfa de EGSY8p7 sugere que o processo de reionização estava longe de ser uniforme, com alguns trechos de espaço a serem libertados de hidrogénio muito mais rapidamente do que outros (talvez porque as estrelas recém-nascidas em tais regiões foram excepcionalmente poderosas), disseram os pesquisadores.
"Em alguns aspetos, o período de reionização cósmica é a peça final que faltava na nossa compreensão geral da evolução do universo", disse Zitrin. "Além de empurrar a fronteira para uma época em que o universo tinha apenas 600 milhões de anos, o que é emocionante sobre a presente descoberta é que o estudo das fontes, tais como EGSY8p7 vai oferecer novos insights sobre como esse processo ocorreu". O estudo será publicado em breve na revista Astrophysical Journal Letters.
Via Ciência Online
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Depois de nove anos e mais de 5,24 bilhões de quilômetros, a sonda New Horizons fez sua maior aproximação a Plutão hoje cedo, no horário americano.
Supondo que a sonda sobreviveu ao encontro, em seguida já começou a se afastar do planeta anão, conforme se dirige ao Cinturão de Kuiper. Na madrugada de quarta-feira, a NASA recebeu a foto de maior resolução de Plutão que você pode ver acima.
Por enquanto, a agência espacial norte-americana postou apenas a imagem acima, a mais próxima já tirada do planeta recebida em Terra.
Olhando de perto
A New Horizons fez sua passagem mais próxima por Plutão a 12.552 quilômetros da sua superfície.
A sonda, que está no meio de 22 horas de observações científicas automatizadas, não irá mandar sinais para os controladores da missão por mais algumas horas. Amanhã, terá acabado a fase de coleta de dados da missão, e começará a enviar o tesouro de informações para os cientistas analisarem.
Entre as descobertas feitas até agora estão a medição precisa do diâmetro de Plutão, uma quantidade maior que a esperada de nitrogênio vazando da sua atmosfera para o espaço e a confirmação da presença de nitrogênio e metano congelados na região polar.
Amanhã já devemos ter mais imagens próximas de Plutão, mas vai demorar quase um ano para todos os dados dos instrumentos a bordo da sonda chegarem à Terra.
O gigante indiscutível
As últimas fotos de Plutão tiram a dúvida de uma vez por todas: o planeta anão tem 2.370 quilômetros de diâmetro. Isso o torna indiscutivelmente maior do que Eris, o segundo maior objeto no cinturão de Kuiper, com 2.336 quilômetros (margem de erro de mais ou menos 12 km), terminando um debate de longa data. Para comparação, a Terra tem um diâmetro de 12.742 km.
[NYTimes, io9, Phys, io92]
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Você está vendo aquele pontinho branco se movendo ali do lado direto da imagem acima? Esse é o mais novo “planeta mais distante” do nosso sistema solar. Orbitando entre 12 e 70 bilhões de quilômetros, o 2012 VP113 – nome provisório até que os cientistas tenham mais informações sobre ele – está junto com Sedna e outros planetas anões na Nuvem de Oort.
A descoberta foi feita por Scott Sheppard e Chadwick Trujillo, do Observatório Gemini. Além do 2012 VP113, o trabalho desses cientistas também indica a possível presença de um enorme planeta, talvez com 10 vezes o tamanho da Terra, que estaria influenciando a órbita do recém-descoberto planeta anão.
Entenda melhor o Planeta X
O nosso sistema solar é dividido em três partes: os planetas rochosos, como a Terra, que estão perto do sol; os planetas gigantes de gás, que estão mais longe do sol; e os objetos congelados do cinturão de Kuiper, que se encontram muito além da órbita de Netuno.
Ainda mais além desses objetos está Sedna – que, até então, era considerado “a borda” do sistema solar. O recém-descoberto 2012 VP113 “roubou” esse posto. Segundo as observações de Sheppard e Trujillo, a órbita desse planeta está ainda além, o que é uma descoberta extraordinária.
Para Linda Elkins-Tanton, diretora do Departamento de Magnetismo Terrestre da Instituição Carnegie para Ciência (EUA), essa observação “redefine a nossa compreensão do sistema solar”.
Este é um diagrama de órbita do sistema solar exterior. O sol e os planetas rochosos estão no centro. As órbitas dos quatro planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são mostradas pelos círculos roxos. O Cinturão de Kuiper, incluindo Plutão, é mostrado pelo pontilhado verde que fica em volta das órbitas dos planetas gigantes. A órbita de Sedna está representada em laranja e órbita do 2012 VP113 em vermelho.
Equipamento
Os pesquisadores Sheppard e Trujillo usaram a nova câmera Dark Energy (DECAM) no telescópio de 4 metros NOAO, localizado no Chile, para ver o planeta.
DECAM tem campo de visão maior do que qualquer telescópio de 4 metros ou mais, dando-lhe uma capacidade incrível e única de vasculhar grandes áreas do céu a procura de objetos pequenos, como o 2012 VP113.
Para saber mais detalhes sobre a superfície e outras propriedades do planeta, a equipe utilizou o Magellan, telescópio de 6,5 metros do Observatório Las Campanas de Carnegie, em Washington (Estados Unidos).
No que essa descoberta implica
“Alguns desses objetos da Nuvem de Oort podem rivalizar com o tamanho de Marte ou mesmo da Terra. Isso ocorre porque muitos dos objetos na Nuvem de Oort estão tão distantes que mesmo os muito grandes seriam muito fracos para serem detectados com a tecnologia atual”, diz Sheppard. O que significa que não podemos ter uma noção exata de qual é o verdadeiro tamanho desses corpos.
A descoberta também pode render esclarecimentos sobre a Nuvem de Oort, pois existem três teorias concorrentes sobre como ela se formou. Então, à medida que mais objetos forem encontrados, será mais fácil de afinar as hipóteses e dizer qual provavelmente é a mais precisa. [io9, Science Daily]
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Impressão artística que mostra a distância da estrela (HD 7924) e seus planetas do sol (“Sun”)
Astrônomos encontraram uma maneira de acelerar a busca por exoplanetas próximos de nós, o que levou a descoberta de um sistema planetário a apenas 54 anos-luz de distância da Terra.
A maioria dos mundos recém-descobertos estão longe o suficiente para tornar seu estudo difícil. Até agora, a busca por esses mundos tem contado com supervisão humana, o que inevitavelmente retarda o progresso.
Então como poderíamos procurar mais planetas de forma mais rápida a fim de encontrar alguns mais próximos de nós?
A ideia
Essa foi a questão que os astrônomos responderam com o Automated Planet Finder (APF, na sigla inglês, que significa “Procurador de Planeta Automatizado”, em tradução livre).
“Nós inicialmente utilizávamos o APF como um telescópio regular que ficava a noite toda procurando estrelas”, explica o estudante de graduação da Universidade do Havaí (EUA), B. J. Fulton. “Mas a ideia de deixar um computador tomar o turno da noite ficou mais atraente depois de meses de pouco sono. Então, escrevemos um software para nos substituir”.
Uma das estrelas que o APF foi instruído a investigar era a HD 7924. A 54 anos-luz de distância de nós, ela é muito mais próxima que a maioria dos planetas que o Telescópio Kepler, da NASA, já revelou.
Sistema com no mínimo três planetas
Em 2009, o Observatório Keck, no Havaí, encontrou um planeta ao redor de HD 7924 com um período orbital de apenas cinco dias.
Nossas pesquisas anteriores de planetas extra-solares nos ensinaram que, onde há um planeta, geralmente há mais, o que tornou a HD 7924 um alvo natural para um estudo mais aprofundado.
O Observatório Keck continuou a analisá-la, e a combinação de suas observações, bem como as mais recentes feitas pelo APF, mostraram provas de mais dois planetas.
Esses novos planetas também estão muito próximos à estrela, com períodos orbitais de 15 e 24 dias. Em comparação, Mercúrio leva 88 dias para orbitar o sol.
A HD 7924 emite menos de dois quintos da luz que o sol emite, mas esses planetas ainda estão próximos o suficiente da estrela para serem muito quentes para a vida existir em sua superfície.
Potencial enorme
O interesse da nova descoberta vem em parte da demonstração de técnicas que poderiam ser usadas para ajudar os astrônomos a encontrar planetas mais semelhantes ao nosso. O software do APF poderia ser uma ferramenta muito útil.
“Este nível de automação é um divisor de águas na astronomia”, disse o líder da equipe, Dr. Andrew Howard, da Universidade do Havaí. “É um pouco como ter um carro sem motorista que vai a compras por planetas”.
Além disso, as novas descobertas também expandem nosso conhecimento limitado da categoria de planetas conhecidos como “super-Terras”, aqueles com massas entre a do nosso planeta e a de Netuno.
Os três planetas são diferentes de tudo em nosso sistema solar, com massas 7 a 8 vezes a da Terra e órbitas que os levam muito próximos de sua estrela hospedeira. Esse tipo de planeta parece ser muito comum no universo, mas ainda estamos em grande parte apenas especulando sobre sua composição. [IFLS]
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Estrela gigante quimicamente atípica
Equipe internacional identifica na galáxia estrelas jovens com composição química de velhas
A descoberta de estrelas relativamente jovens com composição química típica de estrelas antigas prova que um método usado para estimar a idade de estrelas longínquas da galáxia, o chamado “relógio químico” da Via Láctea, nem sempre funciona. Essas estrelas foram identificadas recentemente por uma equipe internacional de astrônomos coordenada pela brasileira Cristina Chiappini e descritas em um artigo na edição de abril da revista Astronomy & Astrophysics. A origem dessas estrelas jovens com cara de velhas, porém, permanece um mistério.
Pesquisadora do Instituto Leibniz para Astrofísica, em Potsdam, Alemanha, Chiappini notou a existência desses objetos celestes incomuns quando seu aluno de doutorado Friedrich Anders lhe apresentou uma análise de 622 estrelas de várias partes do disco da Via Láctea. Chiappini desenvolve modelos de evolução química estelar para deduzir quando e onde nasceram as estrelas da galáxia. Uma das previsões desses modelos é que, quanto mais átomos de ferro uma estrela possui em relação a elementos químicos chamados de alfa, mais jovem é a estrela.
Para verificar essa previsão, Anders comparou a composição química das estrelas, obtida por astrônomos do levantamento Apogee, com a idade das mesmas estrelas, calculada por pesquisadores do telescópio espacial CoRoT. O Apogee investiga a evolução da galáxia usando instrumentos sensíveis à luz infravermelha montados no telescópio de 2,5 metros do observatório Sloan, no Novo México, Estados Unidos. Já o CoRoT é um satélite desenvolvido por uma colaboração franco-europeia-brasileira que permite investigar a estrutura interna das estrelas e determinar a idade delas.
Anders confirmou que as idades da maioria das 622 estrelas determinadas pelo CoRoT concordavam com a faixa etária sugerida pela composição química delas. Cerca de 20 dessas estrelas, no entanto, chamavam a atenção por terem proporcionalmente mais elementos químicos alfa do que ferro, em relação ao que se esperaria de suas idades. “Achamos que algo estranho estava acontecendo”, lembra Chiappini.
Anders pediu a um de seus colaboradores no projeto CoRoT, o astrônomo Benoit Mosser, do Observatório de Paris, que reanalisasse os dados sobre cada uma dessas estrelas em detalhe, para calcular melhor suas idades. A confirmação da idade das estrelas pobres em ferro causou espanto. “Elas são jovens demais”, diz Chiappini. “Uma delas, por exemplo, tem a proporção de elementos químicos esperada para uma estrela com 10 bilhões de anos, mas sua idade é de apenas 2 bilhões de anos.”
Exceto em circunstâncias muito especiais, os astrônomos dificilmente conseguem determinar a idade de estrelas da Via Láctea situadas a mais de 80 anos-luz de distância do Sol. A maioria dos telescópios não consegue determinar as propriedades de estrelas tão distantes com a precisão necessária para que os astrônomos consigam calcular a idade delas. Há, porém, uma maneira menos precisa de estimar se uma estrela longínqua é muito nova ou muito antiga examinando seus elementos químicos.
Esse método é o do “relógio químico”, que se baseia no seguinte raciocínio: as primeiras estrelas da galáxia teriam nascido a partir de nuvens de gás primordial, composto apenas por elementos químicos leves – hidrogênio, hélio e um pouco de lítio –, criados durante o Big Bang, o evento que teria originado o Universo. A morte explosiva de estrelas gigantes, com massas de 8 a 10 vezes superiores à do Sol, teria acrescentado elementos químicos mais pesados ao gás primordial, especialmente os chamados elementos alfa: oxigênio, magnésio, silício, cálcio e titânio, criados a partir da fusão de núcleos de hélio no interior dessas estrelas.
Essas explosões, conhecidas como supernovas do tipo II, são as principais fontes desses elementos químicos na galáxia. Já a maior parte do ferro da Via Láctea vem de outro tipo de supernova, as variedades Ia. São estrelas anãs brancas que, depois de sugarem uma certa quantidade de gás de uma estrela gigante vizinha, acabam explodindo e espalhando átomos de ferro pela galáxia.
As supernovas de tipo II demoram milhões de anos para explodir, enquanto as de tipo Ia levam muito mais, bilhões de anos. Essa diferença entre as escalas de tempo das supernovas funciona como um marcador temporal para estimar a data de nascimento das estrelas da Via Láctea. Desse modo, quanto maior a abundância de elementos alfa de uma estrela em relação à abundância de ferro, mais velha a estrela deve ser.
Até a identificação das 20 estrelas incomuns, o método do “relógio químico” parecia funcionar sempre. Em todos os casos nos quais havia sido possível fazer medições que permitiam calcular a idade das estrelas, os valores a que os astrônomos chegavam correspondiam bastante bem à estimativa obtida pelo “relógio químico”.
Em 2012, Chiappini e seus colegas chamaram a atenção para o fato de que seria possível usar o telescópio espacial CoRoT para obter idades de várias estrelas situadas a mais de 80 anos-luz do Sol, para as quais não havia outro método disponível além do “relógio químico”. “O CoRoT mede variações de brilho a partir das quais podemos obter o raio, a massa e a distância da estrela”, ela explica. “Com esses dados, é possível calcular a idade.”
Desde então, Chiappini vem articulando uma colaboração entre astrônomos de especialidades que não costumam interagir. Chamada de CoRoGEE, a colaboração é uma parceria entre pesquisadores do CoRoT, instrumento mais conhecido por suas descobertas de exoplanetas, e pesquisadores envolvidos com o Apogee, que também conta com a participação de brasileiros ligados ao Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), no Rio de Janeiro. Foi combinando os dados de estrelas observadas tanto pelo CoRoT quanto pelo Apogee que os pesquisadores descobriram as estrelas estranhas para as quais o relógio químico parece não funcionar.
“Seria possível formar uma estrela jovem com abundância elevada de elementos alfa em relação à de ferro”, Chiappini sugere, “caso uma porção de gás primordial pouco enriquecido por supernovas do tipo Ia houvesse sobrado em algum lugar isolado, sem participar da evolução química geral da galáxia.” Esse gás teria ficado ali por bilhões de anos, sem interagir com o gás do resto da galáxia, e só depois teria formado estrelas.
Os dados do Corot e do Apogee também sugerem que as 20 estrelas jovens feitas de material antigo tenham nascido em algum lugar do disco da Via Láctea a cerca de 20 mil anos-luz do centro galáctico, localizado perto de uma estrutura da galáxia chamada de barra. “É uma região em que se acredita que o gás e as estrelas do disco giram com a mesma velocidade que o gás e as estrelas da barra”, explica Chiappini. “Por essa razão, é mais difícil haver por ali os choques entre nuvens de gás necessários para formar as estrelas.” Se de fato se comportar assim, essa região pode ter abrigado bolsões de gás que mantiveram as características primordiais.
Outra possibilidade é que essas estrelas tenham se formado a partir de um gás de composição primordial que teria caído na Via Láctea apenas recentemente, vindo do meio intergaláctico. “Mas é difícil entender por que isso teria acontecido mais para o centro da galáxia e não em toda parte”, diz Chiappini.
“Essa descoberta é interessante porque mostra que há diversos processos ocorrendo na nossa galáxia, em particular próximo à barra central”, diz a astrofísica Beatriz Barbuy, da Universidade de São Paulo (USP), que estuda a evolução química da Via Láctea. “Sabemos, a partir da observação de outras galáxias e de modelos dinâmicos, que as barras permitem uma migração de gás e estrelas em dois sentidos, da barra para o disco e do disco para a barra.”
Os pesquisadores precisam descobrir mais dessas estrelas para entender sua origem. Isso será possível, eles esperam, combinando os dados da missão espacial Kepler-2 com os do Apogee-2, o novo levantamento de estrelas da Via Láctea que vem sendo realizado pelo projeto Sloan Digital Sky Survey.
(CHIAPPINI, C. et al. Young [Alpha/Fe]-enhanced stars discovered by CoRoT and Apogee: What is their origin? Astronomy & Astrophysics. v. 576, L12. 10 abr. 2015; via Fapesp)
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Usando um instrumento construído para observar galáxias a bilhões de anos-luz de distância, astrônomos australianos detectaram estruturas tubulares a umas poucas centenas de quilômetros acima da superfície da Terra. “Por mais de 60 anos, os cientistas acreditavam que essas estruturas existiam, mas, ao produzir imagens delas pela primeira vez, nós fornecemos evidências visuais que elas estão realmente lá”, disse Cleo Loi, da Universidade de Sydney. As estruturas tubulares são a versão real das linhas tradicionalmente utilizadas para ilustrar o campo magnético terrestre. Na verdade, não são linhas, mas tubos de formatos muito dinâmicos, de várias espessuras, que ficam mudando o tempo todo - de fato, a equipe conseguiu fazer um filme, mostrando todo esse dinamismo ao longo de uma noite.
Os astrônomos fizeram as observações com o radiotelescópio MWA (Murchison Widefield Array), que foi projetado para observar as galáxias do Universo primordial, assim como estrelas e nebulosas dentro de nossa própria galáxia. Mas usaram essa radiação distante para detectar alterações em nossa própria atmosfera. Conforme a luz de uma galáxia passa através das camadas na magnetosfera da Terra, o caminho da luz - e, portanto, a posição aparente da galáxia - é alterado por variações na densidade dessas camadas. O efeito é similar a olhar para cima do fundo de uma piscina, vendo as distorções causadas pelas ondas na superfície. Mapeando as variações nas posições de múltiplas fontes de rádio ao longo de uma noite, foi possível mapear as distorções e decifrar a forma e as dimensões das estruturas tubulares.
Os dutos observados, imediatamente acima do radiotelescópio MWA, estão entre 500 e 700 km acima da superfície, alinhados com o campo magnético da Terra e seguindo a curvatura esperada conforme ascendem ou mergulham a partir do planeta.
As estruturas tubulares estão na plasmasfera, uma camada logo abaixo da ionosfera. Agora que a técnica de observação foi desenvolvida, outros radiotelescópios poderão mapear os tubos magnéticos em outros pontos da Terra, eventualmente chegando a um mapa planetário completo das estruturas.
“As estruturas são extraordinariamente organizadas, aparecendo como tubos regularmente espaçados alternando subdensidades e sobredensidades, fortemente alinhados com o campo magnético da Terra. Estes resultados representam a primeira evidência visual direta da existência de tais estruturas”, escreveram os pesquisadores.
(Inovação Tecnológica)
Nota: Puro acaso ou design inteligente? Só para lembrar: o campo magnético protege a Terra da radiação letal do Sol. Agradeça a Deus por ele. [MB]
Via Criacionismo
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Contemplando a ordem da Terra, do sistema solar e do universo estelar, cientistas e estudiosos concluíram que o Grande Projetista não deixou nada para o acaso. A inclinação da Terra, por exemplo, de 23 graus, produz as nossas estações. Os cientistas dizem-nos que, se a Terra não tivesse a exata inclinação que tem, os vapores dos oceanos mover-se-iam para norte e sul, cobrindo os continentes de gelo. Se a Lua estivesse a 80 mil quilômetros da Terra, em vez de 320 mil, as marés seriam tão enormes que todos os continentes seriam submergidos pela água — até mesmo as montanhas seriam afetadas pela erosão.
Se a crosta terrestre fosse apenas três metros mais grossa, não haveria oxigênio, e sem ele toda a vida animal morreria. Se os oceanos fossem uns poucos metros mais profundos, o dióxido de carbono e o oxigênio teriam sido absorvidos e nenhuma vida vegetal poderia existir. O peso da Terra foi estimado em seis sextilhões de toneladas (isso é um 6 seguido de 21 zeros). Ela tem, ainda assim, um equilíbrio perfeito e gira com facilidade no seu eixo. Ela revolve diariamente à razão de mais de 1.600 quilômetros por hora ou quarenta mil quilômetros por dia. Num ano isso dá mais de catorze milhões de quilômetros. Considerando o extraordinário peso de seis sextilhões de toneladas girando a essa fantástica velocidade ao redor do seu eixo invisível, as palavras de Jó 26:7 assumem significado sem paralelo: “Ele …faz pairar a terra sobre o nada”.
A Terra revolve em sua própria órbita ao redor do Sol, percorrendo a cada ano o longo circuito elíptico de 965 milhões de quilômetros — o que significa que viajamos nessa órbita à velocidade de trinta quilômetros por segundo, ou 1.800 quilômetros por hora.
Jó nos convida ainda a meditar sobre “as maravilhas de Deus” (37:14). Considere o Sol. Cada metro quadrado da superfície do Sol emite constantemente um nível de energia de 130 mil cavalos-força (isto é, aproximadamente 450 motores de oito cilindros) em chamas que estão sendo produzidas por uma fonte de energia muito mais potente que carvão. Os nove grandes planetas no nosso sistema solar estão distantes do Sol entre 57 milhões e cerca de cinco trilhões e oitocentos bilhões de quilômetros; cada um deles gira ao redor do Sol com absoluta precisão, com órbitas que variam entre 88 dias para Mercúrio e 248 anos para Plutão. Ainda assim o Sol é apenas uma estrela menor nos 100 bilhões de astros que compõem a nossa galáxia, a Via Láctea. Se você fosse capaz de enxergar bem o suficiente, uma moeda de dez centavos estendida à distância de um braço ocultaria quinze milhões de estrelas.
Quando tentamos apreender mentalmente as quase incontáveis estrelas e outros corpos celestes encontrados na nossa Via Láctea, apenas, somos levados a ecoar o hino de louvor de Isaías ao Todo-Poderoso Criador: “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força, e forte em poder, nem uma só vem a faltar” (40:26).
Não é de admirar que Davi clame: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?” (Sl 8:1-4).[1]
A criação revela tanto poder que desconcerta nossa mente e deixa-nos sem palavras. Somos enamorados e encantados pelo poder de Deus. Gaguejamos e hesitamos diante da santidade de Deus. Trememos diante da majestade de Deus… e apesar disso mostramo-nos melindrosos e ressabiados diante do amor de Deus.
Essa fascinante coleção de dados científicos foi extraída de uma apresentação realizada no Rotary Clube de Sea Island, na Geórgia, em 1978. – Evangelho Maltrapilho, Brennam Manning, pág. 15 e 16.
[fve]http://youtu.be/jteAtp2Nhxg[/fve]
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Supernovas ajudaram a rever tese
Um grupo de astrônomos da Universidade do Arizona, nos EUA, descobriu que certos tipos de supernovas, aquelas estrelas que explodem, são mais diversificadas do que se pensava. Os resultados têm implicações para grandes questões cosmológicas, como a rapidez com que o Universo vem se expandindo desde o Big Bang. Mais importante ainda: os resultados sugerem a possibilidade de que a aceleração da expansão do Universo pode não ser tão rápida como os livros dizem. A equipe, liderada pelo astrônomo Peter A. Milne, descobriu que as supernovas do tipo “Ia”, que têm sido consideradas tão uniformes que os cosmólogos as têm usado como “faróis” cósmicos para sondar as profundezas do Universo, na verdade diferem entre si. As conclusões são análogas a uma amostragem de uma seleção de lâmpadas de 100 watts em uma loja de ferragens, só para descobrir que o brilho delas varia. “Descobrimos que as diferenças não são aleatórias, mas levam à separação das supernovas ‘Ia’ em dois grupos. O grupo que está em minoria perto de nós está em maioria a grandes distâncias – assim como quando o Universo era mais jovem”, explica Milne, astrônomo do Departamento de Astronomia da Universidade do Arizona.
A descoberta lança nova luz sobre o ponto de vista atualmente aceito do Universo se expandindo a um ritmo mais e mais rápido, separado por uma força mal compreendida chamada energia escura. Essa visão é baseada em observações que resultaram no Prêmio Nobel de Física de 2011 atribuído a três cientistas, incluindo o ex-aluno da Universidade do Arizona Brian P. Schmidt.
Os ganhadores do Prêmio Nobel descobriram independentemente que muitas supernovas pareciam mais fracas do que o previsto porque mudaram-se mais longe da Terra do que deveriam ter feito se o Universo se expandisse na mesma taxa. Isso indicou que a taxa com que as estrelas e galáxias se afastam umas das outras está aumentando; em outras palavras, algo estaria empurrando o Universo para longe mais e mais rápido.
Acreditava-se que as supernovas do tipo Ia possuíam o mesmo brilho, sendo muito semelhantes quando explodem. Uma vez que as pessoas descobriram o porquê, começaram a usá-las como referências para o outro lado do Universo.
“As supernovas distantes devem ser como as próximas, porque elas se parecem, mas uma vez que elas são mais fracas do que o esperado, isso levou as pessoas a concluir que elas estão mais longe do que o esperado, e isso, por sua vez, levou à conclusão de que o Universo está se expandindo mais rápido do que no passado.”
Milne e seus colegas observaram uma grande amostra de supernovas do tipo “Ia” na luz ultravioleta e visível. Para seu estudo, eles combinaram observações feitas pelo Telescópio Espacial Hubble com as feitas pelo satélite Swift da NASA. Os dados coletados com o Swift foram cruciais, porque as diferenças entre as populações – pequenas mudanças em direção ao vermelho ou ao azul do espectro – são sutis na luz visível, que tinha sido usada para detectar supernovas do tipo “Ia” anteriormente, mas tornaram-se óbvias somente através das observações na luz ultravioleta, usada nesse satélite.
“Esses são grandes resultados”, afirma Neil Gehrels, pesquisador principal do satélite Swift, coautor de um dos trabalhos apresentados com esses resultados. “A constatação de que havia dois grupos de supernovas do tipo ‘Ia’ iniciou-se com os dados do Swift”, conta ele. “Então nós passamos por outros conjuntos de dados para ver se achávamos o mesmo. E encontramos a tendência presente em todos os outros conjuntos de dados. Conforme você vai para trás no tempo, vemos uma mudança na população de supernovas”, acrescentou. “A explosão tem algo diferente, algo que não aparece quando você olha para ele na luz normal, mas nós a vemos no ultravioleta. Uma vez que ninguém percebeu isso antes, todas essas supernovas foram colocadas no mesmo barril. Mas se você olhasse para 10 delas nas proximidades, as 10 vão ser mais vermelhas, em média, do que uma amostra de 10 supernovas distantes.”
Os autores concluem que a aceleração do Universo pode ser explicada por diferenças de cor entre os dois grupos de supernovas, mostrando que há menos aceleração do que o inicialmente relatado. Isso, por sua vez, exige menos energia escura do que o que estava sendo considerado. “Estamos propondo que pode haver menos energia escura do que aquela apontada em livros didáticos, mas não podemos colocar um número nisso”, argumenta Milne. “Até o nosso artigo, as duas populações de supernovas foram tratadas como a mesma população. Para obter essa resposta final, seria preciso fazer todo esse trabalho novamente, separadamente para as populações vermelha e azul.”
(Hypescience)
Nota: Mais uma “verdade” é questionada, como se já não bastassem o Big Bang e a teoria da formação dos planetas. A energia escura foi inventada para justificar essa suposta aceleração do Universo “de dentro para fora”. Mas se ele não está acelerando, pra que energia escura? Será que vai sobrar algum conceito cosmológico dos que eu estudei na minha adolescência e juventude, em livros e revistas que tratavam tudo isso como verdade? [MB]
Marcadores: Astronomia
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