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segunda-feira, 25 de junho de 2018

O MISTÉRIO DA MORTE

Resultado de imagem para o misterio da morte
No mundo morrem presentemente:

97 pessoas por minuto; 6.000 pessoas por hora; 140.000 pessoas por dia; 1.000.000 pessoas por semana! De fato, não podemos nos acostumar com a morte. Mas, a morte é um grande mistério, e é o maior problema para aqueles que não creem na Palavra de Deus. É o maior problema para os ateus que clamam desesperados por Deus na hora final. É o maior problema da Ciência que não consegue vencê-la, apesar dos seus ingentes esforços.

Todas as religiões têm a sua doutrina sobre os mortos. Os pagãos da antiguidade tinham as suas ideias místicas sobre os mortos. As grandes religiões de hoje têm o seu conceito sobre os que já abandonaram a vida do corpo. As religiões cristãs também têm a sua doutrina sobre os mortos. Os espíritas também ensinam a sua teoria da Encarnação. Mas a morte ainda é um grande mistério para muitas pessoas. Para milhões de indivíduos, a morte ainda é uma grande interrogação. 

Para onde vão os mortos? Qual é o seu destino? Naturalmente, espera-se que vão para algum lugar. Será que vão para o Céu, ou para o Inferno? Ou será que se destinam ao Purgatório, onde hão de se purificar de alguns pecados? Mas outros pensam que os mortos ficam vagando no espaço sideral, esperando que alguém nasça a fim de incorporar nesse novo ser.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Saul e a Pitonisa de En-Dor – 1Samuel 28:7-25



Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário.

O relato de 1Samuel 28:7-25 tem levado muitos a citarem esta experiência como uma prova do estado de consciência na morte.

Os versículos que narram a história do rei Saul e a pitonisa aparecem sem nenhum comentário. Esta narrativa é verdadeiramente dramática e o autor inspirado não detém a sequência da ação para uma exposição doutrinária. É necessário, portanto, conhecer todo o contexto e as circunstâncias que envolveram o incidente, bem como todas as verdades dadas em outras partes da Bíblia, para compreender se o pleno significado da história desta sessão espírita.

Antes de mais nada, devemos ter em mente que o rei Saul era homem perdido, a quem Deus rejeitara e de quem o Espírito Santo Se retirara (2Samuel 13:11-14; 15:13-35; 16:14). Havia ele cometido o pecado imperdoável de persistir na justificação própria e desobediência até que Deus cessou inteiramente de comunicar-Se com ele, deixando-o ao inteiro domínio de Satanás (1Samuel 28:6). Foi depois de haver chegado a este ponto que Saul teve a sua experiência com a pitonisa de En-Dor. As ações de um homem perdido, inteiramente sob o controle de Satanás, são fonte paupérrima de prova para a verdade. Elas só podem constituir uma fonte dos enganos de Satanás.

Examinemos a seguir o contexto dos atos de Saul na consulta à pitonisa. Os filisteus tinham invadido a terra de Israel, e Saul estava acovardado. Estava grandemente necessitado do auxílio de Deus, que lhe recusou resposta por qualquer dos meios que Ele próprio estabelecera para revelar-se a Seu povo. (1Samuel 28:6). Os três meios menciona dos neste verso foram vedados a Saul porquanto era homem perdido.

O significado da afirmação encontrada em 1Samuel 28:6 é que nenhuma comunicação sobrenatural que Saul subsequentemente pudesse receber seria de Deus, mas sim do diabo. Evidentemente Saul sentiu isto, pois foi à procura de outra fonte que não a de Deus. “Então disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher que seja médium”. Outras traduções dizem: que tenha o espírito de feiticeira (1Samuel 28:7). Pela lógica das circunstâncias, essa mulher só poderia ser uma fonte de informações satânicas, e coisa alguma na entrevista em questão nos autoriza a tomá-la como verdade de Deus.

Examinemos os pormenores da experiência em si. Saul teve alguma dificuldade em encontrar uma pessoa que estivesse em comunicação com os espíritos, porque Deus havia proibido tais agentes de Satanás entre Seu povo. Ao estabelecer a nação de Israel numa terra expurgada da idolatria, Ele proibiu, sob pena de morte, toda comunicação com os espíritos (Êxodo 22:18; Deuteronômio 18:9-14). Esta é mais uma razão para não aceitarmos nada nesta entrevista como sendo verdade ou evidência de alguma doutrina verdadeira. Sua fonte é uma “abominação” para Deus.

Tudo nesta entrevista está mesclado de falsidade. “Saul se disfarçou” (1Samuel 28:8). Ele enganou a mulher com sua identidade (1Samuel 28:12). É esta a maneira de revelar-nos Deus a verdade – pela mentira e por um processo que Ele chamara “abominação”?

Saul pediu à mulher que fizesse “subir a Samuel”. Por que não “descer”, se é que Samuel estivesse no Céu? Parece que a mulher foi a única pessoa que viu a aparição, pois Saul pediu que ela a descrevesse (1Samuel 28:13 e 14). Sua descrição convenceu a Saul de que o espírito era Samuel; mas isso não prova de maneira alguma que de fato fosse Samuel. Apenas prova que houve materialização sobrenatural de algo que se assemelhava a Samuel. Uma vez que Satanás tem o poder de personalizar-se para executar seus maus propósitos (2Coríntios 11:13-15), nada do que essa aparição disse, fez ou procurou parecer, prova por si mesmo ser Samuel. Tal prova haveria de ser inteiramente objetiva, isto é, fora das declarações da aparição em si mesma.

O espírito que apareceu era real, pois a própria mulher estava aterrorizada (1Samuel 28:12 e 13). Se tal aparição fosse de um anjo, ou o espírito de um santo de Deus vindo do Céu, teria produzido conforto e paz, em vez de temor. As palavras do espírito a Saul foram impertinentes e mal-humoradas (1Samuel 28:15), indignas de um santo glorificado ou de um anjo bom. Além disso, o diálogo entre Saul e o espírito, indicam claramente que ambos sabiam que Saul estava buscando uma fonte de informação não divina ou celestial. Os versos 17-18 estão em harmonia com o malicioso espírito de Satanás; ele sempre atormenta aqueles aos quais engana e leva ao pecado. Nada há em toda esta conversação que lembre Samuel ou qualquer indício do Espírito de Deus, muito embora o espírito declarasse ser Samuel.

O clímax do aspecto satânico das palavras do espírito é encontrado no verso 19. O espírito simplesmente não poderia manter-se mascarado até ao fim. Samuel, sem dúvida, se as almas mortas estão conscientes, foi imediatamente para o Céu após sua morte. A Bíblia afirma que ele havia morrido e sido sepultado (v. 3). Mas o espírito de Saul, levando-se em conta repetidas afirmações de que ele era homem perdido, inteiramente rejeitado por Deus, não poderia ir para o mesmo bem-aventurado lugar de habitação que o espírito de Samuel. Entretanto esse espírito diz que Saul e seus filhos estariam com ele – onde quer que ele fosse! Saul subentendeu por essas palavras o significado de sua morte. Ou esse espírito não era Samuel ou este mentiu ao dizer que Saul iria para o Céu quando morresse – ou as duas coisas são mentira. Se o espírito fosse de fato Samuel, não mentiria, mas o espírito mentiu em dois pontos: nem é verdade que o espírito de Saul tenha ido para o Céu, nem seria no dia seguinte, mas vários dias mais tarde, quando Saul morreu. Saul ter-se-ia mostrado feliz se tivesse entendido pelas palavras do espírito que iria para o Céu. Em vez disso, porém, sabendo-se homem perdido por comunicar-se com o espírito de Satanás, as palavras ameaçadoras do arquiinimigo levaram-no a tentar o suicídio nessa noite (1Samuel 28:20-23) e executar esse propósito vários dias mais tarde (1Samuel 31:3-6).

Nada há nessa entrevista que não seja engano, mentira e perversidade. É parte do grosseiro piano de Satanás infligir um último engano à vítima já levada à destruição.

Para que crêssemos ser este espírito a alma desencarnada de Samuel, precisaríamos de testemunho mais objetivo do que a declaração da pretensa materialização e a febril imaginação do médium e de Saul. Aliás, a evidência objetiva é toda para o outro lado. Antes deste evento, temos as repetidas afirmações de que consultas desta natureza eram abominação para Deus, por serem comunicações com falsos deuses, ou demônios. Depois do acontecimento, temos a afirmação de que por esse pecado culminante Saul perdeu a vida e a salvação (1Crônicas 10:13-14). E temos as afirmações reiteradas da Bíblia de que “os mortos não sabem coisa nenhuma”, não voltam, e dormem na sepultura até que Deus os chame no dia da ressurreição. (Eclesiastes 9:5-6 e 10; Jó 14:10; 12-15, 20-22; 17:13; Salmos 146:4; 6:5).

Nota: Resposta dada pelo Pregador Adventista, novembro-dezembro de 1953, págs. 23-24, a uma consulta do leitor.

sábado, 31 de outubro de 2015

O que acontece conosco quando morremos? A pessoa vai para o céu ou existe um lugar de espera?



Para a morte ser entendida, primeiramente a vida deve ser estudada. Deus é o criador da vida. Em Gênesis 2:7 há o relato: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.

O ser humano é “alma vivente”, fruto da junção do “pó da terra” com o “sopro” de Deus.

O termo sopro é traduzido do hebraico “ruach” (Velho Testamento) e do termo grego “pneuma” (Novo Testamento). Ambos se referem àquilo que é indispensável para dar vida ao corpo – O “Espírito”. Espírito, “pneuma” ou “ruach” são definidos simplesmente como “ar” ou “sopro”. Quando tal junção é desfeita, ocorre a morte.

O MOTIVO DA EXISTÊNCIA DA MORTE

Mas, por que existe a morte?

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, dotado de livre arbítrio. Diz a Bíblia: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Genesis 2:15-17).

O que estava em jogo não era um fruto ou uma árvore, mas, a obediência a Deus. Caso não quisesse, o homem poderia afastar-se dEle – E assim o fez.

O inimigo de Deus, através de uma “serpente, disse à mulher: É certo que não morrereis” (Gênesis 3:4). E, com esse grande engano fundava o “espiritismo”. Foi através da primeira possessão que se tem registro na história e da mentira “não morrereis” que Adão e Eva comeram do fruto e levaram cativo consigo toda a humanidade. E esses princípios permanecem até dias atuais com a crença que, de alguma forma, o ser humano é imortal.

Adão e Eva não morreram imediatamente após a queda. Deus havia dito que conheceriam o bem o mal se comessem do fruto. E assim aconteceu. Presenciaram os frutos da desobediência – o sofrimento, a dor e a distância do Criador. Mas, em Deus só há verdade – Hoje eles não mais existem. O que Deus havia criado para a eternidade optara por ter um fim.

Falando sobre as conseqüências desse evento, diz Paulo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rom 5:12).

A morte é a conseqüência do pecado. A Bíblia é clara em relação a isso: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rom 6:23). O salário do pecado não é o sofrimento eterno ou a vida eterna, mas, a morte. E, mais que isso, Deus respeita a decisão do homem, permitindo que o pecado O afaste de Suas criaturas. Mas, o afastamento é uma das causas, não a inevitável conseqüência.

Ao pecar o homem mudou sua natureza. Deus o havia criado com tendência ao bem, porém, após a queda, passou a ter tendência ao mal. E, inevitavelmente, criou-se um abismo entre o Criador e a criatura.

O ESTADO DOS MORTOS

“É certo que morrereis”. A Bíblia não deixa margem para especulações quanto à morte. O que ocorre nela? A própria Bíblia responde:

“O pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7). Há o “desfazimento” do processo da vida. Em Ezequiel 18:4 Deus Se coloca como possuidor das almas e é claro em determinar: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”.

Da mesma forma que o ser humano não existia até a sua criação, ele deixa de existir após a morte. Apenas o fôlego de vida doado pelo Criador não concede ao homem a existência. Há necessidade do corpo. O corpo do ser humano é como uma lâmpada onde o sopro de vida é a energia. A luz só é gerada com a junção dos dois componentes.

Temos em Jó 33:4 a perfeita distinção: “O sopro do Todo-poderoso me dá vida”. O sopro não é uma vida independente!

Mais que isso, as escrituras não deixam argumentos para a crença na imortalidade da alma. “Porque o que sucede aos filhos dos homens, sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: Como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó retornarão” (Eclesiastes 3:20).

Vale ressaltar: TODOS (HOMEM E ANIMAIS) TÊM O MESMO FÔLEGO DE VIDA. COMO MORRE UM, MORRE O OUTRO. A REFERÊNCIA AO ESPÍRITO É CLARA E INQUESTIONÁVEL. E, POR DERRADEIRO, É-NOS REVELADO QUE TODOS VÃO PARA O MESMO LUGAR – PROCEDEM DO PÓ E AO PÓ RETORNARÃO.

E esse posicionamento é ratificado diversas vezes: “Todavia, o homem não permanece em sua ostentação; é, antes, como os animais, que perecem” (Salmos 49:12).

“O homem, revestido de honrarias, mas sem entendimento é, antes, como os animais, que perecem” (Salmos 49:20).

Como animais! Que expressão! O ser humano não possui o que é atribuído apenas a Deus – A imortalidade: “… o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém! (I Timóteo 6:16).

A Bíblia nunca definiu o espírito humano como imortal. E, além disso, a mesma Bíblia é clara em afirmar que Deus é o único que possui imortalidade.

E, por amor e misericórdia, Jesus morreu na cruz. Por não ter desobedecido a Deus, Sua morte é capaz de justificar a salvação dos que nEle crerem. Deus se fez homem e o céu tocou a terra para que nEle fosse concedido salvação à raça caída. Mas, o livre arbítrio continua existindo. A vida eterna não é imposta ao homem. Também não é uma herança a que tenha direito. É uma graça mediante o evangelho pelo sacrifício de Cristo.

Falando sobre esse assunto, dizem as escrituras: “E manifestada agora pelo aparecimento de nosso salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.” II Timóteo 1:10.

Para que serviria a imortalidade trazida por Cristo se o homem já a possuísse? “Aquele que tem o Filho, tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (João 5:12). Todos nós estamos destinados à morte, mas, a graça de Cristo é capaz de nos conceder salvação e vida eterna.

EXISTE OBRAS/CONSCIÊNCIA APÓS A MORTE?

Por mais especulações que se tenha feito sobre o assunto, Deus concedeu ao mundo tal esclarecimento: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Eclesiastes 9:5-6).

Por 54 vezes a morte é chamada de “sono” pela Bíblia. É um sono profundo em que não há consciência e todos os sentimentos deixam de existir.

O livro de Salmos é repleto de esclarecimentos. O salmista questiona: “Pois, na morte, não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor?” (Salmos 6:5).

“Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios” (Salmos 146:4).

“Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais” (Jó 7:9 e 10).

“A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço; o pai fará notória aos filhos a tua fidelidade” Isaías 38:19.

E, por fim, temos a afirmação: “Os mortos não louvam o Senhor, nem os que descem a região do silêncio” (Salmos 115:17)

Ora, se assim não fosse e os mortos continuassem vivos após a morte (gozando das bem aventuranças do céu ou, como acreditam alguns, contorcendo-se nas chamas do inferno), que necessidade haveria da ressurreição e do julgamento final amplamente divulgado pela Bíblia se a recompensa ocorre na morte?

CONSULTA AOS MORTOS

Em Deuteronômio 18: 10 e 11 é ordenado: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti”.

Da mesma forma, lemos em Isaias 8:19: “… a favor dos vivos se consultarão os mortos?” A Bíblia ainda retrata a história de Saul, que consultou os mortos e teve um trágico fim.

A Bíblia não ignora as manifestações sobrenaturais que ocorrem a volta da humanidade relacionada aos mortos, porém, é expressa em dizer que é ABOMINAÇÃO AO SENHOR. Longe de ser uma obra de Deus, é uma obra do inimigo de Deus e seus anjos, que com ele foram lançados do céu.

OS MORTOS ALGUM DIA VOLTARÃO À VIDA?

Cristo deu Sua vida para salvar a raça humana. Dizem as escrituras: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Quem terá a vida eterna? Aquele que crer no Filho unigênito de Deus. Falando sobre os que aceitaram ou aceitam a Cristo, diz Paulo:

“Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”.

Paulo inicia o texto revelando um mistério: Nem todos passarão pela morte. Na volta de Cristo, haverá fiéis sobre a face da terra, fiéis que não experimentarão a morte por fazerem parte da última geração desse mundo. E apenas os fiéis (que estiverem vivos ou forem ressuscitados) serão transformados e revestidos de imortalidade!

Paulo continua o texto afirmando que, com essa volta de Cristo, soará a trombeta e os mortos serão ressuscitados e, em seguida, TODOS os que nEle crerem serão transformados para estarem juntos com o Senhor. Que evento extraordinário! À vista de todos – Terra e Universo.

O mais intrigante é o que Paulo diz alguns versos antes: “Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O ÚLTIMO ADÃO, PORÉM, É ESPÍRITO VIVIFICANTE. MAS, NÃO É PRIMEIRO O ESPIRITUAL, E SIM O NATURAL; DEPOIS, O ESPIRITUAL” (I Coríntios 15:45-46).

Paulo é expresso em dizer que, após a vinda de Cristo, o ser humano deixará de ser alma vivente para ser “espírito vivificante. Mas, isso não ocorrerá sem que PRIMEIRO HAJA O CORPO NATURAL.

E quando tudo estiver consumado, a morte terá sido tragada pela vitória. João afirma: “Vi novo céu e nova terra… vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (Apocalipse 21:1-2).

Após a vinda de Cristo, Ele mesmo “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).

E quanto aos que não aceitarem a Cristo? Diz a Bíblia: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12:2).

Sobre o mesmo evento, declara: “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Apocalipse 20:13).

Diz Cristo: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” Apocalipse 22:12.

A promessa para a raça humana é a mesma feita a Daniel: “Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança” Daniel 12:13. A recompensa virá após o descanso e o fim dos dias, não no momento da morte.

Concluindo, apenas com a volta do nosso Salvador é que cada um receberá o seu galardão, sendo a vida eterna a graça de Cristo, concedida apenas os justos, que serão revestidos de imortalidade mediante o evangelho.

Biblia

sexta-feira, 6 de março de 2015

A Verdade em 2 Minutos sobre A Morte

O que acontece com uma pessoa depois que ela morre? Existe Alma? Se sim, Pra onde ela vai? Céu? Inferno? Deixe que a própria bíblia dê a resposta.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Se os mortos permanecem em estado de inconsciência, como explicar que a ‘alma’ de Raquel saiu dela por ocasião da morte?


A palavra “alma”, empregada em Gênesis 35:18 por algumas versões da Bíblia (João Ferreira de Almeida, Bíblia de Jerusalém, Lutero [original], Reina-Valera, King James Version, Revised Standard Version, New American Standard Bible), é a tradução do termo hebraico nêfesh. Este termo aparece 755 vezes no Antigo Testamento e foi traduzido em outros textos, pela Versão Almeida Revista e Atualizada (2.ª edição), por exemplo, como “pessoa” (Gn 14:21; Nm 5:6; etc.), “ser” (Gn 1:20; 2:19; 9:10; etc.), “alma” (Gn 2:7; Dt 10:22; etc.) e “vida” (Gn 9:4 e 5; 1Sm 19:5; Sl 31:13; etc.).

Existem várias razões que nos levam a crer que o termo nêfesh seria melhor traduzido em Gênesis 35:18 como “vida” do que como “alma”. Em primeiro lugar, o próprio relato bíblico da Criação esclarece que o ser humano não possui uma alma, mas é uma “alma [nêfesh] vivente” (Gn 2:7). O mesmo termo (nêfesh) usado em Gênesis 2:7 para referir-se à totalidade do ser humano é empregado também para designar tanto os “seres [nêfesh] viventes” que povoam as águas (Gn 1:20) como os animais da terra e as aves do céu (Gn 2:19; 9:10). A despeito de assumir, por vezes, significados mais específicos (Dt 23:24; Pv 23:2; Ec 6:7; etc.), nêfesh jamais é usado para designar qualquer entidade que continue consciente depois de separada do corpo. Pelo contrário, as Escrituras declaram explicitamente que a nêfesh pode morrer (Nm 31:19; Jz 16:30), e que “a alma [nêfesh] que pecar, essa morrerá” (Ez 18:4).

Comentando o texto de Gênesis 35:18, Derek Kidner declara que “no Antigo Testamento a alma não é concebida como entidade separada do corpo, com existência própria (como no pensamento grego), mas, antes, como a vida, que aqui se esvai” (Gênesis: Introdução e Comentário, São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1979, p. 163). Oscar Cullmann assegura que também no Novo Testamento a esperança de vida eterna não se fundamenta na teoria grega da imortalidade da alma, mas na doutrina bíblica da ressurreição dos mortos (Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead? Londres: Epworth, 1958).

Procurando preservar o sentido original do texto bíblico, algumas traduções da Bíblia têm vertido o termo nêfesh, em Gênesis 35:18, por exemplo, como “suspiro” (Bíblia na Linguagem de Hoje, Tradução Ecumênica, New English Bible, Living Bible, New International Version) e “vida” (Moffatt, Lutero [revisada de 1984]). A Tradução Ecumênica (Loyola) verte a parte inicial de Gênesis 35:18 como: “no seu último suspiro, no momento de morrer, ela...”. E a Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “Porém, ela estava morrendo. E, antes de dar o último suspiro...”. Desta forma, o texto pode ser perfeitamente harmonizado com outras passagens bíblicas que falam que os mortos permanecem em estado de completa inconsciência (ver Sl 115:17; 146:4; Ec 3:9, 20; 9:5, 6 e 10; etc.).


(Alberto R. Timm)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Temor aos Espíritos



Uma das coisas que mais me aterrorizavam nos dias de minha infância, eram os relatos vívidos que ouvia, de vez em quando, sobre aparições de espíritos, encontros misteriosos, manifestação de fantasmas e uma série de outros fenômenos de caráter desusado e sobrenatural. A verdade é, sem dúvida, que não somente as crianças, ante às quais se comete o erro de mencionar tais cenas. os que vivem angustiados, mas milhares de adultos experimentam também temores com respeito à ação dos espíritos que têm, segundo eles a faculdade de atuar em benefício ou detrimento dos seres humanos.

E estas angústias não são apenas patrimônio de certo tipo de pessoas de baixo nível cultural, propensas a superstições, mas também podem ser observadas em gente de maior educação, céticos por natureza e parcos para aceitar qualquer coisa que não se possa explicar de forma lógica e convincente.

Precisamente o que tem submergido muitos na incerteza, com respeito à atividade dos espíritos, infundindo-lhes medo, é a militância no espiritismo e a participação em suas sessões e práticas.

Por isso, convém que falemos um pouco sobre o despertar do espiritismo moderno. Na realidade a história do espiritismo, nas suas formas antigas, data dos próprios albores da humanidade. Os livros do Antigo Testamento contém reiteradas alusões aos cultores destas práticas, aos quais denominam de agoureiros, forjadores de encantamentos, sortílegos, feiticeiros, magos, adivinhadores, os que consultam a píton, os que consultam aos mortos etc.

O Despertar do Espiritismo Moderno

Sem dúvida, a etapa moderna da milenária história do espiritismo teve início, praticamente no ano de 1848 na América do Norte, na povoação de Hydesville, Estado de Nova York. A família foz, que acabava de se instalar numa casada vizinhança, começou a ser molestada por ruídos misteriosos e estranhos logo desde as primeiras noites. Embora a princípio tivessem procurado explicação para esses ruídos ficou evidente que eram produzidos por um poder extra-humano e sobrenatural.

Certa noite, uma das filhas da família disse algo assim: “Mandinga, faz como eu faço”. Para assombro seu os ruídos começaram a responder de maneira aparentemente inteligível. As duas senhoritas, que a princípio se assustaram pelo fenômeno extraordinário, logo se transformaram em médiuns.

O intercâmbio de mensagens com os espíritos continuou sendo cultivado e aperfeiçoado, até que por esse meio, um dia foi recebida a informação de que uma pessoa morta há anos atrás, se achava enterrada em certo lugar da casa. A investigação comprovou a veracidade dessa mensagem.

Com base nestas experiências, evidentemente bem sucedidas, cuja notícia cruzou o continente em várias direções com desusada rapidez, despertou-se grande interesse no trato com os espíritos, e o espiritismo começou a ser praticado em todos os âmbitos tanto do Novo Mundo, como da velha Europa. Desta maneira, as estatísticas indicavam que em 1892 só na América do Norte o espiritismo tinha onze milhões de adeptos, que abrigavam a ilusão de poder comunicar-se com seus mortos e receber grandes benefícios por meio destas práticas misteriosas. Em 1912 existiam nada menos que dez mil médiuns e grande número de propagandistas.

Há Alguma Coisa de Sobrenatural no Espiritismo?

Há realmente algo de sobrenatural no espiritismo, ou se trata de meros subterfúgios e de arte de prestidigitação enganosa? Respondemos dizendo que não se pode negar o caráter sobrenatural de grande parte dos fenômenos espiritistas, e que a própria Ciência não está hoje em condições de desvirtuá-lo, não obstante o ceticismo de muitos, até ao ponto de existirem centenas de investigadores científicos e homens eminentes no campo da medicina, das ciências físico-químicas, da biologia, da astronomia, da filosofia, que não somente aceitam o espiritismo como real, mas que tem tal convicção a respeito, que são induzidos a praticá-lo.

Embora exista alguma coisa de artificioso e de prestidigitação, ninguém pode ignorar o fato de que nas autênticas sessões espiritistas intervém verdadeiros espíritos, seres de natureza extraterrena e sobre-humana que realizam fatos verdadeiramente assombrosos. Estes fenômenos assumem diferentes modalidades, golpes na parede, ranger de correntes, pequenos objetos que flutuam no ar no recinto onde se realiza a sessão, móveis pesados que se deslocam, mudam de lugar e são as vezes trasladados para fora sem intervenção humana, instrumentos musicais tocados por mãos misteriosas e invisíveis, mensagens escritas com a letra do morto etc. As vezes as chapas fotográficas ficam impressas com os difusos contornos dos espíritos. Em ocasiões são vozes estranhas que se fazem ouvir e que pretendem pertencer ao morto, cujo espírito se invoca. De vez em quando se recebe alguma mensagem bem definida e concreta, referente a algum segredo da vida do falecido. E até se dá o caso de se manisfestar em algumas ocasiões uma espécie de materialização do espírito, pela emanação de uma estranha substância chamada matéria astral, que sai do médium e assume a forma do morto.

Algumas universidades européias estabeleceram cátedras para o estudo e a investigação destes fenômenos do ocultismo e de outras disciplinas mais ou menos semelhantes, às quais se dão diversos nomes, como magnetismo, hipnotismo, telepatia etc. As duas grandes guerras do século passado aumentaram mutíssimo o interesse popular por estes problemas, e produziram verdadeira efervescência de interesse em torno do espiritismo.

Um dos mais altos dirigentes desta ideologia afirmou que atualmente se realizam nada menos de dez mil sessões espiritistas particulares em diversos lares de uma só nação do mundo: Inglaterra. Em nossos países latino-americanos podem observar-se centros espiritistas em quase todo bairro das cidades mais importantes, e se realiza intensa e constante propaganda, inteligentemente planejada para impressionar tanto religiosos como livres pensadores. Pelas ruas, abundam grandes letreiros com legendas como estas:O espiritismo matou o materialismo com fatos”; “O espiritismo é uma ciência que conduz a Deus” etc.

Em sua forma ultra moderna, o espiritismo invadiu os círculos científicos e universitários com o nome de parapsicologia, disciplina que intenta estudar como processos científicos os fenômenos da mediunidade e clarividência, e a múltiple atividade dos espíritos entre os vivos.

Por outro lado, o espiritismo está colocando ênfase crescente na cura de enfermos, atribuindo virtude curadora aos espíritos. Tornou-se também muito ativo no desenvolvimento de um movimento educacional para ganhar a juventude. Por último, está-se generalizando um novo tipo de clarividência que leva sua ação da sala obscura à plataforma pública, onde se realizam episódios realmente estranhos e inexplicáveis, ante grandes multidões em plena luz do dia.

Descrevendo uma destas demonstrações públicas de clarividência realizada, realizada na cidade de Londres, e explicando de passagem como o espiritismo moderno se está revestindo de uma capa de cristisnismo para captar o interesse dos religiosos, o Sr. Elman J.Folkenberg, clérigo que então exercia seu ministério na capital inglesa, relatou na revista Ministry o interessante caso:

“Asreuniões que o Sr. José Benjamim – um dirigente espírita – realiza duas vezes por semana são características desta nova e agressiva campanha. Apesar da entrada que se cobra de um xelim, acodem grandes multidões. Por espaço de uma hora e meia o Sr. Benjamim percorre a plataforma, causando a impressão de manter o auditório na palma da mão. Suas demostrações de mensagens físicas são salpicadas liberalmente de numerosas citações bíblicas, muitas das quais habilmente isoladas de seu contexto e usadas equivocadamente com estranha afetividade.

“Certo dia – continua relatando o pastor Folkenberg – quando ia a caminho de uma das reuniões do Sr.Benjamim, desci a uma estação subterrânea próxima do auditório onde se realizava a reunião. Acercou-se de mim um agradável casal perguntando pelo Forester´s Hall. Depois de dizer-lhes que eu também estava à sua procura, seguimos juntos. Meus novos amigos me disseram que era a primeira vez que iam a uma reunião dessa espécie…Por casualidade encontramos três lugares juntos.

“Após o serviço de canto, seguiu-se um serviço devocional de dez minutos…Depois de cantar outro hino, o conferencista iniciou uma das apresentações mais assombrosas que já presenciei. Em meio de suas mensagens, supostamente procedentes de espíritos dirigentes do outro mundo, deteve-se e disse: “Entre as numerosas pessoas que vieram pela primeira vez a este lugar, encontra-se um cavalheiro e uma dama que chegaram da cidade de Cabo, Sul da Africa, em 6 de abril”. Voltando-se repentinamente para nós, apontou diretamente para a última fila, onde estávamos assentados, e prosseguiu: “Vou dizer o nome agora… N___…sim, o Sr.N___ e sua esposa”, e apontou para os novos amigos a quem eu encontrara na estação do subterrâneo. Os rostos destas pessoas revelaram profundo assombro. “Faz menos de seis semanas – continuou o orador – a querida irmã da Sra.N___faleceu e cruzou para o outro mundo” E sem a menor vacilação acrescentou: “Pelo correio desta manhã ela recebeu um grande envelope aéreo, com uma carta e uma fotografia de sua irmã desaparecida” Fazendo uma pausa anunciou: “Essa fotografia foi tirada na praia da cidade de Cabo dois dias antes de sua morte, ocorrida num acidente automobilístico. E mais – disse com decisão – a Sra.N___tem consigo a fotografia no compartimento direito de sua carteira de cor castanha”

“Com mão tremente, a Sra.N___tirou a fotografia da carteira, bem como a carta que lhe havia chegado naquela manhã. “E – perguntou o orador – como sei eu tudo isto? Porque sua irmã está de pé ao meu lado neste instante!”

Era certo que o espírito dessa senhora se achava junto do conferencista que revelava aqueles dados tão precisos, sem que nenhuma pessoa humana lhos tivesse revelado? E se tal não fora o caso, como podia ser tão específico e tão exato na apresentação dos mesmos? Breve tornaremos a este ponto e daremos a resposta a ambas as perguntas.

Primeiro, elucidemos esta outra interrogante:

É o Espiritismo Cristão? Há harmonia entre o Espiritismo e a Bíblia?

Na sua forma mais recente, o espiritismo pretende terestreita vinculação com o cristianismo. Reveste-se de uma capa religiosa cristã, e em seus centros, organizados as vezes com o nome de “escolas”, invoca-se reiteradamente a Cristo e citam-se passagens da Escritura, de maneira que mesmo alguns dos dirigentes religiosos ficam perplexos diante deste avanço e até se interrogam se afinal o espiritismo não é um aliado da religião de Cristo, porquanto dá evidência de que o homem sobrevive à morte. Achamo-nos pois no direito de estabelecer de forma clara e incontrovertível a verdade de que o espiritismo se acha em franca contradição com os princípios fundamentais do cristianismo, conforme passaremos a demonstrar, valendo-nos das Sagradas Escrituras, o grande livro inspirado, sendo portanto a única autoridade suficiente no assunto.

Primeiro: A imortalidade da alma e sua sobrevivência após a morte antes da hora da ressurreição, doutrina básica do espiritismo, ensinada com tanto fervor porseus dirigentes, é um postulado totalmente antibíblico e se baseia na primeira mentira de que temos registro, pronunciada por Satanás nos primeiros dias da história humana, no jardim do Éden. De fato, quando o pai da mentira – nome que as Escrituras dão a Satanás – apareceu na Terra para perturbar os planos de paz, perfeição e harmonia que Deus tinha para nossa humanidade, apresentou-se a nossos primeiros pais astutamente encarnado numa formosa e sedutora serpente, que utilizou como médium. “Do fruto da árvore que está no meio do jardim, – havia declarado o criador ao primeiro par – … Dele não comereis, nem tocareis nele, paraque não morrais. Então a serpente disse à mulher:” – continua o relato inspirado – “É certo que não morrereis” (Gênesis 3:3 e 4). Segundo Apocalipse 12:9 essa serpente é Satanás.

Lamentavelmente, esse primeiro engano – “Não morrereis” – tem servido de base a uma série de sistemas espiritualistas e religiosos, que postulam a sobrevivência dos mortos.

No capítulo anterior explicamos e documentamos biblicamente os seguintes fatos:

1) Que não existe uma entidade imaterial, imortal, chamada alma, que se desprende do corpo por ocasião da morte, para continuar vivendo.

2) Que o ser humano é formado de dois fatores: a) o corpo, ou substância material; b) o espírito, ou fôlego, alento ou sopro de vida procedente de Deus.

3) Que a alma vivente não é outra coisa senão o ser vivo, resultado da união do sopro divino com o corpo humano antes inerte.

4) Que em nenhuma parte das escrituras é atribuída imortalidade à alma ou ao espírito. Antes pelo contrário, afirma-se que “a alma que pecar, essa morrerá”.

5) Que quando ocorre a morte, o espírito ou sopro de vida volta para Deus, Fonte originária da energia vital, ao passo que o corpo se decompõe e se converte em pó.

6) Que portanto, a situação do além-túmulo é de absoluta inconsciência: “Os mortos nada sabem…não tem eles parte alguma do que se faz debaixo do sol” (Ecles 9:5-6).

7) Que essa inconsciência perdurará até o dia da ressurreição que, além dos frios portais da tumba, permitirá aos seres preparados entrarem no eterno e glorioso reino de Cristo, ao passo que os não preparados, ressuscitarão para a destruição eterna.

De maneira que em sua primeira e fundamental doutrina, o espiritismo contradiz um ensinamento básico da revelação divina, pois que se fundamenta na primeira grande mentira de satanás.

Segundo: A mesma filosofia do espiritismo, colocada sob os raios do poderoso refletor espiritual das Sagradas Escrituras, acha-se de todo em contradição ao cristianismo. Ao passo que o espiritismo ensina que o homem se salvará infalivelmente por um processo mais ou menos extenso de sofrimento em virtude da transmigração do espírito pela reencarnação, a Bíblia declara da maneira mais categórica, que os esforços humanos não bastam para chegar a Deus, após ter violado Suas santas leis; que a única forma de obter a salvação e a imortalidade é aceitando, pela fé, a Jesus Cristo como Filho de deus humanizado, como o Salvador da humanidade e da alma em particular.

Tereceiro: Segundo a Bíblia a reencarnação não existe. Ésó uma teoria enganosa destinada a desviar a humanidade da única senda que conduz à felicidade eterna. O apóstolo Paulo afirma em termos precisos que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27). O tribunal de Deus decidirá, num dia por ele estabelecido (Atos 17:31), a sorte eterna que tocará a cada pessoa depois da morte, no dia da ressurreição.

Devido às bases sobre as quais repousa o espiritismo, tanto nas formas antigas como modernas, serem totalmente opostas aos grandes princípios do cristianismo, nas Sagradas Escrituras acham-se declarações que condenam severamente todo este tipo de práticas. Por exemplo no livro de levítico o Criador deixou registrada a seguinte ordem direta: “Não vos voltarei para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 19:31).

Em outra passagem é confirmado e reforçado este estado de coisas nas seguintes palavras: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor” (Deut 18:10-12). É de se notar que esta passagem apresenta extensa lista de personagens que, embora através dos tempos tenham recebido diversos nomes, possuíam todos o mesmo ofício: comunicação com os espíritos que se supunha serem dos mortos. E é assegurado que o participar destas atividades “é abominação ao Senhor”.

Por certo é natural o anelo do homem de indagar o que se refere à vida além-túmulo, de desvendar o véu que oculta o porvir, porém eis aqui o conselho que a propósito, nos dá Deus em Sua Palavra: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8:19)

Não há dúvida que o homem tem um meio muito mais recomendável e infinitamente mais eficaz do que o espiritismo e a suposta comunicação com os mortos, para conhecera verdade referente ao além e para encontrar consolo nas tribulações e alívio nas dores. Na Palavra de deus, que tem o selo de uma autoridade soberana, acham-se esclarescidos todos os mistérios referentes ao futuro da vida humana e resolvidos todos os problemas que nos oprimem o coração. Recorrendo com devoção e reverência a suas páginas, veremos todas as nossas dúvidas dissipadas, adquirindo sentimento de confiança e firmeza.

Por outro lado, podemos pôr-nos em contato direto com o Deus infinito por meio da prece e oração sincera e dizer-lhe: “Pai nosso que estás nos Céus”, confiando-lhe todos os nossos problemas, solicitando conselho, consolo, ajuda e força para toda emergência da vida.

A toda a alma que anela a imortalidade e o aperfeiçoamento de seu ser e que tem buscado estes bens na vã esperança da reencarnação, indicaremos as áureas portas abertas, de par em par, que dão acesso ao único caminho que conduz a vida perpétua, à salvação eterna e a felicidade perfeita, neste mundo e no vindouro, a saber, Jesus Cristo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira” – Expressou S.João – “que deu o Seu filho unigênito, para que todo o que nÊle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Aceitando pela fé ao Senhor Jesus, entregando-lhe a vida e o coração, dispondo-nos a seguir seus preceitos, abrigamo-nos à misericordiosa provisão divina que nos outorga a ventura e a imortalidade.

Quem são os espíritos do Espiritismo?

Sendo assim, o contato com os espíritos, que nestes dois últimos séculos tem sido denominado espiritismo, constitui uma doutrina e um procedimento sumamente antigos. Nos livros do Antigo Testamento, conforme já explicamos, achamos frequente menção de práticas espiritistas, realizadas por feiticeiros, pitonisas, cultores da necromância, agoureiros, sortílegos etc. Nos grandes impérios da antiguidade existia todo um extenso séquito de praticantes destas artes que, sustentados pelos monarcas absolutistas, eram conselheiros dos reis e seus arúspices. A base dos célebres oráculos gregos nada mais era que este trato com os espíritos.

Porém antecipamos já a próxima impaciente pergunta do leitor: Se não há dúvida alguma de que nestas atividades se está em contato com poderes sobrenaturais e com espíritos e forças extra-humanas e estraterrenas capazes de manifestações surpreendentes, e se estes espíritos, segundo os claros ensinos das escrituras, não pertencem aos mortos, pois estes jazem na inconsciência e não podem comunicar-se com o mundo dos vivos, então quem são esses espíritos? Qual é sua história? Qual sua missão? Onde habitam?

Não há dúvida alguma de que são potências espirituais as que fazem sua aparição e manifestam seu poder nas sessões espíritas. O que desejamos saber de forma inequívoca é quem são esses espíritos do espiritismo. Este afirma que são espíritos desencarnados de mortos, que afluem por convite especial ou invocação do médium.

Ao abordaresta importante pergunta, de novo temos que reconhecer que nenhuma autoridade humana está em condição de nos elucidar este problema, porque é um assunto que foge completamente ao conhecimento e investigação do homem. O que nos digam os mais destacados autores, os mais célebres teólogos, os mais conspícuos dirigentes do espiritualismo, tem só o valor de uma mera opinião humana. Unicamente as sagradas escrituras, que contém a revelação da vontade divina, e cuja superior inspiração é um fato assentado, podem com verdadeira autoridade responder a esta interrogante e nos dar a satisfação de haver encontrado a solução final desta sutil e debatida questão.

Precisamente sobre este assunto das relações com os espíritos, bem como sobre a condição do homem no além-túmulo, as escrituras contém inumeráveis referências de total clareza. Por exemplo, e conforme demonstramos no estudo anterior, em nenhuma parte da Bíblia se fala da alma ou do espírito como de algo imortal ou eterno, mas pelo contrário, emvárias passagens é mencionada a morte da alma.(Ezeq. 18:4, Mat 19:28, Jó 36:14). Em outras palavras, o homem é por natureza mortal, e a imortalidade somente pode ser recebida oportunamente e como resultado da aceitação do Evangelho de Cristo, cujo podertransforma o coração e dá ao ser humano a vida eterna. “Porque o salário do pecado é a morte” – disse o apóstolo Paulo – “Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rom 6:23)

Por outro lado, a palavra de Deus, longe de ensinar que a alma é uma entidade imaterial, eterna e indestrutível, pela qual a pessoa prossegue vivendo, pensando e sentindo depois da morte, estabelece da maneira mais categórica que, depois da morte, o ser humano permanece submerso numa absoluta inconsciência, semelhante à do sono tranquilo e profundo. (João 11:11, Ecles 9:5-6, Salmo 146:4).

Assim sendo, se pela revelação divina sabemos que “os mortos não sabem coisa nenhuma, porque a sua memória jaz no esquecimento…Para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Ecles 9:5-6). Se Deus mesmo afirma na Sua Palavra que “nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios” (salmo 146:4), torna-se evidente que a afirmação de que as potências que se manifestam nas sessões espiritistas são os espíritos dos seres humanos mortos, é totalmente falsa e enganosa. A doutrina espiritista baseia-se na primeira mentira pronunciada no nosso planeta, quando a serpente disse a Eva: “Não morrereis”, em contraposição ao que Deus havia dito ao primeiro par: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás”(Gen 3:4; 2:17). Fica demonstrado, pois, pela autoridade divina da Palavra de Deus, que os espíritos do espiritismo não são, nem podem ser os espíritos dos mortos.

Se não nos achamos em presença dos espíritos dos mortos, quem são estes poderes sobre-humanos com capacidade de manifestar-se de maneira extraordinária e milagrosa?

História de uma Grande Batalha

Pararesponder a esta pergunta temos que nos remontar aos acontecimentos relacionados com uma grande batalha ocorrida no Céu, mencionada no capítulo 12 de apocalipse, escrito por S.Jão, o revelador: “Houve peleja no Céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos” (Apoc 12:7-9).

Dois são os personagens principais desta espetacular batalha: de um lado Miguel, ou seja Jesus, o chefe supremo das hostes angélicas fiéis, e de outro lado o dragão, que capitania certo número de anjos adeptos seus. A passagem esclaresce, de imediato, que o grande dragão é a “antiga serpente, que se chama diabo e Satanás”. Diz mais que é uma potência enganadora, e que como resultado da peleja foi vencido e atirado à Terra juntamente com os anjos que o seguiam.

Deonde procede Satanás ou o Diabo? Como é que conseguiu seduzir uma hoste de anjos, que se tornaram demônios e participam desta funesta tarefa de enganar a todo o mundo? Sabemos alguma coisa mais concreta sobre esta potência maléfica, de suas atividades, de seu poderio? Satanás e os anjos caídos, são poderes reais que atuam na vida e experiência humanas, ou constituem mera referência alegórica?

No Antigo Testamento acha-se registrada a triste história daquele que uma vez fora o ser angelical mais exaltado do universo: Lúcifer, a quem Deus criara perfeito e dera a elevada missão de “querubim da guarda”, pois era o “filho da alva” (Ezeq 28:12-18, Isaías 14:12-16). Porém ele permitiu que a soberba e a ambição o corrompessem, pois quis ser semelhante à Divindade, e ao iniciar uma campanha entre os anjos para seduzi-los, encabeçou uma rebelião contra o governo de Deus, pelo que foi aviltado e arrojado de sua magnífica morada, arrastando em sua queda importante parte da hoste celestial, que conseguira enganar.

O apóstolo Paulo, falando com a autoridade que lhe confere sua inspiração divina, sobre a natureza e existência real do diabo e sua côrte, afirma: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e , sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebrosos, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:12).

O inspirado escritor do Novo Testamento menciona aqui forças espirituais do mal, principados e potestades que, embora invisíveis aos olhos humanos, são de existência absolutamente real, que guerreiam contra os filhos de Deus, de tal maneira que nossa luta como seres humanos é bastante desigual, pois não a entabulamos contra inimigos semelhantes a nós, de carne e sangue, mas contra esses opositores muito mais temíveis, pois que ocultos na sombra.

Filiação dos Espíritos Invisíveis

Esta notável referência foi confirmada por uma clara acusação que o Senhor dirigiu a um grupo de judeus, ao dizer-lhes: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhes aos desejos”. E continuando seu discurso sobre o diabo disse: “Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44).

Assim sendo, os misteriosos personagens que produzem as estranhas manifestações sobre-humanas, nas sessões espíritas tem três características distintas:

a) São espíritos invisíveis, ou seja “hostes espiritusias”.

b) São mentirosos e enganadores, porque afirmam seros espíritos dos mortos, quando a Bíblia estabelece a impossibilidadede semelhante pretensão.

c) São poderosos, inteligentes, sobrenaturais, capazes de efetuar tarefas impossíveis para o homem.

Precisamente essas três características são preenchidas por Satanás e os demônios ou anjos caídos, pois conforme os textos bíblicos enunciados, trata-se de seres não de carne e sangue, mas espirituais e invisíveis; ademais são seres mentirosos, que procedem do pai da mentira, e que enganam “a todo mundo”; e por fim possuem poderes sobre-humanos.

Quando o apóstolo Paulo se refere à aparição do Anticristo, diz que “o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com grande poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça,” com o qual fica confirmado o caráter enganoso do diabo e seus anjos, e sua faculdade de realizar milagres e prodígios assombrosos que transcendem o poder humano.

Estes espíritos maléficos de filiação satânica se relacionam estreitamente com os seres humanos, buscando influir em seus pensamentos e ações, criando egoísmo, atiçando desinteligências, promovendo ódios, crimes e toda sorte de pecados e maldades.

Qualquer destes espíritos, que tivesse acompanhado uma pessoa através da vida, interessando-se em tudo quanto faz e influenciando-a para o mau sentido, a fim de conseguir sua final destruição, acha-se tão compenetrado de seus segredos e idiossincrasia, que depois de sua morte está em condições de reproduzir sua voz, sua letra, seus contornos físicos, sua fisionomia e aparecer em uma câmara espírita fazendo-se passar pelo morto. Por outro lado, Satanás e seus demônios podem realizar todas as demais manifestações milagrosas, próprias dessas reuniões. Foi muito fácil, para um desses espíritos, fazendo-se passar pelo espírito daquela irmã da Sra N___, revelar ao Sr. José Benjamim, no Forester´s Hall, toda uma série de preciosos detalhes de sua vida.

Porém a obra mestra de fraude que o diabo e seus anjos efetuam não termina aqui, pois ele procura enganar, se fosse possível, até aos filhos de Deus, já que nosso Senhor Jesus Cristo, em Seu memorável sermão profético, ao referir-se aos falsos cristos e falsos profetas que procurariam falsificar o acontecimento glorioso de Sua segunda vinda (Mt 24:5 e 11), faz a seguinte advertência: “Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar se possível, os próprios eleitos.Vêde que vo-lo tenho predito. Portanto se vos disserem: Eis que Ele está no deserto! não saiais: Ei-lo no interior da casa! não acrediteis. Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser avinda do filho do Homem” (Mt 24:23-27).

Cristo virá segunda vez com poder e grande glória nas nuvens do céu, e todo o olho o verá, de forma tão visível e manifesta como o relâmpago que fulgura no céu numa noite tenebrosa. Porém entre os diversos métodos com que o arquienganador procurará falsificar este glorioso sucesso, figura o do “interior da casa”. Pelo que Jesus mesmo adverte que quando “vos disserem: … Ei-lo no interior da casa! Não acrediteis”. Efetivamente, tem sido proclamada a aparição de Cristo no interior de centros espíritas, e se tem publicado inumeráveis mensagens como provenientes do espírito de Cristo, aparecido a instâncias de um médium numa sessão espírita. Eis aí a culminação das enganosas pretensões do espiritismo.

Embora apreciemos profundamente a todos os espíritas sinceros, vemo-nos na obrigação de estabelecer com a autoridade da divina Palavra inspirada, a filiação satânica do espiritismo, cuja prática não só engana e afasta o homem do Evangelho salvador, mas perturba a alma, submerge o ser humano na desorientação e desespero, e frequentemente lhe transtorna as faculdades mentais. Conversávamos, não faz muito tempo, com um profissional que trabalha no maior hospício de alienados da cidade de Buenos Aires, e ele nos disse que nas histórias clínicas de grande quantidade dos enfermos mentais do estabelecimento, figura a constância de que tiveram vinculação com o espiritismo.

Esta é a razão pela qual, de maneira terminante e enfática, a Bíblia condena o espiritismo e o proscreve como abominação ao Senhor. (Deut 18:10-12).

A pergunta que fica por responder é agora a seguinte: Se os espíritos do espiritismo não são os dos mortos, mas os de Satanás e dos demônios, onde estão os mortos? Que é inferno? Estão alguns dos mortos ardendo no fogo eterno que nunca se pagará, e outros gozando das bem-aventuranças do paraíso? Este é o tema que, mercê de Deus, abordaremos no próximo estudo.

Proteção Eficaz

Não obstante, ao finalizar estas considerações, queremos fazê-lo com chave de ouro. É certo que Satanás e seus anjos são seres reais de um poderterrível e extraordinário. Écerto que o diabo, vosso adversário,  - segundo a expressão de S.Pedro – “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (I Pedro 5:8). É certo que “o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Apoc 12:12). Porém é gloriosamente certo também que Satanás é um inimigo vencido, um adversário derrotado. Falando proféticamente da ocasião em que o Senhor havia de espirar, como nosso Salvador na cruz do Gólgata, a fim de nos devolver a vida eterna que o diabo nos quiz tirar, Cristo exclamou: “Eu vi a Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Lucas 10:18).

Todo filho de Deus pode fazer sua a vitória conquistada pelo mártir do Gólgota, reclamando com fé o poder divino e aceitando a Jesus como seu Salvador. Por isso é que o apóstolo Paulo, quando menciona quão temíveis são essas potências espirituais contra as quais temos que batalhar, nos dá este conselho: “Revesti-vos de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; … embraçando sempre o escudo da fé com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Efés 6:11-16). “Graças a Deus” – prorrompe mais adiante com entusiasmo – “que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor JesusCristo” (1 Cor 15:57). “Resisti ao diabo” – aconselha o apóstolo Tiago – “e ele fugirá de vóz” (Tg 4:7). Apeguemo-nos ao poder de Deus, invoquemos a presença permanente de Cristo em nosso coração, cujos tesouros de onipotência se acham a nossa inteira disposição, e seremos homens e mulheres vitoriosos, felizes e salvos.

Por outro lado, na mente do cristão não pode haver nenhum temor aos espíritos maléficos, porque ele conta com a proteção maravilhosa dAquele que está acima de todapotência espiritual, que deixou para Seus filhos estas terminantes promessas:

“O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente2 diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo. Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia, nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia. Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios. Pois disseste: O SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. (Salmo 91:1-12).

A leitura de passagens como esta e o conhecimento do que a Palavra de Deus ensina sobre o problema dos espíritos, bem como a experiência de inúmeras pessoas que tem presenciado em sua própria vida o cumprimento das declarações divinas, deve encher-nos de confiança, dissipar todo o temor, e infundir-nos a mais absoluta segurança no cuidado vigilante e no amor protetor de nosso Pai Celestial.

Texto extraído do Livro Paz na Angústia de Fernando Chaij (CPB – 1967).
Via Sétimo Dia

Sem Temor do Além-Túmulo



Em todos os tempos, o homem tem especulado o profundo mistério da morte, porque a cessação da vida e a condição do além-túmulo lhe proporcionam um dos mais apaixonados problemas, que a filosofia, a Ciência e a teologia, respectivamente, tem procurado resolver.

Em que pesem os esforços realizados por estas disciplinas, porém, e as doutrinas sustentadas pelas diversas modalidades do cristianismo popular, não se tem conseguido trazer paz aos espíritos perturbados de milhares de pessoas, que vivem na incerteza ou experimentam grande sensação de angústia pelo temor da morte e do além-túmulo.

Não obstante, o plano divino para a família humana é que seus membros vivam felizes e tranquilos. A tônica do cristianismo verdadeiro, tal como desponta nas Sagradas Escrituras, é uma vida de gôzo e paz, muito embora os problemas comuns a todos os homens. S.Paulo descreve a condição do homem que se acha em harmonia com Deus e que abraça o evangelho, com estas palavras: “Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos sempre no Senhor.” (Filipenses 3:1). E reitera mais adiante este simpático conceito:”Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos…Não andeis anciosos de coisa alguma…E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:4-7).

Tanto estes parágrafos, como dezenas de outros que os escritores bíblicos deixaram registrados, falam de uma paz abundante, de uma confiança sem limite na bondosa direção e no amor de Deus, de um gôzo autêntico, que somente conhece aquele que tenha feito de Jesus o pensamento orientador de sua vida.

Assim pois, o temor do além-túmulo se torna irrazoável para o cristão, e obedece a um desconhecimento da verdade evangélica e das múltiplas provisões divinas para o bem do homem. Na realidade, as dúvidas, a confusão e a ignorância popular sobre um assunto tão ligado à vida, como é a morte e a condição do além-túmulo, estão muito generalizadas.

Ante a Incerteza do Desconhecido

Quantas vezes, ante o rosto hirto de um amigo ou ente querido, jazente nos braços da fria noite, talvez arrebatado de forma repentina de nossa companhia, tenhamos formulado as seguintes perguntas: – Que será dele? Teminou tudo? Se não, para onde vão os mortos? Podemos comunicar-nos com eles? Voltarão a viver algum dia?

O poeta também expôs esse mesmo problema em versos que nos deixam pensativos com sua dúvida cadenciosa:

“Volta o pó ao pó?
Volta a alma ao Céu?
Tudo é vil matéria,
podridão e lodo?
Não sei, porém há algo
que explicar não posso,
que tanto me infunde,
repugnância e nojo…”

Nos remotos albores da história, Jó, um dos primeiros e mais notáveis patriarcas bíblicos, formulava a si mesmo esta pergunta no formoso poema que constitui seu livro: “O homem, porém, morre, – afirmava ele, e fica prostrado; expira o homem, e onde está?…Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” (Jó 14:10 e 14).

O apogeu extraordinário que está conseguindo em nossos dias o espiritismo, com sua dourada promessa de resolver este grave problema e pôr em comunicação o mundo dos vivos com o dos mortos, revela a magnitude do temor ao além; ao mesmo tempo, demonstra quão sedutor e quão profundamente arraigado está na alma o anelo de desvendar o mistério da morte.

E sendo assim, em torno da condição do ser humano no além-túmulo e a possibilidade de que a porta deste mistério seja franqueada aos vivos, assim como em torno da idéia de que os mortos voltam a viver, tem-se tecido uma série de conceitos e hipóteses que se foram evoluindo com o correr do tempo, daí resultando posições matafísicas, dogmas teológicos, teorias pseudo-científicas e doutrinas espiriritualistas, não obstante as quais, a humanidade ficou tão na penumbra como se encontrava em suas origens.

Após as grandes guerras do século passado, este afã dos homens de comunicar-se com seus mortos, intensificou-se muito, dando lugar a esforços sinceros por consegui-lo, até mesmo por parte de homens de ciência e inventores, como T.A.Edison, que tentou construir um receptor suficientemente poderoso e sensível, para poder captar as mensagens dos supostos espíritos humanos desprendidos de seus corpos por ocasião da morte.

O certo é que, seja pela influência do espiritismo e demais correntes espiritualistas que ensinam a transmigração das almas e sua reencarnação, seja pela do cristianismo popular que fala da existência de um Céu, um purgatório ou inferno para onde vão as almas assim que morrem os humanos, tem-se generalizado o conceito de que a alma é imortal. Não é nosso propósito estender-nos aqui na evolução histórico-filosófica do conceito e natureza da “alma imortal”, conceito este pelo qual concluiram os diferentes sistemas espiritualistas e o cristianismo popular. Forçosos é reconhecer que não ganharíamos muito com isso.

Um problema de tal transcendência como o que nos ocupa, nem o estudo histórico e filosófico, nem a investigação científica são capazes de trazer luz. A inteligência e o raciocínio humanos, deixados com seus únicos recursos, podem dar ao assunto as mais díspares soluções, sem chegar nunca à absoluta certeza de haver alcançado a verdade de forma fidedigna e incontrovertível.

Num tema tão debatido e que de forma tão genérica foge à experiência do homem, o critério de autoridade humana é de todo insuficiente. A solução definitiva não se poderá conseguir recorrendo à opinião dos filósofos, às hipóteses dos homens de ciência, e tampouco, às declarações dos teólogos das mais altas esferas do espiritualismo.

Uma Fonte mais que Humana

Torna-se indispensável recorrer a uma fonte mais que humana: A Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras, que contém de forma pura nada menos que a revelação da verdade divina, e que portanto, nos oferece a solução para os grandes mistérios da vida.

Sim, essa fonte inspirada, que tem demonstrado ser digna de nossa mais absoluta confiança, devido ao admirável e preciso cumprimento de suas maravilhosas profecias que prediziam o curso da história com milhares de anos de antecipação; esse livro extraordinário e fundamental do cristianismo que, por haver sido divinamente inspirado, resolve os enigmas cardinais da alma, aclara também esta grande dúvida do coração, e desanuvia esta tremenda incógnita, infundindo-nos paz, confiança, consolo e segurança.

Somente o criador da vida se acha capacitado para aclarar todos os mistérios do coração, e o fez com clareza através de Sua Palavra. Portanto, passemos a analisar o que a própria Bíblia ensina acerca do estado dos mortos e das possibilidades que temos de obter a imortalidade.

Alma e Espírito

Em primeiro lugar, temos que elucidar uma questão fundamental. Que é alma, e que é espírito, segundo as Escrituras Sagradas?

Para responder a estas perguntas necessitamos desembaraçar-nos de um conceito que se tem arraigado profundamente na consciência popular e que, herdado do paganismo, e transmitido pela filosofia grega ao cristianismo decadente, que rapidamente se vai distanciando dos ensinamentos originais revelados na Sagrada Escritura, plasmou na mente do povo a idéia de que a alma ou espírito é uma entidade consciente, pensante, indestrutível e eterna que se desprende do corpo e continua vivendo, gozando, sofrendo, após a morte.

O fato é, sem dúvida, que em nenhuma parte das Sagradas Letras achamos o mais leve pretexto para essa crença tão identificada com esta maneira de pensar. A palavra alma é traduzida dos vocábulos hebraicos no Antigo Testamento: NEPHESH e N`SHAHMAH, e de um vocábulo grego no Novo Testamento> PSUCHê. Todos estes vocábulos são traduzidos de diferentes maneiras numa multidão de passagens bíblicas, porém através dessas versões revela o sentimento mais fundamental e primário de CRIATURA, PESSOA, VIDA.

Por outro lado, é notável que nenhuma passagem da Escritura fale da alma como imortal ou eterna; antes pelo contrário, numa grande quantidade de textos da Bíblia achamos referência à morte e à mortalidade da alma. Para ilustração citaremos apenas três:

a) “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezeq 18:4)

b) “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mateus 10:28)

c) “A sua alma morrerá na tempestade” (Jó 36:14 -Trad. de Matos Soares).

De maneira que é categórica a conclusão de que, na revelação divina, não se estabelece a existência de uma alma imortal.

Por outro lado, a palavra ESPÍRITO traduz-se no Antigo Testamento do vocábulo hebraico RUAHH, e no Novo Testamento da palavra grega PNEUMA, e o sentido primário e fundamental de ambos os termos é ALENTO, SOPRO, RESPIRAÇÃO.

Nem a palavra alma nem o vocábulo espírito, tais como são usados na Bíblia, dão margem a entender que se refiram a alguma entidade que se pode desprender do corpo na morte, continuando a viver, pensando, sofrendo, reencarnando-se etc.

O Processo de Formação do Ser Humano e sua Desintegração

Para que possamos captar o sentido preciso destes dois vocábulos chaves, para a solução do problema que nos ocupa, vejamos como são empregados numa passagem bíblica clássica, muito interessante porquanto descreve o processo de formação do ser humano: “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego [original N´SHAHMAH: ESPÍRITO] de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2:7).

Daqui se depreende com clareza que o espírito é o fôlego, alento ou sopro de vida que o criador fez desprender de Si mesmo para infundi-lo no corpo, o soma, a matéria cósmica modelada por Suas mãos, o que resultou numa alma vivente, um ser vivo, ou seja uma pessoa.

Ao descreveras Sagradas Escrituras o processo inverso da criação do homem, querdizer, o processo da morte, confirma a correta compreensão desta verdade, pois fala que “o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ecles. 12:7). E o Salmo 104 (verso 29) diz: “Se lhes cortas a respiração, morrem, e voltam ao seu pó”.

Efetivamente, assim como ao criar o homem Deus infundiu o espírito de vida ou alento vital na matéria inerte, feita de pó e de terra, e poresse espírito o corpo, composto de matéria organizada, porém hirta, se converte em pessoa viva ou alma vivente, quando o homem morre, o corpo (pó) volta para a terra, se decompõe e se transforma em terra. A morte ocorre, por seu turno, porque o espírito, ou seja o sopro de vida que procede de Deus, volta a Deus que o deu.

Este duplo processo é perfeitamente ilustrado pelo que ocorre com a luz elétrica. A luz ou lâmpada apagada é o corpo hirto. A corrente é o espírito ou alento de vida que procede de Deus. A lâmpada ligada, que desprende luz, é a alma vivente. Movemos a chave, dando passagem à corrente que chega à lâmpada, e esta se liga. Deus move a chave do Seu poder enviando a corrente vital, e o corpo se converte num ser vivo, uma alma vivente. Voltamos a fechar a chave cortando a corrente, e a luz se apaga. Deus retirado organismo Sua corrente vital, o espírito ou sôpro de vida que volta à grande central, e o homem morre, deixa de ser, e seu corpo volta para o pó.

Se isto é certo, depois da morte não há nenhuma parte do ser humano que continue vivendo, e portanto a condição do além-túmulo é de absoluta inconsciência, semelhante ao sono são e profundo.

Condição do Além-Túmulo

Quando o Senhor Jesus falou da morte de Lázaro, enquanto se achava a caminho para ressuscitá-lo, disse a Seus discípulos: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (João 11:11). E em Eclesiastes (capítulo 9, versos 5 e 6) Lê-se: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não tem eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”.

De acordo com esta doutrina de absoluta inconsciência do homem após a morte, o Salmo 146, verso 4, declara: ” Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios”.

Em nenhuma parte da revelação divina se fala de um purgatório, nem de um inferno para o qual os homens vão logo após a sua morte, nem de um Céu em que já atualmente estejam os seres santos louvando a Deus. Oportunamente analisaremos o que a Bíblia ensina referente ao Céu e ao inferno, embora já antecipamos que a doutrina de um inferno onde ardem perpetuamente por todos os séculos da eternidade homens que pecaram por setenta ou mesmo cem anos é antibíblica, contrária a toda noção elementar de justiça e converte a deus – cuja característica suprema é o amor – num Deus de crueldade infinita.

Uma verdade Consoladora

O simples ensinamento bíblico da inconsciência absoluta do homem durante o sono profundo da morte, é mais consolador e bem-aventurado que a idéia de que alguns de nossos amados estão sofrendo tormentos inenárraveis, num fogo que arde perpetuamente, com a horrenda perspectiva de que arderá, para continuar queimando-os, por todos os séculos da eternidade.

Termina então tudo com a morte? De maneira alguma. A insconsciência perfeita dos mortos continua só até o dia da ressurreição. Entre os imortais ensinamentos de N.S.Jesus, o apóstolo João registra o seguinte: “Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição e a vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5:28-29).

Uma das verdades mais estimulantes que encontramos nas sagradas páginas é a de que esta vida é só uma oportunidade de preparo para uma eternidade feliz, numa pátria nova onde não haverá mais dor nem tristeza. Todas as profecias bíblicas culminam com a predição de um sucesso glorioso, que assinalará o fim do reino do mal e da injustiça, e a inauguração de uma ordem perfeita, numa terra transformada por Deus, para que nela habitem os seres humanos felizes que se tenham preparado para a eternidade. Esse acontecimento será o retorno majestoso de Cristo à Terra para terminar com a maldade e instaurar um reino de justiça, paz e felicidade perfeita e permanente.

Quando o apóstolo Paulo se refere a este grandioso evento escreve: “Nós os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus” (1Tess 4:15-16). Eis aí a magnífica descrição da segunda vinda de Cristo à Terra, fato iminente na época em que vivemos.

Porém, na linha seguinte, a apóstolo fala dos fatos culminantes que ocorrerão como resultado desse magno episódio da História, que é o retorno majestosos do Senhor: “E os mortos em Cristo, ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos pois” – finaliza Paulo – “uns aos outros com estas palavras” (1 Tess 16-18).

Efetivamente, não existe uma fonte maior de consolo, de esperança e de paz para o coração angustiado pelo medo do além-túmulo, que esta formosa e dupla segurança: a de que nossos mortos descansam em paz sem sofrimento algum, e que logo, quando se ouvir a trombeta do arcanjo, os que baixaram à tumba com a fé posta em Jesus, ressuscitarão gloriosos para participar de uma vida feliz e imortal.

Extraído do Livro Paz na Angústia (CPB 1967) de Fernando Chaij. 
Via Sétimo Dia

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