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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Será que Deus Destrói?

Por William McCall
Foram os terremotos recentes no Haiti e Chile juízos de Deus? E o tsunami no Oceano Índico em 2004? E o furacão Katrina em 2005? Parece que toda vez que ocorre uma catástrofe de grandes proporções, algum perito religioso dá a Deus o crédito da culpa.
Deus é rápido para infligir desastres? Ele não se importa quando pessoas inocentes sofrem? Deus é um terrorista que atinge tanto as pessoas boas quanto as pessoas más, sem aviso?
Este tipo de opinar, depois do fato, aparece como auto-justificativa, e pinta Deus como um tirano. Isso leva muitas pessoas a rejeitarem o Deus da Bíblia, tendo-o como injusto, vingativo, e pronto para destruir a vida humana em qualquer momento. É fácil, basta ler a Bíblia, para ficar com a ideia de que Deus está constantemente infligindo desastre sobre os seres humanos. Mas é importante ter em mente que o Antigo Testamento abrange milhares de anos, assim os juízos sobre os ímpios são raros. No entanto, existem histórias na Bíblia sobre Deus infligindo desastres naturais na Terra, por isso é importante que nós examinemos algumas dessas lições para ver o que elas podem nos ensinar, enquanto contemplamos as catástrofes que atingem o nosso planeta hoje.
O Dilúvio de Noé
O primeiro registro bíblico de um julgamento de Deus é a história do Dilúvio. E a primeira pergunta que surge em nossa mente é: Por que um Deus amoroso destruiu toda uma população global de seres humanos a quem ele mesmo havia criado? A Bíblia dá a resposta. Descrevendo o mundo antes do dilúvio, ele diz: “A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra. Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra” (Gênesis 6:11-13). Em nosso mundo moderno, nós encarceramos as pessoas violentas como uma proteção para a sociedade. Mas o que acontece quando toda a ordem social torna-se violenta? Esse aparentemente foi o caso antes do Dilúvio. Quando Deus olhou para baixo na terra, Ele viu que os seres humanos tornaram-se tão perversos que Ele se arrependeu mesmo de tê-los criado! E a solução era destruir o mundo.
Mas primeiro ele mandou o seu servo Noé construir um grande barco, chamado de “arca”, em que qualquer pessoa que desejasse poderia ser salva. Então, Ele deu a Noé 120 anos para dizer ao povo o que estava por vir. Infelizmente, no final, apenas Noé e sua família escolheram entrar na arca.
Desta história podemos aprender duas lições importantes sobre as catástrofes naturais que Deus provoca. Primeiro, ele adverte as pessoas sobre o desastre à frente do tempo, com antecedência e, segundo, ele fornece uma maneira de escapar.
Sodoma e Gomorra
Nós vemos estas mesmas lições da história em Sodoma e Gomorra, duas cidades muito ímpias no tempo de Abraão. De acordo com a história da Bíblia, Deus enviou dois anjos a Sodoma para avisar as pessoas do seu plano de destruir a cidade, mas em vez de aceitarem o aviso, os cidadãos tentaram atacar os anjos. Ló os protegeu, e eles passaram a noite com ele e sua família. Na manhã seguinte, eles apressaram Ló e sua família para fora da cidade antes que ela fosse destruída. Novamente, vemos que Deus deu um aviso e forneceu uma maneira de escapar, mas as pessoas se recusaram a aceitá-la. Devido à relação de Ló e Abraão, os anjos levarem ele e sua família para fora da cidade, quase contra a vontade deles.
Há uma outra lição da história de Sodoma e Gomorra. Vou começar por dar-lhe um teste simples de seu conhecimento da Bíblia. Verdadeiro ou falso: Abraão orou para a destruição de Sodoma. A resposta, evidentemente, é falso. Abraão orou para que Deus poupasse Sodoma. A Bíblia diz que Abraão, se aproximou de Deus e disse: “Destruirás o justo com o ímpio? Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar por amor dos cinqüenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra? Então, disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles” (Gênesis 18:23-26).
A partir disso aprendemos que  havendo algumas pessoas boas em uma população, uma população inteira pode ser poupada da destruição.
A história de Jó
Os dois primeiros capítulos na história bíblica de Jó nos ajuda a compreender algo mais sobre a relação de Deus para com o desastre, embora neste caso o desastre foi a um único indivíduo e sua família. A história começa com uma conversa entre Deus e Satanás. Deus considera Jó como um dos seus servos mais fiéis, mas Satanás desafia-o sobre isso. Claro, Jó lhe serve! Satanás diz com vigor. Veja como Você o abençoou! Ele tem 7.000 ovelhas, 3.000 camelos, 1.000 bois e 500 jumentos! Jó é um homem rico! Em seguida, vem o desafio de Satanás, Tire tudo o que possui, e Jó vai te amaldiçoar na tua face.
Então, Deus diz a Satanás, Vá em frente. Leve tudo para longe dele. Só não toque o seu corpo.
Em 24 horas, a riqueza de Jó foi exterminada. Porém, através de toda esta perda da riqueza, Jó manteve sua fidelidade a Deus.
Então, Satanás volta para Deus e diz: OK, Jó foi fiel a você mesmo perdendo toda a sua riqueza, mas deixe-me tocar em seu corpo, e ele te amaldiçoará na tua face!.
Então, Deus disse: Vá em frente. Prejudique-o fisicamente. Apenas poupe sua vida.
Logo Jó irrompe com furúnculos por todo o corpo. A dor é tão insuportável que a esposa diz: “Por que você não amaldiçoa a Deus e morre?” Durante a maior parte do resto do livro, quatro amigos de Jó (se é que podemos chamá-los assim) continuam insistindo que o seu sofrimento é uma punição de Deus por seus pecados. Mas Jó mantém a sua fidelidade a Deus.
Para o nosso propósito neste artigo, o ponto da história é que o sofrimento de Jó foi causado por Satanás, e não por Deus. Este é um ponto extremamente importante para observarmos como nós consideramos as causas das catástrofes naturais que atingem o nosso planeta.
A História de Jonas
Jonas dá-nos a história de um julgamento de Deus que não aconteceu. Esta história revela mais sobre o coração de Deus do que todas as outras histórias sobre os seus juízos, na Bíblia. Jonas é um profeta israelita, e Deus lhe diz para ir a Nínive e avisar os seus habitantes que a cidade seria destruída em 40 dias. Nínive era a capital da antiga nação assíria e uma cidade muito ímpia. Os assírios eram um povo cruel, que foram responsáveis pela captura, deportação e escravização das tribos do norte de Israel.
Jonas teve medo de ir a Nínive e realmente tomou um barco no Mediterrâneo na direção oposta! Você sem dúvida sabe o resto da história: Deus faz com que uma grande tempestade apareça, os marinheiros jogam Jonas no mar, ele é engolido por um peixe grande (a Bíblia não o chama de baleia), e o peixe o cospe para fora em terra seca. Novamente, Deus manda Jonas para advertir o povo de Nínive que sua cidade estava prestes a ser destruída, e desta vez Jonas coopera. E o povo responde. Eles se arrependem, e a cidade é poupada.
Jonas ficou zangado com Deus quando a cidade não foi destruída, mas Deus disse, “Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?” (Jonas 4:11). Aparentemente, Deus não somente teve compaixão do povo, mas do seu gado também!
Contrariamente à percepção de algumas pessoas do Deus do Antigo Testamento, Ezequiel cita Deus dizendo: “Tão certo como eu vivo. . . Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim que se converta dos seus caminhos, e viva’” (Ezequiel 33:11).
O que nós aprendemos
Aprendemos várias lições dessas histórias bíblicas sobre catástrofes naturais. Em primeiro lugar, a partir da história de Jó, nós aprendemos que Satanás e não Deus é muitas vezes a causa das catástrofes. No entanto, quando os seres humanos chegam a um certo ponto em seus maus caminhos, Deus pode resolver o problema, provocando um desastre natural que destrói. Mas, se o desastre é verdadeiramente de Deus, Ele vai avisar o povo antes do tempo. Se se arrependerem e mudarem seus maus caminhos, Ele pode mudar seu propósito e se recusar a trazer o desastre. Se o povo como um todo não se arrepender, ele irá fornecer uma maneira para que aqueles que são leais a ele escapem.
Mas talvez a lição mais importante que podemos aprender com essas histórias da Bíblia é que não é de nossa alçada fazer juízos de valor sobre as vítimas de um desastre. Eles têm bastante sofrimento para lidar logo em seguida. Eles não precisam de nós culpando-os pelo desastre. Como cristãos, ao invés de condená-los, devemos fazer tudo que pudermos para ajudá-los.
A Bíblia adverte que nos últimos dias, o mal na história da Terra vai se tornar novamente desenfreado. O pior terremoto de todos os tempos – um terremoto que irá abalar todo o planeta – situa-se bem diante de nós. Este terremoto será tão terrível que as montanhas do mundo irão achatar-se e as ilhas do mar irão desaparecer (Apocalipse 6:14; 16:18-20). No entanto, Deus já está alertando o mundo desta terrível calamidade que se aproxima. Ele está chamando as pessoas em toda parte para  “adorar aquele que fez os céus e a terra, o mar e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7).
A questão-chave, como com todos os desastres que Deus faz é como vamos reagir. Seu convite continua de pé. Qual é a sua resposta?

Fonte: Sétimo Dia

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Senhor, Ajuda-me a Suportar o Sofrimento.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Conte tudo para Ele

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terça-feira, 3 de abril de 2012

A Única Coisa Que Consegue Parar Deus


"Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste, logo se lhe estancou a hemorragia. Mas Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro [com seus companheiros] disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem [e dizes: Quem me tocou?]. Contudo, Jesus insistiu:

Alguém Me tocou, porque senti que de Mim saiu poder. Vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante dEle, declarou, à vista de todo o povo, a causa por que lhe havia tocado e como imediatamente fora curada. Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz" (Lucas 8:43-48). 

O toque humano tem o poder de conter Deus.
Sim, de fazê-lO parar.
de detê-lO.
de fazê-lo consciente de seus problemas,
sua dor,
sua petição.

"Oh", diz você, "não é possível. Deus não Se importa comigo. Ele não se interessa pelo que acontece comigo, um indivíduo tão pequeno em meio à Sua enorme criação.
Quem sou eu, ou o que sou eu para que Deus repare em mim?"
Bem, está registrado.
Está escrito, preto no branco
que, detido pelo toque de uma mulher doente, Ele
Se virou

Aquele que conquistou a morte
Aquele que derrotou Satanás
Aquele a quem todas as legiões do inferno não conseguem deter
Aquele que é o Rei dos reis.
Ele se deteve, apenas por uma mulher doente,
e sem nome, que tocou a barra de Sua veste. - Peter Marshall. 

Prece ao Médico dos médicos

Ó mais bondoso dos Médicos,
Ajuda-me a entender que os sãos não se esforçaram para chegar a Ti.
Juntaram-se, formando multidões,
mas os que sofriam muito é que estenderam a mão para Te segurar...

Ajuda-me a compreender, Senhor Jesus,
que a fé da mulher que sofria de hemorragia foi forjada na bigorna do sofrimento,
durante doze longos anos.
Anos de decepções, de sonhos despedaçados.

Obrigado, Senhor Jesus, por olhares para todas as hemorragias de minha vida com olhos de miseric6rdia,
olhos que entendem, que enxergam toda a minha história.
Obrigado por Tua disposição para estancar meu sofrimento.
E obrigado porque posso depositar meus problemas a Teus pés
e seguir meu caminho em paz... - Ken Gire.

sábado, 10 de março de 2012

O Problema da Dor e do Sofrimento Humano


 
As seguintes perguntas nos devem levar à reflexão e a preparar o espírito para melhor compreensão deste tema.
a) É a dor um bem ou um mal?
b) Por que pessoas boas sofrem grandes males, enquanto maus e perversos, muitas vezes, estão livres de infortúnios?
c) O que nos ensina uma melhor lição: a dor, o sofrimento; ou a segurança, a prosperidade?
d) Por que Salomão diz em Ecles. 7:2 que é melhor ir à casa onde há morte, tristeza do que à casa onde há festa, alegria?
e) Se Deus é amor e bondade por que permite Ele o sofrimento em nosso mundo?
f) Sabemos dar uma resposta bíblica satisfatória para o problema da dor e do sofrimento?
Pregação é uma mensagem divina para uma necessidade humana. Creio sinceramente que há grande necessidade de compreender bem o problema da dor e do sofrimento entre nós.
Existem pelo menos quatro idéias apresentando razões para o sofrimento:
1ª) É a Vontade de Deus.
2ª) A pessoa está recebendo o castigo, por causa do seu pecado.
3ª) Sofremos porque Deus nos está disciplinando.
4ª) O sofrimento é causado por Satanás e pelo desobediência ou ignorância do homem.
Estas quatro explicações são apresentadas na Bíblia, especificamente no livro de Jó, mas três são respostas humanas, portanto erradas, enquanto a quarta é de origem divina, logo correta.
Queremos estudá-las para que todos tenhamos boa compreensão deste problema que nos preocupa e a todos atinge.
A finalidade do livro de Jó é apresentar uma solução correta para o problema da dor e do sofrimento.
É a dor um bem ou um mal?
Dor é advertência do perigo, dor é a guarda da vida.
Zenão, filósofo grego, do III século AC. foi o criador do estoicismo. O estoicismo é a doutrina que vê no sofrimento um benefício para o homem. O lema da escola era: Dor tu és uma bênção para nós. Os estóicos sofrem sem se queixarem.

1ª) É a vontade de Deus

Muitos afirmam que as tragédias e os dissabores da vida manifestam a vontade divina.
O poeta Magalhães Muniz expressa esta mesma idéia nestes dois versos:
O sofrimento é lâmpada sagrada,
Que a mão de Deus acende em nossa vida.
Esta é a idéia dos muçulmanos. Devem aceitar o sofrimento como a vontade de Deus. Islamismo significa submissão à vontade divina.
Esta afirmação é totalmente antibíblica.
Poderá Deus desejar que seres humanos criados à sua imagem sofram enfermidades e desgraças?
O próprio Jó, a exemplo de tantos hoje, pela estreiteza da mente era incapaz de compreender os planos divinos.
Jó 30:6 – “Sabei agora que Deus é que me oprimiu.”
Jó 30:11 – “Porque Deus afrouxou a corda do meu arco, e me oprimiu…”
Jó 30:19 – “Deus, tu me lançaste na lama…”
Este raciocínio é humano, mais do que humano é diabólico, jamais endossado na Bíblia.
Deus não foi o causador do sofrimento de Jó – foi Satanás com o objetivo de que o paciente Jó visse a Deus, como um tirano e dele se afastasse.
Não tem ele conseguido este objetivo com muitas pessoas em nosso mundo?
Certo professor duma grande Universidade nos Estados Unidos foi atropelado por um carro, que o atirou ao chão, fraturando-lhe a perna. Depois de restabelecido ao assistir a um serviço religioso disse: “Não creio mais num Deus pessoal. Se houvesse Deus, Ele me teria advertido para eu tomar cuidado com o perigo do carro que se aproximava e me teria salvo dessa desgraça.”

2ª) Com o sofrimento Deus está castigando a pessoa.

O livro de Jó nos parece contraditório, conflitante em algumas de suas afirmações. Fique bem claro que Deus não está aprovando afirmações de Jó e muito menos os conceitos errados dos seus amigos.
Os três amigos de Jó – Elifaz, Bildade e Zofar argumentavam que Deus o estava castigando por causa dos seus pecados.
Elifaz declara em Jó 4:7 – “Lembra-te: acaso já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos?”
No capítulo 5, verso 6 ele é mais enfático – “Porque a aflição não vem do pó, e não é da terra que brota o enfado.”
Bildade com suas catilinárias – Jó 8: 4, 10-13 prossegue afirmando que Deus o está castigando porque ele é um pecador.
Como afirmar isto se o próprio Deus havia declarado em Jó 1:1, 8 que ele era um homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal.
“Permitiu que a aflição sobreviesse a Jó, mas não o abandonou. . . . Deus sempre tem provado o Seu povo na fornalha da aflição. É no calor da fornalha que a escória se separa do verdadeiro ouro do caráter cristão.” – Patriarcas e Profetas págs. 129.
No capítulo 11 Zofar acusa Jó de iniquidade.
Quem está certo? Deus ou os homens?
Raciocínios humanos não se devem opor aos ensinamentos divinos. Os amigos de Jó eram pessoas boas e sinceras, mas com noções erradas a respeito do caráter de Deus.
Se passarmos ao Novo Testamento veremos que os discípulos também pensavam da mesma maneira. Encontrando o cego de nascimento perguntaram a Jesus: “Quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? A resposta de Cristo é enfática e elucidativa: “Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus”. João 9:1-3.
Calamidades e desastres não significam castigo por pecados pessoais. Bons e maus se acham juntos na Terra e as tragédias sobrevêm a uns e a outros.
Como harmonizar esta declaração com as afirmativas bíblicas de que Deus cuida de seus filhos, que os anjos são seres ministradores enviados a nosso favor?
Após a triste tragédia que atingiu o Pastor José Monteiro, o Pastor _Enoch de Oliveira faz mais ou menos a seguinte declaração perante a Mesa Administrativa do IAE: “Está havendo poucos desastres diante da maneira ousada e imprudente de nossos pastores dirigirem seus automóveis”.
Deus não vai intervir quando nós infringimos as leis do trânsito. Ele não vai operar um milagre, quando alguém cansado e vencido pelo sono, continua dirigindo o seu carro como muitos têm feito e como eu também já fiz. Da mesma maneira que Ele não pode intervir, ajudar-nos ao sermos desrespeitadores das leis da saúde, transgressores de leis criadas por Ele. Mas quantas vezes o povo de Deus não tem sido livrado da morte e dos sofrimentos que Satanás provoca como mundo.
Três vezes Cristo faz referências a Satanás como Príncipe deste mundo: João 12:31; 14:30; 16:11.

3ª) Sofremos porque Deus nos está disciplinando.

Não está esta idéia bastante arraigada em nosso meio?
O quarto acusador de Jó, o jovem Eliú parece ser o pai deste argumento. Isto está bem confirmado no capítulo 33:19 e 29. Há muitos Eliús em nossos dias, bem intencionados, mas totalmente equivocados quanto ao modo de Deus agir com o homem.
Muitos admitem que Deus em Sua infinita sabedoria e bondade submete o homem a uma tortura cruel para purificá-lo.
Alguém afirmou: “O sofrimento é a escada da purificação”.
Em um Estudo Bíblico estampado na Revista Adventista do mês de Abril de 1952 pág. 11, há esta afirmação: “Deus nos purifica mediante a aflição. Isa. 48:10; Jó 23:10.”
Se fosse assim não deveríamos abrandar o sofrimento, porque seria contrário aos planos divinos. Sabemos que é uma obra divina o aliviar a dor. Se a perfeição fosse adquirida pelo sofrimento teríamos a salvação pelas obras. As penitências teriam a aprovação divina. A salvação só é obtida pela graça de Cristo mediante a influência do Espírito Santo no coração.
Note bem: Se Deus usasse a dor, o sofrimento para nossa disciplina haveria uma incoerência com a teologia bíblica que ensina algo diferente. I Cor. 3:16-17. Ainda mais o apóstolo João, em sua terceira carta, verso 2 declara: “Desejo que tenhas saúde”.
Há uma íntima relação entre a saúde do corpo e da alma. A condição física afeta a condição da alma, portanto o sofrimento não pode purificar a alma. Lendo o livro Temperança, especialmente, o capítulo Fumo, notaremos a nítida relação entre a saúde do corpo e da alma.
Mas não diz a Bíblia que Deus corrige, admoesta, disciplina os seus filhos?
Apoc. 3:19 – “Eu repreendo e castigo a quantos amo.”
Heb. 12:6 – “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita todo filho a quem recebe.”
Sempre que Deus tomou medidas disciplinares com os homens, quando a sua maldade era extrema como no Dilúvio e em Sodoma e Gomorra, antes de fazê-lo enviou mensageiros apelando para que as pessoas se arrependessem. Já o fez e o fará novamente no futuro, mas Isaías 28:21 nos diz que esta obra é uma obra estranha à personalidade divina.
Alguém estará raciocinando assim: “Se as idéias dos amigos de Jó estão relatadas na Bíblia, então elas são certas.”
A resposta a esta afirmação está em Jó 42:7 e 8. Deus repreendeu os amigos de Jó por havê-lo acusado injustamente, por haverem atribuído o sofrimento do patriarca à ira divina.
Através de perguntas que levassem Jó a raciocinar corretamente Deus o convence que tanto ele, quanto seus amigos, não compreendiam corretamente o trato de Deus com o homem. Nos capítulos 38 e 39 encontramos mais de 40 destas perguntas. Estas interrogaç6es, em última análise, visavam mostrar a Jó e a nós que Deus é o Criador e Mantenedor de tudo.
Jó havia lutado com um crocodilo e o havia vencido e domesticado. Jó 41:8. Se Deus se deleitava em cuidar de um animal perigoso e para nós até repulsivo como o crocodilo, quanto mais não cuidaria do homem criado à Sua imagem e semelhança? Deus não se esquecera de Jó, sofrera com ele. Como pois afirmar que Ele era o autor do castigo?
Estará Deus alheio, indiferente às nossas dores e sofrimentos? A Bíblia está repleta de afirmações que mostram a identificação divina com os que sofrem. Os exemplos são muitos, mas estes três são bastante enfáticos:
1º) Salmo 9:9 – “O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação.
2º) Salmo 41:3. O Senhor nos assiste no leito da enfermidade.
3º) II Cor. 1:4. É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação.

4ª) Qual a explicação bíblica, divina para a dor e o sofrimento?

A dor surgiu como conseqüência de um desvio das ordens divinas da parte dos nossos primeiros pais.
Prov. 26:2 última parte afirma: “Assim a maldição sem causa não se cumpre.”
A dor e sofrimento não podiam ser criados por Deus, pois são intrusos na criação divina. O culpado por estes males em nosso mundo é Satanás, e o homem que desobedeceu à ordem divina que preceituava – “mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.”
Deus dotando o homem do livre arbítrio, da liberdade, responsabilizou-o pelos seus atos. Apesar de avisado o homem contrariou os desígnios divinos.
Como alguém escreveu muito judiciosamente:
Deus fez o bem – o homem escolheu o mal.
Deus fez o homem justo, o homem procurou a impiedade.
Deus o fez feliz – ele procurou a desgraça e a miséria.
Em essência as Escrituras nos relatam o seguinte:
1º) O homem foi criado perfeito e colocado por Deus num mundo ideal.
A criação original é descrita como muito boa (Gên. 1:31), harmoniosa e ordenada, isenta de sofrimento.
2º) A condição de felicidade era obediência à vontade divina.
3º) Desobedecendo à lei divina o homem acarretou sobre si: sofrimento, miséria e morte.
“A história de Jó mostrara que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele, para fins misericordiosos.” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 471.
A sentença divina foi bem explícita – “Com dor terás filhos. Maldita é a terra por causa de ti, com dor comerás dela todos os dias da tua vida.”
A dor apareceu devido à desobediência dos nossos primeiros pais.
O poeta patrício Francisco Otaviano tornou clara a realidade de que todo o ser humano deve sofrer, pois em sua poesia Ilusão da Vida disse:
Quem passou pela vida em branca nuvem,
e em plácido repouso adormeceu;
quem não sentiu o frio da desgraça;
quem passou pela vida e não sofreu,
foi espectro de homem, não foi homem;
só passou pela vida, não viveu.
Annie Johnson Flint escreveu um lindo poema que diz:
Deus não prometeu céus sempre azuis,
veredas semeadas de flores por toda a vida;
não prometeu sol sem chuva,
nem alegrias sem tristeza ou paz sem dor;
mas Deus prometeu forças para o dia,
luz para o caminho, graças para as tribulações,
auxílio de cima, compaixão inalterável e imorredouro amor.
O profeta Daniel, não foi guardado de ir para a cova dos leões; porém o anjo do Senhor esteve, com ele ali.
José era justo, mas foi da mesma maneira para a prisão. As Escrituras dizem: “O Senhor, porém estava com José”. Gên. 39:21.
Se tivermos de enfrentar dores e tribulações devemos estar confiantes que o Senhor estará conosco.
Heb. 13:6 – “Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?”
Deus tolera o sofrimento e pode ser até que por meio de aflições, dores e tribulações esteja nos ensinando algumas lições, que de outro modo não aprenderíamos, mas jamais olvidemos que em todas nossas angústias Ele é angustiado. Isa. 63:9.
“Paulo tinha um sofrimento corporal, tinha má vista. Pensava ele que por meio da oração fervorosa a dificuldade fosse removida. Mas o Senhor tinha o Seu próprio propósito, e disse a Paulo: Não fales mais deste assunto. Minha graça é suficiente. Eu te capacitarei para suportares a enfermidade”. – Comentários de E. G. White, SDABC, Vol. VI, p. 1117.
O sofrimento corporal foi permitido para que ele não se exaltasse. II Cor. 12:7.
Foi João Batista o culpado pelo seu sofrimento da prisão, pelo desfecho trágico de sua existência? Por que Deus permitiu que isto acontecesse é quase inexplicável por argumentos humanos.
Há algumas passagens na Bíblia que não podemos compreender muito bem.
• Salmos 116:15 – “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.”
• Isa. 57:1 – “. . . pois o justo é levado antes que venha o mal.”
O que nos ensina uma melhor lição: o sofrimento, o luto ou segurança e a prosperidade?
Há uma resposta na Bíblia para esta indagação.
Ela se encontra em Eclesiastes 7:2 e 3 – “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.”
Segundo a Bíblia os discípulos de Cristo recebem de Deus a força para suportar os sofrimentos, mas em nenhum lugar ensina um comportamento estóico.
A obra de Cristo consiste em livrar o homem do sofrimento, da corrupção e da morte (Rom. 8:21; I Cor. 15:26), bem como do pecado (Mat. 1:21).
Qual deve ser a nossa atitude para com a dor e sofrimento?
A resposta se encontra em I Pedro 4:16, 19.
Devemos aceitar a dor e o sofrimento com espírito cristão. Eles nos devem levar a confiar mais em Deus.
As aflições aceitas com espírito cristão suavizam as asperezas da vida, controlam as ambições humanas, removem o egoísmo e o orgulho.
Os sofrimentos nos ensinam a paciência e enriquecem a nossa experiência.
Goethe escreveu: “Se tua dor te incomoda faze dela um poema”.
É interessante notar que muitas das mais belas páginas literárias, dos mais belos e sublimes hinos, das mais eloqüentes composições musicais foram inspirados em momentos de profunda tristeza. Foi a dor diante da morte do filho que levou Fagundes Varela a nos brindar com o Cântico no Calvário, uma das mais sublimes páginas da literatura brasileira.
Beethoven, Mozart e Haendel acometidos por cruéis sofrimentos compuseram músicas de imorredoura beleza.

Conclusão

Diante da dor e do sofrimento – os estóicos suportam, os epicuristas procuram o prazer como compensação; os budistas e os hindus, sem esperanças se retiram desiludidos; os maometanos se submetem, pois crêem ser a vontade de Deus. Mas nós firmados na palavra do Senhor os colocamos em seu devido lugar, e até podemos nos alegrar porque eles nos aproximam mais de Deus.
Graças a Deus pela declaração de O Grande Conflito, pág. 676:
“A dor não pode existir na atmosfera do Céu. Ali não mais haverá lágrimas, cortejos fúnebres, manifestações de pesar. ‘Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, … porque já as primeiras coisas são passadas.’ Apoc. 21:4. ‘E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade.’ Isa. 33:24.”
Se no início da Bíblia há o relato da entrada da dor e do sofrimento, no seu final há promessas de um novo céu e uma Nova Terra, onde tudo isto estará no passado.
Demos Graças a Deus pela orientação segura da sua Palavra, porque esperamos uma Terra onde poderemos viver felizes, sem temor, decepções e sofrimentos.
Extraído da Apostila Explicação de Textos difíceis da Bíblia de Pedro Apolinário.

sábado, 9 de julho de 2011

Como Vencer a Tristeza

PR. NEUMOEL STINA
Quem viveu alguns anos já se encontrou com a tristeza várias vezes. É o tipo de sensação que nenhum de nós jamais gostaria de ter. Há várias situações que provocam a tristeza. Por exemplo quando você perde coisas ou possessões, quando a sua empresa vai mal, ou a casa se vai em um negócio mal feito.
Quando de repente fica sem emprego, sem os amigos e você entra no mundo da solidão. Quando perde um parente através da morte ou do divórcio, parece que a tristeza é profunda e dói demais.
Em horas assim difíceis você recorre as promessas da Palavra de Deus? Ainda consegue acreditar no amor divino quando tudo esta escuro? O próprio Filho de Deus quando aqui esteve, passou por momentos de tristeza.
O profeta Isaías O chamou de homem de dores. Certamente apesar dos sentimentos de alegria por salvar a humanidade da morte, a tristeza da traição, o abandono dos apóstolos nos momentos cruciais do seu sofrimento, invadiram e machucaram o Seu coração.
Até o Seu querido Pai, que várias vezes O chamou de Filho Amado, teve que deixá-Lo sofrer para realizar a salvação da humanidade.
É bom saber que mesmo quando estamos tristes, podemos ter a certeza de Seu amor, e de Sua companhia ao nosso lado. Essa é uma das maravilhosas promessas que Ele nos deu. No livro do profeta Isaías capítulo 57:15: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo. Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos.”
Após Sua ressurreição, o Senhor deixou tudo para acompanhar a pé, dois discípulos que iam para a cidade de Emaus, que estavam vencidos pela decepção e pela tristeza.
Mais uma vez cumpriu a promessa, e mais do que isto, revelou a Sua consideração e o carinho por todas as pessoas tristes. (Luc 24:13)
Há outros exemplos bíblicos que são um conforto para os tristes e sofredores. Foi em um deserto que Deus supriu durante 40 anos, a um milhão de peregrinos, com o pão vindo do céu.
Foi durante um período de fome nacional que o Senhor mandou ao profeta Elias duas refeições diária transportadas por aves. Durante uma grande crise, houve farinha suficiente e azeite quase interminável para sustentar uma fiel e carente viúva, que pertencia ao povo de Deus. A extremidade humana é a oportunidade de Deus.
Amigo, se está faltando alguma coisa, coloque sua confiança no Senhor porque Ele não o abandonará. Quando você disser: o que vamos comer hoje ou amanhã?
Lembre-se das palavras de Jesus: “Vosso Pai Celestial sabe que necessitais destas coisas. Portanto não vos inquieteis com o dia de amanhã.” Mateus 6:31-33
Se está perdendo a saúde, lembre-se do Médico dos médicos. Aquele que curou a tantos enfermos, vai também reservar uma benção para você.
Lembre-se também que todas as coisas vão contribuir para o bem integral daqueles que buscam com sinceridade os caminhos de Deus. (Romanos 8:28)
Se o mundo hoje se tornou uma ameaça… Se a segurança e a paz estão cada vez mais distantes…Se o temor coletivo intranquiliza todas as classes.
Podemos sentir a paz descrita no evangelho de João 14:27: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”
Se hoje você está triste porque perdeu uma oportunidade e está se lamentando: por que aconteceu isto? Ah se eu tivesse feito isto ou aquilo! Eu deveria estar dormindo quando aceitei aquela proposta. Por que eu não disse não?
Amigo, quem acredita em Deus, pode sempre recomeçar, pode recuperar o tempo e as coisas perdidas. Recomeçar, ter forças para superar os obstáculos, são os desafios de todo aquele que crê. Em II Coríntios 6:2 está escrito: “Eis agora o tempo oportuno. Eis agora o dia da salvação.”
Vivemos num mundo de tristeza. Se você está triste porque sua imagem foi manchada e as pessoas não confiam mais em você…
Se está recebendo críticas e o seu mundo parece desabar, lembre-se que você é muito precioso para Deus.
O profeta Jeremias registra uma belíssima declaração de amor dedicada a você: “Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí.” Jeremias 31:3
Se está desolado porque a morte feriu o seu lar, lembre-se que Deus tem um remédio para isso também. Aquele Jesus que disse : Lázaro sai para fora!, vai dizer a mesma frase aos nossos queridos, no dia maravilhoso em que vai voltar ao mundo.
Naquele dia todas as nossas tristezas irão embora para sempre. Apenas precisamos acreditar. Acreditar na virada que Deus vai dar em toda essa situação.
O que precisamos é aprender a plantar esperança. A Bíblia diz:”Aquele que sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” Salmo 126:6.
“Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.” Salmo 30:5
Há duas coisas que podem nos ajudar -
1. Jesus nos dá forças para suportar.
2. Jesus colocará fim ao sofrimento quando vier.
Graças a Deus podemos aguardar com fé a chegada dessa gloriosa manhã. E isso nos dá serenidade. Nenhuma tempestade é suficientemente forte para nos assustar quando sabemos que o nosso barco chegará ao Porto com segurança.
Não há tristeza que possa diminuir a alegria da bem-aventurança que nos aguarda. Louvemos ao Senhor, porque através dEle podemos hoje superar a tristeza.

domingo, 19 de junho de 2011

(Série Espiritismo) – O Terceiro Pilar do Espiritismo: A lei do karma – Refutada!

Nessa parte de nosso estudo iremos responder algumas perguntas e analisar com você João 9:1-3 – um dos textos usados “a favor” da lei do karma. Vamos ler:


“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.” João 9:1-3.

1) Qual é o tema do capítulo 9 do evangelho de João?
Não é a lei do karma. O tema é a cura de um cego de nascença que, de acordo com os fariseus e os discípulos de Cristo – influenciados pela cultura da época – acreditavam que aquele homem era cego porque tinha pecado ou porque algum parente dele havia feito algo de errado no passado (João 9:2; veja também o verso 34). Por isso, na compreensão dos judeus daqueles dias, os filhos pagavam pelos pecados dos pais – algo totalmente contrário ao que ensina Ezequiel 18:4, 20: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma [pessoa] que pecar, essa morrerá.” “A alma [pessoa] que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.” Veja que mesmo na crença judaica não havia a questão reencarnação.

Alguns fariseus (veja: nem todos), cegados pelo fanatismo, não perceberam que Jesus tinha feito o bem a uma pessoa e O julgaram mal por ter curado no Sábado (leia o verso 16), algo que estava de acordo com a Lei de Deus (Mateus 12:12). Perceba que os líderes religiosos da época nem fizeram conta do milagre!
A análise contextual e os versos bíblicos de Ezequiel são suficientes para provar que a chamada “lei do Karma” que supostamente é apresentada em João 9 é uma interpretação de Allan Kardec, pois, de acordo com a Bíblia “cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.” Romanos 14:12.

2) Então, o que Jesus quis dizer quando afirmou que aquela pessoa nasceu cega para que Deus pudesse mostrar o poder dEle? Não seria isso uma forte evidência de que a Bíblia apóia a lei do karma?
Quando analisamos o significado da expressão “para que” (se manifestassem nele as obras de Deus) no grego bíblico, o aparente problema fica resolvido. “Para que” é uma conjunção grega – “ina” – e um dos sentidos da palavra, com o restante do verso três de João 9 é este: “Já que ele nasceu assim, se manifestarão nele as obras de Deus”! Portanto, nem perto a lei do karma está presente nesse texto, de acordo com o original. Deus jamais faria alguém ficar cego apenas para mostrar o poder dEle: “Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal.” Salmo 5:4.

3) Como podemos saber que a conclusão que chegamos a respeito do texto é a correta?
Pela análise do contexto bíblico. Estudamos João 9 e o significado de um termo grego de maneira imparcial. Portanto, não há como duvidar do que foi exposto, sendo que seguimos as normas de interpretação da Bíblia.

4) Podemos dizer que, de certa forma, é injusto o ensino de que todos passarão pelo “karma”?
É claro que Deus usa o sofrimento para aperfeiçoar o nosso caráter (1 Pedro 4:12, 13; 2 Pedro 1:5-11), mesmo não sendo o autor do sofrimento (Jó 1 e 2), mas, jamais usa a dor para nos salvar. O único meio de salvação é Jesus Cristo (Atos 4:12). Não existe outro método de salvação, muito menos o de se salvar por si mesmo através das obras, de sucessivas “reencarnações”. Basta ler Efésios 2:8, 9.
Além de ser injusto esse pilar do espiritismo conhecido como “lei do karma”, ele entra em conflito com Ezequiel 18:4 e 20 – que lemos anteriormente – e exclui uma das doutrinas fundamentais da Bíblia: a do juízo. A doutrina do juízo nos ensina que Deus julgará cada ser humano “segundo as suas obras” (Mateus 16:27; Apocalipse 22:12) – manifestação da verdadeira fé. Ensina também que Jesus é o juiz (João 5:22) e que neste momento está no Céu analisando os registros celestiais com Deus Pai e os anjos a fim de comprovar quem realmente é dEle e quem não é. Veja o que diz Daniel 7:9-10 a respeito:
“Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.”
A lei do karma também ignora que o juízo está no futuro >(assim como o sofrimento dos maus na execução do juízo), como ensina 2 Coríntios 5:10. Portanto, nesta vida não sofremos uma espécie de “juízo” para “nos aperfeiçoarmos”
E, se precisássemos passar pelo “karma” para sermos aperfeiçoados, não precisaríamos de Jesus Cristo e do Espírito Santo. São eles quem nos ajudam a sermos pessoas melhores: “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” Filipenses 2:13. “Quando ele [o Espírito Santo] vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” João 16:8.
Não há dúvidas de que e “lei do karma” é um ensinamento que precisa ser totalmente rejeitado por aqueles que querem seguir a Deus e a Bíblia completamente.

5) Qual a resposta de Deus para o sofrimento da humanidade?
Deus ensina que sofremos:
1) Em consequencia do pecado de nossos primeiros pais (Adão e Eva) e dos nossos próprios pecados – Gênesis 3:17; Romanos 3:23;
2) Pela intervenção direta do diabo que quer nos prejudicar (Jó 1 e 2; 1 Pedro 5:8);
3) Por causa de nossas escolhas erradas – Gálatas 6:7.

6) Como Deus irá resolver o problema chamado sofrimento?
Por meio da volta gloriosa de Jesus, quando Ele terminará com o pecado, seu autor – o diabo – e o sofrimento:
“E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco.” Romanos 16:20.

“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.” Mateus 24:30-31.

“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” Apocalipse 21:4.

“Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão” Apocalipse 22:1-3.

“Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou doente; porque ao povo que habita nela, perdoar-se-lhe-á a sua iniqüidade.” Isaías 33:24.

Convite: Duas coisas não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. A Bíblia é Verdadeira ou o espiritismo é verdadeiro. Depois do estudo de hoje, aceite a Bíblia como sua norma de vida. Deus tem muito mais a lhe oferecer do que a doutrina da reencarnação.
Minha oração: “Senhor: hoje aprendi que só posso ser aperfeiçoado pelo Seu poder, por sua graça. Minha oração nesse momento é de Filipenses 2:13: efetua em mim tanto o querer quanto o realizar, de acordo com Sua soberana vontade.”

Fonte: Na Mira da Verdade

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