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sábado, 4 de abril de 2015

A paixão de Cristo é você - Dia 3 Especial TV Novo Tempo

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A paixão de Cristo é você - Dia 2 | Especial TV Novo Tempo

quinta-feira, 26 de março de 2015

A paixão de Cristo é você - Dia 1 | Especial TV Novo Tempo

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quem Entregou Jesus para Morrer?



Os Soldados Romanos – Lucas 23:33


Os soldados romanos foram os responsáveis imediatos pela morte de Jesus. Eles zombaram de Jesus, O vestiram com um manto de púrpura, colocaram uma coroa de espinhos na Sua cabeça, vendaram-Lhe os olhos, cuspiram nEle e bateram em Sua face, enquanto O desafiavam a identificar quem o havia ferido. Depois, O crucificaram. Mas a verdade é que os soldados estavam apenas obedecendo a uma ordem. Fizeram o que tinham que fazer. Tudo ocorria enquanto Jesus orava em voz alta: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Luc. 23:34). A questão é: quem entregou Jesus aos soldados para ser morto?


Pilatos – O Governador Romano


Pilatos entregou Jesus para ser crucificado (João 19:16). Os dirigentes judaicos levaram Jesus a Pilatos, dizendo: “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, Rei” (Lucas 23:2). No entanto, após tomar conhecimento da acusação, Pilatos estava convicto da inocência de Jesus. Ele chegou a declarar três vezes não achar culpa alguma em Jesus. A primeira vez foi logo no amanhecer da sexta-feira. Pilatos ouviu as reclamações do Sinédrio, fez algumas perguntas a Jesus, e depois de uma audiência preliminar sentenciou: “Não vejo neste homem crime algum” (João 18:38).


A segunda ocasião foi quando Jesus voltou, depois de ter sido inquirido por Herodes. Pilatos disse aos sacerdotes e ao povo: “Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de morte.” (Luc. 23:13-15) A esta altura a multidão gritou: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Mas Pilatos respondeu, pela terceira vez: “Que mal fez ele? De fato nada achei contra ele para condena-lo à morte” (Mat. 27:23, João 19:6). Além disso, a sua convicção foi confirmada pela mensagem enviada por sua mulher: “Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonhos, muito sofri por seu respeito” (Mat. 27:19).


A convicção de Pilatos sobre a inocência de Jesus era tanta que ele tentou por todos os meios se esquivar da responsabilidade de tomar uma decisão. Pilatos não queria condenar a Jesus, porque sabia que Ele era inocente e, ao mesmo tempo, não queria desagradar os líderes judaicos que queriam a todo custo a condenação de Jesus. Como Pilatos poderia conciliar esses dois interesses antagônicos?


Por isso, por quatro vezes, Pilatos tentou isentar sua responsabilidade sobre o caso. A primeira, ao ouvir que Jesus era da Galiléia, e, portanto, estar sob a jurisdição de Herodes, enviou-O ao rei para julgamento, esperando transferir para ele a responsabilidade da decisão. Herodes, porem, devolveu Jesus sem sentença (Luc. 23:5-12).


A segunda, ele tentou contemporizar: “Portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei” (Luc. 23:16 e 22). Ele esperava que a multidão se satisfizesse com algo menos que a penalidade máxima. Chegou a propor uma sentença absurda, pois, se Jesus era inocente, devia ter sido imediatamente solto, não primeiramente castigado.


A terceira, ele tentou fazer a coisa certa (soltar a Jesus) com o motivo errado (pela escolha da multidão). Lembrando-se do costume de que o governador poderia dar anistia de páscoa a um prisioneiro, ele esperava que o povo escolhesse Jesus para esse favor. Então ele podia soltá-lo como um ato de clemência em vez de um ato de justiça. Era uma idéia astuta, mas vergonhosa, e o povo a frustrou exigindo que o perdão fosse dado a um notório criminoso e assassino, chamado Barrabás.


A quarta, Pilatos tentou protestar por sua inocência. Tomando água, lavou as mãos na presença do povo, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo” (Mat. 27:24). E então, antes que suas mãos se secassem, entregou Jesus para ser crucificado. Como pôde Pilatos entregar Jesus para ser morto depois de ter proclamado publicamente Sua inocência?


É fácil condenar a Pilatos, esquecendo-nos, contudo, de que muitas vezes nós também procuramos subterfúgios para nos esquivar da responsabilidade diante de Deus, ou também procuramos honrar a Jesus pelo motivo errado, ou também tentamos agradar a Deus sem abandonar as práticas recriminadas pelo Céu, ou também “lavamos as mãos” para manter uma pretensa neutralidade em matéria espiritual.


Vale observar o comportamento de Pilatos: “o seu clamor prevaleceu”, “Pilatos decidiu atender-lhes o pedido”, e “quanto a Jesus, entrou à vontade deles” (Luc. 23:23-25). O clamor deles, pedido deles, vontade deles: a estes, em sua fraqueza, Pilatos se curvou. Ele desejava soltar a Jesus (Luc. 23:20), mas também desejava “contentar a multidão” (Mar. 15:15). A multidão venceu. Por que? Porque lhe disseram: “Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é como César” (João 19:12). A escolha era entre a honra e a ambição, entre o princípio e a conveniência.


Claro, Jesus era inocente. A prática da justiça exigia a Sua imediata libertação. Mas Pilatos decidiu fazer a vontade do povo, e não contrariar o abominável desejo dos líderes judeus. Enfim, Pilatos entregou Jesus para ser morto por covardia.


E quem entregou Jesus nas mãos de Pilatos?


Os Líderes Judeus e Seus Sacerdotes


Embora não possamos desculpar a conduta de Pilatos, é possível reconhecer que ele se encontrava em um dilema, e que foram os líderes judaicos que o colocaram nessa situação. Foram eles quem entregaram Jesus a Pilatos para ser julgado, foram eles que O acusaram de conduta subversiva, foram eles que atiçaram a multidão levando-a a exigir a crucificação. Portanto, como o próprio Jesus disse a Pilatos: “Quem me entregou a ti, maior pecado tem” (João 19:11).


Desde o inicio, Jesus criticava os fariseus por exaltarem a tradição, colocando-a acima da Escritura, por se importarem mais com os regulamentos do que com as pessoas, mais com a purificação cerimonial do que com a pureza moral, mais com as leis do que com o amor. Ele até mesmo os havia denunciado como “hipócritas”, chamando-os de “guias de cegos” e comparando-os a “sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mat. 23:27). Estas foram consideradas acusações intoleráveis. Pior ainda, Jesus estava minando a autoridade deles. Dizia ser senhor do sábado, conhecer a Deus como Seu Pai, até mesmo ser igual a Deus. Isso era considerado blasfêmia.


De modo que os líderes judaicos estavam cheios de indignação para com Jesus. Consideravam Seus ensinos heresia, Seu comportamento uma ofensa à lei. Entendiam que Jesus estava desviando o povo. Espalhavam rumores de que Jesus estava incentivando a deslealdade a César. Assim, o Seu ministério devia ser detido antes que causasse maior dano. Eles achavam ter bons motivos políticos, teológicos e éticos para exigir que Jesus fosse preso, julgado e condenado.


Deixando de lado a veracidade das afirmações de Jesus, havia a questão do motivo. Qual era o motivo fundamental da hostilidade que os sacerdotes sentiam para com Jesus? Era o interesse deles a estabilidade política, a verdade doutrinária e a pureza moral? Pilatos não achou que fosse. Ele não se deixou enganar pelas racionalizações dos líderes do povo, especialmente por sua fingida lealdade ao imperador. Nas palavras de Mateus: “Porque sabia que por inveja o haviam entregado” (Mat. 27:18).


Inveja! Inveja é o lado inverso da moeda chamada vaidade. Ninguém que não tenha orgulho de si mesmo jamais terá inveja de outros. E os dirigentes judaicos eram orgulhosos; racial, nacional, religiosa e moralmente orgulhosos. Tinham orgulho da longa história do relacionamento especial da sua nação com Deus, tinham orgulho de seu próprio papel de líderes da nação, e, acima de tudo, tinham orgulho da sua autoridade. A competição deles com Jesus foi essencialmente uma luta pela autoridade. Jesus havia desafiado a autoridade deles, pois possuía um tipo de autoridade que manifestamente lhes faltava.


Quando os líderes judaicos foram a Jesus com suas perguntas capciosas: “Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres?” (Mar. 11:28), pensavam que O tinham apanhado. Mas, em vez disso, encontraram-se amarrados pela contra-pergunta do Senhor: “O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-me” (v.30). Estavam encurralados. Não tinham como responder, porque se dissessem “do céu”, ele queria saber por que não creram nele, e se dissessem “dos homens”, temiam o povo que acreditava que João era um profeta verdadeiro. De modo que não deram resposta. O silêncio da resposta deles era um sintoma da sua insinceridade. Se não conseguiam enfrentar o desafio da autoridade de João, certamente não poderiam enfrentar o desafio da autoridade de Cristo. Ele dizia ter autoridade para ensinar a respeito de Deus, para expelir demônios, para perdoar pecados, para julgar o mundo. Em tudo isto ele era completamente diferente deles, pois a única autoridade que eles conheciam era o apelo a outras autoridades. Alem disso, havia algo acerca da autoridade de Jesus que eles não podiam explicar. Era real, sincera, transparente, divina.


Como os líderes judeus daquela época, ainda hoje, muitos pensam que Jesus Se intromete em suas vidas privadas com Seus conselhos irritantes. E perguntam de forma petulante: “Por que é que Ele não cuida de seus próprios negócios e nos deixa em paz?” A essa pergunta Ele responde que nós somos o Seu negócio e que jamais nos deixará sozinhos. Os que pensam que Jesus perturba nossa paz, mina nossa autoridade, também querem eliminá-Lo de suas vidas.


Enfim, os líderes judeus entregaram Jesus a Pilatos para ser morto por inveja. E quem entregou Jesus aos líderes judeus?


Judas Iscariotes, o Traidor


Tendo visto como os sacerdotes entregaram Jesus a Pilatos, e como Pilatos O entregou aos soldados, agora precisamos examinar como, para começar, Judas O entregou aos sacerdotes.


Não é incomum alguns expressarem simpatia para com Judas. “Afinal”, dizem, “se Jesus havia de morrer, alguém tinha de traí-Lo. Assim, porque culpar a Judas? Ele não passou de instrumento da providência, uma vítima da predestinação”. Bem, a narrativa bíblica certamente indica que Jesus conhecia de antemão a identidade do seu traidor e referiu-se a ele como destinado à destruição para que a Escritura se cumprisse. É também verdade que Judas fez o que fez somente depois que Satanás o instigou e entrou nele.


Entretanto, nada disso exonera a Judas. Ele deve arcar com a responsabilidade pelo que fez, tendo, sem dúvida, deliberadamente, tramado suas ações. O fato de sua traição ter sido predita nas Escrituras não significa que ele não fosse um agente livre.


Parece que Jesus claramente o considerou como responsável por suas ações, pois até mesmo no último instante, no cenáculo, fez-lhe um apelo final, mergulhando um pedaço de pão e dando-o a ele (João 13:25-30). O cinismo último de Judas foi escolher trair o seu Mestre com um beijo, usando esse símbolo da amizade a fim de destruí-la. De modo que Jesus afirmou a culpa de Judas, dizendo: “Ai daquele por intermédio de quem o Filho do homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido” (Mar. 14:21). Assim, Jesus não apenas o condenou, mas o próprio Judas, no final, condenou-se a si mesmo. Ele reconheceu o seu crime, trair o sangue inocente, devolveu o dinheiro pelo qual tinha vendido a Jesus, e se suicidou. Sem dúvida, ele estava mais preso pelo remorso do que pelo arrependimento, mas, finalmente, confessou sua culpa.


Judas entregou Jesus aos líderes judeus para ser morto por ganância (dinheiro).


Os Pecados Deles e os Nossos


Examinamos os três indivíduos – Pilatos, Caifás e Judas – a quem os evangelistas atribuem culpa maior pela crucificação de Jesus, e seus associados: os sacerdotes, o povo e os soldados. Jesus havia predito que seria entregue nas mãos dos homens, ou “entregue para ser crucificado”. E os Evangelistas ao contarem sua história, demonstram que a predição de Jesus foi verdadeira. Primeiro, Judas o entregou aos sacerdotes (por ganância). A seguir, os sacerdotes o entregaram a Pilatos (por inveja). Então Pilatos o entregou aos soldados (por covardia), e eles O crucificaram.


Nossa reação instintiva a esse mal acumulado é dar eco à pergunta espantada de Pilatos, quando a multidão gritou pedindo o sangue de Jesus: “Que mal fez ele?” (Mat. 27:23). Pilatos, porém, não recebeu uma resposta lógica. A multidão histérica clamava cada vez mais alto: “Crucifica-o! “Crucifica-o!” Mas por que?


A resposta que até agora demos à pergunta: “Quem entregou Jesus para ser morto?” procurou refletir o modo pelo qual os escritores do evangelho contam a Sua história. Eles indicam a corrente de responsabilidade (de Judas aos sacerdotes, dos sacerdotes a Pilatos, de Pilatos aos soldados), e, pelo menos, sugerem que a ganância, a inveja e a covardia, que instigaram o comportamento dos envolvidos, também instigam o nosso.


Contudo, embora Jesus tivesse sido levado à morte pelos pecados humanos, Ele não morreu como mártir. Pelo contrário, Ele foi à cruz espontaneamente, até mesmo deliberadamente. Desde o começo do Seu ministério público, Ele Se consagrou a esse destino. Ele predisse muitas vezes os Seus sofrimentos e morte. O uso constante que Ele fez da palavra “deve” em relação à sua morte expressa não uma compulsão exterior, mas Sua resolução interior de cumprir o que a Seu respeito havia sido escrito. “O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas, eu dou a minha vida… Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (João 10:11, 17-18).


Mas Paulo responde à pergunta: “Quem entregou Jesus para ser morto?” com a seguinte declaração: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rom. 8:32). Quem entregou Jesus para morrer? Não foi Judas, por ganância; não foi Pilatos, por covardia; não foram os judeus, por inveja – mas o Pai, por amor!


É essencial que conservemos juntos estes dois modos complementares de olhar para a cruz. No nível humano, Judas O entregou aos sacerdotes, os quais O entregaram a Pilatos, que O entregou aos soldados, os quais O crucificaram. Mas, no nível divino, o Pai O entregou, e Ele Se entregou a Si mesmo para morrer por nós.


O apóstolo Pedro uniu as duas verdades em sua admirável afirmativa do dia de Pentecoste: “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mão de iníquos.” (Atos 2:23). Assim, Pedro atribuiu a morte de Jesus simultaneamente ao plano de Deus e à maldade dos homens. Pois a cruz, que é uma exposição da maldade humana, é ao mesmo tempo a revelação do propósito divino de vencer a maldade humana assim expressa.


Porque Jesus Cristo morreu? A primeira resposta é que Ele não morreu; Ele foi morto. Devemos, porém, equilibrar essa resposta com o seu oposto. Ele não foi morto, Ele morreu, entregando-Se voluntariamente para fazer a vontade do Pai.


Estudo extraído do livro A Cruz de Cristo, de John Stott. IASD Brooklin.

domingo, 7 de agosto de 2011

Jesus morreu de ‘coração partido’ ?


De acordo com as profecias messiânicas, Jesus morreria de ‘Coração Partido’. Podemos confirmar o cumprimento desta profecia através de provas científicas.
As conquistas que lançam luz quanto aos conhecimentos científicos, fazendo uma relação quantificada dos efeitos do stress sobre o coração determinou, que um coração só é capaz de partir se a mente estiver submetida a uma terrível angústia.
Ora, a morte de Cristo foi vicária, isto é, morreu em nosso lugar. Setecentos anos antes de Cristo morrer como salvador da humanidade, o profeta Isaías escreveu uma das mais grandiosas Profecias Messiânicas sobre a morte de Jesus. O verso cinco, entre outros, dá a justa medida de que todos os nossos pecados, ou iniqüidade, foram colocados sobre Cristo. Diz o texto: ‘Mas Ele foi Crucificado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados’ (Isaías 53:5).
Fica, assim, estabelecido o motivo lógico e científico porque Jesus morreu de coração partido. O músculo cardíaco, de nome miocárdio, diante de tremendo fator estressante que o pecado da humanidade, inclusive os meus e os seus, arrebentou diante da mais avassalante e terrível angústia mental.
Mas outros fatos, levantados pela ciência médica, vieram dar provas absolutas, irrefutáveis, de que Cristo, de fato, morreu de coração partido.
Descobriu-se, além de outros fatos que, quando um coração se parte, as substancias mais densas como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas, etc. – que constituem fundamentalmente o sangue – se aglutinam e, agrupados, descem para a parte mais baixa do pericárdio, a membrana que envolve o coração. O plasma, basicamente formado por água fica por cima. A linguagem não técnica, mas eficaz, diria que há uma separação de sangue e água quando um coração se parte.
Portanto, só seria possível provar que Cristo morreu de coração partido, se alguém, com um instrumento perfurante, penetrasse, com tal instrumento, o coração de Jesus e, dessa forma, saísse sangue e água.
Foi uma surpresa o fato de Cristo, após apenas seis horas de crucificado, ter morrido. Como "pecado é a transgressão da lei" ( 1 João 3:4) e, Cristo jamais pecou, isto é, jamais transgrediu a lei, ele tinha saúde completa. Os crucificados, via de regra, demoravam alguns dias para morrer. E Cristo, absolutamente saudável, não deveria morrer assim tão rapidamente. Assim, desconhecendo o terrível fator estressante que, no momento certo, partiu o coração de Jesus, os sacerdotes Judeus pagaram a um soldado Romano para que ele perfurasse o coração de Jesus com uma lança.
Assim, a morte de Jesus que já havia ocorrido, ficaria, sem dúvida, demonstrada. E esse ato, além de esclarecer que Jesus não tivera apenas um ataque cataléptico mas, efetivamente estava morto, deu, com absoluta precisão, a prova científica que Jesus morreu de coração partido.
Nós somos a causa direta da morte de Cristo. Nós é que partimos o coração de Jesus porque Ele se entregou por nós, no mais sublime sacrifício. Cristo, como Deus eterno, tomou o nosso corpo. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Polêmica do filme Paixão de Cristo de Mel Gibson

O filme é inspirado em visões de uma esotérica!
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.4-5).
A controvérsia sobre o filme de Mel Gibson, “A Paixão de Cristo” (lançado à época da dita “semana santa”, em março de 2004), subestimou um fato essencial. Enquanto alguns cristãos ingênuos louvavam sua suposta “autenticidade bíblica” e outros criticavam sua “violência brutal” e seu “anti-semitismo”, a fonte principal que inspirou Mel Gibson a produzir essa película quase não recebeu atenção.
Vários ícones do cristianismo ignoraram ou desconheceram onde Mel Gibson foi pescar a maioria das informações para o seu filme e apoiaram cegamente essa película.
No início de dezembro de 2003, antes do filme chegar aos cinemas, o papa João Paulo II (1920-2005) assistiu-o em uma seção particular no Vaticano e, ao término da exibição, sentenciou: “O filme é como era”.
O reverendo Billy Graham também teve sua exibição particular antes do filme chegar aos cinemas. Elogiou a película e isentou os judeus pela morte de Cristo: “Me senti como se estivesse lá. Me levou às lágrimas. Duvido se já houve uma apresentação mais tocante e gráfica da morte e ressurreição de Jesus, a qual os cristãos acreditam que seja o mais importante evento da história da humanidade [...] O filme é fiel aos ensinamentos bíblicos de que somos todos responsáveis pela morte de Jesus, porque todos pecamos. São os nossos pecados que causaram a Sua morte e não qualquer grupo em particular”.
Outro ícone evangélico mundial, o reverendo Rick Warren, da Igreja Saddleback, em Lake Forest, na Califórnia, e autor do best-seller “Uma Vida Com Propósito”, foi um grande promotor do filme. Warren chegou a adquirir 18 mil ingressos do filme.
No Brasil, não foram poucos os pastores que incentivaram os membros que pastoreiam a irem aos cinemas. Alguns compraram todos os ingressos de algumas seções para os membros da igreja. Até algumas revistas evangélicas se derramaram em elogios.
Bem, qual foi a principal fonte bibliográfica de Mel Gibson? O livro A Dolorosa Paixão do Nosso Senhor Jesus Cristo, publicado pela primeira vez em 1833.
Infelizmente, esse livro consiste de “visões” de uma freira alemã chamada Anna Katharina Emmerick (1774-1824).
O livro que inspirou A Paixão de Cristo de Mel Gibson.
Quem foi Anna Katharina Emmerick?

Citarei, a seguir, vários trechos do terceiro capítulo da Tese de Doutoramento do professor Orlando Fedeli, aprovada na Universidade de São Paulo em 1988, sobre os “Elementos Esotéricos e Cabalísticos nas Visões de Anna Katharina Emmerick”, publicada no site Montfort Associação Cultural.
Anna Katharina Emmerick era uma camponesa inculta e de poucas leituras. Muito do que sabemos sobre ela nos foi passado pelo poeta alemão Clemens Brentano, secretário e redator das “visões” dessa freira. Segundo Orlando Fedeli:
Emmerick nasceu em 8 de setembro de 1774, em Flamske, aldeia próxima a Coesfeld, na Westfália. [...] Foi batizada logo após o nascimento na paróquia de S. Tiago de Coesfeld. [...]
O padre Schmoeger conta que, segundo as Visões que Katharina Emmerick teve de si mesma, ela possuíra o uso da razão desde o nascimento [...].
Brentano afirma que, quando pequena, ela tinha visões de Jesus jovem e de João Batista menino, aos quais ela chamava de “Jungsten” e “Hanneschen”, sendo que o primeiro a ensinava a fazer vestidos para a sua boneca. Diz também que, quando menina, contava ao pai cenas bíblicas que assistia em visão e o pai, comovido, chorava, perguntando onde ela aprendera tais coisas [...].
Trabalhou no ofício de costureira até 1799 [...].
Os biógrafos costumam dizer que ela leu pouco. Brentano diz que ela nunca leu a Bíblia, o que é surpreendente, pois ela leu várias obras piedosas e místicas [...].
Em seu livro A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, Emmerick afirma que no dia 13 de novembro de 1803, com a idade de 29 anos, ela fez seus votos solenes e tornou-se esposa de Jesus Cristo no Convento de Agnetenberg em Dulmen. Desde então passou a chamar Jesus Cristo de “meu Esposo Divino” ou “meu Esposo Celeste”.
O papa beatificou Emmerick, que em breve será uma “santa” católica
A primeira tentativa de canonização de Emmerick foi no século XIX.
Em 1973, o papa Paulo VI suspendeu o veto de 1928 e o processo de canonização foi reaberto.
No entanto, foi o falecido papa João Paulo II, recordista em beatificações de fiéis católicos, que no domingo 3 de outubro de 2004, sem perder tempo e menos de sete meses após o lançamento do filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson, honrou a mística freira alemã com o título de beata.
A beatificação é o último passo formal na Igreja Católica antes de conferir o título de santidade. Imagine? Anna Katharina Emmerick está a poucos centímetros de ser elevada aos altares das igrejas católicas como mais uma santa! Bom vamos ao que interessa:
As visões místicas da freira Emmerick foram incorporadas ao filme


Analisemos, pois, algumas das muitas visões de Emmerick que transformaram-se em trechos do filme “A Paixão de Cristo”:
a) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus Cristo, no Getsêmani, deu sinal de frouxidão diante dos três apóstolos. No filme, os três apóstolos (Pedro, Tiago e João) estão com Jesus no Getsêmani e João ao ver o estado lastimável em que Jesus se encontrava, pergunta se deve chamar os outros oito apóstolos (Judas já não estava mais entre o grupo) e Jesus responde: “Não, João. Não quero que eles me vejam assim”. Onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde Jesus fala: “Não chama os oito; eu não os trouxe aqui, porque eles não podiam me ver agonizando sem que ficassem escandalizados; eles cairiam em tentação, esquecer-se-iam do passado e perderiam sua confiança em mim”. (página 66).
b) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Satanás, no Getsêmani, dialogou com Jesus Cristo. Onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (pp. 63-76).
Jesus, acorrentado, sendo jogado da ponte para baixo.
c) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus Cristo, após ter sido preso no Getsêmani, foi amarrado, levado a cruzar uma ponte, acompanhado a cada passo com insultos, blasfêmias e golpes. Durante a travessia da ponte, cai em direção ao rio e fica pendurado pelas cordas e correntes. Mais uma vez, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p 87).
d) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Judas, antes de suicidar-se, saiu correndo para fora da cidade acompanhado por demônios. Outra vez, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p 96).
e) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que o apóstolo Pedro, após ter negado Jesus três vezes, arrependido e aos prantos, encontra Maria na casa de Caifás, chama-a de “Mãe” e diz: “Não sou digno! Eu o neguei três vezes, Mãe!”, e sai correndo pelo pátio como se estivesse fora de si. De novo, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (pp. 112-113).
f) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos uma descrição tão precisa de um tipo diferente de açoite com lascas nas pontas para lacerar a pele. Lembram-se da cena?

Enquanto dois executores açoitam Jesus com a maior fúria possível, eles testam primeiro encima da mesa e depois nas costas de Jesus, esse açoite que tem na ponta um instrumento como se fossem uns tipos de dedos em garra que arrancam pequenas partes da pele, expondo a musculatura, como se fossem pequenas mordidas. Novamente, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p. 146).
g) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que após Jesus ter sido impiedosamente espancado pelos soldados romanos, Cláudia Procles, a suposta esposa de Pilatos, entrega a Maria, mãe de Jesus, uns pedaços de linho. Lembram-se da cena? Em seguida, Maria mãe de Jesus e Maria Madalena ajoelham-se no chão perto da coluna onde Jesus foi açoitado e limpam o sangue derramado por Jesus com o linho que receberam de Cláudia Procles. Para não perder o costume, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p.148).
h) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que durante o sofrido caminho para o Calvário, Verônica enxuga com um véu a face de Cristo e a face fica marcada como um retrato no véu. Na verdade, isso é uma antiga tradição católica que já tinha sido incorporada como a sexta das 14 estações da “Via Crucis” pelos papas Clementes XII, em 1731, e Bento XIV, em 1742 (portanto, antes da freira Anna Emmerick nascer). Sim, essa cena também está descrita no livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (pp.172-174).
i) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que após a primeira mão (“mão esquerda”) de Jesus ter sido pregada com o prego na cruz, os romanos observaram que a sua outra mão não alcançava o buraco que haviam produzido para receber o prego e prontamente puxaram violentamente o seu braço direito até que o mesmo alcançasse o local onde estava o orifício na madeira. Adivinhe onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p.181, com uma diferença apenas, no livro a primeira mão a ser pregada foi a direita e depois a esquerda).
Bem, poderia continuar citando outras cenas do filme de Mel Gibson que foram inspiradas nas visões esotéricas da freira alemã, no entanto, acho que já ilustrei o suficiente para provar que quando Gibson afirmou que tinha se inspirado nesse livro, era porque verdadeiramente manteve relações estreitas com essa literatura.
O filme contém muitas cenas inexatas, um bocado adicionadas sem o apoio das Escrituras e muitas outras que são abertamente contrárias à Palavra de Deus. Apenas um exemplo: na Paixão de Mel Gibson, enquanto Jesus encontrava-se no Getsêmani, uma cobra desliza por baixo do manto de Satanás e chega até Jesus que a mata com Seu calcanhar. De fato isso é uma referência à profecia de Gênesis 3.15, mas a Bíblia não menciona que isso ocorreu no Getsêmani. Indubitavelmente, Jesus destruiu o diabo na cruz (na Sua morte) e não no Getsêmani (Hebreus 2.14). Sem dúvida, Mel Gibson inventou muita coisa, além de beber profundamente no poço místico de Emmerick.
O tema do filme: Jesus é o nosso salvador e Maria a nossa força!
Voltemos a analisar apenas algumas cenas de “A Paixão de Cristo”:
a) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que enquanto Jesus angustiava-se no Getsêmani, Maria, em sua residência, podia sentir o Seu tormento.
b) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que João e Pedro chamavam Maria de “Mãe”.
Pedro, ajoelhado, pedindo perdão a Maria por ter negado Jesus.
c) Já citei anteriormente que Pedro, após ter negado a Jesus três vezes, foi pedir perdão a “Mãe” Maria.
d) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que somente Jesus e Maria tinham capacidade de visualizar Satanás que estava presente durante todo o processo da crucificação.
e) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus, enquanto é barbaramente açoitado na região ventral e dorsal pelos romanos, cai ao chão exausto e olha para Maria no meio da multidão. Na seqüência, Jesus, como se Maria estivesse passando para Ele uma força energética, consegue ainda ficar em pé. O guarda romano atônito, exclama: “impossível!”. A mensagem nas entrelinhas foi passada: Maria é a nossa força!
Maria no andar superior, sentindo a presença de Jesus na prisão logo abaixo dela.
f) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus ficou preso em um compartimento numa prisão subterrânea e nem que Maria tinha poderes sobrenaturais. Lembram-se da cena? Maria se dirige a um local específico do prédio e se deita no chão com a cabeça encostada no chão, porque sentiu que era exatamente naquele ponto no andar inferior que Jesus estava preso. Então, a câmara passa por dentro do chão e mostra Jesus pendurado pelas argolas e olhando para cima em direção ao teto, exatamente em direção a Maria. A mensagem nas entrelinhas foi passada: Maria tem poderes paranormais!
g) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus, enquanto caminhava em direção ao Calvário e foi lhe dada a cruz para carregar, orou a Deus Pai, assim: “Sou teu servo, Pai. Teu servo, filho da tua serva”. A mensagem nas entrelinhas mais uma vez é passada: Jesus honra a Sua mãe Maria!
Maria socorrendo Jesus: “Estou aqui”.
h) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus, enquanto tombou no chão carregando a cruz, Maria saiu correndo ao Seu encontro, abraçou-O e disse: “Estou aqui” (enquanto isso temos um flashback de uma cena de quando Jesus era criança e caiu ao chão e Maria correu em Sua direção para socorrê-lO e abraçando-O, disse: “Estou aqui”). Na seqüência, Jesus responde: “Vê, mãe, eu renovo todas as coisas”, e consegue buscar forças em Maria para continuar carregando a cruz. Mais uma vez a mensagem nas entrelinhas é: Maria é o socorro bem presente em toda a vida de Jesus!
i) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que, enquanto Jesus estava sendo crucificado, Maria beijou Seus pés ensangüentados e disse ao moribundo Jesus: “Carne da minha carne, coração do meu coração. Meu filho, deixa-me morrer contigo”. Novamente, a mensagem nas entrelinhas é: Maria está disposta a ser crucificada com Jesus.
Poderia citar mais algumas cenas cujas ênfases foram marianas, porém, acredito que basta de mariolatria.
Um filme anti-semita, sim senhor!
Temos, porém, de ser honestos na nossa análise e devemos reconhecer que os líderes judeus do Sinédrio, na casa de Caifás, verdadeiramente agrediram o Senhor Jesus: “Responderam eles: É réu de morte. Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam muros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!” (Mateus 26.66-68). Bem, mas o que lemos no livro de Emmerick e assistimos no filme de Mel Gibson foi um anti-semitismo aberto e descarado.
Antes de analisarmos algumas cenas anti-semitas, é mister pontuarmos que os escritos da freira Anna Katharina Emmerick são bastante antiisraelitas. Emmerick jorra dos seus escritos profundo ódio pelo povo de Israel: “a fúria dos inimigos de Jesus”; o sentimento do povo era de “ódio e fúria” contra Jesus; Jesus “foi levado à Corte de Caifás, entre vaias, gritos e golpes profusos aplicados pela multidão enfurecida”; “os malvados Judeus”; “Os inimigos maliciosos de nosso Senhor”; “os cruéis Judeus” (pp.80, 94, 99, 113 e 163), entre outros adjetivos depreciativos para com o povo judeu.
Só para não deixar nenhum resquício de dúvida, como essa autora tinha um sentimento amargo para com o povo judeu, leia a próxima frase: “uma multidão de infames – a escória de gente – rodeou Jesus como um enxame de vespas enfurecidas e começaram a inundá-lo de todo insulto imaginável” (p.107).
Analisemos agora apenas duas cenas do filme “A Paixão de Cristo” que apelaram para odiarmos os judeus:
a) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que a multidão tentava linchar Jesus quando o mesmo passava pelas ruas e que algumas vezes os furiosos soldados romanos tinham de conter os atos violentos dos judeus. Apesar de, na película cinematográfica, Jesus ter levado a cruz em boa parte do percurso para o Calvário acompanhado de insultos e golpes extremamente violentos proferidos pelos soldados romanos e pela multidão dos judeus, não é isso que a Bíblia relata. Muito pelo contrário, a Escritura diz: “Seguia-o numerosa multidão de povo, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam. Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!” (Lucas 23.27-28). A Bíblia não relata nenhum motim enquanto Jesus caminhava para o Calvário e muito menos se sofreu qualquer outra agressão física durante o trajeto. Aparentemente, apesar de ter sido surrado no pretório, podia facilmente falar com as pessoas ao Seu redor.
b) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus levou a sua cruz por boa parte do caminho. O texto bíblico relata que, logo após sair do pretório, quem passou a carregar a cruz foi Simão, um cireneu. Se Jesus chegou a carregar a cruz em algum momento, foi apenas durante alguns passos iniciais. “Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz” (Mateus 27.32).
O cireneu protesta, mas o romano grita: “Vamos, judeu!”
Na película, Simão passou a carregar a cruz juntamente com Jesus. É claro que isso não é verdade. O texto bíblico nos ensina que Jesus andou na frente e Simão, que ia logo atrás dEle, carregava a cruz sozinho (Lucas 23.26). Na seqüência cinematográfica, Jesus, fisicamente exausto, cai no chão e então presenciamos talvez o mais forte ato anti-semita do filme “A Paixão de Cristo”: alguns judeus chutam Jesus, algumas mulheres judias sentem pena dEle, os brutamontes soldados romanos tentam afastar a multidão e um deles comenta: “Povo impossível!”. Na seqüência, Simão protesta que não vai mais carregar a cruz se não pararem de torturar Jesus. Então, um soldado romano grita para Simão: “Vamos, judeu!”, e as chibatadas continuam. Entenderam a mensagem nas entrelinhas? O povo judeu é impossível e só atende através de chibatadas.
A propósito, a Bíblia não menciona que Jesus foi espancado no Getsêmani e nem durante qualquer trajeto que realizou. O trajeto de Jesus foi o seguinte: Getsêmani – Casa de Caifás – Pilatos, na Fortaleza Antônia – Palácio de Herodes – Pilatos, na Fortaleza Antônia – Calvário. Na “Paixão de Cristo” de Mel Gibson, Jesus levou bofetadas, chicotadas, cuspidas, solavancos e pontapés durante todo esse percurso. A Bíblia não menciona que Jesus tenha caído uma só vez no trajeto para o Calvário, já na Paixão de Mel Gibson, Jesus caiu seis vezes.(Procure na Bíblia, não menciona)
A quem interessa tamanha violência? A dois grupos de pessoas: primeiro, aos sensacionalistas que querem mostrar o tanto que Jesus sofreu. Segundo, aos que acreditam em penitência como uma forma de pagamento de seus próprios pecados ou como forma de pagar por uma graça alcançada.
Uma pergunta boba, mas que não quer se calar
“Quem matou Jesus?”, foi a pergunta feita repetitivamente durante a exibição de “A Paixão de Cristo” nos cinemas. Essa é uma pergunta que pode ser respondida de forma histórica ou espiritual e a resposta é sempre a mesma:
a) Historicamente, quem matou Jesus? Resposta: Os judeus tanto quanto os gentios. A Bíblia de Estudo de Genebra responde: “Os crentes entenderam corretamente que tanto judeus, como gentios eram responsáveis pela crucificação de Jesus. Estes eram Herodes Antipas, que era o filho de Herodes, o Grande, e tetrarca (isto é, autoridade subordinada aos romanos) da Galiléia e Peréia (Lucas 3.1; 23.6-7) e Pôncio Pilatos, que foi procurador romano (governador) [...] de 26 a 36 d.C. (Lucas 3.1; 23.1-24). Os principais sacerdotes e anciãos persuadiram o povo a rejeitar Jesus e pedir por Barrabás (Mateus 27.20-26)”.
O apóstolo Pedro e a igreja oraram: “porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel” (Atos 4.27).
b) Espiritualmente, quem matou Jesus? Resposta: Os judeus tanto quanto os gentios. Na cruz, Jesus levou sobre si os pecados de todos (tanto os judeus como os gentios). Há inúmeros relatos bíblicos sobre a morte de Jesus na cruz, pois essa foi a razão principal de Sua vinda à Terra. Em pelo menos três vezes, Jesus sentenciou claramente aos Seus discípulos que seria morto (Marcos 8.31; 9.31; 10.33-34).
Na cruz, Jesus se fez o maior dos criminosos, sem nunca ter pecado. Na cruz, Jesus levou sobre si todos os pecados dos judeus e dos gentios. “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3.9-10). “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Jesus “foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Romanos 4.25). “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5.15).
Conclusão: Despertem amigos!
Muitos foram os pastores que se emocionaram (inclusive eu "Adm" também) e apoiaram a película de Mel Gibson, de forma parcial ou total. Gostaria muito de fazer a cada um deles a seguinte pergunta: o que fariam comigo e o que diriam de mim se durante duas horas e quarenta minutos eu pregasse na igreja deles e ensinasse, durante esse período, cerca de 50 heresias? Posso até imaginar algumas respostas. Pois bem, por que não agiram assim em respeito ao filme “A Paixão de Cristo”?
Amigos, apoiar esse filme não apenas foi fazer um gol contra, foi fazer parceria com o catolicismo, com Anna Katharina Emmerick, com a mariolatria e com Adolf Hitler. Irmãos, essa é uma heresia cinematográfica assim como foram “Jesus Cristo – Superstar” (1973), “A Última Tentação de Cristo” (1988) e como é “O Código Da Vinci” (2006). Oro ardentemente para que Deus nos livre de termos algum pastor se emocionando e apoiando “O Código Da Vinci”.
“Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” (1 Coríntios 5.6). “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5.9). “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Efésios 5.11). Que seja sempre assim, amém! (Samuel Fernandes Magalhães Costa, complementos Douglas)

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