domingo, 30 de abril de 2017

O Cristianismo é incompatível com a física quântica?


Para explicar de forma bem simples a física quântica (ou mecânica quântica, se preferir), vou pedir a você que imagine um jogo de basquete. Nesse esporte, há três tipos de cesta. Há a cesta de um ponto, a de dois pontos e a de três pontos, certo? Na medida em que as cestas são feitas, o placar vai aumentando, mas sempre de ponto em ponto, no mínimo. É verdade que se a cesta for da linha de três pontos, de uma só vez o placar aumentará três pontos. O que não é possível é que um jogador faça meio ponto, ou então 0,75 ponto, não é mesmo? Como o menor valor que o placar pode aumentar é de um ponto, podemos dizer que um ponto é o quantum da pontuação no basquete.

Mas como isso se aplica a física? Simples. Max Planck descobriu que, ao aquecer um material, a radiação que ele emite não cresce, digamos, de forma contínua. A radiação vai aumentando de pulo em pulo, vai aumentando como se fosse em pacotes de energia. A esses pacotes de energia, ele deu o nome de quantum.

Vimos o que quer dizer quantum, que obviamente dá origem ao termo “quântica”, mas você pode estar-se perguntando: sim, mas como isso virou física quântica? Bom, isso se deveu principalmente a outra pessoa: Niels Bohr.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Porque Moisés Não Entrou na Terra Prometida?

Imagem relacionada
Quarenta anos antes, logo após a saída do povo de Israel do Egito, em Horebe, faltou água (Êxodo 17). O povo contendeu com Moisés e com Deus, Moisés feriu a rocha e dela brotou água límpida e salutar. Agora, às portas de Canaã, em Cades, novamente o Senhor testou a confiança daquela nova geração – seus pais tinham perecido no deserto – e eles falharam fragorosamente ao contenderem com Deus e Moisés, da mesma forma que seus pais. 

Moisés, com 120 anos, sendo que 40 deles suportando a ingratidão e estupidez daquele povo rebelde, feriu a rocha, ao invés de apenas falar-lhe, como mandara o Senhor. Ainda assim, a água brotou, transbordante e salvadora, mas, Moisés sofreu a perda do direito de entrar com o povo na Canaã prometida. 

Cristo, simbolizado pela rocha, morreu apenas uma vez pelos pecados do mundo, e Moisés não deveria tê-lo ferido segunda vez, contrariando o plano e a orientação de Deus. Sua graça já estava estendida e disponível, bastando apenas aceita-la, toma-la, apossar-se dela pela fé. 

Muitos sermões já foram feitos e matérias escritas sobre esse episódio, todos enfatizando o entendimento acima, muito pertinente e adequado. Mas há uma outra reflexão também, simples e tocante, que se pode fazer de tudo aquilo. 

Moisés, o grande libertador, tipificando o papel de Cristo Jesus, deixou de entrar na terra, mas milhares de outras pessoas entraram. Destaque-se que aquela geração era tão má e impenitente quanto seus pais, não eram em nada melhores que eles. A grande diferença é que seus pais não fizeram uso da graça estendida desde a saída das pocilgas do Egito, mas nesses agora, Deus identificou de alguma forma, que fizeram uso da graça ao beber a água, tanto que a Bíblia diz, desse segundo episódio: “...e o Senhor Se santificou neles”. Num. 20:13. 

Como veio a dizer Caifás tempos depois de forma inspirada, a respeito de Jesus, “convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação.” (João 11:50), não entrando na Canaã terrestre, livrando-se da morte como queria, Moisés mais uma vez simbolizava a Cristo Jesus, cumprindo ali o mesmo papel substituto de morrer para que outros vivessem e obtivessem graça plena. 

Interessante notar que, da mesma forma que seu antítipo, Cristo, morreu fora das portas de Jerusalém, Moisés morreu fora dos limites da terra prometida. De igual modo, também foi chamado da morte por Deus (Judas 1:9) para que adentrasse os portais eternos e visse assim o que o seu papel simbólico de libertador e substituto ensinou de forma clara para o entendimento da graça soberana de Deus pelo homem pecador. 

Maravilhosa graça!
Autor: Mário Jorge Lima

Livro criacionista da SCB sai em formato digital

A Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) acaba de lançar, agora em formato digital, a obra Em Seis dias: Por que 50 cientistas decidiram aceitar a criação. O livro foi organizado pelo australiano John Ashton e consiste em uma coletânea de depoimentos de 50 cientistas influentes a respeito de razões que os levaram a crer na criação do mundo tal como descrito no relato bíblico de Gênesis. A versão impressa já estava disponível no site da SCB. Na coletânea de depoimentos, são apresentados argumentos científicos em várias áreas do conhecimento humano, como biologia, engenharia, física, química, geologia e outras. Todos os autores possuem doutorado obtido em universidades públicas de prestígio na Austrália, EUA, Reino Unido, Canadá, África do Sul e Alemanha. São professores universitários e pesquisadores, geólogos, zoólogos, biólogos, botânicos, físicos, químicos, matemáticos, pesquisadores biomédicos e engenheiros. “A minha experiência ao organizar esse livro é que existe um número crescente de cientistas academicamente bem qualificados, com espírito crítico, que têm sérias dúvidas a respeito das evidências a favor da evolução darwinista, e que escolheram acreditar na versão bíblica da criação”, comenta Ashton no prefácio do livro.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

O rebatismo é bíblico? Quando ele deve ser aplicado?

Resultado de imagem para batismo por imersao

A Bíblia diz que há um só batismo, isto é, apenas uma forma de batismo (por imersão), mas podemos compreender pelas Escrituras que há respaldo bíblico para o rebatismo quando alguém compreende mais profundamente as Escrituras Sagradas.

O rebatismo é mencionado especificamente apenas em Atos 19:1-7, onde o apóstolo o sanciona para um grupo de crentes cujo batismo de arrependimento tinha sido feito previamente por João. Em adição ao arrependimento, o batismo cristão está associado a uma compreensão e a um comprometimento pessoal em relação ao evangelho e aos ensinamentos de Jesus e ao recebimento do Espírito Santo. Com esse discernimento ampliado e compromisso, o rebatismo é aceitável. 

Indivíduos Vindos de Outras Comunidades Cristãs

Com bases bíblicas, pessoas de outras comunidades cristãs que tenham abraçado as crenças adventistas do sétimo dia e que tenham sido previamente batizadas por imersão podem solicitar o rebatismo. Os exemplos abaixo, no entanto, sugerem que o rebatismo pode não ser obrigatório. 

É evidente que o episódio de Atos 19 foi um caso especial, pois é relatado que Apolo tinha recebido o batismo de João (At 18:25), e não há registro de que tenha sido rebatizado. Aparentemente, mesmo alguns dos apóstolos receberam o batismo de João (Jo 1:35-40), mas não há informação de que tenham sido rebatizados. 

Se um novo crente aceitou novas verdades importantes, Ellen G. White apoia o rebatismo à medida que o Espírito induz o novo crente a pedi-lo. Isso se enquadra no padrão de Atos 19. Uma pessoa que experimentou previamente o batismo por imersão avaliará sua nova experiência religiosa e decidirá se deseja o rebatismo. Não se deve insistir nesse ponto. 

“Isto é um assunto em que cada indivíduo precisa conscienciosamente tomar sua atitude no temor de Deus. Deve ser cuidadosamente apresentado no espírito de benignidade e amor. Portanto, o dever de insistir não pertence a ninguém senão a Deus; dai-lhe oportunidade de atuar por meio de seu Espírito Santo na mente, de modo que o indivíduo seja perfeitamente convencido e satisfeito no que respeita a esse passo avançado.” (Evangelismo, p. 373)

Apostasia e Rebatismo

Embora tivesse havido apostasia na igreja apostólica (Hb 6:4-6), as Escrituras não comentam a questão do rebatismo. Ellen G. White apoia o rebatismo de pessoas que se afastaram da igreja e que então se reconvertem e desejam se unir novamente ao povo de Deus. 

“O Senhor requer decidida reforma. E quando uma pessoa está verdadeiramente reconvertida, seja ela rebatizada. Renove ela seu concerto com Deus, e Deus renovará seu concerto com ela.” (ibid., p. 375)

Rebatismo Impróprio

Com base nos ensinamentos bíblicos e na orientação de Ellen G. White, o rebatismo deverá ocorrer apenas em circunstâncias especiais e será relativamente raro. Administrar o batismo repetidamente ou com motivação emocional deprecia seu significado e representa incompreensão da solenidade e significado que as Escrituras atribuem a ele. Um membro cuja experiência espiritual se tornou fria necessita de um espírito de arrependimento que o conduzirá ao reavivamento e reforma. Essa experiência será acompanhada pela participação na cerimônia da comunhão para indicar uma purificação renovada e comunhão no corpo de Cristo, fazendo com que o rebatismo seja desnecessário.

domingo, 23 de abril de 2017

A Adoração de Isaías: um Exemplo para Nós



por: Ramon Tessmann
Um dos maiores exemplos de adoração que encontramos na Palavra de Deus está em Isaías 6, 1-7. Este texto nos revela atitudes que devemos ter quando estamos diante de Deus: Ter temor de Deus, reconhecer o pecado, ser sincero com Deus e dar atenção somente a Deus.

Temor de Deus:
Algo que nos chama a atenção nesta visão de Isaías é a maneira como os anjos se comportavam diante do Senhor. “Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés e com duas voavam.” (vers. 2) Por que os serafins cobriam seus rostos e pés, se eles são seres santos, que ministram louvor a Deus sem cessar?! Por que eles cobriam os rostos: Os serafins cobriam os rostos porque não estão acostumados com a glória de Deus e não se acham dignos de olhar para o Senhor. Por que eles cobriam os pés: Os serafins tapavam os pés como um sinal de reverência e respeito diante de Deus. Esta passagem nos ensina o quanto devemos ter reverência na presença de Deus, pois os próprios serafins, que são seres santos e puros, temem a Deus a ponto de se acharem indignos de estarem em Sua presença. Claro que temos liberdade para adorar a Deus, mas muitas vezes deixamos de nos admirar com a presença de Deus. Tratamos a Deus como um ser comum e depois não entendemos porquê não conseguimos mais sentir a presença do Senhor. Um exemplo disso é a falta de reverência que apresentamos inúmeras vezes quando chegamos na igreja antes de um culto ou celebração. Quantas vezes entramos na casa de Deus e corremos para conversar com os irmãos ou afinar os instrumentos e só vamos falar com Deus quando o culto já “começou”?! A primeira coisa que devemos fazer ao chegar na casa de Deus é orar pedindo misericórdia ao Senhor!

Reconhecer o pecado:
No instante em que Isaías percebe que está diante de Deus, ele, imediatamente, reconhece e confessa o seu pecado. Às vezes achamos que confessar pecados e adorar a Deus não estão relacionados, mas isso não é verdade. Muito pelo contrário, o arrependimento está intimamente ligado à adoração. Se nosso coração não estiver quebrantado, estaremos apenas louvando a Deus da boca para fora. Não adianta nada chegarmos na igreja e começarmos a louvar, erguer as mãos e glorificar a Deus, se estamos cheios de pecados não confessados.

Sinceridade na presença de Deus:
Ser sincero com alguém é falar a verdade, não esconder nada e se mostrar como você é. Quase sempre temos vergonha de falar para Deus quem nós somos de verdade. Queremos aparecer limpos e puros diante do Senhor, mas esquecemos que é Ele quem nos limpa e purifica. Precisamos chegar a Deus sujos e mostrar a Ele nossa sujeira, para que Ele possa nos lavar e, aí sim, estaremos limpos. Foi exatamente o que Isaías fez! Ele mostrou a Deus quem ele era: “… sou um homem de lábios impuros…” Deus conhece o nosso coração, por isso não devemos esconder nossas falhas diante Dele. Pode parecer difícil, mas temos que chegar para Deus e falar: “Senhor, eu sou um invejoso”, ou “Meu Deus, eu sou uma fofoqueira.” Seja qual for o nosso erro, devemos declará-lo para Deus, pois só depois que Isaías assumiu a sua falha é que ele foi transformado.

Ser sincero com Deus também é ser simples. Isaías podia ter dito muitas palavras bonitas ao Senhor, mas ele foi simples e expressou o que realmente estava em seu coração: “Ai de mim, estou perdido!” (vers. 5) Diante da grandeza de Deus, não adianta querermos falar bonito e tentar impressionar a Deus. Deus quer simplicidade e sinceridade e não palavras bonitas! Também temos que dizer a Deus aquilo que queremos realmente. Ser sinceros quando pedimos algo a Ele. Não minta para Deus! Por exemplo, se você quer aprender a tocar guitarra muito bem, peça para Deus te ensinar a tocar muito bem! Não fique dando uma de modesto para Deus pois Ele, mais do que ninguém conhece o seu coração.

Dar atenção somente a Deus:
Quando Isaías recebeu aquela visão de Deus, ele viu muitas coisas: viu os serafins, viu as colunas do templo tremerem, viu a fumaça que encheu o lugar… Mas quando ele avistou o Senhor, sentado sobre seu trono, ele não deu atenção a mais nada, apenas ao Senhor! Tanto que ele afirmou: “Ai de mim, estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios: e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (vers. 5) O profeta poderia ter relatado todas as outras coisas que tinha visto, mas o que tomou toda a atenção dele foi a visão do Deus Todo-Poderoso! Foi depois de ver a Deus é que Isaías se reconheceu como pecador. Temos que dar mais atenção à Deus do que às bênçãos Dele! Direcione toda a sua atenção ao Senhor, assim como fez Isaías.

Resumo da preleção de Ramon Tessmann na noite de adoração de 30 de Novembro de 2002 em Araranguá, Santa Catarina. Editoração de Juliana Dacorégio.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Textos Falsificados de Ellen White pelos Reformistas



Os reformistas publicam em seus estudos dois textos que não são de Ellen White, mas são falsos.

A bíblia diz que na boca dos 144 mil não se achou engano, como os reformistas serão salvos entre os 144 mil com essas mentiras?

1º Texto falso:

terça-feira, 18 de abril de 2017

Posição Oficial da Igreja Adventista sobre transgenerismo


A visão teológica adventista sobre sobre transgêneros foi expressa de maneira oficial em um documento votado na última terça-feira (12) pelo comitê executivo da denominação durante o Encontro da Primavera, evento anual que acorre no mês de abril na sede da igreja, em Silver Spring, Maryland (EUA).

Fruto de dois anos de estudos e discussões sobre o tema, a declaração foi redigida pela Comissão de Ética do Instituto de Pesquisa Bíblia (BRI
Fruto de dois anos de estudos e discussões sobre o tema, a declaração foi redigida pela Comissão de Ética do Instituto de Pesquisa Bíblia (BRI, na sigla em inglês), com a participação de teólogos, sociólogos, psicólogos e membros da comunidade médica.A visão teológica adventista sobre sobre transgêneros foi expressa de maneira oficial em um documento votado na última terça-feira (12) pelo comitê executivo da denominação durante o Encontro da Primavera, evento anual que acorre no mês de abril na sede da igreja, em Silver Spring, Maryland (EUA)

De acordo com o doutor Elias Brasil, diretor do Biblical Research Institute, o documento teve pelo menos 21 versões diferentes antes da oficial. “Consultamos dezenas de pessoas, entre elas médicos, psiquiatras, teólogos e psicólogos. Lemos documentos, artigos científicos e materiais diversos sem ignorar o que a ciência diz a respeito. A preocupação do documento foi a de oferecer uma posição teológica e prover princípios bíblicos que ajudem a igreja a lidar com o assunto e, de forma cristã, com as pessoas envolvidas diretamente com o assunto”, esclarece.

Ao conduzir a votação, o pastor Ted Wilson, líder mundial da igreja, também frisou que a última coisa que a igreja quer é afugentar as pessoas de Cristo e dos templos. “Desejamos que elas venham aos pés da cruz e para Sua graça transformadora”, sublinhou.

Conforme diz a declaração, os adventistas creem que “a Escritura provê princípios para orientação e aconselhamento aos transgêneros e à igreja, transcendendo as convenções e a cultura humanas”. Para ler a versão em português do documento (que também será publicada integralmente na edição de maio da Revista Adventista), clique aqui. [Márcio Tonetti, equipe RA / Com informações de Felipe Lemos, da ASN] na sigla em inglês), com a participação de teólogos, sociólogos, psicólogos e membros da comunidade médica.

De acordo com o doutor Elias Brasil, diretor do Biblical Research Institute, o documento teve pelo menos 21 versões diferentes antes da oficial. “Consultamos dezenas de pessoas, entre elas médicos, psiquiatras, teólogos e psicólogos. Lemos documentos, artigos científicos e materiais diversos sem ignorar o que a ciência diz a respeito. A preocupação do documento foi a de oferecer uma posição teológica e prover princípios bíblicos que ajudem a igreja a lidar com o assunto e, de forma cristã, com as pessoas envolvidas diretamente com o assunto”, esclarece.

Ao conduzir a votação, o pastor Ted Wilson, líder mundial da igreja, também frisou que a última coisa que a igreja quer é afugentar as pessoas de Cristo e dos templos. “Desejamos que elas venham aos pés da cruz e para Sua graça transformadora”, sublinhou.

Conforme diz a declaração, os adventistas creem que “a Escritura provê princípios para orientação e aconselhamento aos transgêneros e à igreja, transcendendo as convenções e a cultura humanas”. Para ler a versão em português do documento (que também será publicada integralmente na edição de maio da Revista Adventista),

[Márcio Tonetti, equipe RA / Com informações de Felipe Lemos, da ASN]
Declaração sobre Transgêneros

A crescente familiaridade com as necessidades e desafios que homens e mulheres transgêneros enfrentam e o aumento das questões sobre transgêneros, com proeminência social no mundo todo, levantam perguntas importantes não apenas para os afetados pelo fenômeno transgênero, mas também para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Embora as lutas e os desafios daqueles que se identificam como transgêneros tenham alguns elementos em comum com as lutas de todos os seres humanos, reconhecemos a singularidade de sua situação e a limitação de nosso conhecimento em casos específicos. Contudo, cremos que a Escritura provê princípios para orientação e aconselhamento aos transgêneros e à Igreja, transcendendo as convenções e a cultura humanas.

O fenômeno transgênero

Na sociedade moderna, a identidade de gênero denota tipicamente “o papel público (e geralmente reconhecido legalmente) vivido como menino ou menina, homem ou mulher”, enquanto o termo sexo se refere “aos indicadores biológicos de macho e fêmea”[1]. Geralmente, a identificação de gênero se alinha com o sexo biológico da pessoa no nascimento. Porém, pode ocorrer um desalinhamento nos níveis físico e/ou mental-emocional.

No nível físico, a ambiguidade na genitália pode resultar de anormalidades anatômicas e fisiológicas, de modo que não é possível estabelecer claramente se a criança é do sexo masculino ou feminino. Essa ambiguidade da diferenciação sexual anatômica é muitas vezes chamada de hermafroditismo ou intersexualidade.[2]

No nível mental-emocional, o desalinhamento ocorre com transgêneros cuja anatomia sexual é claramente masculina ou feminina mas que se identificam com o gênero oposto de seu sexo biológico. Eles podem se descrever como estando presos em um corpo errado. O transgenerismo, no passado clinicamente diagnosticado como “desordem de identidade de gênero” e agora definido como “disforia de gênero”, pode ser entendido como um termo geral para descrever a variedade de formas pelas quais os indivíduos interpretam e expressam sua identidade de gênero, diferentemente daqueles que determinam o gênero com base no sexo biológico.[3] “A disforia de gênero é manifesta de várias formas, incluindo o forte desejo de ser tratado como outro gênero, ou ser libertado de suas características sexuais, ou uma forte convicção de possuir sentimentos e reações típicos do outro gênero.”[4]

Devido a tendências contemporâneas de rejeitar o binário bíblico de gênero (homem e mulher) e substituí-lo por um crescente espectro de tipos de gênero, certas escolhas desencadeadas pela situação transgênera passaram a ser consideradas como normais e aceitas na cultura contemporânea. Porém, o desejo de mudar ou de viver como uma pessoa de outro gênero resulta em escolhas de estilo de vida biblicamente impróprias. A disforia de gênero pode, por exemplo, resultar no uso de roupas do sexo oposto,[5] cirurgia de redefinição de sexo e o desejo de ter um relacionamento conjugal com uma pessoa do mesmo sexo biológico. Por outro lado, o transgênero pode sofrer calado, vivendo no celibato ou se casando com um cônjuge do sexo oposto.

Princípios bíblicos relativos à sexualidade e o fenômeno transgênero

Visto que o fenômeno transgênero deve ser avaliado pela Escritura, os seguintes princípios e ensinos bíblicos podem ajudar a comunidade de fé a se relacionar com pessoas afetadas pela disforia de gênero num modo bíblico e semelhante a Cristo.

1.Deus criou o ser humano como duas pessoas que são respectivamente identificadas como homem e mulher em termos de gênero. A Bíblia associa inseparavelmente o gênero ao sexo biológico (Gênesis 1:27; 2:22–24) e não faz distinção entre os dois. A Palavra de Deus afirma a complementaridade, bem como as claras distinções entre homem e mulher na criação. O relato da criação de Gênesis é fundamental para todas as questões da sexualidade humana.

2.A partir da perspectiva bíblica, o ser humano é uma unidade psicossomática. Por exemplo, a Escritura repetidamente chama o ser humano como um todo de alma (Gênesis 2:7; Jr 13:17; 52:28-30; Ezequiel 18:4; At 2:41; 1Co 15:45); um corpo (Efésios 5:28; Romanos 12:1–2; Apocalipse 18:13); carne (1Pedro 1:24); e espírito (2Timóteo 4:22; 1João 4:1–3). Portanto, a Bíblia não endossa o dualismo no sentido de uma separação entre o corpo e a percepção da sexualidade. Além disso, a Bíblia não ensina que existe uma parte imortal nos seres humanos, porque somente Deus possui a imortalidade (1 Timóteo 6:14-16) e Ele a concederá àqueles que crerem nEle, por ocasião da primeira ressurreição (1 Coríntios 15:51-54). Portanto, o ser humano também deve ser uma entidade sexual indivisível, e a identidade sexual não pode ser independente do corpo da pessoa. De acordo com a Escritura, nossa identidade de gênero, como designada por Deus, é determinada por nosso sexo biológico no nascimento (Gênesis 1:27; 5:1–2; Salmos 139:13–14; Marcos 10:6).

3.A Escritura reconhece, porém, que, devido à Queda (Gênesis 3:6-19), o todo do ser humano, ou seja, nossas faculdades mental, física e espiritual, foi afetado pelo pecado (Jeremias 17:9; Romanos 3:9; 7:14–23; 8:20–23; Gálatas 5:17) e necessita ser renovado por Deus (Romanos 12:2). Nossas emoções, sentimentos e percepções não são indicadores plenamente confiáveis dos propósitos, ideais e verdade de Deus (Provérbios 14:12; 16:25). Precisamos da orientação de Deus por meio da Escritura para determinar o que é de nosso melhor interesse e para viver de acordo com Sua vontade (2 Timóteo 3:16).

4.O fato de alguns indivíduos alegarem uma identidade de gênero incompatível com seu sexo biológico revela uma grave dicotomia. Essa debilidade ou angústia, sentida ou não, é uma expressão dos efeitos danosos do pecado sobre os seres humanos e pode ter diversas causas. Embora a disforia de gênero possa não ser considerada intrinsecamente um ato pecaminoso, pode resultar em escolhas pecaminosas. Esse é outro indício de que, no nível pessoal, os seres humanos estão envolvidos no grande conflito.

5.Desde que os homens e mulheres transgêneros estejam comprometidos em ordenar sua vida de acordo com os ensinos bíblicos sobre a sexualidade e o casamento, eles podem ser membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A Bíblia identifica clara e consistentemente qualquer atividade sexual fora do casamento heterossexual como pecado (Mateus 5:28, 31–32; 1 Timóteo 1:8–11; Hebreus 13:4). Estilos alternativos de vida sexual são distorções pecaminosas da boa dádiva da sexualidade dada por Deus (Romanos 1:21–28; 1 Coríntios 6:9–10).

6.Visto que a Bíblia considera os seres humanos como entidades integrais e não faz distinção entre sexo biológico e identidade de gênero, a Igreja veementemente adverte os homens e mulheres transgêneros contra a cirurgia de mudança de sexo e contra o casamento, se tiverem passado por esse procedimento. Do ponto de vista holístico bíblico da natureza humana, uma completa transição de um gênero para outro e a obtenção de uma identidade sexual integrada não podem ser esperadas no caso da cirurgia de transgenitalização.

7.A Bíblia ordena os seguidores de Cristo a amarem uns aos outros. Criados à imagem de Deus, todos devem ser tratados com dignidade e respeito. Isso inclui os homens e mulheres transgêneros. Atos de ridicularização, abuso ou bullying contra os transgêneros são incompatíveis com o mandamento bíblico “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12:31).

8.Como a comunidade de Jesus Cristo, a Igreja deve ser um refúgio e um lugar de esperança, de atenção e de compreensão a todos que estão confusos, aos sofredores, aos que passam por lutas e solidão, pois a Bíblia diz: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, […]” (Mateus 12:20). Todas as pessoas são convidadas a frequentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a desfrutar da comunhão de seus crentes. Aqueles que são membros podem participar plenamente da vida da igreja, desde que abracem a mensagem, a missão e os valores da Igreja.

9.A Bíblia proclama as boas-novas de que os pecados sexuais cometidos por heterossexuais, e por homens e mulheres envolvidos em homossexualidade, transgenerismo ou outros, podem ser perdoados, e a vida pode ser transformada pela fé em Jesus Cristo (1 Coríntios 6:9-11).

10.Aqueles que experimentam desajuste entre seu sexo biológico e sua identidade de gênero são incentivados a seguir os princípios bíblicos ao lidar com sua angústia. Eles são convidados a refletir sobre o plano original de Deus de pureza e fidelidade sexual. Pertencendo a Deus, todos são chamados a honrá-Lo com seu corpo e suas escolhas de estilo de vida (1 Coríntios 6:19). Com todos os crentes, os homens e mulheres transgêneros são incentivados a esperar em Deus, e é-lhes oferecida a plenitude da compaixão divina, da paz e da graça, em antecipação da breve volta de Cristo, quando todos os verdadeiros seguidores de Cristo serão plenamente restaurados ao ideal de Deus. 

[Equipe ANN, com informações de Felipe Lemos]


________________________________________

[1] Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5a. ed. (DSM-5TM), editado pela Associação Americana de Psiquiatria (Washington, DC: American Psychiatric Publishing, 2013), 451.

[2] Indivíduos nascidos com genitália ambígua podem ou não se beneficiar de tratamento cirúrgico corretivo.

[3] Ver DSM-5TM, 451–459

[4] Esta sentença faz parte de um resumo sucinto de disforia de gênero provido para apresentar o DSM-5TM que foi publicado em 2013: https://www.psychiatry.org/File%20Library/Psychiatrists/Practice/DSM/APA_DSM-5-Gender-Dysphoria.pdf (acessado em 11 de abril de 2017).

[5] O uso de roupas do sexo oposto, também referido como comportamento travesti, é proibido em Deuteronômio 22:5.

domingo, 16 de abril de 2017

Design Inteligente na morte?

Argumento evolucionista:
O design inteligente é capaz de verificar um projeto intencional nas garras e dentes de um leão que os utiliza para caçar e matar um antílope a fim de saciar sua fome? Em outras palavras: é capaz de identificar um projeto intencional na morte?

Argumento do design:
Alguns adeptos da Teoria do Design Inteligente (TDI) até poderiam levantar objeções de natureza moral a esse respeito, porque muitas vezes a intencionalidade desperta essa questão. Mas devemos nos restringir apenas ao campo científico. Nesse sentido, o design está especificamente comprometido com forma e função (Ex.: como lindas e eficientes facas de cozinha). A propósito, as espadas são projetos formidáveis (design para a morte).

Mas em relação a questionamentos como esse, precisamos separar o que é científico do que não é científico. Esse tipo de argumento é científico, mas a analogia não. Por quê? Porque estão sendo usadas duas coisas ontologicamente diferentes: uma teoria e um leão. Uma teoria científica é uma tentativa LÓGICA de nos levar ao conhecimento. O leão é um ser.

Essa pergunta científica se reduziria a pó numa análise filosófica. Por quê? Porque está atribuindo à TDI o status de TEORIA DO TUDO – capaz de identificar um projeto intencional de morte! Os proponentes do design buscam esclarecer que a TDI é uma teoria científica minimalista que IDENTIFICA sinais de inteligência. Só isso!

Quanto ao leão, se realmente suas garras e dentes foram projetados para matar, por que nem sempre ele mata um antílope? Quanto ao antílope, se suas pernas foram projetadas para correr, por que nem sempre sobrevive? Aqui entramos em outro ponto. É preciso entender que a TDI possui um comprometimento mínimo com o grau de otimização (eficiência) de um projeto. Aliás, esse comprometimento mínimo está relacionado às regras básicas de sistemas. Portanto, uma das predições da TDI é que existem fatores que podem vir a interferir no design de um projeto.

(Texto em coautoria com Junior Eskelsen, responsável pelo Portal tdibrasil.org)

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Tire suas dúvidas sobre divórcio e novo casamento na Bíblia


A Bíblia menciona as orientações divinas sobre casamento e divórcio. O assunto costuma gerar discussões entre cristãos. O Manual da Igreja Adventista (2015) traz alguns capítulos sobre divórcio e novo casamento com conselhos e princípios que norteiam a temática. Vejamos alguns deles:

O divórcio é contrário ao propósito original de Deus ao instituir o matrimônio (Mt 19:3-8; Mc 10:2-9), mas a Bíblia não é silenciosa a esse respeito. Visto que o divórcio ocorreu como parte da experiência humana caída, uma regulamentação bíblica foi dada para limitar o dano que ele tem causado (Dt 24:1-4). A Bíblia procura consistentemente enaltecer o matrimônio e desencorajar o divórcio descrevendo as alegrias do amor e da fidelidade conjugal (Pv 5:18-20; Ct 2:16; 4:9; 5:1), referindo-se ao relacionamento de Deus com seu povo comparando-o com o casamento (Is 54:5; Jr 3:1), enfocando as possibilidades de perdão e restauração matrimonial (Os 3:1-3), e indicando a aversão de Deus pelo divórcio e a miséria que ele causa (Ml 2:15, 16).

Jesus restaurou o conceito original do casamento como um compromisso vitalício entre um homem e uma mulher e entre o casal e Deus (Mt 19:4-6; Mc 10:6-9). Muitas instruções bíblicas confirmam o casamento e procuram corrigir os problemas que tendem a enfraquecer ou destruir o seu fundamento (Ef 5:21-33; Hb 13:4; 1Pe 3:7). O casamento baseia-se nos princípios do amor, lealdade, exclusividade, confiança e amparo mantidos por ambos os cônjuges em obediência a Deus (Gn 2:24; Mt 19:6; 1Co 13; Ef 5:21-29; 1Ts 4:1-7). Quando esses princípios são violados, as Escrituras reconhecem que trágicas circunstâncias podem destruir o casamento.

A graça divina é o único remédio para os males do divórcio. Quando o casamento falha, os ex-cônjuges devem ser encorajados a examinar sua experiência e procurar conhecer a vontade de Deus para sua vida. Deus provê conforto para os que foram feridos. O Senhor também aceita o arrependimento de pessoas que cometeram os mais destrutivos pecados, mesmo aqueles que trazem consigo consequências irreparáveis (2Sm 11; 12; Sl 34:18; 86:5; Jl 2:12, 13; Jo 8:2-11; 1Jo 1:9). As Escrituras reconhecem o adultério e a fornicação (Mt 5:32) e o abandono por parte de um cônjuge incrédulo (1Co 7:10-15) como motivos para o divórcio.

Não há na Escritura nenhum ensinamento direto sobre novo casamento após o divórcio. Existe, no entanto, uma forte implicação nas palavras de Jesus em Mateus 19:9 no sentido de permitir o novo casamento de uma pessoa que permaneceu fiel, cujo cônjuge foi infiel ao voto matrimonial.

Posição da Igreja Sobre Divórcio e Novo Casamento 
Reconhecendo os ensinos bíblicos acerca do casamento, a Igreja está ciente de que as relações matrimoniais ficam, em muitos casos, abaixo do ideal. O problema do divórcio e do novo casamento só poderá ser visto em sua verdadeira luz se for observado do ponto de vista do Céu, tendo como pano de fundo o Jardim do Éden.

Central no plano sagrado de Deus para o nosso mundo foi a criação de seres feitos à sua imagem, que se multiplicassem e enchessem a terra e vivessem juntos em pureza, harmonia e felicidade. Ele criou Eva do lado de Adão e a deu a ele como sua esposa. Assim foi instituído o matrimônio. Deus, o Autor da instituição, também foi o Oficiante do primeiro casamento. Depois de o Senhor ter revelado a Adão que Eva era verdadeiramente osso de seus ossos e carne de sua carne, nunca poderia lhe surgir na mente dúvida de que os dois fossem uma só carne. Nem deveria surgir dúvida na mente de nenhum dos dois no santo par que Deus queria que seu lar durasse para sempre. 

A Igreja adota, sem reserva, esse conceito do casamento e do lar, crendo que qualquer diminuição dessa elevada visão é, na mesma medida, uma diminuição do ideal celestial. A crença de que o casamento é uma instituição divina se baseia nas Sagradas Escrituras. Por conseguinte, todo pensamento e argumento no intrincado campo do divórcio e novo casamento deve ser constantemente harmonizado com aquele santo ideal revelado no Éden. A Igreja crê na lei de Deus e também na misericórdia perdoadora de Deus. Crê que vitória e salvação podem ser seguramente encontradas por aqueles que transgrediram nesse assunto de divórcio e novo casamento da mesma forma que por aqueles que falharam em quaisquer outras sagradas normas de Deus. Nada do que é apresentado aqui tem a intenção de minimizar a misericórdia de Deus ou do seu perdão. 

No temor do Senhor, a Igreja estabelece aqui os princípios e práticas que se devem aplicar nessa matéria de casamento, divórcio e novo casamento. Embora o casamento tenha sido realizado primeiramente por Deus só, sabe-se que as pessoas hoje vivem sob governos civis; portanto, o casamento tem dois aspectos: o divino e o civil. O aspecto divino é regido pelas leis de Deus; o civil, pelas leis do Estado. Em harmonia com esses princípios, as seguintes declarações estabelecem a posição da Igreja: 

1. Quando Jesus disse: “Não o separe o homem”, Ele estabeleceu uma regra de conduta para a Igreja sob a dispensação da graça, a qual deve transcender todas as legislações civis que vão além de sua interpretação da divina lei que governa as relações de casamento. Aqui Ele dá uma norma à qual seus seguidores devem aderir mesmo quando as leis civis ou os costumes prevalecentes permitam maior liberdade. “No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal” (O Maior Discurso de Cristo, p. 63; ver Mt 5:32; 19:9). 

2. A infidelidade ao voto matrimonial geralmente tem sido considerada alusão ao adultério ou fornicação. No entanto, a palavra do Novo Testamento usada para fornicação inclui algumas outras irregularidades sexuais (1Co 6:9; 1Tm 1:9, 10; Rm 1:24-27). Portanto, perversões sexuais, incluindo incesto, abuso sexual de criança e práticas homossexuais, são também reconhecidas como um abuso das faculdades sexuais e uma violação do plano divino no casamento. Como tais, essas práticas são uma causa justa para separação e divórcio. Se bem que as Escrituras permitam o divórcio pelas razões mencionadas acima, bem como por abandono por parte do cônjuge incrédulo (1Co 7:10-15), a igreja e as pessoas envolvidas devem fazer esforços diligentes para a reconciliação, apelando aos cônjuges que manifestem um ao outro um espírito de perdão e restauração. A igreja é instada a tratar amorável e redentivamente o casal a fim de auxiliar no processo de reconciliação. 

3. Na eventualidade de não se conseguir a reconciliação, o cônjuge que permaneceu fiel ao consorte que violou o voto matrimonial tem o direito bíblico de obter o divórcio e também de se casar novamente. 

4. O cônjuge que violou o voto matrimonial (ver itens 1 e 2) estará sujeito à disciplina pela igreja local (ver p. 64-70). Se se arrependeu genuinamente, poderá ser posto sob censura por um tempo determinado em vez de ser removido do rol de membros da igreja. Se não deu evidências de completo e sincero arrependimento, deve ser removido do rol de membros. Em caso de violações que tenham trazido vergonha pública sobre a causa de Deus, a igreja, a fim de manter suas elevadas normas e seu bom nome, pode remover o indivíduo da lista de membros. Qualquer dessas formas de disciplina deve ser aplicada pela igreja de uma maneira que procure alcançar os dois objetivos da disciplina: corrigir e redimir. No evangelho de Cristo, o lado redentivo da disciplina sempre está vinculado a uma transformação autêntica do pecador em uma nova criatura em Jesus Cristo. 

5. Um cônjuge que tenha violado o voto matrimonial e se tenha divorciado não tem o direito moral de casar-se com outra pessoa enquanto o cônjuge que permaneceu fiel ao voto ainda vive e permanece sem casar-se e casto. Se ele se casar, deverá ser removido do rol de membros. A pessoa com quem se casar, se for membro da igreja, também deverá ser removida do rol de membros. 

6. Reconhece-se que algumas vezes as relações matrimoniais se deterioram a tal ponto que é melhor para marido e mulher que se separem. “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher” (1Co 7:10, 11). Em muitos desses casos, a guarda dos filhos, o ajuste dos direitos de propriedade ou mesmo a proteção pessoal, podem tornar necessária uma mudança no status matrimonial. Em tais casos, em alguns países, pode ser permissível obter o que é conhecido como separação legal. Contudo, em algumas jurisdições essa separação só pode ser obtida por meio do divórcio. Uma separação ou divórcio que resulta de fatores como violência física ou em que não está envolvida a “infidelidade ao voto matrimonial” (ver itens 1 e 2) não dá a nenhum dos cônjuges o direito bíblico de se casar novamente, a menos que no ínterim a outra parte se tenha casado novamente, haja cometido adultério ou fornicação ou tenha morrido. Se um membro da igreja que se tenha assim divorciado se casar novamente sem essas bases bíblicas, deve ser removido do rol de membros; e a pessoa com quem se casar, se for membro da igreja, também deverá ser removida (ver p. 64-70). 

7. O cônjuge que tenha quebrado o voto matrimonial e se tenha divorciado e sido removido do rol de membros e tenha se casado novamente, ou quem se tenha divorciado por outros motivos que não as bases apresentadas nos itens 1 e 2 e se tenha casado novamente e sido removido do rol de membros, deve ser considerado inelegível à qualidade de membro, exceto nos casos previstos a seguir: 

8. O vínculo do casamento é não apenas sagrado, mas também possivelmente mais complexo quando, por exemplo, envolve filhos. Assim, em um pedido para readmissão à qualidade de membro, as opções disponíveis à pessoa arrependida podem ser severamente limitadas. Antes que a decisão final seja tomada pela igreja, o pedido de readmissão deve ser submetido pela igreja, por meio do pastor ou líder distrital, à Comissão Diretiva da Associação para conselho e recomendação quanto aos passos que a pessoa ou as pessoas arrependidas podem dar para obter tal readmissão. 

9. A readmissão ao rol de membros da igreja daqueles que tenham sido removidos pelas razões dadas nos parágrafos anteriores, se dá normalmente com base no rebatismo (ver p. 51, 69, 70). 

10. Quando uma pessoa que tenha sido removida do rol de membros for readmitida, conforme estabelece o parágrafo 8, todo cuidado deve ser exercido para salvaguardar a unidade e harmonia da igreja, não se concedendo à pessoa responsabilidade como líder, especialmente em um ofício que requeira o rito da ordenação, a não ser com cuidadosa consideração junto à administração da Associação. 

11. Nenhum pastor tem o direito de oficiar em uma cerimônia de novas núpcias de uma pessoa que, sob a estipulação dos parágrafos precedentes, não tenha o direito bíblico para o novo casamento.

sábado, 8 de abril de 2017

A Vista de Andrômeda


Tenho refletido sobre o universo ultimamente. A coisa toda. Após ter lido algo da prosa elegíaca de Chet Raymo (Starry Nights, The Soul of the Night), tenho torcido meu pescoço para cima em ângulos insólitos quando encontro um raro poço de escuridão em meio das luzes de Chicago. Geralmente, porém, só vejo a lua, Vênus e o vôo dos jatos no aeroporto de O'Hare, e preciso aceitar a palavra de Raymo sobre o que existe além.
Estudar o Universo pouco contribui para a estima própria aqui na Terra. Nosso sol, bastante poderoso para bronzear pele alva e para extrair oxigênio de toda planta, tem uma classificação baixa pelas normas galácticas. Se a estrela gigante Antares fosse colocada onde o sol está -- à distancia de 93 milhões de milhas -- a Terra estaria dentro dela! E nosso sol e Antares representam duas dos 500 bilhões de estrelas que flutuam no vasto espaço vazio da Via Láctea. Uma moedinha mantida à distância de um braço nos impediria de ver 15 milhões de estrelas, se nossos olhos pudessem ver com tal poder.
Apenas uma outra galáxia, Andrômeda, está bastante perto (apenas 2 milhões de anos-luz de distância) para ser vista a olho nu. Aparecia em mapas de estrelas muito antes da invenção do telescópio, e até há pouco ninguém saberia que aqueles pontos de luz marcam a presença de outra galáxia, umas duas vezes maior que a Via Láctea e abarcando um trilhão de estrelas. Ou que estas eram apenas duas de cem bilhões de galáxias pululantes com estrelas.
Uma razão de o céu permanecer escuro a despeito da presença de tantos corpos luminosos é que todas as galáxias estão se afastando umas das outras a velocidades fantásticas. Amanhã, algumas galáxias estarão 30 milhões de milhas mais longe. No tempo que leva para escrever esta sentença, outras terão se afastado 5.100 milhas.

A estrada de pó de diamante

Vi a Via Láctea em plena glória uma vez quando visitava um campo de refugiados na Somália, África, pouco ao sul do equador. Nossa galáxia se estendia através de um firmamento escuro como uma estrada pavimentada com pó de diamante. Desde aquela noite, quando deito sobre a areia quente longe de uma lâmpada de rua, o céu nunca pareceu mais vazio nem a Terra tão grande.
Tinha passado o dia todo entrevistando socorristas sobre o desastre do momento. Bangladesh, Kurdistão, Armênia, Sudão, Etiópia, Iugoslávia, Ruanda -- os nomes de lugares mudam mas o espetáculo do sofrimento é sempre o mesmo: mães com seios murchos e sem leite, crianças chorando e morrendo, os pais procurando lenha em terreno sem árvore.
Depois de três dias de ouvir histórias de miséria humana, eu não podia levantar meus olhos além daquele campo de refugiados situado num canto obscuro de um país obscuro no Chifre da África.
Até que vi a Via Láctea. Ela subitamente me lembrou que o momento presente não é o todo da vida. A historia continuaria. Tribos, governos, civilizações inteiras podem subir e cair, deixando após si um trilho de desastre, mas eu não ousava confinar meu campo de visão nas cenas de miséria a meu redor. Precisava olhar para cima, para as estrelas.
"Poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo, ou soltar os laços do Órion? Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer sua influência sobre a Terra?" Estas perguntas Deus perguntou a Jó que obcecado com sua própria dor tinha confinado sua visão aos limites de sua pele que coçava.
As perguntas de Deus parecem ter ajudado Jó. Sua pele ainda coçava, mas Jó obteve um vislumbre de outros negócios necessitando da atenção divina num universo de cem bilhões de galáxias.
Para mim, o discurso de Deus no livro de Jó soa um tanto áspero. Mas talvez seja esta a mensagem mais importante: o Senhor do Universo tem direito de ser áspero quando importunado por um insignificante mortal, apesar dos méritos de sua queixa. Nós -- ministros do evangelho, socorristas na Somália, descendentes de Jó -- não ousamos perder de vista O Quadro Maior, quadro que melhor se vislumbra em noites escuras e estreladas.

Olhando para cima

Pode-se quase medir o adiantamento de um povo notando seu interesse em contemplar as estrelas. Toda grande civilização do passado -- Inca, Mogul, Chinesa, Egípcia, Grega, Renascença -- fez descobertas importantes em astronomia. Há uma ironia que opera na história humana: Uma após outra, as civilizações alcançaram a capacidade de sondar sua própria insignificância, e depois deixou de reconhecer o fato e desvanesceu-se.
Onde ficamos nós, os lançadores das naves espaciais Viking e Apolo, nós que pusemos em órbita o telescópio Hubble e construímos os rádio-telescópios espalhados sobre mais de sessenta quilômetros do deserto do do Estado de New Mexico? Nossas realizações fazem-nos mais humildes ou menos? Mais reverentes ou menos?
Enquanto eu lia Chet Raymo, fui ver um filme feito pela tripulação de um avião espacial com uma câmara especial. As tempestades com relâmpagos me impressionaram mais. Vistos do espaço os relâmpagos lampejam num ritmo de beleza, iluminando a cobertura de nuvens numa extensão de centenas de milhas. O mais estranho é que não fazem barulho.
Fiquei impressionado com a imensa diferença que a perspectiva faz. Sobre a Terra, famílias se refugiavam no interior das casas, carros desapareciam sob viadutos, animais escondiam-se na floresta, crianças choravam à noite. Transformadores faiscavam, riachos transbordavam, cães latiam. Mas do espaço só víamos um brilho macio e agradável, aproximando-se e afastando-se; uma maré de luz.
Desconheço o cenário preciso de como o Armagedon vai-se desenrolar. Mas a tempestade elétrica filmada de uma janela da nave espacial deu-me um vislumbre de como o fim do mundo poderia parecer de duas perspectivas. Da Terra (como retratado no Livro do Apocalipse): chuva de pedras de 50 quilos, terremotos, pragas, uma estrela chamada Absinto caindo do céu. Da Andrômeda: um lampejo como de um fósforo riscado, silêncio, e depois trevas. Isto é algo semelhante ao que Chet Raymo vê através de seu telescópio quando uma estrela explode no espaço, à distancia de anos-luz.
Como Jó aprendeu, exige grande esforço e fé considerável para reter em mente O Quadro Maior. Talvez eu vá me afastar mais vezes das luzes da rua e olhar para cima.
Philip Yancey é escritor independente que vive em Chicago, Illinois, E.U.A.

O Buraco

Um viajante caiu num buraco profundo e não conseguia sair. Várias pessoas passaram por ali e o viram debatendo-se no buraco.
sensível disse: “Lamento que você esteja aí embaixo”.
pensativo disse: “É lógico que alguém ia cair no buraco”.
esteta disse: “Posso dar-lhe algumas idéias para decorar o seu buraco”.
crítico disse: “Só as pessoas más caem num buraco”.
analisador disse: “Ajude-me a medir a profundidade do seu buraco”.
curioso disse: “Conte-me como você caiu no buraco”.
perfeccionista disse: “Acho que você merece estar no buraco”.
avaliador disse: “Você paga imposto por esse buraco?”
autocomiserativo disse: “Você deveria ver o meu buraco!”
especialista em meditação disse: “Simplesmente relaxe-se e não pense no buraco”.
otimista disse: “Anime-se! As coisas poderiam ser piores.”
pessimista disse: “Prepare-se. As coisas vão piorar!”
JESUS, ao ver o homem, estendeu-lhe a mão e tirou-o do desditoso buraco.
Selecionado
Comissão de Apoio a Universitários e Professionais Adventistas (CAUPA)

quinta-feira, 6 de abril de 2017

15 qualidades de um cristão de verdade


Encontrei na edição de junho de 1920 (sim: tem muito tempo!) da Revista Adventista algo interessantíssimo: 15 qualidades que os cristãos precisam ter para serem instrumentos poderosos nas mãos de Deus.  Reparto-as agora com você.
Desejo que essas características sejam parte de sua e de minha vida a partir de hoje.
Para a obra do Senhor, precisa-se de:
  1. Homens como Daniel (Dn 9:3, 4; 1:8).
  2. Jovens iguais a Sadraque e seus companheiros (Dn 3:4-28).
  3. Homens iguais a Neemias na fidelidade, quanto ao exato cumprimento dos deveres do seu cargo (veja-se o livro de Neemias).
  4. Homens como Paulo, convocados e ensinados pelo Espírito Santo (At 20:24; 1Co 3:2, 13).
  5. Pessoas como os Bereanos, dotadas de sabedoria (At 17:10, 11) – e que liam a Bíblia diariamente.
  6. Rapazes como Jabes, que temeu o Senhor (1Cr 4:10).
  7. Moças iguais à Rute (leia o livro que possui o nome dela).
  8. Mulheres iguais à Sunamita, fieis e honradas (2Rs 4:8, 13. Compare com Tito 2:5).
  9. Pais como Abraão (Gn 26:5).
  10. Irmãos como Arão e Hur (Êx 17:9-12).
  11. Irmãs como Maria, que se assentou aos pés de Jesus (Lc 10:38, 39; Jo 12:2).
  12. Chefes de família iguais a Calebe (Nm 14:24).
  13. Donas de casa dignas de serem imitadas (Pv 31:10-13).
  14. Mães como Ana (1Sm 1:10, 11; 24-28).
  15. Servos do Senhor como Barnabé (At 11:22-26).
Ore para que a partir desse dia, seja um homem e uma mulher “segundo o coração de Deus” (1Sm 13:14). E lembre-se:
“É Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (Fp 2:13).
Somente por Sua influência sobrenatural podemos nos tornar o tipo de pessoas que Ele quer que sejamos. Isso se chama graça.
Via Na Mira da Verdade
http://novotempo.com/namiradaverdade/15-qualidades-de-um-cristao-de-verdade/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+MiraDaVerdade+%28Na+Mira+da+Verdade%29

terça-feira, 4 de abril de 2017

Filme O Resgate Salvação ao Extremo


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Programa Evidências - CESAREIA E O NOVO TESTAMENTO

▲ TOPO DA PÁGINA