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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O uso de Jóias em Ezequiel 16



Ezequiel 16 é uma parábola ou alegoria e está cheia de figuras emprestadas para o enredo central do romance que é ali contado.

A parábola do romance de Yahweh com Jerusalém segue padrões da Palestina pré-patriarcal. Muitas figuras que são usadas não refletem uma realidade que Yahweh idealizava para o seu povo, mas que eles viviam por escolha própria e o profeta se utiliza dessa imagística.

Por que o profeta se utilizaria de imagens e figuras pagãs? Para alcançar o povo comum.
As evidências das figuras emprestadas começam com as seguintes referências: “a tua origem e o teu nascimento procedem da terra dos cananeus”, que indicam uma origem espiritualizada e não propriamente étnica. 

O povo de Israel não havia surgido de canaã, eles eram imigrantes da caldéia.
Outra referência: ”Teu pai era amorreu, e a tua mãe hetéia.” v1, colocariam Jerusalém como de origem genética de amorreus e dos Hititas, no entanto o povo de Israel e os Judeus eram de origem genética dos caldeus; Abraão e Sara eram caldeus e não houve casamentos ilícitos entre os patriarcas e outras nações.

Sendo assim a parábola segue padrões que não são literais, mas alegóricos.

Se lermos a parábola de forma literal entenderemos que Israel era de origem dos amorreus e hititas, mas não é assim. O que está acontecendo então? O profeta está escrevendo uma alegoria e empresta figuras e imagens pagãs. Yahweh está dizendo, ‘vocês parecem que vieram dos amorreus, dos hititas; se ornam como eles, vivem como eles e se parecem como eles’.

Sendo assim ‘os enfeites’ aqui são símbolos da realidade dos povos cananitas e dos hábitos correntes entre eles, dos quais na parábola, a ‘jovem Jerusalém’ é retirada.

Yahweh dá jóias a uma jovem [v.12 e13] a ser desposada na parábola, mas o romance não indica propriamente o que Yahweh autorizava aos crentes da época.

Estabelecer que Yahweh tratou assim a sua ‘esposa espiritual’ [Jerusalém] é o mesmo que afirmar que podemos nos permitir da poligamia. Pois a figura aqui na parábola é de um rei [v.13] que encontra um bebê rejeitado, adota essa criança, educa e a prepara para ser uma mulher de seu harém [“e subiste até a realeza” v13]. Essa é a figura aqui representada na alegoria, e que se fazia muito comum em Canaã, onde reis de idade avançada desposavam virgens em seu harém.

Os padrões desta parábola são os mesmos daquela contada por Jesus sobre ‘O rico e Lázaro’ [Lc 16.19]; Jesus contou uma parábola de origem pagã [crença na imortalidade da alma] para chamar a atenção de saduceus que não criam na ressurreição, sendo que o objetivo da parábola era ensinar sobre o ‘amor ao próximo’.

Essa parábola do ‘Rico e Lázaro’ causa muita confusão até hoje, pois uma leitura rápida parece indicar que as pessoas morrem e vão para o céu, e outras vão para o inferno sofrer. Mas a exegese cuidadosa mostra que não é nada disso.


O mesmo ocorre com a parábola de Ezequiel 16. Ezequiel se utilizou de figuras e hábitos pagãos para chamar a tenção do povo e alcança-los onde estavam [em apostasia]. Mas a imagística das duas parábolas não justificam a crença na imortalidade da alma [Lc 16] e nem no uso de ornamentos e poligamia [Ez 16].

por Ivair Augusto

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Nisto Cremos: Tatuagens, Percingis e Jóias

sábado, 28 de abril de 2012

Jóias: Qual é o Limite?


Estou intrigado pelos inteligentes oxímoros. Um oxímoro é uma declaração de um par de palavras que se contradizem, tais como luz negra ou lindamente feia. Alguns de meus favoritos, um tanto humorísticos são "inteligência militar", "justiça criminal", "desordem civil", e "música rap" (ouvi que isso nem mesmo se parece com música). Alguns oxímoros são mais sérios, como "pecado pequeno (pecadinho)", "boato inocente", e "sexo pré-marital seguro".

Alguns anos atrás, enquanto vagueava numa livraria cristã, aproximei-me de uma caixa de vidro em exposição, com um letreiro em cima "Jóias Cristãs". Pensei comigo mesmo, isto é outro oxímoro intrigante parecido como esse outro, "Rock Cristão". Como podem as jóias serem cristãs quando a Bíblia admoesta fortemente os crentes a não usá-las? Vemos claramente que, "Jóias Cristãs", é um conflito de termos.

Compreendo que este assunto tem sido acaloradamente debatido nos últimos anos, mas meu propósito não é colocar lenha na fogueira. Espero espalhar luz, não fogo. Meu desejo é que as pessoas fundamentem sua fé e prática na Palavra de Deus. As Escrituras definem claramente o assunto do adorno e aparência externa do cristão. Mas, infelizmente, muitas igrejas estão estranhamente silentes nesse tema.

As jóias têm sido descritas por alguns como um pequeno problema. Não duvido que alguém poderá estar pensando, "com todos os problemas da igreja, porque você quer enfocar alguma coisa tão insignificante e amplamente aceita por aí?". Bem amigos, lembrem-se do que Jesus disse: "O que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação". Lucas 16:15. Freqüentemente, as coisas que parecem pequenas na superfície, são as que tem maiores conseqüências. E creio que isto, também é verdade nesta questão.

Há perigos ocultos e sutis associados ao uso de jóias. Portanto, se você é um cristão convertido que procura saber como refletir melhor ao Senhor nestes últimos dias, por favor, mantenha sua mente aberta porque vamos raciocinar juntos nas Escrituras.

O Fruto, não a Raiz!

O poder do Evangelho começa no interior; transformando o coração, ainda que invisível aos olhos humanos. Mas logo em seguida ele continua a fluir e infiltrar-se em cada área da vida, produzindo evidentes mudanças externas. Exatamente como uma planta, a semente vem á vida debaixo da terra. Mas se a raiz é saudável, a planta logo se tornará visível e produzirá fruto acima do solo. Jesus disse que "pelos seus frutos os conhecereis". Mateus 7:20.

Note que ele não disse, que você os conheceria pelas raízes que crescem debaixo da terra. Ele disse o fruto, não a raiz! Deste modo, somos ordenados a estar atentos a evidência externa, visível de nossa fé.

Quando uma pessoa aceita a Cristo como seu Senhor, o Espírito Santo começa a impressionar o indivíduo a fazer adaptações dramáticas. As mudanças serão freqüentes quanto ao que estará sobre a mesa no lanche e sobre a televisão depois do jantar (de fato, Ele pode guiar alguns a abster-se da TV). De uma estante de livros até a despensa, Jesus deverá penetrar em toda a vida. Quando Ele está no coração, influencia todas a outras áreas.

Este é o ensino básico do cristianismo. ( apóstolo Paulo advertiu a Tito sobre aqueles que "professam conhecer a Deus, mas negam-no pelas sua obras". Tito 1:16. E Tiago é claro como cristal ao afirmar que um relacionamento enraizado em Jesus produzirá evidência externa. "Mas dirá alguém: Tu tens fé; eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tiago 2:18. Você não pode ser um cristão em seu coração, sem mostrar isso no seu exterior.

Embaixadores de Deus

Nós, a igreja, somos as mãos e pés, os olhos e a boca, e também, mesmo os ouvidos de Jesus no mundo de hoje. Somos o corpo de Cristo. Nosso Senhor falou, "Assim como o Pai me enviou, eu vos envio." João 20:21.

Temos sido enviados ao mundo, para demonstrar quem é Jesus e como Ele é. Através do Espírito Santo, nos tornamos Seus representantes para refletir sua imagem em tudo; desde o modo como falamos e trabalhamos, até a maneira como nos alimentamos e vestimos. Em II Coríntios 3:18, Deus diz que "todos nós... somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."

Há alguns anos atrás, escândalos vergonhosos envolveram vários evangelistas da TV bem conhecidos na América do Norte. Aqueles que se opunham a um cristianismo cheio de regozijo, zombaram da imoralidade e hipocrisia, exibidos na vida desses homens e suas mulheres que professavam pregar em nome de Jesus. Durante esse tempo trágico, a mídia secular freqüentemente se referia as suas roupas extravagantes e jóias vistosas, como prova que esses professos cristãos não eram genuínos. Estes inconstantes pregadores da TV até inspiraram um famoso músico norte americano, a escrever uma canção popular intitulada "Would Jesus wear a Rolex?" (Jesus usaria um Rolex?) Estou certo que os anjos choraram tanto quanto alguns líderes cristãos; devido a sua aparência indecente, tornaram-se alvo fácil para a perdição. De fato, é triste o dia quando os cristãos ganham uma medalha, pela abundância de adorno externo!

Exibindo nossa riqueza

Vamos dar uma olhada na origem das jóias. Foi Deus quem fez todo o ouro, a prata, e as pedras preciosas do mundo; e Ele pretendia ter um uso prático para elas. Visto que mesmo pequenas quantidades desses minerais são tão raros e valiosos, há muito tempo eles começaram a ser usados como moeda.

Com o passar do tempo, o povo começou a "usar" seu dinheiro a fim de impressionar os outros com sua riqueza. Quando os compradores iam ao mercado para comprar algum item caro, eles simplesmente tiravam um de seus anéis ou braceletes, e efetuavam o pagamento.

Depois que Rebeca deu a beber aos camelos do servo de Abraão; a Bíblia diz que eles pagaram a ela dessa maneira. "Quando os camelos acabaram de beber, o homem tomou um pendente de ouro, de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro." Gênesis 24:22.

Quando os filhos de Israel trouxeram uma oferta ao Senhor, para construir o tabernáculo, eles usaram as jóias que tinham recebido dos egípcios. Esse era o seu dinheiro. "Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração, trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos objetos de ouro. Todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor." Êxodo 35:22.

Não há nada de errado, obviamente, com o fato de ter dinheiro. Mas a questão é: Deus deseja que os cristãos usem suas riquezas para todos verem? É lógico que não. "Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." 1 Timóteo 6:10. Já que a cobiça é pecado, porque você tentaria um irmão ou irmã a cobiçar o seu dinheiro, que é ostentado a todo mundo? Qual seria o motivo para um cristão fazer isso?

A razão porque o ouro e as jóias são tão valiosas, é que elas são caras e raras nas minas da terra. Os anjos devem ficar admirados quando nos vêem usar jóias para significar valor e riqueza. No céu, ouro é usado como pavimento, e diamantes são as pedras nos muros daquelas mansões. Apenas pense nisto: Da perspectiva do céu, ouro é asfalto e diamantes são tijolos! Quão absurdo isso deve parecer aos seres celestiais, quando penduramos asfalto e tijolos em nossas orelhas e os enroscamos em volta de nossos dedos. Você não olharia duas vezes para alguém que entrasse na igreja, usando um bloco de asfalto pendurado e um anel de piche?

No evangelismo, tenho encontrado muitas pessoas sinceras que tem assistido nas igrejas populares, somente para irem embora desapontadas, porque perceberam um espírito de vaidade e exibição entre os membros. Estes genuínos perscrutadores dc Deus, entraram no santuário esperando sentir-se em casa na igreja, mas em lugar disso, encontraram extravagância da parte de quem eles não poderiam competir.

Quão feliz tenho sido ao oferecer a eles uma igreja, onde o rico e o pobre não ostentam seu status pelo uso fantasioso de roupas e jóias. Esses indivíduos se emocionam ao adorar, onde não sintam que são desprezados, se não estão na última moda. Espero que minha igreja permaneça sempre com a verdade bíblica neste assunto. Temos muito mais a perder de outro modo.

As Jóias Justificadas?

Os que procuram justificar o uso de jóias, normalmente citam histórias da Bíblia nas quais os filhos de Deus usaram ouro, prata , ou jóias. Por exemplo, as Escrituras relatam o assunto sem comentários, que José usou um anel e "um colar de ouro no seu pescoço" (Gênesis 41:42); que Saul usou um bracelete (II Samuel 1:10); que Mardoqueu recebeu um anel de Assuero (Ester 8:2); e que o rei Belssazar deu a Daniel um manto púrpura e colocou "uma cadeia de ouro ao pescoço" (Daniel 5:29).

Mas, lembre-se, apenas porque algo aparece na Bíblia não significa que Deus o aprova. As Escrituras simplesmente relatam com fidelidade a história do povo de Deus  incluindo todas as suas falhas. Noé bebeu vinho e ficou bêbado (Gênesis 9:20,21). Ló teve relações sexuais com suas filhas e engravidou-as (Gênesis 19:30-38). Judá pagou uma prostituta por uma noite, engravidou-a, e mais tarde descobriu que ela era sua nora (Gênesis 38:12-26). Não podemos admitir que Deus aprova tais práticas repugnantes, apenas porque esses incidentes são mencionados na Bíblia. Outras passagens da Escritura claramente nos falam que Deus condena o álcool, incesto, prostituição, e jóias como não produtivos para executar seus propósitos para a humanidade.

Uma história que é freqüentemente citada para justificar as jóias, é a do Filho Pródigo. Desde que o pai "colocou um anel em sua mão", alguns dizem assim: Deus quer que usemos jóias. Obviamente, como sabemos, esta parábola não é um comentário inspirado dizendo que os cristãos deveriam usar anéis. Além disso, o anel que o pai deu a seu filho, era mais parecido com um anel de sinete. Os anéis de sinete continham o selo da família. As pessoas usavam-nos para imprimir este selo singular sobre documentos oficiais. Era a assinatura da família. Antes que um ornamento para exibição, anéis de sinete eram uma ferramenta para legalizar documentos e eram normalmente usados sobre o dedo indicador.

Antes que o Filho Pródigo deixasse o lar, ele pediu a seu pai, para que desse sua parte da herança. Assim que ele recebeu seu dinheiro e seus bens, ele saiu de casa e gastou tudo "vivendo dissolutamente" (Lucas 15:13). Sem dinheiro e desamparado, o tolo pródigo mais tarde achou-se a si mesmo sem dinheiro, com fome, e escassamente vestido. Em desespero ele volta para casa, confiante na bondade de seu pai, para aceitá-lo como o menor dos servos. O pródigo, não almejava ser tratado como filho; ainda mais depois que desperdiçou metade das duras economias ganhas pelo seu pai.

Mas em vez de rejeição, seu pai demonstrou aceitação ilimitada. Ele substituiu os trapos do pródigo por uma roupa confortável e limpa, e pós sapatos em seus pés descalços. Ele satisfez seu filho enchendo seu estômago com uma festa! E ao filho que dissipou suas riquezas, o pai lhe deu um anel de sinete o talão de cheques da família com livre acesso a sua fortuna restante!

Por que ser uma Pedra de Tropeço?

Uma razão para não beber álcool, é porque uma pessoa em sete que o ingere, se tornará um alcoólatra. Mesmo que eu seja hábil para beber moderadamente, não quero que meu mal exemplo cause a ruma de outra pessoa, especialmente por alguma coisa tão desnecessária como bebidas embriagantes.

O mesmo princípio é verdadeiro sobre as jóias. Todos temos visto pessoas que se cobrem a si mesmas com ouro e jóias preciosas gemas aólicas se você preferir. A maior parte das pessoas que usam uma porção de jóias, não se dão conta do seu próprio valor. Elas esperam sentir-se mais valiosas por cobrirem-se a si mesmas com objetos caros. Outras crêem que não são atraentes e esperam aumentar a beleza exterior ao adornarem-se com belas pedras. Não podem controlar-se a si mesmas. Pensam que se um é bom, então dez será melhor. (Apenas para lembrar, nunca escutei um homem dizer: "Ela não é bonita? Apenas olhe suas jóias!"). Estou certo que todos concordarão que este é um ponto que nunca se terá o suficiente.

Bem, aqui está a grande questão. Qual é o objetivo? Se é certo para a mulher usar brincos, então quem dirá que é errado para o homem? Se um anel ou brincos são aceitáveis, então porque não 3 ou 4? Se um leigo pode usar jóias, porque não um clérigo? Se uma argola na orelha é totalmente certo, então o que há de errado com um osso no nariz?

Talvez você tenha notado a moderna mania de piercing no corpo. Quatro brinco 5 numa orelha e argolas no nariz com uma corrente entre elas. As pessoas estão agora usando piercing no corpo e argolas nas sobrancelhas, umbigos, línguas, e outros lugares que não podemos mencionar numa publicação cristã. Por que um cristão desejaria ser uma pedra de tropeço a alguém e encorajá-lo a usar alguma jóia? Isto é totalmente desnecessário. Especialmente para pessoas que estão se preparando para encontrar-se com Jesus.

Falando ao povo que vive no tempo do fim, o profeta Ezequiel adverte, "A sua prata lançarão pelas ruas, e o seu ouro será como imundícia. A sua prata e o seu ouro não os poderá livrar no dia do furor do Senhor. Eles não saciarão a sua fome, nem lhes encherão o estômago, porque serviram de tropeço da sua maldade." Ezequiel 7:19.

Se eu estiver usando alguma jóia, posso abrir as comportas da inconsistência pelo mau exemplo, e levar muitos a tropeçar. Se realmente amo meu irmão, porque deveria insistir em correr esse risco, por algo tão frívolo e desnecessário como as jóias?

Sempre que você estiver incerto sobre que rumo tomar num assunto espiritual, fique com a posição segura. Sei que no dia do juízo, Deus não condenará alguém por não usar jóias o suficiente. Desta forma a melhor coisa é não usar nada.

Modéstia e Humildade

O propósito original da roupa foi cobrir a nudez de nossos primeiros pais. Adão e Eva nunca sonharam em dependurar ouro ou prata sobre o corpo, para salientar suas folhas de figueira! As vestes eram modestas e protegiam a eles das mudanças climáticas. Algum dia Deus colocará uma coroa dourada de vitória sobre a fronte dos vencedores. Então, mesmo assim, os salvos removerão suas coroas de ouro na presença de Deus (Apocalipse 4:10,11).

Observe o que Deus falou ao profeta Isaías acerca de jóias e roupas vistosas. "Diz o Senhor: Visto que as filhas de Sião se exaltam, e andam de pescoço erguido, e tem olhares impudentes, e quando andam, como que vão dançando, e fazendo retinir os ornamentos de seus pés,... Naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares em forma de meia lua, os brincos, os braceletes, os véus, os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, as caixinhas de perfume e os amuletos, os sinetes e os anéis pendentes do nariz, os vestidos diáfanos, os mantos, os xales, as bolsas, os espelhos, as capinhas de linho, e as tiaras e as togas." Isaias 3:16-23. Mulher na profecia bíblica simboliza igreja. Nesta profecia, as mulheres (igrejas) foram severamente julgadas por causa do seu orgulho, que está ligado diretamente ao adorno externo.

Pelo fato de estarmos lutando contra o pecado e a tentação, agora não é o tempo certo para glorificar nosso exterior. O supremo alvo do cristão é atrair a atenção para Cristo, não para si mesmo. Decorando nossos corpos mortais com pedras e minerais brilhantes, normalmente o orgulho brotará, e isto é totalmente oposto ao espírito e aos princípios de Jesus. "Quem a si mesmo se exaltar será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado." Mateus 23:12.

O orgulho da própria aparência foi um grande fator na rebelião e queda de Lúcifer. Quando originalmente Deus criou Lúcifer como um anjo perfeito, ele deu muitas pedras preciosas como seu vestuário "o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda. Os teus engastes e ornamentos eram feitos de ouro" Ezequiel 28:13.

Infelizmente, Lúcifer escolheu apropriar-se dos dons de Deus. Cheio de orgulho, ele decidiu que era belo o suficiente para tomar o lugar de Deus no trono do Universo. "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezequiel 28:17. O orgulho levou a rebelião. A rebelião trouxe a guerra no céu. E a guerra no céu trouxe o pecado para a terra.

Desde que Adão e Eva caíram cm pecado, nós humanos, temos que lutar com a mesma natureza pecaminosa que tem o orgulho em sua raiz. Deus, por isso, ordenou-nos a não usar jóias. Em nossa condição pecaminosa, não estamos mais aptos a resistir a tendência ao pecaminoso orgulho, do que foi Lúcifer. Quando nosso corpo físico for transformado na Segunda Vinda de Jesus, não seremos mais tentados a pecar. Unicamente então, Jesus considerará seguro colocar uma coroa de ouro em nossa cabeça.

Enquanto isso não acontece, faremos bem em seguir o conselho dado ao apóstolo Paulo, no tema do adorno. "Quero que, do mesmo modo, as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos dispendiosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras." I Timóteo 2:9,10.

Pobres "Investimentos"...

Cristãos são fiéis administradores, que confiam a Deus seus cuidados. Alguns por ai, exibem tantas pedras preciosas que, se fossem vendidas, poderiam construir uma igreja inteira num campo missionário. Nosso dinheiro deveria ser gasto para disseminar o Evangelho na prática, de modo eficaz. O Senhor pergunta, "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o produto do seu trabalho naquilo que não pode satisfazer?" Isaias 55:2 (Veja também Mateus 6:19-21).

Sem dúvida você encontrará exemplos brilhantes entre membros da igreja (e dentro de algumas igrejas) onde o dinheiro tem sido desperdiçado em extravagâncias inúteis. Confesso que também tenho sido culpado disso. Mas uma inconsistência não justifica outra. O dinheiro de Deus não deveria ser gasto em ouro e diamantes vistosos, ou mesmo em bijuteria barata. Todas as jóias se derreterão quando Jesus vier, e eu vou preferir não usar alguma quando isso acontecer!

A Bíblia chama de tolos tais "investimentos" em Tiago 5:3: "O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram. A sua ferrugem dará testemunho contra vós, e devorará a vossa carne como fogo. Entesourastes nos últimos dias." As únicas preciosidades que irão para o céu serão pessoas transformadas.

Pequenos Ídolos

Quando apresento a verdade bíblica a respeito das jóias, raramente ouço queixas daqueles que são recém-convertidos. Mas alguns outros, que tem estado na igreja durante anos, freqüentemente ficam amuados e argumentam, "Doug, isto é uma coisa tão pequena!". Minha resposta é, "se é uma coisa tão pequena, então porque é tão difícil para você abandonar isto?". Um pouco de ouro ou prata podem se tornar num grande ídolo.

Talvez a mais espantosa demonstração deste fato, foi a experiência dos Israelitas com o bezerro de ouro. A Bíblia registra: "Disse-lhes Arão:

Tirai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo tirou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxe a Arão. Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro e dele fez um bezerro de fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito." Êxodo 32:2-4.

Quando os filhos de Israel passaram a salva da oferta, eles tinham jóias suficientes para fazer um pequeno bezerro. Temo que se passassem a salva hoje em algumas igrejas daqueles que professam seguir a Palavra de Deus, teríamos jóias suficientes para fazer um grande búfalo de ouro!

Depois da experiência do bezerro de ouro, Deus ordenou que o povo removesse suas jóias para que não fossem consumidos. "Pois o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És um povo de dura cerviz. Se por um momento eu subir no meio de ti, te consumirei. Tira, pois, de ti os atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer. Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe." Êxodo 33:5,6.

Note o perigo semelhante que Deus adverte a Seu povo, que vive nos últimos dias: "Naquele dia os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, e meter-se-ão pelas fendas das rochas, e pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa do esplendor da sua majestade, quando ele se levantar para sacudir aterra." Isaias 2:20,21.

Vestindo-se de acordo com a Ocasião

Houve uma época, quando Deus não reagiu quanto ao uso de jóias e outros males, tais como escravidão e poligamia. Isto não significa que Ele aprovava essas práticas, mas porque Seu povo tinha maiores problemas para resolver. Esses outros seriam resolvidos no devido tempo.

Atos 17:30,31 nos diz: "Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todos os lugares se arrependam." Por quê? "Pois determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou. Ele disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos."

Estamos vivendo nos dias imediatamente anteriores a Vinda de Jesus um tempo em que a Igreja está sendo julgada. "Pois já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus." 1 Pedro 4:17.

Como uma ilustração do processo de julgamento, Deus deu a Seu povo o Dia da Expiação. Ele caia no décimo dia do sétimo mês no ano judaico e era um solene dia no qual o Senhor santificaria e julgaria os filhos de Israel. Na preparação, o povo se conduzia num completo exame pessoal. Estavam repletos com uma atitude de confissão, arrependimento, e humildade. "Porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso Deus. Toda pessoa que nesse dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo." Levítico 23:28,29.

No Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote que normalmente usava um peitoral com pedras preciosas e finas vestimentas que simbolizavam as glórias do céu trocava suas vestes para uma roupa simples de linho branco. Este seu propósito (com respeito a roupa simples) é que deveríamos imitar, porque vivemos no Dia da Expiação Profético. Assim como foi exigido a todo o acampamento de Israel que se purificasse e mudasse suas roupas no Dia do Juízo, também nós que vivemos no tempo do juízo pré segundo advento, somos chamados a purificar nosso coração e nos separarmos de todas as influências pagãs.

Outras histórias bíblicas além dessa, ilustram como o povo mudou suas vestes, quando se preparavam para encontrar-se com Deus. Vejamos Gênesis 35:1-4: "Então disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali, e faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão. Então disse Jacó á sua família, e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes. Levantemo-nos, e subamos a Betel, onde farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho por onde andei. Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham nas mãos, e as argolas que lhes pendiam das orelhas, e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém."

Podemos aprender duas lições muito importantes desta história. Primeiramente, observe que os deuses estrangeiros e as jóias foram classificadas e enterradas juntas. A adoração pagã e as jóias sempre 'desfrutaram' de uma estreita associação. E para que Jacó e sua família entrassem em comunhão com Deus, eles tinham que abandonar tais influências. Assim Deus ordenou a Jacó para fazer não uma remoção temporária desses objetos, mas um enterro permanente.

Em segundo lugar, a palavra Betel significa:

"Casa de Deus". Estamos vivendo agora no tempo do juízo, e nos preparando para encontrar-se com o Todo-poderoso, na Sua Casa Celestial. Não é o tempo agora para adornar nosso exterior mortal. Antes de irmos para lá, Deus quer nos separar das coisas deste mundo, que comprometem nosso relacionamento com Ele. "Pelo que sai do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor. Não toqueis nada imundo, e eu vos receberei." li Coríntios 6:17.

Somos o Templo de Deus

A mais bela construção da antigüidade era o Templo de Deus construído pelo rei Salomão. Seu exterior era coberto com pedras de puro mármore branco. Muito interessante é notar que o ouro, estava no interior do Templo. A Bíblia diz que este é igualmente um bom modelo para os 'templos vivos'. "A beleza das esposas não seja o enfeite exterior, como o frisado de cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas a beleza interior, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus." 1 Pedro 3:3,4. Como o antigo Templo de Salomão, nosso ouro deveria estar no

Amigo(a), seu corpo foi feito por Deus à Sua imagem. Tentar melhorar a aparência humana, furando buracos nas orelhas ou narinas, e pendurar minerais inanimados; seria como tentar aperfeiçoar a perfeita beleza do Templo de Salomão soltando uma gangue de rua no mármore do pátio e ordená-los a pichar os muros com tinta spray. "E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós sois santuário do Deus vivente" II Coríntios 6:16.

Creio que os anjos viram o rosto e choram quando professos cristãos perfuram, marcam, acorrentam, mutilam, e tatuam seus corpos como um sacrifício aos deuses da moda e das manias. Deus claramente disse ao Seu povo: "Eles .. .nem farão incisões no corpo. Santos serão a seu Deus." Levítico 21:5,6. E se Deus disse que não deveríamos ferir nosso corpo, o que nos faria pensar que furar as orelhas é alguma coisa permissível?

"Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado." 1 Coríntios 3:16,17. Em essência, você não deveria fazer um buraco nesse mármore inestimável. Nossos corpos são para serem santos, não cheios de buracos.

Os princípios bíblicos contra o uso de jóias, tem sido uma benção á causa de Deus. Eles dão liberdade para os membros. O povo de Deus tem então mais dinheiro para gastar na disseminação do evangelho, e no suprimento das necessidades dos povos sofridos. Eles estão livres dos sentimentos de insegurança. Os homens não necessitam se preocupar.

sobre o anel que deram a esposa ou namorada, se é bonito o suficiente ou se dá uma boa afirmação social. E as mulheres não tem que investir um centavo de energia emocional na comparação de suas jóias com as das outras. O padrão de Deus tem sido uma tremenda bênção. e nos necessitamos manter isto assim!

A primeira impressão é a que fica

Duas mulheres simbólicas aparecem em Apocalipse cap. 12 e 17. Elas representam os dois grandes poderes religiosos que estão em conflito, por toda a história da igreja. Embora nenhuma das mulheres fale uma só palavra que seja, sabemos qual é a verdadeira e qual é a falsa. Como? O primeiro modo de a Bíblia identificá-las é: pela veste que estão usando.

Apocalipse 12:1 diz. "Viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça." A primeira mulher, que representa a Igreja de Deus, está usando uma luz natural. Sua igreja está vestida com a pura e não falsificada luz que Ele fez.

Por contraste, a segunda mulher, que representa uma igreja apostatada, está adornada com jóias e finas vestes. Sua beleza é externa e artificial. Apocalipse 17:4 fala que, "A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituiçao.

Obviamente estas coisas estão associadas com uma aparência do mal, e somos ordenados a "Abster-se de toda a aparência do mal" 1 Tessalonicenses 5:22.

Jesus mesmo mandou: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:16. A Palavra de Deus nos orienta para deixar nossa própria luz (não nossas jóias externas) brilhar tanto, que outros possam ver nossas obras (não nossas riquezas) e glorificar a Deus (não a nós mesmos).

Cristo é nosso exemplo

Também tenho sido questionado muitas vezes se não haveria problema em usar uma cruz. Bem, Jesus nunca pediu para usarmos uma cruz. Ele pediu para levarmos a cruz. Tomar nossa cruz e seguir a Jesus é muito mais desafiador que usar uma camiseta, um grande adesivo, ou uma pequena cruz dourada como propaganda frívola. Jesus disse que tomar a cruz significa, que como cristão você então, "negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me." Lucas 9:23.

Sempre que estiver em dúvida, pergunte: "O que faria Jesus?". Se seguirmos a Jesus, estaremos sempre a salvo. Pessoalmente, não posso imaginar meu Jesus furando Suas próprias orelhas, nariz, ou qualquer outra parte mesmo com o fim de pendurar pedras brilhantes em suas extremidades. O exemplo de Jesus nas Escrituras é continuamente de modéstia e simplicidade prática. Quando Ele foi crucificado, os soldados romanos dividiram Suas vestes entre si. Note que eles não tiraram a sorte por Suas jóias. Ele não possuía nenhuma. Em vez disso, eles tiveram que disputar Sua peça de roupa mais valiosa uma modesta túnica sem costura (João 19:23,24).

Eis uma mensagem que mostramos repetidamente: Quando amamos a Jesus, queremos seguir Seu exemplo. "Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou." 1 João 2:6

Mudança de Proprietário

Numa pequena cidade onde vivi, havia uma casa que era bem conhecida por sua aparência: tudo em ruínas. Ferro-velho, lixo, e uma mistura de sucatas espalhadas pelo pátio. A pintura descascando, janelas quebradas, e cachorros famintos no jardim eram um embaraço para toda a comunidade em volta. Então um dia, depois de voltar de uma longa viagem, andando pela cidade; fiquei aturdido pela dramática mudança que tinha ocorrido naquela infame casa. A velha pintura descascada tinha sido lixada e agora uma nova pintura embelezava as paredes. Janelas novas e limpas estavam no lugar das antigas, e todas as sucatas e ferro-velho tinham sido tiradas! O jardim foi limpo e coberto com novo gramado. Eu não podia deixar de perguntar o que causou a mudança. Instantaneamente descobri que a casa tinha um novo proprietário.

Todos nós de uma forma ou outra nos parecemos com a velha casa em ruínas. O pecado reinou em nosso coração, levando-nos à queda, impureza e confusão. Mas sempre que uma pessoa permite a Jesus entrar no coração, o processo de limpeza começa imediatamente. Jesus removerá aquelas coisas que manchavam a beleza interior do cristão, e as pessoas notarão a mudança externa.

Jesus deixou de lado Sua coroa, e Seu Trono Celestial quando veio ao nosso mundo, para nos salvar. Ele então, entregou Suas vestes terrenas quando morreu na cruz pelos nossos pecados. Seria muito para Ele, pedir a nós que tiremos nossos enfeites sem vida, para que possamos refletir melhor Sua pureza e humildade neste mundo perdido?

Como temos visto neste estudo, há muitas boas razões para os cristãos absterem-se de usarem jóias. Mas se eu tiver que escolher as duas melhores, escolheria estas: Amor a Deus, e amor ao nosso próximo.

"Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1,2. -- Doug Batchelor. Tradução: Udolcy Zukowski.~

http://www.jovemadventista.com/comportamento/joias_limite.htm
 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Qual é a posição da Igreja Adventista sobre a comercialização de jóias?


A posição adventista sobre a comercialização de jóias se fundamenta em dois princípios básicos: o primeiro é o compromisso adventista com a recomendação bíblica de abstenção do uso de jóias. O Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia (revisado em 2005), pág. 177, declara que “nas Escrituras é ensinado com clareza que o uso de jóias é contrário à vontade divina. ‘Não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso’, é a admoestação do apóstolo Paulo (I Tim. 2:9). O uso de ornamentos de jóias é um esforço para atrair a atenção, em desacordo com o esquecimento de si mesmo que o cristão deve manifestar”. Angel M. Rodríguez, diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral, trata com muita propriedade do assunto em seu livro O Uso de Jóias na Bíblia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2002).


Richard M. Davidson, diretor do Departamento de Antigo Testamento da Universidade Andrews, reconhece que houve ocasiões na história bíblica em que o povo de Deus acabou sucumbindo ao uso de jóias. Mas, em períodos de especial consagração, Deus pediu que Seu povo se desfizesse de suas jóias e adornos como um símbolo exterior de dedicação interior da vida a Ele. Foi assim, por exemplo, na dedicação de Jacó e sua família em Betel (Gên. 35:1-4); na reconsagração dos israelitas após a idolátrica adoração do bezerro de ouro, no deserto do Sinai (Êxo. 33:5 e 6); e também na recomendação às mulheres cristãs no período do Novo Testamento (I Tim. 2:9 e 10; I Ped. 3:3-5). Já no livro do Apocalipse aparece um marcante contraste entre a grande meretriz “vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas” (Apoc. 17:4; cf. 2 Reis 9:30), de um lado, e a mulher pura “vestida do sol” (Apoc. 12:1) e a grande multidão dos glorificados “vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos” (Apoc. 7:9), do outro. Conseqüentemente, os adventistas entendem ser seu dever abster-se das jóias.


Um segundo princípio básico que fundamenta a posição adventista sobre a comercialização de jóias é que não devemos produzir e/ou comercializar aquilo que não usamos por estar em desacordo com os ensinos bíblicos. Por exemplo, jamais deveríamos produzir e/ou vender drogas e bebidas alcoólicas que nós mesmos não devemos consumir. Da mesma forma, não devemos fabricar ou comercializar jóias e ornamentos dos quais somos aconselhados a nos abster. É certo que Ellen White aconselha que “aqueles que têm braceletes e usam ouro e adornos, fariam melhor se tirassem esses ídolos de sua pessoa e os vendessem, mesmo que fosse por muito menos do que deram por eles” (citado em O Uso de Jóias na Bíblia, pág. 150). Mas esse conselho é que a pessoa se desfaça de suas jóias, sem nenhuma conotação de comercialização de jóias.


Existem, porém, aqueles que argumentam que essa é uma questão meramente cultural, e a única forma de subsistência disponível para eles. Mas o argumento cultural é desfeito, em grande parte, pelo simples fato de a abstinência de jóias ser enfatizada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, bem como no Espírito de Profecia (ver “Declarações de E. G. White Sobre Jóias e Adorno Pessoal”, em O Uso de Jóias na Bíblia, págs. 148-154). Como esses escritos foram produzidos em diferentes contextos culturais, mas são unânimes em recomendar a abstinência do uso de jóias, entendemos que tal abstinência é um princípio universal que transcende às diferentes culturas.


Por sua vez, a alegação de que a comercialização de jóias é a única forma de subsistência para algumas famílias acaba refletindo a teoria existencialista de que “os fins justificam os meios”. Como adventistas do sétimo dia, devemos reconhecer que nem todas as atividades comerciais são condizentes com a fé que professamos. O exercício da religião exige, por vezes, renúncia e sacrifício. Portanto, recomendamos que, como cristãos adventistas, não produzamos nem comercializemos tudo aquilo que também não devemos consumir ou usar, incluindo a questão de jóias.


Texto de autoria do Dr. Alberto Timm publicado na Revista do Ancião (abril – junho de 2007).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Na Mira da Verdade - sacrificios, porco, jóias, Miguel - 31/03/11

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Considerações sobre o uso de brincos e outros adereços


            Primeiramente quero apresentar alguns textos da Palavra de Deus que nos farão pensar um pouco sobre os significados pessoal (e por isso intencional) e o não intencional do uso de enfeites em homens e mulheres:
Êxodo 21:6 “Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre”.
Levítico 19:28 “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou JAVÉ”.
I Timóteo 2:9 e 10 “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)”.
I Pedro 3:3 “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário”.


Significados Pessoais
            Por certo que em nossa cultura ocidental os brincos, pulseiras e outros enfeites indicam um desejo de beleza estética, vaidade ou imitação de outra pessoa. Também é possível que se use esses objetos como amuletos (como crucifixos, colares, etc.), ou por consideração para com entes queridos, quando recebidos como presentes ou como lembrança de pessoas especiais.
            Além desses, existem anéis, por exemplo, que explicitam uma graduação alcançada! Também há os emblemas militares que indicam méritos e status. Jóias funcionais, digamos assim, aparecem na vida de um cristão, como por exemplo, alianças de casamento, broches, abotoaduras.
            Pode haver outras intenções não mencionadas acima, na mente de um usuário de jóias, mas, em geral, essas são as mais conhecidas.


Significados Não Intencionais
            Vou comentar somente aqueles apontados pela Bíblia (já que é possível que a mente de alguém que costuma se adereçar não perceba uma baixa auto-estima por de trás de suas jóias, insatisfação com alguma parte do corpo ou outra causa).
            O texto de Moisés (no Êxodo) apresenta um costume antigo onde o escravo tinha a orelha furada como demonstração de certa “servidão voluntária” para com o seu senhor! Com isso em mente chamo a sua atenção para a possibilidade de se estar submetendo ao senhorio de alguém (um senhor, uma pessoa influente), aquele(a) que fura sua orelha. Mesmo sem ser esse o seu propósito, tal costume pode ser um reflexo de uma vida sob a servidão do pecado ou do mundo! Como eu disse é uma possibilidade e, por isso, deve ser analisada por alguém que decide se entregar a Jesus e permitir que Ele, e somente Ele, seja o Senhor soberano de sua vida. Uma pessoa que não sente a necessidade de amar a Deus e se comprometer com Sua Palavra não tem a responsabilidade de fazer essa análise em sua vida, já que ela, até esse momento, não tem em mente nem planeja “negar seu eu, tomar sua cruz e seguir o Mestre” (veja Mt 16:24 e Lc 14:26-33).
            Outra idéia bíblica que deve ser ponderada se encontra em Levítico. Javé deu ordens claras ao Seu povo (quer israelita do Antigo ou do Novo Testamento!) sobre o ferir a própria carne ou o fazer marcas nela. Nem por alguém muito estimado que infelizmente venha a falecer, um filho de Deus tem o direito de se flagelar, mutilar e marcar o corpo! Os pagãos (quero dizer, aqueles que não tinham luz nem compromisso com o Senhor) faziam e fazem coisas assim para revelar a dor da perda, a saudade e até o “amor” pelo falecido. Mas não devia nem deve ser assim com os que crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus, a Sua vontade esclarecida a Seus filhos! Ora, quanto mais ferir a carne ou marcá-la simplesmente por pensar que assim se alcança uma beleza superior ou simplesmente por se ter esse costume desde a infância... Deve-se escolher entre a ordem da moda e a de Javé, entre a tendência do costume e a da Bíblia quando se conhece essas coisas, você não acha?
            Paulo acrescenta luz a esse tema quando pede: “se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso”! Veja bem a imparcialidade das Escrituras – vestes caras, jóias e retoques* no cabelo são colocados lado a lado como se possuindo o mesmo peso. (*Retoques mundanos, já que a “cabeleira frisada” era uma tendência da época para as mulheres não cristãs). A Bíblia não diz: “não se ataviem” e sim “se ataviem com modéstia e bom senso”. Deus é uma Pessoa equilibradíssima! Ele sabe das criatividades e necessidades de beleza que Seus filhinhos possuem (herdadas por Ele mesmo, diga-se de passagem!). Por outro lado, Ele conhece nossa natureza carnal e o mundo em que habitamos, e nos pede, então, modéstia e bom senso como reflexos de um caráter semelhante ao dEle. Se somos simples como as pombas interiormente (Mt 10:16), certamente nosso exterior não esconderá isto!
            Como os ensinamentos de Jesus que percorriam toda a Bíblia de Sua época (Lc 24:27), bem assim é com este tema (e qualquer outro) – “um pouco aqui, um pouco ali” (Is 28:10). Indo até a carta de Pedro “aos eleitos que são forasteiros da Dispersão” (I Pe 1:1), vemos a instrução paulina confirmada. “Não seja o adorno da esposa o que é exterior”. A preocupação com a construção do caráter de Cristo em nós deve ser nossa prioridade, em vez do que é exterior. Claro, o exterior reflete o que temos dentro de nós e somente nesse sentido é que ele é importante! O apóstolo também comenta o uso da economia, como fez Paulo, em nossas compras para cobrir o corpo.
Conclusões
a)      Os adereços representam uma sujeição, ainda que não intencional, ao mundo ocidental (e, portanto, ao seu “deus” II Co 4:4) e uma dominação deste sobre aqueles que os usam.
b)      Nem Moisés, nem Paulo ou Pedro dão motivos para julgarmos como perdidos aqueles cristãos que desconsideram o conselho bíblico e preferem continuar com enfeites no rosto e em outras partes da cabeça e do corpo. Antes, eles instam com os obedientes a ensinarem com seu exemplo de modéstia, equilíbrio e economia.
c)      A cultura cristã bíblica deve prevalecer sobre as demais culturas, no sentido de sermos luzes onde quer que estejamos (I Pe 1:1).
d)      É curioso perceber que a noiva que representa a Igreja de Cristo no Antigo Testamento aparece com jóias (Is 61:10, 3:18-23, Êx 33:4, Ez 23:26, Gn 24:53), talvez como uma manifestação da graça de Deus que cobre o que não conseguimos enxergar, talvez seja o desejo do Noivo de receber Sua noiva mesmo débil, contaminada pela cultura oriental... Entretanto, no Apocalipse a Noiva de Jesus é representada por “uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça” (12:1). Ela estava enfeitada com “linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” (19:7 e 8). É assim que ficamos após noivarmos com Jesus! Nosso exterior reflete a pura beleza de um interior separado do mundo, mesmo ainda vivendo no mundo! (Hendrickson Rogers)

domingo, 26 de junho de 2011

E-book O Uso de Jóias na Bíblia

Continua crescendo a controvérsia em torno do uso de jóias – se ele pode e deve ter lugar na vida cristã consagrada. Este pequeno livro tem o propósito de ajudar o leitor a cortar caminho em meio ao labirinto de questões, opiniões e até mesmo paixões, e chegar a respostas genuinamente bíblicas. Ele responde a perguntas feitas ao Instituto de Investigação Bíblica por líderes da igreja, pastores e leigos interessados numa revisão do assunto.
Créditos : Fajori
Tamanho:7,336Kb

terça-feira, 7 de junho de 2011

Ouvindo a Voz de Deus Lição 24 - Princípios de vida cristã

Como deve viver o cristão?
Como deve ser comportar?
O cristão pode usar jóias e maquiagens?


quinta-feira, 26 de maio de 2011

O que a Bíblia diz sobre Jóias, brincos, anéis e colares?

Jóias

O uso de jóias é um assunto ligado à conduta cristã. O estilo de vida de um seguidor de Deus manifesta-se em grata resposta à magnificente salvação através de Cristo.

Cristo orou: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou” (João 17:15, 16).

Os Cristãos devem adotar um estilo de vida diferente do mundo não pelo capricho de serem diferentes, mas porque Deus os chamou para viverem por princípio. Ser diferentes também representa um aspecto da sua missão: servir o mundo – servir como o sal do mesmo, e como a sua luz.

Conduta e Salvação

Ao determinar o que constitui uma conduta adequada, deveremos evitar dois extremos. O primeiro é aceitar as regras e aplicações de princípios como meio de obter a salvação. Paulo resume este extremo nas seguintes palavras: (Gálatas 5:4) - “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”.

O extremo oposto é crer que, uma vez que as obras não salvam, não são elas importantes. Paulo também fala deste extremo: (Gálatas 5:13) - “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”. Quando cada um dos membros da igreja segue a sua própria consciência em desrespeito ao sentimento do grupo, a igreja torna-se não o corpo de Cristo, mas uma coleção de indivíduos isolados, cada um dos quais seguindo o seu próprio caminho.

Embora nossa conduta e espiritualidade estejam intimamente relacionadas, jamais poderemos obter salvação através de conduta correta. Em vez disso, o comportamento cristão é um fruto natural da salvação e encontra-se alicerçado naquilo que Jesus já realizou por nós no Calvário.
Adornos

A percepção de beleza, por parte do céu, caracteriza-se pela graça, simplicidade, pureza e encantos naturais.

Em lugar de adornos exteriores o apóstolo Pedro aconselha que os cristãos se concentrem no desenvolvimento do “interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus” (I Pedro 3:1-4).

Tanto Pedro como Paulo expõem o princípio básico que deve orientar homens e mulheres na área dos adornos: (1PE 3:3) - Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; (1TM 2:9, 10) - Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas).

Quando Jacó convocou sua família para a dedicação de si próprios a Deus, entregaram ao Patriarca “todos os deuses estrangeiros que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas”, os quais foram enterrados por Jacó (Gênesis 35:4). Vemos que a simplicidade harmoniza-se com a reforma e o reavivamento que Deus quer operar em seu povo.

Simplicidade no estilo de vida e na aparência coloca o Cristão em notório contraste com a ganância, materialismo e ostentação da sociedade do século vinte, onde os valores focalizam as coisas materiais em lugar das pessoas.
Conclusão

Em vista destes ensinamentos das Escrituras e dos princípios aqui relacionados, cremos que os cristãos não devem se adornar com jóias. Entendemos assim que o uso de brincos, anéis, colares e braceletes, bem como vistosos prendedores de gravata, abotoaduras e broches – ou qualquer outro tipo de jóia cuja função principal seja de adorno – é desnecessário e não se harmoniza com a simplicidade de adorno recomendada pelas Escrituras.

Sob todas as circunstâncias, favoráveis ou adversas, deveríamos procurar a compreensão e a prática da harmonia com a vontade de Cristo (1 Coríntios 2:16). “Toda verdadeira obediência vem do coração. Se consentirmos, Cristo se identificará de tal forma com os nossos pensamentos e ideais, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos” O Desejado de Todas as Nações, p. 668.

Finalizamos dizendo que o desenvolvimento da conduta cristã – “semelhança com Cristo” – é progressivo. Envolve a união de toda uma vida com Cristo. Esta entrega da vontade ao controle de Cristo é efetuada à medida que nos familiarizamos com os ensinos de Cristo mediante a oração e o estudo da Bíblia. Uma vez que “amadurecemos” em velocidades diferentes, devemos abster-nos de julgar nossos irmãos ou irmãs mais fracos que não procedem da maneira como nós viemos a compreender (Romanos 14:1; 15:1).

Escola Bíblica Novo Tempo

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