Louvor Congregacional
Somente Deus deve ser adorado e exaltado
É preciso primeiro aprender na Terra a louvar o Criador dos
céus e da Terra para depois louvá-Lo no Céu. Quando o tema é o ministério da
música, há sempre muitas ideias e sugestões humanas, de acordo com a cultura de
cada cantor ou músico. Mas nós queremos algo mais, ou seja: o “Assim diz o
Senhor”, baseado na Bíblia e no Espírito de Profecia. Portanto, quais são os
princípios que devem pautar o louvor congregacional?
1. Ore antes de começar o louvor. É imprescindível começar o louvor
congregacional com uma prece, buscando a presença de Deus e dos Seus magníficos
anjos. Devemos almejar não somente a companhia de Deus, mas também Sua
aprovação para todo “sacrifício vivo” a ser oferecido ao Seu poderoso e excelso
nome.
Orar foi o primeiro ato do rei
Salomão, antes da consagração do templo (2Cr 7:1). A oração deve incluir
músicos, cantores e congregação. Deus deve reinar soberanamente em cada
coração. Na igreja, todos devem participar do que normalmente chamamos de
“serviço de cânticos”. Qual é a razão?
“Raramente deve o canto ser feito por
uns poucos. A aptidão de cantar é um talento que exerce influência, a qual Deus
deseja que todos cultivem e empreguem para glória de Seu nome” (Ellen G. White,
Evangelismo, p.504).
2. Prepare os músicos e as músicas. “Organizem
um grupo dos melhores cantores, cuja voz possa guiar a congregação, e depois
todos quantos quiserem se unam a eles” (Ibid., p.506).
Ensaiar e se preparar é ter o temor
do Senhor de forma prática. Temos nós oferecido o melhor para Deus? Na época de
Salomão, o ministério da música era composto por cento e vinte sacerdotes que,
“em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem
ouvir, para louvarem e render-Lhe graças” (2Cr 5:13). Na ocasião, havia
famílias inteiras no “ministério da casa de Deus” (2Cr 25:1, 2, 6, 7). Era um
ministério organizado, respeitoso e espiritual, com uma escala de responsáveis
pela música na casa de Deus. “Os que cantam devem se esforçar para cantar em harmonia;
devem dedicar algum tempo a ensaiar, de modo a empregarem esse talento para
glória de Deus” (Ibid., p.506).
3. Os hinos devem confirmar a mensagem
pregada. Pregadores
e cantores precisam se entender nesse assunto. Isso pode ser resolvido com um
bom diálogo, antes da pregação. Deve haver harmonia entre a mensagem do
pregador e a mensagem musical.
4. Não deve haver exibições teatrais. Alguns de nossos cantores se valem de
um recurso chamado melisma. Trata-se de um fragmento melódico ou um grupo de
notas baseadas numa sílaba. Trocando em miúdos, nada mais é do que um meio de
atrair a atenção dos ouvintes para o cantor e não para o louvor. É um tipo de
exibição de recursos vocais, dotes e extensão musical, ou coisas do gênero.
Para alguns especialistas, são “firulas” musicais vindas do mundo do rap, black, soul e blues americano, em
especial.
“Coisa alguma há mais ofensiva aos
olhos de Deus do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela
tomam parte não são consagrados, não estão fazendo em seu coração melodia para
o Senhor” (Ibid., p.510). O centro da adoração ou do louvor não é o instrumento
musical nem o músico, mas Deus.
5. Cante com a roupa também. Os cantores podem apresentar a melhor
performance musical possível, mas, se a indumentária chamar a atenção
demasiadamente para eles, isso é um ruído na adoração, o qual ofusca o brilho
do louvor congregacional.
O louvor perfeito apresenta uma
mensagem integrada com todo o nosso ser: espírito, alma, e corpo (1Ts 5:23). “O
nosso exterior deve caracterizar-se em todos os seus aspectos pelo asseio,
modéstia e pureza” (Ibid., p.312). Ou seja, devemos nos apresentar diante de
Deus com roupas limpas, asseadas, simples, sem extravagância ou luxo; e que
cubram muito bem as chamadas partes sensuais do corpo. Agindo assim, nosso Deus
será louvado e exaltado. O louvor será integral.
6. Trabalhe em sintonia com a equipe de
sonoplastia e de multimídia. Para que não haja desencontros na hora do louvor
congregacional, é preciso que as equipes de louvor, sonoplastia e multimídia
cheguem bem antes do início da reunião. Quem chega cedo à igreja, contribui
para criar um ambiente positivo. Diz Jeremias 48:10: “Maldito aquele que fizer
a obra do Senhor relaxadamente!”. Façamos sempre o melhor para agradar a Deus,
levando em conta a ótica bíblica. Não nos esqueçamos de que “nossos” dons são
temporariamente emprestados.
Escrito por Otimar Gonçalvez, extraído da Revista Adventista
de Julho de 2009
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