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Postado por
Douglas Zanatta
às
16:44
[Comentários de MB seguem entre colchetes. – MB] O fim do mundo pode acontecer de diversas maneiras, depende para quem você pergunta. Por exemplo, alguns acreditam que o cataclismo global vai acontecer quando os polos magnéticos da Terra se inverterem. Quando o norte virar o sul, os continentes vão se mover, gerando terremotos massivos, mudanças climáticas e a extinção das espécies. O histórico geológico mostra que os polos já se reverteram centenas de vezes na história; isso acontece quando grupos de átomos de ferro no núcleo externo líquido da Terra se alinham de maneira oposta, como ímãs orientados para a direção oposta daqueles que estão ao redor. Quando os inversos chegam a ponto de dominar o núcleo, os polos da Terra se invertem. A última vez que isso aconteceu já faz cerca de 780 mil anos [segundo a cronologia evolucionista da geologia padrão], na Idade da Pedra, e realmente há evidência de que o planeta esteja nos estágios iniciais de mais uma reversão. Mas nós deveríamos mesmo nos preocupar com esse evento? Os continentes vão se partir ou estamos preocupados por nada?
“A mudança mais dramática que pode ocorrer, com a reversão dos polos, é uma grande diminuição na intensidade do campo magnético”, afirma Jean-Pierre Valet, que conduz pesquisas em mudanças geomagnéticas no Instituto de Física Terrestre de Paris.
O campo magnético da Terra leva entre mil e dez mil anos para se reverter [por isso, levando em conta a cronologia criacionista, é possível que esta seja a primeira reversão na história e o primeiro enfraquecimento do campo magnético], e durante esse processo, ele diminui muito até se realinhar. “Não é uma mudança súbita, mas um processo lento, durante o qual a força do campo fica fraca, ele pode mostrar mais de dois polos durante um tempo, para então ficar forte e se alinhar na posição contrária”, comenta a cientista Monika Korte. [Longe de mim contrariar os especialistas, mas, e se, ao contrário do que prega o princípio uniformista de que o presente seria a chave do passado, esse processo de realinhamento fosse realmente novidade?]
Os cientistas dizem que é o enfraquecimento a pior fase para os terrestres. De acordo com John Tarduno, professor de geofísica na Universidade de Rochester, um campo magnético forte ajuda a proteger a Terra da radiação solar. “Ejeções de massa coronal algumas vezes atingem a Terra”, afirma. “Algumas das partículas associadas às EMC podem ser bloqueadas pelo campo. Com um fraco, o escudo é menos eficiente.” [Então some os problemas: o Sol parece estar numa fase bem agitada e o nosso campo magnético perdendo força...]
As partículas carregadas que bombardeariam a Terra, durante as tempestades solares, iriam cavar buracos na atmosfera, e isso poderia machucar os humanos. “Buracos na camada de ozônio poderiam se formar com a interação de reações químicas. Eles não seriam permanentes, mas poderiam existir durante até dez anos – o que é significante em termos de câncer de pele”, afirma Tarduno. [Aumento da radiação solar e “feridas” na pele das pessoas...]
Valet concorda que um campo magnético mais fraco poderia levar à formação de buracos na camada de ozônio. Ele escreveu um artigo no ano passado comentando a ligação entre o fim dos Neandertais, nossos primos ancestrais [sic], e a diminuição na intensidade do campo magnético, que ocorreu no mesmo período. (Nesse momento, o enfraquecimento não chegou a provocar uma mudança de polos.) [Sublinhe-se que essa história de ancestralidade e longos períodos geológicos é controversa.]
Outros cientistas não estão convencidos de que exista uma conexão entre a reversão dos polos e a extinção de espécies. “Mesmo que o campo fique muito fraco, na superfície da Terra nós estamos protegidos da radiação pela atmosfera. Assim como não conseguimos perceber a presença geomagnética agora, provavelmente não sentiríamos nenhuma mudança significativa com uma reversão”, afirma Korte.
Nossa tecnologia, entretanto, com certeza estaria em perigo. Mesmo hoje, tempestades solares podem danificar satélites, causar apagões e interrupção das comunicações de rádio. “Esse tipo de influência negativa com certeza iria aumentar se o nosso campo ficasse mais fraco, e seria importante encontrar estratégias de segurança.”
Outra preocupação adicional é que a diminuição e reversão do campo desorientariam todas as espécies que utilizam o geomagnetismo para se orientar, incluindo abelhas, salmões, tartarugas, baleias, bactérias e pombos. Não há consenso entre os cientistas sobre como essas criaturas se orientariam.
Os cientistas afirmam que muitos dos desastres no imaginário popular são pura fantasia. Definitivamente não aconteceria nenhuma quebra ou mudança nos continentes. A primeira prova é o histórico geológico. Quando a última mudança dos polos aconteceu, “nenhuma mudança na ordem dos continentes ou desastre ocorreu, e os fósseis estão aí para provar isso”, comenta o geólogo Alan Thompson. [Gostaria que os cientistas explicassem como chegaram a esse tipo de conclusão, já que os fósseis provam, sim, que houve uma grande catástrofe hídrica capaz de sepultá-los instantaneamente – alguns em pleno ato de devorar sua presa ou fugindo e deixando suas pegadas impressas em lama. Teria sido essa catástrofe a responsável por uma eventual mudança de polos? Duvido que os pesquisadores evolucionistas averiguariam uma hipótese que eles descartam a priori como mito.]
Os cientistas explicam que as mudanças no núcleo líquido da Terra acontecem em uma instância completamente diferente das convecções no manto terrestre (que geram os movimentos nas placas tectônicas e nos continentes). [Sublinhe-se, também, que é muito difícil explicar o que ocorre nas profundezas da Terra, havendo muito de especulação nessa questão.] O núcleo líquido realmente encosta no fundo do manto, mas levaria dezenas de milhões de anos para as mudanças internas influenciarem o movimento das placas.
O campo magnético está no momento enfraquecendo [esse talvez seja o único fato em todo esse assunto, já que isso é mensurável], provavelmente devido a um crescimento na reversão do núcleo líquido embaixo do Brasil e do Atlântico Sul. De acordo com Tarduno, a força do campo magnético terrestre “vem diminuindo por pelo menos 160 anos a um nível muito rápido, o que leva alguns cientistas a especular que estamos caminhando para uma inversão”. [Se as inversões do passado forem mesmo imaginárias/especulativas, o que esse enfraquecimento do campo magnético indicaria? Que a Terra não poderia ter mais do que dez mil anos, pois, nesse caso, seu campo magnético seria tão forte quanto o de uma estrela. E isso seria um absurdo.]
Isso talvez possa acontecer, ou não. A Terra é um sistema muito complexo para os cientistas adivinharem o que esperar [se não podem adivinhar o que esperar, o que garante que podem descrever precisamente o que aconteceu em eras passadas?]. De qualquer modo, o processo vai levar alguns milhares de anos, o que nos dá tempo para nos ajustarmos às mudanças. [Será que dará tempo? Os antediluvianos devem ter sido bem otimistas assim, também... – MB]
(Hypescience) Via Criacionismo
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