Rick Warren no livro “Uma Vida com Propósito, pág 96”, descreve algumas situações que podem ocorrer conosco no dia-a-dia: Certo dia você acorda e percebe que todas as suas sensações de comunhão espiritual se foram, você ora, mas nada acontece. Você repreende o diabo, mas isso não muda nada. Você faz exercícios espirituais[...] seus amigos oram por você[...] você confessa cada pecado que consegue imaginar, e então sai por aí pedindo perdão a todos que você conhece. Você jejua[...] e nada ainda. Você começa a se perguntar quanto tempo essa depressão espiritual vai durar, dias, semanas, meses, será que ela vai acabar?[...] você tem a impressão que suas orações simplesmente batem no teto e votam. Em absoluto desespero você grita: Qual é o meu problema?
A verdade é que não há nada de errado com você! Trata-se de uma parte normal da provação e amadurecimento de sua amizade com Deus. Todo cristão passa por isso ao menos uma vez, e normalmente várias vezes. É doloroso e perturbador, mas absolutamente vital para o desenvolvimento de sua fé.
Nos dias de hoje o erro mais comum que os cristãos cometem ao adorar é buscar uma experiência em vez de buscar a Deus. Eles buscam sensações e se elas ocorrerem, concluem que foram bem sucedidos em adorar, errado! Deus em geral afasta nossas sensações para não dependermos delas. Buscar uma sensação – mesmo uma sensação de proximidade com Cristo – não é adoração.
Quando você é um cristão novo, Deus lhe dá muitas emoções comprobatórias e freqüentemente atende as orações mais imaturas e egoístas, tudo para que você saiba que Ele existe, mas à medida que você crescer na fé, Ele irá emancipá-lo dessa dependência.
A onipresença de Deus e a manifestação de Sua presença são coisas diferentes. Uma é um fato, a outra é freqüentemente uma sensação. Deus está sempre presente, mesmo que você não perceba, e Sua presença é muito profunda para ser medida por uma mera emoção.
Sim, Ele quer que você sinta a Sua presença, porém Ele está mais interessado em que você confie, e não tanto que O sinta. Fé, e não sentimentos.
As situações que mais põem a prova sua fé são aquelas em que a vida desanda e Deus não pode ser achado. Isso aconteceu com Jó. Em um único dia, ele perdeu todos: família, seus negócios, sua saúde, e tudo o que possuía. E o que é pior ao longo de 37 capítulos, Deus não disse nada! Como louvar, adorar ou mesmo manter uma comunhão espiritual com Deus, quando você não compreende o que está acontecendo em sua vida e Deus está em silêncio? Como manter os olhos em Jesus quando eles estão cheios de lágrimas? Você faz o que fez Jó? Então se prostou, rosto em terra, em adoração, e disse: “saí nu do ventre de minha mãe e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o tomou; louvado seja o nome do Senhor”. Jó 1:20 e 21
Há muito tempo, tenho ouvido de muitos líderes de igrejas e grupos em nosso campo, a seguinte inquietação: “Como poderemos fazer com que os nossos irmãos pratiquem a comunhão diária com Deus? Que separem tempo para isto? Que sejam trabalhados para alcançarem este objetivo?”
O Movimento Espiritual “Intimidade com Deus”, vem preencher esta necessidade tão urgente, em uma época difícil da humanidade e de nosso povo também. Fala-se muito na necessidade de ter comunhão com Deus, que temos que ter tempo para Ele, e pouco no como alcançar esta tão importante tarefa do cristão.
Na verdade precisamos ensinar nossos irmãos a como realizar esta comunhão, explicando, e praticando com eles, diariamente. Um plano educativo que venha criar um hábito em todos e que possamos demonstrar como o cristão é feliz em deixar Deus programar o seu dia, “buscando em primeiro lugar a Sua Justiça” na prática, e não teoricamente.
Jesus descreve a necessidade de um relacionamento diário com Ele em S. João 6:35: “Eu sou o pão da vida – o pão vivo que desceu do Céu. Aquele que vem a Mim nunca terá fome e o que crê em Mim jamais terá sede. Se alguém comer a Minha carne e beber o Meu sangue, viverá para sempre, mas se não fizer, não terá em si nenhuma vida.”
O espírito de profecia também exorta essa necessidade: “Quem usa a completa armadura de Deus e separa algum tempo cada dia para meditar orar e também para estudar as Escrituras, estará ligado ao Céu e terá uma influência transfomadora e salvadora sobre os que o rodeiam. Terá importantes pensamentos, nobres aspirações e claras percepções da verdade e da obra de Deus. Anelará pela pureza, pela luz, pelo amor e por todas as Graças celestiais.” Testimonies, Vol. 5, pág. 112.
Trazemos uma proposta até certo ponto inovadora, não no assunto em si, mas na maneira para se alcançar essa meta importantíssima. É algo que vem de encontro aos anseios da irmandade, e creio que é um plano divino, em todo seu formato. Buscar a Deus nas primeiras horas do dia, sendo a primeira atividade do cristão, e assim ouvir a voz do Espírito Santo, de maneira mais clara e bela.
Chegou a hora de praticarmos isto com ênfase e veemência, e assim nos preparar para alcançar a tão desejada “Chuva Serôdia”. Calma e serenamente este movimento tomará corpo e toda o povo de Deus será abençoado.
Um abraço a todos e que Deus nos ilumine e dirija neste movimento espiritual.
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