quinta-feira, 26 de março de 2015

40 fatos surpreendentes sobre o corpo humano




1. Um glóbulo vermelho comum vive por 120 dias.

2. Há 2,5 trilhões (mais ou menos) de glóbulos vermelhos em seu corpo a qualquer momento. Para manter esse número, cerca de dois milhões e meio de novos precisam ser produzidos a cada segundo por sua medula óssea. Isso é como uma nova população da cidade de Toronto a cada segundo.

3. Considerando todos os tecidos e células no seu corpo, 25 milhões de novas células estão sendo produzidas a cada segundo. Isso é um pouco menos do que a população do Canadá – a cada segundo!

4. Um glóbulo vermelho pode circunavegar o seu corpo em menos de 20 segundos.

5. Impulsos nervosos viajam a mais de 400 km/h.

6. Um espirro gera um vento de 166 km/h, e uma tosse sai a 100 km/h.

7. Nosso coração bate em torno de 100.000 vezes por dia ou cerca de 30 milhões de vezes em um ano.

8. Nosso sangue viaja 96.000 quilômetros por dia.

9. Nossos olhos podem distinguir cerca de 10 milhões de cores e absorverá mais informações do que o maior telescópio conhecido pelo homem.

10. Nossos pulmões inalam mais de dois milhões de litros de ar por dia. Sua área de superfície é grande o suficiente para cobrir um lado de um campo de tênis.

11. Nós “damos à luz” mais de 200 bilhões de glóbulos vermelhos a cada dia.

12. Quando tocamos algo, nós enviamos uma mensagem para o nosso cérebro a 200 km/h.

13. Nós exercitamos pelo menos 36 músculos quando sorrimos.

14. Somos cerca de 70% água.

15. Nós produzimos cerca de 1 a 1,6 litros de saliva por dia.

16. Nosso nariz é o nosso sistema de ar condicionado pessoal: ele aquece o ar frio, esfria o ar quente e retira impurezas.

17. Em um polegada quadrada de nossa mão, temos 2,74 metros de vasos sanguíneos, 600 sensores de dor, 9.000 terminações nervosas, 36 sensores de calor e 75 sensores de pressão.

18. Temos cobre, zinco, cobalto, cálcio, manganês, fosfato, níquel e silício no nosso organismo.

19. Acredita-se que o objetivo principal das sobrancelhas é manter o suor longe dos olhos.

20. Uma pessoa pode respirar cerca de 20 quilos de pó em sua vida.

21. Há mais organismos vivos na pele de um ser humano do que há seres humanos sobre a superfície da Terra.

22. A partir dos 30 anos, os seres humanos começam gradualmente a diminuir de tamanho.

23. Seu corpo contém ferro suficiente para fazer um ponto forte o suficiente para manter o seu peso.

24. A área de superfície de um pulmão humano é igual à de um campo de tênis.

25. A maioria das pessoas perde 50% de suas papilas gustativas quando atinge os 60 anos.

26. A quantidade de carbono no corpo humano é o suficiente para fabricar cerca de 9.000 lápis.

27. Um centímetro quadrado de pele humana contém 625 glândulas sudoríparas.

28. Quando você se envergonha, seu estômago também se avermelha.

29. O corpo humano tem menos músculos do que uma lagarta.

30. Se você pudesse salvar todas as vezes que seus olhos piscam em um tempo de vida e usar todas as piscadas de uma vez, você veria a escuridão por 1,2 ano.

31. A vida útil de uma papila gustativa é de 10 dias.

32. É impossível espirrar com os olhos abertos (não tente fazer isso).

33. Aperte o máximo que conseguir uma bola de tênis. Você está usando mais ou menos a mesma quantidade de força que seu coração usa para bombear o sangue para todo o corpo.

34. A aorta, a maior artéria do corpo, tem quase o diâmetro de uma mangueira de jardim.

35. Os vasos capilares, por outro lado, são tão pequenos que é preciso 10 deles para igualar a espessura de um cabelo humano.

36. Seu corpo tem cerca de 5,6 litros de sangue, que circulam pelo organismo 3 vezes a cada minuto.

37. O coração bombeia cerca de 1 milhão de barris de sangue durante uma vida média – que é o suficiente para encher 2 superpetroleiros!

38. Os bebês começam a sonhar mesmo antes de nascer.

39. Os seres humanos são os únicos primatas [sic] que não têm pigmentação nas palmas das mãos.

40. 10% do peso seco humano vem de bactérias.

(Mistérios do Mundo)

Computador leva 40 minutos para “pensar” um segundo




Um supercomputador japonês fez a simulação mais precisa da atividade cerebral humana já realizada. A máquina precisou de 40 minutos para calcular o equivalente a 1 minuto do que acontece no cérebro humano. Os pesquisadores utilizaram o K, considerado o quarto computador mais potente do planeta, para simular a atividade do cérebro humano. O computador tem 705.024 processadores e 1,4 milhão de GB de memória RAM, mas ainda precisou de 40 minutos para processar as informações de um segundo da atividade cerebral. O projeto, realizado pelo grupo de pesquisa japonês RIKEN, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Okinawa e o Forschungszentrum Jülich, um centro de pesquisa interdisciplinar alemão, foi a maior simulação da rede neural já realizada. Ele usou a ferramenta de código aberto Neural Simulation Technology (NEST) para reproduzir uma rede equivalente a 1,73 bilhão de neurônios unidos por 10,4 trilhões de sinapses.

Apesar de gigantesca no tamanho, a reprodução representa apenas 1% da rede neural no cérebro humano. O objetivo do projeto, mais do que realizar novas descobertas sobre o órgão, era testar os limites da tecnologia de simulação e as capacidades do computador K.

Os pesquisadores foram capazes de obter informações que irão ajudar na construção de um novo software de simulação. A pesquisa também irá oferecer a neurocientistas uma prévia do que poderá ser conseguido no futuro com a próxima geração de computadores, que irá usar os chamados processos de exoescala.

Os computadores de exoescala conseguem realizar um quintilhão de operações de pontos flutuantes por segundo, capacidade considerada equivalente à do cérebro humano. Espera-se que, com essas máquinas, a ciência consiga realizar uma simulação em tempo real da atividade cerebral.

A Intel afirma que planeja lançar até 2018 um computador que consiga realizar processos de exoescala. “Se computadores de petoescala como o K são capazes de reproduzir 1% da rede de um cérebro humano, acreditamos que será possível reproduzir todo o cérebro, com todos os seus neurônios e sinapses, com computadores de exoescala”, afirmou Markus Diesmann, um dos cientistas do projeto.

(Exame)

Nota: Três centros de pesquisas com tecnologia de ponta, muitos pesquisadores bem inteligentes e grande soma de dinheiro foram necessários para tentar imitar (muuuuuito de longe) a capacidade de processamento de um órgão ultracomplexo que surgiu por acaso... [MB] 
Via Criacionismo

quarta-feira, 25 de março de 2015

Vitamina C melhora a imunidade e diminui o estresse

Nutriente também faz com que a pele fique mais bonita, previne problemas de visão e derrame e contribui para a queima de gordura.

A vitamina C é essencial para a imunidade - Foto: Getty Images

A vitamina C, cujo nome técnico é ácido ascórbico, é uma vitamina hidrossolúvel, ou seja, é solúvel em água. A substância foi descoberta em 1932 pelo cientista e bioquímico húngaro Albert Szent-Gyöygyi. Ela não pode ser sintetizada pelos seres humanos, sendo assim, a única maneira de obtê-la é pela alimentação. 

Após ser ingerida, a vitamina C participa de diversas ações bioquímicas vitais para o organismo. Ela melhora o sistema imunológico, a pele, o humor e evita problemas oftalmológicos e derrames. O nutriente também conta com forte ação antioxidante, combatendo os radicais livres. 

Este nutriente pode ser obtido especialmente em algumas frutas, como a laranja, goji berry, acerola, kiwi e goiaba, e verduras, como a couve e o brócolis. 

Benefícios comprovados da vitamina C

Melhora a imunidade: A vitamina C aumenta a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema imunológico e que tem a função de combater microorganismo e estruturas estranhas ao corpo. O nutriente também aumenta os níveis de anticorpos no organismo. Assim, o nutriente ajuda a fortalecer o sistema imunológico, deixando nosso corpo menos suscetível a doenças.
Um estudo publicado no Annals of Nutrition & Metabolism observou que a vitamina C de fato melhora o sistema imunológico. Outras pesquisas também observaram os mesmos resultados.  
Evita o envelhecimento da pele: A vitamina C evita o envelhecimento da pele por ser essencial para a produção natural de colágeno pelo organismo. O colágeno é uma proteína que proporciona sustentação e firmeza para a pele. Além disso, a vitamina C tem ação antioxidante, ou seja, neutraliza os radicais livres, protegendo a pele contra a degradação de colágeno. 
Uma pesquisa publicada no Archives of Otolaryngology - Head com 19 voluntários observou que o uso tópico de vitamina C diminui os danos na pele causados pelo sol. 
Proporciona resistência aos ossos: Isto ocorre porque a vitamina C é necessária para a produção de colágeno. Esta proteína além de ser benéfica para a pele, também proporciona resistência aos ossos, dentes, tendões e paredes dos vasos sanguíneos. 
Melhora a absorção de ferro: A vitamina C aumenta a biodisponibilidade de ferro não-heme, aquele de origem vegetal, no organismo. O ferro é importante para prevenir a anemia ferroriva que causa um estado de desânimo, lentidão de raciocínio, falta de foco e sonolência acentuada. Em crianças a ausência do nutriente pode causar o retardo do desenvolvimento cognitivo.  
Evita problemas de visão: A vitamina C contribui para prevenir problemas de visão em decorrência do envelhecimento. Isto porque o nutriente é um dos fatores para a prevenção da degeneração da mácula, parte da retina responsável pela percepção de detalhes. Outros nutrientes que evitam o problema são betacarotenos, vitamina E, zinco e cobre. 



Uma pesquisa publicada no The American Journal of Clinical Nutrition feita com 3654 pessoas observou que consumir boas quantidades de vitamina C ajuda a prevenir o desenvolvimento da catarata. 
Previne derrames: A vitamina C mantém as concentrações de colágeno e elastina, que em boas quantidades evitam a ruptura de coágulos e a formação de placas nas artérias. A ação antioxidante do nutriente também ajuda indiretamente, pois mantém a ação de óxido nítrico, substância que faz com que as artérias e veias fiquem relaxadas. 
Ação antioxidante: A vitamina C é um poderoso antioxidante que combate os radicais e assim diminui os riscos de diversas doenças, entre elas o câncer e processos degenerativos associados com a idade. 
Previne e melhora gripes e resfriados: Alguns estudos já apontaram que a suplementação constante de vitamina C provoca redução na duração dos sintomas do resfriado. Afinal, quando o sistema imunológico está debilitado, como em situações de gripes ou resfriados, a quantidade de vitamina C está menor e é importante fazer a reposição do nutriente. 
O ideal é que a pessoa tenha sempre níveis de vitamina C adequados, assim o sistema imunológico fica fortalecido e os riscos de contrair doenças, como a gripe e o resfriado diminuem.  
Um estudo da Universidade de Helsinki na Finlândia revidou outras 23 pesquisas sobre a vitamina C que envolveram mais de 6.000 pessoas no total. O levantamento concluiu que boas quantidades do nutriente no organismo fazem com que a pessoa fique resfriada por menos tempo e com os sintomas atenuados. 

Benefícios em estudo da vitamina C

Diminui o estresse: A vitamina C ajuda a diminuir os quadros de estresse. Isto porque o nutriente é essencial para a produção de hormônios de resposta ao estresse como o cortisol, histamina e norepinefrina.



A laranja é uma boa fonte de vitamina C - Foto: Getty Images
A laranja é uma boa fonte de vitamina C

Um estudo publicado no International Journal of Sports Medicine feito com 45 maratonistas observou que a suplementação com vitamina C ajudou a reduzir os níveis de cortisol no organismo dos atletas. Já pesquisadores da Universidade do Alabama realizaram estudos com animais e observaram que nestes casos a vitamina C contribuiu para a diminuição do estresse. 

Melhora o humor: A vitamina C contribui para a melhora do humor. O benefício ocorre porque este nutriente é essencial para a produção de neurotransmissores como a serotonina, adrenalina, noradrenalina e dopamina, todos eles regulam o nosso humor. 

Contribui para a queima de gorduras: A vitamina C é importante para a produção de carnitina, substância responsável pelo transporte de gorduras para serem queimadas e transformadas em energia.  


Deficiência de vitamina C

Um dos problemas de saúde ocasionados pela falta de vitamina C é o sistema imunológico enfraquecido, que é caracterizado por gripes e resfriados frequentes. Outra complicação é o escorbuto, doença que provoca problemas nas articulações, inchaço, inflamações nas gengivas, perdas dos dentes, hemorragias, feriadas que não cicatrizam e sistema imunológico deteriorado, podendo em casos extremos levar até a morte. 

Interações

Quando consumida nas quantidades orientadas a vitamina C não interage com outras substâncias. 

Efeitos colaterais

Ao ser ingerida nas quantidades recomendadas a vitamina C não tem efeitos colaterais. 

Combinações da vitamina C

Vitamina C + ferro: A presença da vitamina C melhora a absorção de ferro no organismo. Isto porque o nutriente leva à mudança do estado de oxidação do ferro, de íon férrico para íon ferroso, tornando a absorção dele mais fácil. Além disso, a vitamina C influencia no transporte e no armazenamento do ferro no organismo. 

Fonte de vitamina C

As frutas e vegetais são as melhores fontes de vitamina C. Sendo que as mais ricas no nutriente são a camu-camu (fruta da Amazônia) e acerola. Além disso, o nutriente também está presente na goiaba, kiwi, morango, laranja, goji berry, cranberry e caju e em vegetais como o pimentão, o brócolis e a couve de Bruxelas. 


O goji berry é a maior fonte conhecida de vitamina C - Foto: Getty Images
O goji berry é a maior fonte conhecida de vitamina C

Confira o quanto consumir de cada um desses alimentos para obter as quantidades necessárias do nutriente, 90 mg de acordo com o Recommended Dietary Allowances do Governo dos Estados Unidos: 
  • Laranja: 1 unidade e meia
  • Goiaba: meia unidade
  • Acerola:
  • uma unidade
  • Pimentão vermelho: 1 unidade pequena ou 1 terço de xícara picada
  • Kiwi: 1 unidade e meia
  • Brócolis cozido: 1 xícara
  • Morango: 15 unidades médias
  • Tangerina: 2 unidades
  • Goji berry: 45 gramas
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 
Os alimentos ricos em vitamina C devem ser consumidos preferencialmente crus, frescos e caso vá cortá-los faça isto na hora. Isto porque o nutriente oxida com facilidade quando entra em contato com o ar. Porém, após serem cozidos os vegetais ainda contém a vitamina C, apesar de em quantidade menores. A melhor maneira de cozinha-lo é no vapor, pois quando ele é cozido na água a perda do nutriente é maior. 

Quantidade recomendada de vitamina C

De acordo com o Institute of Medicine a orientação do consumo de vitamina C por faixa etária e gênero é:
-7 a 12 meses: 50 mg
-1 a 3 anos: 15 mg
-4 a 8 anos: 25 mg
-9 a 13 anos: 45 mg
-Mulheres de 14 a 18 anos: 65 mg
-Homens de 14 a 18 anos: 75 mg
-Mulheres a partir de 19 anos: 75 mg
-Homens a partir de 19 anos: 90 mg
-Grávidas menores de 18 anos: 80 mg
-Grávidas maiores de 18 anos: 85 mg
-Lactantes menores de 18 anos: 115 mg
-Lactantes maiores de 18 anos: 120 mg
 

O uso do suplemento de vitamina C

A suplementação de vitamina C é recomendada quando a deficiência do nutriente é identificada e não é possível supri-la com a alimentação. Esta suplementação deve ser recomendada após a avaliação de um nutricionista ou médico e precisa ser acompanhada por este profissional. 
A vitamina C é encontrada principalmente em frutas, verduras e legumes. Caso a pessoa não ingira esses alimentos é importante que ela busque a orientação de um médico ou nutricionista, pois é possível que ela necessite de suplementação. 

Riscos do consumo em excesso de vitamina C

Para que ocorram problemas com a vitamina C é preciso ingerir quantidades superiores a 1 grama por dia por um longo período. Chegar a esses valores por meio da alimentação é muito difícil, portanto o principal problema dos excessos são os suplementos.
Alguns especialistas da saúde defendem que o excesso da vitamina C pode sobrecarregar os rins e assim aumentar as chances da pessoa desenvolver cálculos renais. Outros profissionais acreditam que este problema não ocorre. 

Fontes consultadas:

Nutróloga Marcella Garcez Duarte, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia.
Nutricionista Carolina Arbache da Natue.
Nutricionista Laís Coelho da Natue.  

Via Minha Vida

Origens do ser humano

Sede mundial adventista apresenta declaração inédita sobre vacinação

 igreja-apresenta-declaracao-inedita-sobre-vacinacao
A Igreja Adventista apresentou uma declaração oficial intitulada “Imunização”. A recomendação oficial da denominação é favorável ao uso de vacinas. A resolução considera que “a Igreja Adventista do Sétimo Dia coloca forte ênfase na saúde e bem-estar” e que “a ênfase adventista quanto à saúde se baseia na revelação bíblica, nos escritos inspirados de Ellen White (cofundadora da Igreja) e em literatura científica submetida à revisão de pares”. Por meio do documento, a organização encoraja “a imunização/vacinação responsável”, reiterando que “não há qualquer razão religiosa ou baseada na fé para não incentivar nossos adeptos a participarem responsavelmente em programas de proteção e prevenção de imunização”. Segundo a declaração, a valorização da saúde e a segurança da população incluem a manutenção da “imunidade do rebanho”. 

 [Fonte: Márcio Basso, equipe ASN / Foto ilustrativa: William de Moraes].

Relâmpagos em vulcões?Vídeo

Além de ser raro, este acontecimento não é bem compreendido pelos cientistas. Fotos do evento já foram registradas antes, mas o fotógrafo Marc Szeglat, especialista em vulcões, conseguiu capturá-lo em vídeo.

vulcao relampagos

Ele já escalou mais de 40 vulcões e estava observando uma erupção do Sakurajima, no Japão, quando fez esse filme incrível. A última grande erupção desse vulcão foi em 1914, quando 35 pessoas morreram. Szeglat esteva lá no início de março e presenciou diversas erupções menores. 



terça-feira, 24 de março de 2015

Vulcões submarinos: novo fator para mudanças climáticas


Erupções submarinas afetam o clima

As vastas cadeias de vulcões escondidas no fundo dos oceanos são vistas por muitos cientistas como “gigantes gentis”, expelindo lava a um ritmo lento e constante ao longo das fissuras no leito marinho. Mas um novo estudo mostra que elas se agitam em ciclos regulares, que variam de duas semanas a cem mil anos, entrando em erupção quase exclusivamente nos primeiros seis meses de cada ano. E tais pulsos, aparentemente ligados a variações de curto e longo prazo na órbita da Terra e no nível do mar, podem ajudar a dar a partida em mudanças climáticas naturais. Os cientistas há tempos especulam que os ciclos de atividade dos vulcões em terra, ao emitir grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, poderiam influenciar no clima, mas até agora não existiam evidências de que os vulcões submarinos também poderiam contribuir com tais fenômenos. Assim, o estudo sugere que os modelos da dinâmica natural do clima do planeta e, por consequência, as mudanças climáticas que estariam sendo causadas pela ação humana devem ser ajustados para incluir esses ciclos.

“As pessoas têm ignorado os vulcões nos leitos oceânicos baseadas na ideia de que sua influência é pequena, mas isso acontece apenas porque elas presumem que eles têm uma atividade constante, o que não é verdade”, conta Maya Tolstoy, pesquisadora do Observatório da Terra da Universidade de Columbia (EUA) e autora do estudo, publicado ontem no periódico científico Geophysical Research Letters. “Eles respondem a forças muito grandes e muito pequenas, e isso nos diz que devemos observá-los mais de perto.”

As fissuras com atividade vulcânica submarina cortam o leito oceânico como as costuras de uma bola de futebol, totalizando cerca de 60 mil quilômetros de extensão. Essas fissuras são os locais de crescimento das placas tectônicas: à medida que a lava é expelida, ela forma novas extensões do fundo do mar, que responde por cerca de 80% da crosta terrestre. Por muito tempo, o consenso era de que elas entravam em erupção a um ritmo constante, mas Maya descobriu que as fissuras na verdade estão apenas passando por uma fase de calmaria atualmente.

Mesmo assim, Maya calcula que essas fissuras produzem oito vezes mais lava anualmente do que os vulcões em terra. Graças à química peculiar de seu magma, no entanto, a quantidade de dióxido de carbono emitida pelas erupções submarinas é aproximadamente a mesma, ou até um pouco menor, do que a lançada pelos vulcões terrestres: cerca de 88 milhões de toneladas por ano. Mas, quando elas entram nos períodos de grande atividade, suas emissões de CO2 disparariam, num processo que faria parte dos longos ciclos naturais de aquecimento e esfriamento do planeta.

“Isso pode claramente ter implicações na quantificação e na caracterização das variações climáticas em períodos que vão de décadas a centenas de milhares de anos”, diz Daniel Fornari, pesquisador do Instituto Oceanográfico Woods Hole e que não participou do estudo de Maya.

Via O Globo

Nota: Outro fator que pode influenciar nas mudanças climáticas são os raios cósmicos (conforme destaquei aqui). A tentativa de culpar apenas ou principalmente o ser humano pelo aquecimento global atende aos interesses da agenda ecomênica. [MB]

Saúde na casca da jabuticaba


Saúde na casca da jabuticaba
Probióticos

Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) constataram que a casca da jabuticaba é rica em compostos antioxidantes, podendo ser um componente importante na produção e conservação de alimentos probióticos.

Os alimentos probióticos recebem o acréscimo de bactérias (chamadas probióticas) que podem agir no controle de infecções intestinais, estimular o trânsito intestinal, melhorar a absorção de nutrientes, auxiliar a digestão da lactose, contribuir para a redução dos níveis de colesterol, ativar a produção de anticorpos, além de possuírem efeitos anticarcinogênicos.

A ausência de oxigênio é de fundamental importância para as culturas probióticas para que seja evitada a toxicidade e a morte dos micro-organismos e, consequentemente, a perda de funcionalidade do produto.

É daí que vem a necessidade dos antioxidantes.

Eliene Penha Pereira e José de Assis Faria descobriram que a casca da jabuticaba, normalmente jogada fora após o consumo ou processamento da polpa, é uma fonte natural de antioxidantes.

Queijo com jabuticaba

O extrato sólido obtido da casca da fruta, de coloração que varia de roxa a preta, é rico em antocianinas e outros compostos fenólicos que, além de atuarem como antioxidantes, possuem capacidade anti-inflamatória, atividade antimutagênica e anticancerígena.

Isto mostra a importância do subproduto gerado a partir da potencial produção industrial de sucos, geleias, licores e vinagres provenientes de jabuticaba, que apesar do amplo leque de possibilidades de utilização do fruto, é ainda pouco explorado em escala no Brasil.

A pesquisadora testou a utilização das cascas de jabuticaba na conservação de um queijo do tipo petit suisse probiótico, sem aditivos. Apesar de uma ligeira mudança de cor, o queijo passou por todos os testes sensoriais e alcançou maior tempo de vida útil sem degradação.

Via Diario da Saúde

O que poderia ter sido, pode ser!

Resistência na Ucrânia


Entrevista-Resistencia-na-ucrania
Psicóloga conta como seus pais e avós enfrentaram perseguição e pregaram o evangelho atrás da cortina de ferro

Quando Svitlana Samoylenko nasceu, quatro anos antes da queda do Muro de Berlim, o comunismo dava seus últimos suspiros. Do fim daquele regime ela lembra pouca coisa, detalhes como a cor do uniforme escolar e a disciplina rígida ensinada às crianças. Natural de Kirovograd, Ucrânia, ela morou no leste do país, na cidade de Lugansk, até terminar os estudos primários.

Se por décadas os adventistas daquela região sofreram perseguição atrás da “cortina de ferro”, hoje a igreja é prejudicada pela crise política que divide o país entre os separatistas pró-Rússia e os mais alinhados com a União Europeia.

No fim de 2014, por exemplo, um pastor adventista foi sequestrado e solto semanas depois com vários problemas de saúde, pois foi deixado apenas com a roupa do corpo em uma cela, no meio do inverno e sem comida suficiente. Nenhuma razão foi dada para essa prisão.

Apesar de viver no Brasil com o esposo, Daniel Meder, que é pastor em Curitiba, e de estar geograficamente distante da Ucrânia, Svitlana carrega consigo a inspiração que recebeu das histórias contadas por seus pais e avós. Nesta entrevista, ela fala um pouco sobre sua família e a fé adventista, revelando como sobreviveram sob o regime comunista.

Como foi sua infância na Ucrânia?

A Ucrânia é um dos maiores países da Europa e foi chamada de “cesta de alimentos” da ­ex-União Soviética. O país tem uma história interessante, pois fez parte de diferentes impérios em diferentes épocas, sem perder sua identidade e língua. Onde nasci, no leste, falávamos russo. Mas aprendi também o ucraniano, por influência dos meus avós.

Minha infância foi bem normal. O ensino na escola tinha alto nível de cobrança, principalmente nas disciplinas de ciências e matemática. As aulas só eram canceladas quando a temperatura caía para 20 graus negativos. Como uma típica criança adventista, eu estudei violino em uma escola de música. Tínhamos aulas quase a semana toda.

O maior evento da minha infância foi a chegada dos pastores norte-americanos à Ucrânia, logo depois da queda da União Soviética. Os adultos estavam empolgadíssimos. Meu pai foi o motorista dos evangelistas, pois era o único que tinha carro na vila. Eles levaram brinquedos de pelúcia, que não existiam na época, além de adesivos e lápis de cor, com cores e formas que nunca havíamos visto.

Seu avô foi pastor na época da União Soviética. Foi difícil para ele?

Como os outros pastores, ele tinha seu emprego normal durante o dia e exercia o ministério à noite, sem receber salário por isso. Antes de a minha mãe se casar, ela mudou de casa onze vezes, pois, quando alguém na cidade em que moravam descobria que eram cristãos, meu avô era ameaçado. Algumas vezes, no mesmo dia em que chegava a uma cidade, ele já recebia um recado: tinha que deixar o lugar em 24 horas.

Meus avós paternos também eram muito ativos na “igreja”. Eles organizavam cultos camuflados para que os adventistas pudessem ter um momento de adoração aos sábados. Tudo feito em segredo. Enquanto o culto era realizado no porão de uma casa, uma criança era incumbida de “brincar” no quintal. Caso a polícia chegasse, ela deveria gritar alguma frase-código para que os adultos, no porão, se preparassem. Então as Bíblias eram escondidas dentro de massas de pão e colocadas para assar. Cada um começava uma atividade diferente, como se estivessem preparando uma festinha de aniversário.

As reuniões de planejamento eram realizadas na casa do meu avô, pois era a última residência da vila. Assim, os pastores pegavam o último ônibus para a vila e se escondiam na floresta até que anoitecesse e então pudessem entrar na casa dele. Faziam a reunião durante a noite toda e, antes de raiar o dia, eles saíam e se escondiam novamente na floresta, até o horário do primeiro ônibus, para que voltassem ao trabalho.

O que vocês faziam para ter os livros da igreja?

Como não havia livros de Ellen White disponíveis, cópias eram feitas a mão e a partir de raríssimos originais. Em 1965, meu avô paterno copiou o livro Primeiros Escritos. Todos os livros eram encadernados com uma máquina que ele havia construído.

Quando se conseguiu dinheiro na floresta suficiente para comprar uma máquina de datilografia, as coisas ficaram muito mais fáceis. Usando papel carbono, dez folhas podiam ser copiadas de uma vez. O trabalho era feito à noite para evitar suspeita. Minha avó estendia cobertores nas janelas para abafar o som, e ela datilografava com a máquina sobre um travesseiro e cobertores por cima de sua cabeça.

Depois as páginas eram distribuídas sobre uma mesa para que os livros fossem montados. Posteriormente, meu pai aprendeu a tirar e revelar fotos por si mesmo e começou a fotografar as páginas dos livros originais. Dessa forma, o evangelho poderia ser pregado mais rapidamente.

Os adventistas, especificamente, sofreram muito no regime comunista?

Sim. Quando meu pai era criança, havia o constante perigo de as famílias adventistas perderem seus filhos, pois os pais que não enviavam as crianças para a escola no sábado eram considerados inaptos e corriam o risco de perder a guarda delas. Por isso, meus pais foram à escola, mesmo no sábado, até completarem o ensino médio; caso contrário, seriam enviados a um orfanato. Mas meus avós ensinaram valores aos filhos, o que fez com que eles continuassem firmes.

Meu pai foi proibido de frequentar a faculdade, assim como seus irmãos, pois, mesmo tendo passado em todos os exames, “crentes” não deveriam ter nenhum direito. O mesmo acontecia com os melhores empregos. Meu avô chorou na primeira vez que viu uma van cheia de Bíblias, quando os evangelistas americanos chegaram na década de 1990. Para ele, durante muito tempo isso parecia impossível.

Hoje os adventistas podem distribuir livros livremente por lá?

Eles podem e o fazem. Na vila em que meus pais moram, eles distribuem livros regularmente. Mesmo com 77 anos e recursos escassos, meu avô compra vários livros, CDs, DVDs e outros materiais da igreja para estudar e distribuir.

Há alguns anos, um amigo do meu avô declarou sentir que, durante a perseguição, os cristãos são mais dedicados. Ele lembrou que, quando tudo era proibido, os adventistas arriscavam a vida para adorar a Deus. Mas o conforto trouxe certo marasmo à vida da maioria, fazendo com que muitos desanimassem ou mesmo desistissem diante de qualquer problema.
De que forma essas experiências moldaram você?

Elas me fortaleceram para vencer muitas tentações. Até hoje não consigo colocar a Bíblia no chão nem embaixo de outro livro. O sábado também sempre foi tão sagrado para mim que nem passa pela minha cabeça deixar de guardá-lo por causa de um emprego. Sobre os dízimos e as ofertas, aprendi que, mesmo com a crise, tudo o que recebo deve ser consagrado a Deus.

De que maneira a Igreja Adventista está enfrentando a atual crise na Ucrânia?

No leste da Ucrânia, onde vivi, a igreja é relativamente forte. Infelizmente, com a crise, os adventistas também estão divididos entre Rússia e União Europeia. Meus pais estão cuidando de quatro famílias que fugiram do leste do país, e essas pessoas, assim como milhões de outras, não têm nenhuma perspectiva de quando poderão voltar para casa. Conheço muitos que perderam filhos, pois bombas estão sendo jogadas sobre a população.
Eu não imaginava que uma barbaridade dessas poderia acontecer de forma tão súbita. Isso nos mostra que, mesmo em nossa época, a qualquer momento, nossa liberdade pode ser tirada. Sabemos que nosso tempo aqui na Terra está acabando. É hora de acordar da sonolência espiritual e viver o privilégio da liberdade em Cristo.


A psicóloga
Lana, como é chamada pelos amigos brasileiros, fez intercâmbio organizado pelo governo dos Estados Unidos, em 2001, e depois foi estudar no Newbold College, na Inglaterra. Graduou-se em Psicologia e concluiu a pós-graduação em Psicologia do Trauma e o mestrado em Terapia Cognitivo-Comportamental. Atuou durante oito anos na Inglaterra, numa clínica particular, e também numa prisão de segurança máxima, com criminosos perigosos. Além disso, trabalhou com terapia assistida por golfinhos, com crianças e adultos autistas e com paralisia cerebral. Foi também na terra da rainha que Lana conheceu Daniel Meder, na época estudante de Teologia. Casados desde agosto de 2013, o casal pastoral trabalha em Curitiba (PR).

Publicado Originalmente na Revista Adventista de março de 2015

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Via Revista Adventista Março de 2015

segunda-feira, 23 de março de 2015

A era dos transumanos e o fim do mundo



Estão mexendo no que não devem

Embrião com “três pais”, aprovado na Grã-Bretanha, pode ser um passo rumo a mudanças mais radicais na genética

No dia 24 de fevereiro, o legislativo britânico aprovou uma lei permitindo a geração de embriões com DNAs de três pessoas diferentes. O objetivo é deixar que mães com mutações maléficas em seu DNA mitocondrial não as transmitam para o filho. Segundo a lei, durante a reprodução assistida, essa parte de seu genoma poderá ser substituída pelo de uma doadora, gerando uma criança saudável. Assim, a Grã-Bretanha se tornou o primeiro país a permitir a manipulação genética em células germinais humanas. Apesar do objetivo puramente médico, a decisão está sendo saudada por alguns pesquisadores como um estágio importante de um longo percurso que pode trazer consequências radicais para a ciência e a humanidade. São os defensores do transumanismo, que propõem a aplicação dos avanços obtidos em áreas chaves da ciência, como a genética, a nanotecnologia e a neurociência, para romper os limites impostos ao homem por seu próprio corpo biológico. “A Grã-Bretanha também foi o primeiro país a introduzir a fertilização in vitro em 1979. Essa decisão é apenas outro passo desse processo”, diz o filósofo Steve Fuller, professor da Universidade de Warwick, na Inglaterra. Ele é autor dos livros Humanidade 2.0 e O Imperativo Proativo (inéditos em português), nos quais se propõe a estabelecer as bases teóricas e filosóficas para o transumanismo.

O objetivo desse movimento é utilizar a ciência para aumentar as capacidades físicas, intelectuais e até emocionais dos seres humanos. Ele busca, no limite, estender a vida humana indefinidamente, extirpando dela todo tipo de sofrimento. Os transumanistas defendem, por exemplo, a manipulação genética de embriões para eliminar doenças e escolher características vantajosas para os filhos, a criação de implantes neurais que permitam a interação com computadores pelo pensamento, e o uso de drogas capazes de manipular o cérebro humano, melhorando sua cognição, memória, concentração e humor.

“Mesmo que esses projetos pareçam vindos da ficção científica, eles podem ser encarados como soluções em longo prazo para problemas atuais. Temos visto, por exemplo, investimentos cada vez maiores em projetos que pretendem estender o nosso tempo de vida”, diz Fuller. [...]

Uma crítica frequentemente feita a essa ideologia é que, em sua tentativa de tomar a evolução nas mãos, o homem estaria brincando de Deus. Os transumanistas, longe de discordar da crítica, acham isso desejável. “Nós queremos usar toda a natureza em prol da humanidade. Isso pode, sim, ser encarado como ‘brincar de Deus’, pois Ele é normalmente visto como o único ser separado da natureza e capaz de manipulá-la para seus propósitos. O transumanismo apela para essa tendência presente na natureza humana”, diz o filósofo. [...]

Filósofos tão diferentes como o americano Francis Fukuyama e o alemão Jurgen Habermas apontam para [as ideias do transumanismo] como uma ameaça à democracia. Numa sociedade desigual como a atual, a manipulação genética de embriões, por exemplo, seria acessível a só uma parcela da população, e a diferença social passaria a estar contida no próprio DNA.

Os críticos dizem, basicamente, que existem limites éticos que a ciência não deve cruzar. O Centro para a Genética e Sociedade (CGS), por exemplo, foi criado nos Estados Unidos em 2001 para defender pesquisas de engenharia genética responsáveis, que não objetifiquem ou comercializem o ser humano. Por isso, bate de frente com algumas das principais bandeiras dos transumanistas, como a engenharia genética de células germinativas e a clonagem. “Existem tecnologias genéticas que atingem apenas os indivíduos vivos, capazes de dar seu consentimento. Mas as alterações genéticas em embriões e zigotos criam mudanças permanentes em crianças que nem nasceram, que serão passadas adiante para as futuras gerações”, diz Marcy Darnovsky, diretora do CGS. Por esse motivo, o grupo foi contrário à decisão do governo britânico de aprovar a geração de embriões com o DNA de três pessoas.

Segundo Marcy Darnovsky, esse tipo de pesquisa favorece que se encare a vida humana a partir de uma mentalidade consumista grotesca, na qual apenas bebês perfeitos merecem nascer. “Se essas modificações forem aprovadas, é possível - e até provável - que a dinâmica social e comercial leve a esforços para produzir seres humanos ‘melhorados’. Isso está bem próximo da definição clássica de eugenia. Nós podemos nos ver em um mundo onde tipos inteiramente novos de desigualdade serão trazidos à existência”, diz Marcy.

Boa parte dos críticos do transumanismo aponta justamente para essa semelhança entre o movimento e a eugenia exercida no início do século 20. Ela foi uma prática científica e política que buscava o melhoramento genético da espécie humana. Para isso, seus defensores incentivavam a reprodução daqueles que consideravam ter os “melhores” genes, enquanto combatiam o daqueles com características indesejáveis. A prática acabou misturada com o racismo da época, e foi adotada pelo regime nazista, que, em sua busca pela raça perfeita, levou ao Holocausto. Desde então foi relegada pelos cientistas. [Diga-se de passagem, Hitler se inspirou em Darwin.] [...]

O filósofo defende que se reabilite a ideia de usar a genética e outras áreas de ponta da ciência para promover a saúde e o bem-estar da humanidade. Ele diz que, infelizmente, os códigos de ética e a legislação restritivos que existem hoje e impedem esse tipo de pesquisa são uma resposta direta às práticas eugênicas. “Infelizmente, o pêndulo balançou demais na direção oposta. Hoje é muito difícil fazer pesquisas mais arriscadas em seres humanos, mesmo quando os voluntários dão o seu consentimento e existem compensações adequadas estipuladas em caso de falha”, diz Fuller.

É nesse sentido que o filósofo saúda a decisão do governo inglês de permitir a geração de embriões com o DNA de três pais diferentes. “Ainda que não conheçamos todas as consequências genéticas e sociológicas que vão acontecer com as crianças nascidas desse modo, o governo aprovou o procedimento como seguro. Sem dúvida, essa é uma lei proativa”, diz. Se sua previsão estiver certa, e a disputa entre o Princípio Proativo e o da Precaução for realmente central para o século 21, um dos lados já saiu na frente.

(Veja.com)

Nota: Há mais de cem anos Ellen White escreveu: “Mas se havia um pecado acima de qualquer outro, que levou à destruição da raça pelo dilúvio, foi o aviltante crime de amálgama de homem e animal, que desfigurou a imagem de Deus e causou confusão por toda parte” (Spiritual Gifts, v. 3, p. 64). Deus tolera longamente os pecados da humanidade e tem usado de misericórdia com o ser humano corrompido. Mas se há algo que Ele não tolera é que esse ser humano brinque com a vida e danifique/adultere/corrompa o patrimônio genético criado por Ele. Ainda não sabemos quais serão as consequências dessas experiências genéticas e que portas poderão ser abertas por elas. Também não sabemos quanta coisa já pode/deve ter sido feita “debaixo dos panos”. Aliás, já se sabe de experiências que misturam genes humanos com genes de animais (lembra desta?). Deus colocou um fim nas barbaridades genéticas promovidas pelos antediluvianos, sendo esse um dos principais pecados que levaram à destruição da humanidade pelo dilúvio. Jesus disse que os dias que precederiam Sua vinda seriam em quase tudo semelhantes aos dias anteriores ao dilúvio. Precisamos de mais sinais? [MB]

Páscoa - Uma História Mal Contada

Quando pensamos em páscoa, quase que inevitavelmente lembramos de coelhos e ovos de chocolates, mas afinal de contas, o que tudo isso tem haver com páscoa? Qual a sua origem? Seu verdadeiro significado? Nos contaram mal essa história!

O batismo dos cristãos primitivos era feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo?

Boa-pergunta-a-formula-trinitaria-Codex_fmtO batismo dos cristãos primitivos era feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? O texto de Mateus 28:19, que menciona esse tipo de batismo, faz parte do original em grego? 


Essas são perguntas recorrentes. Vamos começar pela segunda. Em relação à fórmula batismal trinitariana de Mateus 28:19, a situação é a seguinte: (1) A fórmula está presente em todos os manuscritos gregos que contêm Mateus 28:19, pois nem todos os manuscritos sobreviveram de forma completa. Na verdade, alguns chegaram até nós em estado bastante fragmentário, mas todos os que contêm o versículo em questão registram a fórmula trinitariana, sem exceção, e isso acontece com vários manuscritos cujo texto remonta ao 2º século. (2) A fórmula também está presente em todas as antigas versões, cujo texto também data do 2º século. (3) Toda a literatura patrística anterior ao 4º século que cita Mateus 28:19 inclui a fórmula trinitariana. Exemplos: a Didaquê (c. 130-150), uma espécie de manual da igreja síria; Justino Mártir (c. 150); Clemente de Alexandria (150-215); e Cipriano (3º século). Levando-se em conta o registro textual, portanto, é praticamente impossível afirmar que a fórmula trinitariana de Mateus 28:19 não seja original.

E quanto ao batismo cristão primitivo, era ele feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? De acordo com o livro de Atos, a resposta é não, pois todos os batismos ali mencionados são em nome de Jesus apenas (Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; 22:16; cf. 1 Coríntios 6:11). Como entender isso? Não é fácil, como não é fácil entender que, mesmo após a ressurreição de Jesus, os apóstolos ainda achavam que ele tivesse vindo para restaurar a independência política de Israel (Atos 1:6, 7), ou que eles, de alguma forma, ainda continuavam envolvidos nas atividades cerimoniais do templo (Atos 2:46; 3:1; 21:23, 24), ou que o próprio Paulo, ao final de sua terceira viagem missionária, ainda tivesse ido ao templo oferecer sacrifício (Atos 21:26).

Seja como for, isso significa que não devemos olhar para o livro de Atos como se fosse um manual de igreja, muito menos como um manual evangelístico, como muitos o fazem. O livro de Atos apenas descreve como foram os primeiros 30 anos da igreja apostólica, seus erros e acertos, e como Deus atuou por meio deles para a consolidação e expansão da igreja. O período histórico abrangido por Atos foi de transição, em que muitos temas e práticas ainda careciam de desenvolvimento ou de uma compreensão mais clara. Foi assim com a questão da volta de Jesus, a pregação aos gentios e a própria organização da igreja.
Já a fórmula batismal em Mateus 28:19 se apresenta como uma clara ordenança de Jesus, e, portanto, é ela que deve pautar as atividades da igreja hoje. No fim do 1º século, a igreja já batizava em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Evidência disso é a própria Didaquê acima citada, que faz referência clara ao batismo trinitariano. Embora sendo do início do 2º século, há suficientes razões para crermos que tal prática retrocede ao período apostólico, na segunda metade do 1º século.

Devemos nos lembrar de que a revelação, mesmo aos apóstolos, foi progressiva (João 16:12; cf. Hebreus 1:1, 2; 2 Coríntios 1:13), e de que esse princípio se aplica também à compreensão dela (cf. João 12:16; 14:29; Lucas 24:8). É por isso que nosso credo é a Bíblia em sua totalidade (tota scriptura), e não apenas o livro de Atos. E é no evangelho de João, por exemplo, que encontramos as revelações mais claras acerca da personalidade do Espírito Santo e sua atuação, juntamente com Cristo e o Pai, no plano da redenção (cf. João 14:16, 17, 26; 16:7-15), e esse evangelho foi um dos últimos livros do Novo Testamento a ser escrito, se não o último, já bem no fim do 1º século.

Seja como for, a crença na personalidade do Espírito Santo e a utilização da fórmula batismal trinitariana são bem anteriores ao Concílio de Niceia, no 4º século, que teria sido, segundo alegam alguns desinformados, quando tal crença foi introduzida na igreja cristã. Um melhor conhecimento da história da igreja e o uso de fontes e evidências documentais, como os manuscritos gregos, as antigas versões e as citações patrísticas, tornam quase impossível afirmar que a fórmula trinitariana de Mateus 28:19 constitua um acréscimo posterior. [Imagem: Wikimedia]

Wilson Paroschi, doutor em Teologia, com especialização em Novo Testamento, é professor no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP)

Os Principais grupos religiosos da época de Jesus

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Via Revista Adventista Março de 2015

domingo, 22 de março de 2015

Cientistas estão alterando DNA de embriões humanos




Uma série de reportagens e apelos assinados por cientistas de universidades e empresas de biotecnologia está chamando a atenção da imprensa do mundo todo. Nas reportagens, os próprios pesquisadores conclamam uma moratória total nas pesquisas com a manipulação genética de embriões humanos, taxadas por eles como perigosas e antiéticas. 
Segundo as revistas Nature e Science, artigos científicos a serem publicados nos próximos dias relatam experimentos com “técnicas de edição genética de precisão”, nos quais os cientistas modificaram o DNA de embriões humanos. O assunto foi denunciado pela revista Technology Review, do MIT (EUA), que cita “uma pesquisa ativa em torno de edição das células da linha germinativa, que está ocorrendo na China, na Universidade de Harvard e em uma empresa de biotecnologia de capital aberto chamada OvaScience”.

Os resultados devem ter assustado os próprios cientistas. Embora as revistas citem apenas “rumores” sobre os experimentos, o processo de publicação científica envolve a chamada “revisão por pares”, por meio da qual outros cientistas da área avaliam a qualidade dos artigos e dos experimentos antes que os artigos sejam efetivamente publicados. Ou seja, os experimentos e seus resultados já são conhecidos de uma parte da comunidade científica - além, obviamente, dos próprios cientistas envolvidos -, embora só devam chegar ao conhecimento público nos próximos dias.

E, aparentemente temendo serem acusados de conivência pela opinião pública, esses cientistas e as duas revistas de ciência mais famosas do mundo lançaram o apelo pela moratória.

Em um dos textos publicados pela revista Nature, intitulado “Não editem a linha germinativa humana”, cinco pesquisadores da área afirmam que “há graves preocupações com relação às implicações éticas e de segurança dessa pesquisa. Há também medo do impacto negativo que ela poderá ter sobre trabalhos importantes envolvendo o uso das técnicas de edição genômica em células somáticas (não reprodutivas)”.

Segundo eles, as tecnologias de edição do DNA - que envolvem a ativação ou o silenciamento de genes específicos - têm grande importância para a pesquisa de várias doenças humanas, e que essas técnicas não precisam lidar com as células reprodutoras humanas, que afetam diretamente o bebê a ser gerado e que podem visar a aplicações não terapêuticas, incluindo a “modelagem” de filhos com características específicas.

“Em nossa visão, a edição genômica em embriões humanos usando as tecnologias atuais poderá ter efeitos imprevisíveis sobre as futuras gerações. Isso as torna perigosas e eticamente inaceitáveis”, afirmam Edward Lanphier e seus colegas.

O grande problema é que apenas poucos países - cerca de 40 - criaram legislações restringindo ou proibindo a manipulação genética dos embriões humanos. E, se não é proibido, pressupõem os cientistas que continuam com essas pesquisas, então deve ser permitido.

Mas a parte da comunidade científica que agora decidiu se manifestar defende que a ética está sendo ferida, com graves riscos para a humanidade. Eles conclamam a sociedade a se manifestar para evitar que o impacto negativo atrapalhe as pesquisas que seguem as regras éticas e são feitas para benefício da raça humana.

Um embargo voluntário dos cientistas parece não ser suficiente, a exemplo do que ocorreu em 2011, quando eles manipularam o vírus da gripe aviária para que ele afetasse humanos, uma pesquisa que foi duramente criticada pela Organização Mundial da Saúde - os artigos acabaram publicados.

(Diário da Saúde)

Via Criacionismo

Os argumentos contra a pena de morte são válidos?


Nao-mataras-Fotolia_6218501_Subscription_XLTodas as vezes que um crime hediondo é cometido, surge a pergunta sobre o que deve ser feito com o criminoso. Tem início uma grande discussão a respeito da pena capital. Desta vez, o que levantou a questão foi o fuzilamento do brasileiro Marco Archer Cardoso na Indonésia, à 0h30 do dia 18 de janeiro no horário local. Ele foi condenado por tráfico de drogas. Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também se encontra no corredor da morte naquele país e pode ter o mesmo destino.

Qual deve ser a posição cristã nesse caso? Como harmonizar o sexto mandamento com as leis que exigem a morte do transgressor? Como conciliar a misericórdia e o perdão de Deus com tais procedimentos?

Há diferentes opiniões acerca do assunto. Entre vários argumentos contrários à pena capital, podemos mencionar:
 (1) a proibição de matar encontrada nos Dez Mandamentos;
 (2) o princípio do perdão que deve ser dado a todos; 
(3) a possibilidade de haver erro no julgamento; e 
(4) a ineficácia da pena para a diminuição dos delitos cometidos.

Tais argumentos parecem ser suficientes para pôr um ponto final à questão, mas o assunto é mais complexo. A Bíblia mostra claramente que o castigo para o pecador deve ser a morte (Gn 2:16, 17; Dt 30:15; Pv 14:12; Ez 18:4; Mt 25:41; Rm 5:12; 6:23; Ap 20:14, 15; 21:8). Nesse caso, a pena de morte será aplicada por Deus na destruição final do pecador. Se fosse de outra forma, Cristo não precisaria ter morrido na cruz.

Desde o princípio, Deus permitiu que o povo de Israel aplicasse a pena capital para tipos específicos de transgressão. Gênesis 9:6 diz: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu.” Aqui se encontra a primeira referência bíblica acerca da prática da pena de morte como sentença judicial aplicada pelo ser humano. O texto explica que a pena de morte deve ser aplicada pelo valor da vida humana, pois Deus fez a humanidade segundo a sua imagem.

No Novo Testamento, declarações de Paulo em Atos 25:11 e Romanos 13:4 mostram que ele admitia haver crime digno de morte e que o Estado pode punir com a espada. Ele declarou também que as autoridades foram instituídas por Deus. O apóstolo se referia a um poder não teocrático, o Império Romano (Rm 13:1-7).

O consenso bíblico parece mostrar que a justiça e não a vingança exige a morte do transgressor. Mas como entender a ordem para não matar? O mandamento “não matarás” seria mais bem expresso na forma “não cometerás homicídio”, pois não é uma proibição contra a supressão da vida em qualquer circunstância. O que o mandamento está proibindo é o assassinato.

De acordo com uma pesquisa do Gallup divulgada em outubro de 2014, 63% dos americanos (ou 6 em 10) são a favor da pena de morte, enquanto 33% são contra e 4% não têm opinião formada

Segundo o teólogo James Keenan, “ninguém pode, em nenhuma circunstância, reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente”. Norman Geisler, apologista cristão, defende que nem sempre tirar uma vida é assassinato. Para isso, a morte deve ter sido praticada de forma intencional.

E o argumento de que a pena de morte é anticristã, pois devemos perdoar a todos (Mt 18:21, 22)? Quando se fala de pena de morte, a referência não é necessariamente à morte eterna. O fato de que Deus quer dar o perdão até a quem praticou um crime hediondo não elimina as consequências do crime.

Em síntese, os governos que aplicam a pena de morte não estão transgredindo o sexto mandamento da lei de Deus. Agora, se em pleno século 21 a sociedade deve optar pela pena capital, isso é outra história.

JOSÉ FLORES JÚNIOR é pastor em Guarulhos (SP), publicado originalmente na Revista Adventista de março de 2015

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