quarta-feira, 27 de junho de 2012

Voltando à Presença do Senhor


“Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado” (Marcos 6:30). 

É bom imaginarmos essa cena, porque está cheia de instruções para os discípulos de hoje. Também nós precisamos sempre voltar à presença do Senhor para contar-lhe tudo o que fizemos e dissemos. 

Essa necessidade de comunhão com Ele deve fazer parte de nossa vida e serviço. Perdemos rapidamente contato com o Mestre, prosseguimos facilmente com nossas próprias forças e acabamos por adquirir esse mau hábito. 

Assim, o brilho e o vigor de um serviço realmente espiritual transformam-se em rotina, hábito e formalismo.

Notemos que esse acontecimento está situado entre dois fatos importantes: a decapitação de João Batista e a multiplicação dos pães. 

Se compreender bem sua tarefa na Terra, o cristão que vive sob a lei do Espírito de vida, que está em Jesus Cristo, sempre será colocado entre a hostilidade e a necessidade das multidões. 

Ao encontrar hostilidade, voltemos a Jesus para contar-lhe o que fazemos e dizemos, e acharemos nele provisão divina exata para aquilo de que necessitamos. 

Na maior parte dos casos, a hostilidade se traduz em resistência acomodada, indiferença delicada ou justiça pessoal que cede aos outros. Nada há que desgaste mais que isso.

E é por esse motivo que devemos voltar muitas vezes a Jesus, para abrir-lhe nosso coração e expor-lhe nosso serviço. Ele quer também abrir nossos olhos sobre as possibilidades do serviço. 

Para os discípulos, a multidão não era mais que um aglomerado de pessoas que se apertavam ao redor deles. Para Jesus, eram ovelhas sem pastor. É de importância vital que tenhamos a mesma visão de Cristo, das milhares de almas, sem Deus e sem esperança.

Precisamos cuidar para que nada nos impeça de manter os olhos abertos e para que nada endureça o nosso coração. O Salvador quer encher-nos de sua compaixão, pois só assim nossa ação será eficaz. 

Vamos levar a Ele nossos "cinco pães" e nossos "dois peixes" — bem pouco. Mas, com sua bênção, nosso pouco pode realizar muito.


- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã. 

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