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sábado, 23 de maio de 2015

A perda da capacidade de autoprodução da vitamina C




Os proponentes do neodarwinismo alegam que o poder da evolução vem de sua capacidade de explicar como as semelhanças e as diferenças entre espécies surgem por descendência de um ancestral comum universal. Nesse sentido, um ponto polêmico é o paradigma da perda da capacidade de autoprodução da vitamina C, sob o qual os evolucionistas fazem a seguinte alegação: “Os humanos não podem sintetizar a vitamina C, ácido ascórbico. Outros animais podem, e nós humanos somos um dos poucos mamíferos que não podem. A evolução prevê que deve haver um remanescente genético da enzima em humanos, e adivinha! Existe!”[1]

Para os evolucionistas, um dos exemplos de descendência comum é a evolução do gene responsável para a etapa final na produção de vitamina C. O ser humano tem esse gene, chamado GULO (L-gulonolactone oxidase), mas ele não funciona devido à presença de uma mutação que resulta na incapacidade para sintetizar a proteína. GULO normal é uma enzima que catalisa a reação de D-lucuronolactona com oxigênio para L-xilo-hex-3-gulonolactone. Este, em seguida, forma espontaneamente ácido ascórbico (vitamina C). Todavia, sem a enzima GULO, o ser humano não produz a vitamina C. É por isso que humanos têm que beber suco de laranja ou encontrar alguma outra fonte externa de vitamina C.

A perda da via de vitamina C devido a deleções no gene GULO foi detectada também em primatas (orangotango, gorila, gibão), cobaia, bastão, porquinhos da índia, camundongos, ratos, porcos e aves passeriformes.[2] Por outro lado, alguns primatas podem sintetizar a vitamina C, como os Lêmures e Galagos. No entanto, o fato de o ser humano não ser capaz de produzir sua própria vitamina C não é um problema, visto que ele é capaz de consumir mais do que o suficiente de vitamina C em sua dieta. Pesquisas sugerem que os organismos sem um gene GULO funcional (como o do ser humano) tem um método de “reciclagem” da vitamina C que obtêm de suas dietas, utilizando células vermelhas do sangue.[3]

Os evolucionistas afirmam que, através do sequenciamento do gene GULO e do rastreamento de mutações, é possível rastrear exatamente quando a capacidade de sintetizar a vitamina C foi perdida.[4] Para eles, a perda ocorreu em um suposto ancestral que deu origem a toda a linhagem de primatas antropoides. Devido ao fato de os seres humanos, chimpanzés, orangotangos e gorilas possuírem esse gene quebrado, isso seria evidência suficiente para a explicação da descendência com modificação de um ancestral comum. Além disso, os evolucionistas acreditam que muitos mamíferos não precisam de vitamina C em sua dieta porque eles possuem uma cópia funcional e são capazes de produzi-la por conta própria; por exemplo, o cão e o gato não precisam ingerir suco de laranja.

Um fato curioso é que não só evolucionistas acreditam na ancestralidade comum a partir do pseudogene, mas também o bioquímico Michael Behe, um proponente do design inteligente, é adepto dessa ideologia científica, como pode ser observado: “Essa forte evidência a partir dos pontos do pseudogene aponta para ancestrais anteriores aos humanos. Apesar de alguns enigmas restantes, não há nenhuma razão para duvidar de que Darwin tinha razão neste ponto, que todas as criaturas da Terra são parentes biológicos.”[5: p.72]

No entanto, um artigo publicado recentemente sugere que a ancestralidade comum é falsa.[2] Por meio de estudo de análise genética no pseudogene GULO [que produz a vitamina C] entre humanos e outros primatas, foi utilizada a técnica de fatias de sequencias de DNA otimizadas, a qual proporciona um melhor alinhamento entre as sequências. Em seguida, executou-se uma pesquisa BLAST padrão em cada um desses pedaços, e foram comparadas as sequências correspondentes (homologia) humanas com as sequências de outros primatas. Para o autor, as evidências de ancestralidade comum em todo o locus do gene GULO humano com chimpanzés e outros macacos são completamente negadas pelas seguintes descobertas: as múltiplas perdas de éxons no gene GULO em humanos, chimpanzés e gorilas ocorreram de forma independente em cada táxon, e estão associadas a regiões que contêm uma grande variedade de fragmentos de elementos transponíveis. Assim, eles representam outro tipo de deleções de sequências que ocorrem por meio de recombinação desigual associada com repetições de elementos transponíveis.

Também foi observado que as 28.800 bases na região do gene GULO humano são apenas 84% e 87% idênticos quando comparados ao chimpanzé e gorila, respectivamente.[2] As 13.000 bases a montante da região do gene GULO humano correspondente à área putativa de perda por pelo menos dois grandes éxons são apenas 68% e 73% idênticas à de gorilas e chimpanzés, respectivamente. Essas semelhanças no DNA são inconsistentes com as predições da ancestralidade comum. Além disso, o gorila é consideravelmente mais semelhante ao humano nessa região do que o chimpanzé, negando a ordem inferida pela filogenia.

Segundo o autor do estudo, um geneticista criacionista, Jeffrey Tomkins, taxonomicamente, eventos de degradação no gene restrito estão emergindo como um tema comum associado a entropia genética e descontinuidade sistemática.[2, 6] Estudos com morcegos, por exemplo, demonstram que as mutações estão levando à perda de fitness, a deterioração e eliminação, e não à criação de algo novo por processo evolutivo.[7] Para Tomkins, os parâmetros utilizados em seu estudo nunca antes foram concebidos para uma comparação regional genômica um por um em larga escala, abrangendo áreas intrônicas. Isso porque a metodologia utilizada apenas expõe o que já era conhecido, mas nunca anteriormente elaborado, pois colocaria em causa o paradigma da ancestralidade comum.[2]

(Everton F. Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM)

Referências:
1. Nishikimi M, Fukuyama R, Minoshima S, Shimizu N, Yagi K, “Cloning and chromosomal mapping of the human nonfunctional gene for L-gulono-gamma-lactone oxidase, the enzyme for L-ascorbic-acid biosynthesis missing in man.” J Biol Chem 1994; 269:13685-13688.
2. Tomkins J. “The Human GULO Pseudogene - Evidence for Evolutionary Discontinuity and Genetic Entropy.” Answers Research Journal 2014; 7:91-101.
3. Montel-Hagen A, Kinet S, Manel N, Mongellaz C, Prohaska R, Battini JL, Delaunay J, Sitbon M, Taylor N. “Erythrocyte Glut1 Triggers Dehydroascorbic Acid Uptake in Mammals Unable to Synthesize Vitamin C.” Cell. 2008; 132(6):1039-1048. 
4. Drouin G, Godin JR, Pagé B. “The Genetics of Vitamin C Loss in Vertebrates.” Curr Genomics 2011; 12(5):371-378.
5. Behe MJ. The edge of evolution: the search for the limits of Darwinism. New York: Free Press, 2007.
6. Sanford JC. Genetic Entropy. 4ª ed. NY: FMS Publications, 2014.
7. Cui J, Yuan X, Wang L, G Jones, Zhang S. “Recent Loss of Vitamin C Biosynthesis Ability in Bats.” PLoS ONE 2011; 6 (11): e27114.

Via Criacionismo

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Como funcionam as vitaminas B

Todos nós olhamos para a caixa de cereal durante o café da manhã querendo saber o que significam as palavras riboflavina, ácido fólico e piridoxina. Sua mãe já lhe lembrou alguma vez de fazer uma dieta equilibrada e de comer hortaliças? Tanto as palavras na sua caixa de cereal como o bom conselho de sua mãe envolvem as vitaminas B, que são um grupo de oito vitaminas individuais, geralmente mencionadas como vitaminas do complexo B. Neste artigo, vamos dar uma olhada em como funcionam as vitaminas B para saber por que Kellogg's e sua mãe fazem questão de incluir estas vitaminas essenciais em sua dieta. Vamos ver também algumas sérias situações que são resultado das carências das vitaminas B.

O que exatamente são as vitaminas e o que elas fazem por nós?A palavra vitamina é derivada da combinação das palavras: vital amina, e foi concebida pelo químico polonês Casimir Funk, em 1912. Ele isolou a vitamina B1, ou a tiamina, do arroz. Isso determinou uma das vitaminas que prevenia o beribéri, uma doença deficitária marcada por inflamações, lesões degenerativas dos nervos, sistema digestivo e coração.


Vitaminas B
Foto cedida NASA
Ilustração da molécula de vitamina B12
As vitaminas são moléculas orgânicas (contendo carbono) que funcionam principalmente como catalisadores para reações dentro do organismo. Um catalisador é uma substância que permite que uma reação química ocorra usando menos energia e menos tempo do que levaria em condições normais. Se estes catalisadores estiverem faltando, como na carência de vitaminas, as funções normais do organismo podem entrar em colapso e a pessoa fica suscetível a doenças.
O organismo requer vitaminas em pequenas quantidades (centésimos de grama, em muitos casos). Tomamos vitaminas destas três principais fontes:
  • alimentos;
  • bebidas;
  • nossos organismos: a vitamina K e uma parte das vitaminas B são produzidas dentro de nossos intestinos por bactérias, e a vitamina D é formada com a ajuda de radiação ultravioleta ou luz do sol.
As vitaminas tanto são solúveis em gordura como solúveis em água. As solúveis em gordura podem ser lembradas com a sigla mnemônica (que ajuda a memória) ADEK, para as vitaminas A, D, E e K. Estas vitaminas se acumulam dentro da gordura armazenada no organismo e dentro do fígado. As vitaminas solúveis em gordura, quando tomadas em grandes quantidades, podem ser tóxicas. As vitaminas solúveis em água incluem a vitamina C e as vitaminas B. As vitaminas solúveis em água tomadas em excesso são excretadas na urina, mas às vezes são associadas à toxidade. Tanto as vitaminas B como a vitamina C são armazenadas no fígado.
As vitaminas do complexo B são um grupo de oito vitaminas:
  • tiamina (B1)
  • riboflavina (B2)
  • niacina (B3)
  • piridoxina (B6)
  • ácido fólico (B9)
  • cianocobalamina (B12)
  • ácido pantotênico e
  • biotina
Estas vitaminas são essenciais para:
  • a decomposição química de carboidratos em glicose (isto fornece energia para o organismo)
  • a decomposição química das gorduras e proteínas (que ajudam o funcionamento normal do sistema nervoso)
  • o tônus muscular no estômago e o trato intestinal
  • pele
  • cabelo
  • olhos
  • boca
  • fígado
Alguns médicos e nutricionistas sugerem tomar as vitaminas do complexo B como um grupo para a boa saúde em geral. Contudo, a maioria concorda que o melhor modo de obter as vitaminas B é através dos alimentos que comemos. 


Onde encontramos estas vitaminas e por que elas são importantes


As vitaminas do complexo B são encontradas nos grãos de cereais integrais, arroz, nozes, leite, ovos, carnes, peixe, frutas, hortaliças verdes e muitos outros alimentos. Continue lendo para saber mais detalhes sobre cada uma das vitaminas do complexo B:
Tiamina (B1)
A vitamina tiamina do complexo B é essencial para o metabolismo de carboidratos do açúcar simples em glicose. O processo químico envolve a combinação de tiamina com ácido pirúvico para formar uma coenzima, uma substância que ao combinar-se com outras, forma uma enzima. Enzimas são todas as proteínas importantes que aceleram as reações químicas no organismo. A tiamina também é importante para o funcionamento adequado do sistema nervoso. Neste exemplo, a tiamina atua como uma coenzima na produção do neurotransmissor (mensageiro químico entre as fibras nervosas) acetilcolina.
É raro termos carência de tiamina mas ela geralmente ocorre em alcoólatras, pois o álcool interfere na absorção da tiamina pelos intestinos. Há vários problemas de saúde associados à carência de tiamina. O primeiro é o beribéri, uma doença caracterizada por anemia, paralisia, atrofia muscular e fraqueza, além de espasmos nos músculos das pernas. Outras doenças causadas pela carência de tiamina incluem a encefalopatia de Wernicke, que causa falta de coordenação, e a psicose de Korsakoff, que afeta a memória recente. A boca também pode ser afetada pela carência de tiamina, aumentando a sensibilidade dos dentes, bochechas e gengivas, bem como lábios "rachados". Felizmente, isso pode der revertido com a ingestão da vitamina.
A tiamina é encontrada em grãos de cereais integrais, pão, carne vermelha, gema de ovo, hortaliças verdes, legumes, milho, frutas vermelhas, germe e casca de grãos e nozes. Doses muito altas de tiamina não foram associadas com efeitos adversos à saúde, e o excesso da vitamina solúvel em água é excretado.
Riboflavina (B2)
A riboflavina é importante no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, e, como a tiamina, ela atua como uma coenzima no processo. Ela também é importante na manutenção da pele e das membranas mucosas, da córnea e para as bainhas de mielina dos nervos. A riboflavina também atua como uma coenzima para as reações de redução de oxidação por todo o organismo. As reações de redução de oxidação envolvem a adição tanto do oxigênio como do hidrogênio em uma substância. Uma conseqüência importante deste processo é quando ela atua para inibir as reações químicas com oxigênio ou radicais livres altamente reagentes. Estas reações oxidantes podem causar danos às nossas células.
A carência de riboflavina pode causar doenças de pele (dermatitis seborréica), inflamação da mucosa da boca e do nariz, anemia, além de deixar os olhos sensíveis à luz. Na boca, a queilose angular pode aparecer. Esta é uma situação dolorosa em que as lesões aparecem nos cantos dos lábios e em que a glossite (inflamação da língua) também pode ocorrer.
A riboflavina é encontrada em grãos integrais, leite, carne, ovos, queijo e ervilhas. Como ela é uma vitamina solúvel em água, qualquer excesso é excretado, embora pequenas porções sejam armazenadas no fígado e nos rins.
Niacina (B3)
Niacina, também conhecida como ácido nicotínico e nicotinamida, é necessária para o metabolismo dos alimentos, a manutenção da pele, nervos e para o trato gastrointestinal. A niacina também é usada em todas as reações importantes de oxiredução. A carência de niacina causa a doença pelagra. No passado, ela era freqüentemente associada às pessoas muito pobres e era uma das causas principais de doença mental. Os sintomas da pelagra são às vezes mencionadas como os "três Ds" - diarréia, dermatite e demência - basicamente resultando em um quarto "D", da palavra "dead". A boca também é afetada pela pelagra, podendo aparecer lesões na parte interna das bochechas e na língua, que ficam vermelhas e doloridas. Felizmente, altas doses de niacina (150-300 mg.) podem reverter os efeitos desta doença.
A niacina é encontrada em alimentos ricos em proteínas como carne, leite, ovos, legumes, batatas e amendoim. A niacina também pode ser prescrita em altas doses como uma droga para ajudar a reduzir o colesterol, mas pode causar efeitos colaterais. Os principais efeitos colaterais de altas doses de niacina são a ruborização da pele (devido à dilatação das veias), coceira, dores de cabeça, cãibras, náuseas e erupções da pele.
Piridoxina (B6)
Piridoxina, também conhecida como fosfato piridoxal e piridoxamina, é necessária (como algumas das outras vitaminas B) para a decomposição química de carboidratos, proteínas e gorduras. A piridoxina também é usada na produção das células vermelhas do sangue, bem como nas reações bioquímicas envolvidas no metabolismo dos aminoácidos (os blocos construtores da proteína). Devido à abundância da piridoxina em muitos alimentos, a carência dessa substância só ocorre normalmente em alcóolicos. A carência de piridoxina causa doenças da pele (similar aos sintomas da carência de riboflavina e niacina), neuropatia (alteração do sistema nervoso), confusão, falta de coordenação e insônia. Os sinais orais da carência de piridoxina são inflamação nas bordas dos lábios, língua e no resto da boca. Altas doses de piridoxina são eventualmente vendidas no mercado negro como remédio para tensão pré-menstrual (TPM), mas as pesquisas não confirmam esses dados. Doses altas de piridoxina podem causar danos graves nos nervos.
A piridoxina é encontrada em muitos alimentos, incluindo fígado, arroz integral, peixe, manteiga, germe de trigo, cereais integrais, soja e muitos outros.
Cianocobalamina (B12)
A vitamina B12 é necessária para processar os carboidratos, proteínas e gorduras e para ajudar na produção de todas as células sangüíneas do seu corpo. A vitamina B12 também é necessária para a manutenção das bainhas dos nervos. Ela atua como uma coenzima na síntese e reparo do DNA.
A vitamina B12 não pode ser absorvida ou usada pelo organismo até que combinada com uma mucoproteína produzida no estômago chamada de fator intrínseco. Uma vez que a B12 se liga ao fator intrínseco, é capaz de ser absorvida pelo intestino delgado. A carência de vitamina B12 às vezes acontece em vegetarianos radicais que não tomam suplementos vitamínicos, e naqueles que têm uma incapacidade de absorver a vitamina (geralmente devido a uma falha para produzir o fator intrínseco). Embora uma quantidade suficiente de B12 seja armazenada no fígado para sustentar uma pessoa por muitos anos, a carência causará uma doença conhecida como anemia perniciosa. A anemia perniciosa causa fraqueza, dormência das extremidades, palidez, febre e outros sintomas. Irritações na boca e danos cerebrais também são conseqüências comuns da carência de vitamina B12. Entretanto, estes sérios efeitos podem ser revertidos com injeções de vitamina B12. As injeções são necessárias pelo fato da carência ser frequentemente causada pela incapacidade de se absorver a vitamina quando tomada oralmente. Conforme envelhecemos, a dificuldade de nossos estômagos para produzir o fator intrínseco aumenta. Muitos médicos recomendam que as pessoas com mais de 60 anos façam exames de verificação dos níveis de vitamina B12, para saber se é necessária uma injeção da vitamina.
A vitamina B12 não é encontrada em nenhuma fonte alimentar de planta e é produzida quase que exclusivamente por bactérias, como a streptomyces griseus. As fontes ricas em B12 são fígado, carne, gema de ovo, aves domésticas e leite.
Ácido fólico (B9)



Foto cedida USDA
Químico Robert Jacob prepara amostras de sangue para análise em um estudo de ácido fólico
Ácido fólico, ou folato, é uma das vitaminas do complexo B que interagem com a vitamina B12 para a síntese do DNA, que é importante para todas as células no organismo. O ácido fólico combinado com as vitaminas B12 e C é necessário para a decomposição química das proteínas e para a formação da hemoglobina, a proteína nas células vermelhas do sangue que transporta oxigênio e dióxido de carbono. O ácido fólico também é essencial para todas as reações bioquímicas que usam uma transferência de carbono.
A carência de ácido fólico causa anemia e irritação na boca. Todos estes sintomas são similares aos da carência de vitamina B12. O ácido fólico está presente em quase todos os alimentos naturais, mas pode ser deteriorado ou enfraquecido durante o cozimento. As carências são encontradas principalmente em alcoolistas, mal nutridos, pobres, idosos e naqueles que são incapazes de absorver os alimentos devido a certas doenças (enteropatia por glúten).
O ácido fólico é encontrado em hortaliças verdes, grãos de cereais integrais e em muitos outros alimentos (no Brasil, o feijão que faz parte da dieta, é rico em folato). A necessidade por ácido fólico aumenta durante a gravidez devido à grande solicitação de vitaminas pelo feto. Os médicos geralmente sugerem 300 mcg diários de suplementos para grávidas. Muitos requerimentos nutricionais mudam durante a gravidez e as vitaminas não são exceção. A ingestão de todas as vitaminas do complexo B, especificamente o ácido fólico, devem ser levemente aumentadas durante a gravidez e a lactação (produção de leite materno). A quantidade diária de ácido fólico deve ser aumentada de 180 mcg para 400 mcg durante a gravidez e de 180 mcg para 280 mcg durante a lactação - teste sua variação de ácido fólico  (em inglês). Na verdade, a mulher que quer engravidar deve tomar um suplemento de ácido fólico já que isso tem um efeito protetor no nascimento de crianças com má formação e principalmente anencefalia. Nos EUA, as farinhas são folatadas e no Brasil, algumas farinhas são suplementadas com folatos. Mas nenhum estudo mostrou que a suplementação vitamínica seja superior a uma alimentação balanceada rica em frutas e verduras.
Doses muito altas de ácido fólico podem causar convulsões, interferir na medicação anticonvulsionante usada pelos epiléticos e interromper a absorção de zinco.
Ácido pantotênico e biotina
O ácido pantotênico é usado na decomposição química de carboidratos, lipídios e alguns aminoácidos. Também é usado na síntese da coenzima A para reações bioquímicas no organismo. A biotina funciona como uma coenzima nas reações de carboxilação (-COOH), que também são úteis em muitas funções do organismo. As bactérias nos nossos intestinos produzem tanto o ácido pantotênico como a biotina, mas não há doença conhecida associada à carência do ácido pantotênico. A vitamina é encontrada em abundância nas carnes, legumes e grãos de cereais integrais. Doses muito altas de ácido pantotênico podem causar diarréia.
A carência de biotina é rara, mas pode causar uma doença de pele chamada dermatite escamosa. A carência de biotina pode ser encontrada em indivíduos que comem grandes quantidades de claras de ovos. Elas contêm a substância avidina, que "se liga" à biotina do organismo. A biotina é encontrada em bifes de fígado, gema de ovo, amendoim, couve-flor e cogumelos. 

Como saber se estou consumindo o suficiente de vitaminas B

Como você pode ver, as vitaminas B são essenciais para colocar as funções vitais em perfeita ordem. Felizmente, a maioria de nós conseguirá todas as vitaminas do complexo B necessárias tendo uma dieta bem balanceada. Algumas pessoas confiam no suplemento de complexo B diário, mas com base na grande variedade de alimentos contendo estas vitaminas, um suplemento pode não ser necessário. Pesquisadores do Instituto do Coração Hope (em inglês) dizem que até 30% das pessoas acima de 50 anos perderam a capacidade de absorver adequadamente a vitamina B12 da carne e de laticínios. Outras pessoas precisam de apenas 2,4 mg por dia, a quantidade encontrada em quase 100 g de carne, mas os pesquisadores recomendam que os americanos mais velhos comam cereais ou grãos fortificados ou tomem um suplemento vitamínico diariamente. (Se você precisar de calorias e proteínas extras, um suplemento, contendo todas as vitaminas apropriadas, é a alternativa.) Dê uma olhada na tabela abaixo para conhecer os fundamentos básicos das vitaminas do complexo B:
Recomendação diária permitida (RDA)* em mg (B12 é em µg) Fontes alimentares Importância Quando você toma muito Quando você toma muito pouco
Tiamina (B1) I=0.3-0.4; C=0.7-1.0; A=1.0-1.5 cereal, pão, carne, arroz, levedura, milho nozes metabolismo de carboidrato, sistema nervoso nenhum conhecido beribéri (anemia, paralisia), alterações de movimento e memória
Riboflavina (B2) I=0.4-0.5; C=0.8-1.2; A=1.2-1.8 grãos, leite, carne, ovos, queijo, ervilhas mantém a pele, membranas mucosas, olhos, bainhas dos nervos nenhum conhecido pele e problemas orais, anemia
Niacina (B3) I=5-6; C=0.8-1.2; A=1.2-1.8 carne, leite, ovos, peixe, legumes, batatas pele saudável, nervos e trato GI, metabolismo dos alimentos rubor, coceira, cãibras, náusea, erupções na pele pelagra (diarréia, dermatite, demência), morte
Piridoxina (B6) I=0.3-0.6; C=1.0-1.4; A=1.4-2.0 carnes orgânicas, arroz integral, peixe, manteiga, soja metabolismo dos alimentos, aminoácidos danos nos nervos danos na pele e nos nervos, confusão, irritação na boca
Ácido fólico (B9) I=25-35; C=50-100; A=150-180 levedo, fígado, hortaliças verdes, grãos de cereais integrais DNA, síntese da hemoglobina, formação das células vermelhas, metabolismo das proteínas convulsões, interrupção da absorção do zinco anemia, irritação na boca, crescimento insuficiente
Ácido pantotênico N/A; produzido pelos nossos intestinos carnes, legumes, grãos de cereais integrais decomposição química de carboidratos, lipídios, aminoácidos diarréia nenhum conhecido
Biotina N/A; produzido pelos nossos intestinos bife de fígado, gema de ovo, cogumelos funciona como coenzima nas reações de carboxilação nenhum conhecido dermatite escamosa
B12 I=0.3-0.5; C=0.7-1.4; A=2.0 fígado, carne, ovos, aves domésticas, leite metabolismo dos alimentos, formação das células do sangue, síntese do DNA nenhum conhecido anemia perniciosa, irritação na boca, danos cerebrais

*B=bebê; C=criança; A=adulto. Por favor, note que são diferentes as quantidades de vitaminas, dependendo da idade e do sexo (a quantidade de algumas das vitaminas deve ser aumentada durante a gravidez e na amamentação. 


Artigo extraído do site HowStuffWorks, adaptado pelo site Bíblia e a Ciência

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Como funciona a Vitamina A


Falar do mundo das vitaminas pode ser complicado. Todos nós sabemos de sua importância, mas poucos realmente entendem como elas funcionam.



Introdução 
A vitamina A, ou retinol, exerce um papel importante na visão e na reprodução e ajuda as células saudáveis a criarem cópias exatas de si mesmas durante a divisão celular. Nesse artigo, discutiremos a importância da vitamina A e as fontes desse nutriente.  
O que é vitamina A? 


A vitamina A é importante para a visão. Uma deficiência dessa vitamina leva à xeroftalmia, que causa lesões irreversíveis nos olhos e cegueira. A deficiência de vitamina A é a principal causa de cegueira no mundo. A vitamina A também é importante para manter a pele saudável, além de ajudar o corpo a resistir a infecções. 


Benefícios da vitamina A 


A vitamina A é importante para o sistema imunológico e mantém as células da pele e das membranas mucosas saudáveis. Ela ajuda a combater o câncer inibindo a produção de DNA em células cancerosas. Também retarda o crescimento de cânceres já estabelecidos e pode impedir que as células da leucemia se dividam. 


Alimentos que contêm vitamina A 


A vitamina A pode ser encontrada como retinol nos alimentos animais, e como carotenóides, nos vegetais. Estes são compostos que o corpo consegue transformar em vitamina A. O fígado é a melhor fonte de vitamina A. 


Deficiência de vitamina A 


A deficiência de vitamina A causa incapacidade de enxergar bem no escuro, pele áspera e suscetibilidade a doenças infecciosas. Nos Estados Unidos, essa deficiência é mais comum entre os grupos de baixa renda. 


Suplementos de vitamina A 


A suplementação de vitamina A deve ser limitada a 5.000 Unidades Internacionais - UI (1.000 Equivalentes de Retinol - ER) para homens e 2.500 UI (500 ER) para mulheres. Deve-se tomar cuidado ao tomar suplementos de vitamina A - doses elevadas podem ser tóxicas. 


Carotenóides 


Os carotenóides, também chamados de pró-vitamina A, são os precursores da vitamina A. Esses pigmentos vegetais coloridos podem ser encontrados em frutas amarelas e laranjas, assim como nas verduras. São antioxidantes poderosos que podem ajudar a prevenir algumas formas de câncer e doença cardíaca. 



Principais fontes na natureza


A vitamina A, uma vitamina lipossolúvel, ocorre sob duas formas principais na natureza – o retinol, o qual se encontra apenas em fontes animais e certos carotenóides (provitaminas), as quais se encontram apenas em fontes vegetais. Os carotenóides são os compostos que dão a vários frutos e vegetais a sua cor amarela ou laranja. O carotenóide mais abundante e mais conhecido é o beta-caroteno. O beta-caroteno é um precursor da vitamina A ou “provitamina A”, porque a sua actividade como vitamina A ocorre apenas após a sua conversão para retinol no interior do corpo. Uma molécula de beta-caroteno pode ser clivada por uma enzima intestinal específica em duas moléculas de vitamina A.


Os alimentos ricos em beta-caroteno incluem as cenouras, os vegetais de folhas verde escuro e amarelas (p.e. espinafres e bróculos), abóboras, alperces e melões. A vitamina A pré-formada ou retinol, pode ser encontrada no fígado e gema de ovo.


Estabilidade


A vitamina A é sensível à oxidação pelo ar. A perda de actividade é acelerada pelo calor e pela exposição à luz. A oxidação das gorduras e dos óleos (p.ex. manteiga, margarina, óleos de cozinha) pode destruir as vitaminas lipossolúveis, incluindo a vitamina A. A presença de anti-oxidantes, tais como a vitamina E contribui para a protecção da vitamina A.


O beta-caroteno é uma das vitaminas mais estáveis em vegetais. Têm sido documentadas perdas pela cozedura de 25%, mas apenas após fervura por um período comparativamente longo.


Principais Interacções
O estado da vitamina A pode ser influenciado por vários factores, incluindo os seguintes:


*Doenças e infecções, especialmente o sarampo, comprometem o estado da vitamina A e, reciprocamente, um estado de pobreza em vitamina A diminui a resistência às doenças.
*A ingestão crónica e em excesso de álcool pode comprometer o armazenamento da vitamina A no fígado.
*Uma deficiência aguda de proteínas interfere com o metabolismo da vitamina A e, ao mesmo tempo, baixas quantidades de gordura na dieta interferem com a absorção tanto de vitamina A como de caratenóides.
*As alterações no metabolismo do ferro ocorrem associadas à deficiência em vitamina A, resultando, por vezes, em anemia.
*A vitamina E protege a vitamina A da oxidação; deste modo um estado adequado de vitamina E protege o estado da vitamina A.



A vitamina A é apenas um dos muitos nutrientes essenciais que precisam fazer parte de sua dieta.

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