Mostrando postagens com marcador Modéstia Cristã. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Modéstia Cristã. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Considerando a Modéstia no Dia do Seu Casamento




Antes que você inicie sua busca entusiasmada pelo vestido perfeito de noiva ou de madrinha, queremos encorajá-la a considerar uma pergunta que provavelmente você não ouvirá de um vendedor: “A escolha deste vestido trará glória a Deus?”

Sabemos que seu desejo é fazer de Deus o foco do dia do seu casamento. A Palavra de Deus diz, em 1 Timóteo 2.9-10, “As mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade… (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras”. Nós, pastores, desejamos ajudá-la a descobrir como aplicar a Palavra de Deus até mesmo no dia do seu casamento.

Em primeiro lugar, por favor, considere o propósito do dia do seu casamento.

Albert Mohler nos lembra: “O objetivo do culto de um casamento é demonstrar a glória por meio da união de um homem e uma mulher em pureza, monogamia e fidelidade diante Dele; ser obediente aos seus mandamentos e receber todos os presentes e dons inclusos na aliança matrimonial”. [1]

Em segundo lugar, por favor, considere as seguintes perguntas ao escolher vestido para o casamento

1) Este vestido reflete o fato de que a cerimônia do meu casamento é um momento santo de adoração? (Nossa cultura considera cerimônias de casamento algo como um desfile de moda. Você tem a oportunidade de chamar a atenção para alguém bem mais importante do que você: nosso Salvador, Jesus Cristo).

2) Posso me imaginar usando este vestido por um extenso período de tempo apenas a alguns passos de distância do meu pastor enquanto ele abre a Bíblia e me guia durante meu voto matrimonial? [2]

3) Eu usaria um vestido (ou outra roupa) tão revelador quanto este em um culto normal ou em qualquer outra ocasião?
Finalmente, aqui estão algumas sugestões práticas de como escolher um vestido de noiva ou madrinha:

1) Encontre um vestido com um decote discreto.

2) Procure vestidos que não deixem suas costas à mostra.

3) Lembre-se de que vestidos do tipo tomara-que-caia ou com alças muito finas são reveladores demais e provavelmente não servem aos homens que participarão do seu casamento.

Caso você tenha dificuldade em encontrar um vestido modesto nas lojas de roupas para festa, considere a possibilidade de encomendá-lo a uma costureira. Ela ou ele poderá criar um vestido para você com base em um modelo de revista ou nas suas ideias.

Esperamos que essas recomendações a ajudem a planejar uma cerimônia que glorifique a Deus!

________________________
♦ “Considerando a Modéstia no Dia do Seu Casamento” por C. J. Mahaney
♦ FONTE: C. J. Mahaney (Ed.). Mundanismo: Como resistir à sedução de um mundo caído. Niterói: Tempo de Colheita, 2010. pp. 139-140.
♦ Extraído de:http://www.mulherespiedosas.com.br/considerando-a-modestia-no-dia-do-seu-casamento-por-c-j-mahaney/

terça-feira, 21 de abril de 2015

Ellen White contra o Crente Ostentação




Um dos principais malefícios que uma sociedade de consumo igual a nossa pode trazer é o desejo incontrolável e insaciável de ostentar. A ostentação nada mais é do que o ato de expor o máximo possível uma situação ou alguma coisa adquirida, o que, dentro da lógica consumista, fútil e alienada da sociedade contemporânea, é visto como natural. Portanto, crente que ostenta posição, bens ou qualquer outro atributo está indo diretamente contra aquilo que o Mestre ensinou. Leia o que Ellen G. White nos diz acerca disso:

"Não obstante, Jesus fugia à ostentação. Durante todos os anos de Sua residência em Nazaré, não fez exibição de Seu miraculoso poder. Não buscou altas posições, nem pretendeu nenhum título. Sua vida quieta e simples, e mesmo o silêncio das Escrituras a respeito dos primeiros anos de Sua vida, ensinam importante lição." O Desejado de Todas as Nações, pág. 43

Segue abaixo, mais alguns dos muitos conselhos que Ellen G. White nos deixou como alerta sobre os perigos da ostentação:

RIQUEZAS ETERNAS
"Que valem a pompa e a ostentação exteriores? Que ganham os homens e mulheres com o orgulho e a condescendência própria? “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” O tesouro terreno é transitório. Somente por Cristo poderemos obter riquezas eternas. A riqueza que Ele dá está acima de toda avaliação.” Conselhos sobre Mordomia, pág. 54

AMOR AOS POBRES
"Os homens se apropriam de dons que lhes haviam sido confiados para com eles abençoar a outros. Os ricos oprimem os pobres e usam os meios assim obtidos para satisfazerem o orgulho e o amor da ostentação até mesmo na casa de Deus. ... Não fora haver o Senhor revelado o Seu amor aos pobres, humildes e contritos de coração, este mundo seria um triste lugar para o pobre." The Review and Herald, 20 de Junho de 1893. 

VESTUÁRIO, JÓIAS E ORNAMENTOS
"No professo mundo cristão o que é gasto em extravagante ostentação, em jóias e ornamentos, daria para suprir as necessidades de todos os famintos e vestir todos os nus em nossas cidades; e ainda assim esses professos seguidores do manso e humilde Jesus não precisariam privar-se do necessário alimento nem do vestuário confortável. Que dirão esses membros da igreja quando confrontados no dia de Deus com os pobres dignos, os aflitos, as viúvas e os órfãos, que têm conhecido a pungente carência para as mínimas necessidades da vida, ao passo que foram despendidos por esses professos seguidores de Cristo para vestuário supérfluo e desnecessários ornamentos expressamente proibidos pela Palavra de Deus, recursos suficientes para suprir todas as suas necessidades?" The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878. 

"A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé." Conselhos para a Igreja, pág. 184

"A verdadeira elegância não acha satisfação no adorno do corpo para ostentação." Christian Temperance and Bible Hygiene, 93

ARTIGOS DESNECESSÁRIOS
"O fim de todas as coisas está perto e Deus convida os homens a lançarem fora os seus ídolos, a se separarem de cada desejo extravagante, a não condescenderem com nada que seja simplesmente para ostentação e exibicionismo, e a estudarem meios de economia na aquisição de roupas e mobiliário. Não gasteis um dólar do dinheiro de Deus na aquisição de artigos desnecessários. Vosso dinheiro significa salvação de almas. Não seja ele pois gasto em jóias, ouro ou pedras preciosas." Beneficência Social, pág. 267

"Devemos estar sempre em guarda, e não nos permitir gastar dinheiro com o que não é necessário, simplesmente por ostentação. Não nos devemos permitir condescender com gostos que nos levam a seguir os costumes do mundo, e roubar o tesouro do Senhor." The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1893

"Neste século corrompido, tudo se perverte para servir à ostentação e aparência exterior." Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 270

PARA OS JOVENS
"A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da agitação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. Essas coisas exercem sobre a juventude uma força quase irresistível." A Ciência do Bom Viver, pág. 364

PARA OS PAIS E FILHOS
"Pais, por amor de Cristo não empreguem o dinheiro do Senhor na condescendência com as fantasias de seus filhos. Não os ensinem a procurar a moda e a ostentação, a fim de alcançarem influência no mundo. Será que isso vai ajudá-los a salvarem as almas por quem Cristo morreu? Não; suscitará inveja, ciúme e más suspeitas. Seus filhos serão induzidos a competir com a ostentação e extravagância do mundo, e a gastar o dinheiro do Senhor no que não é essencial para a saúde ou a felicidade." Conselhos para a Igreja, pág. 288

"Se os pais pudessem ser despertados para o senso da tremenda responsabilidade que pesa sobre eles na obra de educar os filhos, dedicariam mais tempo à oração, e menos à ostentação desnecessária." Conselhos sobre Educação, pág. 15

LARES
"Uma residência dispendiosa, mobília trabalhada, ostentação, luxo e conforto não proporcionam as condições essenciais a uma vida útil e feliz." A Ciência do Bom Viver, pág, 365

"Mesmo na mesa, os arranjos, a moda e a ostentação exercem sua perniciosa influência. O preparo saudável do alimento se torna questão secundária." Orientação da Criança, pág. 241

INSTITUIÇÕES
"Como indivíduos e administradores das instituições do Senhor, teremos de cortar necessariamente tudo quanto vise mera ostentação, pondo as despesas dentro dos estreitos limites de nossas rendas." Conselhos sobre Educação, pág. 195

"Não são numerosas instituições, grandes edifícios ou larga ostentação o que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus, e precioso." Conselhos sobre Saúde, pág. 518

"Tem de haver uma aspiração mais elevada, não a procura de sobrepujar no dispêndio com grandes edifícios, e na ostentação, mas nas faculdades, nas aptidões, na capacidade de saber gerir esses grandes empreendimentos." Mensagens Escolhidas 2, pág. 209

TESTEMUNHO
"São servos infiéis os que tentam dirigir outros, tendo a pretensão de guiar almas no caminho da santidade, enquanto sua própria vida revela o orgulho, o amor dos prazeres e da ostentação. Sua vida não está de acordo com sua profissão; sua influência é uma ofensa a Deus." Conselhos sobre a Escola Sabatina, pág. 91

"Que ninguém pense que a ostentação cause boa impressão sobre o povo. Ela não assegurará os melhores nem os mais permanentes resultados. Nossa obra destina-se a dirigir a mente às solenes verdades para este tempo." O Colportor Evangelista, pág. 91

EVANGELISMO
"O bom êxito não depende de ostentação. Alguns ministros cometem o erro de pensar que o sucesso depende de arrastar uma grande congregação pelo aparato exterior, anunciando depois a mensagem da verdade em estilo teatral. Isso, porém, é empregar fogo comum, em lugar de fogo sagrado ateado por Deus. O Senhor não é glorificado por essa maneira de trabalhar." Evangelismo, pág 136

"Nesta época de extravagância e ostentação, em que os homens julgam necessário fazer aparato para conseguir êxito, os escolhidos mensageiros de Deus devem mostrar o erro de gastar meios desnecessariamente, para causar efeito." Evangelismo, pág. 66

"Não é a ostentação, a aparência imponente o que representa de maneira correta a obra que devemos realizar como povo escolhido de Deus." Conselhos sobre Saúde, pág. 274

"O caminho para a edificação e progresso da causa de Deus é bloqueado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela cobiça, pela extravagância e amor à ostentação." Conselhos sobre a Escola Sabatina, pág.131

Via Megafone e Pão Diário

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Como um cristão deve decorar sua casa

Resultado de imagem para Como um cristão deve decorar sua casa

A moda muda muito rápido. Estilos de decoração também mudam rápido, alimentados por uma indústria que tenta se apropriar do nosso tempo e dinheiro, enganando-nos com a ideia de que precisamos daquele objeto específico, daquele enfeite exclusivo e do acessório ideal para cada canto da nossa casa.

Deus não se opõe a que tenhamos um lar bonito e bem decorado. Além do mais o primeiro lar que Ele desenhou era um lugar belo e reluzente. Creio que Ele deseja que vivamos em lugares atrativos, cômodos, simpáticos, alegres, agradáveis e seguros. O projeto que Ele fez para o tabernáculo no deserto mostra que Ele ama a beleza, as mãos talentosas, o material de qualidade, as proporções adequadas e um impecável sentido de ordem. Ele colocou no santuário objetos que fazem com que recordemos do Seu amor, dos Seus planos para suprir as necessidades do povo, Suas normas de amor, Sua graça e Seu plano de salvação.

Jesus veio a este mundo para mostrar que podemos viver com simplicidade, de acordo com nossas necessidades e possibilidades. Quando aqui Ele esteve, um estábulo se transformou em um lar, uma manjedoura fez papel de berço, um barco de pescadores serviu de cama e por aí afora. Jesus se sentia feliz e satisfeito mesmo sem ter uma moradia, viajando de um lugar para outro sem ter objetos para uso pessoal. No entanto, passou boa parte de sua vida fabricando móveis de madeira de excelente qualidade. Posso imaginá-Lo alisando o assento de uma cadeira até que estivesse bem confortável, suave ao tato, o mais adequada possível para quem fosse utilizá-la.

Creio que é este espírito que devemos cultivar em nossos lares, o gosto pelo que é belo sem o estresse do consumismo. O Espírito Santo está pronto a nos ajudar a decorarmos nosso lar de maneira que criemos um ambiente perfeitamente acolhedor. Nossas moradias devem possuir, antes de tudo, uma atmosfera hospitaleira. Nossas casas devem sempre dar as boas-vindas a quem chega e uma boa dica é estimular os cinco sentidos dos visitantes.

Olfato: Utilize um ramo de flores frescas, a fragrância de um pão fresco, ou o cheiro de canela de uma vela.

Tato: Nosso lar deve fazer com que os visitantes se sintam bem quando lhes damos um abraço ou um delicado aperto de mãos. Podemos estimular o sentido do tato mediante o uso de fibras naturais, coleção de objetos como plumas, conchas ou sementes.

Paladar: Apetitosos alimentos e sucos de frutas naturais podem ser oferecidos.

Audição: A música clássica, cantos de louvor, músicas instrumentais contribuem para a boa sonoridade de nossos lares. Palavras amorosas, boas risadas e enfeites movidos pelo vento também são a alegria de um lar.

Visão: Ordem, limpeza, organização e beleza são colírio para os olhos.

O famoso decorador William Morris sempre se inspirou nas plantas e na natureza para criar seus projetos. Morris morreu em 1896 e foi considerado o fundador da tendência chamada “Artes Manuais”. Este movimento artístico colocou de lado a suntuosidade da era vitoriana e todo materialismo produzido pela revolução industrial. A tendência favoreceu o uso de desenhos especiais, trabalhos manuais e o espírito comunitário. Sua expressão mais famosa foi: “Não tenham nada em suas casas que não considerem útil”. Esta frase se converteu em uma norma simples para todo decorador de interiores. É um conceito de fácil aplicação.

Como podemos então criar ambientes que refletem nossa fé em Deus e que sejam atrativos e aconchegantes? Aqui vão algumas ideias:

1) Analise seus valores cristãos e pense em como colocá-los em prática em seu lar.

2) Considere as ideias práticas oferecidas por Ellen White (lista abaixo).

3) Avalie o que você tem em casa. Quem sabe você possa facilitar a sua vida. Doe o que não precisa e reorganize o que ficar. Faça a seguinte pergunta: Se minha casa estivesse pegando fogo, o que eu gostaria de salvar?

4) Ore pedindo a direção de Deus. O Deus que se preocupou em criar o belo jardim do Éden, e que está preparando lugares especiais no céu, se interessa pela forma como vivemos na terra. Ele deseja que sejamos felizes, saudáveis e que tenhamos lares acolhedores, onde, em união com nossa família e amigos, possamos sentir-nos à vontade. E, acima de tudo, Ele deseja estar em nosso lar a cada dia.

Ellen White e a decoração do lar

No livro “O Lar Adventista” você pode encontrar sábios conselhos. Alguns deles são:

• As casas necessitam de abundante luz solar e ar fresco.
• As casas devem estar rodeadas de beleza natural e jardins, sempre que for possível.
• A mobília deve ser simples, sem luxo, duradoura, fácil de limpar e de fácil reposição.
• As relações entre os membros da família é que dão vida a um lar, não os enfeites luxuosos.
• Os enfeites e acessórios devem economizar tempo e energia; não devem representar trabalho adicional.
• A harmonia das cores deve ter inspiração na natureza.
• Os móveis devem ser planejados de maneira que todos os membros da família tenham um local apropriado para sentar, comer, dormir e trabalhar.
• O lar deve ser um lugar onde todos se sintam bem-vindos, especialmente os filhos.

Fonte: Revista AFAM


quinta-feira, 12 de março de 2015

Deus proibiu que as mulheres vestissem calça?


Lembro-me que certa vez vi uma moça na igreja usando gravata. Alguns a olhavam e pensavam alto com ar confuso: “Tomara que essa mania não pegue”. Não conseguiam entender a razão de uma bela mulher, com aparência tão delicada, usar um acessório tão masculino. “Talvez ela esteja num nível elevado de estilo”, diziam, achando-se ignorantes no quesito moda. Devido à repercussão do caso, surgiu a dúvida entre nós: seria certo mulheres cristãs aderirem vestimentas típicas de homens (ou vice-versa)?

Claro que a Bíblia tem respostas para esse questionamento: “A mulher não usará roupas de homem, e o homem não usará roupas de mulher, pois o Senhor, o seu Deus, tem aversão por todo aquele que assim procede” (Deuteronômio 22:5). Este texto é o encaixe perfeito para muitas dúvidas, mas você sabia que ele é motivo de grande polêmica? Ele é usado por muita gente como forma de condenar que mulheres cristãs usem calça. Porém, você sabia que na época em que Moisés escreveu isso nem existia calça comprida? Os trajes de homens e mulheres eram bem parecidos. Apenas alguns detalhes faziam a diferença, como a roupa íntima. Naquele tempo, os homens usavam uma vestimenta do tipo saia, assim como as mulheres. O que diferenciava a roupa masculina e feminina era uma espécie de cinto. O do homem era de tonalidade mais neutra, e o da mulher era mais vibrante e colorido.

Claro que a Bíblia foi inspirada por Deus para ser válida em todos os tempos, inclusive num futuro bem distante, então podemos acreditar que Ele já previa que a vestimenta passaria por uma revolução, a ponto de roupas masculinas e femininas serem bem distintas. Como será que esse conceito de Deuteronômio se aplica nos dias de hoje? O jornalista Leandro Quadros, muito conhecido por responder dúvidas bíblicas ao vivo no programa Na mira da verdade, da TV Novo Tempo, disse algo interessante sobre o assunto:

Na Escócia, por exemplo, é costume os homens usarem saia. Será que Deus deixará de amar e salvar os escoceses por isto? De modo algum. Tal vestimenta faz parte da cultura deles. Assim, se algum pastor quiser fundamentar uma doutrina a respeito do vestuário na Bíblia, sem levar em conta o contexto histórico, terá também que ensinar aos irmãos da própria igreja que devem voltar a usar túnicas (como dos tempos bíblicos), parecidas com saias.

(Jornalista e apresentador Leandro Quadros)

Na década de 60, algumas peças que eram comuns entre os homens entraram para o guarda-roupa feminino, como botas, calças e outros acessórios. Perceba que hoje homens e mulheres usam várias roupas do mesmo segmento: camisa, colete, chapéu, camiseta, meia, cachecol, casaco, blazer e, claro, calça. Mas estas peças têm características específicas que as deixam totalmente diferenciadas para cada público. Vamos usar um exemplo para facilitar a compreensão: o blazer. O conceito desta vestimenta é o mesmo: casaco, geralmente de corte clássico e com mangas compridas. Mas é fácil olhar para um blazer e dizer se ele é de homem ou de mulher. Suas particularidades — como a modelagem, estampa e o corte — fazem toda a diferença.

Você já deve ter visto blazers com estampa floral, com bordados delicados e botões totalmente femininos. Também já deve ter usado esta peça com modelagem sequinha e corte acinturado, características apropriadas para o corpo da mulher. Estes pontos fazem toda a diferença. Um homem não fica com jeito efeminado por usar um blazer, afinal a peça para o público masculino é confeccionada com um estilo completamente distinto.

O mesmo acontece com as calças. Podemos encontrar muitas delas esbanjando decência, elegância e feminilidade. Em algumas situações, elas são indispensáveis. Imagine, por exemplo, como seria se as garotas tivessem de andar de saias e vestidos nos acampamentos da igreja. Essa seria uma péssima ideia, já que em vários momentos precisam se sentar no chão e participar de atividades recreativas que exigem muito movimento. No dia a dia, em meio a uma vida corrida, as calças também podem ser bem apropriadas para mulheres que pegam ônibus, brincam com os filhos, carregam compras, limpam a casa… Com esta peça, é possível ficar mais à vontade, além de eliminar a preocupação de mostrar o que não deve num momento ou outro.

Direto flagro situações constrangedoras em lugares públicos, como os shoppings. Por mais que algumas mulheres estejam com uma saia ou vestido com comprimento decente, o momento da escada rolante com as laterais em vidro é crucial. Às vezes, elas nem imaginam que estão “dando um show” para o pessoal do andar debaixo.

Saiba que o uso de calça pelas mulheres não é proibido pela Bíblia. Às vezes, esta afirmação parece entrar em controvérsia com alguns textos da Ellen White — inspirada escritora e profetiza — por causa da interpretação errada que não leva em conta o contexto histórico e cultura do mundo e nem considera o fato das roupas sofrerem variação com o passar dos anos. Olhem uma declaração feita por ela que mostra sua aceitação à peça:

Seja qual for o comprimento do vestido, devem as mulheres vestir seus membros tão cabalmente como os homens. Isso se pode fazer usando calças forradas, terminadas num cadarço preso aos tornozelos, ou calças amplas, estreitando para os pés.
(Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 461)

Quando a escritora falava algo negativo sobre mulheres usarem calça, era para defender alguns princípios cristãos que estavam sendo negligenciados por algumas delas, como a saúde e a decência. Além disso, também não devemos ignorar a elegância. Nada de parecer um alimento embalado à vácuo! A gente vê muitas e muitas mulheres estragando o visual, que poderia ser muito bonito, usando calças que parecem ser de um manequim de tamanho bem menor. A coisa piora quando a blusinha usada na composição do look ainda é meio curta. Já sabe o que acontece, né?

O fato é: toda roupa é feita de pano. O modo como o tecido vai ser usado é que define se a vestimenta é ou não apropriada para nós a usarmos. Assim como existem saias e vestidos extremamente escandalosos, o mesmo acontece com as calças. Tenha bom senso! Para qualquer peça, os princípios de Deus são os mesmos. Seus ideais nunca devem sair de moda. Eles precisam ser respeitados em qualquer situação, tempo e lugar.

Veja vídeo com resposta de Leandro Quadros sobre esse tema:



Por Emanuelle Sales

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Estilo de Vida e Conduta Cristã (Crianças e Adolecentes) da Igreja Adventista

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Estilo de Vida e Conduta Cristã - Pr. Erton Köhler da Igreja Adventista

Neste vídeo o Pr. Erton Köhler da Igreja Adventista lê o documento aprovado por uma comissão de líderes adventistas de oito países sul-americanos votou, no final de 2012, documento intitulado Estilo de Vida e Conduta Cristã.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Documento: Estilo de Vida e Conduta Cristã



O que é, e qual é o propósito do Documento

Uma comissão de líderes adventistas de oito países sul-americanos votou, no final de 2012, documento intitulado Estilo de Vida e Conduta Cristã. O objetivo é reafirmar a crença bíblica defendida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia quanto ao comportamento de um cristão diante de diferentes situações da sua vida cotidiana como recreação, mídia, vestuário, sexualidade, joias, ornamentos e saúde. A ideia do documento não é substituir a Bíblia e nem criar novas normas.
A intenção foi resumir, em uma linguagem simples mas clara e objetiva, o que Deus estabeleceu em Sua Palavra sobre esses temas no contexto da misericórdia e da graça cristãs. Trata-se de um material que reúne em um só lugar várias declarações que refletem o pensamento adventista sobre o assunto. Como o próprio documento diz, “as recomendações apresentadas neste documento não devem ser usadas como elemento de crítica ou julgamento de outros, mas como apoio para a vida pessoal”.
Segue abaixo o documento na íntegra:

Introdução

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece a importância do sacrifício de Cristo na cruz como o preço pago pela nossa salvação. Deus, em Seu infinito amor pelo mundo, “deu Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Ele “prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8), e nos convida a aceitar esse sacrifício de amor, a entregar-Lhe totalmente a vida e a nascermos de novo em Cristo (Jo 3:3-15).
A pessoa que passou por essa experiência com Jesus deve agora andar em “novidade de vida”, entregando-Lhe todo o seu ser e todos os aspectos de sua vida (Rm 6:1-11). “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). Uma vida renovada leva o cristão a um alto padrão de comportamento através de um estilo de vida que O glorifique e que evidencie publicamente a fé e o compromisso que ele tem com Cristo Jesus. Dois ensinos bíblicos fundamentam a importância do estilo de vida para o cristão adventista: 1) a restauração da imagem de Deus no ser humano; e 2) a missão profética específica da Igreja Adventista no final dos tempos.
A restauração da imagem de Deus. Segundo as Escrituras, o ser humano foi criado à “imagem e semelhança” de Deus (Gn 1:26, 27). Essa realidade foi manchada pelo pecado (Gn 3). Desde a queda, no entanto, Deus tem trabalhado pela restauração plena dessa imagem no ser humano (Rm 8:29; 1Co 15:49; 2Co 3:18; Ef 4:22-24; Cl 3:8-10) através da redenção em Cristo Jesus e da atuação do Espírito Santo na vida e mente daqueles que respondem positivamente ao Seu convite à salvação (Jo 1:12, 13; 3:3-16). Nesse processo de restauração, Deus chama Seus filhos a um reavivamento e reforma através do compromisso com a santidade. “Sede santos porque Eu sou santo” (Lv 11:44, 45; 19:2; 20:26); “sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48).
Essas exortações bíblicas são muitas vezes mal-interpretadas e usadas como base de um legalismo exigente e frio, comumente denominado de perfeccionismo. No entanto, no Sermão da Montanha (Mt 5:43-48), Cristo deixou claro que “ser santo” e “ser perfeito” como Deus, é ser um canal divino de Sua graça, amor e bondade aos seres humanos. O cristão torna-se um canal de Deus ao amar sinceramente todos os indivíduos com quem ele se relaciona, orando por eles e ajudando-os, mesmo sendo seus inimigos ou aqueles que o perseguem.
O chamado do cristão é imitar a Deus em todos os aspectos de sua vida (1Pe 1:13-16). Para que isso seja possível, Deus concede aos Seus filhos o Espírito Santo, o Consolador, que opera na mente e coração dos seres humanos, envolvendo o cultivo de atributos internos (amor, bondade, compaixão, justiça, verdade, pureza, honestidade, responsabilidade, altruísmo, etc.) e externos (modéstia, decência, temperança, boas obras, etc.). Esses atributos representam a restauração do caráter divino evidenciado pelo fruto do Espírito na vida dos filhos de Deus (Rm 12:1-13:14; Gl 5:16-26; Ef 4:17-5:21; Cl 3:1-17; 1Ts 4:1-12; 1Tm 2:8-3:13). A missão profética da Igreja Adventista.
O segundo ensino bíblico que realça a importância de um estilo de vida consagrado a Deus é a missão específica da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Desde seus primórdios, os Adventistas do Sétimo Dia se consideram um movimento profético, com a missão especial de preparar um povo para a Segunda Vinda de Jesus. Esse movimento foi profetizado em Isaías 40:1-5, como a “voz do que clama no deserto” preparando o caminho do Senhor; em Isaías 58:12, como o “reparador de brechas e restaurador de veredas” que restabeleceria verdades bíblicas esquecidas, entre as quais a santificação do sábado; em Malaquias 4:4-6, como o Elias que antecederia a vinda do Messias. Seu cumprimento foi predito em Apocalipse 14:6-12, com a tríplice mensagem angélica pregada nos últimos dias da história humana pelos “santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.
A missão da Igreja Adventista é a mesma de João Batista — preparar um povo para a vinda de Jesus, e ambos são objetos das profecias específicas de Isaías 40 e Malaquias 4. João Batista é, portanto, um modelo profético da Igreja Adventista, e grande ênfase é dada ao seu estilo de vida, especialmente em relação à comida, bebida e vestimenta (Mt 3:4; Mc 1:6; Lc 1:15). Isso pressupõe que um estilo de vida específico, ordenado por Deus, é um aspecto importante no cumprimento da missão do mensageiro profético que prepara a vinda do Senhor.

Recomendações

Com base nessa percepção das verdades bíblicas, a Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma seu compromisso com um estilo de vida cristã que represente seu chamado e sua missão diante do mundo e que seja uma resposta de coração à graça e ao amor de Deus. E, com o propósito de aconselhar e incentivar seus membros a crescerem na fé, a aprofundar sua experiência com Deus e a avançar no cumprimento da missão evangélica, faz as seguintes recomendações:

1. Vida de santificação

O cristão é chamado a consagrar a Deus todos os aspectos de sua vida. Como está escrito: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo” (1Pe 1:13-16). Ao fazer a vontade do Mestre, “precisamos chegar ao ponto de reconhecer plenamente o poder e a autoridade da Palavra de Deus, quer ela concorde ou não com nossas opiniões preconcebidas. Temos um perfeito livro-guia. O Senhor nos falou a nós; e, sejam quais forem as consequências, devemos receber Sua Palavra e praticá-la na vida diária. De outro modo estaremos escolhendo nossa própria versão do dever e fazendo exatamente o oposto daquilo que nosso Pai celestial nos mandou fazer” (Ellen G. White, Manuscrito 148, 1902; ver Medicina e Salvação, p. 255, 256).

2. Crescimento espiritual

A santificação implica um contínuo processo de crescimento espiritual pela graça de Deus em Jesus, através da comunhão pessoal com Ele pelo estudo da Bíblia, pela prática da oração e pelo testemunho pessoal. O alvo é chegar “ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado ao outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:13-15). “Muitos têm a ideia de que devem fazer sozinhos parte do trabalho. Confiaram em Cristo para o perdão dos pecados, mas agora procuram por seus próprios esforços viver retamente. Mas qualquer esforço como este terá de fracassar. Diz Jesus: ‘Sem Mim nada podereis fazer’ (Jo 15:5). Nosso crescimento na graça, nossa felicidade, nossa utilidade – tudo depende de nossa união com Cristo. É pela comunhão com Ele, todo dia, toda hora – permanecendo nEle – que devemos crescer na graça” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 69).
3. Pureza moral

Todo filho e filha de Deus deve conservar puros o coração e a mente (Sl 24:3, 4; 51:10), seguindo o modelo de Cristo: “E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro.” (1Jo 3:3). O cristão deve evitar e rejeitar tudo que possa poluir sua mente e sua vida, levando-o a pecar. Duas exortações de Paulo servem para nortear suas escolhas: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31); “Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isto que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4:8).

4. Recreação e mídia

Seguindo o princípio da pureza moral, o cristão deve evitar livros e revistas, programas de rádio, televisão, internet ou qualquer outro tipo de mídia, jogos ou equipamentos modernos cujo conteúdo possa poluir sua mente e coração. Deve-se evitar tudo que induza ao mal e promova violência, desonestidade, desrespeito, adultério, pornografia, vícios de toda sorte, descrença, uso de palavrões e linguagem obscena, entre outras coisas. O cristão não pode conformar-se aos valores comuns de um mundo profundamente corrompido pelo pecado, mas deve ser transformado pelo Espírito, renovando sua mente a fim de experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2; ver também 1Jo 2:15-17). Certos lugares públicos de diversão tais como estádios esportivos, teatros e cinemas, em sua programação habitual, são inapropriados para o cristão adventista. Vários fatores contribuem para essa avaliação negativa por parte da Igreja, dentre eles:
a falta de controle sobre o conteúdo que é apresentado ou o evento que está ocorrendo;
a psicologia de massa que muitas vezes leva alguém a seguir em uma direção que de outro modo não o faria;
o fato de todo o ambiente ser planejado para potencializar o impacto sobre o indivíduo e sua mente, facilitando a aceitação, geralmente imperceptível, de ideias e valores contrários à fé cristã;
o tempo e os recursos financeiros gastos nessas diversões que poderiam ser utilizados para outros fins mais condizentes com a fé e os propósitos de vida de um cristão;
o testemunho negativo que a frequência a esses lugares pode deixar na mente de membros e não membros da igreja. O conselho de Ellen White aos jovens acerca do teatro, no seu tempo, parece ainda mais pertinente hoje para todos os lugares de diversão: “Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. [...] O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 380).
A dança e os ambientes sociais como boates e outras casas noturnas são contrários ao princípio da pureza cristã, uma vez que excitam as paixões humanas, a luxúria e sedução. A dança é ainda comumente acompanhada do estímulo ao uso de bebidas alcoólicas, de drogas, da prática de violência e comportamento desenfreado. Sua promoção e prática não se harmonizam com os princípios cristãos adventistas, nem mesmo em um contexto particular, residencial, ou em atividades espirituais e sociais realizadas pela igreja.
A recreação através da música, seja ela religiosa ou não, também deve passar pelos critérios bíblicos da glorificação a Deus e qualidade do material em questão. Uma discussão detalhada desse assunto tão importante aparece nos documentos: “Filosofia Adventista do Sétimo Dia com Relação à Música”; e “Orientações com Relação à Música para a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul”, que você acessa clicando aqui.

5. Vestuário.

O vestuário cristão é claramente orientado nas Escrituras pelo princípio da modéstia e da beleza interior que implicam bom gosto com decoro. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que os princípios acerca do vestuário que aparecem em 1 Timóteo 2:9 e 10 e 1 Pedro 3:3 e 4, em relação às mulheres cristãs, se aplicam tanto a homens como a mulheres. O cristão deve se vestir com modéstia, decência, bom-senso, evitando a sensualidade provocativa tão comum da moda, e sem ostentação de “ouro, pérolas ou pedras preciosas, ou vestuário dispendioso” (1Tm 2:9).
Esse princípio deve aplicar-se não apenas a roupas, mas a todas as questões que envolvem a aparência pessoal e seus enfeites. Tudo deve evidenciar a riqueza do “homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1Pe 3:4). “O caráter de uma pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário. Um gosto apurado, um espírito cultivado, revelar-se-ão na escolha de ornamentos simples e apropriados. [...] É justo amar e desejar a beleza; Deus, porém, deseja que amemos e procuremos primeiro a mais alta beleza – aquela que é imperecível. As mais seletas produções da perícia humana não possuem beleza que se possa comparar com a beleza do caráter, que à Sua vista é de grande preço” (Ellen G. White, Educação, p. 248, 249).

6. Joias e ornamentos

Os princípios bíblicos da modéstia e da beleza interior, que aparecem em 1 Timóteo 2:9 e 1 Pedro 3:3, deixam bem claro que o cristão deve abster-se do uso de joias e de outros ornamentos, como bijuterias e piercing, e de tatuagens (Lv 19:28). Segundo a exortação bíblica, o cristão deve levar uma vida simples, sem ostentação, evitar despesas desnecessárias e estar livre do espírito de competição tão comum na sociedade. Esses princípios se aplicam às joias ornamentais. As joias funcionais, usadas segundo o contexto sociocultural, também devem seguir os mesmos princípios. Para o cristão, a autoestima e a valorização social estão fundamentadas no fato de o ser humano ter sido criado à imagem de Deus (Gn 1:26, 27); de cada individuo ser dotado de dons e talentos que lhes são únicos (Mt 25:14-29); e, sobretudo, por ele ter sido resgatado do pecado pelo mais alto preço possível no Universo, o precioso sangue de Cristo (1Co 6:20).
A busca de autoestima e valorização social por meio do uso de joias ou ornamentação externa conflita com a profunda experiência cristã que Deus deseja para Seus filhos e filhas (1Tm 2:9, 10; 1Pe 3:3, 4). Apesar de vários personagens bíblicos terem usado joias, o texto bíblico deixa claro que o seu abandono caracteriza um movimento de total reavivamento e reforma espiritual do povo de Deus (Gn 35:2-4; Êx 33:5, 6). É nesse contexto de reforma e reconsagração que os apóstolos Paulo e Pedro apontam a norma a ser seguida pelos discípulos de Cristo. Para os Adventistas do Sétimo Dia, essa norma deve ser ainda mais relevante, visto que nossa missão como o Elias profético nestes últimos tempos significa também simplicidade no vestuário (Mt 11:7-10; Mc 1:6; Lc 7:24-27). “Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de joias e ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 366).

7. Sexualidade humana

A sexualidade humana é apresentada na Bíblia como parte da imagem de Deus na humanidade (Gn 1:27), e foi planejada por Deus para ser uma bênção ao gênero humano (Gn 1:28). Desde o princípio, Deus estabeleceu também o contexto em que ela deve ser exercida – o casamento entre um homem e uma mulher (Gn 2:18-25; Hb 13:4). A Bíblia deixa claro que a sexualidade deve ser exercida com respeito, fidelidade, amor e consideração pelas necessidades do cônjuge (Pv 5:15-23; Ef 5:22-33).
O fiel adventista deve evitar também o jugo desigual, relacionando-se afetivamente e unindo-se em matrimônio somente com alguém que compartilhe sua fé (2Co 6:14, 15). As Escrituras claramente classificam como pecado as diferentes formas de sexo fora das diretrizes divinas, como:
o sexo pré-marital e a violência sexual (Dt 22:13-21, 23-29);
o adultério ou sexo extraconjugal (Êx 20:14; Lv 18:20; 20:10; Dt 22:22; 1Ts 4:3-7);
a prostituição, feminina ou masculina (Lv 19:29; Dt 23:17);
a relação com pessoas da mesma família ou crianças (Lv 18:6-17; 20:11, 12, 14, 17, 19-21);
a relação entre pessoas do mesmo sexo (Lv 18:22; Lv 20:13; Rm 1:26, 27);
o travestismo (Dt 22:5);
e a relação sexual com animais (Lv 18:23; Lv 20:15, 16).
As Escrituras também condenam:
o assédio sexual (Gn 39:7-9; 2Sm 13:11-13);
o exibicionismo sensual (Ez 16:16, 25; Pv 7:10, 11);
manter pensamentos e desejos impuros (Mt 5:27-28; Fp 4:8);
a impureza e os vícios secretos, como a pornografia e a masturbação (Ez 16:15-17; 1Co 6:18; Gl 5:19; Ef 4:19; 1Ts 4:7).
O argumento comum de que muitos desses comportamentos sexuais não eram aceitos na antiguidade, quando a Bíblia foi escrita, mas que hoje são socialmente aceitos e, portanto, podem ser até mesmo praticados pelos cristãos, demonstra falta de conhecimento da realidade entre os povos vizinhos do antigo Israel. O próprio texto bíblico é bem claro nessa questão. Levítico 18 diz que essas práticas eram comuns e aceitas no Egito e, mais ainda, na terra de Canaã (Lv 18:3, 24, 25, 27).
Deus condenou essas práticas, apesar de serem aceitas na antiguidade. Os israelitas deveriam viver segundo outro modelo de comportamento sexual, ou seja, o que está explícito nos mandamentos de Deus (Lv 18:4, 5, 26, 30). No entanto, para aqueles que sofrem tentações ou que têm sucumbido em qualquer área do comportamento sexual, a promessa de vitória em Deus é animadora: “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13); “não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6). “Os que põem em Cristo a confiança não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar contra o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer mediante o poder que Ele está disposto a nos comunicar” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 175, 176).

8. Saúde

O corpo humano é o templo do Espírito Santo e o cristão deve glorificar a Deus em seu corpo (1Co 3:16, 17; 6:19, 20; 10:31). O cuidado do corpo e da saúde faz parte da restauração da imagem de Deus no homem: “Deus deseja que alcancemos a norma de perfeição que o dom de Cristo nos tornou possível. Ele nos convida a fazer nossa escolha do direito, para nos ligarmos com os instrumentos celestes, adotarmos princípios que hão de restaurar em nós a imagem divina. Na Sua palavra escrita e no grande livro da natureza, Ele revelou os princípios da vida. É nossa obra obter conhecimento desses princípios e, pela obediência, cooperar com Ele na restauração da saúde do corpo bem como da alma” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 114, 115).
Em Sua Palavra, Deus deu orientações claras acerca de comida (Gn 1:29; 3:18; 7:2; 9:3, 4; Lv 11:1-47; 17:10-15; Dt 14:3-21) e bebida (Lv 10:9; Nm 6:3; Pv 20:1; 21:17; 23:20, 29-35; Ef 5:18). A dieta vegetariana é o ideal de Deus para o ser humano (Gn 1-3) e também a abstinência de qualquer tipo de bebida alcoólica e de tudo que seja prejudicial à saúde humana, como bebidas cafeinadas e drogas (Êx 20:13; 1Co 3:17; 6:19; 10:31). As boas coisas que Deus criou para o ser humano devem ser usadas com equilíbrio e sabedoria (Pv 25:16, 27). As coisas más devem ser totalmente evitadas.
Alimentação adequada e abstinência de tudo que é prejudicial à saúde são dois dos oito remédios naturais que Deus prescreveu para a manutenção de uma vida saudável e equilibrada e para a cura de muitas doenças e sofrimento: “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino – eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais e da maneira de aplicá-los. [...] Aqueles que perseveram na obediência à suas leis ceifarão galardão em saúde de corpo e de alma” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 127).
Conclusão

As recomendações apresentadas neste documento são conselhos e orientações a serem seguidos com oração, como resultado de profundo relacionamento pessoal com Deus, na busca de Suas verdades e de Sua presença na primeira hora de cada dia. Elas não devem ser usadas como um elemento de crítica ou julgamento de outros, mas como apoio para a vida pessoal. A Palavra de Deus e os conselhos divinos que nos foram transmitidos pelo ministério profético de Ellen G. White nos exortam, como Adventistas do Sétimo Dia, a viver um estilo de vida que seja uma resposta de amor à bondade, à graça e ao infinito amor de Deus por nós. O fruto do Espírito deve permear todas as dimensões do nosso viver, proporcionando equilíbrio entre os aspectos interiores do ser e os exteriores do fazer. O resultado disso será nossa própria felicidade e bem-estar, e o desenvolvimento da nossa salvação em todos os aspectos desejados por Deus. E, por fim, estaremos lançando uma das bases fundamentais para o cumprimento de nossa missão profética, esperando em breve ouvir dos lábios do próprio Jesus: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21).

Fonte - Reavivamento e Reforma

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Mulheres: o que não vestir



Em 1 Timóteo 2:9, o Senhor oferece três orientações que ajudam as mulheres cristãs a descobrir o que usar e o que não usar: “As mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição.” Vamos examinar essas três diretrizes para nos ajudar a assegurar que nossos looks estão em boa ordem, devidamente arrumados e prontos para mostrar Cristo.

É conveniente ou inconveniente? Kosmio é a forma descritiva do substantivo grego kosmos (colocar em ordem, balancear, enfeitar ou decorar), que está relacionada com a palavra “cosmos” – universo. Os gregos entendiam que o universo deve ser um ordenado, integrado e harmonioso todo. Kosmos é o oposto do caos. Assim, quando Paulo disse para as mulheres que seu adorno deveria ser kosmio, quis dizer que, como o universo, todas as peças devem ser dispostas de forma harmoniosa com as outras partes. Deve ser “conveniente”, isto é, apropriado ou adequado. Dado o contexto, creio que Paulo estava querendo dizer que nosso adorno deveria ser decente numa série de níveis diferentes.

Em primeiro lugar, a roupa deve ser apropriada, adequada e coerente com sua característica de filha de Deus. Mas também deveria ser apropriada ao seu tipo de corpo, apropriada para sua feminilidade, apropriada para seu marido, apropriada para as outras roupas que você está vestindo, e apropriada para a ocasião e o lugar em que você pretende usá-la. Há uma quantidade tremenda de orientação nesta pequena palavra: conveniente. Ela desafia você a avaliar suas roupas, sapatos, bolsas, maquiagem e cabelo de vários ângulos como parte do conjunto harmonioso e integrado de toda a sua vida – para alinhar visível com o invisível e o temporal com o eterno. Ela desafia você a trazer uma perspectiva cósmica a ser considerada em suas decisões cotidianas.

Gosto da palavra que Paulo escolheu. Ela tem implicações enormes. Kosmio significa que o look de uma mulher cristã deve ser consistentemente definido, por dentro e por fora. Isso desafia aqueles que colocam uma ênfase excessiva na aparência externa, bem como aqueles que negligenciam sua aparência pessoal. É um corretivo para as mulheres que se vestem de maneira extravagante. É um corretivo para aquelas que se vestem sedutoramente. Mas também é um corretivo para aquelas que pensam que “santo” significa desmazelado, feio, não feminino e fora de moda. “Conveniente” mostra que andar de jeans largado e camisetas o tempo todo é tão inadequado quanto ser obcecada por roupas estilosas. Isso significa que a aparência de uma mulher deve ser bem definida. Deve ser agradável e atraente – por dentro e por fora.

É decente ou indecente? A segunda palavra, aidous, baseia-se no termo grego para “vergonha” e “desgraça”. A palavra é uma mistura de modéstia e humildade. Quando penso numa palavra que personifica esse conceito, eu penso numa aproximação de Deus com reverência. Trata-se de uma sensação de deficiência, de inferioridade ou indignidade. Sugere vergonha, mas também um sentimento correspondente de reverência e de honra para a autoridade legítima. É o oposto de insolência, imprudência, desrespeito ou ousadia. Olhar cabisbaixo é o oposto de um olhar desafiador.

Então, vestir-se com reverência significa que você está constrangida? Não. Significa que sua roupa diz a verdade sobre o evangelho. Sua roupa mostra ao mundo que Jesus cobre a sua vergonha e a torna decente. Suas roupas cobrem sua nudez como a roupa de Cristo cobre o seu pecado.

Vestir-se com reverência significa que você escolheu as roupas que são decentes aos olhos dEle, não roupas que são provocantes, sedutoras e que valorizam a nudez. Quando se veste decentemente, você reconhece que Deus ordenou que roupas são para cobrir, e não para chamar a atenção para sua pele nua. Você se veste de respeito por Ele, pelo evangelho, pelos irmãos em Cristo – e por respeito a quem Ele fez você para ser. Decência significa que você concorda com o Senhor sobre o verdadeiro propósito de se vestir e deixa de lado o seu próprio interesse para se vestir de uma forma que exalte Cristo.

Então, naquele vestiário, tentando entrar naquela saia, tenha tempo para se sentar, dobrar-se e esticar-se na frente do espelho, e pergunte a si mesma: Esta saia é decente? Ele faz o que deveria fazer? Será que irá me cobrir devidamente? Será que vai ajudar a mostrar minha nudez – ou vai exaltar o evangelho de Cristo?

É moderada ou excessiva? A última coisa a se perguntar sobre a roupa é se é moderada ou excessiva. Paulo usa a palavra grega sophrosunes. Significa “uma mente sã; que inibe desejos e impulsos, autocontrolada, sóbria”. A palavra indica que nosso adorno deve ser razoável e não louco. Devemos controlar nossos impulsos e evitar os extremismos da moda, penteados e maquiagem. Também devemos evitar gastar loucas quantias de dinheiro ou lotar nossos armários com uma quantidade insana de roupas. Devemos governar nossas escolhas de vestimenta com um sentido de moderação, simplicidade e autocontrole. Se a roupa é extremamente louca, insanamente cara ou se é loucura por você estar comprando outra, então você deve ignorá-la.

Entender o propósito das vestimentas e perguntar a si mesma as três questões – É conveniente? É decente? E é moderada? – vai ajudar você a descobrir como se vestir. E não se esqueça de incluir o seu “Ajudador” no processo. O Espírito Santo é uma inestimável fonte de ajuda quando se trata de descobrir se sua aparência glorifica ou não a Deus. Se seu coração é reto e você busca Sua orientação, Ele será seu consultor pessoal de estilo e vai ensinar o que e o que não usar.

(Mary Kassian, via Megaphoneadv)

sábado, 28 de abril de 2012

Jóias: Qual é o Limite?


Estou intrigado pelos inteligentes oxímoros. Um oxímoro é uma declaração de um par de palavras que se contradizem, tais como luz negra ou lindamente feia. Alguns de meus favoritos, um tanto humorísticos são "inteligência militar", "justiça criminal", "desordem civil", e "música rap" (ouvi que isso nem mesmo se parece com música). Alguns oxímoros são mais sérios, como "pecado pequeno (pecadinho)", "boato inocente", e "sexo pré-marital seguro".

Alguns anos atrás, enquanto vagueava numa livraria cristã, aproximei-me de uma caixa de vidro em exposição, com um letreiro em cima "Jóias Cristãs". Pensei comigo mesmo, isto é outro oxímoro intrigante parecido como esse outro, "Rock Cristão". Como podem as jóias serem cristãs quando a Bíblia admoesta fortemente os crentes a não usá-las? Vemos claramente que, "Jóias Cristãs", é um conflito de termos.

Compreendo que este assunto tem sido acaloradamente debatido nos últimos anos, mas meu propósito não é colocar lenha na fogueira. Espero espalhar luz, não fogo. Meu desejo é que as pessoas fundamentem sua fé e prática na Palavra de Deus. As Escrituras definem claramente o assunto do adorno e aparência externa do cristão. Mas, infelizmente, muitas igrejas estão estranhamente silentes nesse tema.

As jóias têm sido descritas por alguns como um pequeno problema. Não duvido que alguém poderá estar pensando, "com todos os problemas da igreja, porque você quer enfocar alguma coisa tão insignificante e amplamente aceita por aí?". Bem amigos, lembrem-se do que Jesus disse: "O que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação". Lucas 16:15. Freqüentemente, as coisas que parecem pequenas na superfície, são as que tem maiores conseqüências. E creio que isto, também é verdade nesta questão.

Há perigos ocultos e sutis associados ao uso de jóias. Portanto, se você é um cristão convertido que procura saber como refletir melhor ao Senhor nestes últimos dias, por favor, mantenha sua mente aberta porque vamos raciocinar juntos nas Escrituras.

O Fruto, não a Raiz!

O poder do Evangelho começa no interior; transformando o coração, ainda que invisível aos olhos humanos. Mas logo em seguida ele continua a fluir e infiltrar-se em cada área da vida, produzindo evidentes mudanças externas. Exatamente como uma planta, a semente vem á vida debaixo da terra. Mas se a raiz é saudável, a planta logo se tornará visível e produzirá fruto acima do solo. Jesus disse que "pelos seus frutos os conhecereis". Mateus 7:20.

Note que ele não disse, que você os conheceria pelas raízes que crescem debaixo da terra. Ele disse o fruto, não a raiz! Deste modo, somos ordenados a estar atentos a evidência externa, visível de nossa fé.

Quando uma pessoa aceita a Cristo como seu Senhor, o Espírito Santo começa a impressionar o indivíduo a fazer adaptações dramáticas. As mudanças serão freqüentes quanto ao que estará sobre a mesa no lanche e sobre a televisão depois do jantar (de fato, Ele pode guiar alguns a abster-se da TV). De uma estante de livros até a despensa, Jesus deverá penetrar em toda a vida. Quando Ele está no coração, influencia todas a outras áreas.

Este é o ensino básico do cristianismo. ( apóstolo Paulo advertiu a Tito sobre aqueles que "professam conhecer a Deus, mas negam-no pelas sua obras". Tito 1:16. E Tiago é claro como cristal ao afirmar que um relacionamento enraizado em Jesus produzirá evidência externa. "Mas dirá alguém: Tu tens fé; eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tiago 2:18. Você não pode ser um cristão em seu coração, sem mostrar isso no seu exterior.

Embaixadores de Deus

Nós, a igreja, somos as mãos e pés, os olhos e a boca, e também, mesmo os ouvidos de Jesus no mundo de hoje. Somos o corpo de Cristo. Nosso Senhor falou, "Assim como o Pai me enviou, eu vos envio." João 20:21.

Temos sido enviados ao mundo, para demonstrar quem é Jesus e como Ele é. Através do Espírito Santo, nos tornamos Seus representantes para refletir sua imagem em tudo; desde o modo como falamos e trabalhamos, até a maneira como nos alimentamos e vestimos. Em II Coríntios 3:18, Deus diz que "todos nós... somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."

Há alguns anos atrás, escândalos vergonhosos envolveram vários evangelistas da TV bem conhecidos na América do Norte. Aqueles que se opunham a um cristianismo cheio de regozijo, zombaram da imoralidade e hipocrisia, exibidos na vida desses homens e suas mulheres que professavam pregar em nome de Jesus. Durante esse tempo trágico, a mídia secular freqüentemente se referia as suas roupas extravagantes e jóias vistosas, como prova que esses professos cristãos não eram genuínos. Estes inconstantes pregadores da TV até inspiraram um famoso músico norte americano, a escrever uma canção popular intitulada "Would Jesus wear a Rolex?" (Jesus usaria um Rolex?) Estou certo que os anjos choraram tanto quanto alguns líderes cristãos; devido a sua aparência indecente, tornaram-se alvo fácil para a perdição. De fato, é triste o dia quando os cristãos ganham uma medalha, pela abundância de adorno externo!

Exibindo nossa riqueza

Vamos dar uma olhada na origem das jóias. Foi Deus quem fez todo o ouro, a prata, e as pedras preciosas do mundo; e Ele pretendia ter um uso prático para elas. Visto que mesmo pequenas quantidades desses minerais são tão raros e valiosos, há muito tempo eles começaram a ser usados como moeda.

Com o passar do tempo, o povo começou a "usar" seu dinheiro a fim de impressionar os outros com sua riqueza. Quando os compradores iam ao mercado para comprar algum item caro, eles simplesmente tiravam um de seus anéis ou braceletes, e efetuavam o pagamento.

Depois que Rebeca deu a beber aos camelos do servo de Abraão; a Bíblia diz que eles pagaram a ela dessa maneira. "Quando os camelos acabaram de beber, o homem tomou um pendente de ouro, de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro." Gênesis 24:22.

Quando os filhos de Israel trouxeram uma oferta ao Senhor, para construir o tabernáculo, eles usaram as jóias que tinham recebido dos egípcios. Esse era o seu dinheiro. "Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração, trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos objetos de ouro. Todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor." Êxodo 35:22.

Não há nada de errado, obviamente, com o fato de ter dinheiro. Mas a questão é: Deus deseja que os cristãos usem suas riquezas para todos verem? É lógico que não. "Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." 1 Timóteo 6:10. Já que a cobiça é pecado, porque você tentaria um irmão ou irmã a cobiçar o seu dinheiro, que é ostentado a todo mundo? Qual seria o motivo para um cristão fazer isso?

A razão porque o ouro e as jóias são tão valiosas, é que elas são caras e raras nas minas da terra. Os anjos devem ficar admirados quando nos vêem usar jóias para significar valor e riqueza. No céu, ouro é usado como pavimento, e diamantes são as pedras nos muros daquelas mansões. Apenas pense nisto: Da perspectiva do céu, ouro é asfalto e diamantes são tijolos! Quão absurdo isso deve parecer aos seres celestiais, quando penduramos asfalto e tijolos em nossas orelhas e os enroscamos em volta de nossos dedos. Você não olharia duas vezes para alguém que entrasse na igreja, usando um bloco de asfalto pendurado e um anel de piche?

No evangelismo, tenho encontrado muitas pessoas sinceras que tem assistido nas igrejas populares, somente para irem embora desapontadas, porque perceberam um espírito de vaidade e exibição entre os membros. Estes genuínos perscrutadores dc Deus, entraram no santuário esperando sentir-se em casa na igreja, mas em lugar disso, encontraram extravagância da parte de quem eles não poderiam competir.

Quão feliz tenho sido ao oferecer a eles uma igreja, onde o rico e o pobre não ostentam seu status pelo uso fantasioso de roupas e jóias. Esses indivíduos se emocionam ao adorar, onde não sintam que são desprezados, se não estão na última moda. Espero que minha igreja permaneça sempre com a verdade bíblica neste assunto. Temos muito mais a perder de outro modo.

As Jóias Justificadas?

Os que procuram justificar o uso de jóias, normalmente citam histórias da Bíblia nas quais os filhos de Deus usaram ouro, prata , ou jóias. Por exemplo, as Escrituras relatam o assunto sem comentários, que José usou um anel e "um colar de ouro no seu pescoço" (Gênesis 41:42); que Saul usou um bracelete (II Samuel 1:10); que Mardoqueu recebeu um anel de Assuero (Ester 8:2); e que o rei Belssazar deu a Daniel um manto púrpura e colocou "uma cadeia de ouro ao pescoço" (Daniel 5:29).

Mas, lembre-se, apenas porque algo aparece na Bíblia não significa que Deus o aprova. As Escrituras simplesmente relatam com fidelidade a história do povo de Deus  incluindo todas as suas falhas. Noé bebeu vinho e ficou bêbado (Gênesis 9:20,21). Ló teve relações sexuais com suas filhas e engravidou-as (Gênesis 19:30-38). Judá pagou uma prostituta por uma noite, engravidou-a, e mais tarde descobriu que ela era sua nora (Gênesis 38:12-26). Não podemos admitir que Deus aprova tais práticas repugnantes, apenas porque esses incidentes são mencionados na Bíblia. Outras passagens da Escritura claramente nos falam que Deus condena o álcool, incesto, prostituição, e jóias como não produtivos para executar seus propósitos para a humanidade.

Uma história que é freqüentemente citada para justificar as jóias, é a do Filho Pródigo. Desde que o pai "colocou um anel em sua mão", alguns dizem assim: Deus quer que usemos jóias. Obviamente, como sabemos, esta parábola não é um comentário inspirado dizendo que os cristãos deveriam usar anéis. Além disso, o anel que o pai deu a seu filho, era mais parecido com um anel de sinete. Os anéis de sinete continham o selo da família. As pessoas usavam-nos para imprimir este selo singular sobre documentos oficiais. Era a assinatura da família. Antes que um ornamento para exibição, anéis de sinete eram uma ferramenta para legalizar documentos e eram normalmente usados sobre o dedo indicador.

Antes que o Filho Pródigo deixasse o lar, ele pediu a seu pai, para que desse sua parte da herança. Assim que ele recebeu seu dinheiro e seus bens, ele saiu de casa e gastou tudo "vivendo dissolutamente" (Lucas 15:13). Sem dinheiro e desamparado, o tolo pródigo mais tarde achou-se a si mesmo sem dinheiro, com fome, e escassamente vestido. Em desespero ele volta para casa, confiante na bondade de seu pai, para aceitá-lo como o menor dos servos. O pródigo, não almejava ser tratado como filho; ainda mais depois que desperdiçou metade das duras economias ganhas pelo seu pai.

Mas em vez de rejeição, seu pai demonstrou aceitação ilimitada. Ele substituiu os trapos do pródigo por uma roupa confortável e limpa, e pós sapatos em seus pés descalços. Ele satisfez seu filho enchendo seu estômago com uma festa! E ao filho que dissipou suas riquezas, o pai lhe deu um anel de sinete o talão de cheques da família com livre acesso a sua fortuna restante!

Por que ser uma Pedra de Tropeço?

Uma razão para não beber álcool, é porque uma pessoa em sete que o ingere, se tornará um alcoólatra. Mesmo que eu seja hábil para beber moderadamente, não quero que meu mal exemplo cause a ruma de outra pessoa, especialmente por alguma coisa tão desnecessária como bebidas embriagantes.

O mesmo princípio é verdadeiro sobre as jóias. Todos temos visto pessoas que se cobrem a si mesmas com ouro e jóias preciosas gemas aólicas se você preferir. A maior parte das pessoas que usam uma porção de jóias, não se dão conta do seu próprio valor. Elas esperam sentir-se mais valiosas por cobrirem-se a si mesmas com objetos caros. Outras crêem que não são atraentes e esperam aumentar a beleza exterior ao adornarem-se com belas pedras. Não podem controlar-se a si mesmas. Pensam que se um é bom, então dez será melhor. (Apenas para lembrar, nunca escutei um homem dizer: "Ela não é bonita? Apenas olhe suas jóias!"). Estou certo que todos concordarão que este é um ponto que nunca se terá o suficiente.

Bem, aqui está a grande questão. Qual é o objetivo? Se é certo para a mulher usar brincos, então quem dirá que é errado para o homem? Se um anel ou brincos são aceitáveis, então porque não 3 ou 4? Se um leigo pode usar jóias, porque não um clérigo? Se uma argola na orelha é totalmente certo, então o que há de errado com um osso no nariz?

Talvez você tenha notado a moderna mania de piercing no corpo. Quatro brinco 5 numa orelha e argolas no nariz com uma corrente entre elas. As pessoas estão agora usando piercing no corpo e argolas nas sobrancelhas, umbigos, línguas, e outros lugares que não podemos mencionar numa publicação cristã. Por que um cristão desejaria ser uma pedra de tropeço a alguém e encorajá-lo a usar alguma jóia? Isto é totalmente desnecessário. Especialmente para pessoas que estão se preparando para encontrar-se com Jesus.

Falando ao povo que vive no tempo do fim, o profeta Ezequiel adverte, "A sua prata lançarão pelas ruas, e o seu ouro será como imundícia. A sua prata e o seu ouro não os poderá livrar no dia do furor do Senhor. Eles não saciarão a sua fome, nem lhes encherão o estômago, porque serviram de tropeço da sua maldade." Ezequiel 7:19.

Se eu estiver usando alguma jóia, posso abrir as comportas da inconsistência pelo mau exemplo, e levar muitos a tropeçar. Se realmente amo meu irmão, porque deveria insistir em correr esse risco, por algo tão frívolo e desnecessário como as jóias?

Sempre que você estiver incerto sobre que rumo tomar num assunto espiritual, fique com a posição segura. Sei que no dia do juízo, Deus não condenará alguém por não usar jóias o suficiente. Desta forma a melhor coisa é não usar nada.

Modéstia e Humildade

O propósito original da roupa foi cobrir a nudez de nossos primeiros pais. Adão e Eva nunca sonharam em dependurar ouro ou prata sobre o corpo, para salientar suas folhas de figueira! As vestes eram modestas e protegiam a eles das mudanças climáticas. Algum dia Deus colocará uma coroa dourada de vitória sobre a fronte dos vencedores. Então, mesmo assim, os salvos removerão suas coroas de ouro na presença de Deus (Apocalipse 4:10,11).

Observe o que Deus falou ao profeta Isaías acerca de jóias e roupas vistosas. "Diz o Senhor: Visto que as filhas de Sião se exaltam, e andam de pescoço erguido, e tem olhares impudentes, e quando andam, como que vão dançando, e fazendo retinir os ornamentos de seus pés,... Naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares em forma de meia lua, os brincos, os braceletes, os véus, os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, as caixinhas de perfume e os amuletos, os sinetes e os anéis pendentes do nariz, os vestidos diáfanos, os mantos, os xales, as bolsas, os espelhos, as capinhas de linho, e as tiaras e as togas." Isaias 3:16-23. Mulher na profecia bíblica simboliza igreja. Nesta profecia, as mulheres (igrejas) foram severamente julgadas por causa do seu orgulho, que está ligado diretamente ao adorno externo.

Pelo fato de estarmos lutando contra o pecado e a tentação, agora não é o tempo certo para glorificar nosso exterior. O supremo alvo do cristão é atrair a atenção para Cristo, não para si mesmo. Decorando nossos corpos mortais com pedras e minerais brilhantes, normalmente o orgulho brotará, e isto é totalmente oposto ao espírito e aos princípios de Jesus. "Quem a si mesmo se exaltar será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será exaltado." Mateus 23:12.

O orgulho da própria aparência foi um grande fator na rebelião e queda de Lúcifer. Quando originalmente Deus criou Lúcifer como um anjo perfeito, ele deu muitas pedras preciosas como seu vestuário "o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda. Os teus engastes e ornamentos eram feitos de ouro" Ezequiel 28:13.

Infelizmente, Lúcifer escolheu apropriar-se dos dons de Deus. Cheio de orgulho, ele decidiu que era belo o suficiente para tomar o lugar de Deus no trono do Universo. "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezequiel 28:17. O orgulho levou a rebelião. A rebelião trouxe a guerra no céu. E a guerra no céu trouxe o pecado para a terra.

Desde que Adão e Eva caíram cm pecado, nós humanos, temos que lutar com a mesma natureza pecaminosa que tem o orgulho em sua raiz. Deus, por isso, ordenou-nos a não usar jóias. Em nossa condição pecaminosa, não estamos mais aptos a resistir a tendência ao pecaminoso orgulho, do que foi Lúcifer. Quando nosso corpo físico for transformado na Segunda Vinda de Jesus, não seremos mais tentados a pecar. Unicamente então, Jesus considerará seguro colocar uma coroa de ouro em nossa cabeça.

Enquanto isso não acontece, faremos bem em seguir o conselho dado ao apóstolo Paulo, no tema do adorno. "Quero que, do mesmo modo, as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos dispendiosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras." I Timóteo 2:9,10.

Pobres "Investimentos"...

Cristãos são fiéis administradores, que confiam a Deus seus cuidados. Alguns por ai, exibem tantas pedras preciosas que, se fossem vendidas, poderiam construir uma igreja inteira num campo missionário. Nosso dinheiro deveria ser gasto para disseminar o Evangelho na prática, de modo eficaz. O Senhor pergunta, "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o produto do seu trabalho naquilo que não pode satisfazer?" Isaias 55:2 (Veja também Mateus 6:19-21).

Sem dúvida você encontrará exemplos brilhantes entre membros da igreja (e dentro de algumas igrejas) onde o dinheiro tem sido desperdiçado em extravagâncias inúteis. Confesso que também tenho sido culpado disso. Mas uma inconsistência não justifica outra. O dinheiro de Deus não deveria ser gasto em ouro e diamantes vistosos, ou mesmo em bijuteria barata. Todas as jóias se derreterão quando Jesus vier, e eu vou preferir não usar alguma quando isso acontecer!

A Bíblia chama de tolos tais "investimentos" em Tiago 5:3: "O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram. A sua ferrugem dará testemunho contra vós, e devorará a vossa carne como fogo. Entesourastes nos últimos dias." As únicas preciosidades que irão para o céu serão pessoas transformadas.

Pequenos Ídolos

Quando apresento a verdade bíblica a respeito das jóias, raramente ouço queixas daqueles que são recém-convertidos. Mas alguns outros, que tem estado na igreja durante anos, freqüentemente ficam amuados e argumentam, "Doug, isto é uma coisa tão pequena!". Minha resposta é, "se é uma coisa tão pequena, então porque é tão difícil para você abandonar isto?". Um pouco de ouro ou prata podem se tornar num grande ídolo.

Talvez a mais espantosa demonstração deste fato, foi a experiência dos Israelitas com o bezerro de ouro. A Bíblia registra: "Disse-lhes Arão:

Tirai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo tirou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxe a Arão. Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro e dele fez um bezerro de fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito." Êxodo 32:2-4.

Quando os filhos de Israel passaram a salva da oferta, eles tinham jóias suficientes para fazer um pequeno bezerro. Temo que se passassem a salva hoje em algumas igrejas daqueles que professam seguir a Palavra de Deus, teríamos jóias suficientes para fazer um grande búfalo de ouro!

Depois da experiência do bezerro de ouro, Deus ordenou que o povo removesse suas jóias para que não fossem consumidos. "Pois o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És um povo de dura cerviz. Se por um momento eu subir no meio de ti, te consumirei. Tira, pois, de ti os atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer. Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe." Êxodo 33:5,6.

Note o perigo semelhante que Deus adverte a Seu povo, que vive nos últimos dias: "Naquele dia os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, e meter-se-ão pelas fendas das rochas, e pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa do esplendor da sua majestade, quando ele se levantar para sacudir aterra." Isaias 2:20,21.

Vestindo-se de acordo com a Ocasião

Houve uma época, quando Deus não reagiu quanto ao uso de jóias e outros males, tais como escravidão e poligamia. Isto não significa que Ele aprovava essas práticas, mas porque Seu povo tinha maiores problemas para resolver. Esses outros seriam resolvidos no devido tempo.

Atos 17:30,31 nos diz: "Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todos os lugares se arrependam." Por quê? "Pois determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou. Ele disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos."

Estamos vivendo nos dias imediatamente anteriores a Vinda de Jesus um tempo em que a Igreja está sendo julgada. "Pois já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus." 1 Pedro 4:17.

Como uma ilustração do processo de julgamento, Deus deu a Seu povo o Dia da Expiação. Ele caia no décimo dia do sétimo mês no ano judaico e era um solene dia no qual o Senhor santificaria e julgaria os filhos de Israel. Na preparação, o povo se conduzia num completo exame pessoal. Estavam repletos com uma atitude de confissão, arrependimento, e humildade. "Porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso Deus. Toda pessoa que nesse dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo." Levítico 23:28,29.

No Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote que normalmente usava um peitoral com pedras preciosas e finas vestimentas que simbolizavam as glórias do céu trocava suas vestes para uma roupa simples de linho branco. Este seu propósito (com respeito a roupa simples) é que deveríamos imitar, porque vivemos no Dia da Expiação Profético. Assim como foi exigido a todo o acampamento de Israel que se purificasse e mudasse suas roupas no Dia do Juízo, também nós que vivemos no tempo do juízo pré segundo advento, somos chamados a purificar nosso coração e nos separarmos de todas as influências pagãs.

Outras histórias bíblicas além dessa, ilustram como o povo mudou suas vestes, quando se preparavam para encontrar-se com Deus. Vejamos Gênesis 35:1-4: "Então disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali, e faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão. Então disse Jacó á sua família, e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes. Levantemo-nos, e subamos a Betel, onde farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho por onde andei. Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham nas mãos, e as argolas que lhes pendiam das orelhas, e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém."

Podemos aprender duas lições muito importantes desta história. Primeiramente, observe que os deuses estrangeiros e as jóias foram classificadas e enterradas juntas. A adoração pagã e as jóias sempre 'desfrutaram' de uma estreita associação. E para que Jacó e sua família entrassem em comunhão com Deus, eles tinham que abandonar tais influências. Assim Deus ordenou a Jacó para fazer não uma remoção temporária desses objetos, mas um enterro permanente.

Em segundo lugar, a palavra Betel significa:

"Casa de Deus". Estamos vivendo agora no tempo do juízo, e nos preparando para encontrar-se com o Todo-poderoso, na Sua Casa Celestial. Não é o tempo agora para adornar nosso exterior mortal. Antes de irmos para lá, Deus quer nos separar das coisas deste mundo, que comprometem nosso relacionamento com Ele. "Pelo que sai do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor. Não toqueis nada imundo, e eu vos receberei." li Coríntios 6:17.

Somos o Templo de Deus

A mais bela construção da antigüidade era o Templo de Deus construído pelo rei Salomão. Seu exterior era coberto com pedras de puro mármore branco. Muito interessante é notar que o ouro, estava no interior do Templo. A Bíblia diz que este é igualmente um bom modelo para os 'templos vivos'. "A beleza das esposas não seja o enfeite exterior, como o frisado de cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas a beleza interior, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus." 1 Pedro 3:3,4. Como o antigo Templo de Salomão, nosso ouro deveria estar no

Amigo(a), seu corpo foi feito por Deus à Sua imagem. Tentar melhorar a aparência humana, furando buracos nas orelhas ou narinas, e pendurar minerais inanimados; seria como tentar aperfeiçoar a perfeita beleza do Templo de Salomão soltando uma gangue de rua no mármore do pátio e ordená-los a pichar os muros com tinta spray. "E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós sois santuário do Deus vivente" II Coríntios 6:16.

Creio que os anjos viram o rosto e choram quando professos cristãos perfuram, marcam, acorrentam, mutilam, e tatuam seus corpos como um sacrifício aos deuses da moda e das manias. Deus claramente disse ao Seu povo: "Eles .. .nem farão incisões no corpo. Santos serão a seu Deus." Levítico 21:5,6. E se Deus disse que não deveríamos ferir nosso corpo, o que nos faria pensar que furar as orelhas é alguma coisa permissível?

"Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado." 1 Coríntios 3:16,17. Em essência, você não deveria fazer um buraco nesse mármore inestimável. Nossos corpos são para serem santos, não cheios de buracos.

Os princípios bíblicos contra o uso de jóias, tem sido uma benção á causa de Deus. Eles dão liberdade para os membros. O povo de Deus tem então mais dinheiro para gastar na disseminação do evangelho, e no suprimento das necessidades dos povos sofridos. Eles estão livres dos sentimentos de insegurança. Os homens não necessitam se preocupar.

sobre o anel que deram a esposa ou namorada, se é bonito o suficiente ou se dá uma boa afirmação social. E as mulheres não tem que investir um centavo de energia emocional na comparação de suas jóias com as das outras. O padrão de Deus tem sido uma tremenda bênção. e nos necessitamos manter isto assim!

A primeira impressão é a que fica

Duas mulheres simbólicas aparecem em Apocalipse cap. 12 e 17. Elas representam os dois grandes poderes religiosos que estão em conflito, por toda a história da igreja. Embora nenhuma das mulheres fale uma só palavra que seja, sabemos qual é a verdadeira e qual é a falsa. Como? O primeiro modo de a Bíblia identificá-las é: pela veste que estão usando.

Apocalipse 12:1 diz. "Viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça." A primeira mulher, que representa a Igreja de Deus, está usando uma luz natural. Sua igreja está vestida com a pura e não falsificada luz que Ele fez.

Por contraste, a segunda mulher, que representa uma igreja apostatada, está adornada com jóias e finas vestes. Sua beleza é externa e artificial. Apocalipse 17:4 fala que, "A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituiçao.

Obviamente estas coisas estão associadas com uma aparência do mal, e somos ordenados a "Abster-se de toda a aparência do mal" 1 Tessalonicenses 5:22.

Jesus mesmo mandou: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:16. A Palavra de Deus nos orienta para deixar nossa própria luz (não nossas jóias externas) brilhar tanto, que outros possam ver nossas obras (não nossas riquezas) e glorificar a Deus (não a nós mesmos).

Cristo é nosso exemplo

Também tenho sido questionado muitas vezes se não haveria problema em usar uma cruz. Bem, Jesus nunca pediu para usarmos uma cruz. Ele pediu para levarmos a cruz. Tomar nossa cruz e seguir a Jesus é muito mais desafiador que usar uma camiseta, um grande adesivo, ou uma pequena cruz dourada como propaganda frívola. Jesus disse que tomar a cruz significa, que como cristão você então, "negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me." Lucas 9:23.

Sempre que estiver em dúvida, pergunte: "O que faria Jesus?". Se seguirmos a Jesus, estaremos sempre a salvo. Pessoalmente, não posso imaginar meu Jesus furando Suas próprias orelhas, nariz, ou qualquer outra parte mesmo com o fim de pendurar pedras brilhantes em suas extremidades. O exemplo de Jesus nas Escrituras é continuamente de modéstia e simplicidade prática. Quando Ele foi crucificado, os soldados romanos dividiram Suas vestes entre si. Note que eles não tiraram a sorte por Suas jóias. Ele não possuía nenhuma. Em vez disso, eles tiveram que disputar Sua peça de roupa mais valiosa uma modesta túnica sem costura (João 19:23,24).

Eis uma mensagem que mostramos repetidamente: Quando amamos a Jesus, queremos seguir Seu exemplo. "Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou." 1 João 2:6

Mudança de Proprietário

Numa pequena cidade onde vivi, havia uma casa que era bem conhecida por sua aparência: tudo em ruínas. Ferro-velho, lixo, e uma mistura de sucatas espalhadas pelo pátio. A pintura descascando, janelas quebradas, e cachorros famintos no jardim eram um embaraço para toda a comunidade em volta. Então um dia, depois de voltar de uma longa viagem, andando pela cidade; fiquei aturdido pela dramática mudança que tinha ocorrido naquela infame casa. A velha pintura descascada tinha sido lixada e agora uma nova pintura embelezava as paredes. Janelas novas e limpas estavam no lugar das antigas, e todas as sucatas e ferro-velho tinham sido tiradas! O jardim foi limpo e coberto com novo gramado. Eu não podia deixar de perguntar o que causou a mudança. Instantaneamente descobri que a casa tinha um novo proprietário.

Todos nós de uma forma ou outra nos parecemos com a velha casa em ruínas. O pecado reinou em nosso coração, levando-nos à queda, impureza e confusão. Mas sempre que uma pessoa permite a Jesus entrar no coração, o processo de limpeza começa imediatamente. Jesus removerá aquelas coisas que manchavam a beleza interior do cristão, e as pessoas notarão a mudança externa.

Jesus deixou de lado Sua coroa, e Seu Trono Celestial quando veio ao nosso mundo, para nos salvar. Ele então, entregou Suas vestes terrenas quando morreu na cruz pelos nossos pecados. Seria muito para Ele, pedir a nós que tiremos nossos enfeites sem vida, para que possamos refletir melhor Sua pureza e humildade neste mundo perdido?

Como temos visto neste estudo, há muitas boas razões para os cristãos absterem-se de usarem jóias. Mas se eu tiver que escolher as duas melhores, escolheria estas: Amor a Deus, e amor ao nosso próximo.

"Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1,2. -- Doug Batchelor. Tradução: Udolcy Zukowski.~

http://www.jovemadventista.com/comportamento/joias_limite.htm
 

▲ TOPO DA PÁGINA