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domingo, 30 de agosto de 2015

Dormir de lado ajuda a limpar resíduos do cérebro


Dormir de lado ajuda a limpar resíduos do cérebro
A via glinfática do cérebro limpa compostos químicos que se acumulam no cérebro. Seu funcionamento é mais intenso durante o sono.[Imagem: Stony Brooks University]
Lixo cerebral

Dormir de lado, em comparação com dormir de costas ou de bruços, é a forma mais eficaz para remover o "lixo cerebral", resíduos que se acumulam pelo funcionamento normal do cérebro.

Por isso, o decúbito lateral pode ser uma técnica simples, mas importante, para ajudar a reduzir as chances de desenvolver Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurológicas.

"A análise nos mostrou de forma consistente que o transporte glinfático foi mais eficiente na posição lateral, em comparação com as posições decúbito dorsal ou ventral," disse Helene Benveniste, da Universidade Stony Brooks (EUA).

"Devido a esta conclusão, propomos que a postura corporal e a qualidade do sono devem ser consideradas quando da padronização de futuros procedimentos de diagnóstico de imagem para avaliar o transporte de CSF-ISF em seres humanos e, portanto, para a avaliação da limpeza das proteínas cerebrais prejudiciais que podem contribuir ou causar doenças cerebrais," defendeu a pesquisadora.

Rota glinfática

A equipe usou uma técnica de imageamento de ressonância magnética por contraste dinâmico para rastrear a rota glinfática do cérebro, um complexo sistema que remove resíduos e outros solutos químicos nocivos do cérebro.

Acredita-se que o acúmulo de resíduos químicos no cérebro possa contribuir para o desenvolvimento de doenças neurológicas.


"É interessante que a posição de dormir de lado já seja o mais popular entre os humanos e a maioria dos animais - mesmo os selvagens - e parece que adaptamos a posição lateral ao sono para limpar de forma mais eficiente nosso cérebro dos resíduos metabólicos que se acumulam enquanto estamos acordados," disse a professora Maiken Nedergaard, coordenadora da equipe.

Os resultados foram publicados no Journal of Neuroscience.

 Diário da Saúde

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cérebro possui "estações de rádio" transmitindo em várias frequências


Rádio Cérebro

Assim como ouvintes ajustam a sintonia de um rádio para captar estações diferentes, cientistas demonstraram que é possível sintonizar frequências precisas emitidas pelo cérebro.

Até agora, os cientistas têm focado suas pesquisas sobre as funções cerebrais no "onde" e no "quando" a atividade do cérebro ocorre."

O que nós descobrimos é que o comprimento de onda que a atividade cerebral emite proporciona um terceiro ramo essencial para a compreensão da fisiologia do cérebro," diz o Dr. Eric Leuthardt, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

Eletrodos no cérebro

Os pesquisadores usaram a electrocorticografia, uma técnica para monitorar o cérebro com uma grade de eletrodos implantada diretamente na superfície do cérebro, de forma temporária.

Eles usam essa abordagem para identificar a fonte de ataques epilépticos persistentes e que não respondem aos medicamentos e para mapear regiões do cérebro para a remoção cirúrgica.

Com a permissão dos pacientes, os cientistas agora usaram a grade de eletrodos para monitorar experimentalmente um espectro muito maior da atividade cerebral do que é feito normalmente quando se monitora as ondas cerebrais.

Frequências do cérebro

As ondas cerebrais são produzidas quando muitos neurônios disparam ao mesmo tempo.

A frequência desses disparos - quantas vezes eles ocorrem num determinado período de tempo - determina a frequência da atividade cerebral - ou seu comprimento de onda, que é medido em hertz, ou ciclos por segundo.

Estações FM, por exemplo, transmitem em frequências entre 88 e 108 MHz - milhões de ciclos por segundo.
Os equipamentos disponíveis permitiram aos cientistas monitorar as "transmissões cerebrais" em frequências de até 500 Hz.
"Um eletroencefalograma só pode monitorar as frequências até 40 hertz, mas com a electrocorticografia podemos monitorar as atividades até 500 hertz. Isso realmente nos dá uma oportunidade única para estudar a fisiologia completa da atividade cerebral," diz Leuthardt.

Detectando uma faixa de frequências maior, os cientistas conseguiram determinar a origem das transmissões com mais precisão, o que deverá permitir um mapeamento das funções cerebrais com uma resolução inédita.

Frequência e função

Leuthardt e seus colegas usaram essa sintonia da "Rádio Cérebro" para acompanhar a diminuição da consciência durante a ação da anestesia cirúrgica e o retorno da consciência, quando a anestesia começa a perder o efeito.

Eles descobriram que cada frequência dá informações diferentes sobre como diferentes circuitos cerebrais se alteram com a perda da consciência."

Algumas relações entre as frequências altas e baixas da atividade do cérebro não se alteraram, e nós especulamos que isso pode estar relacionado com alguns dos circuitos de memória," conta Leuthardt.


Outra descoberta é que o comprimento de onda dos sinais cerebrais em uma determinada região pode ser usado para determinar qual função essa região está realizando naquele momento.
"Historicamente nós juntamos as frequências da atividade do cérebro em um fenômeno único, mas nossos resultados mostram que existe uma diversidade real e uma não-uniformidade nessas frequências", conclui o cientista.

Via Diário da Saúde

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Cérebro tem alfabeto elétrico multicanal


Ritmo e temporização

Que o cérebro humano é um ilustre desconhecido poucos cientistas se atrevem a contestar.

Talvez por isso a área das neurociências seja tão desafiadora e cativante, tendo rendido descobertas recentes como a "música que o cérebro toca", que o cérebro possui "estações de rádio" transmitindo em várias frequências, assim como o fato de que ouvir música faz o cérebro inteiro se iluminar.

A última novidade é que as comunicações dentro do cérebro, que ocorrem pela troca de sinais elétricos através das sinapses, usam não apenas o ritmo dos disparos dos neurônios, mas também a temporização, ou a duração da pulsação desses sinais.

Pesquisadores da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA) e do Instituto Italiano de Tecnologia descobriram que o "alfabeto" do cérebro é um mix de taxa e temporização precisas dos pulsos elétricos entre os neurônios.

O estudo mostra que o sistema nervoso possui uma linguagem "multicanal" para formar o código neural, ou o alfabeto que processa a informação no cérebro.

Alfabeto do cérebro

Os sinais trocados pelos neurônios consistem em sequências de pulsos elétricos que viajam ao longo de canais de comunicação, os chamados circuitos neurais, que formam uma "fiação" do cérebro que é mais complicada do que parecia.

O que falta entender é que alfabeto estas sequências usam para transmitir as informações. Em outras palavras, o que compõe a linguagem do cérebro.

De acordo com o novo estudo, publicado na revista Current Biology, a informação está contida tanto na quantidade de pulsos, como na distribuição temporal precisa e detalhada dos pulsos.

O que já se sabia é que, para distinguir uma mensagem de outra, os neurônios variam a taxa com que disparam seus pulsos elétricos para seus vizinhos.

O que é novidade é que há também um código embutido na temporização de cada disparo, operando em uma escala de milissegundos.

Além disso, a equipe italiana descobriu que, ao contrário do que os cientistas pensavam até agora, a temporização dos disparos dos neurônios pode ter uma influência maior do que taxa de disparos, e que os dois códigos complementam um ao outro para formar uma mensagem mais rica em informações.

Cérebro multicanal

"Os dois sistemas de codificação, um baseado na taxa de disparo, e outro na temporização, dão origem a vários canais ao longo da mesma linha de transmissão," explica o Dr. Mathew Diamond, membro da equipe. "Se tomarmos o tato, por exemplo, o cérebro utiliza estes múltiplos canais para comunicar aspectos do estímulo - a intensidade do toque, a textura da superfície, a forma do objeto e assim por diante - o que não pode ser transportado por um único canal de comunicação."

E a temporização dos disparos neuronais transporta uma quantidade maior de informações porque os dados que podem ser codificados na variação temporal é maior do que apenas a quantidade de disparos pode conter.

Via Diario da Saúde

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Como tocar um instrumento beneficia o seu cérebro


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