
Recebi  outro dia uma carta dramática de uma garota que durante anos  desperdiçou a vida afundada no mundo das drogas e da promiscuidade. Os  pais dela sofriam muito. Choravam e suplicavam a Deus que operasse um  milagre na vida da filha. Com apenas 16 anos, ela fugira de casa à  procura de novos horizontes. Cinco anos mais tarde, estava completamente  prisioneira de uma série de circunstâncias. Irreversíveis, do ponto de  vista humano.
 
Era noite  fria do mês de junho, em São Paulo. As luzes de néon piscavam,  iluminando os nomes das boates e clubes noturnos de uma parte da cidade  denominada “boca do lixo”. Ali estava ela, parada numa esquina, tentando  vender o corpo para comprar um pouco de droga. O inferno de  sentimentos, lembranças e revoltas queimavam-lhe o peito. Sentia-se  injustiçada pela vida. Sozinha e esquecida por todo mundo.
→ Às vezes, Deus nos  permite correr e correr, até cair exaustos em alguma esquina da vida. Às  vezes, esta é a única maneira de lembrar que Deus existe: quando tudo  falha; depois de ter destruído a família, os sonhos e os ideais. Quando  só nos restam os cacos e os farrapos de um presente sem perspectivas. No  lixo da vida, a quem clamar, senão a Deus?
Foi isso o que a garota de nossa história  fez. Do fundo de um coração cheio de rancor e angústia, clamou e foi  ouvida. A história de sua conversão poderia ser relata como mais um  milagre de Jesus, no fim do século XX. Mas a carta relatava outro  incidente, capaz de chocar qualquer pessoa. Depois de meses estudando as  Escrituras, ela descobriu o plano que Deus tinha para sua vida. Aceitou  a Jesus como Salvador e batizou-se como orienta a Bíblia.
Era véspera de Natal, quando decidiu  retornar para casa e oferecer para mãe o maior presente que qualquer  filha poderia oferecer: abraçá-la e dizer: “Mãe, Deus operou um milagre  na minha vida. Você não terá que passar mais noites de lágrimas e  sofrimento pela filha extraviada. Jesus mudou minha vida, e hoje estou  aqui de volta ao lar.”
Viajou 1500 quilômetros até chegar à  pequena cidade que a vira nascer. Mas quando a mãe soube que ela havia  sido batizada numa igreja diferente da sua, quase gritou: “Você desonrou  a nossa família vivendo uma vida perdida. Trouxe opróbrio e vergonha e,  agora, como se tudo isso fosse pouco, você ainda me diz que traiu a  religião dos seus pais? Você renegou a tradição de sua família? Preferia  antes ver você drogada e prostituída do que ‘crente’.” “Mãe” – disse a  garota – “você não compreende? Eu não estou falando apenas de religião.  Estou falando de vida. Eu era uma pobre drogada e Jesus mudou a minha  vida! Você compreende?”
A mãe não compreendeu, e esse foi o  motivo da carta. A garota sentia-se incompreendida, e, dessa vez, não  foi ela quem fugiu de casa. Foram os pais que a expulsaram. Mas o que  tem tudo isso a ver com o Apocalipse? Muito, porque no capítulo 13  encontramos uma profecia que tem que ver com intolerância religiosa.  Fala-se da perseguição que os filhos de Deus sofrerão nos dias  antecedentes à volta de Cristo.
As duas grandes bestas

Nesse  capítulo, encontramos descritas duas grandes bestas. A primeira sai do  mar (Apocalipse 13:1); a segunda, da terra (Apocalipse 13:11). À  primeira, foi-lhe dado poder para pelejar “contra os santos e os vencer”  (Apocalipse 13:7). E a segunda proíbe que alguém possa comprar ou  vender se não tiver a marca da besta. (Apocalipse 13:17). Para você  compreender melhor, veja como João descreve a primeira besta:
 
“Vi emergir do mar uma besta que tinha  dez chifres e sete cabeças, e, sobre os chifres, dez diademas, e sobre  as cabeças, nomes de blasfêmias. A besta que vi era semelhante ao  leopardo, com os pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o  dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então, vi uma de  suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e  toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão  porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo:  quem é semelhante à besta?
Quem pode pelejar contra ela? Foi-lhe  dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para  agir quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmia contra Deus,  para Lhe difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no Céu. Foi-lhe  dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe  ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão  todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram  escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do  mundo”.
Você percebe, pelo que acaba de ler, que essa besta tem as seguintes características:
1. É um poder religioso e  recebe adoração dos homens. “Adorá-la-ão todos os que habitam sobre a  terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida”
2. Também é um poder político de alcance mundial. “Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação.”
3. Num momento da  História, perdeu o poder. Mas hoje impõe respeito e admiração mundial.  “Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida  mortal foi curada.”
4. Blasfema contra Deus. “Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias.”
5. Persegue o povo de Deus. “Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse.”
6. Seu poder dura 42  meses, que, em linguagem profética, equivale a 1260 anos (42 x 30 =  1260). “Foi-lhe dada autoridade para agir 42 meses.”
Aqui se fala de um poder que forçará a  consciência das pessoas para adorarem do jeito que ele estabelecer. E,  se você quiser descobrir quem é esse poder hoje, tudo o que precisa fazer é responder o seguinte:
1. Conhece você algum  poder que, além de ser religioso, tem uma influência política poderosa, e  cuja autoridade se faz sentir em cada tribo, povo, língua e nação?
2. Conhece você algum  poder religioso que, além de ter essa primeira característica, perdeu,  em algum momento da História, a força política e depois a recuperou? O  texto bíblico diz que “uma das cabeças foi golpeada de morte, mas essa  ferida mortal foi curada, e toda a Terra se maravilhou, seguindo a  besta”.
3. Onde você pode ver um  poder religioso respeitado e admirado por reis, príncipes, presidentes  da República e ministros de Estado?
4. Porventura tem esse  poder blasfemado contra Deus, ou, nas palavras de Daniel, “tentou mudar  os tempos e a lei” (Daniel 7:25)? Procure em sua Bíblia a redação da lei  de Deus, tal como Ele a entregou em Êxodo 20, e compare-a com a lei que  os seres humanos hoje conhecem. Depois responda: Quem mudou essa lei?
5. Tem esse poder  religioso perseguido pessoas, em algum momento da História, porque elas  preferiam obedecer à Bíblia e não à igreja?
Ninguém precisa convencê-lo de nada. É só  tomar a Bíblia, como está escrita, e responder a essas perguntas. Qual é  a sua conclusão? Para mim não é fácil escrever isto, porque a fé e a  consciência das pessoas são patrimônios sagrados. Você é a coisa mais  linda que Deus tem. Ele sabe que você é sincero naquilo que acredita. Eu  não tenho o direito de causar-lhe sofrimento, mas, por outro lado, você  acha que as verdades divinas para o tempo do fim devem permanecer  ocultas?
→ O que venho escrevendo não é apenas um assunto de religião ou de igreja. Deus tem Sua Igreja na Terra, é verdade. Mas, acima de tudo, o que está em jogo é a soberania do Criador.  Existe um conflito entre o inimigo – sempre acusando e tentando  desestabilizar o governo divino – e Deus, sempre convidando Seus filhos  para andarem à luz de Sua Palavra.
Esse é o motivo por que neste capítulo  praticamente me limito a transcrever o texto bíblico, rogando ao  Espírito Santo que ilumine sua mente para você chegar às suas próprias  conclusões. Não quero mencionar esta ou aquela igreja, este ou aquele  líder religioso. Quero apenas que você leia o que diz o registro  sagrado. Olhe ao seu redor. Veja os acontecimentos religiosos e  políticos, e tome uma decisão. Mas, por favor, deixe de lado o  preconceito. Tente analisar a Escritura Sagrada não apenas com o  coração, mas também com o raciocínio e com a mente analítica que  procura, sinceramente, conhecer a Verdade.
A segunda besta

Continuemos agora com a descrição que o Apocalipse faz da segunda besta:
 
“Vi ainda outra besta emergir da terra;  possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce  toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a  terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal  fora curada. Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu  faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre à  terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta,  dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta,  àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego  à imagem da besta, para que, não só a imagem falasse, como ainda  fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos,  pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, faz que lhes seja  dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte, para que  ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da  besta, ou o número de seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem  entendimento calcule o número da besta, pois é o número de um homem;  ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.”
Com esses versos em mente, analisemos as característica da segunda besta:
1. É um poder que, no  início, fala como cordeiro; mas, depois, fala como dragão. O cordeiro é  símbolo de Jesus. O sacrifício do Cordeiro é o centro do evangelho que  Cristo veio ensinar. Quer dizer que esse foi um poder cristão no início  de sua existência, mas depois algo aconteceu, pois passou a falar como  dragão.
2. Esse poder coloca  toda sua força a serviço da primeira besta. faz com que a Terra e os  seus habitantes adorem a primeira besta. Esse poder não exige adoração  para si, mas para a primeira besta.
3. É um poder que deslumbra. Faz até “cair fogo do céu” diante dos homens.
4. É um poder que além  de dar força á primeira besta, exige obediência a uma imagem desta.  Imagem é algo que se parece com o original, mas não é.
5. É um poder que dá força à imagem e até decreta a morte para os que não a adorarem.
6. Ordena colocar a  marca da besta sobre todas as pessoas, a fim de que aquele que não tiver  a marca não possa comprar, nem vender.
Para saber a quem simboliza a segunda besta, novamente é preciso se perguntar o seguinte:
1. Existe hoje algum  país poderoso que, no início de sua história, foi um país cristão,  estudioso da Bíblia, que defendia a liberdade de adorar a Deus segundo a  consciência de cada um? Ou seja, falava como cordeiro?
2. Existe hoje um país  poderoso que, havendo tido essa origem, com o tempo foi tornando-se um  país secular, quase berço de todo tipo de ideologias e filosofias que  não passam de “a voz disfarçada do dragão”?
3. Qual é hoje o país que dá mais força ao primeiro poder analisado neste capítulo?
4. Qual é atualmente o  país que deslumbra com sua tecnologia, com seu poderio militar e que a  História apresenta como o único país que um dia até se atreveu a fazer  cair, literalmente, “fogo do céu”, destruindo duas grandes cidades?
5. Até aqui é fácil  identificar esse país na própria Bíblia, porque todas as  características, de alguma maneira, estão sendo cumpridas. Mas a Bíblia  menciona ainda algumas outras características que se cumprirão num  futuro muito próximo.
a. Esse país escolherá um dia da semana como símbolo do primeiro poder mencionado neste capítulo.
b. Esse país exigirá que toda pessoa adore a Deus nesse dia, sob a pena de não comprar nem vender, caso não obedeça.
Como você pode ver, no capítulo 13 de  Apocalipse, é mencionado um poder religioso/político que, de alguma  forma, atribui a si prerrogativas divinas. No mesmo capítulo, fala-se de  um país poderoso, líder mundial, que usa todo o seu poderio para fazer  com que os seres humanos prestem adoração ao primeiro poder.
→ Muitos leitores podem  sentir-se chocados ao ler a palavra “besta”. “Besta” pode ser uma  palavra pejorativa ou insultante. Ela pode servir para ofender e  agredir. Mas não é nesse sentido que a profecia a usa. Profeticamente,  “besta” é símbolo de poder. E aqui estamos tentando identificar dois  tipos de poderes que agirão juntos no fim dos tempos para perseguir e  obrigar os homens a desobedecerem a Deus.
O número 666
O último verso de Apocalipse 13, diz  literalmente: “Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento  calcule o número da besta, pois é o número de um homem; ora, esse número  é seiscentos e sessenta e seis.”
Esse misterioso número – seiscentos e  sessenta e seis – tem criado muito tipo de especulação entre os  estudiosos da Bíblia. Para conhecer o significado desse número, é  preciso conhecer algo de numerologia bíblica. Diferentemente da  numerologia ocultista, que concede aos números poder para determinar o  rumo e destino das pessoas e coisas, a numerologia bíblica é apenas  simbólica.
O número sete, por exemplo, é símbolo de  perfeição. Impressiona-nos o fato de que Deus abençoou o sétimo dia da  semana e o reservou como sagrado, inteiramente pertencente a Ele. O  número sete é mencionado 323 vezes na bíblia e, em todas elas, refere-se  a Deus e Suas obras de misericórdia e de juízo. O número sete é símbolo  de Deus, de Seu poder e de Seu governo.
Já o número seis é mencionado 92 vezes na  Bíblia. Em todas elas se relaciona com o homem, sua natureza, suas  obras, sua herança e seu destino. Por exemplo: desde a criação, o ser  humano deveria trabalhar seis dias. O sétimo era de Deus. A Bíblia diz  que o homem foi criado no sexto dia, e a partir dali, o número seis foi  sempre símbolo do homem, e se relaciona com sua imperfeição. O ser  humano só seria perfeito relacionando-se com seu Criador, simbolizado  pelo número sete.
Sete é o número perfeito. Pertence a Deus  e, portanto, simboliza o ideal divino. Seis é símbolo daquilo que não  alcança a divindade. É símbolo do homem. Aproxima-se do número sete, mas  nunca poderá alcançá-lo. Existe um abismo enorme entre o homem –  identificado com o número seis da imperfeição – e o seu Criador,  identificado com o número sete, completo e perfeito.1
Portanto, se queremos identificar o  símbolo do número 666, não podemos fazê-lo levados pelo fanatismo  irracional e premeditado, tentando atribuir a essa ou àquela pessoa o  título da besta de Apocalipse 13. Existe um poder político/religioso, já  vimos. E esse poder é identificado, além de outras características,  pelo número 666.
→ É o número seis  repetido três vezes. Seis é o símbolo do homem, existe neste poder um  esforço humano desesperado e intensificado para alcançar a perfeição  divina. Pretende ser Deus, mas não o é. Atribui-se prerrogativas  divinas, mas não as tem. Exige dos homens adoração, mas não passa de um  poder humano. Pode fazer o que quiser; exigir o que desejar, mas não  passa de um ser humano.
É um engano que leva os homens a  aceitarem o humano em lugar do divino. Que tranqüiliza as consciências  dos homens, fazendo-os crer que servem a Deus, quando, na realidade, são  súditos do inimigo, que vem disfarçado de religioso.
Crescimento espiritual: uma decisão importante
A humanidade vive, sem perceber, seu grande momento de decisão, decidir demanda, muitas vezes, mudança de rumo. Decidir envolve, geralmente, a aceitação de novas verdades. Isto é crescer. E, como já dissemos, não há crescimento sem dor. Talvez por isso os seres humanos resistam ao crescimento. Crescer não é negar o passado. É, sim, tomar o passado como base para construir o futuro.
Outro dia, estava estudando a Bíblia com  um jovem universitário. Era um aluno inquieto, cheio de perguntas e  questionamentos. Com amor, abri a Bíblia diante dele, e deixei que a  Palavra de Deus respondesse as suas inquietudes espirituais. Seus olhos  abriram maravilhados diante de verdades que nunca tinha ouvido falar.  Contestava, refutava, racionalizava. Afinal de contas, o que estava  descobrindo vinha contra tudo aquilo que tinha aprendido deste criança.  Que diriam seus pais e avós se soubessem que eles estava questionando  muitas tradições herdadas da família?
De repente, vi seus olhos brilhando de  emoção. Sabia que o Espírito de Deus o estava perturbando. Havia uma  luta em seu coração. A verdade bíblica por um lado e a tradição e a fé  da família por outro. A mente de um lado e o coração de outro. O que  fazer? Olhou para mim e perguntou quase angustiado: “Quer dizer que  estive errado a vida toda?” “Não” – foi minha resposta – “Você não  estava errado, estava apenas crescendo.”
Imagine-se na escola primária. Lá, você  aprendeu a somar, subtrair, multiplicar e dividir. Mas a vida não parou  por ali. Depois você foi ao colégio secundário e aprendeu álgebra,  física, química e trigonometria. E a vida seguiu seu curso normal. Você  foi à universidade e estudou física nuclear, trigonometria espacial e  física quântica.
Pense agora: seria justo, estando na  universidade, voltar os olhos aos anos quando estava na escola primária e  dizer: “Quando estava na escola primária, estava errado.” Estava você  errado? Não. Estava apenas crescendo. Errado estaria se você chegasse ao  colégio secundário, o professor tentasse lhe ensinar álgebra e você  dissesse: “Não quero aprender, porque para mim basta somar, subtrair,  multiplicar e dividir.” Errado não é querer crescer. Errar é pensar que o que conhecemos em qualquer área da vida é suficiente.  Porque a verdade não tem limite. Cada dia se aprende. E aprender  significa crescer; e não existe crescimento sem dor. Talvez seja essa  razão por que as pessoas resistem ao crescimento.
O canguru de plástico
Quando meu filho fez o primeiro  aniversário, ganhou um canguru de plástico. Era um brinquedo barato, mas  se afeiçoou a ele de todo coração. Não deixava o brinquedo para nada.  Com ele ia à rua; com ele tomava banho; brincava e dormia. Os anos foram  passando, e o canguru já estava velho. Era um pedaço de plástico quase  sem forma, mas o garoto não deixava o brinquedo para nada.
Até que ele fez seis anos e chegou o  momento de ir para a escola. No primeiro dia, lá estava ele  uniformizado, com a mochila nas costas e o canguru nos braços. Foi  difícil explicar àquela criança que tinha chegado o momento de deixar o  canguru e partir para a escola. Dialogamos um bom tempo. Sua cabecinha  entendeu, mas seu coração não aceitava.
Por que será que nós os seres humanos  muitas vezes temos que viver neste mundo experiências semelhantes? A  cabeça compreende, mas o coração não aceita. Dói aqui dentro, mesmo  sabendo que é hora de partir em direção a um novo horizonte.
Havia lágrimas nos olhos de meu filho,  quando olhou para seu amado canguru. Ele simbolizava os anos  maravilhosos da inocência, da meninice, da despreocupação. Mas olhou  para mim e viu o pai querido sofrendo com ele. Eu também tinha lágrimas  em meus olhos, mas devia levar meu filho para a escola porque este era o  seu futuro. E os dois juntos, de mãos dadas, partimos para a conquista  de um novo horizonte.

Pode  você neste momento, confiar em seu Pai amado? Ele está sofrendo junto  com você. Ele conhece a dor de seu coração. Ele sabe a luta que você  esta experimentando quando seus olhos, de repente, abrem-se a verdades  que não conhecia, mas que estão ali, diante de você, nas Sagradas  Escrituras. Confie em seu Pai. Ele não falhará.
 
Alejandro Bullón, O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág. 95.
1. H. D. M. Spencer, edit. The Pulpit Commentary, Comentando Apocalipse 13:18.
Fonte: Artigo Extraído do Livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 34