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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Natal pagão? Jesus nasceu no dia 25/12?

sábado, 23 de dezembro de 2017

🎄🌟Comemorar o Natal é o mesmo que observar o domingo?


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A verdade sobre os Magos do Oriente e a Estrela de Belém


Ellen G. White, em O Desejado de Todas as Nações, no capítulo 6, "Vimos a Sua Estrela", pp. 33 a 38 e A Verdade Sobre os Anjos, p. 161, faz o relato do que aconteceu naqueles dias. Vejamos alguns trechos:
"Tendo nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está Aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-Lo”. (Mateus 2:1, 2)

Os magos do Oriente eram filósofos. Faziam parte de uma grande e influente classe que incluía homens de nobre nascimento, bem como muitos dos ricos e sábios de sua nação. Entre estes se achavam muitos que abusavam da credulidade do povo. Outros eram homens justos, que estudavam as indicações da Providência na natureza, sendo honrados por sua integridade e sabedoria. Desses eram os magos que foram em busca de Jesus. 

Pelas Escrituras hebraicas, os magos tinham aprendido acerca da Estrela que deveria surgir de Jacó, e com ardente desejo esperavam a vinda dAquele que seria não somente a "Consolação de Israel" (Lucas 2:25), mas uma "luz para alumiar as nações" (Lucas 2:32), e "salvação até aos confins da Terra" (Atos 13:47).

Os sábios haviam estudado as profecias e sabiam que se achava às portas o tempo em que Cristo deveria vir. Achavam-se ansiosamente aguardando por algum notável sinal deste grande evento, para que pudessem encontrar-se entre os primeiros a dar as boas-vindas ao Rei celestial e adorá-Lo. 

Estes sábios haviam contemplado os céus iluminados com a luz que irradiara dos mensageiros celestiais que anunciaram o nascimento de Cristo aos pastores de Israel. Depois que a multidão angélica retornara ao Céu, uma brilhante estrela aparecera. A aparência incomum da grande e luminosa estrela, que nunca antes haviam observado, pendente no Céu como que significando um sinal, atraiu a atenção dos magos, e o Espírito de Deus moveu-os a saírem à procura dAquele que viera do Céu para visitar o mundo caído.
"Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino." (Mateus 2:9)

Não era uma estrela fixa, nem um planeta, e o fenômeno despertou o mais vivo interesse. Aquela estrela era um longínquo grupo de anjos resplandecentes, mas isso os sábios ignoravam. Tiveram, todavia, a impressão de que aquela estrela tinha para eles significado especial. Consultaram sacerdotes e filósofos, e examinaram os rolos dos antigos registros. A profecia de Balaão declarara: 
“Uma Estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel." (Números 24:17) 
Teria acaso sido enviada essa singular estrela como precursora do Prometido? Os magos acolheram com agrado a luz da verdade enviada pelo Céu; agora era sobre eles derramada em mais luminosos raios. Foram instruídos em sonhos a ir em busca do recém-nascido Príncipe.

Em Belém, não encontraram nenhuma guarda real a proteger o recém-nascido Rei. Não havia a assisti-Lo nenhum dos grandes da Terra. Jesus estava deitado numa manjedoura. Os pais, iletrados camponeses, eram Seus únicos guardas. Poderia ser Este Aquele de quem estava escrito que havia de restaurar “as tribos de Jacó”, e tornar a “trazer os remanescentes de Israel”; que seria “luz para os gentios”, e “salvação [...] até à extremidade da Terra”? (Isaías 49:6). 
“E, entrando na casa, acharam o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram.” (Mateus 2:11)

Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da Divindade. Deram-Lhe o coração como a seu Salvador, apresentando então suas dádivas — “ouro, incenso e mirra”. Que fé a sua! Como do centurião romano, mais tarde, poder-se-ia haver dito dos magos do Oriente: “Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé” (Mateus 8:10).

Por meio dos magos, Deus chamara a atenção da nação judaica para o nascimento de Seu Filho. Suas indagações em Jerusalém, o despertar do interesse popular, e o próprio ciúme de Herodes, que forçou a atenção dos sacerdotes e rabis, dirigiu os espíritos para as profecias relativas ao Messias, e ao grande acontecimento que acabava de ocorrer.

Megaphone Adventista

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O nascimento de Jesus

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Bíblia e a Ciência deseja Feliz Natal aos leitores!


Jesus quer ser seu hóspede



Aquela noite parecia igual às demais, exceto pela agitação dos cansados viajantes que batiam à porta dos hotéis em busca de pousada. Algo de extraordinário, porém, estava prestes a acontecer que a colocaria definitivamente como o ponto divisor da história humana. Não tanto a data, mas o fato: o que ocorreria naquela noite teria uma dimensão única e inigualável.

As pessoas que acorriam à pequena Belém da Judéia iam motivadas pelo recenseamento decretado pelo imperador romano César Augusto. Estavam tão preocupadas com as coisas comuns da vida que não se davam conta da importância daquele momento.
O hoteleiro estava, como os demais, preocupado com os seus afazeres, os lucros do seu negócio. Quando aquele jovem casal chegou à sua estalagem, disse:
“Não há lugar para vocês.” Os quartos já deveriam estar todos ocupados, ou talvez, estivessem sendo reservados para hóspedes “especiais” que poderiam pagar mais do que aquele simples casal de camponeses.

Soubesse aquele comerciante o que estava prestes a ocorrer e lhes haveria providenciado o melhor quarto. Entretanto, de todos os que estiveram com ele naquela noite, os únicos nomes lembrados são os de José e Maria. E para eles não houve lugar na estalagem!

Como descreve um poeta, em letras magistrais, o Supremo Presente de Deus, concedido à humanidade, não foi acompanhado de pompa ou ostentação; pelo contrário, Deus O cercou de simplicidade e singeleza: 

“Nenhum estojo de prata
Nenhuma folha de papel Ele usou; Seu presente de Natal aos homens:
Dentro de uma manjedoura Deus colocou.
Nenhum fio de seda foi usado,
Para amarrar o presente de cima enviado.
Estava envolto em panos e amarrado
Com cordas do amor divino.”

É assim que o poeta se refere à suprema dádiva concedida por Deus à humanidade: o presente de amor que esvaziou os tesouros dos Céus e enriqueceu para sempre os homens.

O cenário não poderia ser mais simples e despretensioso. Foi ali na humilde estrebaria em Belém, não tão limpa e organizada como a vemos retratada nos presépios, que ocorreu um dos eventos mais sublimes de todos os tempos. Sua singular história nos fala a respeito do mais precioso presente de Deus, depositado em uma rude manjedoura.

Esse acontecimento não era mais um lance de marketing ou um “fruto” da mídia. Não! Não se tratava de um produto descartável do tipo “usa-se e depois se joga fora e o caminhão de lixo vem e leva tudo para o montão do nada”. Era o que havia de mais real, valioso e significativo. O dom de Deus nesse primeiro Natal não estava envolto em egoísmo. Era um donativo repleto de amor e completa renúncia.

A fim de conceder o maior de todos os dons, Deus esvaziou os Seus depósitos e esgotou os recursos do Céu. Deus não podia dar nada melhor. Nada mais havia que Ele pudesse dar. Deu-Se a Si mesmo.

“No Mestre enviado de Deus, o Céu deu aos homens o que de melhor e maior possuía. Aquele que tomara parte nos conselhos do Altíssimo, que habitara no íntimo do santuário eterno, foi o escolhido para, em pessoa, revelar à humanidade o conhecimento de Deus.” – Educação, pág. 73.

Novas de grande alegria

Apesar da indiferença de quase todas as pessoas e da cegueira dos líderes judaicos (não viram e não viveram a grandiosidade daquele momento), aquela noite memorável foi marcada pela alegria e indescritível júbilo.
As colinas de Belém se transformaram no palco da mais gloriosa cena. Durante aquelas horas caladas da noite, um grande séquito de anjos saudava com júbilo o nascimento do esperado Salvador.

Juntamente com alguns pastores de ovelhas (homens simples, dedicados aos trabalhos da vida rural) e com os três magos (homens estudiosos da Palavra de Deus, atentos às profecias), os anjos formaram a única comissão de recepção que saudou o Rei dos reis, o Senhor Jesus, quando Ele deixou a Sua glória e “habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).

Ao analisarmos os fatos, não sejamos por demais severos com aquele dono da hospedagem, ou com os governantes e lideres religiosos da época! Até porque a história se repete: as pessoas, hoje, estão preocupadas com presentes, roupas, festas, comilanças e bebedeiras como sempre; poucos, pouquíssimos, são aqueles que estão preocupados com o verdadeiro sentido do Natal!

Faz cerca de 2.000 anos, no primeiro Natal, não houve lugar para José, Maria e o Menino Jesus: Ninguém apareceu para hospedá-lO! Como sabemos, o momento mais aguardado em cada Natal é a Ceia; é quando as famílias se alegram e confraternizam em torno de uma mesa. Que tal receber Jesus como seu principal hóspede? Que tal dar-lhe o mais honroso lugar, à a cabeceira da mesa?

Hoje, tal qual ocorreu há 2000 anos, Ele está apenas à espera de alguém que lhe abra as portas – da casa, da vida e do coração – para que possa entrar trazendo paz e alegria: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Apocalipse 3:20, grifos acrescentados).

Vamos, o que você está esperando? Vai deixar lá fora – fora dos seus negócios, fora da sua casa, fora da sua vida e fora do seu coração? Lembre-se: Se Ele está à frente da porta, e porque quer entrar; se está batendo, é porque Ele tem pressa em entrar! 

Abra a porta, e faça do seu coração uma manjedoura – para receber o Senhor Jesus; pois, como um velho poeta acertadamente afirmou:

“Ainda que mil vezes Cristo em Belém nascesse,
Se Ele não nascer em ti, tua alma está perdida.
Oh! Dá-lhe um bom lugar,
Sim dá-lhe acolhida.
No íntimo da tua alma,
Lugar para Ele nascer.
Cristo virá outra vez então,
Aqui no mundo, no teu coração”. 

Elizeu C. Lira, Editor do IASD Em Foco. 

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Na Mira da Verdade – A Bíblia condena a comemoração do natal?

Afinal de contas, se Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, não está errado celebrar o natal?
O natal não é uma festa pagã, como fica isso?

domingo, 23 de dezembro de 2012

O Cristão e o Natal

sábado, 22 de dezembro de 2012

O que Ellen White fala sobre o Natal

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Natal, a verdade revelada sobre esta tradição anti-cristã

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um Feliz Natal Especial da Igreja Adventista Mundial

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Verdadeiro Significado do Natal


Mais um ano transcorreu e o mundo cristão comemora outro Natal. A propósito da chegada desta, que é tida por milhões como a mais linda, significativa e universal festividade do cristianismo, creio ser oportuno perguntar: Onde e quando se originou a tradição de celebrar o Natal? Qual foi a origem da árvore de Natal e do costume de trocar presentes? E ainda: Quem criou este curioso e interessante personagem — O Papai Noel — velhinho barbudo, bonachão e sorridente, tão querido de todos?

A grande maioria das pessoas não se detém a pensar por que crêem o que crêem, e por que fazem o que fazem, especialmente quando isto diz respeito à observância de costumes e tradições.

Por isso, muitos se surpreendem, outros se sentem chocados, e alguns até mesmo ofendidos, ao tomarem conhecimento da verdade ou dos fatos acerca do Natal.

O Natal é uma Festa de Origem Pagã

Como instituição religiosa, o Natal não tem fundamento na Bíblia, e sim no paganismo. Nem Jesus Cristo nem os apóstolos instituíram o Natal. Como costume, ele veio do paganismo, e foi introduzido na Igreja Católica por volta do século IV, baseando-se, portanto, na autoridade dessa igreja e não da Palavra de Deus.

“O Natal não se celebrava nos primeiros séculos da igreja cristã, já que o costume do cristianismo em geral era de celebrar, não o nascimento, mas a morte das pessoas importantes (por exemplo, a comunhão instituída por autoridade bíblica no Novo Testamento, é uma comemoração da morte de Cristo).”1

Mas no século IV, esta festa foi instituída em memória do nascimento de Cristo. Como não se sabia a data exata do nascimento do Senhor, no século V a igreja ocidental ordenou que ela fosse celebrada no mesmo dia da antiga festividade romana em honra do nascimento do sol. Desta forma Roma tornou o Natal uma festa obrigatória e oficialmente cristã.

Isto se deu quando o cristianismo deixou de ser perseguido e alcançou igualdade com o paganismo, mediante decreto de Constantino, primeiro imperador cristão. A igreja então cresceu e se tornou popular, com as “conversões” em massa ocorridas.

Dentre os costumes que os novos “conversos” trouxeram do paganismo, encontrava-se o da comemoração da Brumália, sua principal festa, no dia 25 de dezembro, em memória do nascimento do sol. Por amarem a Brumália, festa caracterizada por manifestações de alegria, alvoroço e frivolidade indecorosa, os outrora pagãos, decidiram não suprimi-la. Acomodaram-na ao título do nascimento do Filho de Deus, e preservaram-na dissimulada sob um nome cristão. Séculos mais tarde, já com o nome de Natal, esta festividade se estendeu ao protestantismo e ao resto do mundo, chegando assim até nós.

Nasceu Jesus no Dia 25 de Dezembro?

As evidências providas pelo registro evangélico do acontecimento nos levam a crer que Ele tenha nascido provavelmente num dia desconhecido do mês de setembro, e não no dia 25 de dezembro, conforme pretende a tradição popular.

O relato de Lucas 2:8, nos informa que quando os anjos anunciaram o nascimento de Jesus aos pastores, estes, na vigília da noite, velavam e guardavam seus rebanhos. Isto não poderia acontecer em dezembro, estação fria e chuvosa na Palestina. Era impossível que os pastores nessa época do ano permanecessem nos campos. E à noite, essa possibilidade era muito menor.

O mais tardar, até meados de outubro, os pastores traziam seus rebanhos do campo e os prendiam. Adam Clark, renomado comentarista bíblico, diz que era costume dos pastores trazer seus rebanhos ao começarem as primeiras chuvas, isto é, entre outubro e novembro. Uma vez que, segundo Lucas, os anjos, ao fazerem o anúncio do nascimento do Filho de Deus, encontraram os pastores velando seus rebanhos na vigília da noite, conclui-se que transcorria nesse momento o fim do verão ou o princípio do outono, o que assenta em bases bastante sólidas a convicção de que nosso Senhor tenha nascido provavelmente em setembro.

A Árvore de Natal

Declara Frederick J. Haskins, em seu livro intitulado Answers To Questions, que “a árvore de Natal vem do Egito, e sua origem é anterior à era natalícia”. Não deixa de ser um fato surpreendente e estranhamente significativo, o de que a árvore de Natal tenha sido concebida pelos egípcios, antes do nascimento de Cristo, e de que só em tempos posteriores foi associada ao mesmo!

Quem é Papai Noel

Papai Noel, personagem mítico, amado pelas crianças, é em sua origem, nada mais e nada menos que a contraparte fictícia de uma figura que existiu na realidade: o bispo católico de Myra, chamado São Nicolau.

A Enciclopédia Britânica diz: ”São Nicolau — bispo de Myra, santo venerado pelos gregos e pelos latinos no dia 6 de dezembro… Diz uma lenda que ele presenteou secretamente dotes às três filhas de um pobre cidadão… dando origem ao costume de obsequiar presentes em secreto à véspera do dia de São Nicolau (dezembro 6), data que depois se transladou ao dia de Natal (25). “2 Dali a associação do Natal e São Nicolau, ou seja, do Natal e Papai Noel; portanto, Papai Noel é o mesmo São Nicolau, bispo católico do século V.

Por Que Levaram Presentes a Cristo?

Levaram os magos, presentes a Jesus, por ser Seu aniversário? O estudo atencioso de Mateus 2:1-11, demonstra que não. Vemos ali que os magos chegaram vários dias ou semanas depois do nascimento do Filho de Deus. O verso 11 diz: ”entregaram-Lhe suas ofertas.” Qual o significado desse ato de homenagem?

Era costume antigo no Oriente levar presentes ao apresentar-se perante um rei. Os sábios do Oriente conheciam as Escrituras do Antigo Testamento, e com base nisso, sabiam que o nascido menino Jesus era o prometido “rei dos judeus”. Por isso levaram-Lhe presentes, como fez a rainha de Sabá ao visitar Salomão, e como fazem hoje aqueles que visitam chefes de Estado ou outras celebridades.

Oferenda ou Troca de Presentes?

Observe-se novamente que o verso diz: “entregaram-Lhe suas ofertas e não que trocaram presentes com os demais.

Conforme testemunho da Biblioteca Sacra, páginas 153 a 155, era costume dos pagãos na festa da Saturnália, intercambiar presentes entre amigos. Com o Natal, os cristãos tomaram esse costume dos pagãos, de acordo com a admoestação de Tertuliano.

Trocar presentes no Natal! Que há de cristão nessa prática? Honra a Jesus e Seu nascimento? Pensemos: Um amigo aniversaria. Pessoas comemoram o acontecimento trocando presentes entre si, esquecendo-se porém do aniversariante. Seria tal procedimento agradável e honroso para ele? De modo algum, visto ser absurdo. Mas é exatamente isto que o povo em todo o mundo, faz por ocasião do Natal. As pessoas dão presentes aos seus amigos mas se esquecem do seu maior Amigo — Jesus.

Que faz o povo, especialmente os abastados, nessa ocasião? Gastam milhões na satisfação do apetite, com ornamentações desnecessárias e com ostentações de vaidade e extravagância. Em muitos casos isto chega a ser pior do que lançar o dinheiro fora.

Eilen White sugere que se deveria instalar árvores de Natal nas igrejas e oferecer ao povo a oportunidade de nelas pendurar ofertas em favor dos necessitados e da obra missionária. Não é esta uma excelente sugestão, e fácil de ser posta em prática?

O Significado do Natal

Em face dos esclarecimentos, revelações, desmistificações, ou fatos e verdades precedentes, alguns poderiam julgar oportuna a pergunta: Como Igreja Adventista do Sétimo Dia, temos razões ou justificativas para comemorar o Natal, sendo esta uma festividade de fundo pagão e que honra a autoridade de Roma? Não seria melhor se abolíssemos de nosso meio as programações natalinas?

Tendo em mente o verdadeiro significado do Natal, penso que como igreja fazemos bem em observá-lo. Afinal, o nascimento de Cristo não foi um fato, uma realidade? E esse fato não é até agora o maior e mais sublime acontecimento da História? Não encerra ele a mais doce e mais preciosa mensagem de amor e esperança para cada ser humano? Não constitui o mais poderoso e comovente apelo ao coração humano, ao falar eloqüentemente do amor que veio para salvar, enobrecer e glorificar Suas pobres criaturas caídas em pecado? Então, por que não relembrar o nascimento de Cristo? Ao fazê-lo, expressamos como igreja, nosso gesto de simpatia e sociabilidade humana e cristã, ao mesmo tempo em que demonstramos equilíbrio e senso de oportunidade referente àquilo que promove o bem.

Reconhecemos, não obstante, que a sociedade professamente cristã de todo o mundo, no espírito e na prática desvirtuou o Natal, secularizou-o, materializou-o, adulterou seu significado, crendo e fazendo crer que o Natal seja meramente sinos repicando, luzes, cores, músicas alusivas ao evento, lindas árvores, Papai Noel, presentes, vendas altas e negócios lucrativos (onde o chamado “espírito do Natal” se’impõe não para honrar a Cristo, mas para vender mercadorias), e reunião ou reencontro de amigos e familiares, num clima emocional de cordialidade, boa vontade, sorrisos e acolhimento mútuo, e freqüentemente de conversações descontraídas e de gracejos vulgares, e até mesmo irreverentes e obscenos, onde não faltam os excessos e as extravagâncias no comer e no beber.

Em tudo isso, em todas essas coisas, não se fala nem se medita na pessoa de Jesus. Não se cogita acerca do propósito para o qual Ele nasceu. Não se procura captar o fato maravilhoso de que Ele veio para revelar o amor, a boa vontade e os pensamentos de paz do Pai, para com Seus pródigos e caídos filhos.

O cântico dos anjos na anunciação aos pastores foi: “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens”; no entanto, que contraste a realidade que o mundo apresenta hoje! Os homens de boa vontade se tornam cada vez mais raros, a paz se encontra a cada dia mais distante, e os homens buscam sua própria glória, em vez da de Deus.

Corações não se admiram do amor sacrifical do Pai, ao entregar Seu único filho para salvar inimigos; espíritos não se assombram ao considerar as profundezas a que Cristo desceu, renunciando à alteza, à glória e à majestade, para tornar-Se homem, a fim de redimir o que se perdera; e muitos não se sensibilizam com a simplicidade, a pobreza, a abnegação e a humildade manifestas pelo Filho de Deus e Filho do homem.

Tudo isso deixa claro que o Natal só tem sentido quando, de maneira individual, cada um faz do seu coração uma manjedoura para o Salvador, de tal forma que, como Lutero, possa chegar a dizer: “Tu, Senhor, és minha justiça, e eu sou o Teu pecado; tomaste o que era meu, e me deste o que era Teu. O que não foste Te tornaste, para que eu fosse o que não era.” Este é o verdadeiro significado do Natal. Busquemo-lo em nossa experiência.

Referências

1. Enciclopédia Americana de 1948.

2. Enciclopédia Britânica, vol. 19, págs. 648 e 649.

3. O Lar Adventista, págs. 481 e 482.

Texto de autoria do Pr. Deilson Storch de Almeida, publicado na Revista Adventista de Dezembro/1984.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Bíblia e a Ciência deseja a você Feliz Natal e Abençoado Ano 2012!

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Jesus, o melhor presente


“Todo o Céu estava interessado no grande acontecimento da vinda de Cristo à Terra. Mensageiros celestiais vieram tornar conhecido o nascimento do Salvador por muito tempo prometido e esperado, aos humildes pastores que cuidavam de seus rebanhos durante a noite, nas planícies de Belém. A primeira manifestação que atraiu a atenção dos pastores por ocasião do nascimento do Salvador foi uma luz fulgurante nos céus estrelados, que os encheu de espanto e admiração.” — Este Dia com Deus, [Meditações Matinais, 1980], pág. 358.


"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" João 3:16


Esse é o melhor presente que alguém pode receber.  E com ele vem muitas exclusividades: salvação(At 2:21; 4:12) perdão dos pecados (Ef 1.7), paz (Jo 14.27), amor (Rm 8.35), vida eterna (Jo 3.16), vida abundante (Jo 10.10), a garantia de uma herança (Ef 1.3,11,14) e um corpo novinho em folha, no futuro (1 Co 15.50-54).
Para receber esse maravilhoso presente, tudo o que você tem a fazer é concordar com Deus e admitir que você é pecador.
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo [o Messias] morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Você não gostaria de receber agora mesmo o presente da vida eterna que Deus tem para lhe dar? Basta aceitá-Lo. Será o melhor presente que você já ganhou na vida!Pense nisso.
por Bíblia e a Ciência

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Significado, Celebração e Data do Natal (Completo)

 Por Samuele Bacchiocchi
O Significado do Nascimento de Cristo
No mundo cristão, a celebração do nascimento de Cristo tem um significado muito maior do que a comemoração da Sua morte e ressurreição na Páscoa.
A história do nascimento de Jesus é contada apenas nos Evangelhos de Mateus e Lucas, sendo a preocupação dos escritores do Evangelho salientar o significado teológico do nascimento do Salvador do mundo, ao invés de fornecer os detalhes históricos do evento. Em contrapartida, todos os quatro Evangelhos dedicam quase um terço de sua narrativa aos acontecimentos da última semana da vida de Jesus.
No entanto, é o nascimento de Cristo que tem capturado a imaginação e o interesse do mundo cristão. Uma possível razão é que os nascimentos são eventos mais alegres e atraentes do que a morte. Nós celebramos o nascimento de um filho, mas lamentamos a morte de uma pessoa.
Não há indicações de que durante os primeiros dois séculos a igreja primitiva celebrava o nascimento de Cristo. O evento que era amplamente comemorado todos os anos era a morte e ressurreição de Jesus na Páscoa.
No entanto, a vontade de Deus em assumir a carne humana e nascer como um bebê, me diz muito sobre o caráter de Deus. Resumidamente, o nascimento de Cristo como um bebê indefeso, me diz quatro coisas importantes a respeito de Deus.
Deus é Emanuel: Deus conosco
Em primeiro lugar, o nascimento da Segunda Pessoa da Trindade como um indefeso bebê humano me diz que Deus estava disposto a entrar, não só nas limitações do tempo humano na criação e comunhão com Adão e Eva, mas também nas limitações, sofrimento e morte da carne humana na encarnação para se tornar Emanuel, Deus conosco.
João exprime esta verdade eloquentemente dizendo: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14). Para apreciar toda a força desse versículo, é importante notar que a palavra – “habitou – Skené” em Grego, significa “barraca, tenda”. Isso não significa que Cristo tomou habitação temporária entre nós. Na Bíblia a palavra não implica residência temporária. Por exemplo, em Apocalipse 21:3 os novos céus e a nova terra são descritos, dizendo: “Eis aqui o tabernáculo (tenda!) de Deus com os homens. Ele vai morar (armar a sua tenda!) Com eles, e eles serão o seu povo.”
A noção de Deus, levantando uma tenda entre nós, implica que Ele quer estar perto de nós e interagir conosco. É por isso que Cristo nasceu como um bebê. Ele queria estar perto de nós e se identificar conosco. Levantou a sua tenda como se fosse no nosso quintal.
Se Cristo tivesse vindo como um super-homem, ou uma espécie de King Kong, o teríamos temido e não amado. Mas Ele veio como um bebê, porque podemos aceitar e amar um bebê indefeso.

Nosso Deus escolheu revelar-Se através de um bebê indefeso
Em quarto lugar, Deus escolheu revelar a Sua santidade, pureza e glória através do rosto e da natureza de uma criança indefesa. Durante todo o Antigo Testamento, Deus quis fazer-Se conhecido ao seu povo. Mas isso era impossível. Antes do pecado entrar no mundo, Adão e Eva desfrutavam de uma relação perfeita com Deus. Eles moravam na presença de Deus. Mas uma vez que o pecado entrou no mundo, ver Deus face a face se tornou impossível. Os seres humanos perderam a capacidade de viver em segurança na presença de Deus.
Quando Moisés disse a Deus que queria vê-lo, Deus respondeu: “Você não pode me ver e viver.” Estar na presença plena de Deus era impossível para os seres humanos pecaminosos. Então Deus disse a Moisés para se esconder numa rocha enquanto Ele passava. Moisés capturou uma breve visão de Deus, e retornou ao seu povo com o rosto brilhando, tão brilhante que o povo o fez colocar um véu para protegê-los da glória de Deus refletida no rosto de Moisés.
Quando os israelitas vagaram rumo à Terra Prometida, Deus escolheu revelar-Se num pilar de nuvem de dia, e numa coluna de fogo à noite. Essa foi uma maneira de Deus estar com seu povo, sem destruí-los com a glória da Sua presença.
Mas Deus desejava revelar-Se mais plenamente para a família humana. Ele fez isso através da encarnação de Seu Filho, nascido neste mundo como um bebê com carne e sangue como um ser humano. É assim que Deus se revelou a nós.
Os Hebreus explicam que no passado Deus revelou-Se de “várias maneiras.” Visões, colunas de fogo, e anjos. “Mas, nestes últimos dias, Ele nos falou por seu Filho. . . O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa” (Hebreus 1:1-3). O bebê Jesus é a revelação mais próxima da perfeita santidade de Deus que Ele poderia revelar a este mundo pecaminoso. Por isso, somos eternamente gratos que Deus escolheu revelar-Se através do menino Jesus.
João exprime a mesma verdade dizendo: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.” (João 1:14). É através da encarnação do Filho de Deus que contemplamos a glória de Deus.
A mesma observação é feita no versículo 18. “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.” Aqui a questão é que embora Deus seja invisível, Ele tem agora Se revelado de uma forma mais original através da encarnação de Si mesmo em Seu Filho Jesus. Em Jesus vemos Deus. É por isso que Jesus podia dizer: “Aquele que vê a mim vê o Pai” (João 14:9).
Em suma, o nascimento de Cristo como um bebê indefeso diz que Deus é Emanuel, no sentido de que Ele quer estar perto de nós e se identificar conosco. Ele nos diz que Deus vê a nossa natureza humana como Sua boa criação, porque ela foi assumida pelo seu próprio Filho. Ele nos diz que Deus é um Deus humilde. Ele estava disposto a Se humilhar para a nossa salvação. Ele nos diz que Deus escolheu revelar a Sua santidade, pureza e glória através do rosto e da natureza de uma criança indefesa. O nascimento de Cristo como um bebê indefeso, nos diz que nós adoramos um Deus maravilhoso, profundamente interessado em nos devolver a uma relação harmoniosa com Ele.


A Celebração do Nascimento de Cristo
A celebração do nascimento de Cristo coloca dois problemas: a data e a forma da celebração. Quanto à data do nascimento de Cristo, logo veremos que a adoção da data de 25 de dezembro pela Igreja Ocidental, para comemorar o nascimento de Cristo foi influenciada pela celebração pagã do retorno do sol após o solstício de inverno.
Diversos estudos acadêmicos sugerem que a Festa dos Tabernáculos em Setembro / Outubro fornece uma data bíblica e tipológica muito mais precisa para comemorar o nascimento de Cristo do que a data pagã de 25 de dezembro. A última data não apenas retira do tempo real o nascimento de Cristo, como também é derivada da celebração pagã do retorno do sol após o solstício de inverno.
A questão da data do nascimento de Cristo será discutida em breve. Neste momento eu gostaria de comentar sobre a maneira de sua celebração. De uma perspectiva comercial, o Natal tornou-se o evento comercial do ano. As pessoas gastam o dinheiro que não têm para comprarem coisas que não precisam. Para promover maiores vendas, o dia do nascimento de Cristo tornou-se um “Holiday Season” com a “Black Friday”, sexta-feira que sucede o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos marcando um dos momentos de maior volume de vendas no país por dar início ao período de compras natalinas.
De acordo com a Time “para muitos varejistas, as vendas deste feriado são responsáveis por até 40% de sua receita anual e até 80% de seus lucros – daí o nome Black friday – ou o dia em que tradicionalmente as lojas saem “do vermelho” para “o preto”. (Http://www.time.com/time/business/article/0, 8599,1855555,00. Html)
A comercialização do Natal obscurece o significado do nascimento de Cristo. Cristo nasceu em uma manjedoura humilde para nos ensinar humildade e abnegação, não para celebrar o Seu nascimento, comendo e bebendo, comprando e vendendo.
A boa notícia da data do nascimento de Cristo, não é um feriado, com os seus presentes, festas, diversão, e árvores de Natal iluminadas – pois isso são apenas vestígios de uma cultura pagã que nada sabe do verdadeiro Deus. A boa notícia do nascimento de Cristo gira em torno de uma pessoa – um dom inefável de Deus, um Salvador que é Cristo o Senhor.
A celebração do nascimento de Cristo em algumas igrejas Adventistas
Vários crentes me pediram para comentar especificamente sobre a celebração do nascimento de Cristo em algumas igrejas adventistas. Não é incomum nossas maiores igrejas Adventistas terem um serviço religioso de véspera de Natal. Alguém me perguntou: “Você poderia me explicar por que algumas igrejas adventistas têm serviços especiais de véspera de natal, enquanto outras não?”
Francamente, eu não entendo por que algumas igrejas adventistas de hoje estão adotando a prática popular de um culto na igreja à noite em 24 de dezembro. Talvez elas não estejam cientes de que estão imitando a católica “Missa de Cristo”, comemorada à meia-noite de 24 de dezembro. Elas podem também ignorar a origem pagã da data do nascimento de Cristo, que será discutida posteriormente. Provavelmente, para estas igrejas, pode ser apenas uma questão de conformidade cultural, ou seja, o desejo de imitar os impressionantes serviços de véspera de Natal realizados em igrejas católicas e protestantes.
A celebração religiosa do Natal nas igrejas adventistas é um desenvolvimento recente. Eu cresci em Roma, na Itália, onde nunca tivemos uma árvore de Natal em nossa casa ou na igreja. Meu pai trabalhava regularmente no dia de Natal. Nossa família considerava o Natal como uma festa católica, similar ao Domingo de Páscoa, a Festa da Imaculada Conceição em 25 de março, a Festa da Assunção de Maria, em 15 de agosto, o Dia de Todos os Santos em 1 de novembro, etc
Quando cheguei aos EUA em 1960 como estudante de um seminário na Universidade Andrews, o Natal era primordialmente uma pausa de inverno. Não me lembro muito de decorações de Natal e celebrações nas igrejas que eu visitei durante os quatro anos que passei no seminário 1960-1964.
Gradualmente as coisas mudaram durante os últimos 50 anos. Isso é evidente pelas fachadas profusamente iluminadas e decoradas de muitas igrejas adventistas na época do Natal. Algumas igrejas parecem competir com a rica decoração geralmente encontrada em igrejas ortodoxas gregas.
Pessoalmente eu não fico inspirado pelas decorações elaboradas e a celebração do Natal, porque como um historiador da igreja estou ciente de sua origem pagã. Jesus nasceu numa manjedoura humilde. Não houve decorações fantasiosas para comemorar seu nascimento. Estaria mais de acordo com a definição de seu nascimento, manter as decorações simples, concebidas para ajudar as pessoas a capturarem o verdadeiro espírito do humilde nascimento de Cristo.
Era a celebração do nascimento do deus-Sol na Roma antiga, que era acompanhada por uma profusão de luzes e tochas e a decoração de árvores. Para facilitar a aceitação da fé cristã pelas massas pagãs, a Igreja de Roma considerou oportuno fazer não só o Dia do Sol a celebração semanal da ressurreição de Cristo, mas também o dia do nascimento do Deus-Sol invencível em 25 de dezembro a celebração anual do nascimento de Cristo. Este ponto será ampliado mais tarde.

Uma oportunidade de testemunho
O reconhecimento da origem pagã do Natal, com todas as suas luzes, decoração, festa e celebração, não significa que é errado dar um tempo para lembrar o nascimento de Jesus nesta época do ano. Afinal seria bom para nós nos lembrarmos a cada dia que Jesus estava disposto a deixar sua posição gloriosa, a fim de nascer na família humana como um bebê indefeso para se tornar nosso Salvador.
Nenhuma outra história aperta o coração humano como a história do amor divino manifesto na vontade de Cristo de entrar na limitação, agonia, sofrimento e morte da carne humana para se tornar “Emanuel”, Deus conosco. Refletir sobre o mistério da encarnação é um digno exercício espiritual diário, que pode ser feito também em 25 de dezembro, conhecido no mundo cristão como o “tempo do Advento”, isto é, a temporada que se comemora o Primeiro Advento do Senhor.
De certa forma o tempo do Advento oferece uma oportunidade única para os adventistas ajudarem os cristãos a compreender o sentido último do Natal, que se encontra no fato de que Jesus que veio pela primeira vez como um bebê indefeso em Belém, voltará a segunda vez como o Senhor dos senhores e o Rei dos Reis. O que isto significa é que o humilde nascimento de Jesus na família humana, é o prelúdio de Seu retorno glorioso para habitar com o Seu povo através dos séculos sem fim da eternidade. A celebração final do tempo do Advento nos aguarda na gloriosa segunda vinda do Senhor.
No lar adventista, o nascimento de Cristo pode ser celebrado lembrando-se dos necessitados em nossa igreja e comunidade. Assim como Deus nos amou, dando o seu Filho unigênito para a nossa salvação, assim podemos celebrar a doação do amor de Deus, compartilhando nossas bênçãos com os necessitados. Isto significa que em vez de perguntar: “O que eu vou ganhar de presente no Natal?” , possamos considerar: “Quem eu posso ajudar este ano?


A data do nascimento de Cristo
Surpreendentemente, não há nenhuma menção no Novo Testamento, de qualquer celebração do aniversário do nascimento de Cristo. Os relatos nos Evangelhos sobre o nascimento de Jesus são muito breves, consistindo apenas em poucos versículos encontrados apenas em Mateus 1:16-24 e Lucas 2:1-20. Em contrapartida, os relatos do que é conhecido como “A Semana da Paixão”, são mais longos, tendo vários capítulos.
De acordo com algumas estimativas, cerca de um terço de cada Evangelho é dedicado à Semana Santa. É evidente que a partir da perspectiva dos escritores do Evangelho, a morte de Cristo é mais importante para a nossa salvação do que o Seu nascimento. A razão é que através da Sua morte expiatória Cristo garantiu a nossa salvação eterna. No entanto, os cristãos de hoje tendem a celebrar mais o nascimento de Cristo do que Sua morte. Talvez a razão é que o nascimento de uma criança Libertadora capture a imaginação muito mais do que a morte de um Salvador. Nossa sociedade comemora nascimentos, não mortes.
Os primeiros cristãos comemoravam anualmente a morte e ressurreição de Cristo na Páscoa, mas não temos indícios claros de uma celebração anual do nascimento de Cristo. Uma grande controvérsia eclodiu na última parte do segundo século sobre a data da Páscoa, mas a data do nascimento de Cristo não se tornou um problema, até o século IV. Naquela época a disputa centrava-se principalmente em duas datas do nascimento de Cristo: 25 de dezembro promovido pela Igreja de Roma e 06 de janeiro, conhecido como Epifania, observado pelas igrejas orientais. “Ambos os dias”, como Oscar Cullmann destaca, “eram festas pagãs cujo significado forneceu um ponto de partida para a concepção especificamente cristã do Natal.”[1]


Muito provavelmente Cristo nasceu no final de setembro ou início de outubro
É um fato reconhecido que a adoção da data de 25 de dezembro pela Igreja Ocidental, para comemorar o nascimento de Cristo foi influenciada pela celebração pagã do retorno do sol após o solstício de inverno. Mais tarde falaremos mais sobre os fatores que influenciaram a aprovação da presente data. Nesta conjuntura, é importante notar que a data de 25 de dezembro é totalmente desprovida de sentido bíblico e é grosseiramente errada em relação ao tempo real do nascimento de Cristo.
Se, como é geralmente aceito, o ministério de Cristo começou quando ele tinha cerca de trinta anos de idade (Lucas 3:23) e durou três anos e meio, até sua morte na Páscoa (março / abril), retrocedendo, chegamos aos meses de setembro / outubro, ao invés de 25 de dezembro.[2] Indireto suporte para a datação de Setembro / Outubro como nascimento de Cristo é fornecido também pelo fato de que de novembro a fevereiro os pastores não assistiam os seus rebanhos durante a noite nos campos. Eles o traziam para uma área protegida chamada curral. Assim, 25 de dezembro é a data mais improvável para o nascimento de Cristo.[3]
A data mais provável do nascimento de Cristo é a parte final de setembro ou início de outubro. Essa data corresponde ao período da Festa dos Tabernáculos. Esta festa era a última e mais importante peregrinação do ano para os judeus. As condições de superlotação no momento do nascimento de Cristo (“não havia lugar para eles na estalagem”, Lucas 2:7) pode estar relacionada não só com o censo realizado pelos romanos naquela época, mas também aos muitos peregrinos que ali se aglomeravam especialmente durante a Festa dos Tabernáculos.
Belém ficava a apenas quatro quilômetros de Jerusalém. “Os romanos”, observa Barney Kasdan, “eram conhecidos por fazerem seus censos de acordo com o costume dos territórios ocupados. Assim, no caso de Israel, eles optaram por ter o povo afluindo para as suas províncias em um momento que seria conveniente para eles. Não havia nenhuma lógica aparente em chamar o recenseamento no meio do inverno. O tempo mais lógico de tributação seria após a colheita, no outono” [4], quando as pessoas tinham em suas mãos a receita da sua colheita.
O apoio à crença de que Cristo nasceu no tempo da Festa dos Tabernáculos, que ocorre no final de setembro ou início de Outubro, é fornecido pelos temas Messiânicos da Festa dos Tabernáculos ... e também por detalhes significativos sobre o tempo do serviço de Zacarias no Templo. Estes são analisados pelo professor Noel Goh em um artigo perspicaz que você pode acessar clicando neste link http://www.biblicalperspectives.com/anotherlook.htm
Referências
1. Oscar Cullmann, The Early Church (1956), p. 35.
2. See A. T. Robertson, A Harmony of the Gospels (New York, 1992), p. 267.
3. See, Adam Clark, Commentary on the Gospel of Luke (New York, 1956), vol. 5, p. 370.
4. Barney Kasdan, God’s Appointed Times (Baltimore, MD, 1993), p. 97.


Crédito da Tradução: Blog Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

"Vimos a Sua Estrela"

"Tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está Aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos a adorá-Lo." Mat. 2:1 e 2. 
    Os magos do Oriente eram filósofos. Faziam parte de uma grande e influente classe que incluía homens de nobre nascimento, bem como muitos dos ricos e sábios de sua nação. Entre estes se achavam muitos que abusavam da credulidade do povo. Outros eram homens justos, que estudavam as indicações da Providência na Natureza, sendo honrados por sua integridade e sabedoria. Desses eram os magos que foram em busca de Jesus. 
    A luz de Deus está sempre brilhando entre as trevas do paganismo. Ao estudarem esses magos o céu estrelado, procurando sondar os mistérios ocultos em seus luminosos caminhos, viram a glória do Criador. Buscando mais claro entendimento, voltaram-se para as Escrituras dos hebreus. Guardados como tesouro havia, em sua própria terra, escritos proféticos, que prediziam a vinda de um mestre divino. Balaão pertencia aos magos, conquanto fosse em tempos profeta de Deus; pelo Espírito Santo predissera a prosperidade de Israel, e o aparecimento do Messias; e suas profecias haviam sido conservadas, de século em século, pela tradição. No Antigo Testamento, porém, a vinda do Salvador era mais claramente revelada. Os magos souberam, com alegria, que Seu advento estava próximo, e que todo o mundo se encheria do conhecimento da glória do Senhor. 
    Viram os magos uma luz misteriosa nos céus, naquela noite em que a glória de Deus inundara as colinas de Belém. Ao desvanecer-se a luz, surgiu uma luminosa estrela que permaneceu no céu. Não era uma estrela fixa, nem um planeta, e o fenômeno despertou o mais vivo interesse. Aquela estrela era um longínquo grupo de anjos resplandecentes, mas isso os sábios ignoravam. Tiveram, todavia, a impressão de que aquela estrela tinha para eles significado especial. Consultaram sacerdotes e filósofos, e examinaram os rolos dos antigos registros. A profecia de Balaão declarara: "Uma Estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel." Núm. 24:17. Teria acaso sido enviada essa singular estrela como precursora do Prometido? Os magos acolheram com agrado a luz da verdade enviada pelo Céu; agora era sobre eles derramada em mais luminosos raios. Foram instruídos em sonhos a ir em busca do recém-nascido Príncipe. 
    Como Abraão, pela fé, saíra em obediência ao chamado de Deus, "sem saber para onde ia" (Heb. 11:8); como, pela fé Israel seguira a coluna de nuvem até à terra prometida, assim esses gentios saíram à procura do prometido Salvador. Esse país oriental abundava em coisas preciosas, e os magos não se puseram a caminho de mãos vazias. Era costume, a príncipes ou outras personagens de categoria, oferecer presentes como ato de homenagem, e os mais ricos dons proporcionados por aquela região foram levados em oferta Àquele em quem haviam de ser benditas todas as famílias da Terra. Era necessário viajar de noite, a fim de não perderem de vista a estrela; mas os viajantes entretinham as horas proferindo ditos tradicionais e profecias a respeito dAquele a quem buscavam. Em toda parada que faziam para repouso, examinavam as profecias; e neles se aprofundava a convicção de que eram divinamente guiados. Enquanto, como sinal exterior, tinham diante de si a estrela, sentiam interiormente o testemunho do Espírito Santo, que lhes impressionava o coração, inspirando-lhes também esperança. Se bem que longa, a viagem foi feita com alegria.  
    Chegam à terra de Israel, e descem o monte das Oliveiras, tendo à vista Jerusalém, quando eis que a estrela que lhes servira de guia por todo o fatigante caminho detém-se por sobre o templo, desvanecendo-se, depois de algum tempo, aos seus olhos. Ansiosos, dirigem os passos para diante, esperando confiantemente que o nascimento do Messias fosse o jubiloso assunto de todas as bocas. São, porém, vãs suas pesquisas. Entretanto na santa cidade, dirigem-se ao templo. Para seu espanto, não encontram ninguém que parecesse saber do recém-nascido Rei. Suas perguntas não despertavam expressões de alegria, mas antes de surpresa e temor, não isentos de desprezo. 
    Os sacerdotes repetem as tradições. Exaltam sua própria religião e piedade, ao passo que acusam os gregos e romanos como maiores pagãos e pecadores que todos os outros. Os magos não são idólatras, e aos olhos de Deus ocupam lugar muito acima desses, Seus professos adoradores; todavia, são considerados pelos judeus como gentios. Mesmo entre os designados depositários dos Santos Oráculos, suas ansiosas perguntas não fazem vibrar nenhuma corda de simpatia. 
    A chegada dos magos foi prontamente divulgada por toda Jerusalém. Sua estranha mensagem criou entre o povo um despertamento que penetrou no palácio do rei Herodes. O astuto edomita foi despertado ante a notícia de um possível rival. Inúmeros assassínios lhe haviam manchado o caminho ao trono. Sendo de sangue estrangeiro, era odiado pelo povo sobre quem governava. Sua única segurança era o favor de Roma. Esse novo Príncipe, no entanto, tinha mais elevado título. Nascera para o reino. 
    Herodes suspeitou que os sacerdotes estivessem tramando com os estrangeiros para despertar um tumulto popular, destronando-o. Ocultou, no entanto, sua desconfiança, decidido a malograr-lhes os planos por maior astúcia. Convocando os principais dos sacerdotes e os escribas, interrogou-os quanto aos ensinos dos livros sagrados com relação ao lugar do nascimento do Messias. 
    Essa indagação do usurpador do trono, e o ser feita a instâncias de estrangeiros, espicaçou o orgulho dos mestres judeus. A indiferença com que se voltaram para os rolos da profecia, irritou o ciumento tirano. Julgou que estavam buscando ocultar seu conhecimento do assunto. Com uma autoridade que não ousaram desatender, ordenou-lhes que fizessem atenta investigação e declarassem o lugar do nascimento do esperado Rei. "E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta: 
    "E tu Belém, terra de Judá, 
    de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; 
    porque de ti sairá o Guia 
    que há de apascentar Meu povo de Israel." Mat. 2:6. 
    Herodes convidou então os magos a uma entrevista particular. Rugia-lhe no coração uma tempestade de ira e temor, mas manteve um exterior sereno, e recebeu cortesmente os estrangeiros. Indagou em que tempo aparecera a estrela, e professou saudar com alegria a notícia do nascimento de Cristo. Pediu a seus hóspedes: "Perguntai diligentemente pelo Menino, e quando O achardes, participai-mo, para que também eu vá e O adore." Assim falando, despediu-os, para que seguissem seu caminho a Belém. 
    Os sacerdotes e anciãos de Jerusalém não eram tão ignorantes a respeito do nascimento de Cristo como se faziam. A notícia da visita dos anjos aos pastores fora levada a Jerusalém, mas os rabis a tinham recebido como pouco digna de atenção. Eles próprios poderiam haver encontrado Jesus, e estado preparados para conduzir os magos ao lugar em que nascera; ao invés disso, porém, foram eles que lhes vieram chamar a atenção para o nascimento do Messias. "Onde está Aquele que é nascido Rei dos judeus?" perguntaram; "porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos adorá-Lo." Mat. 2:2. 
    Então o orgulho e a inveja cerraram a porta à luz. Fossem acreditadas as notícias trazidas pelos pastores e os magos, e teriam colocado os sacerdotes e rabinos numa posição nada invejável, destituindo-os de suas pretensões a exponentes da verdade de Deus. Estes doutos mestres não desceriam a ser instruídos por aqueles a quem classificavam de gentios. Não poderia ser, diziam, que Deus os passasse por alto, para Se comunicar com pastores ignorantes ou incircuncisos pagãos. Resolveram mostrar desprezo pelas notícias que estavam agitando o rei Herodes e toda Jerusalém. Nem mesmo iriam a Belém, a ver se estas coisas eram assim. E levaram o povo a considerar o interesse em Jesus como despertamento fanático. Aí começou a rejeição de Cristo pelos sacerdotes e rabis. Daí cresceu seu orgulho e obstinação até se tornar em decidido ódio contra o Salvador. Enquanto Deus abria a porta aos gentios, estavam os chefes judeus fechando-a a si mesmos. 
    Sozinhos partiram os magos de Jerusalém. Caíam as sombras da noite quando saíram das portas, mas, para sua grande alegria viram novamente a estrela, e foram guiados a Belém. Não tinham, como os pastores, recebido comunicação quanto ao humilde estado da Criança. Depois da longa jornada, ficaram decepcionados com a indiferença dos chefes judeus, e deixaram Jerusalém menos confiantes do que nela penetraram. Em Belém, não encontraram nenhuma guarda real a proteger o recém-nascido Rei. Não havia a assisti-Lo nenhum dos grandes da Terra. Jesus estava deitado numa manjedoura. Os pais, iletrados camponeses, eram Seus únicos guardas. Poderia ser Este Aquele de quem estava escrito que havia de restaurar "as tribos de Jacó", e tornar a "trazer os remanescentes de Israel"; que seria "luz para os gentios", e "salvação... até à extremidade da Terra"? Isa. 49:6. 
    "E, entrando na casa, acharam o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram." Mat. 2:11 Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da Divindade. Deram-Lhe o coração como a seu Salvador, apresentando então suas dádivas - "ouro, incenso e mirra". Que fé a sua! Como do centurião romano, mais tarde, poder-se-ia haver dito dos magos do Oriente: "Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé." Mat. 8:10. 
    Os magos não haviam penetrado os desígnios de Herodes para com Jesus. Satisfeito o objetivo de sua viagem, prepararam-se para regressar a Jerusalém, na intenção de o pôr ao fato do êxito que haviam tido. Em sonho, porém, recebem a divina mensagem de não ter mais comunicações com ele. E, desviando-se de Jerusalém, partem para sua terra por outro caminho. 
    De igual maneira, recebeu José aviso de fugir para o Egito com Maria e a criança. E o anjo disse: "E demora-te lá até que eu te diga: porque Herodes há de procurar o Menino para O matar." Mat. 2:13. José obedeceu sem demora, pondo-se de viagem à noite, para maior segurança. 
    Por meio dos magos, Deus chamara a atenção da nação judaica para o nascimento de Seu Filho. Suas indagações em Jerusalém, o despertar do interesse popular, e o próprio ciúme de Herodes, que forçou a atenção dos sacerdotes e rabis, dirigiu os espíritos para as profecias relativas ao Messias, e ao grande acontecimento que acabava de ter lugar. 
Satanás empenhava-se em dissipar do mundo a luz divina, e pôs em jogo sua máxima astúcia para destruir o Salvador. Mas Aquele que não dorme nem tosqueneja, velava por Seu amado Filho. Aquele que fizera chover maná do Céu para Israel, e alimentara Elias em tempo de fome, providenciou em terra pagã um refúgio para Maria e o menino Jesus. E, mediante as dádivas dos magos de um país gentílico, supriu o Senhor os meios para a viagem ao Egito, e a estadia em terra estranha. 
    Os magos estiveram entre os primeiros a saudar o Redentor. Foi a sua a primeira dádiva a Lhe ser posta aos pés. E por meio daquela dádiva, que privilégio em servir tiveram eles! Deus Se deleita em honrar a oferta de um coração que ama, dando-lhe a mais alta eficiência em Seu serviço. Se dermos o coração a Jesus, trar-Lhe-emos também as nossas dádivas. Nosso ouro e prata, nossas mais preciosas posses terrestres, nossos mais elevados dotes mentais e espirituais ser-Lhe-ão inteiramente consagrados, a Ele que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós. 
    Em Jerusalém, Herodes aguardava impaciente a volta dos magos. Como passasse o tempo, e não aparecessem, despertaram-se nele suspeitas. A má vontade dos rabis em indicar o lugar do nascimento do Messias, parecia mostrar que lhe haviam penetrado o desígnio e que os magos se tinham propositadamente esquivado. Esse pensamento o enraiveceu. Falhara a astúcia, mas restava-lhe o recurso da força. Faria desse Rei-criança um exemplo. Aqueles insolentes judeus haviam de ver o que podiam esperar de suas tentativas de colocar um rei no trono. 
    Imediatamente foram enviados soldados a Belém, com ordem de matar todas as crianças de dois anos e para baixo. Os sossegados lares da cidade de Davi presenciaram aquelas cenas de horror que, seiscentos anos antes, haviam sido reveladas ao profeta. "Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação, choro e grande pranto; Raquel chorando os seus filhos, e não querendo ser consolada, porque já não existem." Mat. 2:18. 
    Essa calamidade trouxeram os judeus sobre si mesmos. Houvessem estado nos caminhos da fidelidade e da humildade perante Deus, e Ele haveria, de maneira assinalada, tornado sem efeito para eles a ira do rei. Mas separaram-se de Deus por seus pecados, e rejeitaram o Espírito Santo, que lhes era a única proteção. Não estudaram as Escrituras com o desejo de se conformarem com a vontade de Deus. Buscaram as profecias que podiam ser interpretadas para sua exaltação, e mostraram que o Senhor desprezava as outras nações. Jactavam-se orgulhosamente de que o Messias havia de vir como rei, conquistando Seus inimigos e esmagando os gentios em Sua indignação. Assim haviam despertado o ódio dos governadores. Mediante a maneira por que desfiguravam a missão de Cristo, Satanás intentara tramar a destruição do Salvador; ao invés disso, porém, ela lhes caiu sobre a própria cabeça. 
    Este ato de crueldade foi um dos últimos que entenebreceu o reinado de Herodes. Pouco depois da matança dos inocentes, foi ele próprio obrigado a submeter-se àquela condenação que ninguém pode desviar. Teve morte terrível. 
    José, que ainda se achava no Egito, foi então solicitado por um anjo de Deus a voltar para a terra de Israel. Considerando Jesus como o herdeiro de Davi, José desejava estabelecer residência em Belém; ouvindo, porém, que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai, receou que o desígnio do pai contra Cristo pudesse ser executado pelo filho. De todos os filhos de Herodes, era Arquelau o que mais se lhe assemelhava em caráter. Já sua sucessão no governo fora assinalada por um tumulto em Jerusalém, e o morticínio de milhares de judeus pelas guardas romanas. 
    Novamente foi José encaminhado para um lugar de segurança. Voltou para Nazaré, sua residência anterior, e ali, por cerca de trinta anos viveu Jesus, "para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno". Mat. 2:23. A Galiléia estava sob o domínio de um filho de Herodes, mas tinha uma mistura muito maior de habitantes estrangeiros do que a Judéia. Havia assim muito menos interesse nas questões que diziam respeito especialmente aos judeus, e os justos direitos de Jesus corriam menos riscos de despertar os ciúmes dos que estavam no poder. 
    Tal foi a recepção feita ao Salvador ao vir à Terra. Parecia não haver nenhum lugar de repouso ou segurança para o infante Redentor. Deus não podia confiar Seu amado Filho aos homens, nem mesmo enquanto levava avante Sua obra em benefício da salvação deles. Comissionou anjos para assisti-Lo e protegê-Lo até que cumprisse Sua missão na Terra, e morresse às mãos daqueles a quem viera salvar. 

Texto extraído do Livro o Desejado de Todas as Nações no capítulo 8 pág.59 a 67

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Adventista e o Natal: Como Comemorar esta Data?

O significado do Natal atualmente está mais fundamentado em misticismo e oportunidades de lucros. Árvores de natal, anjinhos (não existem anjinhos), papai noel, guirlandas, sinos, velas, gulodices e bebedices são dentre muitas os símbolos do Natal.


Numa propaganda de perfume foi afirmado: “a essência do Natal é o perfume, mas não se esqueça de rezar.”


Os valores estão invertidos, e está na cara que o que mais interessa no natal para a maioria são os prazeres resultantes do dinheiro.


Entre as crianças e adolescentes, para não dizer os adultos, a questão é: o que você vai ganhar de Natal? Daí entra o papai Noel (e hoje até a mamãe Noel). Cartinhas são escritas e o pai esconde o presente no dia de natal.


Os presentes não são ruins, mas a mentira que às vezes envolve o natal. Um dia a criança cresce e descobre que Papai Noel não existe, e tudo foi fantasia, até o Deus que lhe foi ensinado, pode concluir uma criança mal orientada!


Como comemorar o natal corretamente? Qual o real significado do Natal para os cristãos? Por que 25 de dezembro? Papai Noel? Presentes?


I – 25 de dezembro


A verdade é que não sabemos o dia do nascimento de Jesus, mas sabemos que, com certeza, não é dia 25.


Segundo o texto de Mateus 2:1, Jesus nasceu antes da morte de Herodes. De acordo com os historiadores, Ele deve ter nascido nos primeiros meses do ano. É interessante que os cristãos que viveram perto da era apostólica comemoravam “ora dia 6 de janeiro, ora 25 de março” (Enciclopédia Barsa).


II – Por que 25 de Dezembro?


Essa data foi fixada no ano 440, mas o primeiro Natal foi em 325, em Roma.


O objetivo era “cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos); que celebrava o natalis invicti solis (nascimento vitorioso do sol)”. (Enciclopédia Barsa).


25 de dezembro é o dia do nascimento do deus Sol, deus do mitraísmo.


Qual deve ser a nossa posição sobre essas coisas sabendo de sua origem?


1- Moderação: Nem condenar por completo os festejos natalinos, mas também não fazer deles a ênfase do Natal.


2- Não colocar os presentes e as comidas como o fator principal, e sim ofertar recursos para a causa de Deus.


3 – Cuidado com o consumismo: temos facilidade para gastar 50, 100, 1000 reais com presentes e festas, de acordo com as posses de cada um, mas quanto você vai ofertar para Deus?


4 – Nunca mentir sobre Papai Noel, mas focalizar a bondade e o amor cristão.


Conselhos de E.G. W:


5 – Não devemos condenar a árvore de natal em si, mas usar os aparatos natalinos voltados a uma boa causa: Ex. colocar uma oferta especial na árvore de Natal; fazer uma limpeza no guarda-roupas para doar aos pobres.


O Lar Adventista, pág. 482: “Árvore de Natal com Ofertas Missionárias não é Pecado. Não devem os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser uma grande bênção. Ponde-lhes diante do espírito objetos benevolentes.”


6- Promover união familiar, irmãos na fé, e focalizar a Cristo.


7- Usar o contexto do Natal para pregar a Cristo e fazer boas obras.


PR. YURI RAVEM via Sétimo Dia

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Natal, uma festa injusta?

(adaptado do texto do Pr. Márlon Hüther Antunes)


“Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã a tua benignidade, e à noite a tua fidelidade”
(Salmos 92:1-2)


As vésperas de mais um Natal, as pessoas correm freneticamente para os últimos preparativos da ceia, compram presentes, reúnem familiares e amigos; uma festa para se gastar o que durante o ano todo não se gastou, afinal é natal! Os sentimentos de amor, perdão e bondade das pessoas afloram nestes dias, logo serão esquecidos, uma vez que, restarão só sobras, ressaca, dívidas do cartão de crédito, vazio porque todos já se foram. Assim, o ano novo trará o anonimato da rotina. Pessoas perceberão o quanto estão a sós, enganadas, maculando algo. Então, mais um natal comprovou sua rotina, sem novidades, um desencanto.


Se forem levados em conta apenas estes fatos, então é verdade que o Natal é uma festa injusta, e também, Deus é injusto, pois enquanto alguns recebem os presentes mais doces, outros amargam mesa sem ceia, árvore sem luz e os embrulhos com outros presentes desagradáveis que a vida oferece. O que dizer daqueles que passam num leito hospitalar, longe da família, sem condições financeiras para presentear? Será uma festa injusta, se fundamentarmos o que o papai Noel tem a oferecer, e o pressuposto que ele se utiliza: “Só aos que foram bonzinhos”.


Ainda bem que o Natal não é só isso! Natal não pode ser comprado nem merecido, e se presentes são dados e recebidos, antes de tudo lembram que Deus na sua justiça e misericórdia presenteou a todos, com uma roupagem e maneira simples, nada de shoppings ou mesa farta, mas na simplicidade de uma manjedoura, no nascimento do Emanuel – Deus conosco.


Natal tornou-se vazio, porque ninguém quer parar um pouco, deveria ser antes de tudo um tempo de reflexão, mas quem quer diminuir o ritmo, olhar para sua realidade? Sem a simplicidade de uma criança não há como viver o verdadeiro encanto do Natal, afinal: “quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele” (Lucas 18.17). Através de uma criança Deus enviou o verdadeiro e real presente, útil não só num mês do ano, mas permanente por toda a vida e mais decisivo no final dela.


O Natal pode ser injusto, quando olhamos para nós e vemos que mesmo assim, Deus se compadeceu de todos se presenteando, independente daqueles que podem ter um Natal gordo ou mesmo aparentemente miserável; Será loucura para alguns, salvação para outros (1ª Coríntios 1.18). Todos podem celebrar o mesmo sentido, receber o mesmo presente! Injusto? Injusto é receber um presente e deixá-lo jogado embaixo da árvore de Natal, ignorado, petrificado como o menino Jesus no presépio, guardado em caixas durante o ano! Natal é Deus conosco, tempo de agradecer, tempo de louvar! Feliz Natal!


REFLEXÃO: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:14)

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