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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O inferno, lugar de fogo e tormento, existe?




por Júlio César Prado

O INFERNO - A palavra hebraica correspondente à “sepultura” é “sheol”, e a grega é “hades”. Essas mesmas palavras são também, muitas vezes, traduzidas por “inferno”. Sepultura e inferno são, por conseguinte, a mesma coisa. Ainda que frequentemente traduzido por “inferno”, “sheol” nunca significa “um lugar de tormento”. Tal lugar não existe. Em parte alguma a Bíblia fala desse lugar imaginário.

O patriarca Jacó esperava descer ao “sheol” quando morresse (Gênesis 37:35; 42:38), onde pensava se achasse seu filho José. Mas acreditava Jacó que seu filho estivesse nas chamas infernais da teologia popular? Queria ele acompanha-lo a esse suposto local? Até uma criança sincera compreenderia que não. Outro patriarca fiel, Jó, quando enfermo, desejava descer ao “sheol” (Jó 14:13). “Sim, a minha esperança”, disse ele, “descerá até os ferrolhos do sheol quando juntamente no pó teremos descanso” (Jó 17:15 e 16). Anelava e esperava o patriarca descer às chamas infernais? De maneira nenhuma!

Jonas relatando sua experiência, disse que havia estado no “inferno” – “sheol” – (Jonas 2:2), de onde clamara a Deus. Com isso ele não quis dizer que estivera num lugar de tormento, em chamas, mas sim no ventre de um grande peixe. A alma, que é a própria pessoa, morre e é sepultada. “Que homem há que viva, e não veja a morte, que haja de livrar a sua alma do poder do inferno (sheol)? (Salmos 89:48). Do inferno não há quem possa livrar sua alma, uma vez morta. Até a alma de Cristo foi posta no inferno, tendo ali sido ressuscitada no terceiro dia. “Pois não deixarás a Minha alma no inferno (sheol)”, disse Jesus pelo boca de Davi, “nem permitirás que o Teu Santo veja a corrupção” (Salmos 16:10).

Todo homem, bom ou mau, ao morrer, retorna para o pó da terra. Mas, com isto, não está tudo acabado, pois ao cristão resta a gloriosa esperança da ressurreição na segunda vinda de Cristo. “Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura”, disse Davi, “pois me receberá” (Salmos 49:15).

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Parábola do Rico e Lázaro



1. Hoje responderemos a uma questão levantada pelos imortalistas: Se os adventistas não crêem que os justos vão para o Céu e os ímpios vão para o Inferno, logo após a morte, como podem explicar a história do Rico e Lázaro, narrada pelo próprio Cristo? Se o relato não ensina que o homem vai ou para o Céu ou para o Inferno, então, o que ensina a história?

2. Começaremos dizendo que realmente NÃO CREMOS que os justos vão para o Céu e os ímpios para o inferno logo após a morte. Este não é o ensino da Bíblia. A Bíblia ensina que os mortos tanto justos como injustos vão todos para a sepultura e aguardam a ressurreição e o Juízo, e só depois serão destinados para diferentes lugares, conforme os resultados do Juízo.

3. Mas, então, COMO ENTENDER a História do Rico e Lázaro?

Luc 16:19-31:

"19  Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
20  Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
21  e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
22  Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
24  Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
26  E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27  Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28  porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29  Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30  Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31  Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos."


I – JESUS CONTOU UMA PARÁBOLA

[1] Jesus contou uma "estória". Vamos assentar em primeiro lugar que Ele não contou uma história verídica. Ele contou uma estória imaginária, tirada das crenças populares. Ele contou simplesmente uma parábola.

Alguns insistem dizendo que Jesus contou não uma parábola, mas uma história verdadeira, uma história real pelo modo como se iniciou: "Ora, certo homem, ..." (16:19). Isto não é uma forma de se contar uma história?

Resposta: Jesus contou as 2 parábolas anteriores, iniciando com as mesmas palavras. (Lc 15:11; 16:1). Portanto, não há nenhum problema em começar uma parábola desta forma, iniciando como se fosse contar uma história qualquer.

[2] o que é uma parábola?

Parábola é uma história imaginada, tendo o objetivo de ensinar algumas lições, sem a preocupação de que os pormenores sejam verdadeiros. Uma parábola, embora tenha mais de uma lição, sempre tem uma lição principal.

Mas por que nós insistimos em dizer que isto é uma parábola? Ora, se é apenas uma parábola, [a] Não é verdadeira, nunca aconteceu, nem acontecerá. [b] Se é apenas uma parábola, deve possuir uma lição principal, e isto é o que é importante, e não o enredo ou os pormenores. [b] Se é uma parábola, não serve para ensinar doutrina, conforme a regra.

[3] Qual é a 1ª REGRA DE INTERPRETAÇÃO das parábolas?

[a] A grande regra de interpretação das parábolas é a seguinte: "Não podemos tirar uma DOUTRINA de qualquer parábola, quando essa doutrina entra em choque com as outras passagens mais claras da Escritura."

[b] O Dr. William Smith, em seu Dicionário da Bíblia, vol. 2, p. 1.038: "É impossível firmar a prova de uma importante doutrina teológica numa passagem que reconhecidamente é abundante em metáforas judaicas."

[c] o Dr. Edershein, em seu livro sobre a Vida de Jesus [Life and Times of Jesus], afirma categoricamente: "A doutrina da vida após à morte não pode ser extraída desta parábola."

II - INCOERÊNCIAS NA PARÁBOLA

Há alguns pontos de incoerências que não podem ser aceitos em uma história verídica. Vamos apresentar 4 deles.

[1] Os Personagens não eram Almas (v. 23, 24).

Eles têm olhos, e portanto: rosto, cabeça, pescoço. Têm dedos: mão, braço, antebraço, tronco. Têm língua: boca, aparelho digestivo. Ora, uma alma, conforme a crença popular, (1) não tem funções físicas da matéria, (2) não precisa de água, e (3) não pode ser queimada no fogo.

Mas na parábola, o castigo do Inferno é no corpo e não na alma. Isso contradiz a crença popular de que ao morrer, a alma do rico é que foi para o Inferno. Quando Cristo falou do Inferno, Ele disse: "Convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno." (Mt 5:30). Cristo ensinou que o castigo será no corpo, e não na alma desencarnada.

Entretanto, uma alma, como geralmente é descrita, sendo imaterial, incorpórea, imponderável, invisível, de forma simples, etérea como um espírito intangível – sendo tudo isso [embora nunca jamais alguém tenha visto semelhante coisa para afirmar com certeza] – essa alma/espírito não pode sentir a ação do fogo porque o fogo só queima coisas materiais. Portanto, se o rico está no Inferno em tormentos, não podia estar a sua alma, porque o tormento do fogo só é sentido no corpo, e não na alma.

[2] O Inferno está próximo do Céu


Como pode o Céu estar tão próximo do Inferno, de tal modo que é possível a comunicação de justos com injustos?

Será isso possível? Se isso fosse possível, imagine o desespero, a aflição e a angústia de uma mãe cujos filhos se perderam e se encontram nas chamas crepitantes do Inferno, e podendo vê-los e se comunicar com eles, e eles rogando misericórdia e ela sem poder fazer nada para aliviar o seu sofrimento que se estenderá por toda a eternidade! Certamente, o Céu para essa mãe seria um outro Inferno! Como poderia ela ser feliz?

A Bíblia não contém a doutrina do Céu próximo do Inferno de modo que os justos que estão no Céu podem ver os perdidos, a tal ponto que podem contemplar o seu sofrimento e falar com eles! Deus é muito sábio para cometer esse erro! Ele é muito justo para praticar esta injustiça! Ele é muito amorável para permitir que os salvos sofram ainda as consequências do pecado por toda a eternidade!

[3] Há um grande abismo entre justos e ímpios (26)

Se havia um grande abismo, como o rico não viu isso? Se havia um grande abismo, como podiam falar entre si? Se o Céu está tão próximo do Inferno, de tal modo que podem falar entre si, como há um grande abismo?

Se havia um grande abismo, como poderia Lázaro estender a ponta do dedo até a boca do rico? O seu braço não alcançaria tamanho abismo. E como poderia uma simples gota de água ser suficiente para refrescar a língua de alguém que está num lago de fogo? Certamente, antes de chegar a gota, haveria de evaporar-se.

[4] Abraão chama ao rico de "Filho"! (25)

Mas quem são os filhos de Abraão? "Os da fé é que são filhos de Abraão!" disse o apóstolo Paulo (Gál 3:7). A parábola não disse que ele era um homem de fé. Pelo contrário, ele não tinha ligação com Deus. Não era um homem religioso. Nem tampouco o pobre mendigo para que fosse para o Céu. Portanto, nenhum deles era filho de Abraão.

Estas são incoerências que não podem ser admitidas em uma história verdadeira.

III – OITO ENGANOS TEOLÓGICOS

Por que essa parábola não pode ser uma história verídica? Por que não podemos retirar dela uma doutrina dos mortos?

Há Oito Enganos, há OITO EQUÍVOCOS TEOLÓGICOS na parábola que estão em CONTRADIÇÃO com as demais doutrinas da Bíblia. Isso não pode acontecer.

1º Engano: Existe Vida Após a Morte

A estória diz que o rico e o pobre morreram e foram ambos levados pelos anjos para viver em diferentes lugares. Eles morreram. Mas eis que estão vivos! Abraão, o rico e Lázaro morreram, mas aparecem vivos na parábola. 

Mas o que é morte? Morte é cessação da vida. Morte é o contrário da vida. Depois da morte, não há vida. Notem o que disse o patriarca Jó inspirado por Deus: Jó 14:10, 11-12, 14: "O homem, ... morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" Onde está o homem que morre? A pergunta é retórica e contém uma resposta evidente: "Ele não está mais presente! Ele está morto!" Mas Jó ainda continua: "Como as águas do lago se evaporam, e o rio se esgota e seca, assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono." (vs. 11-12). Como um rio seca, assim o homem morre e não se levanta, não tem vida, não pode se mexer. Está seco, vira pó. Não está vivo.

A doutrina de muitos hoje é que o homem morre e continua vivo, em algum lugar. Mas a Bíblia diz que a morte é a cessação da vida. "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" (v. 14). A resposta dada pelo mesmo Jó é um categórico "Não!". A vida do homem morto depende da ressurreição. Antes disso, ele continuará morto, aguardando a manhã da ressurreição, quando então, acordará de seu sono profundo e imperturbável.

E quanto a Abraão? Não estaria no Céu o pai da fé?  Não. A Bíblia diz que ele ainda não foi ressuscitado (Hb 11:8,13,16,39). Abraão não pode estar no Paraíso, porque ele ainda não obteve a concretização da promessa.

2º Engano: A Recompensa Será Depois da Morte

Lázaro recebeu a sua recompensa logo após a sua morte. Foi para o seio de Abraão, entrou na bemaventurança eterna. Mas isso contradiz a própria doutrina que Jesus Cristo nos deixou. Ele disse em Luc 14:14: "A tua recompensa, ... tu a receberás na ressurreição dos justos." A recompensa dos justos será dada apenas no dia da Ressurreição. Portanto, não devemos esperar que os mortos antes da ressurreição sejam galardoados. Você receberá a sua recompensa só na ressurreição, não antes. A parábola não está de acordo com as próprias palavras de Cristo, ao ensinar a doutrina escatológica.

A recompensa não será após a morte, mas após a Ressurreição. Ora, se a parábola entra em choque com a doutrina de  Cristo, é evidente que Ele não desejava ensinar a doutrina que a parábola sugere.

3º Engano: Os Mortos Vão para Lugares Diferentes

O rico foi para o inferno; e Lázaro foi para o seio de Abraão. Ambos foram para lugares diferentes, após a sua morte. Será que isso é verdade? Não. O que a Bíblia ensina sobre ricos e pobres, após à morte? Para onde vão os ricos e para onde vão os pobres? E por analogia, para onde vão os animais, logo que morrem?


Lemos em Ecl 3:19-20: "O que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.   Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão." O profeta não está falando do corpo dos mortos, mas das pessoas mortas. Ricos e pobres vão para o mesmo lugar. Justos e ímpios vão para o mesmo lugar. Todos são iguais diante de Deus. O destino do homem não será diferente no momento da morte. Todos vão para a sepultura. Assim também ocorre com os animais.

4º Engano: Os Mortos Estão Conscientes

O rico está conversando com Abraão, e suplicando misericórdia, e portanto, estão conscientes depois da sua morte. É possível isso? Não de acordo com o ensino da Bíblia. A Palavra de Deus ensina que os mortos estão inconscientes.

Disse mais o sábio Salomão em Ecl 9:5-6: "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol"

Os mortos estão em completa inconsciência, eles não podem se comunicar com os vivos, eles não sabem o que se passa com os vivos, eles não se falam entre si mesmos, eles não podem se comunicar com os anjos, eles não podem adorar nem louvar a Deus, porque eles estão inconscientes num sono sem sonhos e sem pesadelos. De fato, eles estão mortos e completamente mortos, e isso significa que não participam de nenhuma espécie de vida.   

O próprio Cristo falou de Lázaro, o seu amigo, quando ele morreu, que ele estava dormindo o sono da morte (Jo 11:11-14). Mas uma pessoa que está dormindo está em completa inconsciência. E não era só o corpo de Lázaro que dormia. Era ele mesmo quem dormia inconsciente. Cristo não poderia se contradizer. Na parábola, Ele está ilustrando outra coisa. Não a doutrina dos mortos.  E Ele nunca Se contradiz.

Com efeito, toda a Bíblia ensina que os mortos estão inconscientes, no pó da terra, dormindo o sono da morte, aguardando a ressurreição. E nenhuma parábola pode desfazer a verdade dessa doutrina firmemente estabelecida na Bíblia.

5º Engano: Pedir a Intercessão dos Santos Mortos


O rico pede a intercessão do pai Abraão (Lc 16:24). Hoje muitas pessoas estão fazendo a mesma coisa e cometendo o mesmo erro, pedindo a intercessão dos santos que já morreram. Eles pensam que os santos que estão no Céu podem falar a Deus e convencê-lO a nos ajudar mais prontamente do que nós que estamos tão longe.

O apóstolo Paulo no entanto, afirmou que só há um Intercessor. Em 1Tim 2:5-6: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a Si mesmo se deu em resgate por todos" A Bíblia ensina que temos um único Advogado e Intercessor, que é Jesus Cristo o nosso Senhor, que morreu por nós na Cruz. Ninguém mais é chamado a interceder por nós diante de Deus, além de Jesus.

6º Engano: O Paraíso dos Justos é o Seio de Abraão

O Céu é pintado com anjos e o pai Abraão, em cujo seio o mendigo foi abrigado. Esse paraíso é muito estranho. Não se compara com o verdadeiro Paraíso que Deus está preparando para os justos.

Qual é o verdadeiro Cenário do Céu? Qual é o Paraíso da habitação de Deus? Isaías contemplou a Deus no seu alto e sublime trono, cercado de anjos serafins, louvando a Trindade e cantando: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos" (Isa 6:1-3). Estêvão teve uma visão na qual ele contemplou a Deus no Seu trono e a Jesus em pé à Sua direita (Atos 7:56).

João contemplou o Céu e viu um Santuário, com os dois compartimentos, no qual Cristo administra, e intercede por nós.  Ele viu o trono de Deus, no qual está assentado o Pai, e o Seu Filho, Jesus Cristo, e ao Seu redor bilhões de anjos que louvam a Trindade, cantando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor".  Este é o cenário do Céu. Além disso, Ele viu Novos Céus e Nova Terra, onde habitarão os justos. Ele viu a nova Jerusalém descendo do Céu. O pai Abraão, abrigando mendigos, nem é mencionado, e nem foi encontrado, embora estará também entre os salvos.

7º Engano: O Inferno já Existe Presentemente

A parábola diz: "No inferno, estando em tormentos..." (v. 23). Dizem os imortalistas que a parábola ensina o tormento eterno. Porém, o relato, embora fale em tormento infernal, não diz que ele será eterno.

O que é o Inferno? A Bíblia fala nos informa que o Inferno é um lugar de tormentos destinado a Satanás e os seus anjos que com ele entraram em rebelião contra Deus. E todos os ímpios que se identificam com o Diabo e escolhem o pecado e a rebeldia, também sofrerão o castigo no mesmo lugar (Mt 25:41).

Mas, será que o Inferno já existe? A parábola diz que o rico morreu e foi direto para o Inferno. Mas o que diz a Bíblia sobre a época do castigo? O tempo do castigo é no presente ou no futuro? Será que o castigo dos ímpios no Inferno é aplicado logo após a morte?  

A Bíblia ensina sobre o tempo em que acontecerá o Inferno: Apo 20:7, 15: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão... E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Quando será o Inferno? No final do Milênio, e só então, ocorrerá o Juízo Executivo, o Lago de Fogo, quando os ímpios receberão o castigo de suas obras. Nesse tempo, o fogo que castiga os ímpios também os destrói, porque o Lago de fogo é chamado "a segunda morte", e morte significa cessação de vida.

Portanto, o Inferno não existe agora, presentemente. Não existe agora um lugar de tormento. Os imortalistas não precisam se preocupar, porque os seus parentes mortos que não se salvaram não estão queimando agora, e não serão atormentados para sempre.

8º Engano: A Salvação Vem Pelo Mérito da Pobreza

Por que o rico se perdeu? E por que Lázaro se salvou? O rico se perdeu porque era rico, e Lázaro se salvou porque era pobre. Ainda mais: o rico não era mau, não era ímpio, nem Lázaro era bom, e muito menos religioso. Mas Lázaro se salvou pelo mérito da pobreza e miséria em que se encontrava na terra.  

Certa vez um cristão se aproximou de um mendigo que lhe pediu uma esmola. Então, ele lhe passou uma esmola, e querendo ajudar mais com a mensagem do Evangelho, disse ao mendigo, que também era paralítico: "Você já aceitou a Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal?" O mendigo lhe falou: "Por quê?" "Ora", disse o cristão "porque Cristo pode curar a você, você será salvo e perdoado dos seus pecados, e levado para o Céu, e viverá eternamente!" "Mas, por que você acha que eu estou sofrendo tudo isso? Eu suporto a fome, o desprezo dos outros, eu sou paralítico! Quando eu morrer eu vou direto para o Céu, porque Deus vai me dar a recompensa, porque eu já paguei todos os meus pecados! Por isso eu estou sofrendo aqui na terra. E todos os ricos vão pagar no fogo do Inferno!" Ledo engano. Tudo errado.

Quais são as condições da salvação? O apóstolo Paulo ensina que tanto ricos como pobres são salvos pela graça de Deus pela fé que resulta em boas obras (Efé 2:8-10). A Bíblia fala que muitos ricos hão de se salvar, como Jó, Davi, Salomão, Nicodemos, Zaqueu. Mas também fala que muitos pobres vão se perder, junto com os ricos, e os grandes deste mundo (Apo 6:15-17).

Tudo indica que a Parábola do Rico e Lázaro não passa de uma alegoria, uma estória, uma simples parábola. Encontramos em Isaías uma estória semelhante, a Alegoria da Queda de Babilônia, em que os reis mortos falam entre si na sepultura a respeito do rei de Babilônia, que também foi morto e sepultado entre eles (Is 14:9-10). Também encontramos no livro de Juízes o Diálogo das Árvores em que elas falavam com outras 4 árvores pedindo-lhes que reinassem sobre elas (Jz 9:8-15). Esses são exemplos de alegorias e não podem ser tomadas ao pé da letra. 


Portanto, a estória do Rico e o Mendigo não é verdadeira, é uma estória imaginada da época conforme as ideias populares. E Jesus usou essas crendices e montou a parábola, a fim de advertir ao povo em seus próprios termos e em suas próprias estórias.

IV - LIÇÃO PRINCIPAL

Toda parábola tem uma lição principal, que serve de base e objetivo por que a parábola foi contada. E aqui temos a lição principal: Busque a Deus, enquanto você tem vida aqui nesta terra, porque depois da morte, não haverá mais oportunidade de salvação.

De que modo devemos buscar a Deus?

1. Devemos buscar a Deus prioritariamente.

Cristo contou essa parábola para os fariseus. O que acontecia com eles? Luc 16:14: Os fariseus "eram avarentos." As suas prioridades estavam nos bens materiais. A sua confiança estava no dinheiro e só se preparavam para as coisas desta vida, não para o futuro. Eles não estavam buscando a Deus; antes, buscavam as riquezas, e serviam a Mamon. Disse Cristo portanto: Preparai-vos para o amanhã de Deus. "Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Lc 16:13). "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33).

2. Devemos buscar a Deus reverentemente.

Luc 16:14: "Os fariseus ouviam tudo isso e O ridicularizavam". Não manifestavam reverência para com Cristo que lhes dizia a verdade. E Ele era Deus. Hoje muitas pessoas têm esta mesma atitude: Eles ouvem a verdade de Cristo, mas como não estão dispostos a abandonar os seus pecados, ridicularizam-nO, debocham dEle, e O rejeitam. Mas, a semelhança do rico da parábola, podem se perder para sempre. Esta é uma advertência para todos os que tratam as coisas de Deus levianamente, de modo debochado, ridicularizado. Mas Ele com infinito amor ainda estende o Seu convite: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei." (Mt 11:28).

3. Devemos buscar a Deus presentemente. 

Busque a Deus hoje, agora, antes que seja tarde demais. Para o rico, foi tarde demais. Os fariseus consideravam que uma pessoa rica era abençoada por Deus e já era por isso um candidato certo para a salvação eterna. Mas Cristo ensinou que isso era um engano. Ricos e pobres têm que buscar a Deus hoje porque depois da morte não haverá mais oportunidade de nos prepararmos para a eternidade. Hoje é o dia da salvação. Preparai-vos hoje para o amanhã de Deus.

CONCLUSÃO

1. Portanto, aqui temos não uma história verídica, mas uma parábola que não pode nos ensinar sobre o estado dos mortos, que jazem nas sepulturas, aguardando a ressurreição.

2. Mas a parábola tem uma lição principal como todas as parábolas: Busque a Deus antes que seja tarde demais.

3. Portanto, busquemos a Deus em primeiro lugar, busquemos a Deus prioritária, reverente, e presentemente.

4. Somente assim você poderá evitar o Inferno e alcançar o Céu.



PR. ROBERTO BIAGINI
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.





sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Temor ao Inferno



Um dos ensinos do cristianismo popular que tem causado mais perturbações e temores, e, por outro lado, tem induzido muitos a se declararem ateus, é aquele segundo o qual os réprobos, os ímpios sofrerão os tormentos do inferno de fogo, que arderá através de todos os séculos da eternidade, queimando-os e produzindo-lhes sofrimentos angustiosos, sem esperança alguma de término.

O conceito de inferno desperta sentimentos díspares nos seres humanos. Para uns, trata-se de uma realidade indiscutível e tremenda, que os mantém de contínuo aterrorizados. Para outros, é uma mera expressão alegórica que simboliza alguma classe de castigo moral que Deus infligirá aos pecadores. Para os livres pensadores, é só uma invenção pueril e supersticiosa que os clérigos utilizam para manter o domínio das consciências.

Quando eu era criança, a idéia do inferno de fogo que ia queimar indefinidamente os maus, provocava-me pânico e até desespero. O único consolo era pensar que ainda faltava muito tempo para tal acontecimento, pois aos cinco ou seis anos a vida parecia um poente muito extenso que o separava das chamas devoradoras do inferno.

Grande número de pessoas de perguntam a si mesmas se possui o mais elementar sentido de justiça este proceder de um Deus que submete a tal tipo de suplício interminável seres humanos que, por mais perversos e degenerados que sejam, não vivem mais de setenta ou oitenta anos. E por oitenta anos de maldade, deve sofrer o homem ou mulher o mais doloroso dos tormentos conhecidos, a saber, o de se queimar vivo, e continuar se queimando sem se consumir, nem perder a consciência, não por uma hora, nem por um dia, nem por um ano ou século, nem por um milhão de séculos, mas por todos os milhões de séculos da eternidade.

Queremos deixar de lado, sobre este assunto, toda idéia que seja ditada pela teologia popular ou pela fantasia, e investigar o que Deus ensinou a este respeito na Sua Palavra, porque nesta matéria só a revelação divina pode declarar-nos a verdade. Existe o inferno, ou não existe? Pode ser que cheguemos a uma comprovação surpreendente e aparentemente revolucionária, porém de qualquer maneira convém fazer uma investigação imparcial e aceitar a verdade, tal como a estabelece a Sagrada Escritura, pois essa verdade nos trará paz, consolo e segurança.

Digamos desde já que a doutrina do inferno eterno não encontra apoio na Bíblia. Esta doutrina tem causado possivelmente mais dano ao cristianismo, que todos os ataques de que este tenha sido objeto através de todos os tempos. Não somente é rechaçada pelo sentido comum como ilógica, absurda e obviamente injusta, mas é irreconciliável com o conceito e a descrição que fazem as Escrituras da divindade. De fato, ali nos é apresentado um Deus justo, e ao mesmo tempo clemente, misericordioso e cheio de amor. Tanto é assim que o apóstolo João declara que “Aquele que não ama não conhece a deus, pois Deus é amor” (I João 4:8).

A noção de inferno, pelo contrário, tal como é ensinada, ordinariamente, incita as pessoas com tendências religiosas a buscarem reconciliarem-se com Deus, movidas pelo medo. A este respeito, cabe assinalar que alguns sistemas de teologia cristã, tem cometido o equívoco de lançar mão do sentimento de terror que infunde no espírito apenas a menção do inferno, utilizando-o como motivação básica de sua pregação.

Sem dúvida, no verdadeiro cristianismo o móvel fundamental é o amor e não o temor. Tanto é assim que a inspirada Palavra divina afirma que “o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rom 5:5), e que “o perfeito amor lança fora o medo” (1 João 4:18). S.Paulo diz: “Pois o amor de Cristo nos constrange” (2 Cor 5:14).

Quando o Senhor Jesus formulou a breve oração magistral que devia servir de modelo e pautar a forma de se dirigir ao Criador, iniciou-a com as palavras: “Pai nosso que estás nos Céus”, destacando assim o traço preponderante de carinho que governa as relações da Divindade com Suas criaturas. O mesmo é advertido nas palavras do profeta Oséias, que procura refletir assim os ternos sentimentos do Senhor para com os homens: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor” (Oséias 11:4). Sobreo Ser Supremo lê-se que é “grande em misericórdia e fidelidade” (Exod 34:6).

Em consonância com este princípio, quando no segundo mandamento do decálogo a Lei de deus ordena: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na Terra, nem nas águas debaixo da Terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto”, dá como razão deste mandamento o seguinte fato: “Porque Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos” (Exod 20:4-6). Observe-se que ao passo que a justiça de Deus alcança com suas consequências, na lei régia, até a quarta geração, a misericórdia abarca milhares de gerações, de maneira a ultrapassar mil vezes o castigo.

Lamentavelmente, a este falso ensino de um inferno de fogo eterno tiveram que chegar por força, os teólogos que afirmam que a alma é imortal, ou seja que não pode morrer, e que continua vivendo perpetuamente depois da morte do corpo. Nos estudos anteriores tivemos ocasião de demonstrar documentadamente, baseando-nos na infalível e única autoridade na matéria, as Santas Escrituras, que a alma é perfeitamente mortal, e que a imortalidade só poderá ser condicional. “A alma que pecar – declara o profeta Ezequiel – essa morrerá”( Ezeq 18:4). “Temei antes aquele que pode fazer perecer…tanto a alma como o corpo” (Mat 10:28), disse o próprio Senhor Jesus. “A sua alma morrerá” (Jó 36:14 – Trad Matos Soares), lemos em outra passagem.

Estas afirmações inspiradas referentes ao homem, acham-se em perfeita consonância com o que Deus mesmo advertiu a Adão ao dizer-lhe: “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás: porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gên 2:17). Desde o momento em que, segundo as próprias palavras da Divindade, Adão seria passível de morte, se violasse a lei divina, não podia ser imortal. Por outro lado, lê-se em Gênesis que depois que o homem pecou, o Criador disse: “Para que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente: o Senhor Deus…o lançou fora do Jardim do Éden (Gên 3:22-23). Esta declaração confirma a natureza mortal do homem.

Já vimos também, oportunamente, que os mortos permanecem em absoluta inconsciência (João 11:11, Ecles 9:5-6, Salmo 146:4) até o dia da ressurreição e do juízo retribuitivo de Deus. Abordemos agora este problema: Qual será a sorte dos humanos nesse momento solene?

Há somente duas possibilidades. A primeira consiste na obtenção da vida eterna e imortalidade concedida por Deus, para habitar no Seu sempiterno reino de paz. Esta é uma dádiva, um dom imerecido que o Criador outorga a Suas criaturas com a única condição de aceitarem a Cristo pela fé como salvador pessoal, pois esta é a única maneira pela qual podemos reconciliar-nos com Deus e dEle obtermos o poder que transforma a conduta e habilita o homem a viver conforme os preceitos celestiais. “O dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Rom 6:23). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

A segunda e única alternativa fora deste destino de felicidade perdurável, consiste na morte, pois lemos: “O salário do pecado é a morte”. Essa morte é a cessação total e definitiva da vida, a aniquilação completa da personalidade e é denominada por S.João, no apocalipse “a segunda morte” (Apoc 20:14).

Existe uma quantidade impressionante de passagens bíblicas que corroboram este fato fundamental da destruição definitiva e completa dos ímpios, melhor dizendo daqueles que não tenham aceitado a Jesus em sua vida, mas que se acham apegados ao pecado. Embora correndo o risco de excesso nestas considerações, e só com o ânimo de assentar de maneira precisa e irretorquível a verdade de que se trata de uma morte real e definitiva, da anulação total dos que tenham repelido a misericordiosa provisão divina, detalhamos em continuação uma série de vinte passagens bíblicas, que por certo poderiam multiplicar-se, e, utilizando distintos vocábulos, nos apresentam extraordinária reiteração desta verdade. Ao lado da referência bíblica correspondente, transcrevemos apenas a expressão chave.

Salmo 68:2 “Perecem os íniquos”.

Apocalipse 20:9 “Desceu fogo do céu e os consumiu“.

Isaías 1:28 “Serão juntamente destruídos“.

Naum 1:10 “Serão inteiramente consumidos como palha seca”.

Hebreus 10:27 “Fogo vingador prestes a consumir os adversários”

Romanos 2:12 “Perecerão“

Salmo 59:13 “Consome-os … para que jamais existam“

Salmo 145:20 “Os ímpios serão exterminados“

Mateus 3:12 “Queimará a palha”

Isaías 1:31 “O forte se tornará em estopa“

Salmo 104:35 “Desaparecem da Terra os pecadores e já não subsistam os perversos”

Salmo 92:7 “Serão destruídos para sempre“

Salmo 92:9 “Os teus inimigos perecerão“

Salmo 37:28 “A descendência dos ímpios será exterminada“

Salmo 37:22 “Serão exterminados aqueles a quem amaldiçoa”

Salmo 37:38 “Quanto aos transgressores serão a uma destruídos“

Salmo 94:23 “Pela malícia deles próprios os destruirá; o Senhor nosso Deus os exterminará”

Apocalipse 21:8 “A parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte“

Malaquias 4:1 “Pois eis que vem o dia, e arde como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem perversidade, serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raíz nem ramo“.

Romanos 6:23 “O salário do pecado é a morte“

Ezequiel 28:19 “Jamais subsistirás“

Qualquer comentário adicional a estes textos é supérfluo, ante à clareza contundente com que os mesmos reafirmam a destruição completa dos ímpios.

Que é o Inferno?

Porém, acaso não fala a Bíblia do inferno? – apresentar-se-á a objetar aquele que tenha lido o Livro dos livros. E respondemos: sim, existe um inferno, porém muito diferente daquele que nos tem sido apresentado desde nossa infância.

Analisemos, pois, o inferno em suas diferentes características: sua natureza e destino original; seu propósito e resultados; sua duração; o tempo em que realizará sua obra.

Apalavra “inferno”, que se utiliza no Antigo Testamento, foi traduzida do vocábulo hebraico SHEOL, que significa literalmente “sepulcro”, “sepultura”, “cova”, “abismo”, “fossa”. Este vocábulo hebraico foi traduzido em dezenas de passagens do Antigo Testamento como “sepulcro”, e umas poucas vezes como “inferno”. Porém nestes casos, assim como nos anteriores, não significa senão sepulcro, ou sepultura.

No Novo Testamento, “inferno” corresponde a dois vocábulos gregos. O primeiro HADES, que significa literalmente “sepulcro” ou “morte”. O segundo é GEENA, nome dado primariamente ao vale de Hinon, ao sul de Jerusalém, onde se deitavam os resíduos, os cadáveres dos animais e, também, dos malfeitores, que eram queimados nesse lugar.

Deixando de lado todas as passagens em que a palavra corresponde ao original SHEOL ou HADES, casos em que não há outro sentido que não morte ou sepulcro, analisemos os lugares em que no original se emprega o vocábulo grego GEENA. Neles, a palavra “inferno” designa um luga respecial em que, os que tenham rejeitado a misericórdia de deus serão destruídos pelo fogo. Assim por exemplo, no Sermão da Montanha, Jesus adverte sobre as funestas consequências de abrigar ira e rancor no coração, com estas palavras: “Todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”  (Mt 5:22). Aqui se esclaresce que o inferno será à base de fogo, e terá por propósito castigar o pecador.

O mesmo se observa nesta outra passagem: “Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o, e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado para dentro do lago de fogo” (Mat 18:9). Confirmando estas passagens, em Apocalipse 20:15 lemos que “se alguém não foi achado inscrito no Livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. Aqui se dá um nome distinto ao castigo final dos perdidos, denominado “lago de fogo”, que em S.Mateus, o Senhor chama “inferno de fogo”.

É de interesse, sem dúvida, recordar que esse inferno jamais foi feito para os seres humanos.Seu propósito original foi destruir os seres celestiais que se rebelaram contra o governo de deus e provocaram toda tragédia deste mundo: o diabo e seus anjos ou demônios. Assim declara o Evangelho ao relatar as palavras que o Mestre dirá no dia do ajuste final aos que não permitiram que o Evangelho os livrasse do pecado: “Então o Rei [celestial] dirá também aos que estiverem a sua esquerda: apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41).

Não existe um lugar definido do universo onde, neste momento, estejam ardendo os pecadores. O inferno da Bíblia, é o lago de fogo e enxofre que terminará com a rebelião e o pecado, será constituído em nosso próprio planeta, cujos elementos serão abrasados e se fundirão, no final dos tempos, quando chegar a hora em que Deus executar a sentença. Assim estabelece a Segunda Epístola de S. Pedro, ao dizer: “Ora, os céus que agora existem, e a Terra, pela mesma palavra tem sido entesourados para fogo, estando reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios” (2 Pedro 3:7). Note-se que a Terra e os céus atmosféricos que a rodeiam, estão reservados para o dia do juízo, em que serão destruídos pelo fogo, juntamente com os homens ímpios. Este conceito se acha mais esclarescido nas passagens seguintes do mesmo capítulo: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a Terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro :10-12). Insiste o apóstolo em que toda esta obra destrutiva se fará “no dia do juízo”, no “dia do Senhor”, no “dia de Deus”.

Não poderiam, pois, os pecadores estar ardendo, nestes momentos, nas torturantes chamas de um inferno atual – fruto da fantasia e dogmas populares – quando a mesma Escritura estabelece  inconsciência total e absoluta dos mortos ( João 11:11, Ecles 9:5-6, Salmo 146:4), até o dia da ressurreição, em que receberão o galardão conforme as suas obras (João 5:28-29).

Há um Inferno Eterno?

Que duração tem o castigo do inferno? Por quanto tempo continuará ardendo a Terra e sendo queimados os pecadores?

Esse inferno dura tão só enquanto realiza sua obra triste, porém necessária de purificar a Terra pelo fogo e destruir Satanás, origem de todo engano, pecado e dor, a seus anjos sequazes, e aos seres humanos que não atendendo aos chamados da misericórdia de Deus, preferiram apegar-se ao pecado, rechaçando o plano da gratuita salvação que o Criador lhes oferecia por meio de Cristo Jesus.

A série de diferentes vocábulos acima mencionados, que as Escrituras usam, tanto no Antigo como no Novo Testamentos, para se referir ao castigo dos homens que não se tenham preparado para o futuro reino imortal, convencem com força de evidência indiscutível da destruição completa de tais pessoas, e anulam de maneira irrefutável a crença num inferno perpétuo. Dificilmente poderíamos achar, no vocabulário humano, gama mais variada e completa de palavras, para reiterar o pensamento de uma morte real e destruição definitiva.

Sem dúvida, alguns sinceros estudiosos da Bíblia descobriram umas poucas passagens, que parecerão contradizer essa multidão de textos, ensinando o castigo eterno. Essas declarações são de três tipos, e vamos analisá-las detalhadamente, em tópicos correspondentes.

A) Fogo Inextínguível; Fogo que Nunca se Apaga

(S.Mateus 3:12; S,Lucas 3:17; S.Marcos 9:44)

Estes versículos falam do fogo que devorará os ímpios, e usam uma mera figura literária, uma hipérbole, que não se pode entender literalmente, mas é necessário interpretá-la em função de todo o conjunto de declarações bíblicas que tratam do mesmo assunto.

Esse “fogo que nunca se apaga”, apagar-se-á sem dúvida quando tenha cumprido sua obra de consumir e destruir a Satanás e seus anjos, a todos os ímpios e à Terra inteira, com todos seus elementos. Vamos demonstrar que isso é assim e que se trata de mera figura. S. Pedro declara em sua segunda Epístola, com respeito ao fim dos maus: “Ora, os céus [atmosféricos] que agora existem, e a Terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para fogo, reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios…Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a Terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pedro 3:7-12).

É esseo fogo a que aludem os versículos dos Evangelhos, que mencionam o “fogo que nunca se apaga”. É o fogo que consome a Terra e seus ímpios moradores. Porém esse fogo “que nunca se apaga”, segundo o Novo Testamento, apagar-se-á completamente, pois S. João, na sua última e gloriosa visão profética do Apocalipse nos diz: “Vi novo céu e nova Terra, pois o primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém” (Apoc 21:1-2). E assim continua descrevendo a morada dos remidos, com todas as suas formosuras e maravilhas. Assim pois, a terra que estava ardendo, S.João a viu afinal transformada num precioso vergel. O “fogo que nunca se apaga” enquanto tenha o que queimar, se extinguirá.

B) “Fogo Eterno; Castigo Eterno”

(S. Mateus 18:8; S. Mateus 25:46)

Já vimos que esse “fogo eterno” que se incendeia para abrasar a Terra, por ocasião do juízo retribuitivo de deus, termina, pois essa mesma terra S. João a viu formosa e renovada.

A palavra “eterno” e a expressão “para sempre” não denotam em todos os casos – na Bíblia – duração ilimitada. Por exemplo, o livro de Êxodo, quando fala do sistema de servidão entre os hebreus, diz que o servo que aos sete anos preferia ficar voluntariamente com seu amo, não aproveitando a liberdade gratuita, seria servo “para sempre” (êxod 21:2-6). Porém, em levítico 25:39-41 se conclui que toda servidão cessa automaticamente no ano do jubileu; de maneira que “para sempre” não implicava perpetuidade.

O profeta Jonas se refere ao tempo em que esteve no ventre do peixe, com estas palavras: “Desci à terra cujos ferrolhos se correram sobre mim para sempre“. Porém na linha seguinte diz: “contudo fizeste subir da sepultura a minha vida, ó Senhor, meu Deus!” (Jonas 2:6-7). De maneira que outra vez a expressão “parasempre” denota tempo muito limitado.

Em S.Judas lemos o seguinte sobre o castigo dos anjos caídos: “E os anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia” (Judas 6). Quer dizer que as “algemas eternas” duram só até o “juízo do grande dia”.

De igual maneira o mesmo S.Judas assinala no versículo seguinte, que as corrompidas cidades de Sodoma e Gomorra “são postas para figura do fogo eterno, sofrendo punição” (Judas 7). Aqui se alude ao fogo que Deus fez descer do céu e que consumiu estas cidades, e não ao fogo do juízo vindouro, pois Jesus, ao falar do castigo definitivo de Sodoma e Gomorra, fala no futuro (Mat 10:15). Mas o interessante é que o fogo que consumiu Sodoma e Gomorra e que a Bíblia chama “eterno”, faz tempo que deixou de arder. Outra vez se observa que a palavra “eterno” não denota, nestes casos duração ilimitada.

Que são pois “fogo eterno” e “tormento eterno”? São um fogo ou tormento de consequências eternas, pois extinguirão completamente a pessoa, não deixando “nem raiz nem rama”. Exemplo desta acepção do vocábulo “eterno” o temos nos seguintes casos:

II Tessalonicenses 1:9 “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição”

Hebreus 6:2  ”Juízo Eterno” (aqui a palavra juízo não se refere a castigo, mas ao estudo prévio do caso, pois a palavra original é Kríma, e procede do verbo Krino, que significa “discernir, examinar”.

Nem o juízo nem o exame nem a perdição são algo iterativo, que continua a se realizar através de toda a eternidade. Por conseguinte, é óbvio que, tanto a perdição como o exame do caso dos seres humanos que se faz no juízo investigativo, são eternos em suas consequências. Assim, também, é o fogo destruidor dos ímpios.

Deus não envia esse fogo sobre a Terra, para alegrar-Se no sofrimento. Para Ele, a tarefa de castigar é um mal necessário, mas contrário a Sua natureza. Por isso o Senhor qualifica de “estranha” essa obra: O profeta Isaías afirma: “Porque o Senhor Se levantará como no Monte Perazim, e se irará, como no vale de Gibeão, para realizar a Sua obra, a Sua obra estranha, e para executar o Seu ato inaudito” (Isaías 28:21). Como o cirurgião que se vê na imperiosa necessidade de amputar um membro pela raiz, para salvar a vida, realiza estranha obra, lamentando ter que fazê-lo, o divino Cirurgião terá que efetuar a desagradável obra de apagar da existência, no dia da sentença final, todo o que não tenha se preparado para a nova ordem mundial de perfeição e paz, e que ademais poderia ser um germe de dissolução.

Por esta razão o Senhor faz este rôgo amoroso, agora que está ao alcance dos filhos de Adão o prevenir-se da destruição eterna, e tomar as providências necessárias: “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, porque morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto convertei-vos e viveis” (Ezeq 18:31-32). Estas palavras são ditadas pelo terno amor que Deus dedica a cada um de nós, seres feitos a Sua imagem e semelhança. Mesmo quando enfrentamos as debilidades da carne, e nos vemos submetidos aos efeitos do pecado, que é a violação da lei divina, se aceitarmos o convite de Deus, submetendo-se à influência de Seu poder em nossos corações, seremos transformados e convertidos; receberemos um coração novo, e estaremos assim preparados para morar no reino eterno de justiça, paz e felicidade, onde tudo será alegria e perfeição. Eis aí o destino glorioso que Deus tem reservado para cada um de nós, se tão somente decidirmos submeter-nos ao maravilhoso plano divino que transforma e marca novos rumos à vida.

Quando Deus finalizar a estranha obra de purificar do pecado a Terra, quando nosso planeta deixar de ser o lago de fogo em que se converterá por breve lapso de tempo, cristalizar-se-á a magnífica e grandiosa visão profética que Deus mostrou ao apóstolo amado, as glórias inefáveis do Éden restaurado: Vi novo céu e nova Terra” – Exclama S. João – “… Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do Céu, da parte de deus ataviada como a noiva adornada para o seu esposo. Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles … E a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apoc 21:1-4). Queira Deus que todos nós que lemos estas linhas, desfrutemos do inefável gozo eterno desse mundo radiante do futuro.

Extraído do livro Paz na Angústia de Fernando Chaij ( CPB – 1967).
Via Sétimo Dia

sábado, 6 de outubro de 2012

Será que os pais de uma criança permitiriam que isso acontecesse!

Um inferno de tormento eterno em chamas é a crença de milhões de cristãos.
Seria tudo isso verdade? O que a Bíblia nos ensina?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Quem for para o inferno queimará eternamente?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O que e Onde é o Inferno?



Um alunou entrou em sua escola atirando, e vários dos seus colegas de classe foram mortos. Um homem ressentido por ter sido despedido de seu trabalho entrou atirando no local em que trabalhava e matou seu chefe. Uma mãe empurrou seu carro para dentro de um lago com seus dois filhos pequenos dentro, e os afogou.
Em pelo menos dois continentes, milhares de pessoas têm sido mortas em virtude de guerras motivadas pela limpeza étnica. Séculos de dominação da parte de dois ou mais grupos étnicos são as razões para tais atrocidades. Homens, mulheres, crianças e até mesmo bebês têm sido mortos, mutilados, espancados e violentados.
Punir esses bárbaros crimes com a pena de morte, mesmo para os assassinos a sangue frio, é um ato condenado por muitos. Os grupos contrários à pena de morte protestam em voz alta, chamando isso de um “ritual pagão” e desumano. Eles perguntam: Será que esses assassinos estão além da redenção?
Qual é a maneira mais humana de executar os criminosos condenados? A cadeira elétrica? Alguns pensam que talvez seja uma droga letal que cause o mínimo de dor. Outros defendem que a vida se encerraria mais rapidamente pelo enforcamento.
Mas, em todos esses acalorados debates sobre a sentença de morte, há uma opção que não é considerada por ninguém. Ninguém sugere que os assassinos a sangue frio, que cruelmente acabaram com a vida de outra pessoa, paguem com a agonia física de ser torturado até a morte. Ninguém, por exemplo, sugeriu até hoje que esses assassinos queimem até morrer.
Por incrível que pareça, muitos cristãos sinceros assumem que nosso Pai celestial fará algo muito pior que isso. Eles alegam que os ímpios devem ser torturados a fim de pagar por seus pecados. E que melhor maneira de Deus fazer isso do que colocá-los num lugar de tormento eterno?
Mas, o que realmente acontecerá com os ímpios? Como o destino deles pode ser compatível com o amor e a justiça de Deus? Vamos procurar as respostas bíblicas para essas perguntas.
1. O ÚLTIMO SOFRIMENTO DE JESUS
Por 6.000 anos Deus tem amavelmente chamado homens e mulheres.
“Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam!” Ezequiel 11:33 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
A cruz revelou o quanto Deus deseja resgatar a humanidade caída. Quando Jesus clamou na cruz: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”, Ele expôs a dor do Seu coração (Lucas 23:34). Pouco depois Jesus entregou Sua vida e, alguns crêem, morreu de um coração quebrantado (João 19:30, 34).
Mas, mesmo com essa poderosa demonstração de amor divino, muitos indivíduos ainda não se voltam para Jesus. Enquanto o pecado dominar este mundo, ele continuará a multiplicar a miséria humana. Por isso o pecado deve ser destruído. Qual é o plano de Deus para acabar com o pecado?
“O dia do Senhor, porém, virá… Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e A TERRA, E TUDO O QUE NELA HÁ, SERÁ QUEIMADA”. II Pedro 3:10, nota da margem.
Deus deve finalmente limpar o universo do mal e colocar um ponto final no pecado. Aqueles que persistirem em se apegar ao pecado serão finalmente destruídos pelo fogo que está preparado para o Diabo, seus anjos e o pecado de nosso mundo. Que sofrimento para o coração de Jesus ao ver o fogo consumindo aqueles pelos quais Ele morreu para salvar.
2. ONDE E QUANDO VAI QUEIMAR O INFERNO?
Ao contrário de algumas concepções populares, Deus não tem um local onde há um grande fogo queimando, chamado de “inferno”, aonde os pecadores vão quando morrem. O inferno acontece quando essa terra for transformada num lago de fogo. Deus espera para efetuar a sentença sobre os ímpios até o julgamento final ao final dos mil anos (Apocalipse 20:9-15).
“Os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios”. II Pedro 3:7
Deus nunca planejou que qualquer ser humano acabasse sua vida no fogo do inferno. Contudo, quando as pessoas se recusam a abandonar Satanás e se apegam aos seus pecados, eles finalmente precisam receber as conseqüências de suas escolhas.
“Então Ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS’”. Mateus 25:41
De acordo com Jesus, quando será o inferno?
“Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá NO FIM DESTA ERA [FIM DOS TEMPOS, Nova Tradução na Linguagem de Hoje]. O Filho do Homem enviará os Seus ANJOS, e eles TIRARÃO do Seu Reino TODO O QUE FAZ TROPEÇAR E TODOS OS QUE PRATICAM O MAL. ELES OS LANÇARÃO NA FORNALHA ARDENTE, onde haverá choro e ranger de dentes”. Mateus 13:40-42
O joio, os que fazem o mal, não serão queimados até o fim do mundo. Antes que essa sentença seja levada a cabo, todo o universo deve ter certeza de que Deus foi justo em todas as maneiras de lidar com o cada ser humano. Como foi detalhado na Lição 22, no grande conflito que há entre Cristo e Satanás, Satanás tem tentado provar para o universo que o seu modo de viver, o pecado, é melhor; Jesus tem demonstrado que a vida de obediência é a chave para ter uma vida mais satisfatória.
Ao final dos mil anos, essa demonstração culminará no julgamento de Satanás, de seus anjos, e dos ímpios. Depois que os livros de registro forem abertos, e for revelada cada parte que cada pessoa desempenhou nesse grande drama, Deus lançará Satanás, a morte, e o túmulo, juntamente com todos cujos nomes “não foram encontrados no livro da vida… no lago de fogo” (Apocalipse 20:14, 15). De acordo com o próximo verso, Apocalipse 21:1, depois que Deus purificar a terra do pecado, com fogo, Ele criará “novos céus e uma nova terra”.
3. POR QUANTO TEMPO QUEIMARÁ O INFERNO?
Muitos crentes aceitam a idéia de que o fogo do inferno durará para sempre, existindo assim um tormento eterno. Vejamos cuidadosamente os textos nos quais Deus descreve o tratamento do pecado e dos pecadores.
“Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles SOFRERÃO A PENA DE DESTRUIÇÃO ETERNA, a separação da presença do Senhor e da majestade de Seu poder”. II Tessalonicenses 1:8
Note que “destruição eterna” não é a mesma coisa que “tormento eterno”. Significa simplesmente que será uma destruição de conseqüências eternas. O efeito é a morte eterna. Pedro falou do dia do julgamento e da “destruição dos ímpios” (II Pedro 3:7).
De acordo com Jesus, tanto a “alma quanto o corpo” são destruídas no inferno (Mateus 10:28).
Em Seu Sermão da Montanha, Jesus falou da porta estreita “que leva à vida”, e a porta larga “que leva à destruição” (Mateus 7:13, 14). Em João 3:16, Jesus explica que Deus “deu Seu Filho Unigênito” para que todo o que crê não “pereça, mas tenha a vida eterna”. Jesus contrasta os dois resultados: a morte eterna ou a morte – não ficar queimando para sempre. Devemos concluir que o inferno definitivamente tem um término; ele resulta em morte e destruição dos ímpios.
Claras afirmações por toda a Bíblia nos dizem que os ímpios serão destruídos. “A descendência dos ímpios será eliminada” (Salmo 37:28); eles “serão destruídos” (II Pedro 2:12); “desvanecerão como a fumaça” (Salmo 37:20). O fogo reduzir-lhes-á a cinzas (Malaquias 4:1-3). “O salário do pecado é a morte”, não vida eterna no lago de fogo; “o dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Romanos 6:23).
O propósito da punição final do fogo do inferno é para eliminar o pecado do universo, não para preservar o pecado para sempre. É extremamente difícil imaginar que o mesmo Cristo que chorou por causa do destino da teimosia de Jerusalém e que perdoou aqueles que O mataram, seria capaz de passar a eternidade inteira observando a agonia dos perdidos.
O inferno tem um final. Ao final dos mil anos, Deus fará chover fogo do céu para eliminar o Diabo, seus anjos, e os ímpios que persistirem em se apegar a seus pecados. “Fogo” desce “do céu” e os devora (Apocalipse 20:9).
De acordo com Jesus, esse fogo “nunca se apaga”. Ou seja, nenhum corpo de bombeiros será capaz de apagá-lo, até que tudo tenha sido destruído e purificado.
Deus promete que, depois desse fogo purificador, Ele irá criar “uma nova terra”, na qual “as aflições passadas serão esquecidas”; e “nunca mais se ouvirão nela voz de pranto e choro de tristeza”. (Isaías 65:16-19).
Que dia será aquele! Toda a causa de sofrimento será extirpada. Deus apagará as marcas do pecado de cada coração, e nossa felicidade será completa.

4. “PARA SEMPRE” NAS ESCRITURAS
Em Mateus 25:41, Jesus fala do “fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos”. Será que “eterno” aqui quer dizer para sempre? Judas 7 apresenta Sodoma e Gomorra, que “estando sob o castigo do fogo eterno, elas servem de exemplo”. Obviamente, aquelas cidades não estão mais queimando. Mas o fogo FOI eterno no sentido que resultou na destruição permanente.
Em II Pedro 2:6, mais uma vez lemos sobre o fogo eterno. Mas essa passagem também aponta claramente que Deus “condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo do que acontecerá aos ímpios”. Os ímpios de Sodoma e Gomorra não permanecem em agonia; eles foram reduzidos a cinzas desde muito tempo atrás. E ainda assim, o fogo caiu sobre eles é “eterno” em suas conseqüências: destruição permanente. Eterno aqui significa castigo eterno, não castigar eternamente.
Apocalipse usa uma linguagem tão vívida e simbólica que algumas de suas passagens têm sido mal entendidas. Por exemplo, Apocalipse 14:11 ao falar dos perdidos, diz que “a fumaça do tormento de tais pessoas sobe para todo o sempre”. Isso parece um sofrimento sem fim. Mas, novamente, deixemos que a própria Escritura interprete a Escritura.
Êxodo 21:6, na versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição, fala de um servo que teria sua orelha furada como sinal de que serviria seu mestre “para sempre”. Nesse caso, “para sempre” seria enquanto durasse a vida do servo. Jonas, que passou apenas três dias e três noites no estômago de um grande peixe (Mateus 12:40), relata que ele esteve ali “para sempre” (Jonas 2:6). Sem dúvida, três dias numa densa escuridão pode ter parecido uma eternidade.
Por isso, devemos ser cuidadosos em entender como e quando a Escritura usa linguagem poética e simbólica. O fogo que sobe para sempre do lago de fogo é uma maneira vívida de expressar destruição eterna. Apocalipse 21:8 nos fala mais claramente que o lago e o mar de fogo “é a segunda morte”. O inferno tem um ponto final. Os ímpios serão consumidos; serão destruídos.
5. POR QUE É NECESSÁRIO HAVER UM INFERNO?
No princípio, Deus criou um mundo perfeito. Mas o pecado apareceu e trouxe muitos desastres, decadência e morte. Se você ao voltar para casa certa tarde a encontrasse toda saqueada e destruída, você a deixaria assim para sempre? Claro que não. Você varreria a poeira e a sujeira, limparia o lugar de cima a baixo, e jogaria fora todos os móveis arruinados e que não dessem mais para ser consertados. Deus fará a mesma coisa. Ele dará fim aos destroços e poluição causados pelo pecado de uma vez por todas, criando uma nova terra no lugar da antiga. O propósito de Deus para fazer esse mundo purificado pelo fogo é preparar tudo para que haja um mundo perfeito no qual os salvos viverão.
Mas Deus enfrenta um sério problema, pois o pecado não apenas destroçou nosso mundo físico, ele também infetou as pessoas. O pecado danificou nosso relacionamento com Ele e uns com os outros. A humanidade continua a sofrer com os abusos de crianças, o terrorismo, a pornografia, e milhares de outras doenças da alma. Deus algum dia precisará destruir o pecado, pois o pecado está destruindo as pessoas. O dilema de Deus é: como eliminar o vírus mortal do pecado do mundo e ainda assim não destruir todas as pessoas infectadas por ele? Sua solução foi levar o vírus em Seu próprio corpo. Ele permitiu que o câncer do pecado O destruísse na cruz. Como resultado:
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e NOS PURIFICAR DE TODA INJUSTIÇA”. I João 1:9.
Deus oferece a solução para o problema do pecado de graça para todos. Mas o fato triste é que alguns insistem em se apegar à doença do pecado. Deus não forçará as pessoas a escolherem o caminho da vida que Ele oferece. Aqueles que rejeitam a solução que Ele oferece serão finalmente consumidos por esse mal. O motivo real do inferno é esse:
“Pois Eu os chamei, e vocês nem responderam; falei, e não me deram ouvidos”. Isaías 65:12
Afastados de Jesus por suas próprias escolhas, os ímpios descobrirão que a única alternativa que lhes resta é a morte eterna.
6. QUAL SERÁ O CUSTO DE PERDER-SE?
Apesar das Escrituras não nos ensinarem que o fogo do inferno resulta num sofrimento sem fim, ela nos dá um vislumbre da terrível experiência que será estar perdido para sempre. Os ímpios irão perder a vida eterna. Que desespero será perceber que a alegria da vida eterna com Deus escorreu por entre os seus dedos; que nunca jamais experimentarão a alegria dos perfeitos relacionamentos de amor por toda a eternidade.
Quando Cristo foi crucificado na cruz e tinha os pecados do mundo separando Ele do Pai, Ele deve ter sentido a agonia da perdição eterna. Quando os ímpios olharem para a nulidade das trevas à sua frente, perceberão que só lhes restará a destruição eterna. Eles devem morrer sem esperanças de uma segunda ressurreição. Ao mesmo tempo, eles verão como expulsaram Cristo cada vez mais de sua vida, sempre que Ele tentava se aproximar com sussurros de amor. Ao final, eles cairão de joelhos e reconhecerão a justiça de Deus e o Seu amor (Filipenses 2:10, 11).
Não é de admirar que os escritores bíblicos nos alertassem com urgência para que ponderássemos sobre o peso das nossas escolhas e as reivindicações de Cristo.
“Insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus. Pois Ele diz: ‘Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação’”. II Coríntios 6:1, 2
Não posso imaginar outra tragédia pior do que alguém desperdiçar o sacrifício incalculável de Jesus para escolher perder-se. As alternativas que temos diante de nós são bastante claras: destruição eterna: ser excluído eternamente da presença de Deus, ou uma amizade eterna com Cristo que supre nossos anseios mais profundos. Qual será a sua escolha? Por que não descobrir o destino que Deus tem para você agora mesmo?
Lição 23. Copyright © 2004 The Voice of Prophecy Radio Broadcast
Los Angeles, California, U.S.A

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