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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Por Que Adão e Eva Não Morreram no Instante em que Comeram o Fruto?

Adam and Eve

Algumas pessoas já afirmaram que a Bíblia não quer necessariamente dizer o que diz em Gênesis 2:17, uma vez que Adão e Eva não morreram no momento em que comeram o fruto.

A base desta pergunta vem de Gênesis 2:17:

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia que dela comeres, certamente morrerás. (Gênesis 2:17)

Algumas pessoas já afirmaram que a Bíblia não quer necessariamente dizer o que diz em Gênesis 2:17, uma vez que Adão e Eva não morreram no momento em que comeram o fruto. Elas argumentam que a passagem realmente quer dizer “morrerás”, não “certamente morrerás”, que é de onde se deduz que Adão e Eva morreriam no mesmo dia em que comessem.

Morrer Naquele Dia—Ou Começar a Morrer?

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Deus deseja ou não que todos se salvem? – Romanos 9:13-24 e 1Timóteo 2:3-4



Será que Paulo em Romanos 9:13-24 declara que Deus não deseja a salvação para todos, enquanto, em 1Timóteo 2:3-4, afirma que Deus deseja que todos se salvem? A primeira declaração é falsa; porém a segunda é verdadeira.
O problema subjacente nestas declarações paulinas poderia ser apresentado com uma palavra – predestinação. Este assunto vem explicado em nosso livro Explicação de Textos Difíceis da Bíblia.
Quanto a este controvertido tema, a verdade está sintetizada na frase: “Deus quer que todos os homens se salvem”.
Romanos 9:13-24 não diz que há pessoas a quem Deus não possa salvar, diz apenas que tudo se adapta ao seu plano. O ímpio será destruído, mas Deus não impele ninguém a ser ímpio (Ezequiel 33:11). A ação de Deus sobre o homem é semelhante a ação do sol. O sol é culpado por endurecer o barro? Não. O problema está com a natureza do barro. Podemos culpar a Deus por alguns corações se endurecerem e outros se abrandarem? A resposta apenas pode ser negativa. O mesmo sol que endurece o barro, derrete a manteiga e a cera.

Leia e Compreenda Melhor a Bíblia, de Pedro Apolinário – Passagens Aparentemente Conflitantes – item 8

sábado, 30 de janeiro de 2016

Como sair do poço!




"Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miquéias 7:19).

Para que possamos sair do poço do pecado, precisamos pedir a Deus que lance nossos pecados nas profundezas do mar. O poço do pecado é profundo e tenebroso. O homem não pode, por si mesmo, sair dele. Somente um poder infinito pode erguer o transgressor, pondo-o em contato com a luz. Jesus veio ao mundo para criar essa possibilidade.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Um grande Salvador para o grande pecador


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“Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realiza-lo” (Romanos 7:18).
Há tempos atrás, li em alguma revista, a história dum violento e cruel assassino, “o rei dos criminosos”. Certo dia, no presídio, pediu um livro para ler. Como não acharam o que queria, o capelão lhe indicou a Bíblia:
– “E esse livro, você já leu? Vale a pena ler”.
– “Se você soubesse quem sou, não me perguntaria isso. Esse livro nada tem a ver comigo”, respondeu.
– “Conheço bem a sua fama, por isso lhe dou a Bíblia; ela o ajudará”.
– “Não me ajudará, pois já não tenho mais sentimentos”, insistiu o preso; e, esmurrando a porta, gritou: “Meu coração é tão duro como este ferro; nada nesse livro pode me tocar”.
– “Você quer um coração novo?”, perguntou o capelão, lendo, em seguida, Ezequiel 36:26.
Admirado com o que ouviu, o homem leu o texto várias vezes. No dia seguinte, confessou que nunca imaginara que Deus pudesse lhe falar tanto e, naquela mesma noite, lhe dar um novo coração. E seguiu a história com experiências vividas por um homem regenerado…
Um grande pecador encontra um grande Salvador! Foi atingido pela infinita graça de Deus que é suficiente para apagar grandes ou pequenos pecados. Louvemos ao Senhor por “Suas misericórdias que são a causa de não sermos consumidos… não têm fim,  renovam-se cada manhã” (Lm 3:22,23).

Ficha Técnica:Tempo de Refletir
-> Texto: Autoria desconhecida
-> Música: Arautos do Rei, “Graça”
-> Locução e edição: Amilton Menezes
-> Finalização: Isa Vasconcelos

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Os filhos falecidos ainda bebês se salvarão


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por Daniel Oscar Plenc
Diretor do Centro White da Argentina
Tradução – Cristiane Perassol Sartorti 

Na realidade, a Bíblia não fala muito sobre a salvação de filhos. Contudo, algumas ideias parecem claras: (a) Deus não torna os filhos responsáveis pelos pecados de seus pais (Ezequiel 18:4,20), (b) haverá filhos na nova terra (Isaías 11:6,8), (c) Cristo ensinou que dos filhos é o reino dos céus (Mateus 19:13-15; Marcos 10:13-16; Lucas 18:15-17), (d) os adultos devem tornar-se como crianças para entrarem no reino de Deus (Mateus 18:2-5; Marcos 9:36-37; Lucas 9:47-48). É importante lembrarmos que Deus é um ser amoroso e justo, em quem podemos confiar inteiramente, sabendo que Ele irá fazer o melhor por Suas criaturas em cada caso. A Bíblia ensina que Deus conhece nossa condição (Salmos 103:14) e que avalia cada um de acordo com a luz que recebeu e as circunstâncias que o rodeiam. Jesus disse que àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão (Lucas 12:48).

Em relação aos escritos de Ellen G. White, recomendamos de maneira específica alguns capítulos de seus livros em português: parte do capítulo 27, intitulado “Os que choram”, do livro Mensagens Escolhidas, volume 2, páginas 257-274; o capítulo 39, intitulado “Perguntas a respeito dos salvos”, do livro Mensagens Escolhidas, volume 3, páginas 313-316; o capítulo 83, intitulado “A recompensa”, do livro Orientação da Criança, páginas 560-570. Em todas essas referências encontra-se o assunto relacionado à salvação dos filhos dos incrédulos, dos filhos dos crentes, da ressurreição dos filhos, do dia do juízo, da presença dos filhos na nova terra, etc.

Ellen White escreveu o seguinte a uma mãe desolada: “Veremos nossos filhos outra vez. Encontrar-nos-emos com eles e os reconheceremos nas cortes celestes. Ponde no Senhor a vossa confiança, e não temais” (Carta 196, 1899, Orientação da Criança, p. 566).

Os conselhos de Ellen G. White estão em harmonia com a Bíblia e dão evidências da existência dos filhos quando Cristo voltar e de sua salvação, independentemente de seus pais.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Suicídio e Salvação. O que a bíblia fala sobre uma pessoa depressiva cometer suicídio? 


Acredito que nenhum ser humano possa responder plenamente sua pergunta, pois este tipo de julgamento pertence a Deus (ver Ezequiel 18:30, 34:20, Mateus 16:27, Apocalipse 14:7, 22:12), o ÚNICO que é capaz de sondar o íntimo de cada criatura (cf. Salmo 7:9, 17:3 e 139:1).

Não temos como avaliar plenamente até que ponto um depressivo tem responsabilidades por seus atos na visão do Senhor. Sabemos sim que Ele dá a todos nós forças para que cortemos maus pensamentos de modo que estes não venham a criar maus frutos (cf. Filipenses 4:8 e 13). Entretanto, é bom atentarmos para o fato de que há diferentes fases na depressão, uma na qual a pessoa está sem forças mentais para resistir ao desejo de se matar.

 Em Sua misericórdia, Deus levará isso em conta, com certeza.Assim, não podemos afirmar que seu falecido colega vá perder-se. Só Deus o sabe. Até na Bíblia há um caso de um suicida (Juízes 16:30) que foi salvo (Hebreus 11:32). Deve-se ressaltar também que ninguém será condenado por um ato isolado; isto significa que seu ex-companheiro, caso fosse reprovado, não o seria apenas porque se suicidou; outras coisas teriam de ter sido levadas em conta para que fosse declarado tal destino final para ele.

De algo tenho absoluta certeza: tudo o que poderia ter sido feito para a sua salvação, o Espírito Santo o fez, e: Jesus irá julgá-lo (João 5:22) da maneira mais justa que existe: "Deus é justo juiz..." Salmo 7:11, primeira parte. "Os rios batam palmas, e juntos cantem de júbilo os montes, na presença do SENHOR, porque ele vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com eqüidade." Salmo 98:8-9.

Aliado a isto está o fato de a base de Seu trono e justiça ser a misericórdia: "Compassivo e justo é o SENHOR; o nosso Deus é misericordioso." Salmo 116:5. "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna." Hebreus 4:16. "Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR." Jeremias 9:24. "Todas as veredas do SENHOR são misericórdia e verdade para os que guardam a sua aliança e os seus testemunhos." Salmo 25:10. Sua compaixão é infinita: "Pois a tua misericórdia se eleva até aos céus, e a tua fidelidade, até às nuvens." Salmo 57:10.

* Esse texto foi elaborado por Leandro Quadros e faz parte do acervo da Escola Bíblica.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

"Debaixo da Graça"


O que Paulo quer dizer com as palavras de Romanos 6:14, onde declara que os cristãos não estão mais "debaixo da lei", e sim "debaixo da graça"? Será que, com isso, a obediência à lei torna-se desnecessária?


ANTES da expressão "debaixo da graça", o apóstolo das gentes, Paulo, usa a expressão "debaixo da lei", O que significa estar debaixo da lei"?


Quer dizer estar sob a condenação da lei. A pessoa transgrediu a lei e esta o acusa e condena. Isto se verifica com relação a qualquer tipo de lei a que alguém esteja sujeito. As leis do trânsito, por exemplo. Verifica-se a infração: O motorista é passível de condenação. No entanto, ao pagar a multa a que está sujeito (de acordo com o previsto na lei), a culpa deixa de existir. Imediatamente o culpado passa a gozar o direito de continuar dirigindo, sem que as leis do trânsito o condenem, a não ser que venha a reincidir. Não estando "sob as leis do transito", isto é, não sendo transgressor ou Infrator, encontra-se livre para dirigir, OU seja, "debaixo da graça do trânsito".


Não pode ser condenado enquanto for obediente à sinalização.


O mesmo ocorre com o cristão. Paulo, ao escrever o verso em lide, dirigia-se aos cristãos de Roma. Tratava-se de pessoas convertidas. Isto está bem claro ao lermos os versos 2 e 3 do mesmo capítulo: "Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?"

Vê-se, claramente, que Paulo endereçava tais palavras a crentes convertidos, para os quais o mundo já havia morrido. Como se não bastassem esses versos citados, leiamos o 17 e o 18: "Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes chamados. E, libertados do pecado, fostes servos da justiça".


Ora a expressão "obedecestes de coração à forma de doutrina" equivale a guardastes a lei de Deus. Sendo assim, os crentes de Roma estavam libertos do pecado, isto é, livres da condenação da lei enquanto obedecessem aos seus reclamos pela graça de Cristo. Ademais, note-se que a própria passagem em lide declara que aqueles a quem Paulo se dirige não estão "debaixo da lei", porque "o pecado [e não a lei] não terá domínio" sobre eles.


Segundo a definição bíblica, pecado "é transgressão da lei" (1 S. João 3:4). Logo, os que não estão sob o domínio do pecado, por terem sido justificados e experimentado o novo nascimento, é que não estão "debaixo da lei". Observe-se o contraste traçado pelo mesmo apóstolo, escrevendo aos gálatas, entre as práticas dos que estão "debaixo da lei", chamadas de "obras da carne", e as dos que são "guiados pelo Espírito" que evidenciam a genuína santificação, "fruto do Espírito" (Gálatas 5:16 a 24).


Diante dessas considerações, o texto poderia ser exegeticamente amplificado para comunicar a seguinte interpretação: "tendo abandonado os vossos pecados, tendo cessado de quebrar "a lei, tendo crido em Cristo e sendo batizados, vós agora não sois mais governados pelo pecado ou pelas paixões, nem sois condenados pela lei, porque achastes graça à vista de Deus, que vos concedeu esse favor imerecido, e os vossos pecados foram perdoados". (cf. Subtilezas do Erro, p. 87).


Quando os cristãos romanos (a quem Paulo se dirigia, repetimos) estavam no pecado, a lei os condenava. Estavam "debaixo da lei". Eram réus de juízo. No entanto, o apóstolo lhes prega o evangelho da graça, e eles o aceitam de coração, convertendo-se. Ao se arrependerem de seus pecados, Deus lhes perdoou as faltas, pela fé que depositavam em Cristo como seu Salvador pessoal, ao mesmo tempo que a lei deixava de condená-los.


Pela graça foram perdoados. O dom do perdão foi obra da graça, que se lhes manifestou na forma de justiça imputada. Deus riscou a culpa que impendia de seus ombros. Assim, os cristãos romanos não eram mais servos do pecado, mas servos de Cristo.


Mediante a graça foram perdoados e por ela mantinham- se obedientes à lei. Esta, não encontrando neles falta alguma, não os condenava. Era tão-somente para eles um padrão de justiça, de conduta. É por isso que o mesmo Paulo diz que a lei é "santa, justa e boa". Isto é, mostra a situação do pecador e lhe aponta o remédio, Cristo Jesus.


Há ainda os que estão "fazendo força" para guardar a lei para, assim, livrar-se da condenação. Ora, essa é a mais lamentável forma de legalismo, pois somente após obter a graça que nos liberta da condenação é que podemos viver em harmonia com os princípios contidos no Decálogo no processo de santificação e vitória sobre o pecado.


A propósito, citemos o seguinte trecho do Comentário Adventista, com referência a Romanos 1:14: "A lei não pode salvar o pecador, nem pode pôr fim ao pecado e seu domínio. A lei revela o pecado (Romanos 3:20), e, em virtude da pecaminosidade do homem, a lei, por assim dizer, faz com que a transgressão aumente (cap. 5:20). A lei não pode perdoar o pecado, nem pode prover qualquer poder para vencê-lo. O pecador que procura ser salvo sob a lei, encontrará somente condenação e profunda sujeição ao pecado. Sempre que se admitir que o homem pode ser salvo mediante os próprios esforços, não haverá barreira eficaz contra o pecado". "O cristão, porém, não busca a salvação legalisticamente, como se pudesse ser salvo pelas próprias obras de obediência (Rom. 3:20, 28). Reconhece que é transgressor da lei divina, que em sua própria força é totalmente incapaz de cumprir seus reclamos . . Quando o homem está "sob a lei", a despeito de seus melhores esforços, o pecado continua a ter domínio sobre ele, porque a lei não pode livrá-lo do poder do pecado. Sob a graça, entretanto, a batalha contra o pecado não é uma empresa arriscada, mas uma vitória certa". - 
Extraído do livro Consultoria Doutrinária.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Ligado na Videira



Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. Lucas 15:32

Nossas definições de Deus, na maioria das vezes, falam mais de nós mesmos do que de Deus. Não raro, elas interpretam mal a Deus. Em Lucas 15, Jesus conta três parábolas em resposta à acusação que Lhe é feita: “Este recebe pecadores” (Lc 15:2). Assim, Ele subverte a doutrina de Deus da teologia farisaica. Segundo Jesus, Deus não exige reforma e santificação como condição para aceitar os que O buscam. Ele não espera transformação moral nem mesmo nosso arrependimento para nos receber.

Isso lhe parece ofensivo? Observe as palavras de Ellen White: “Os judeus ensinavam que o pecador devia arrepender-se antes de lhe ser oferecido o amor de Deus. […] Conforme sua suposição, [Jesus] não devia permitir que pessoa alguma a Ele se achegasse sem se ter arrependido. […] Cristo ensina que a salvação não é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus nos procura” (Parábolas de Jesus, p. 189). Arrependimento, santificação e reforma não são a base da aceitação por Deus, mas o resultado dela.

Em comovente simplicidade, Jesus descreve como é Deus, Sua bondade, Sua graça e infinita misericórdia. Esse é o Deus a quem Jesus representou. O Deus que recebe os envergonhados, cegos, leprosos, surdos e imundos. Que não nega a culpa, mas perdoa e cura. Querido amigo, encontra-se você no “país distante”? Sua jornada parece ter chegado ao fim, numa viela aparentemente sem saída? Está você desanimado, deprimido pelos descaminhos da vida que o levaram a viver longe do Pai, imaginando que não há esperança para seu caso? Aqui está o Deus que Jesus veio revelar. Aquele que “justifica o ímpio” (Rm 4:5). Ele purifica e restaura. Não apenas nos ofereceu roupas de puro linho, mas “deu o Seu filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

Aqui está o Deus do evangelho, que celebra e Se regozija com a volta dos perdidos. Corre ao encontro deles. Estende Seus braços eternos para recebê-los e abraçá-los. Esse Deus não coloca nenhum obstáculo aos que retornam. Agora mesmo, pode torná-lo nova criatura, um novo homem ou uma nova mulher. Ele pode dizer-lhe neste mesmo instante, com júbilo que invade o Universo: “Bem-vindo ao lar, meu querido. Estava esperando você!” 

Extraído da Meditação Diária "Encontros com Deus" do Dia 22 de Maio de 2014

domingo, 29 de março de 2015

O plano da redenção em simbolos


quarta-feira, 11 de março de 2015

A Verdade em 2 Minutos - A Salvação

sábado, 7 de março de 2015

Perdido Dentro da Igreja



"Entrou na sala sem bater e jogou-se na cadeira em frente da minha mesa. Suava. Era evidente que estava nervoso.

- Pastor, estou perdido! - disse sem rodeios. Apenas três palavras. Seria desnecessário dizer mais para descrever a tragédia de uma alma em conflito. Podia aceitar essa declaração de qualquer outra pessoa, não daquele rapaz. Eu o conhecia muito bem: era um jovem exemplar, um fiel membro da igreja. Mas estava ali, com os olhos lacrimejantes repetindo:

- Pode crer, pastor, estou perdido! Sou cristão de berço. Todo mundo acha que sou um bom membro da igreja. Meus pais acreditam que sou um filho maravilhoso. Os membros da igreja acham que sou um jovem consagrado. Eles até me nomearam Diretor dos Jovens. Muitas vezes ouço os pais dizendo a seus filhos: "Gostaria que você fosse como aquele rapaz!" Todos acham que sou um modelo de cristão, mas não é verdade pastor, eu sou uma miséria. Acabo de fazer algo horrível e não é a primeira vez. Fiquei desesperado, angustiado como das outras vezes. Tive vontade até de morrer. Eu não sou o que todos pensam que sou.

Tentei dizer alguma coisa, mas ele cortou:

- Eu não quero ser assim pastor, eu quero ser um cristão de verdade, mas não consigo. Tenho lutado tantas vezes, tenho me esforçado, mas sempre acabo derrotado.

Doeu-me ver assim aquele jovem.

- O senhor está desapontado comigo, não está? - perguntou depois, com ansiedade.

Desapontado? Eu tinha era um nó na garganta. Procurei esconder minha tristeza, minha dor, porque na realidade o drama não era só daquele jovem. Eu sabia que muitos jovens de minha igreja também vivem essa triste realidade. "Pastor, estou perdido!" Perdido? Sim, perdido dentro da igreja.

É possível estar perdido dentro da igreja? Infelizmente é, sim. Existem os que, como no caso desse jovem, estão perdidos fazendo coisas erradas enquanto ninguém vê, mas existe outra classe de perdidos: aqueles que fazem tudo direito, cumprem aparentemente tudo que a igreja pede, vivem preocupados com detalhes de regulamentos e normas, mas estão igualmente perdidos.

Há um texto bíblico que fala do jovem rico. "E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falsos testemunhos; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele porém, respondendo lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus olhou para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuia muitas propriedades" (S. Marcos 10:17 a 22).

O jovem rico era um rapaz como qualquer jovem da igreja de hoje. Era membro de uma congregação cujos líderes se preocupavam muito com normas, leis e regulamentos. "Não pode fazer isto". "Não pode fazer aquilo". "Fazer isto é pecado". "Fazer aquilo também é pecado". Aquele jovem cresceu tendo um conceito errado de Deus. Imaginava-O sentado no Seu trono de justiça, ditando regras, com o rosto sério e uma vara na mão, pronto para castigar o desobediente. Desde pequeno seus pais e os líderes da igreja exigiram o fiel cumprimento de todas as normas. Eram líderes preocupados com a imagem da igreja. O que realmente importava para eles era que as pessoas cumprissem as normas, que fossem bons membros de igreja e nada mais. O jovem rico aprendeu desse modo a cumprir todas as normas e leis. Aparentemente era um jovem bem comportado, ativo na igreja, participava das programações e cultos, podia ser apontado como exemplo para outros, mas alguma coisa estava errada: não era feliz, tinha a sensação de que estava perdido apesar de cumprir tudo. Certo dia anunciaram a chegada de Jesus à sua cidade. A história está registrada no capítulo 10 de São Marcos. Os líderes da igreja, ainda preocupados somente com o cumprimento rígido das leis, foram os primeiros a sair ao encontro de Jesus. O registro sagrado narra assim: "E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?" (Marcos 10:2). Você percebe a inquietude daqueles líderes? Sua grande preocupação era apenas com os detalhes.

Seria possível que hoje os líderes também caiam no mesmo erro? "É pecado cortar o cabelo?" "É pecado orar assentado?" "É pecado ter um pátio de recreações ao lado do templo?" "É pecado ir à praia?"

O Senhor Jesus não se deteve muito tempo a discutir com eles. Dirigiu-Se aonde estava um grupo de crianças, colocou-as no colo, com amor acariciou-lhes a cabecinha e beijou-lhes os rostinhos inocentes. O jovem rico ficou emocionado ao ver aquele quadro. Ele nunca poderia imaginar que Jesus fosse capaz de beijar e fazer um carinho. Não era essa a imagem que ele tinha aprendido acerca do Filho de Deus. Pela primeira vez na vida teve vontade de abrir o coração a alguém. Correu quando Jesus já estava saindo da cidade, ajoelhou-se perante Ele e disse: "...Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" (Marcos 10:17).

Ele estava dizendo na realidade: "Bom Mestre, que farei para ser salvo? Eu sinto que estou perdido. Não tenho certeza da salvação."

Por que? Acaso não era um bom membro da igreja? Não cumpria todas as normas? Ah! meu amigo, cumprir mandamentos nunca foi sinônimo de salvação. Ser um bom membro de igreja não quer dizer estar salvo.

É, de algum modo, possível obedecer a tudo e estar completamente perdido. Perdido, dentro da igreja!

O Senhor Jesus tentou levar o jovem do conhecido ao desconhecido. O jovem conhecia a letra da lei, as normas, os regulamentos e Jesus lhe disse: "Tu sabes os mandamentos..." (Marcos 10:19).

Este foi um tratamento de choque. "Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade" (Marcos 10:20).

...Mas a angústia não desaparece, o desespero aumenta, a sensação de estar perdido é cada vez maior". Jesus olhou para ele com ternura e o amou.

Sabe? Jesus também ama você. Não importa se você é pobre ou rico, se é preto ou branco, se é feio ou bonito. Ele o ama. Ele o compreende. Isso é o que diz a Bíblia. Você é a coisa mais importante para Deus, não importa o momento que esteja vivendo. Você, com suas lutas, com seus fracassos, com seus conflitos, com suas dúvidas e incertezas; você com suas deformações de caráter, com seu temperamento irascível, é objeto de todo amor e carinho de Deus. Pode ser que em algum momento de sua vida você sinta que ninguém gosta de você, que seus pais não o compreendem, que seus professores não reconhecem seu valor, que a vida lhe negou as oportunidades que deu a outros, que o mundo inteiro não o aceita. Pode até ser que você não goste de você mesmo. Tudo isso pode, de algum modo, ser verdade, mas Deus gosta de você, Ele o compreende. Neste momento, tenha certeza de que Ele está bem perto de você, pronto a ajudá-lo, a socorrê-lo, a valorizá-lo.

Lá na Judéia, além do Jordão, séculos atrás, Cristo olhou com amor o jovem rico. Viu seus conflitos internos, suas lutas, suas angústias. Viu sua desesperada situação: perdido dentro da igreja, perdido cumprindo todos os mandamentos, perdido obedecendo a todas as normas. "Sabe qual é seu problema, filho?" - disse Jesus - "apenas um: você não Me ama. Em seu coração não há lugar para Mim, em seu coração só há lugar para o dinheiro. Você está disposto a guardar mandamentos, mas você não Me ama, e enquanto não Me amar Eu não aceito nada de você. Não adianta guardar mandamentos, cumprir normas, obedecer regulamentos; se você não Me amar, nada disso tem sentido e você continuará com essa horrível sensação, com esse vazio na alma. Vamos fazer uma coisa, Meu querido filho, você agora vai para casa, tira do coração o amor às coisas deste mundo, coloca-Me como o centro de sua vida, então venha e siga-Me". A Bíblia diz que o jovem, "...pesaroso desta palavra, retirou-se triste..." (Marcos 10:22).

Que tragédia! Estava mais pronto a guardar mandamentos do que amar o Senhor Jesus. Por quê? Talvez porque é mais fácil aparentar que se é bom do que entregar o coração a Deus.

É possível que você esteja pensando: "Felizmente eu não tenho riquezas". Pode ser. Mas, às vezes, não precisamos ter riquezas para destronar Jesus do coração. 

Lá na Judéia, além do Jordão, séculos atrás, Cristo olhou com amor o jovem rico. Viu seus conflitos internos, suas lutas, suas angústias. Viu sua desesperada situação: perdido dentro da igreja, perdido cumprindo todos os mandamentos, perdido obedecendo a todas as normas. "Sabe qual é seu problema, filho?" - disse Jesus - "apenas um: você não Me ama. Em seu coração não há lugar para Mim, em seu coração só há lugar para o dinheiro. Você está disposto a guardar mandamentos, mas você não Me ama, e enquanto não Me amar Eu não aceito nada de você. Não adianta guardar mandamentos, cumprir normas, obedecer regulamentos; se você não Me amar, nada disso tem sentido e você continuará com essa horrível sensação, com esse vazio na alma. Vamos fazer uma coisa, Meu querido filho, você agora vai para casa, tira do coração o amor às coisas deste mundo, coloca-Me como o centro de sua vida, então venha e siga-Me". A Bíblia diz que o jovem, "...pesaroso desta palavra, retirou-se triste..." (Marcos 10:22).

Que tragédia! Estava mais pronto a guardar mandamentos do que amar o Senhor Jesus. Por quê? Talvez porque é mais fácil aparentar que se é bom do que entregar o coração a Deus.

É possível que você esteja pensando: "Felizmente eu não tenho riquezas". Pode ser. Mas, às vezes, não precisamos ter riquezas para destronar Jesus do coração. 

Seria possível você amar mais um artista de televisão do que Jesus. Um esporte, uma namorada, uma profissão, os estudos, coisas até boas, mas que podem ocupar o lugar de Cristo no seu coração. Pode ser até que você ame mais a sua igreja, a doutrina da sua igreja, o nome da sua igreja, do que o Senhor Jesus.

Pergunto: Qual deveria ser a nossa primeira preocupação, amar a Jesus ou guardar normas? Às vezes, estamos mais preocupados que os jovens obedeçam as normas e não que amem a Jesus. O interesse de Jesus é diferente: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração", diz Ele enquanto bate à porta do coração humano.

Há algo que nunca deveríamos esquecer: é possível de alguma maneira cumprir normas sem amar Jesus, mas é impossível amar Jesus e deixar de cumprir as normas. Então, qual deveria ser o nosso primeiro interesse, o nosso grande objetivo? Se o ser humano amar a Jesus com todo seu coração, será incapaz de fazer algo que magoe o seu Redentor. Sua vida, em conseqüência, será uma vida de obediência.

Sabe qual é o nosso grande drama na vida espiritual? Sabe por que não somos felizes na igreja? Falta amor por Cristo. Estamos na igreja porque gostamos dela, a sua doutrina nos convenceu, o pastor fez um apelo irrecusável. Estamos na igreja porque nossos pais querem, ou então, para agradar aos filhos ou a esposa, ou simplesmente porque todo ser humano tem que ter uma religião, mas não porque amamos a Jesus a ponto de dizer: "Eu não posso viver sem Ti".

- Pastor - disse-me uma velhinha certo dia - tenho quase 60 anos de casada. Pode perguntar a meu marido e ele dirá que sempre fui uma esposa perfeita. Fiz tudo o que uma boa esposa deve fazer, agi sempre do modo certo, mas, nunca fui feliz.

- Por que? - perguntei.

- Eu não amo meu marido, pastor. - Foi a resposta.

- Mas, então, por que se casou?

A velhinha emocionou-se ao dizer:

- Nos meus tempos de mocinha a gente não escolhia marido. Eram os pais quem escolhiam marido para a gente. Um dia meu pai disse: "Filha, daqui a dois meses você vai se casar com o filho do meu compadre". O enxoval foi preparado. A festa ficou pronta e, faltando dois dias para o casamento, conheci meu noivo. Não gostei. Nunca consegui gostar, mas casei porque tinha que obedecer. Fui uma esposa perfeita, mas nunca fui feliz.

Como ser feliz ao lado de alguém que não se ama? O batismo é uma espécie de casamento com Cristo. Muitos cristãos talvez pudessem dizer: "Senhor, estou na igreja, batizado há cinco anos, ou dez, ou quinze anos. Nesse tempo todo, de alguma maneira, cumpri o que a igreja pede. Mas nunca fui feliz." Por que? Porque não é possível ser feliz ao lado de alguém que não se ama. Conviver ao lado de alguém que se ama já é uma tarefa desafiante, imagine quando não há amor. Nunca poderemos ser felizes estando na igreja porque nascemos nela, ou por causa da pressão social, religiosa ou familiar. Todos os motivos só têm algum sentido quando o grande motivo é o amor por Cristo. Se não for assim, a vida cristã se tornará um "inferno", um fardo horrível para se carregar. Fazer as coisas só porque estamos batizados, só porque temos que cumprir as normas de uma igreja que assumimos, só para agradar aos homens é a pior coisa que pode acontecer. Sempre estaremos pensando em sair, abandonar tudo, ou então, quando ninguém vê, estaremos fazendo as coisas erradas.

Todas as normas da igreja, todas as coisas que tenhamos que abandonar, tudo que tenhamos que aprender terá algum significado unicamente quando o amor de Cristo constranger nosso ser. A nossa primeira oração não devia ser: "Senhor, ajuda-me a guardar Teus mandamentos", mas, "Senhor, ajuda-me a amar-Te com todo meu ser".

O jovem rico partiu triste e não voltou mais. Estava pronto a ser um bom membro de igreja, mas não a entregar o coração ao Mestre.

Alguma vez você já se perguntou porque está na igreja? Você acha que Cristo veio a este mundo para que as igrejas cristãs estivessem cheias de pessoas tentando portar-se bem ou Ele veio para que as pessoas fossem realizadas e felizes?

Neste momento, embora você não possa vê-Lo, Jesus está aí perto de você com os braços abertos dizendo: "Venha a mim, Filho."

Está você triste? Venha a Jesus. Ele confortará sua alma cansada. Sente-se só? Venha a Jesus. Ele preencherá seu coração de tal maneira que não sentirá mais o frio da solidão. O peso da culpa de algum erro passado o atormenta? Venha a Jesus. Ele morreu para pagar o preço de seus erros e está disposto a dar-lhe hoje a oportunidade de começar uma nova experiência. Não importa quem é você ou como você viva. Não importa seu presente, nem seu passado. Não importa suas virtudes ou defeitos; suas vitórias ou derrotas. Venha a Jesus e lembre-se: Você é a coisa mais linda que Ele tem neste mundo. Ele o ama e deseja fazer parte de sua vida. Está você disposto a abrir-lhe o coração?


Pastor Alejandro Bullón

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Sublime graça do Senhor que a mim pecador salvou.


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Quando aceitamos a salvação estamos salvos para sempre?

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Se a salvação é somente por Jesus, quem não O conheceu será salvo?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O que devemos fazer para alcançarmos a salvação?


Como identificar os falsos profetas? Eles sabem que estão ensinando o que não é verdade?
Todos os alimentos são puros? Se orarmos pedindo a benção de Deus sobre o alimento ele é purificado?
Como responder usando a Bíblia a quem afirma que o antigo testamento não é mais válido?
Explique o texto que diz para não saudarmos quem ensina o erro?
Existem espírito no céu?
Paulo e Pedro eram contrários na questão das doutrinas que ensinavam?
Quem é estrela da manhã?

sábado, 24 de novembro de 2012

Deus determinou antecipadamente quem vai ser salvo e quem se perderá?



Deus sabe realmente quem vai ser salvo e quem se perderá, porque Ele é “perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) e “conhece todas as coisas” (I Jo 3:20), inclusive “o que há de acontecer” (Is 46:10). Mas esse conhecimento divino, que é absoluto mas não-causativo, não restringe de qualquer forma a liberdade humana de escolher o caminho da salvação ou da perdição.

A Bíblia deixa claro que o mesmo Deus que “faz nascer o sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:45) também oferece a salvação a todos igualmente. Ele não apenas ordena que o evangelho seja pregado “a toda criatura” (Mc 16:75), mas também convida: “Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas...” (Is 55:1) e “Vinde a Mim, todos...” (Mt 11:28). O mesmo conceito da imparcialidade divina é apresentado pelo apóstolo Pedro em sua declaração: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que O teme e faz o que é justo Lhe é aceitável” (At 10:34 e 35).

Alegar que todos os seres humanos já nasceram individualmente predestinados para a salvação ou para a perdição implica na rejeição das declarações apostólicas de que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos” (I Tm 2:4) e “que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (II Pe 3:9). Como poderia o apóstolo Paulo haver instado a “que todos, em toda parte, se arrependam” (At 17:30), se nem todos pudessem se arrepender?

Embora a salvação seja oferecida gratuitamente a todos indistintamente, somente aqueles que a aceitam pela fé serão salvos (ver Ef 2:8-10). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). A perdição dos ímpios não é, portanto, o resultado de um decreto divino arbitrário, mas sim a conseqüência natural de haverem rejeitado individualmente a oferta de salvação.

A. W. Tozer comenta: “Certas coisas foram decretadas pelo livre-arbítrio de Deus, e uma delas é a lei da escolha e suas conseqüências. Deus declarou que todo aquele que voluntariamente se entrega a Seu Filho Jesus Cristo na obediência da fé, receberá a vida eterna e se tornará filho de Deus. Decretou também que aqueles que amam as trevas e continuam em sua rebeldia contra a suprema autoridade do Céu, permanecerão em estado de alienação espiritual e sofrerão afinal a morte eterna.” – Mais Perto de Deus (São Paulo: Mundo Cristão, 1980), pág. 132.

Embora Deus haja predestinado à salvação todos os que voluntariamente aceitam a Cristo (ver Ef 1:3-14), Ele não predestinou ninguém para a perdição. Que compete ao próprio homem (e não a Deus) escolher o seu destino é óbvio nas seguintes palavras de Josué 24:15: “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”

O Novo Testamento esclarece que mesmo os eleitos do Senhor podem cair da salvação, ao se afastarem de Cristo (Hb 6:4-6). Por essa razão, o apóstolo Paulo declarou: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (I Co 9:27). E é pelo mesmo motivo que Cristo disse que somente os que perseverarem até o fim serão salvos (Mt 10:22; 24:13; Mc 13:13).

Portanto, embora o homem seja completamente incapaz de salvar-se a si mesmo, ele pode escolher permitir que Deus o salve ou não.


(Alberto R. Timm)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Temor ao Inferno



Um dos ensinos do cristianismo popular que tem causado mais perturbações e temores, e, por outro lado, tem induzido muitos a se declararem ateus, é aquele segundo o qual os réprobos, os ímpios sofrerão os tormentos do inferno de fogo, que arderá através de todos os séculos da eternidade, queimando-os e produzindo-lhes sofrimentos angustiosos, sem esperança alguma de término.

O conceito de inferno desperta sentimentos díspares nos seres humanos. Para uns, trata-se de uma realidade indiscutível e tremenda, que os mantém de contínuo aterrorizados. Para outros, é uma mera expressão alegórica que simboliza alguma classe de castigo moral que Deus infligirá aos pecadores. Para os livres pensadores, é só uma invenção pueril e supersticiosa que os clérigos utilizam para manter o domínio das consciências.

Quando eu era criança, a idéia do inferno de fogo que ia queimar indefinidamente os maus, provocava-me pânico e até desespero. O único consolo era pensar que ainda faltava muito tempo para tal acontecimento, pois aos cinco ou seis anos a vida parecia um poente muito extenso que o separava das chamas devoradoras do inferno.

Grande número de pessoas de perguntam a si mesmas se possui o mais elementar sentido de justiça este proceder de um Deus que submete a tal tipo de suplício interminável seres humanos que, por mais perversos e degenerados que sejam, não vivem mais de setenta ou oitenta anos. E por oitenta anos de maldade, deve sofrer o homem ou mulher o mais doloroso dos tormentos conhecidos, a saber, o de se queimar vivo, e continuar se queimando sem se consumir, nem perder a consciência, não por uma hora, nem por um dia, nem por um ano ou século, nem por um milhão de séculos, mas por todos os milhões de séculos da eternidade.

Queremos deixar de lado, sobre este assunto, toda idéia que seja ditada pela teologia popular ou pela fantasia, e investigar o que Deus ensinou a este respeito na Sua Palavra, porque nesta matéria só a revelação divina pode declarar-nos a verdade. Existe o inferno, ou não existe? Pode ser que cheguemos a uma comprovação surpreendente e aparentemente revolucionária, porém de qualquer maneira convém fazer uma investigação imparcial e aceitar a verdade, tal como a estabelece a Sagrada Escritura, pois essa verdade nos trará paz, consolo e segurança.

Digamos desde já que a doutrina do inferno eterno não encontra apoio na Bíblia. Esta doutrina tem causado possivelmente mais dano ao cristianismo, que todos os ataques de que este tenha sido objeto através de todos os tempos. Não somente é rechaçada pelo sentido comum como ilógica, absurda e obviamente injusta, mas é irreconciliável com o conceito e a descrição que fazem as Escrituras da divindade. De fato, ali nos é apresentado um Deus justo, e ao mesmo tempo clemente, misericordioso e cheio de amor. Tanto é assim que o apóstolo João declara que “Aquele que não ama não conhece a deus, pois Deus é amor” (I João 4:8).

A noção de inferno, pelo contrário, tal como é ensinada, ordinariamente, incita as pessoas com tendências religiosas a buscarem reconciliarem-se com Deus, movidas pelo medo. A este respeito, cabe assinalar que alguns sistemas de teologia cristã, tem cometido o equívoco de lançar mão do sentimento de terror que infunde no espírito apenas a menção do inferno, utilizando-o como motivação básica de sua pregação.

Sem dúvida, no verdadeiro cristianismo o móvel fundamental é o amor e não o temor. Tanto é assim que a inspirada Palavra divina afirma que “o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rom 5:5), e que “o perfeito amor lança fora o medo” (1 João 4:18). S.Paulo diz: “Pois o amor de Cristo nos constrange” (2 Cor 5:14).

Quando o Senhor Jesus formulou a breve oração magistral que devia servir de modelo e pautar a forma de se dirigir ao Criador, iniciou-a com as palavras: “Pai nosso que estás nos Céus”, destacando assim o traço preponderante de carinho que governa as relações da Divindade com Suas criaturas. O mesmo é advertido nas palavras do profeta Oséias, que procura refletir assim os ternos sentimentos do Senhor para com os homens: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor” (Oséias 11:4). Sobreo Ser Supremo lê-se que é “grande em misericórdia e fidelidade” (Exod 34:6).

Em consonância com este princípio, quando no segundo mandamento do decálogo a Lei de deus ordena: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na Terra, nem nas águas debaixo da Terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto”, dá como razão deste mandamento o seguinte fato: “Porque Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos” (Exod 20:4-6). Observe-se que ao passo que a justiça de Deus alcança com suas consequências, na lei régia, até a quarta geração, a misericórdia abarca milhares de gerações, de maneira a ultrapassar mil vezes o castigo.

Lamentavelmente, a este falso ensino de um inferno de fogo eterno tiveram que chegar por força, os teólogos que afirmam que a alma é imortal, ou seja que não pode morrer, e que continua vivendo perpetuamente depois da morte do corpo. Nos estudos anteriores tivemos ocasião de demonstrar documentadamente, baseando-nos na infalível e única autoridade na matéria, as Santas Escrituras, que a alma é perfeitamente mortal, e que a imortalidade só poderá ser condicional. “A alma que pecar – declara o profeta Ezequiel – essa morrerá”( Ezeq 18:4). “Temei antes aquele que pode fazer perecer…tanto a alma como o corpo” (Mat 10:28), disse o próprio Senhor Jesus. “A sua alma morrerá” (Jó 36:14 – Trad Matos Soares), lemos em outra passagem.

Estas afirmações inspiradas referentes ao homem, acham-se em perfeita consonância com o que Deus mesmo advertiu a Adão ao dizer-lhe: “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás: porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gên 2:17). Desde o momento em que, segundo as próprias palavras da Divindade, Adão seria passível de morte, se violasse a lei divina, não podia ser imortal. Por outro lado, lê-se em Gênesis que depois que o homem pecou, o Criador disse: “Para que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente: o Senhor Deus…o lançou fora do Jardim do Éden (Gên 3:22-23). Esta declaração confirma a natureza mortal do homem.

Já vimos também, oportunamente, que os mortos permanecem em absoluta inconsciência (João 11:11, Ecles 9:5-6, Salmo 146:4) até o dia da ressurreição e do juízo retribuitivo de Deus. Abordemos agora este problema: Qual será a sorte dos humanos nesse momento solene?

Há somente duas possibilidades. A primeira consiste na obtenção da vida eterna e imortalidade concedida por Deus, para habitar no Seu sempiterno reino de paz. Esta é uma dádiva, um dom imerecido que o Criador outorga a Suas criaturas com a única condição de aceitarem a Cristo pela fé como salvador pessoal, pois esta é a única maneira pela qual podemos reconciliar-nos com Deus e dEle obtermos o poder que transforma a conduta e habilita o homem a viver conforme os preceitos celestiais. “O dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Rom 6:23). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

A segunda e única alternativa fora deste destino de felicidade perdurável, consiste na morte, pois lemos: “O salário do pecado é a morte”. Essa morte é a cessação total e definitiva da vida, a aniquilação completa da personalidade e é denominada por S.João, no apocalipse “a segunda morte” (Apoc 20:14).

Existe uma quantidade impressionante de passagens bíblicas que corroboram este fato fundamental da destruição definitiva e completa dos ímpios, melhor dizendo daqueles que não tenham aceitado a Jesus em sua vida, mas que se acham apegados ao pecado. Embora correndo o risco de excesso nestas considerações, e só com o ânimo de assentar de maneira precisa e irretorquível a verdade de que se trata de uma morte real e definitiva, da anulação total dos que tenham repelido a misericordiosa provisão divina, detalhamos em continuação uma série de vinte passagens bíblicas, que por certo poderiam multiplicar-se, e, utilizando distintos vocábulos, nos apresentam extraordinária reiteração desta verdade. Ao lado da referência bíblica correspondente, transcrevemos apenas a expressão chave.

Salmo 68:2 “Perecem os íniquos”.

Apocalipse 20:9 “Desceu fogo do céu e os consumiu“.

Isaías 1:28 “Serão juntamente destruídos“.

Naum 1:10 “Serão inteiramente consumidos como palha seca”.

Hebreus 10:27 “Fogo vingador prestes a consumir os adversários”

Romanos 2:12 “Perecerão“

Salmo 59:13 “Consome-os … para que jamais existam“

Salmo 145:20 “Os ímpios serão exterminados“

Mateus 3:12 “Queimará a palha”

Isaías 1:31 “O forte se tornará em estopa“

Salmo 104:35 “Desaparecem da Terra os pecadores e já não subsistam os perversos”

Salmo 92:7 “Serão destruídos para sempre“

Salmo 92:9 “Os teus inimigos perecerão“

Salmo 37:28 “A descendência dos ímpios será exterminada“

Salmo 37:22 “Serão exterminados aqueles a quem amaldiçoa”

Salmo 37:38 “Quanto aos transgressores serão a uma destruídos“

Salmo 94:23 “Pela malícia deles próprios os destruirá; o Senhor nosso Deus os exterminará”

Apocalipse 21:8 “A parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte“

Malaquias 4:1 “Pois eis que vem o dia, e arde como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem perversidade, serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raíz nem ramo“.

Romanos 6:23 “O salário do pecado é a morte“

Ezequiel 28:19 “Jamais subsistirás“

Qualquer comentário adicional a estes textos é supérfluo, ante à clareza contundente com que os mesmos reafirmam a destruição completa dos ímpios.

Que é o Inferno?

Porém, acaso não fala a Bíblia do inferno? – apresentar-se-á a objetar aquele que tenha lido o Livro dos livros. E respondemos: sim, existe um inferno, porém muito diferente daquele que nos tem sido apresentado desde nossa infância.

Analisemos, pois, o inferno em suas diferentes características: sua natureza e destino original; seu propósito e resultados; sua duração; o tempo em que realizará sua obra.

Apalavra “inferno”, que se utiliza no Antigo Testamento, foi traduzida do vocábulo hebraico SHEOL, que significa literalmente “sepulcro”, “sepultura”, “cova”, “abismo”, “fossa”. Este vocábulo hebraico foi traduzido em dezenas de passagens do Antigo Testamento como “sepulcro”, e umas poucas vezes como “inferno”. Porém nestes casos, assim como nos anteriores, não significa senão sepulcro, ou sepultura.

No Novo Testamento, “inferno” corresponde a dois vocábulos gregos. O primeiro HADES, que significa literalmente “sepulcro” ou “morte”. O segundo é GEENA, nome dado primariamente ao vale de Hinon, ao sul de Jerusalém, onde se deitavam os resíduos, os cadáveres dos animais e, também, dos malfeitores, que eram queimados nesse lugar.

Deixando de lado todas as passagens em que a palavra corresponde ao original SHEOL ou HADES, casos em que não há outro sentido que não morte ou sepulcro, analisemos os lugares em que no original se emprega o vocábulo grego GEENA. Neles, a palavra “inferno” designa um luga respecial em que, os que tenham rejeitado a misericórdia de deus serão destruídos pelo fogo. Assim por exemplo, no Sermão da Montanha, Jesus adverte sobre as funestas consequências de abrigar ira e rancor no coração, com estas palavras: “Todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”  (Mt 5:22). Aqui se esclaresce que o inferno será à base de fogo, e terá por propósito castigar o pecador.

O mesmo se observa nesta outra passagem: “Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o, e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado para dentro do lago de fogo” (Mat 18:9). Confirmando estas passagens, em Apocalipse 20:15 lemos que “se alguém não foi achado inscrito no Livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. Aqui se dá um nome distinto ao castigo final dos perdidos, denominado “lago de fogo”, que em S.Mateus, o Senhor chama “inferno de fogo”.

É de interesse, sem dúvida, recordar que esse inferno jamais foi feito para os seres humanos.Seu propósito original foi destruir os seres celestiais que se rebelaram contra o governo de deus e provocaram toda tragédia deste mundo: o diabo e seus anjos ou demônios. Assim declara o Evangelho ao relatar as palavras que o Mestre dirá no dia do ajuste final aos que não permitiram que o Evangelho os livrasse do pecado: “Então o Rei [celestial] dirá também aos que estiverem a sua esquerda: apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41).

Não existe um lugar definido do universo onde, neste momento, estejam ardendo os pecadores. O inferno da Bíblia, é o lago de fogo e enxofre que terminará com a rebelião e o pecado, será constituído em nosso próprio planeta, cujos elementos serão abrasados e se fundirão, no final dos tempos, quando chegar a hora em que Deus executar a sentença. Assim estabelece a Segunda Epístola de S. Pedro, ao dizer: “Ora, os céus que agora existem, e a Terra, pela mesma palavra tem sido entesourados para fogo, estando reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios” (2 Pedro 3:7). Note-se que a Terra e os céus atmosféricos que a rodeiam, estão reservados para o dia do juízo, em que serão destruídos pelo fogo, juntamente com os homens ímpios. Este conceito se acha mais esclarescido nas passagens seguintes do mesmo capítulo: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a Terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro :10-12). Insiste o apóstolo em que toda esta obra destrutiva se fará “no dia do juízo”, no “dia do Senhor”, no “dia de Deus”.

Não poderiam, pois, os pecadores estar ardendo, nestes momentos, nas torturantes chamas de um inferno atual – fruto da fantasia e dogmas populares – quando a mesma Escritura estabelece  inconsciência total e absoluta dos mortos ( João 11:11, Ecles 9:5-6, Salmo 146:4), até o dia da ressurreição, em que receberão o galardão conforme as suas obras (João 5:28-29).

Há um Inferno Eterno?

Que duração tem o castigo do inferno? Por quanto tempo continuará ardendo a Terra e sendo queimados os pecadores?

Esse inferno dura tão só enquanto realiza sua obra triste, porém necessária de purificar a Terra pelo fogo e destruir Satanás, origem de todo engano, pecado e dor, a seus anjos sequazes, e aos seres humanos que não atendendo aos chamados da misericórdia de Deus, preferiram apegar-se ao pecado, rechaçando o plano da gratuita salvação que o Criador lhes oferecia por meio de Cristo Jesus.

A série de diferentes vocábulos acima mencionados, que as Escrituras usam, tanto no Antigo como no Novo Testamentos, para se referir ao castigo dos homens que não se tenham preparado para o futuro reino imortal, convencem com força de evidência indiscutível da destruição completa de tais pessoas, e anulam de maneira irrefutável a crença num inferno perpétuo. Dificilmente poderíamos achar, no vocabulário humano, gama mais variada e completa de palavras, para reiterar o pensamento de uma morte real e destruição definitiva.

Sem dúvida, alguns sinceros estudiosos da Bíblia descobriram umas poucas passagens, que parecerão contradizer essa multidão de textos, ensinando o castigo eterno. Essas declarações são de três tipos, e vamos analisá-las detalhadamente, em tópicos correspondentes.

A) Fogo Inextínguível; Fogo que Nunca se Apaga

(S.Mateus 3:12; S,Lucas 3:17; S.Marcos 9:44)

Estes versículos falam do fogo que devorará os ímpios, e usam uma mera figura literária, uma hipérbole, que não se pode entender literalmente, mas é necessário interpretá-la em função de todo o conjunto de declarações bíblicas que tratam do mesmo assunto.

Esse “fogo que nunca se apaga”, apagar-se-á sem dúvida quando tenha cumprido sua obra de consumir e destruir a Satanás e seus anjos, a todos os ímpios e à Terra inteira, com todos seus elementos. Vamos demonstrar que isso é assim e que se trata de mera figura. S. Pedro declara em sua segunda Epístola, com respeito ao fim dos maus: “Ora, os céus [atmosféricos] que agora existem, e a Terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para fogo, reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios…Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a Terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pedro 3:7-12).

É esseo fogo a que aludem os versículos dos Evangelhos, que mencionam o “fogo que nunca se apaga”. É o fogo que consome a Terra e seus ímpios moradores. Porém esse fogo “que nunca se apaga”, segundo o Novo Testamento, apagar-se-á completamente, pois S. João, na sua última e gloriosa visão profética do Apocalipse nos diz: “Vi novo céu e nova Terra, pois o primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém” (Apoc 21:1-2). E assim continua descrevendo a morada dos remidos, com todas as suas formosuras e maravilhas. Assim pois, a terra que estava ardendo, S.João a viu afinal transformada num precioso vergel. O “fogo que nunca se apaga” enquanto tenha o que queimar, se extinguirá.

B) “Fogo Eterno; Castigo Eterno”

(S. Mateus 18:8; S. Mateus 25:46)

Já vimos que esse “fogo eterno” que se incendeia para abrasar a Terra, por ocasião do juízo retribuitivo de deus, termina, pois essa mesma terra S. João a viu formosa e renovada.

A palavra “eterno” e a expressão “para sempre” não denotam em todos os casos – na Bíblia – duração ilimitada. Por exemplo, o livro de Êxodo, quando fala do sistema de servidão entre os hebreus, diz que o servo que aos sete anos preferia ficar voluntariamente com seu amo, não aproveitando a liberdade gratuita, seria servo “para sempre” (êxod 21:2-6). Porém, em levítico 25:39-41 se conclui que toda servidão cessa automaticamente no ano do jubileu; de maneira que “para sempre” não implicava perpetuidade.

O profeta Jonas se refere ao tempo em que esteve no ventre do peixe, com estas palavras: “Desci à terra cujos ferrolhos se correram sobre mim para sempre“. Porém na linha seguinte diz: “contudo fizeste subir da sepultura a minha vida, ó Senhor, meu Deus!” (Jonas 2:6-7). De maneira que outra vez a expressão “parasempre” denota tempo muito limitado.

Em S.Judas lemos o seguinte sobre o castigo dos anjos caídos: “E os anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia” (Judas 6). Quer dizer que as “algemas eternas” duram só até o “juízo do grande dia”.

De igual maneira o mesmo S.Judas assinala no versículo seguinte, que as corrompidas cidades de Sodoma e Gomorra “são postas para figura do fogo eterno, sofrendo punição” (Judas 7). Aqui se alude ao fogo que Deus fez descer do céu e que consumiu estas cidades, e não ao fogo do juízo vindouro, pois Jesus, ao falar do castigo definitivo de Sodoma e Gomorra, fala no futuro (Mat 10:15). Mas o interessante é que o fogo que consumiu Sodoma e Gomorra e que a Bíblia chama “eterno”, faz tempo que deixou de arder. Outra vez se observa que a palavra “eterno” não denota, nestes casos duração ilimitada.

Que são pois “fogo eterno” e “tormento eterno”? São um fogo ou tormento de consequências eternas, pois extinguirão completamente a pessoa, não deixando “nem raiz nem rama”. Exemplo desta acepção do vocábulo “eterno” o temos nos seguintes casos:

II Tessalonicenses 1:9 “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição”

Hebreus 6:2  ”Juízo Eterno” (aqui a palavra juízo não se refere a castigo, mas ao estudo prévio do caso, pois a palavra original é Kríma, e procede do verbo Krino, que significa “discernir, examinar”.

Nem o juízo nem o exame nem a perdição são algo iterativo, que continua a se realizar através de toda a eternidade. Por conseguinte, é óbvio que, tanto a perdição como o exame do caso dos seres humanos que se faz no juízo investigativo, são eternos em suas consequências. Assim, também, é o fogo destruidor dos ímpios.

Deus não envia esse fogo sobre a Terra, para alegrar-Se no sofrimento. Para Ele, a tarefa de castigar é um mal necessário, mas contrário a Sua natureza. Por isso o Senhor qualifica de “estranha” essa obra: O profeta Isaías afirma: “Porque o Senhor Se levantará como no Monte Perazim, e se irará, como no vale de Gibeão, para realizar a Sua obra, a Sua obra estranha, e para executar o Seu ato inaudito” (Isaías 28:21). Como o cirurgião que se vê na imperiosa necessidade de amputar um membro pela raiz, para salvar a vida, realiza estranha obra, lamentando ter que fazê-lo, o divino Cirurgião terá que efetuar a desagradável obra de apagar da existência, no dia da sentença final, todo o que não tenha se preparado para a nova ordem mundial de perfeição e paz, e que ademais poderia ser um germe de dissolução.

Por esta razão o Senhor faz este rôgo amoroso, agora que está ao alcance dos filhos de Adão o prevenir-se da destruição eterna, e tomar as providências necessárias: “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, porque morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto convertei-vos e viveis” (Ezeq 18:31-32). Estas palavras são ditadas pelo terno amor que Deus dedica a cada um de nós, seres feitos a Sua imagem e semelhança. Mesmo quando enfrentamos as debilidades da carne, e nos vemos submetidos aos efeitos do pecado, que é a violação da lei divina, se aceitarmos o convite de Deus, submetendo-se à influência de Seu poder em nossos corações, seremos transformados e convertidos; receberemos um coração novo, e estaremos assim preparados para morar no reino eterno de justiça, paz e felicidade, onde tudo será alegria e perfeição. Eis aí o destino glorioso que Deus tem reservado para cada um de nós, se tão somente decidirmos submeter-nos ao maravilhoso plano divino que transforma e marca novos rumos à vida.

Quando Deus finalizar a estranha obra de purificar do pecado a Terra, quando nosso planeta deixar de ser o lago de fogo em que se converterá por breve lapso de tempo, cristalizar-se-á a magnífica e grandiosa visão profética que Deus mostrou ao apóstolo amado, as glórias inefáveis do Éden restaurado: Vi novo céu e nova Terra” – Exclama S. João – “… Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do Céu, da parte de deus ataviada como a noiva adornada para o seu esposo. Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles … E a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apoc 21:1-4). Queira Deus que todos nós que lemos estas linhas, desfrutemos do inefável gozo eterno desse mundo radiante do futuro.

Extraído do livro Paz na Angústia de Fernando Chaij ( CPB – 1967).
Via Sétimo Dia

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