sábado, 16 de junho de 2012

Saúde Emocional - Ansiedade

A palavra “ansiedade” é originária do latim anxia, cuja raiz ang- significa estreito. De acordo com a lingüística, o radical ang- pertence à mesma família que originou as palavras angia (que derivou angina, a dor constritiva ou o aperto atrás do osso externo), anseio e ansiar.
Alguns sentimentos sinônimos de ansiedade são: aflição, angústia e sufocamento.
Você já deve ter sentido uma sensação de aperto no peito ou de um nó como se fechasse a garganta. Quando sentimos essas sensações, geralmente nos reportamos ao sentimento de ansiedade, para explicar o que estamos sentindo. De fato, como visto acima, a partir de uma explicação etimológica, a ansiedade é esse sentimento que nos dá sensação de aperto.
Hoje, os consultórios psicológicos estão repletos de pessoas que sofrem com a ansiedade. Alguns possuem um grau mais elevado de sofrimento e, por isso, este sofrimento é classificado como um Transtorno de Ansiedade. Alguns transtornos de ansiedade bastante conhecidos são: Transtorno de Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (o famoso TOC) e o Transtorno de Ansiedade Generalizada (também conhecido como TAG).
Mesmo que não tenhamos nenhum desses transtornos, é possível que sintamos ansiedade em diversos momentos de nossa vida, e nem sempre serão momentos ruins. Por exemplo, é comum que as noivas se sintam ansiosas em relação ao casamento. Aquela ansiedade que tira o sono ao longo do período de preparativos, devido às inúmeras preocupações e aos diversos contratempos, não é nada bem vinda. Mas, aquela ansiedade que se sente na hora em que se ouve as primeiras notas da marcha nupcial, as portas se abrem, e a noiva vê a igreja repleta de amigos, e no fim do corredor, seu querido noivo, ah, essa ansiedade é muito boa de sentir! É ela que marca o momento. O casamento não teria a mesma emoção não fosse o nó na garganta e as palpitações características desse momento.
O grande problema é que sentimos muito mais a “ansiedade ruim”, do que a “ansiedade boa” (que emociona e deixa alguns momentos ainda mais especiais). E por que sentimos mais a ansiedade ruim?
1. Em relação a que aspectos, disse Jesus, não devemos andar ansiosos?

“A seguir, dirigiu-se Jesus a seus discípulos, dizendo: Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.” Lucas 12:22

2. Por que não devemos andar ansiosos em relação a essas coisas?

Lucas 12:23-28
23 Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes.
24 Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta. Quanto mais valeis do que as aves!
25 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
26 Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras?
27 Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
28 Ora, se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais tratando-se de vós, homens de pequena fé!

Jesus nos chama a atenção para o fato de que nossa vida não se resume em comida, bebida e roupa. Apesar de essas serem necessidades básicas que temos, nossa mente não deve concentrar-se em se preocupar em demasia com isso. Então, Ele nos apresenta três grandes motivos para não andarmos ansiosos.
Os motivos apresentados por Jesus são, na verdade, três importantes pensamentos que se exercitarmos nos livrarão do sentimento de ansiedade que nos faz sofrer:
1. Nossa vida não se resume às coisas que nos geram ansiedade. Às vezes nos concentramos tanto nos problemas, tanto naquilo que nos falta ou nas razões de nossa angústia e aflição, que nos esquecemos que nossa vida vai muito além dos problemas que podemos enfrentar. Existe vida para além dos problemas!
2. Possuímos limitações. Por mais que nos preocupemos com algo ou sintamos ansiedade por em relação a coisas importantes, continuamos sendo seres limitados. Por mais ansiosos que fiquemos, não podemos fazer nada para além de nossas capacidades. Nossas capacidades são limitadas e, quando reconhecemos isso, muitas de nossas preocupações perdem o sentido. Ficar ansioso não resolverá o problema, então se chegamos ao nosso limite, não vale apena sentir ansiedade.
3. Há um Deus que não possui limitações. Quando nos deparamos com nossas limitações e a impossibilidade de resolvermos nossos problemas, ao invés de ficarmos ansiosos e angustiados, devemos nos lembrar de que há um Deus ilimitado que sabe de nossas necessidades e deseja nos ajudar.

3. O que mais a Bíblia nos ensina sobre ansiedade?

“A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra.”Provérbios 12:25.

Muitas pessoas, por estarem constantemente ansiosas e angustiadas, desenvolvem as chamadas doenças psicossomáticas. Mente e corpo trabalham juntos, e quando emoções negativas tomam conta de nossa mente, nosso corpo sente seus efeitos. Esses efeitos não se resumem ao nó na garganta ou às palpitações no coração. Muitas vezes, esses sentimentos são traduzidos pelo nosso corpo na forma de doenças. A ansiedade abate o ser humano e pode levá-lo a sofrimentos ainda maiores.

Então, uma pergunta se faz necessária. As coisas que nos geram ansiedade são tão importantes assim que possa custar nossa alegria e bem estar? Vale a pena viver ansioso quando Cristo diz que devemos confiar nEle?

4. Que conselho o apóstolo Pedro nos deixou sobre esse assunto?

“lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” I Pedro 5:7.

Em Provérbios 12:25 lemos que a ansiedade nos abate, mas a boa palavra nos alegra. Já conhecemos os benefícios da alegria. Podemos, então, confiar nas boas palavras de Jesus, quando disse “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33.
Para refletir:
“O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. Todo órgão vital - o cérebro, o coração, os nervos - esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir - a alegria no Espírito Santo - alegria que comunica saúde e vida.” A Ciência do Bom Viver, pág. 115.

Estudo 03 da Série Saúde Emocional

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