terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Minha Vontade ou a Vontade de Deus?


 Todos os cristãos professam crer no mesmo Deus. Todos os cristãos crêem que Deus criou, pelo Seu poder e sabedoria infinitos, tudo quanto existe. Também acreditam sincera­mente que a Santa Bíblia contém a Palavra de Deus, e crêem que toda a Escritura é divina­mente inspirada por Deus, como está escrito em 2a Timóteo 3:16.
Entre os membros das inúmeras religiões que afirmam seguir os ensinamentos bíbli­cos, existem muitas pessoas que são cristãos sinceros e conscienciosos, que crêem firme­mente que Jesus é o nosso único e suficiente Salvador, e sabem que a salvação nos é dada pela graça de Deus; pessoas que realmente amam a Deus e que desejam viver em harmonia com as Suas Sagradas Escrituras.
Ainda assim, entre tais pessoas muitos têm pontos de vista tão diferentes entre si que às vezes são até opostos, e isso em assuntos importantes, cuja interpretação lógica deveria ser a mesma para todos, pois seu Deus é o mesmo, e usam as mesmas Escrituras para con­hecer a vontade divina. Isso não deixa de ser surpreendente, pois da mesma forma que uma carta que uma pessoa envia a outra tem apenas o significado que seu autor desejou que tivesse, também as Sagradas Escrituras, que são uma carta enviada por Deus à humanidade, têm apenas um significado: aquele que Deus lhe destinou quando inspirou homens santos a falarem da Sua parte, movidos pelo Espírito Santo, como se lê em 2a Pedro 1:21.
Se Deus é Um só, e Sua mensagem só tem um significado, como resolver tais difer­enças? Certamente não teremos sucesso usando argumentação humana, pois tentar en­tender a Palavra de Deus usando critérios pessoais só serviu para produzir um emaranhado de opiniões divergentes, que não raro tem causado atritos e até violência, isso entre pessoas que deveriam ver-se como irmãos.
Então, como fazer? Se é mesmo verdade que Deus inspirou homens santos no pas­sado para que escrevessem Sua santa vontade, para que fosse posta ao alcance de todos, e se também é verdade que Deus usou tais homens para produzir o livro que hoje conhecemos como “Bíblia”, também devem ser verdadeiros outros dois fatos:
1º) Deus tomou todas as providências necessárias para que as Suas Sagradas Es­crituras, compostas por livros escritos ao longo de uns 15 séculos, por variados ser­vos humanos, mantivessem uma coerência e unidade internas onde não se conse­gue encontrar qualquer contradição; se assim não tivesse ocorrido, a Santa Bíblia não teria valor.
2º) Deus tem protegido e conservado Suas Santas Escrituras ao longo dos séculos, para que Seu povo, ao longo do tempo, possa dispor da mesma verdade que uma vez foi entregue aos santos.
Assim sendo, podemos ter certeza de que a Bíblia de que hoje dispomos, em suas diversas versões, é fiel aos ensinamentos transmitidos pelo Espírito Santo aos homens que a escreveram; os manuscritos encontrados em 1948 nas cavernas de Qum-Ram, nas proximi­dades do Mar Morto, em Israel, comprovam a fidelidade dos textos atuais que usamos.
Resta um problema: se a Bíblia é a expressão da vontade de Deus para nós, e se o seu significado é apenas e tão somente o que Deus deseja que ela tenha, como poderemos interpretá-la? Como entendê-la com segurança, sem correr o risco de estar seguindo tra­dições humanas, ou de estar tentando provar pontos de vista pessoais? Só há um jeito.
Sabemos que diferentes passagens da Bíblia abordam um mesmo assunto a partir de pontos de vista diferentes, e isso foi feito assim exatamente para facilitar nossa compreensão. Um exemplo claro dessa forma de explicar a Verdade é a existência dos quatro Evangelhos; todos contam da vida, obra e ensinos de Jesus, às vezes usando descrições um pouco dif­erentes entre si, mas que, quando comparadas umas com as outras, nos ajudam a entender melhor os detalhes e o sentido da vida e obra de Jesus. Assim, somente poderemos entender com segurança o significado da Palavra de Deus quando deixarmos que ela mesma se ex­plique, quando comparamos humildemente texto com texto, guiados pelo Espírito Santo, sem tentar forçar qualquer interpretação que nos agrade.
Deixando que a Bíblia mesma se explique e interprete, vejamos um assunto que tem dividido opiniões entre cristãos sinceros e tementes a Deus, e gerado longas discussões.
A Lei de Deus


1. A Lei de Deus foi promulgada no Monte Sinai (Êxodo 20:3-17).
Não foi dada por Moisés, mas pela boca do próprio Deus, diante de todo o povo (Êxodo 20:1-2 e 18-21).
“Então falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão…”
Leia Êxodo 20, do início ao final, e perceba como e por Quem foi dada a Lei.
A seguir, após o povo ouvi-la da boca de Deus, foi entregue a Moisés em duas tábuas de pedra, pedra que é símbolo de eternidade, escritas pelo dedo de Deus; veja também Deuteronômio 4:13, 5:22 e 9:10.
Êxodo 24:12 “Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a Mim ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra e a lei e os mandamentos, que escrevi, para os ensinares”.
Êxodo 31:18 “E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, de pedra, escritas pelo dedo de Deus”.
Êxodo 34:1 “Então disse o Senhor a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra como as pri­meiras; e Eu escreverei nelas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste”.
Da boca de Deus saiu o que é justo e a Sua Palavra não tornará atrás (Isaías 45:23). Responda sinceramente: O que significa para você esse texto de Isaías?


2. Para quem foi instituída a Lei
1 Timóteo 1:9-10 “Tendo em vista que não se promulga Lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matrici­das, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros, e para tudo quanto se opõe à sã doutrina”.
Ainda existem pessoas como aquelas para quem a Lei foi promulgada?
1. Se não existisse Lei, como se saberia quem é transgressor? E transgressor de que?
2. Você crê na sã doutrina da Palavra de Deus e a aceita?


3. As finalidades da Lei Moral:
Apontar o pecado, ou seja, definir o que é pecado.
1a João 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a Lei: porque o pe­cado é a transgressão da Lei”. Diga: não o que era, mas o que é o pecado?
Romanos 7:7-11 “Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não te­ria conhecido o pecado, senão por intermédio da Lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a Lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, desper­tou em mim toda a sorte de concupiscência; porque sem Lei está morto o pecado. Outrora, sem a Lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. E o manda­mento que me fora para a vida, verifiquei que este mesmo mandamento se me tornou para morte. Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento me en­ganou e me matou”.
Depois de ler o os dois textos anteriores, pense e responda:
1. Esses textos foram escritos antes ou após a morte de Jesus na cruz?
2. O que é pecado?
3. Ainda existe pecado no mundo atual?
4. Se a Lei não mais vigora, como se poderá saber o que é pecado?
Mostrar a malignidade do pecado
Romanos 7:13 “Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum; pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte; a fim de que pelo mandamento se mostrasse sobremaneira maligno”.
Cabe outra pergunta: Hoje o pecado já não é mais maligno?
Conduzir o pecador ao Salvador
Gálatas 3:19, 20 e 24 “Qual, pois, a razão de ser da Lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um Mediador. Ora, o Mediador não é de um, mas Deus é Um. … De maneira que a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”.
Se você já entregou seu coração a Cristo, se você O aceita como seu Salvador, se você vive de acordo com a Sua santa vontade, então não está sujeito à Lei, ou seja, não está su­jeito à penalidade da Lei (porque o salário do pecado é a morte); você que não vive pecando, pelos méritos de Cristo está perdoado pela graça de Deus; assim, você não está debaixo da penalidade da Lei, mas foi perdoado em Cristo e está sob a graça de Deus.
Entenda: o fato de não viver sob da Lei, vivendo sob a graça, não significa que a Lei deixe de ser necessária. Se você crê que a Lei não salva ninguém, está coberto de razão, pois, muito ao contrário, a Lei apenas condena; desse modo, o condenado só tem uma saída, que é buscar a Jesus como seu Salvador. É por isso que Paulo afirma que “a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. Ele também afirma (Romanos 3:23) que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Esse “Todos” in­clui a mim e a você, porque eu e você, em alguma vez, já pecamos, e por isso dependemos da graça de Deus, pelos méritos do sangue que Jesus derramou na cruz para sermos justifi­cados pela fé.
Responda: – Hoje ainda existe quem precise do Salvador Jesus?
- Quem lhe mostra essa necessidade?


4. A Missão do Consolador: Convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo.
João 16:7-11 “Mas Eu vos digo a verdade: Convém-vos que Eu vá, por que se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vô-lo enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em Mim; da justiça, porque Eu vou para o Pai, e não Me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado”.
Responda:
1. Como convencer o mundo do pecado sem compará-lo com a Lei (1a João 3:4)?
2. Como falar em justiça sem Lei?
3. Como pensar em juízo, em julgamento, sem Lei?


5. A Lei de Deus – Lei Moral eterna
Salmos 119:152 “Quanto às Tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre”.
Diga: O que o salmista quer dizer com “Para Sempre”?
Mateus 5:17-18 “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revo­gar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”.
Lucas 16:17 “É mais fácil passar o céu e a terra, do que cair um til sequer da Lei”.
Lembrando que a vida de Jesus cumpriu todas as profecias a respeito do Salva­dor, responda:
Quem cumpre as leis de um país “vive de conformidade” ou “termina” com elas?
O que Jesus queria dizer com “Até que o céu e a terra passem”?


6. A Lei de Deus – Lei para ser observada sem ser alterada.
Deuteronômio 12:32 “Tudo o que Eu te ordeno, observarás; nada lhe acrescentarás nem lhe diminuirás”.
Responda: Ainda existem céus e terra?
O que devemos fazer em relação ao que Deus ordena?


7. A Lei é santa, e o mandamento, santo, e justo, e bom
Romanos 7:12 e 16 “Por conseguinte, a Lei é santa; e o mandamento, santo e justo e bom. Ora, se faço o que não quero, consinto com a Lei, que é boa”.
Repare que Paulo não diz: “A Lei era santa”, mas diz que “A Lei é santa”.
Agora responda:
- Quando Paulo escreveu a Carta aos Romanos?
- Antes ou depois da morte de Cristo na cruz?
- Segundo Paulo, a Lei estava ou a Lei está em vigor?
- O que Paulo pensava a respeito da Lei? Respeito ou desprezo e indiferença?
1a Timóteo 1:18 – “Sabemos, porém, que a Lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo”.


8. A Lei de Deus é a própria verdade, e os Seus mandamento são verdade
Salmos 119:142, 151 “A Tua justiça é justiça eterna, e a Tua Lei é a própria Verdade. Tu estás perto do Senhor, e todos os Seus mandamentos são Verdade”.
Responda: Lembrando que Cristo declarou ser Ele o Caminho, e a Verdade e a Vida (em João 14:6), e que o Salmo acima declara que a lei de Deus é a Verdade, e que a Justiça para expressar-se depende da existência de lei, como poderia passar, ou deixar de vigorar, uma lei na qual se apoia a própria justiça eterna?


9. A Lei do Senhor é perfeita
Salmos 19:7-8 “A Lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são re­tos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos”.
Responda: Lembrando que só Deus é perfeito só Ele é eterno, e que é eterno porque é perfeito (se assim não fosse, seria sujeito a mudanças, e o que muda não é eterno), e que o salmista, inspirado pelo Espírito Santo, declarou que a lei é perfeita, como poderia ser per­feita se também não fosse eterna?


10. Guardar a Lei é atitude prudente
Provérbios 28:7 “O que guarda a Lei é filho prudente, mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai”.


11. Deus abomina até a oração do desobediente
Provérbios 28:9 “O que desvia os ouvidos de ouvir a Lei, até a sua oração será abominável”.
Responda: Lembrando que a ação de “desviar os ouvidos” é uma atitude voluntária, consciente, diga: Você é obediente a Deus e dá ouvidos à Sua Lei? Você vive de modo que Ele tenha prazer em ouvir suas orações?


12. A Lei deve estar no coração dos discípulos de Deus
Deuteronômio 11:18 “Ponde, pois, estas Minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os vossos olhos”.
Diga: As palavras de Deus estão no seu coração, e atadas por sinal na sua mão?
Isaías 8:16 “Resguarda o testemunho, sela a Lei no coração dos Meus discípulos”.
Responda: Você é discípulo de Deus? A Lei de Deus está selada no seu coração?
Jeremias 31:33 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente lhes imprimirei as Minhas leis, também no seu coração lhas in­screverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo”.
Responda: Lembrando que “os da fé é que são filhos de Abraão”, como se vê em Gálatas 3:7, e que assim somos o atual povo da promessa, o Israel espiritual moderno, diga: Você já permitiu a Deus imprimir Sua leis na sua mente e inscrevê-las no seu coração? Se Deus de­seja imprimir Suas leis em nossa mente e nosso coração, como poderia fazer isso se elas não estivessem mais em vigor?
Ezequiel 11:19-20 “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro neles; tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei coração de carne; para que andem nos Meus estatu­tos, guardem os Meus juízos, e os executem; eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus”.
Responda:
Deus já lhe deu espírito novo?
Deus já tirou seu coração de pedra (duro e desobediente) e deu um coração de carne?
Você anda nos estatutos de Deus? Guarda e executa os Seus juízos?
Você pertence ao Seu povo? Ele é, de fato e não de boca, o seu Deus?


13. Deus mesmo engrandeceu a Lei e a fez gloriosa.
Isaías 42:21 “Foi do agrado do Senhor, por amor de Sua própria justiça, engrandecer a Lei, e fazê-la gloriosa”.
Lembrando que glorioso é Deus, glorioso é o Seu caráter, e que por amor da Sua jus­tiça (a mesma justiça que nos concede através dos méritos de Cristo), Ele agradou-se de fazer a Sua Lei gloriosa, responda: Você concorda com Deus? Você respeita a vontade Dele ou a opinião humana é que lhe importa?


14. Deus ensina o que é útil e o melhor caminho.
Isaías 48:17 “Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar”.
Responda:
- Você crê que Deus deseja ensinar a Seus filhos o que é útil, e o melhor caminho?
- Você aceita a orientação que Deus dá por Sua Palavra, e a segue?


15. A transgressão da Lei contamina toda a Terra
Isaías 24:5-6) “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores, por­quanto transgridem as leis, violam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso serão queima­dos os moradores da Terra, e poucos homens restarão”.
É a Escritura quem diz: Maldição e morte resultam de transgredir-se as leis de Deus. Você concorda com a Escritura Sagrada?


16. A guarda da Lei é sinal de amor e amizade para com Jesus.
João 14:15 “Se me amais, guardareis os Meus mandamentos”.
Responda a Jesus:
Você O ama? E guarda os Seus mandamentos?
Por que Jesus recomendaria guardar mandamentos se estivessem destinados a pas­sar depois de Sua morte? Só para causar confusão? Cristo não causa confusão, ou causa?
Você diria que Jesus é legalista por recomendar a guarda da Lei?
Veja o conselho de Jesus em Mateus 24:20, e note especialmente que Jerusalém foi destruída no ano 70, quase 40 anos após a morte do nosso Salvador.
João 14:21 “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele”.
Responda: Você crê que essa promessa de Jesus é para você?
João 14:23-24 “Respondeu-lhe Jesus: Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não Me ama, não guarda as Minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é Minha, mas do Pai que Me enviou”.
Entre as palavras de Jesus estão os mandamentos que Ele menciona em João 14:15 e 21. Responda: Em qual grupo está você? Entre os que O amam e guardam as Suas palavras, ou entre os desobedientes, que não O amam?
João 15:10 “Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e no Seu amor permaneço”.
Você permanece no amor de Cristo? E guarda os Seus mandamentos?
João 15:14 “Vós sois Meus amigos, se fazeis o que vos mando”.
Você faz o que nos manda Cristo?
1a João 3:24 “E aquele que guarda os Seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele. E nisto conhecemos que Ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”.
O Espírito que Cristo nos deu está em você?
1a João 5:2-3 “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos”.
Guardar os mandamentos implica em amar os filhos de Deus; você os ama? Diga sin­ceramente: Pode-se verdadeiramente amar os semelhantes sem guardar os mandamentos de Deus? Ou João estava errado?


17. A Lei de que Jesus falou é a mesma dos 10 Mandamentos
Mateus 19:16-19 “E eis que alguém, aproximando-se, Lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que Me perguntas a re­speito do que é bom? Bom, só existe Um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os man­damentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Você reconhece os cinco mandamentos que Jesus mencionou como sendo parte dos dez que estão em Êxodo 20:3-17? Lembra dos outros cinco?
Lucas 18:18-20 à “Certo homem de posição perguntou-Lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que Me chamas bom? Ninguém é bom senão Um só, que é Deus. Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não fur­tarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.”
Lucas repete os mesmo cinco mandamentos citados por Mateus, e as duas listas fazem parte de Êxodo 20:3-17, onde está escrita a Lei de Deus, a mesma que toda a Bíblia afirma ser eterna.


18. Tiago apoia a mesma idéia e mostra que a Lei deve ser guardada por inteiro.
Tiago 2:10-11 “Pois, qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto Aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da Lei”.
A Bíblia diz que não há como separar qualquer dos mandamentos da Lei; quem trans­gride qualquer um deles, torna-se culpado de todos. Admitindo que não mais vigore a Lei, você está livre diante de Deus para matar? Para roubar? Para cobiçar a mulher do seu próximo? Para pisar o Seu santo Sábado?


19. A Lei não é para ser discutida, mas respeitada como uma bênção de Deus para nós.
Tito 3:9 “Evita discussões insensatas, genealogias, e contendas, e debates sobre a Lei; porque não têm utilidade e são fúteis.”


20. Quem confessa seus pecados:
É perdoado por Deus (1a João 1:8-9), “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda a injustiça”.
É nascido de Deus e não vive pecando (1a João 3:6 e 9, 5:4), “Todo aquele que per­manece nEle não vive pecando; todo aquele que vive pecando não nO viu, nem O conhe­ceu. (9) Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”
Vence o mundo (1a João 5:4-5), “Porque tudo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é o que vence o mundo senão aquele que cré ser Jesus o Filho de Deus?”.
Já não está sob o domínio do pecado, mas da graça (Romanos 6:14), “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da Lei, e sim, da Graça”. Esta é a condição dos que já estão perdoados em Cristo Jesus, esses não são devedores da Lei.
Pois quem foi perdoado já não é devedor da Lei (Romanos 6:15-16), “E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da Lei, e, sim, da Graça? De modo nenhum. Não sa­beis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a Jus­tiça?”
Mas é servo da justiça (Romanos 6:17-18) “Mas graças a Deus porque, outrora escravos do pecado, contudo viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes en­tregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da Justiça”.


21. Somos salvos pela graça de Deus
Efésios 2:4-5 “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela Graça sois salvos. (8-9) Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é Dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”


22. E julgados por nossas obras
Mateus 7:21 “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos Céus”.
Se você reconhece a Cristo como seu Senhor, está certo nisso; faz também a von­tade do nosso Pai, que está nos céus? Vive de conformidade com ela?
Romanos 2:6-8 “Que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento. Dará a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos que desobedecem à verdade, e obedecem à injustiça”.
Tiago 2:20-23 “Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é in­operante? Não foi por obras que o nosso pai Abraão foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para Justiça; e: Foi chamado amigo de Deus”.
As obras aceitáveis a Deus resultam da presença do Espírito Santo no coração.


23. A Lei Cerimonial tratava dos sacrifícios de animais e das festas anuais
Ela foi ordenada por Deus através de Moisés (Deuteronômio 4:14). Conheça a Lei Cerimonial, que devia comover o coração do pecador com a morte de animais inocentes, que simboliza­vam a morte de Cristo na cruz do Calvário, lendo com atenção Levítico, especialmente os capítulos 1 até 7:21.


24. A Lei abolida foi a Lei Cerimonial (Hebreus 10:1-18).
Essa lei, que incluía os sacrifícios de animais, destinava-se a mostrar a malignidade do pecado aos povos do Antigo Testamento, pois o pecador arrependido sacrificava um animal inocente para expiar seus pecados, demonstrando, assim, que acreditava na promessa da vinda de Um Salvador futuro que derramaria Seu sangue pelos pecados de todo o mundo. Após a morte de Cristo, essa demonstração de fé num acontecimento futuro deixou de ser necessária, pois o símbolo (morte de animais inocentes) foi substituído pela realidade da morte do Cordeiro de Deus, o Único que tira os pecados do mundo. Prova disso é que, no momento da morte de Jesus, rasgou-se sozinha a cortina do Templo (Mateus 27:51), de alto a baixo, que separava o lugar Santo do lugar Santíssimo (que representava o lugar do trono de Deus e onde apenas o sumo-sacerdote entrava uma vez por ano), simbolizando que, por Cristo, não dependemos mais de sumo-sacerdote humano para irmos pela fé ao trono de graça de Deus, e que Cristo é o nosso Representante, Mediador e Intercessor junto ao Pai.


25. Não permanece em Deus quem ultrapassa a doutrina de Cristo
2a João 9 “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece, não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem assim o Pai, como o Filho”.
Você guarda a mesma doutrina e a mesma Lei que Cristo guardou? Toda ela?


26. O mesmo Deus que promulgou a Lei Moral não pode mentir
Tito 1:2 “…na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu, antes dos tempos eternos, …”


27. E convida o homem ao arrependimento
Ezequiel 18:30-31 “Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertei-vos, e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel?”
Deus afirma que nos julgará. Responda: Como poderia julgar sem uma Lei que defina o padrão de justiça? Sem uma lei que defina as transgressões, o pecado? Pense: sem Lei não há condenação (pois é a Lei que define quem será condenado); não havendo conde­nação, ninguém estaria perdido, e assim Cristo não precisaria ter morrido por ninguém. Supor que a Lei tenha sido anulada é supor que Cristo tenha morrido em vão.


28. Deus não tem prazer na morte de ninguém
Ezequiel 18:32 “Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei”.
Deus não deseja a morte de ninguém, e insiste conosco: convertei-vos e vivei. Você aceita?


29. Deus não leva em conta os tempos da ignorância:
Atos 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, noti­fica aos homens que todos em toda parte se arrependam.
Arrepender-se de que? De pecados. Mas de que pecados, se não houver Lei que os aponte??


30. Se Deus desejasse (ou pudesse) mudar ou abolir Sua Lei, teria encontrado outro meio de salvar a humanidade pecadora, de devolver a vida eterna a Suas criaturas sem que fosse necessária a morte de Seu único Filho, que assumiu as nossas culpas e que sofreu a morte que nos estava destinada. Jesus morreu em nosso lugar porque não havia nenhum ou­tro meio de sermos salvos sem mudar a Lei.
Ore a Deus e pense um pouco:
1. Lembre-se que Satanás opôs-se a Deus acusando-O de ser injusto, de exigir adoração de todas as Suas criaturas, de obrigá-las a obedecer uma Lei impossível de ser cumprida, e de exterminar com a morte aqueles que O desobedecessem. A resposta de Deus foi dar tempo para que o pecado mostrasse toda a sua malignidade, e para que Satanás mostrasse a todos os seres criados, anjos e homens, o seu verdadeiro caráter.
2. De fato, Deus poderia ter mudado ou abolido a Sua Lei, mas se assim tivesse feito, estaria “mudando as regras” para favorecer a Si mesmo. A resposta de Deus foi manter Sua Lei e engrandecê-la Ele próprio ao ponto de honrá-la trocando a vida de Seu único Filho pelas vidas de todos os pecadores arrependidos, entre os quais estamos incluídos eu e você. A própria Bíblia diz isso muito claramente.
3. Como teria ficado a credibilidade de Deus diante dos anjos fiéis, diante dos que não segui­ram a rebelião de Lúcifer, se Ele tivesse mudado a Lei que serve de base para o Seu governo? A resposta de Deus foi manter a Sua Lei e tomar para Si o prejuízo do pecado (que custou a morte de Seu Filho).
4. Lembre-se que para resolver o problema do pecado, Deus poderia ter destruído tudo, poderia ter começado tudo novamente com outros seres fiéis, poderia ter evitado a morte de Seu único Filho destruindo Sua criação e com ela a desobediência, a desconfiança, a mentira e todo o pecado. Se tivesse feito isso, teria poupado a Si mesmo muita dor e sofri­mento, certamente; o Pai não teria passado pela experiência de ver o Filho ser maltratado até a morte; o Filho não teria enfrentado a rejeição, a calúnia, o desprezo e a morte ver­gonhosa; o Espírito Santo não teria passado pelo sofrimento de tentar incessantemente in­fluenciar para a razão, para o arrependimento, para a conversão à Verdade todos os tei­mosos pecadores que já viveram e os que ainda vivem sobre esta Terra.
Sim, certamente Deus poderia ter destruído tudo, mas não o fez
1. porque amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna (João 3:16),
2. porque não tem prazer na morte de ninguém, mas deseja que todos vivamos (Ezequiel 18:32),
3. porque Deus é amor (1a João 4:16), o amor não é apenas uma característica Sua, o amor é a Sua própria natureza.
Pensando assim,
como fica a sua opinião a respeito de Deus,
como fica a sua opinião a respeito do Seu caráter,
como fica a sua opinião a respeito da Sua integridade?


Algumas pessoas recusam-se a ver o Sábado como um dia especial porque, se­gundo elas, todos os dias da semana são para Deus e, por isso, são especiais. No Sábado, por convite de Deus, deixamos de lado nossos fardos e cuidados rotineiros, e nos regozijamos em Sua presença.
Muito longe de ser um fardo legalista, o Sábado é, para aqueles que conhecem o Senhor, tão indispensável como são os encontros para o namoro. Você nunca poderá con­vencer um rapaz de que um encontro com sua noiva é legalismo, ou sinal de fixação exces­siva; nem poderá convencê-lo de que seu amor pode ficar confinado a aquele único dia, des­vanecendo-se no restante da semana. Muito ao contrário, esse encontro haverá de intensificar a relação por tudo o futuro. Bem assim é com o Sábado; ele perfuma toda a semana como aroma da presença de Deus e revitaliza o nosso tempo com o beijo da eternidade.
Deus prometeu que, pela experiência do Sábado, faz-nos cavalgar pelos altos da Terra, e nos alimenta com a esperança de Jacó, nosso pai (Isaías 58:14). Essa herança é a concessão de todas as Sua bênçãos prometidas sobre o povo do concerto. Essa é uma preciosa promessa de Deus que você está convidado a desfrutar com alegria.
Ore a Deus pedindo sabedoria, pense e entenda por que:
1º. Nenhum mandamento é mais repetido nem mais salientado em toda a Bíblia do que aquele que recomenda a guarda do sábado do sétimo dia. Indepen­dentemente da vontade humana, ele não é santo por causa da vontade de qualquer homem, mas é santo porque Deus o santificou na semana em que criou este mundo.
2º. O mais longo e o mais bem explicado dentre os dez mandamentos de Êxodo 20, e de Deuteronômio 5, é justamente o que recomenda a guarda do sábado do sétimo dia.
3º. A Lei Moral é a única parte da Bíblia que Deus não quis inspirar um homem para que a escrevesse, pois preferiu escrevê-la com Seu próprio dedo (veja Êxodo 24:12, 31:18 e 34:1, e ainda Deuteronômio 4:13, 5:22 e 9:10). Deus não deixa dúvida quanto à eternidade da Sua Lei.
4º. A Lei Moral, ao contrário do restante da Bíblia, que foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo em livros (sujeitos ao envelhecimento do material pela passagem do tempo), foi escrita pelo próprio Deus em tábuas de pedra, que são símbolo de eternidade (e que não se desgastam).
5º. Jesus declarou que enquanto existirem céus e terra não passará nem um acento da Lei (ou seja, nada poderá mudar seu conteúdo). Veja Mateus 5:18.
6º. Jesus, sendo o Senhor do sábado (Mateus 12:8, Marcos 2:28) é avalista da Lei (Mateus 5:17-18), inclusive da guarda do Sábado – que é parte in­separável da Lei, pois esse era o Seu costume (Mateus 12:9, Marcos 3:1, Lucas 4:16 e 4:31).
7º. Jesus disse, textualmente, que “o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado”. Assim, queira você ou não, o sábado é uma bênção de Deus para todos nós, homens e mulheres, inclu­sive para você, da mesma forma que também é uma bênção o ar que respira­mos. Nossa parte é apenas de aceitar e agradecer; o resto é com Deus.
Depois dessa leitura, ore pedindo especial iluminação do Espírito Santo para compreender a vontade de Deus quanto ao assunto da Sua Lei, da qual o 4o mandamento (do Sábado), é parte integrante e inseparável. Aceite esta bênção em seu coração, desfrute-a como Cristo fez durante Sua vida nesta Terra, e como Ele deseja que você faça, e agradeça a Deus por Sua bondade e misericór­dia.


Fonte: Sétimo Dia

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