quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Lei dos Dez Mandamentos

Deus é um Deus perfeito e eterno. Ele nunca erra. Ele nunca muda (Malaquias 3:6). O apóstolo Tiago escreveu que “toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança” (Tiago 1:17).
Se Deus mudasse, ainda que fosse no mínimo, deixaria de ser perfeito. Se Suas leis, físicas ou morais, mudassem, não seriam perfeitas, e nesse caso a anarquia, confusão, tomariam o lugar da ordem e harmonia.
Nosso Deus perfeito não poderia promulgar leis que não fossem perfeitas. Salmo 19:7 diz que “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma.” Paulo complementa dizendo que a lei “é santa, justa e boa” (Romanos 7:12). A lei divina, reflexo do caráter de Deus, não pode ser mudada, assim como não mudam as leis que governam o mundo físico.
Desde quando existe a lei de Deus? Desde a criação do mundo. Quando nossos primeiros pais pecaram, violaram princípios da divina lei. A Bíblia diz que “onde não há lei, também não há transgressão” (Romanos 4:15). Muito antes de Deus haver escrito Sua lei em tábuas de pedra, ela era conhecida e obedecida. Abraão, por exemplo, conhecia a lei de Deus (Gênesis 26:5).
Quando a lei foi promulgada no Monte Sinai, este fumegava e tremia (Êxodo 19:18). Havia um motivo para essa fumaça e tremor do monte. Deus queria impressionar Seu povo de tal maneira, que jamais esquecessem do que estava para lhes dar. E foi assim que receberam os mandamentos, registrados em Êxodo capítulo 20, versículos 3 até o 17.
E Jesus? Qual foi a atitude de Cristo diante da lei, dos mandamentos? Mateus 5:17 registra as palavras do Salvador: “Não penseis que vim revogar (mudar) a lei ou os profetas, não vim para revogar, vim para cumprir”. Em João 15:10, declarou: “Se guardares os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e no Seu amor permaneço.”
A lei revela o pecado, pois é a norma da vida perfeita. Quando alguém mente, a lei adverte: “Não dirás falso testemunho”. Quando alguém se apropria do alheio, a lei mostra o pecado: “Não furtarás”. O apóstolo Paulo escreveu que “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). É por esta razão que o apóstolo Tiago compara a lei de Deus a um espelho (Tiago 1:23 a 15). Como o espelho mostra o rosto limpo ou manchado, a lei revela se estamos bem com Deus ou não. A lei apenas mostra nossa desesperadora situação. Ela não tem poder de salvar. Ela aponta o nosso problema. E mostra Jesus, o divino médico da alma, que pode nos curar.
A lei dos dez mandamentos não foi proferida exclusivamente para o benefício dos hebreus. Os preceitos do decálogo foram dados para a instrução e governo de todos. Dez preceitos breves, compreensivos e dotados de autoridade, abrangem os deveres do homem para com Deus e seus semelhantes.
Encontramos nossa responsabilidade para com Deus nos primeiros quatro mandamentos – e nosso dever ao próximo, nos seis restantes (Lucas 10:27).
Esses mandamentos, se observados, servem de proteção para a família, igreja e sociedade. Quão lamentável é que eles são hoje esquecidos. Pouco se fala deles até na própria igreja. As crianças e jovens quase os desconhecem completamente. Não é de admirar que muitos deles estejam tão longe de Deus e a criminalidade tem aumentado assustadoramente!
Algumas pessoas acreditam que obedecer à lei significa o fim da liberdade. Mas, pense bem: quem é escravo – aquele que não pode viver sem “drogas” ou quem não as usa? Quem é livre – aquele que obedece às leis do país ou o que as transgride? Que liberdade há para o criminoso? Aquele que transgride a lei, perde a sua liberdade – será preso. O cidadão que obedece às leis é um homem livre. Por isso Tiago chama os 10 mandamentos de “lei da liberdade” (Tiago 2:12).
A obediência do cristão aos 10 mandamentos não é para conseguir a salvação, mas uma espontânea demonstração de haver esse cristão sido salvo pela fé em Jesus. A salvação que Jesus dá ao que nEle crê, restaura o homem à sua verdadeira glória e dignidade, livra o homem da escravidão de vícios e pecados e o torna feliz. Salmo 119:1 diz que “felizes os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor.”
A lei não nos salva, pois não tem poder para isso. O papel do decálogo é mostrar o pecado e a norma da justiça. A lei nos conduz a Cristo (Gálatas 3:24).
Também gostaria de ressaltar que a lei de Deus será a norma do juízo. Eclesiastes 12:13 e 14, diz: “Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”
“Mãezinha”, dizia a menina, enquanto abraçava fortemente sua mãe; “eu amo a senhora tanto, tanto, até no fundo do coração!” “Que bom, querida”, respondeu a mãe, “isto me alegra muito”. Passados alguns minutos, a mãe pediu: “Filhinha, poderia tomar conta do nenê enquanto faço almoço?”
“Outra vez? A senhora já sabe que eu não gosto de fazer isso; agora quero brincar.” E saiu para o quintal.
Essa menina amava realmente a sua mãe? Se fosse amor sincero deveria ter prazer em cumprir suas ordens, porque a obediência é uma expressão de amor. “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos.” João 14:15. “Porque este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos.” I João 5:3.
Tem você amado a Jesus? Têm você guardado os mandamentos como gratidão pela salvação recebida? Pense seriamente sobre isso e reavalie sua vida cristã.

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