domingo, 8 de março de 2015

Descoberto menor ser vivo da Terra


Menor ser vivo que se conhece
A bactéria ultrapequena possui cilia, pequenos apêndices externos que podem ser usados para movimentação ou para comunicação com outras bactérias.[Imagem: Berkeley Lab]

Limite da vida

Qual é o menor tamanho possível de um ser vivo?

Os cientistas debatem essa questão há décadas, já tendo elaborado teorias e feito cálculos para estimar qual a menor estrutura capaz de conter um nível de complexidade suficiente para sustentar a vida.

Mas todos foram pegos de calças curtas quando Birgit Luef e Jill Banfield usaram um microscópio de última geração para flagrar a menor bactéria conhecida - e, também, a menor forma de vida conhecida.

Ocorre que a nova bactéria é muito menor do que os cientistas imaginavam ser possível para um ser vivo.

Ela mede 0,009 micrômetro cúbico - um micrômetro equivale a um milésimo de milímetro.

São necessárias 150 delas para recobrir a bem conhecida bactéria Escherichia coli, e caberiam 150.000 dessas nanobactérias na ponta de um fio de cabelo humano.

É importante lembrar que a nova bactéria é o menor organismo a atender a todos os requisitos daquilo que os cientistas atualmente classificam como seres vivos. Afinal, os vírus são menores, mas não são classificados como "seres vivos autênticos".

Menor ser vivo que se conhece
Estrutura interna da menor forma de vida que se conhece, mostrando uma parede celular complexa e um interior muito denso. [Imagem: Berkeley Lab]


Menor bactéria conhecida

A menor bactéria da Terra - a menor que se conhece até agora - foi encontrada em águas subterrâneas e os pesquisadores afirmam que ela deve ser bastante comum e só não foi achada antes porque a técnica usada para identificá-la - chamada tomografia crioeletrônica - só foi aperfeiçoada nos últimos anos.

"Essas bactérias ultrapequenas que acabamos de descrever são um exemplo de um subconjunto da vida microbiana da Terra sobre o qual nós não sabemos praticamente nada," disse o professor Jill Banfield.

Segundo ele, agora será necessário descobrir como essas bactérias vivem, do que se alimentam e como se encadeiam com o restante da vida no planeta.


Via Diário da Saúde

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