sábado, 30 de abril de 2011

Paquistão reconhece terceiro sexo oficialmente

A Corte Suprema do Paquistão, em uma decisão rara no mundo islâmico, ordenou criar um novo gênero nos documentos de identidade para oficializar a discriminada comunidade transexual, conhecida como o "terceiro sexo".

Desta forma, os hijra, como são chamados no Sul da Ásia, farão parte de uma categoria sexual nos documentos oficiais. O presidente da Associação pelos Direitos dos Transexuais do Paquistão, Miss Bobby, explicou a importância da lei.
- Há dois anos apresentamos um pedido perante a Corte Suprema por nossos direitos, porque no Paquistão não havia um conceito para nossa comunidade.
Durante a conversa, rasgou elogios para o chefe do Tribunal Supremo, Iftikhar Chaudhry, do qual guarda uma fotografia posada com ele em um lugar de destaque na sua sala.
- Ele toma decisões e dá passos muito corajosos para nossa comunidade pela primeira vez na história do Paquistão.
A corte presidida por Chaudhry permitirá agora o fato simbólico que, ao solicitar a carteira de identidade, toda pessoa terá a opção de possa marcar homem, mulher ou transexual ("shemale", se o formulário for em inglês, ou "khuaja sarai" em urdu).
Esta comunidade, conhecida também como "terceiro sexo", agrupa homens que adotam roupas e comportamentos femininos, mas que não passam pela sala de cirurgia, outros que optam por uma intervenção cirúrgica após assumir sua feminilidade e pessoas que têm desordens genéticas e nascem com órgãos genitais mistos.
Miss Bobby disse que sua comunidade tem uma condição de "única".
- Sabemos e aceitamos que somos uma minoria, mas temos nossos direitos.
Apesar do veredito do supremo surpreender em um país islâmico e conservador como o Paquistão, a figura do hijra está enraizada não só neste país mas em todo o sul da Ásia, onde sofre uma discriminação parecida.
A decisão judicial nem sequer alterou os ânimos dos grupos religiosos de corte islamita. O porta-voz do partido islamita Jamat e Islami, Shujaat Qamar, se mostrou favorável à decisão.
- Não há nenhuma objeção por nossa parte. É uma decisão correta do Supremo. As autoridades têm o dever de dar direitos a todos.
Mas o estigma social dos hijra segue sem desaparecer e muitos deles se veem obrigados a pedir esmolas nas ruas e sobrevive em um mundo marginal, próximo a da malandragem e exposto à prostituição e às doenças sexuais.
A presidente da associação de transexuais citou o sequestro, a violação, o roubo e o assédio da polícia, entre alguns dos abusos que sofre a comunidade e cifrou entre 50 mil e 80 mil os membros desta comunidade no Paquistão, embora outras estimativas não oficiais elevam o número a centenas de milhares.
Miss Bobby admitiu que a situação está melhorando nos últimos anos com decisões como as do chefe do supremo, que contribuem à aceitação social, e reivindicou que a comunidade não deve se sentir "envergonhada".
- Não fizemos isso a nós mesmos, foi Deus que nos fez assim.
"Copyright Efe - Todos os direitos de reprodução e representação são reservados para a Agência Efe."
Fonte: R7
Nota: Rm 1:23-27 " e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
1:24 Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si;
1:25 pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.
1:26 Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
1:27 semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro. "

0 comentários:

Postar um comentário

▲ TOPO DA PÁGINA