quarta-feira, 1 de junho de 2011

Meditações Diárias do mês de Junho 2011

1º de junho Quarta


Certeza da Salvação – 1



Vamos, então, sem medo, aproximar-nos confiante e ousadamente do trono da graça (o trono do favor imerecido de Deus em favor dos pecadores) para que possamos receber misericórdia (para nossas falhas) e achar graça para ajuda em tempo oportuno para cada necessidade (ajuda apropriada e oportuna) justamente quando a necessitamos. Hebreus 4:16, Versão Amplificada


Você pode achar que são apenas inquietações de adolescentes, mas muita gente grande também tem estas mesmas dúvidas: Será que vou conseguir ser fiel até o fim? Será que Deus vai me aceitar se eu não fizer todas as mudanças que devo fazer? É aquilo que a igreja ensina ou o que eu penso que a igreja ensina sobre salvação que me deixa intranquilo? Minha conversão foi genuína? Vou sobreviver no tempo de angústia?


Pense agora comigo: Será que Deus nos convida para nos aproximarmos do trono da graça, como diz o verso de hoje, sem nos oferecer nenhuma palavra de boas-vindas ao chegarmos lá? Será que ele nos abandonaria, deixando-nos sem saber se fomos aceitos ou não?


Muitos comparam a caminhada cristã em direção ao Céu à travessia de um equilibrista sobre um cabo de aço, cuidando para não cair nem para a direita nem para a esquerda. Que paz ou segurança pode existir no coração dessa pessoa, se sempre está preocupada em não cair?


Por que colocamos um tema como esse, tão bonito e essencial para uma vida espiritual feliz, dentro de uma moldura de incerteza, quando a Bíblia está cheia de promessas maravilhosas sobre a certeza da salvação?


“Sei em quem tenho crido” (2Tm 1:12). “Eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19:25). “Não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). “Se Deus é por nós quem será contra nós” (Rm 8:31). “Aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé” (Hb 10:22).


Se eu perguntasse: “Você está seguro de sua salvação?”, quantos não tropeçariam nas respostas: “Estou me preparando”; “Estou tentando”.


Fanny Crosby escreveu mais de oito mil cânticos e hinos, durante seus 95 anos de vida. Um de seus hinos mais apreciados fala da certeza da salvação: “Que segurança! Sou de Jesus! / Eu já desfruto bênçãos da luz! / Sei que herdeiro sou de meu Deus; / Ele me leva à glória dos Céus!” (Hinário Adventista, nº 240).


“Vocês não devem deixar que coisa alguma prive o coração da paz, do descanso, da certeza de que são aceitos agora mesmo” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, [MM 1989], p. 176).






2 de junho Quinta


Certeza da Salvação – 2



Porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o que Lhe confiei até aquele dia. 2 Timóteo 1:12


Os pregadores adventistas sabem que um tema que atrai e garante boa assistência é aquele sobre os eventos finais. O que em realidade motiva essa audiência não é a curiosidade de saber se a crise financeira ou o aquecimento global influenciarão os eventos finais. A dúvida insistente é quanto à certeza da salvação.


Os eventos finais são apresentados muitas vezes como um processo seletivo, no qual em cada fase sobreviverão os mais fortes e consagrados. “O que vai acontecer quando meu nome for chamado? Estarei salvo ou perdido? Como vou fugir para as montanhas se próximo à minha cidade não há montanhas?”


Desavisadamente, alguns pregadores deixam a igreja com medo e em estado de suspense, em lugar de alimentar-lhe a confiança em Deus. “Cuidado! Não deixe pecado nenhum sem ser confessado, senão você pode ficar fora do Céu.” E o que fazem alguns no afã de manter a “ficha limpa”? Confessam uma, duas, várias vezes.


Reduzimos Deus a um exator, um juiz exigente, que no dia do juízo dirá: “Lamento, mas no dia 14 de junho de 2011, às 16h15, há o registro de um pecado que você cometeu e não confessou, então...” E se cometer um pecado e não tiver tempo de confessar, ao morrer, estarei salvo ou perdido?


Será que nosso relacionamento com Deus é tão frágil e instável como entrar e sair por uma porta giratória que dá acesso à salvação? Se peco, saio; se confesso, torno a entrar; se peco outra vez, volto a sair... Alguns, nesse caso, estariam sempre trancados à porta. Outros pensam em seu nome escrito e apagado todas as vezes que passam por esse processo.


Como reforço, vou usar a ilustração de Paulo em Romanos 7. Se igualamos o casamento à alternação entre erro e acerto, pecado e confissão, significando que cada vez que eu cometer um pecado me divorcio de Cristo, ao confessar, caso-me de novo. Como seria o relacionamento de um casal nessas circunstâncias? Como os dois iriam crescer?


Não precisamos continuar pendurados à dúvida. Deus nos aceita como somos e nos recebe. “Muitas vezes, teremos de prostrar-nos e chorar aos pés de Jesus, por causa de nossas faltas e erros; mas não nos devemos desanimar. Mesmo quando somos vencidos pelo inimigo, não somos repelidos, nem abandonados ou rejeitados por Deus. Não; Cristo está à destra de Deus, fazendo intercessão por nós” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 64).






3 de junho Sexta


Tudo se Acalmou



“Coragem! Sou Eu! Não tenham medo!” Então subiu no barco para junto deles, e o vento se acalmou. Marcos 6:50, 51


Na rota do dia, o inesperado: uma tempestade! Ansiedade, irritação, medo. A tempestade parecia estar além das forças dos discípulos e era daquelas que eles nunca tinham enfrentado antes. Jesus pôde ver os amigos lutando com os
remos como nunca havia visto antes. Frustração, nervosismo. Que situação! Nesse momento de turbulência, Jesus Se aproxima deles.


Gostaríamos que nosso dia a dia não tivesse improvisos nem surpresas desagradáveis; que transcorresse dentro dos trilhos seguros da previsibilidade, sem exigir nenhum esforço extra. Nada que transtornasse nossa agenda.


É por isso que agendamos os itens um a um, todos os dias. Anotamos o que pretendemos fazer. Queremos nos convencer de que somos organizados, e de que tudo vai seguir seu ritmo normal, dentro da previsibilidade.


Mas, há dias... Isso mesmo. Aqueles... Parece que tudo conspirou para acontecer no mesmo dia. Atrasos. Pequenas irritações. As crianças não se arrumam a tempo para ir à escola. O carro quebra no meio do caminho, longe de qualquer tipo de socorro. A bateria do celular está descarregada e as ligações não se completam. O trânsito está difícil. Diante de tantos imprevistos, em pouco tempo você começa a priorizar e a refazer a agenda de tudo o que está pela frente.


O que fazer nesse momento de desorientação e impaciência? Espernear, xingar, gritar? O melhor mesmo é orar. Isso mesmo! Pedir que Deus nos oriente, nos dê calma, tranquilidade, nos ajude a administrar o inesperado e realizar o que precisa ser feito.


“A oração é a resposta para cada problema da vida. Ela nos põe em sintonia com a sabedoria divina, a qual sabe como ajustar cada coisa perfeitamente. Às vezes deixamos de orar em certas circunstâncias porque, a nosso ver, a situação é sem esperança. Mas nada é impossível com Deus. Nenhum problema é tão complexo que não possa ser solucionado, nenhuma relação humana tão tensa que Deus não possa trazê-la à reconciliação e a compreensão. Seja o que for que precisemos, se crermos em Deus, Ele há de suprir. Se alguma coisa nos causa preocupação ou ansiedade, paremos de propagá-la e confiemos em Deus por restauração e poder” (Ellen G. White, Review and Herald, 7 de outubro de 1865).






4 de junho Sábado


Graça e Verdade em Jesus



Vimos a Sua glória, glória do Unigênito e vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14


Muita gente viveu na Terra, mas somente de Jesus é que se poderia dizer que era “cheio de graça e de verdade”. Quando Seus seguidores procuraram uma palavra para descrever Jesus, para explicar Seu amor e bondade, escolheram a palavra graça. Depois que eles a utilizaram, nunca mais ela continuou a mesma. Encheu-se de vida e significado.


Embora não encontremos nos Evangelhos Jesus usando a palavra graça, a graça transbordava em todas as palavras e ações dEle. Qualquer pessoa que tivesse se encontrado com Jesus poderia dizer: “Existe nEle um magnetismo encantador. Existe graça.”


As pessoas não acham difícil acreditar e ver Jesus como cheio de graça, mas se sentem incomodadas com esta dualidade em Jesus: havia nEle graça e também verdade.


Será que a verdade elimina a graça ou a graça elimina a verdade? O mundo aprecia, aceita a graça de Deus e para ela corre. Porém, recusa-se a aceitar a verdade e corre dela. Temos que oferecer as duas, porque “a verdade sem a graça, condena o pecador; e a graça sem a verdade, torna-se conivente com o pecado”.


Todos querem graça plena, completa, abundante, mas quando se chegam diante da verdade, ela tem de ser relativa. Quando erramos ou fazemos traquinagem, queremos ser julgados pela graça. O outro que seja julgado pela verdade!


Ao ensinar e curar, Jesus foi cheio de graça e verdade. Assim foi com o paralítico de Betesda: “Amigo, levante-se. Ande. Você recebeu graça, foi curado. Agora, cuide para não voltar a fazer o que fazia” (Jo 5:5-15). No episódio da mulher flagrada em adultério, os que a levaram até Jesus eram defensores da lei. Mas Jesus também era defensor da lei e disse: “Aquele que estiver sem pecado pode apedrejá-la!” (Jo 8:7). O único que podia fazê-lo era Ele mesmo. Nesse momento, no entanto, Ele concedeu graça – e também aplicou a verdade. Disse para a mulher: “Agora vá e abandone sua vida de pecado” (v. 11).


A Pedro, que estava profundamente triste pelo que havia feito, Jesus concedeu três chances. “Pedro, por que é que vai gastar o resto de sua vida pescando? Venha, mostre seu amor em um ministério bonito em favor do Meu rebanho!” (cf. Jo 21:15-17).


Podemos pedir hoje que nossa vida seja cheia de graça e de verdade.






5 de junho Domingo


Como Ficar em Segundo Lugar



Corra para vencer [...] Eu não sei sobre você, mas eu estou correndo firme para a linha de chegada. 1 Coríntios 9:24, 26, The Message


Usar o título do devocional de hoje em uma palestra para atletas e jogadores, às vésperas de uma final de torneio ou campeonato, seria no mínimo provocação. Ou para confundir ainda mais, poderíamos intitular a palestra como “Aprendendo a ter sucesso como perdedores”. O que o segundo lugar nos ensina?


Não se faça de vítima, pensando: “Todos querem me prejudicar”, “Estão me perseguindo”, “Tenho talento e ninguém me convida”. Fazer o papel principal do filme “Esqueceram de Mim” não vai ajudar.


Reconheça suas peculiaridades. Nenhum de nós é fotocópia de um irmão ou irmã. Nem mesmo se formos gêmeos. Deus criou cada pessoa com diferentes habilidades, técnicas e interesses. Conviva de forma alegre com os diferentes gostos e atrativos.


Chegar em primeiro lugar nem sempre é vencer. Se, no afã de ser o primeiro, você atropelou, pisou e insultou a outros; e se na obsessão pela nota 10 não teve tempo para seus amigos, você descobrirá tarde que o primeiro lugar trouxe solidão e isolamento. Vai levantar o troféu sem ninguém para aplaudir; ninguém com quem comemorar. Nesse caso, o sabor da vitória não traz satisfação completa, nem é tão doce assim.


Não use o fracasso como desculpa para desistir. No intervalo de uma convenção de líderes de Desbravadores e Aventureiros, fui visitar o museu de uma grande fábrica de refrigerantes. Logo à entrada, vimos uma contagem crescente, digitalizada velozmente, de quantas latinhas estavam sendo vendidas em todo o mundo. Eram bilhões! Interessante é saber que, no primeiro ano de funcionamento, a empresa vendeu apenas 400 unidades.


Se para você alguma coisa não deu certo, em lugar de procurar uma desculpa, pergunte-se em que pode melhorar da próxima vez.


Aceite-se como uma pessoa de valor. A pesquisa que não serviu, a monografia que não foi aceita, a desclassificação no jogo, não são padrões para medir seu valor pessoal e fazer com que perca a confiança em si mesmo. Você vai descobrir que “o que ensina mais é a escalada e não chegar ao topo da montanha; é a viagem e não o fim dela”.


O cristianismo é o refúgio daqueles que ficaram em segundo lugar, mas que se tornaram campeões pela graça de Deus. Há lugar, prêmio e recompensa para todos.






6 de junho Segunda


Ensina-nos a Orar – 1



E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa. Mateus 6:7


A oração que Jesus ensinou aos discípulos é simples e específica. Não dá espaço para que nossa mente fique divagando. Creio também que a ideia dEle era nos dar um simples exemplo em contraste com as longas orações dos líderes religiosos daquela época.


A oração do Senhor segue o mesmo padrão dos Dez Mandamentos. Jesus resumiu a lei dizendo que devemos amar a Deus em primeiro lugar e depois ao nosso próximo. A primeira parte da Oração do Senhor se centraliza em Deus e depois volta a atenção para nossas necessidades. As três primeiras sentenças estão na segunda pessoa do singular, no modo imperativo:


“Santificado seja o Teu nome” (v. 9). O primeiro pedido é que Deus seja honrado como tal e que seja dada a devida reverência ao Seu nome. Quando oramos “santificado seja o Teu nome”, manifestamos o desejo de tornar a presença de Deus real na oração. Como oração, o Pai Nosso não começa com as necessidades humanas, mas com a honra devida ao nome de Deus.


Ao começar dizendo “santificado seja o Teu nome”, saio do meu horizonte e elevo os olhos para Alguém superior. Não entro na sala de audiência de Deus como se estivesse indo visitar um amigo de muito tempo, aquele na porta de quem você nem bate e já vai entrando, joga a agenda em cima da mesa, o paletó de um lado, se esparrama na poltrona e pergunta: “E aí?” Mesmo com a proximidade que me permite chamá-lo de Pai, devo reconhecer o privilégio e a solenidade de me aproximar dEle.


“Venha o Teu reino” (v. 10). Para Jesus e os discípulos, o reino de Deus não era apenas uma realidade futura, no clímax da história, mas uma experiência presente no coração do ser humano. O reino de Deus ainda não existe em Sua plenitude no presente. Por isso, cabe a nós não apenas orar, mas trabalhar pelo seu avanço na Terra e para que a salvação se faça presente no coração de todos.


É uma oração para que o plano da salvação chegue à sua realização final e venha o fim do pecado.


“Seja feita a Tua vontade” (v. 10). Como é difícil, às vezes, alinhar nossa vontade à de Deus. Nessa oração, peço que Deus me ajude a encontrar a vontade dEle para minha vida e a confiar em Seu modo de decidir e responder. Por isso, precisamos de humildade e submissão para entregar nossa vontade à dEle, permitir que Ele nos dirija e nos submetermos à Sua providência.






7 de junho Terça


Ensina-nos a Orar – 2



Porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de O pedirem. Mateus 6:8


Com tantos exemplos de oração no Antigo Testamento, por que os discípulos pediram: “Ensina-nos a orar” (Lc 11:1)?


Na segunda tríade de petições do “Pai Nosso”, Jesus parece ter incluído as preocupações da vida humana. Todas as três estão na primeira pessoa do plural: “dá-nos” (Mt 6:11), “perdoa as nossas dívidas” (v. 12) e “não nos deixes” (v. 13).


“Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (v. 11). É bom saber que Jesus não passou por alto nossas necessidades materiais. Ele mesmo proveu o vinho para uma festa, pão e peixe para a multidão.


Quando Ele ensina a orar dizendo “nosso pão de cada dia”, está incluindo o que é básico para nossa vida. Ele está falando de saúde, roupa para vestir, teto para abrigar, trabalho, estudo, etc. Portanto, devemos demonstrar nosso agradecimento a Deus por isso.


“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (v. 12). Jesus também ensinou que devemos orar pelas necessidades espirituais e emocionais.


Já que o problema do ser humano é o pecado, uma das petições centrais do Pai Nosso é sobre o perdão. Levamos a Deus nossos pecados e nossas falhas e, ao receber o perdão, somos objeto da graça de Deus. Por isso, devemos também estender o perdão a outros. “Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 113).


“E não nos deixes cair em tentação” (v. 13). Ou, como diz outra tradução: “Concede que não fracassemos no dia da prova.” Aqui admitimos nossa fragilidade e nosso medo de vir a pecar. Levamos a Deus nossa vulnerabilidade, porque sabemos que lutamos contra um inimigo que conhece nossos pontos fracos. “Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados alem do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, Ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1Co 10:13).


Deus sabe o quanto podemos suportar, e devemos pedir-Lhe força para resistir. “À medida que o Espírito Santo glorifica a Cristo, nosso coração é abrandado e subjugado, as tentações perdem sua força, e a graça de Cristo transforma o caráter” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 118).


A oração do Senhor faz jus ao seu nome, pois nela temos nossas necessidades supridas, nossos pecados perdoados e nossas tentações vencidas.






8 de junho Quarta


Enfrentando a Tentação



Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. 1 Coríntios 10:13


Por sua própria natureza, a tentação é enganosa. Começa de maneira sutil e inocente. Não grita. Fala mansinho; sussurra. Não há lugar, nem esconderijo, por mais secreto que seja, em que ela não entre. Nenhum ser humano está imune à sua sedução, nenhum escapará ao seu engodo.


A definição mais simples de tentação é “insinuação interior pecaminosa, com a intenção de nos levar para o lado errado”. Também é “satisfazer desejos legítimos de maneira incorreta”.


É impressionante como algumas vezes nós mesmos desejamos ser tentados e dizemos: “Ah! Só mais uma vez... Esta será a última!” Ou vamos a lugares em que sabemos que seremos tentados, e depois perguntamos: “Por que caí?”


Não existe uma fórmula única para resistir ao atrativo da tentação, mas podemos dar alguns passos que podem nos ajudar. Um deles é decidir antecipadamente resistir a ela.


Daniel é o melhor exemplo nesse aspecto. Sabendo que comeria da mesa do rei e que nela haveria alimentos dos quais ele não participaria, “decidiu não se tornar impuro” (Dn 1:8). Ele disse: “Eu sei que servirão carnes que não posso comer, e vinhos que não posso beber. Vou estar com meus amigos hebreus e caldeus, mas não vou participar desses pratos.” Dessa forma, não hesitou em manter seus princípios e valores.


Decidir com antecipação envolve estudar mais para não colar. Inclui evitar passar perto de um bar, se tiver problemas com a bebida. Se o problema for com a sensualidade, deve-se evitar navegar na internet ou assistir televisão até altas horas, recebendo imagens que poluirão a mente. Quaisquer que sejam as circunstâncias, decida antes.


A tentação gradativa foi um ardil usado contra Eva: “Você já está com o fruto na mão, dê uma mordida. Você já deu uma mordida, agora coma ele todo.” Essa tentação consiste em convencê-lo de que, se você deu o primeiro passo, é o mesmo que ter chegado ao fim da viagem. Hoje seria assim: “Você já tomou um gole, agora beba o copo todo.” “Já deu uma tragada nesse cigarro, fume ele todo.” “Já chegou até aqui com essa garota, vá até o fim.”


Na luta contra o inimigo, lembre-se destas palavras: “Submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês” (Tg 4:7).


“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1).






9 de junho Quinta


Procurando seu Par



Você fez disparar o meu coração com um simples olhar. Cantares 4:9


A singularidade e a beleza dessas palavras só podem ser comparadas aos impulsos poéticos dos bons escritores do tempo do romantismo. Mas elas estão num livro que tem nome superlativo: “O Cântico dos Cânticos” (Ct 1:1).


Uma olhadinha, uma piscadinha de leve, um olhar insinuante. Tudo está dentro da tática da conquista. Mas será que isso é suficiente para começar um namoro?


A fim de ajudar os mais tímidos e indecisos na procura de um par, existem hoje, só nos Estados Unidos, mais de três mil agências de casamento. E a cada mês, ao redor do mundo, três bilhões de pessoas visitam sites em busca de um par. Além dessas agências de casamento, existem ainda 120 milhões de sites com a palavra “amor”.


Será que Deus tem uma agência de casamentos no Céu? Será que Ele vai apertar em Seu computador um mínimo de dez dígitos do lado masculino e dez do lado feminino e os dois vão sair de onde estiverem para se encontrar?


Será que os jovens e solteiros cristãos de hoje pedem a Deus que os dirija na escolha do parceiro? Ou primeiro consultam os amigos, suas preferências pessoais, e depois perguntam: “Então, Senhor, acha que vai dar certo? Se for, por favor, me envie um e-mail dizendo: ‘É ela! Pode começar!’” Será que estamos dispostos a submeter de verdade a Deus nossa vida sentimental?


Se Deus não for convidado para um processo tão importante como é o namoro, o resultado pode ser desastroso. Muitos não querem começar o namoro por causa do risco e da dor em potencial que isso envolve, mas como faz parte da vida crescer, errar, acertar, temos que arriscar.


A quem consultamos para a escolha do par? C. S. Lewis escreveu uma vez para um amigo: “Eu não duvido de que o Espírito Santo guia suas decisões internas quando você as toma com intenção de agradar a Deus. O erro seria pensar que Ele fala só do nosso interior, quando em realidade Ele fala também através das Escrituras, da igreja, dos amigos cristãos, livros, etc.”


Sua fonte de consultas é imensa para que você possa errar menos.


O maestro Lineu Soares tem uma linda composição cantada em inúmeras cerimônias de casamento: “O amor é bondoso, constante e fiel, / Ele é o começo da vida no Céu. / O amor é uma estrada de brilho e de luz. / O amor é eterno, o amor é Jesus.”


Que esse amor dirija seus passos na escolha de um companheiro.






10 de junho Sexta


Encontrando o seu Par



Esta é a minha oração: Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção. Filipenses 1:9


Até no dicionário a palavra “namorar” é rica em significado e entremeada de romance: “desejar ardentemente; inspirar amor; fitar (alguma coisa) de maneira insistente; atrair; procurar conquistar; cativar”, etc. (Novo Dicionário Aurélio, 1980, Editora Nova Fronteira).


Namorar como um meio de descobrir e encontrar o parceiro é coisa nova na história da humanidade. Antes os casamentos eram arranjados. O namoro era feito na casa da moça. Depois, passou para encontros públicos, convite para sair juntos e para jantar. Hoje o processo é mais complexo e vai mudando com o tempo.


Deus é criativo demais para ter uma fórmula única para o encontro de duas pessoas. Essa atração é apenas uma “cola temporária” para avaliar a pessoa com quem estamos. Deve ser o tipo de pessoa para quem se possa olhar e dizer: “Obrigado, Senhor, pelo(a) namorado(a) que me deste”, e não se queixar dizendo: “Olha só, Senhor, o que caiu na rede.”


Existem amigos, rapazes e moças, que sonharam ser namorados, mas a luz nunca passou do amarelo para o verde para que o namoro começasse. Ficaram detidos no caminho por causa de pequenas diferenças que podiam ser superadas. É o grupo dos “mais que amigos e menos que namorados”. “Ah! Teria funcionado se não tivéssemos sido amigos antes, se fôssemos mais jovens, se morássemos mais perto, se ele não fosse tão liberal ou tão conservador, ou fosse mais cuidadoso na observância do sábado.”


Ao recomendar uma esposa para o filho Isaque, Abraão disse para seu servo: “Não me traga uma moça que acredita em coisas diferentes das que acreditamos.” Quer dizer, há lugares certos nos quais procurar uma pessoa para formar um par para o resto da vida. Essa é uma história simples, mas mostra como a orientação divina operou na vida de dois jovens quando o importante assunto do casamento estava em pauta.


O ideal de Deus é que você possa andar com o seu/sua namorado(a) na mesma direção espiritual; do contrário, você estará se arriscando. Se quando namora alguém da mesma fé você certamente enfrenta problemas, imagine se você se relacionar com alguém que não conhece os princípios cristãos.


“Se a direção divina em algum tempo deveria ser procurada em oração, é antes de dar um passo que liga pessoas entre si para toda a vida” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 465).






11 de junho Sábado


O Amor Leal de Deus



O Senhor lhe apareceu no passado, dizendo: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí.” Jeremias 31:3


O amor continua sendo tão indefinido e misterioso como a célula humana, mas igualmente vital para nossa existência. Defini-lo parece impossível, mas uma das melhores definições é a que encontrei numa revista hispana: “Amor é um compromisso incondicional com uma pessoa imperfeita.”


George Matheson escreveu um hino sobre o amor de Deus, que por ocasião de sua composição teve circunstâncias adversas. Logo depois do noivado de George, a noiva ficou sabendo que ele estava se tornando cego. Não havia nada que os médicos pudessem fazer para reverter a situação. Ela então terminou o noivado dizendo que não podia passar o resto da vida com um homem cego.


Matheson se tornou completamente cego enquanto estava estudando no seminário. Era aluno brilhante e a irmã tomou conta dele durante esse período de estudos. Logo depois, ela se casou. Estudiosos da vida de Matheson dizem que o fim do noivado e o casamento da irmã fizeram com que não houvesse mais ninguém para cuidar dele, e dessa experiência acabou “nascendo” um hino.


Ele mesmo descreve como compôs o hino: “Meu hino foi composto na noite do dia 6 de julho de 1882, quando eu tinha quarenta anos de idade. Estava sozinho em casa. Era a noite do casamento da minha irmã e toda a família permaneceu em Glascow.


“Alguma coisa aconteceu comigo que somente eu entendi, e me causou grande angústia mental. O hino foi fruto daquele sofrimento. Foi o trabalho mais rápido que já fiz em minha vida. Parece que ele estava sendo ditado para mim por alguma voz interna em lugar de ser mesmo uma criação minha. O trabalho não levou mais do que cinco minutos e nunca foi retocado depois. [...] Veio como o brilho da aurora sobre mim.” São aquelas composições e poesias nascidas no cadinho da dor.


Olhando para sua vida, ele menciona que ela havia sido cheia de obstáculos, mas que a esperança nunca iria se apagar.


Como Matheson pôde superar toda essa situação? No próprio hino ele diz que “Deus traçou o arco-íris na chuva”. É a figura de um concerto e de uma promessa. “Amor, que por amor desceste! Amor, que por amor morreste! / Ah, quanta dor não padeceste! Minh’alma vieste resgatar / E meu amor ganhar! (Hinário Adventista, nº 120).


Podemos hoje experimentar a segurança desse amor leal de Deus.






12 de junho Domingo



O Amor Tudo Espera



O amor não conhece limites para sua paciência, fim para sua confiança, nem enfraquecimento de sua esperança; ele é capaz de superar tudo. 1 Coríntios 13:7, Phillips


Quando Elizabeth Barret se tornou esposa de Robert Browning, seus pais desaprovaram o casamento e a deserdaram. Elizabeth escrevia para eles quase toda semana, dizendo como os amava e que aguardava a reconciliação. Esperou meses e anos pela resposta.


Depois de dez anos, ela recebeu pelo correio uma caixa grande, que continha todas as cartas que ela havia escrito. Nenhuma tinha sido aberta. Apesar de essas “cartas de amor” terem depois se tornado parte da literatura inglesa, é realmente triste pensar que elas nunca foram lidas pelos pais de Elizabeth. O relacionamento rompido com a filha poderia ter sido refeito se eles tivessem pelo menos olhado algumas delas. A espera não teve resultado positivo, mas nem por isso o amor desistiu.


No capítulo dedicado ao amor, no verso mais curto, o apóstolo Paulo diz que o amor “tudo espera” (1Co 13:7). Há esperança de que o inimigo se torne amigo. De que volte o esposo ou a esposa que abandonou a casa.


Mesmo os namorados, depois de terem levado um “fora”, ainda interpretam qualquer comportamento do ex como sinal de esperança de que o namoro pode ser refeito. Assim, um telefonema, um olhar intencional, um sorriso ao cruzarem no caminho, um encontro que não era para acontecer, mas aconteceu – tudo isso atua como sinal e desperta esperança: “Ainda tenho esperança de que ele/ela volte para mim.”


E se a espera não der resultado, numa expressão de consolo, dizem: “Ah, pode deixar, meu/minha próximo(a) namorado(a) terá o magnetismo e o carinho que esse/essa não teve.”


A esposa espera que o marido alcoólatra largue a bebida e se torne o pai que os filhos precisam. Mas é o amor que a faz esperar.


Quando o filho ou a filha se rebelam e rejeitam os valores e a tradição da família e abandonam o lar, não há outra saída senão esperar.


O filho pródigo ainda é filho. Não interessa por quanto tempo tenha saído de casa, se foram dias, semanas, meses, quem sabe até anos, o pai continua esperando porque ama.


Deus é o campeão no quesito espera. O coração dEle é marcado pelo desejo de ver todos incluídos no Seu círculo de amor.






13 de junho Segunda


Deus Sabe Tudo Sobre Mim



Senhor, Tu me sondas e me conheces. Salmo 139:1


Emily Bowman escreveu a seguinte oração baseada nos sete primeiros versos do Salmo 139: “Querido Deus, “Tua Palavra ecoa em meus pensamentos assim como os meus pensamentos refletem Tua Palavra...


“Senhor, Tu me sondas e me conheces. Tu sabes tudo sobre mim. Na verdade, sabes como sou por dentro. Posso me esconder dos colegas de escola ou imaginar que minha mãe nunca vai descobrir o que fiz, mas nada posso esconder de Ti. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.


“Tu sabes quando deixo de lado minhas tarefas da escola para assistir TV, e sabes também quando eu me levanto para estudar. Sabes o que vou fazer mesmo antes que eu faça. Conheces minhas boas intenções, e sabes quando falho. Sabes quando me sinto decepcionada comigo mesma, e sabes também que existe algo de bom em mim. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. Tu sabes como vai ser meu dia e como vou reagir diante das situações. Conheces meus hábitos e valores. Sabias que eu ia entrar em pânico com aquela prova surpresa, mas também sabias que eu ia tirar a nota máxima!


“Ainda a palavra não me chegou à língua, e Tu, Senhor, a conheces completamente. Tu sabes o que vou dizer antes que os pensamentos se formem em minha mente e antes mesmo que as palavras sejam pronunciadas. Tu me cercas por trás e pela frente, e sobre mim pões a Tua mão.


“Observaste-me ao respirar pela primeira vez e acompanhaste meu crescimento. Tu sabes o que me aguarda no futuro. Sabes que decisões devo tomar e a quais devo resistir. Sei que guiarás todos os meus passos, em tudo o que eu fizer – nas provas, ao aprender a dirigir, nos problemas com amigos, no momento de deixar meu lar, em tudo, enfim. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir. Sei que me conheces mais do que meu melhor amigo ou até mesmo mais do que minha família. Sei que segues ao meu lado, abaixo, acima e atrás de mim. Estás à minha direita e à minha esquerda. Sei que, se tão somente eu permitir que Tua Palavra ecoe em minha vida e ouça Tua voz em oração, guiarás cada passo do meu futuro.


“Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Por que, então, eu iria querer viver a vida sem Ti? Amém!”


Que tal tomar as palavras de Davi e escrever sua própria oração?






14 de junho Terça


Nosso Deus que Tudo Conhece



Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance; é tão elevado que não o posso atingir. Salmo 139:6


O Salmo 139 é chamado “a coroa dos Salmos” e é um dos mais belos da Bíblia. Nele, três atributos de Deus são salientados: onisciência, onipresença e onipotência. É um poema com expressões sintonizadas àquilo que sentimos e experimentamos.


Davi ficou maravilhado pelo modo tão pleno pelo qual Deus o conhecia. Nenhum movimento, nenhum detalhe, nada escapa ao Seu conhecimento.


Não podemos imaginar como é o conhecimento de Deus. Cada aspecto da nossa vida está aberto diante dEle. Dessa forma, pensamentos, ações, palavras, motivos, Ele os conhece todos. Mesmo tendo em mente que Deus sabia tudo sobre ele, Davi não se sentia ameaçado nem amedrontado por esse fato. Nenhum evento toma Deus de surpresa. Ele também conhece todos os mistérios nas várias esferas do conhecimento humano.


Deus não faz nenhuma descoberta e jamais é surpreendido. Não fica espantado, admirado nem maravilhado com nada. Seu conhecimento é pleno, absoluto, completo. Não há segredos para o Senhor, e Ele não precisa buscar informações a nosso respeito.


Deus sabe o que pensamos antes de termos pensado. Os namorados gostariam muito de ter essa capacidade, de ler o pensamento um do outro. O que será que a Gabriela está pensando? O que será que o Marcelo está pensando?


Nenhum de nossos caminhos está escondido de Deus. “Senhor, Tu me sondas e me conheces” (Sl 139:1). Ele conhece o meu interior. Sabe quando estou lá em cima e lá embaixo. Sabe quando tudo é sol, céu azul, realização, amor. E sabe, também, quando o céu está escuro, quando estou sozinho e com medo do que possa vir.


Deus está familiarizado com nosso dia a dia. Conhece nosso itinerário. Ele traça nossa viagem e as paradas nos locais de descanso. Sabe nosso passado, presente e futuro.


Conhecendo em detalhe como nos conhece, mesmo assim Ele tem um carinho especial por nós e continua nos amando. Ninguém vai nos conhecer melhor do que Deus, e ninguém vai nos amar e aceitar melhor do que Ele.


O que Davi quis salientar nesse salmo não foi o fato de que Deus conhece todos os segredos e mistérios do Universo. O que Davi salientou foi o fato de que Deus nos conhece perfeitamente.






15 de junho Quarta


Convicção da Presença de Deus



Para onde poderia fugir da Tua presença? Salmo 139:7


A presença de Deus não era uma ameaça para Davi, mas segurança e conforto. Na primeira parte do Salmo 139, Davi descreve quão bem Deus o conhece. Na segunda parte, revela quão perto Ele está. Ele imagina lugares para os quais fugir, mas depois descarta todos. Começa com os extremos verticais: se subir ao céu, se descer ao inferno ou às maiores profundezas, ali está Deus. Depois usa as extremidades horizontais: leste, oeste; “se eu tomar as asas da alvorada indo até as extremidades do mar, não adianta, até ali a Tua mão me guiará e me susterá”.


O profeta Isaías reforça esse pensamento, dizendo: “O braço do Senhor não está tão encolhido que não possa salvar” (Is 59:1). Finalmente, ele menciona que nem mesmo as trevas são suficientes para nos esconder de Deus, quando fugimos de Sua presença.


Sansão, Jonas e o filho pródigo pensaram que, mudando de casa ou de cidade, escondendo-se de Deus, as circunstâncias iriam melhorar.


Como mencionei no dia 3, hoje existem sistemas para monitorar as pessoas constantemente: câmeras de vigilância ocultas, celulares, escutas clandestinas, chips de localização e outros equipamentos com potencial tecnológico para verificar como vivemos e o que fazemos. Há pessoas que não conseguem ser elas mesmas porque sabem que estão sendo vigiadas. A mensagem é: tome cuidado com o que você faz e com o que diz, porque você está sendo monitorado.


A presença de Deus não era uma ameaça para o salmista, mas conforto e segurança. Não há lugar nenhum em que o amor de Deus não possa nos alcançar. “Nem altura nem profundidade, [...] será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:39).


Deus não precisa de GPS, nem de rastreamento para descobrir onde você está. Não há um só momento no qual você esteja fora da “tela de monitoramento” de Deus. Hoje, tenha certeza: onde você estiver Deus estará ao seu lado.






16 de junho Quinta


Deus Tem o seu Copyright



Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Salmo 139:14


Depois de ter falado que Deus conhece todas as coisas e especialmente cada um de nós, depois de ter mencionado a presença constante de Deus ao nosso lado, Davi dirigiu seus pensamentos para o Deus que tudo pode.


O que ele escolheu como o melhor referencial para falar do poder de Deus? Ele não mencionou o Universo nem os quasares ou galáxias. Mesmo que tivesse visto as cem melhores fotografias do telescópio Hubble, ainda assim concentraria sua admiração na maneira pela qual Deus criou o Universo. Ele simplesmente exclamaria: “Me fizeste de modo especial e admirável” (Sl 139:14)!


Davi se apreciava pelo modo de Deus o haver criado. “Senhor, Tu juntaste tudo, quando eu estava no ventre de minha mãe. Tu já sabias qual ia ser a cor dos meus olhos, como ia ser meu cabelo e qual seria meu tom de voz. Obrigado porque Tu me deste as minhas mãos. Posso jogar, tocar um instrumento, posso escrever, pintar, digitar!”


Querido amigo, na linha de montagem de Deus não há imitações. Não há cópia carbono nem clonagem. É só ver os filhos na mesma família: cada um tem um “chip” diferente do outro. Isso às vezes ajuda ou dá mais trabalho aos pais. Deus tem o seu copyright e não há como repeti-lo.


É verdade! De Adão até o momento em que você nasceu não existiu ninguém que tivesse a mesma combinação de olhar, personalidade, talentos e preferências que você. Ninguém com sua digital, seu senso de humor, e o estilo corporal que você tem. Ninguém vai usar seu jeito para conquistar alguém e ninguém vai ter seu sorriso. Ninguém ama do jeito que você ama. E, de maneira singular, depois de você, não haverá outro igual a você. Todo esse conjunto de qualidades e traços não existiu em ninguém antes de você e não será oferecido depois.


Davi sabia que Deus sustenta nosso mundo no espaço e mantém o Universo funcionando. Você também pode acreditar que Deus tem todo o poder e não há nada que Ele não possa fazer. Mas isso é impessoal e distante. O que nos interessa saber é o que o poder de Deus significa para nós hoje e no futuro.


Por isso, Davi podia dizer: “Tu sabes exatamente como eu fui feito, do nada para alguma coisa. Como um livro aberto da concepção até o nascimento. Todos os estágios da minha vida estavam abertos diante de Ti” (Sl 139:14-16, The Message).


Não há outro igual a você!






17 de junho Sexta


Departamento de Reclamações



Façam tudo sem queixas. Filipenses 2:14


Gordon Graham diz que “há dois tipos de descontentes neste mundo. O descontente que trabalha e o descontente que esfrega as mãos. O primeiro consegue o que quer. O segundo perde o que tem”.


Faça um inventário das coisas que o deixaram descontente ou das quais você reclamou na semana que passou. Você pode se lembrar de uma ou duas queixas que fez por telefone: o mecânico que levou o dobro de tempo do combinado; a operadora de telefone ou internet...


É difícil encontrar uma pessoa que não se queixe de alguma coisa, pois se não fala alto, fala entre os dentes, e reclama de qualquer maneira.


Há muitos “nãos” na Bíblia, mas um dos que mais causa incômodo é o do texto de hoje: “Não se queixe, não reclame.” Mas o que fazer quando você espera meia hora e não há sinal de vida, e a pessoa não aparece? Ou quando alguém promete três vezes e não cumpre? Assim, para não reclamar, é melhor deixar a pessoa livre de sua reclamação e procurar outro rumo.


Como faz parte da boa convivência, vamos fazer nossa parte para não dar motivos para que alguém se queixe de nós.


Como temos o “Dia do não fumar” e o “Dia da não violência”, poderíamos colocar na agenda o “Dia do não reclamar”. Podemos começar em casa ou no local de trabalho com alguma coisa ou situação de que com frequência somos tentados a reclamar, perdendo a paciência. Quando percebermos o quanto Deus nos tem dado, estaremos prontos para ter o “Dia do não reclamar”. Lembre-se de que qualquer que tenha sido o motivo, reclamar não ganha concurso de beleza nem de popularidade.


Parar de se queixar não é uma atitude que desenvolvemos lendo livros de autoajuda. Podemos começar pedindo a Deus que nos ajude a ser mais pacientes e mais tolerantes, em lugar de estar sempre reclamando. Também devemos pedir uma dose maior de mansidão e uma pitada mais generosa de compreensão para situações que escapam ao nosso controle.


Uma menininha corajosa foi levada ao médico para uma pequena, mas muito dolorosa cirurgia. Quando tudo estava pronto, o médico disse: “Olha, vai doer! Mas você pode chorar e gritar o quanto quiser.” A menininha olhou de volta para ele e disse: “Acho que vou cantar.” E foi isso o que ela fez, sem gritar, nem chorar. Sem reclamar.






18 de junho Sábado


Lutar por uma Bênção



Então o homem disse: “Deixe-me ir, pois o dia já desponta”. Mas Jacó lhe respondeu: “Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes.” Gênesis 32:26


Depois de 21 anos, Jacó estava de volta à sua terra. Quanto sabemos, desde que saíra de casa, nunca havia voltado a ver seu pai nem sua mãe. Na vida dele, notamos o esforço por fazer as coisas à sua maneira, procurando o próprio caminho, ou um atalho para sua vontade. Mas o maior desejo de Jacó, agora, era a restauração do relacionamento com seu irmão. Queria acertar as coisas, “passar tudo a limpo”.


Com toda essa boa intenção em mente, Jacó recebeu a notícia de que seu irmão vinha ao encontro dele com 400 homens. Então, enviou mensageiros e presentes para Esaú. Dividiu sua caravana em dois grupos e mandou que fossem antes dele. Além de executar esses planos, ele orou. Antes de se encontrar com Esaú, foi se encontrar com Deus.


Enquanto estava sozinho orando, longe de todos, na escuridão, um estranho o agarrou. Jacó percebeu que Aquele com quem estivera lutando por tanto tempo era um ser muito superior. Era uma batalha que ele por si mesmo não poderia ganhar, mas que também não admitiria perder. Não queria largar seu oponente enquanto não tivesse a certeza de receber a proteção que precisava. Depois de lutar toda a noite, disse: “Eu não posso voltar para casa como estou.”


“Foi pela entrega de si mesmo e por uma fé tranquilizadora que Jacó alcançou o que não conseguira ganhar com o conflito em sua própria força” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 203). A maior luta, na verdade, foi uma questão de entrega – a entrega de si mesmo a Cristo. Aquele com quem Jacó lutava queria apenas que ele reconhecesse sua debilidade de caráter e seu pecado.


Em sua experiência cristã, você já chegou ao ponto de dizer “Não Te deixarei ir, a não ser que me abençoes”? Quem sabe em algum momento de desespero, de angústia, você se sentiu sozinho? “Jacó prevaleceu porque foi perseverante e resoluto. Sua experiência testifica do poder da oração insistente” (Ibidem). Ele não desistiu.


Alguns param de orar justamente quando estão para receber a bênção. Desistem rapidamente; deixam de insistir. Algumas coisas podem ter resposta rápida. Outras tomarão mais tempo. Nem por isso largue do “braço da onipotência”.


Você e eu somos pessoas que necessitam receber a bênção. A graça de Deus insiste para que, em lugar de seguir nosso caminho e resolver o problema do nosso jeito, entreguemo-nos a Ele, na certeza de receber Sua bênção.






19 de junho Domingo


História de Duas Orações



Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. Lucas 18:10


No Evangelho de Lucas, o autor coloca essa história em uma moldura, mostrando por que Jesus contou a parábola. A versão bíblica The Message diz: “Ele contou a próxima história para aqueles que complacentemente elogiavam a si mesmos pela sua performance moral, e olhavam com desprezo para o povo comum” (Lc 18:9).


A oração do fariseu é um catálogo de suas virtudes. Primeiro o fariseu enumerou o bem que fazia, e depois o mal que não fazia. Ele não estava mentindo nem exagerando, mas tudo isso o levou a olhar os demais com desprezo e espírito de crítica. Ou, como diz Brennan Manning, “cacarejando seus julgamentos sobre aqueles que a vida machucou”.


O publicano, por sua vez, baseou-se nos atos de misericórdia de Deus para se aproximar, e proferiu uma das mais breves orações da Bíblia: “Tem misericórdia de mim, pecador!” (v. 13 ARC).


O fariseu era o tipo de pessoa que entrava na igreja com porte ostentoso, enviando uma mensagem para Deus: “Senhor, viste como a igreja ficou mais iluminada com a minha presença? Agora, Senhor, Tu tens que estar presente porque eu estou presente.” O publicano, encolhido, quase se escondia.


Um era autoconfiante e orgulhoso. O outro, envergonhado. Um pertencia à nobreza, o outro à classe comum do povo. Um dizia: “Já realizei muito; eu mereço.” O outro: “Não realizei nada; tem misericórdia de mim.”


No entanto, a maior diferença entre o fariseu e o publicano se centralizava no objeto de confiança de cada um para a salvação. O fariseu foi condenado por causa da justiça própria. O publicano foi justificado porque reconheceu que era pecador merecendo punição. Para ele, o pecado não era só a violação de uma lei impessoal, mas uma questão de relacionamento. O fariseu via o pecado como uma série de ações. O publicano dizia: “O pecado me separou de Deus.”


Agradecemos a Deus pelo que fazemos ou pelo que Deus faz através de nós? Agradecemos a Deus pelo que somos ou pelo que Deus é?


A parábola termina rapidamente: “Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus” (v. 14). O “bom menino”, apesar de seus bons feitos, volta sem ter se beneficiado, enquanto o “mau menino” volta justificado.


Como vai ser bom, neste dia, depois desta leitura, você ter a certeza do veredito de graça a seu respeito: “ [ponha seu nome], saiu justificado.”






20 de junho Segunda


Justificados Pela Graça



Sendo justificados gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:24


Um soldado judeu por nome de Alfred Dreyfus, que demonstrou marcante habilidade em seu trabalho, foi indicado em 1891 como oficial do staff do exército francês. Três anos mais tarde ele foi preso, acusado de vender informações para a Alemanha. Seu julgamento trouxe como resultado sua expulsão do exército, degradação pública e prisão na colônia penal francesa na Ilha do Diabo.


Devido a pressões populares, exigência pública, Dreyfus foi novamente levado a julgamento em 1899, mas de novo declarado culpado.


Em vista da insatisfação popular pelo resultado do julgamento, o presidente da França perdoou Dreyfus. Mas seus amigos não estavam satisfeitos com o mero perdão e, em 1906, num terceiro julgamento, Dreyfus foi completamente inocentado. Foi dado a ele o maior escalão de major na hierarquia militar e ele foi inscrito na Legião de Honra.


Quando Alfred Dreyfus foi perdoado depois do segundo julgamento, a pena do crime do qual ele fora acusado foi perdoada. Ele foi tirado da Colônia Penal da Ilha do Diabo. Voltou para sua família e seus amigos, mas o estigma de ter sido traidor, ainda caía sobre ele. Mas quando, através do terceiro julgamento, ele foi inocentado, promovido ao posto de major e inscrito na Legião de Honra, Dreyfus foi justificado diante de todo o mundo. Ele tinha a reputação de perfeita justiça e se lhe deu o reconhecimento que vem somente àqueles que têm servido e trazido honra ao seu país.


É exatamente isso o que acontece quando Deus justifica aquele que crê em Jesus. Justificação é o termo jurídico significando que Deus declara justo todos aqueles que creem em Jesus, ou enuncia um veredito favorável em favor do culpado.


“Se vocês se entregarem a Ele e O aceitarem como seu Salvador, serão então, por pecaminosa que tenha sido sua vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá seu caráter, e vocês serão aceitos diante de Deus exatamente como se não houvessem pecado” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 62).


Precisamos escutar não meramente a voz que diga: “você pode ir, está livre do seu castigo”, mas “você pode vir; será bem-vindo em Meu amor” (H. C. G. Moule).






21 de junho Terça


Homem Segundo o Coração de Deus



Então Davi disse a Natã: “Pequei contra o Senhor!” E Natã respondeu: “O Senhor perdoou o seu pecado.” 2 Samuel 12:13


Caçador, guerreiro, general, rei e poeta. Músico, assassino, adúltero. Irmão, esposo e pai. Líder, herói e mito nacional. Nenhum outro personagem da Bíblia tem sua história tão aberta quanto Davi. Não há problema nenhum em dizer que jovens que foram fiéis como José, Daniel, Ester, Josué e os três hebreus foram pessoas segundo o coração de Deus. Mas temos que respeitar as escolhas de Deus, e Ele diz que encontrou alguém “segundo o Seu coração” (1Sm 13:14).


O caso de adultério de Davi e Bate-Seba ganhou as manchetes. Suas tentativas de mascarar o mal feito não deram certo. Plano A: Davi chamou Urias para que dormisse em casa. Falhou. Plano B: embebedou Urias. Falhou. Até que, num ato extremo, o rei escreveu um memorando para o comandante Joabe: “Comandante, coloque Urias na vanguarda do exército, onde a batalha é mais feroz, para que ele seja ferido e morra.”


O que deve ter pensado Joabe quando recebeu o bilhete? “Esta é a letra de Davi. Eu a conheço. Mas, será possível que a mão que compôs bonitos salmos é a mesma que escreveu este bilhete enviando uma sentença de morte?”


Cobiça, adultério, mentira, assassinato. A consciência de Davi não o deixou em paz. Deus, que viu e vê tudo, foi em socorro do filho. Mandou que o profeta Natã lhe fizesse uma visita. Para não ferir a sensibilidade do rei, Natã disse que gostaria de discutir um assunto de caráter civil e ouvir a opinião do monarca. Você conhece a história contada e a reação de Davi: “Pequei contra o Senhor.” E de como Natã respondeu imediatamente: “O Senhor perdoou o seu pecado.” Sem peregrinações, jejuns nem penitências.


Não foi preciso aguardar uma cerimônia especial para só então receber o perdão. A certeza do perdão foi imediata.


Mais de um ano depois do crime praticado por Davi, para mostrar Seu amor, Deus enviou o profeta indicando que o rei deveria acrescentar ao nome de seu filho Salomão, nascido após a união com Bate-Seba, o nome “Jedidias” (v. 25), que quer dizer “amado pelo Senhor”.


Hoje também Deus está dizendo: “Vá ao encontro desse rapaz, dessa moça, desse Meu filho que deixou os Meus caminhos, e diga-lhe que volte para Mim. E que acrescente ao seu nome Jedidias, que quer dizer ‘amado pelo Senhor’.”






22 de junho Quarta


Começar e Terminar



Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no dia de Cristo Jesus. Filipenses 1:6, NTLH


Existem composições e obras de arte inacabadas. O primeiro exemplo que me vem à mente é a Sinfonia Inacabada de Schubert. Até hoje todos lamentam que Leonardo da Vinci não tenha terminado o quadro “A Adoração dos Magos”. Michelangelo deixou várias esculturas e pinturas por terminar. E pelo mundo afora existem edifícios e projetos que permanecem inacabados, ou porque são caros ou porque são complicados e vão tomar mais tempo do que se imaginava inicialmente.


E em nossa casa, há coisas esperando ser terminadas? A leitura de um livro, o conserto de um móvel, a coleção que precisa ser completada, etc. O frustrante é nos deparar quase todo dia com essas e outras coisas e perceber que precisam ser completadas.


Deus tem um trabalho a realizar em cada ser humano. Ao contrário de outros projetistas e artistas, tudo o que começa, Ele termina. Não Se impressiona nem Se desanima com a dificuldade ou com o custo daquilo que quer fazer. Ele não começa um trabalho e o larga no meio do caminho, dizendo: “Não vale a pena. Não compensa. Vou pegar outra coisa que seja mais fácil e que Eu termine em pouco tempo.” Na oficina de Deus, todos somos peças em diferentes estágios de andamento. Alguns começando, outros na metade, outros no processo final.


O próprio apóstolo João, com quem Jesus começou um trabalho de moldagem, disse: “Agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele” (1Jo 3:2).


Cada dia Deus dá uma cinzelada na escultura ou faz uma aplicação na pintura. Pode ser que alguns deem mais trabalho do que outros.


A reação de Jesus diante de tudo o que tinha que realizar foi: “Recebi uma tarefa para fazer. Ela é importante. Tenho um tempo determinado para realizá-la. Vou até o fim.” Com determinação e com a intenção de concluir a obra, Jesus Se aproximava de cada trabalho que tinha que realizar.


Paulo é um grande exemplo para nós. No fim da vida, pôde dizer: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4:7).


“Renova-me, Senhor Jesus, já não quero ser igual; / Renova-me, Senhor Jesus, põe em mim Teu coração. / Porque tudo o que há dentro de mim, / Necessita ser mudado, Senhor. / Porque tudo o que há dentro do meu coração, / Necessita mais de Ti.”






23 de junho Quinta


A Revelação da Vontade de Deus



O caminho do homem justo fica cada vez mais claro à medida que ele avança, como quando o sol aparece e o dia vai ficando mais claro. Provérbios 4:18, A Bíblia Viva


A revelação da vontade de Deus é progressiva. É uma jornada. Um processo. Ele não vai mostrar a chegada, o ponto final. Nem mesmo um mapa, um GPS, mostrando cada etapa. Ele apenas vai lhe dar luz suficiente para o passo seguinte. E, à medida que você caminha, mesmo que não tenha a menor ideia de onde vai terminar, o plano irá se configurando à sua frente, pouco a pouco.


Ele quer que exercitemos nossa fé. Sua presença será constante conosco. Se permitirmos, Ele irá conosco. Assim, não vamos pedir que Deus fale, dizendo exatamente o que devemos fazer, mas em fé vamos pedir sabedoria, na certeza de que Ele nos responderá.


Everett Howard foi missionário nas ilhas do Cabo Verde. Quando jovem, ele lutou para saber a vontade de Deus para sua vida. Foi à pequena igreja da qual seu pai era pastor e trancou as portas para que ninguém pudesse vê-lo. Sentia-se envergonhado de que alguém o visse orando.


Ajoelhou-se, tomou uma folha de papel, uma caneta e disse: “Isso vai ser para a vida toda.” Anotou tudo naquela folha. Encheu-a de promessas, de que queria ser missionário, cantar no coral, ler a Bíblia, enfim, fazer tudo o que Deus desejasse que ele fizesse. E assinou seu nome.


Deixou a lista no altar e esperou uma resposta de Deus: quem sabe alguma resposta na forma de trovões, ou algo parecido com a experiência de Saulo no caminho de Damasco. Mas nada aconteceu. Pensou que talvez tivesse se esquecido de alguma coisa. Pegou de novo a lista. Orou. Esperou.


Naquele momento, alguma coisa, como se fosse a voz de Deus, lhe disse: “Filho, você está cometendo um erro. Não desejo esse tipo de consagração. Rasgue o papel que você escreveu.” E ele o fez. Então, a voz de Deus falou de novo: “Filho, quero que você tome uma folha de papel em branco, assine seu nome na última linha e deixe que Eu a preencha.”


Diz ele: “Era apenas um segredo entre mim e Deus quando assinei o papel. E Deus o vem preenchendo nos últimos 36 anos.”


Se estivermos desejosos de realmente fazer a vontade de Deus, no Seu devido tempo, Ele vai revelá-la. A cada passo, em cada situação, em cada oportunidade e desafio, Ele estará ali para nos orientar.






24 de junho Sexta


O “Ainda Não” de Deus



Ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” 2 Coríntios 12:9


Entrei uma vez na Central de Operações da Telefônica, em São Paulo. Avistei corredores compridos, com estantes metálicas e luzinhas piscando de todos os lados. Pensei: Como deve ser o “computador de Deus” para atender ao número incalculável de orações por segundo ou por nanossegundo. Como Ele pode responder orações conflitantes? Será que Ele atende ao que for mais insistente? Será que Ele Se comporta conosco como o entrevistado que responde ao repórter que grita mais alto? Porém, mesmo que a oração continue sendo um dos bonitos mistérios da vida, ela nunca deverá ser deixada de lado apenas pelo fato de não a entendermos.


Muitos de nós já nos sentamos na sala de espera de Deus, aguardando atendimento urgente e prioritário, mas o que recebemos de volta foi um silêncio incômodo e prolongado. Oramos, esperamos, perguntamos se a oração estava errada, mas o silêncio persistiu. Revolvemos o coração para escutar apenas o eco de nossas palavras.


Muitos pensam que Deus tem a obrigação de fazê-los navegar num mar de rosas, ou pelo menos dar explicações pelas dificuldades que enfrentam. No entanto, devemos enfrentar esse silêncio com paciência e confiança. Enquanto Ele não responde, devemos crer assim mesmo. Deus pode dizer: “Ainda não, mas estou aqui e tudo terminará bem. Confie em Mim.”


“Se não recebemos exatamente as coisas que pedimos e ao tempo desejado, devemos, não obstante, crer que o Senhor nos ouve, e que atenderá às nossas orações [...] dando-nos aquilo que é para o nosso maior bem – aquilo que nós mesmos desejaríamos se, com vista divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas como são na realidade” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 96).


Em seu livro O Problema do Sofrimento, C. S. Lewis, depois de sua conversão ao cristianismo, escreveu sobre a prolongada enfermidade da esposa que veio a falecer: “Quando você está feliz e não necessita dEle, será recebido de braços abertos. Mas vá para Ele quando estiver necessitado [...] e o que encontrará? Uma porta batida na sua cara, e o barulho de uma fechadura trancada duas vezes [...]”.


Se o autor concluísse dessa forma, seria apenas um desabafo, mas Ele continua dizendo: “Fui levado a sentir que a porta não estava trancada.” Deus sempre responde no momento certo.






25 de junho Sábado


Por que Incomodar Jesus?



Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga. “Sua filha morreu”, disseram eles. “Não precisa mais incomodar o Mestre!” Marcos 5:35


Ele foi a Jesus enquanto a filha ainda estava doente. Tomou todas as providências ao seu alcance. Implorou a Jesus que fosse vê-la. Mas a chama da esperança que ainda brilhava em seu coração se desvaneceu quando um grupo foi ao seu encontro. “Lamentamos muito, mas sua filha morreu. Não adianta mais. Não tem mais jeito. Não há mais solução. O caso está encerrado. ‘Não precisa mais incomodar o Mestre!’” Quando oramos e oramos e não vemos a resposta, o inimigo diz: Por que orar?


O relato menciona que Jesus Se recusou a ouvir as palavras daquelas pessoas, e disse para Jairo: “Não desista. Não perca a esperança. Não tema. Tão somente creia.” Você gostaria que Jesus lhe tivesse pedido um pouco mais de fé, ou alguma coisa mais tangível, concreta?


Já esteve diante de um problema para o qual você simplesmente teve que aceitar o que tinha acontecido? Quando apagou a luz, fechou a cortina, cancelou a viagem e desfez as malas?


Amigo, quando as dificuldades são numerosas, quando os problemas parecem se acumular um após o outro, quando a situação é desesperadora e precisamos decidir o que fazer primeiro e o que é mais urgente, muitas vezes perguntamos: “Quem pode ir comigo? Quem pode me ajudar?”


Quando você estiver sendo confrontado pelo pior, quando estiver a ponto de desistir, insista e persista na companhia de Jesus. Fique um pouquinho mais com Ele. Não deixe de crer. Não se deixe controlar pelo medo, que é um dos grandes inimigos da fé.


A fé cristã ignora murmúrios, falatórios e milagres fáceis. A fé nos leva a Jesus e nos faz confiar e descansar nEle – e acredita que Deus sabe o que é melhor.


Jesus acompanhou Jairo até a casa dele. Então, entraram na sala onde estava o corpo da menina. Jesus Se aproximou, tomou a mão da menina e disse, em aramaico: “Menina, levante-se!” (v. 41). A recuperação foi instantânea, imediata. “Um tremor perpassou-lhe instantaneamente pelo corpo inanimado. Volveram as pulsações da vida. Os lábios descerraram-se num sorriso. Os olhos abriram-se como se despertasse do sono, e a menina olhou admirada ao grupo que a rodeava. Ergueu-se e os pais estreitaram-na, chorando de alegria” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 343).






26 de junho Domingo


Como Vamos Perdoar?



Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses 3:13


Talvez você esteja familiarizado com a história de Corrie Ten Boom, uma cristã holandesa sobrevivente do holocausto da Segunda Guerra. Depois de arriscar a vida escondendo muitos judeus, ela foi denunciada e entregue aos nazistas, juntamente com a irmã Betsie, que mais tarde veio a falecer no campo de concentração. Corrie foi libertada no dia de Natal de 1944. Num de seus livros, ela conta que vários anos depois da guerra, pregava num culto em Munique, e reconheceu um homem, ex-oficial nazista, que no campo de concentração ficava tomando conta do banheiro das mulheres. Imediatamente vieram-lhe à mente imagens de humilhação e vergonha.


Ela escreve: “Depois do culto, enquanto cumprimentava todos à saída, ele veio para mim sorridente, me cumprimentando: ‘Que boa foi sua mensagem. E pensar como você falou, que Jesus lavou todos os meus pecados.’ E estendeu a mão para me cumprimentar. Eu que pregara tantas vezes ao povo da cidade sobre a necessidade de perdoar, não estendi a mão. Pensamentos de vingança fervilharam em minha mente, porque via os pecados dele. Jesus tinha morrido por aquele homem, será que eu iria pedir mais? Senhor, eu orei, perdoa-me e ajuda-me a perdoá-lo. Tentei sorrir, mas não queria estender a mão. Não sentia o mínimo desejo de cumprimentá-lo.”


Ela orou novamente e disse, então, que, ao estender a mão, parecia que desde o ombro, passando pelo braço e a mão, parecia haver uma corrente entre os dois.


Quantos de nós querem o perdão de Deus? No entanto, quantos estamos desejosos de perdoar? A mutualidade está no coração do perdão. É como se Jesus estivesse dizendo: “Não dá para pensar que uma pessoa perdoada se recuse a perdoar as outras.”


Perdoar tem seu custo. Deus teve que dar Seu Filho para cobrir a dívida que o pecado causou; mas, se perdoar é custoso, mais custoso ainda é não perdoar.


Um momento de crueldade está no passado. Podemos escolher ficar amarrados a ele, ou nos libertarmos dele.


Corrie Ten Boom termina o relato do incidente dizendo: “E assim eu descobri que não é em torno de nosso perdão que gira a cura do mundo, mas em torno de Seu perdão, quando Ele pede que perdoemos os nossos inimigos.”


“Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 113).






27 de junho Segunda


A História de Margarete



Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Mateus 18:10


Em uma palestra sobre autoimagem para estudantes do Ensino Médio no Unasp, campus São Paulo, Nancy Van Pelt nos contou a história a seguir:


Desde o primeiro dia de aula, Margarete e sua professora, senhorita Garner, não se davam bem. Num incidente, quando tinha nove anos, Margarete entrou correndo na classe, atrasada mais uma vez. A senhorita Garner ficou furiosa. “Margarete, estávamos esperando você. Venha aqui na frente agora mesmo!”


Ela pediu que Margarete ficasse de frente para a classe, e aí começou o pesadelo da menina. A senhorita Garner berrou: “Crianças! Margarete não tem sido boa aluna. Tentei ajudar, mas parece que ela não quer aprender. Vamos lhe dar uma lição. Quero que cada um de vocês venha à frente, pegue um pedaço de giz e escreva no quadro aquilo em que Margarete precisa melhorar. Quem sabe isso vai fazer com que ela melhore.”


Foi um ato cruel. Como professora, ela sabia o poder que têm os apelidos. Ali ficou Margarete, petrificada diante da senhorita Garner. Os alunos em fila silenciosa começaram a escrever: “Margarete não arruma o cabelo”, “Não é inteligente”, “É gorda”, “Usa óculos ‘fundo de garrafa’”, “É egoísta”... E, assim, os 25 alunos terminaram de rabiscar alguma coisa.


Foi o dia mais longo da vida de Margarete. Aquela dor nunca a deixou. Ainda sob a sombra daquelas sentenças, 40 anos mais tarde ela foi tratada de seu trauma com uma psicóloga. Dois anos com sessões semanais e agora ela estava na última sessão. “Bem, Margarete, creio que hoje é o dia da formatura. Eu sei que vai ser muito difícil, mas vou lhe pedir que você faça uma coisa. Volte em sua mente à sala de aula, naquele dia. Procure se lembrar do que cada um dos 25 alunos escreveu e de como você se sentiu.”


Margarete ainda se lembrava de cada detalhe. Finalmente, terminou, e ela não parava de chorar.


“Margarete, Margarete... você deixou Alguém de fora. Ele está Se levantando e recebe o giz da senhorita Garner. Agora Ele está indo para o quadro e apaga o que cada aluno escreveu. Desapareceram, Margarete, desapareceram. Você O reconhece? É Jesus! Olhe, Ele está escrevendo alguma coisa no quadro: ‘Margarete é amável... bondosa... gentil...forte... tem muita coragem.”


Margarete começou a chorar. Logo suas lágrimas deram lugar a sorrisos e risos. Já não se sentia mais condenada nem rejeitada.


“Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da Sua serva” (Lc 1:46-48).






28 de junho Terça


Alegria Completa



Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se! Filipenses 4:4


Alegria não é a habilidade de contar piadas ou fazer todo mundo rir. Também não é apenas uma reação do que acontece conosco quando tudo vai bem, temos sucesso ou quando estamos diante da perspectiva de ter o que desejamos.


A alegria que vem de Deus toma muitas formas. Pode ser um sentimento de paz, na certeza de que tudo está nas mãos dEle; ou se manifesta quando um amigo diz: “Me lembrei de você e liguei.”


Será que nos esquecemos das referências bíblicas que falam de alegria e regozijo? As figuras de linguagem que Jesus usou para falar do reino ou de Seus milagres eram uma demonstração daquilo que Ele disse: “Para que a [...] alegria de vocês seja completa” (Jo 15:11). Ele falou do Céu como se fosse um banquete ou uma festa (Lc 14:15); o pastor se alegrou com a ovelha que foi achada (Lc 15:5); a multidão se alegrou quando foi curada a mulher que estava enferma havia 18 anos (Lc 13:13); as crianças se alegraram quando Jesus Se deteve para abençoá-las; o leproso que voltou para agradecer (Lc 17:15); e os discípulos, que, depois da ressurreição, estavam alegres.


Certa vez, um pequeno grupo de estudos da Bíblia chegou justamente ao texto de Gálatas 5, sobre os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, etc., todos relacionados com a experiência pessoal. À medida que discutiam, descobriram que estavam experimentando amor e paz. Muitos admitiam a necessidade de ser mais pacientes (se eu estivesse presente teria reconhecido isso). O grupo também admitiu que tinha fé e era bondoso. Reconheceu sua necessidade de mansidão e domínio próprio. Mas um item que todos concordaram de que precisavam muito, mas muito mesmo, foi alegria.


“O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. [...] Implanta no coração uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir – a alegria no Espírito Santo – alegria que comunica saúde e vida” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 115).


Podemos repetir com o salmista: “Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de cantos de alegria (Sl 126:2).






29 de junho Quarta


Para Tal Tempo Como Este



Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha? Ester 4:14


Esta é uma história repleta de intrigas, complôs, heróis, vilões, inveja e suspense, com uma trama capaz de fazer inveja a Spielberg. E como ocorre em quase toda história, um final feliz.


O fio central da trama: o rei, sem saber, decretou a morte de sua própria esposa e de seu clã formado pelo povo judeu. Uma mulher, inicialmente mera figurante, foi colocada por Deus no lugar e no momento certo no papel central e exerceu uma liderança capaz de mudar o curso da história do próprio povo. Ester se tornou rainha do reino mais poderoso da Terra e desfrutava de todos os privilégios que a posição proporciona.


Mardoqueu, seu primo e mentor, contou para ela o que havia sido tramado. Ele confiava em alguém que nem é mencionado no livro de Ester: Deus.


Em sua conversa com Ester, ele declarou: “Eu creio que você foi colocada nesta posição não apenas para se tornar esposa do rei. Foi muito mais do que ganhar um concurso de beleza e se tornar rainha. Ester, não perca de vista a missão, o foco, a razão pela qual você está aqui. Não se exima! Não ‘tire o corpo fora’! Não ‘fuja da raia’! Você faz parte de um plano que Deus tem para Seu povo.”


Não houve indecisão da parte dela. Não argumentou: “Talvez este não seja o melhor momento. Será que não estamos sendo precipitados? Não é melhor esperar? Por que não procuramos um caminho menos perigoso e arriscado?”


Sabendo de todas as dificuldades que estavam no caminho, Ester pediu que orassem por ela e aceitou o desafio: “Eu vou, mesmo que seja contra a lei. Se eu tiver que morrer, morrerei.” Ela mesma jejuou e orou, e o rei, num dia em que estava de boa vontade, disse: “Você pode pedir até metade do reino que eu lhe darei.”


O encadeamento dos fatos e os momentos providenciais de Deus não terminaram ali. O Senhor ainda está no controle de tudo. Ainda hoje Ele coloca pessoas no tempo e no lugar certos para cumprir Seus propósitos.


Alguma vez você já se perguntou por que está no colégio em que está, morando onde mora e ocupando a função que ocupa? Quem sabe Deus tenha colocado você na sua posição, na sua casa, no seu trabalho, no seu colégio, na sua comunidade neste tempo com um propósito.


Ele também tem um plano e uma missão definidos para nós, no lugar e no tempo em que estamos. Não vamos subestimar a forma e o momento em que Deus pode nos usar. Se Ele esteve com Ester, também estará conosco.






30 de junho Quinta


Mudando a Crise em Vitória



Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para Ti. 2 Crônicas 20:12


Como seres humanos, cremos muitas vezes no pior. No poema Torneira seca, o poeta José Paulo Paes escreve: “A torneira seca (mas o pior: a falta de sede) / A luz apagada (mas o pior: o gosto do escuro) / A porta fechada (mas o pior: a chave por dentro).”


Era uma situação de emergência nacional. Três nações se encaminhavam para atacar Israel. Um senso de pequenez e incapacidade tomou conta do rei e dos líderes da nação. Seus recursos eram insuficientes. Humanamente, não conseguiriam enfrentar os inimigos. O último recurso era orar. E a oração transformou a crise; o desespero em conquista.


Sem dúvida, o rei Josafá esperava que Deus indicasse em detalhes todas as estratégias para a guerra: “Faça uma reunião com o alto comando. Convoque de volta os reservistas. Faça a checagem das armas. Disponha o exército em alas e pelotões.” Entretanto, Deus pediu que na vanguarda do exército fosse um coral.


O profeta trouxe para o rei a mensagem de Deus: “Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus” (v. 15).


A palavra jihad, que depois do atentado de 11 de setembro foi traduzida no mundo ocidental como “guerra santa”, passou a ocupar o noticiário desde então. Do ponto de vista bíblico, “guerra santa” é o conflito em que Deus luta por Seu povo. E a vitória não depende de armas, mas da obediência a Deus.


Gostaríamos que as promessas de Deus estivessem sob os ditames de nossos sonhos e expectativas e que, ao darmos o comando certo, saíssem do arsenal do Céu mísseis para varrer do caminho tudo aquilo que estivesse impedindo nossos planos, ou da organização que dirigimos, de serem realizados.


Essa imagem de um coral como “pelotão de elite” era incomum e no mínimo engraçada, porque o campo de batalha não é lugar de louvor. O mais surpreendente é que esse pessoal não parecia um exército indo para a batalha, mas voltando de uma. O que eles cantavam? “Deem graças ao Senhor, pois o Seu amor dura para sempre” (2Cr 20:21).


“Em qualquer emergência devemos sentir que a batalha é [de Deus]. Seus recursos são ilimitados, e as aparentes impossibilidades farão que a vitória seja ainda maior” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 202).


Em momentos de crise pessoal e institucional, o Deus que interveio em favor de Seu povo no passado também intervirá hoje.


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