quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quanto tempo mais demoraremos a decidir?

 A vida é uma constante mudança. Ainda mais quando conhecemos Jesus e a Sua verdade. Nesse momento, de imediato se traçam novos planos, novos procedimentos que, não poucas vezes, exigem alterações profundas naquilo que somos.

Parece que se estivermos num início dessa nossa caminhada com Jesus, facilmente removemos tudo o que há do "antigo homem". Não nos é custoso, não nos queixamos nem lamentamos; simplesmente, sabemos estar num novo rumo e não queremos nada a impedir o Seu trabalho em nós.

Contudo, com o passar do tempo, e caindo num ritmo que se nos afigura confortável, esse ânimo e determinação parece esfriar-se... Começamos a criar a (falsa) ideia que já alterámos o que havia a alterar e resta apenas manter o estado atual. Grave erro, este!

Devemos assumir que por vezes há reformas e mudanças que se nos apresentam de forma indiscutível, que reconhecemos provenientes Daquele que sabe o que é o melhor, mas que chocam frontalmente com alguns gostos e vontades pessoais, provavelmente acarinhados durante muito tempo no passado. E por isso se torna difícil romper com hábitos, quebrar um ciclo, decidir por um novo comportamento, uma nova postura.

Até tentamos criar na nossa mente uma série de razões que, tentando um auto-convencimento que, no fundo, não colhe a não ser numa vontade que prefere não mudar, apenas deixam tudo como dantes. Infelizmente, muitas das vezes, é nossa escolha permanecer agarrados a esses hábitos (diria mesmo tradições...) para os quais não encontramos qualquer fundamento lógico, muito menos bíblico - apenas e só, preferimos ficar aprisionados numa prática à qual erradamente, ou por falta de conhecimento, nos habituamos.

Fico a pensar como é tão fácil, pelo menos pacífico na maioria dos casos, para aqueles que conhecem a nossa Igreja, abandonarem certos alimentos, álcool, tabaco, trabalho ao Sábado, etc.. Porque sabem que estão a fazer boas escolhas, motivadas pela nova vida em Jesus, passa imediatamente para segundo plano aquilo que os familiares e amigos vão dizer ou pensar, e outros danos colaterais que sempre existem.

Por outro lado, é com tristeza que se constata as resistências que há em prosseguir com esse caminho pela vida fora. Sim, porque há sempre reformas, mudanças, com o obejtivo único de uma maior santidade, uma maior adequação com o propósito de Deus.

Veja o que Ellen White deixou em Atos dos Apóstolos, p. 232 (negritos meus para destaque):
"Onde quer que as verdades do evangelho sejam proclamadas, os que honestamente desejam proceder com retidão serão levados a exame diligente das Escrituras. Se nas cenas finais da história da Terra, aqueles a quem são proclamadas verdades decisivas seguissem o exemplo dos bereanos, examinando diariamente as Escrituras, e comparando com a Palavra de Deus as mensagens a eles levadas, haveria hoje em dia grande número de pessoas leais aos preceitos da lei de Deus, onde agora existem relativamente poucos. Mas quando são apresentadas verdades bíblicas impopulares, muitos se recusam a pesquisá-las. Embora incapazes de refutar os claros ensinos da Escritura, manifestam extrema relutância em estudar as evidências oferecidas. Alguns presumem que mesmo sendo essas doutrinas verdades incontestes, pouco importa aceitarem ou não a nova luz; e apegam-se a fábulas agradáveis usadas pelo inimigo para desviar as almas. Assim são suas mentes cegadas pelo erro, e eles ficam separados do Céu."
Quão pobres somos quando escolhemos deliberadamente seguir com a nossa vontade, os nossos hábitos e tradições mundanas, em detrimento de optar pelas reformas e mudanças que Deus nos pede! E quão leve nos parecerá esse custo quando, finalmente, não houver mais oportunidade para o fazer...

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