sábado, 28 de maio de 2011

Deixe de Ser Derrotado

Toda pessoa está sujeita a fracassos em qualquer área da vida. No campo religioso, é expressivo o contingente de “cristãos” malsucedidos.

Muitos adventistas sentem, diariamente, o gosto amargo de tentativas malogradas. Mesmo depois de anos e anos nesse caminho, alguns concluem que deram apenas alguns passos. Enxergam o horizonte do ideal cristão, mas nunca se aproximam dele. Não entendem o
significado das seguintes palavras do apóstolo Paulo: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13, 14).

Quero citar alguns exemplos de adventistas derrotados. Eles estão em todos os lugares e espero que você não seja um deles. Quanto a mim, prefiro que Deus continue agindo com muita paciência e misericórdia.
1. Procrastinador. Tem boas intenções, mas nunca realiza seus sonhos. Toma decisões, mas adia o momento de executá-las. Por isso, é um colecionador de derrotas. A procrastinação transforma em cinzas muitos planos maravilhosos. É uma pedra no meio do caminho.

2. Adventício. Aparece e desaparece misteriosamente. É como certas raízes: ora estão sob a superfície do solo, ora sobre ele. Esse tipo de membro só aparece na igreja quando há eventos interessantes. É movido pela curiosidade. Ignora o conselho bíblico: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10:25).

3. Autossuficiente. É arrogante e cheio de si, mas nunca da graça divina. Age como a galinha: ao botar um ovo, faz grande estardalhaço como se tivesse depositado no ninho um milhão de ovos. Assemelha-se ao pavão, sempre com o peito estufado e penas volumosas. Na vida espiritual, considera-se o padrão a ser imitado. Pior: não reconhece seus defeitos. Não aceita conselhos, pois se vê como obra acabada. Contudo, é uma pessoa oca, vazia e superficial.
É difícil conviver com esse tipo de adventista. Tudo o que ele faz visa a seu engrandecimento pessoal. A única saída para ele é reconhecer e aceitar o poder do alto: “A Minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9).

4. Azedo. Está sempre a reclamar. Sua vida se parece com um muro de lamentações. As pessoas o evitam, a não ser os que gostam de limonada sem adoçante. Quando eles se juntam, o céu fica nublado e o ar, contaminado de crítica e queixume. Para a maioria das pessoas, esse tipo de adventista é intragável, mas o cristão amadurecido pratica o conselho paulino: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef 4:1, 2).

5. Condescendente. Para esse, tudo vale. Ele joga para escanteio as normas da igreja, achando que tudo é relativo. Na verdade, esse comportamento é fruto do espírito pós-moderno de nosso tempo, que desconhece os imutáveis princípios bíblicos. Esse tipo de adventista afrouxa os valores, exercendo influência permissiva no âmbito das práticas cristãs. Gosta de dizer: “Tudo o que me dá prazer e satisfação é bom.” Isso ocorre em todas as áreas: música, vestuário, alimentação, entretenimento, estilo de vida, etc. O efeito desse modo de pensar e agir se propaga com muita facilidade. É difícil segurar essa onda.

Conclusão. A estrada do fracasso passa por essas estações, e o caminhante para naquela que lhe convém. Já a senda do cristão vitorioso passa pelas estações da perseverança (Ap 14:12), comunhão com Deus (Hb 10:25), senso de indignidade (Lc 18:13), espírito alegre (1Ts 5:16) e zelo (Tt 2:14; Ap 3:19).

O cristão vitorioso é perseverante, não confia em si mesmo, é amistoso, alegra-se nas provações e respeita os marcos do caminho.
Texto de autoria de Rubens Lessa, editor da Revista Adventista. Publicado na Revista Adventista de Fevereiro/2011.
Sétimo Dia

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