sábado, 5 de fevereiro de 2011

Liberte-se da Culpa

O pecado e a culpa estão tão ligados como uma árvore e sua sombra. Imagine um dia claro e ensolarado. A árvore no quintal da frente está cheia de folhas. Quando a luz do Sol incide sobre ela, projeta uma sombra. Um dia, a árvore é cortada e retirada dali. No dia seguinte, quando o Sol nasce, a árvore já não está mais lá. Há alguma sombra no local? Não. Quando a árvore sai, sua sombra também sai – uma lição simples de Física.

No âmbito espiritual, podemos aplicar a ilustração dessa forma: o Sol da Justiça (Jesus) faz brilhar Sua luz sobre o pecado em nossa vida (a árvore), projetando uma sombra. Chamamos essa sombra de culpa. Culpa é o que você sente quando sua consciência o(a) incomoda após você ter feito algo errado. Mas Deus tem um propósito para a culpa. Ele lança essa sombra em nossa vida por uma razão – para que busquemos Seu perdão.
Em 2 Coríntios 7:8-11, Paulo disse aos coríntios que, ao reprová-los em sua primeira carta, ele sabia que os havia deixado tristes, que os fez sentir-se culpados quando apontou seus pecados. Mas também diz: “Agora, porém, me alegro... porque a tristeza os levou ao arrependimento.” (verso 9). A tristeza segundo Deus produziu um arrependimento que levou à salvação (verso 10). É isso que Deus deseja para nós. É por isso que Ele envia a culpa – para nos levar ao arrependimento, a buscarmos perdão e a reivindicarmos a salvação.
Há uma porta de saída da prisão da culpa. Deus tem a chave e a oferece a você.
“[O] sentimento de culpa tem de ser deposto ao pé da cruz do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes da vida e da verdadeira felicidade. Agora Jesus diz: deponha tudo sobre Mim. Eu levarei teu pecado. Darei paz a você. Não destruas por mais tempo teu respeito próprio, pois Eu te comprei com o preço do Meu próprio sangue. Tu és Meu. Eu fortalecerei tua vontade enfraquecida. Eu removerei teu remorso pelo pecado” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 451).
“Deus, em Cristo, ofereceu-Se por nossos pecados. Sofreu a cruel morte de cruz, carregou por nós o peso da culpa, ‘o justo pelos injustos’ (I Ped. 3:18), a fim de poder manifestar-nos Seu amor e atrair-nos a Si. E diz: ‘Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.’ Ef 4:32. Que Cristo, a divina Vida, habite em vós, e manifeste por vosso intermédio o amor de origem celeste que irá inspirar esperança no desalentado e levar paz ao coração ferido pelo pecado. Ao aproximar-nos de Deus, eis a condição que temos de satisfazer ao pisar o limiar: que, recebendo misericórdia de Sua parte, nos entreguemos para revelar a outros Sua graça” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 114, 115).
“Satanás procura desviar nossa mente do poderoso Ajudador, para nos levar a pensar na degeneração de nossa alma. Mas, ainda que Jesus veja a culpa, Ele pronuncia o perdão; e nós não devemos desonrá-lo, duvidando de Seu amor” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 451, 452).

“Não devemos procurar diminuir nossa culpa justificando o pecado. Cumpre-nos aceitar a avaliação divina do pecado, e essa é bem pesada. Unicamente o Calvário pode revelar a terrível enormidade do pecado. Caso devêssemos suportar nossa própria culpa, ela nos esmagaria. Mas o Inocente tomou nosso lugar. Conquanto não a merecesse, Ele assumiu a nossa iniquidade. ‘Se confessarmos os nossos pecados’, Deus ‘é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.’ 1João 1:9” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 116).
Quando pedimos perdão a Deus, Ele nos perdoa. Ele deseja que venhamos a Ele para que possa nos purificar do pecado e nos libertar da culpa. “‘Como se fossem uma nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem a neblina da manhã, os seus pecados. Volte para Mim, pois Eu o resgatei.” (Is 44:22). “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).
Não devemos nos esquecer de que, como seres humanos, temos a tendência de cair quando não mantemos nossos olhos no Salvador. Mas sempre podemos voltar ao Seu trono de graça e receber misericórdia. “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1Pe 5:6, 7). A melhor coisa a respeito da culpa é que ela nos leva a Jesus, e Ele a destrói. Portanto, que venha a culpa! Que ela leve você a Jesus, e Ele te dará Sua paz.


Não se esqueça de que Satanás tentará continuamente desviar nossa mente do poderoso Ajudador, levando-nos a nos fixar na degeneração de nossa alma. Quando você vir que isso está acontecendo, lembre-se de que “desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais e a convidar a decadência e a morte” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 241). O objetivo de Satanás é nos separar do amor e da redenção de Deus. Ele usa a culpa para manter nossos olhos concentrados em nosso pecado, em vez de no glorioso dom do perdão oferecido a cada um de nós através da morte de Jesus na cruz.
“Que venha a culpa! Geralmente ela é uma coisa boa” – alguns dizem. Tenho visto muitas pessoas que cometeram atrocidades sem sentir culpa. A sociedade poderia se beneficiar mais com a culpa – culpa pelo egoísmo, pelo roubo, pela fraude, pelo homicídio, pelo mexerico, e assim por diante.


Deus não desamparará o coração afligido. "Sacríficios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido(magoado, afligido, arependido) e contrito(triste), não o desprezarás, ó Deus." Sal 51:17
"Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com a paciência os mesmos sofrimentos que nó também padecemos."2 Cor 1:6

Afinal de contas, a culpa é apenas a voz da consciência sussurrando que nosso mais recente ato egoísta talvez não esteja certo. A culpa também pode ser o Espírito Santo acrescentando Sua voz àquele pequeno sussurro. Então, vamos dar um “viva” para a boa consciência! Um “viva” para a voz do Deus eterno que nos fala! Chegará um dia em que o Espírito Santo não falará a mais ninguém, exceto ao povo de Deus (ver Ef 4:30; Ap 16:14; 18:21-24; Hb 13:5). Isso será no encerramento do tempo da graça, que logo será seguido pelo final da História. Mas até então, que o Espírito Santo fale a todo o que estiver disposto a ser salvo.
Como superar o sentimento de culpa? Veja algumas dicas:
Confesse o pecado e busque o perdão de Deus. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados” (1Jo 1:9).
Creia que Deus realmente perdoou aquele pecado. Quando Ele perdoa nossos pecados, os remove. Quando Ele corta a árvore, a sombra da culpa também deve desaparecer. Continuar a carregar a culpa após ter recebido o perdão que Deus prometeu dar é torná-Lo mentiroso. Em essência, estamos dizendo: “O Senhor na verdade não perdoou meu pecado!” Para entender o perdão  Sl 103:12, Is 1:18, Mq 7:19
Permita que a alegria alivie seu coração. No Salmo 32, Davi disse: “Tu perdoaste a culpa do meu pecado. ... Alegrem-se no Senhor e exultem, vocês que são justos!” (Sl 32:5, 11).
Sejam Felizes!!
Extraído da lição Jovem da Escola Sabatina  na pág.42

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