quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Holocausto: traumas foram passados para gerações futuras



Dor de pais para filhos: retrato da vida

Uma pesquisa em torno de pessoas que descendem de vítimas do Holocausto revelou grandes descobertas relacionadas à transmissão genética humana [leia mais aqui]. Segundo a pesquisa, foram encontrados vestígios de trauma transmitidos para os genes dos mais novos. As informações são do The Guardian. Realizada por um time do hospital Mount Sinai, em Nova York, nos Estados Unidos, a pesquisa analisou material genético de 32 judeus, homens e mulheres, que ficaram presos em campos de concentração nazistas, onde eram submetidos aos mais variados tipos de tortura psicológica e física. Logo após essa análise preliminar, foram analisados também os genes dos filhos dessas pessoas e comparados com os de famílias judias que viviam fora da Europa durante a Segunda Guerra. O que se encontrou foram desordens de estresse muito agudas, todas promovidas por mudanças genéticas.

Esse é um dos trabalhos mais claros em relação à transmissão de traumas para uma criança, em uma área chamada de “herança epigenética”. Basicamente, a tese defende que influências ambientais, como tabagismo, dieta e estresse podem afetar genes de gerações futuras.

A importância do estudo se dá principalmente pelo fato de que a ideia ainda gera muita controvérsia dentro da ciência. Durante muitos anos o impacto da sobrevivência ao Holocausto em gerações futuras tem sido estudado a fundo. Os especialistas, agora, comemoram a evolução.

“Esse estudo fez algum progresso útil. O que nós estamos começando aqui é o primórdio de uma compreensão de como uma geração responde às experiências de seus antepassados, descobrindo de que forma os genes interagem com o mundo e as mudanças constantes que acontecem”, afirma Marcus Pembrey, professor do University College of London e um dos entusiastas do tema.

(Yahoo Notícias)

Nota: Em Êxodo 20:5 e 6, lemos o seguinte: “Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que Me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que Me amam e aos que guardam os Meus mandamentos.”

Muitas vezes, atribuem-se a Deus consequências que Ele não evita e que derivam de nossas escolhas. Não estaria aí, nessas palavras do decálogo, uma prefiguração da epigenética? De qualquer forma, essa pesquisa da equipe do hospital Mount Sinai é mais um alerta, especialmente àqueles que pretendem ser pais, de que seus hábitos de vida podem influenciar os filhos e até os netos.

Há mais de um século, Ellen White escreveu: “Pai e mãe transmitem aos filhos suas características, mentais e físicas, e suas disposições e apetites” (Temperança, p. 173, 174). “Se antes do nascimento de seu filho, ela [a mãe] é condescendente consigo mesma, egoísta, impaciente e exigente, esses traços se refletirão na disposição da criança. Assim, muitas crianças têm recebido como herança quase invencíveis tendências para o mal” (A Ciência do Bom Viver, p. 372, 373). “Onde quer que os hábitos dos pais sejam contrários à lei física, o dano causado a si mesmos repetir-se-á nas gerações futuras” (Temperança, p. 173, 174).

Mas a boa notícia é esta: “Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda tendência hereditária e cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua igreja” (O Desejado de Todas as Nações, p. 671; grifo acrescentado).
Criacionismo

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