sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Descoberto animal com sistema de porca e parafuso biológicos

Articulação rotativa
Os cientistas sempre gostaram de comparar as coisas vivas com as máquinas, das mitocôndrias, chamadas de geradores ou "maquinarias" das células, até o cérebro, visto como um computador ou uma máquina muito sofisticada.
Mas nunca havia sido encontrado antes qualquer sinal de um componente tão tipicamente mecânico quanto porcas e parafusos em um ser vivo.
A honra coube ao pouco honroso caruncho.
O quadril do Trigonopterus oblongus não consiste das articulações típicas dos seres vivos, mas de um sistema de porca e parafuso biológicos.
Parafuso móvel
A bio-conexão inusitada foi descoberta por cientistas do Instituto Karlsruhe, na Alemanha, usando tomografia computadorizada por radiação síncrotron.
Esta primeira rosca biológica tem de cerca de meio milímetro de diâmetro.
O mais interessante é que, ao contrário dos equipamentos feitos pelo homem, onde parafusos e porcas são usados para fixar componentes, no caruncho o sistema é usado para o movimento.
"Tal construção para o movimento da perna de um animal é absolutamente incomum, com grandes áreas do esqueleto movendo umas por cima das outras. A alimentação da perna ocorre através de uma abertura muito pequena no centro do parafuso," explica Thomas van de Kamp, coautor da pesquisa.
Invenção do parafuso
Na natureza, quadris, ombros, e articulações em geral normalmente são baseados em um sistema de bola-e-soquete, que pode ser operado mais facilmente pelo organismo.
"Agora, descobrimos que a natureza inventou parafusos e porcas antes do homem, porque os carunchos vêm utilizando esta construção há cerca de 100 milhões de anos[sic]," diz Alexander Riedel, coautor do trabalho.
O sistema de porca e parafuso permite que os carunchos baixem suas pernas muito mais do que outros besouros, o que os torna melhores alpinistas.
Bibliografia:

A Biological Screw in a Beetle’s Leg
Thomas van de Kamp, Patrik Vagovic, Tilo Baumbach, Alexander Riedel
Science
1 July 2011
Vol.: 333 no. 6038 p. 52
DOI: 10.1126/science.1204245

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