sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Açúcar: Um Doce Veneno no Banco dos Réus

            Raros são aqueles que não gostam de beliscar algo doce pela manhã ou depois do almoço. Mas, como esse elemento consegue atrair tanto com sua doçura e sabor e ao mesmo tempo ser o grande vilão de uma gama de doenças que acomete a humanidade?
Todas as vezes que pensamos nos males do açúcar logo vem em nossa mente o Diabetes.  Mas será que essa seria a única doença degenerativa incapacitante provocada pelo doce vilão?
Estudos clínicos têm demonstrado que o açúcar está envolvido na formação de vários tipos de câncer, dentre eles, o câncer de pâncreas, intestino, mamas, ovários, rins, e sistema nervoso. Justamente por diminuir drasticamente as defesas do corpo, o açúcar tem sido relacionado a vários tipos de doenças infecciosas por reduzir a habilidade dos leucócitos (glóbulos brancos do sangue) destruírem as bactérias. A cada colher de açúcar ingerido por dia, menor o número de agentes patogênicos neutralizados pelo sistema imunológico.
O açúcar também é responsável pela hipertrigliceridemia –  só o nome já assusta. O aumento do triglicerídeo no sangue, juntamente com o colesterol, contribui para a formação das famosas placas de ateroma que obstruem as artérias, levando ao temido infarto agudo do miocárdio e ao acidente vascular encefálico ou derrame cerebral.
A lista negra de “crimes” praticados por esse réu só aumenta: cáries, mau hálito,   fermentação, má digestão, dores de cabeça, mau humor e irritabilidade, diminuição de memória, além do seu alto poder viciante. Lembrar que quando ele entra em excesso no nosso organismo, é armazenado em forma de gordura. É agente promotor de envelhecimento precoce e fadiga crônica.
Quando falamos de açúcar podemos considerar qualquer tipo, seja ele branco, mascavo, melado ou mel. Claro que o refinado encabeça o grupo por ser considerado  uma caloria vazia, ou seja, altamente desprovido de vitaminas e sais minerais. O problema é que o açúcar nem sempre entra na nossa alimentação de maneira explícita, mas escondido em boa parte dos produtos industrializados.
Não poderia terminar sem falar do Diabetes Mellitus – doença crônica que acomete 23.6 milhões de pessoas nos EUA e quase 15 milhões de brasileiros. O diabético não produz o hormônio insulina (diabetes tipo 1) ou não consegue utilizá-la adequadamente (diabetes tipo 2) com consequente aumento dos níveis de glicose no sangue. Graves são as complicações dessa doença: cegueira, insuficiência renal, impotência sexual masculina, doenças cardiovasculares, amputação de membros. Se você anda com muita sede, muita fome, urinando em grande quantidade, com sensação de fraqueza, enjoo e mal estar, procure um médico – você pode estar sendo acometido por essa temida doença.
Você deve estar pensando: então, doce nunca mais? Calma! Vamos dar uma dica de como usar o açúcar com extrema moderação sem trazer tantos agravos. O ideal é que se dê preferência aos carboidratos complexos como amidos e carboidratos associados às fibras, pois elas retardam a taxa de absorção dos açúcares simples evitando a rápida demanda de insulina pelo pâncreas. As fibras contidas em verduras, legumes e cereais fazem liberação lenta e progressiva do açúcar, ajudando a não elevar os níveis sanguíneos da glicose. Evite comer doce após uma refeição contendo vegetais verdes, pois causa fermentação e embota a mente. Pela manhã, utilize o açúcar natural da própria fruta e você verá como seu paladar ficará mais apurado; seu corpo e mente  agradecidos e saudáveis.
Esse foi o relatório da Ciência – o promotor de acusação do açúcar. Diante de tantos males produzidos por ele, alguém ousaria ser seu advogado de defesa?
Que chegue logo o dia em que um pacote de açúcar trará a inscrição: "O Ministério da Saúde adverte: este produto é prejudicial à saúde". A proposta da OMS (Organização Mundial de Saúde) é reduzir o consumo de açúcar de 19% para 10%. Já é um grande passo na conquista da saúde plena.

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