domingo, 8 de julho de 2012

A Lei de Deus e a Graça



A grande maioria dos cristãos de hoje  acreditam que a Lei de Deus dos Dez Mandamentos foi abolida com a morte de Cristo e que foi substituída pela Graça; e dizem: não estamos debaixo da Lei; estamos no tempo da Graça.  Muitos usam o termo "Lei" definindo todas as leis da Bíblia, considerando tudo como lei de Moisés. Mas a Bíblia refere-se a diversas leis: Lei Moral dos Dez Mandamentos ( Ex. 20:1-17 ); Lei Cerimonial ( Lev. 23 ); leis sanitárias, de higiene, saúde e dietética ( Lev. 11 ), lei civil, que regia os judeus, leis de casamento e divórcio, leis de guerra e de circuncisão, etc. ( Lev. 13,14,15; Num. 6, 15: 37-41, 26: 52-65, 27: 1-11, 30; Deut. 20 e 24 ). Posteriormente veremos a principal diferença entre elas.

1 - Primeiramente, vejamos a definição Bíblica de pecado. O que é PECADO ?

Pecado é a transgressão da Lei de Deus - I João 3: 4, Amós 2: 4, Sal. 119: 10,11, Gên. 39: 7-9

2- Mas, qual é a Lei de Deus ?  Ver  Ex. 20

Ora, se a Bíblia diz que Adão pecou  ( Rom. 5: 12 ), logicamente ele transgrediu a Lei; e se ele transgrediu a Lei, é porque ela já existia desde a fundação do mundo, como norma do Reino de Deus e não só passou a existir quando foi dada em tábuas a Moisés, como muitos pensam. A Lei era passada oralmente, de pai para filho. ( Deut. 6: 6-7 ). No Egito o povo de Israel se corrompeu e esqueceu-se de Deus; Ele já não era mais conhecido entre os povos da Terra e houve a necessidade da Lei ser relembrada  ( Ex. 5: 2, Deut. 5: 29, Sal. 105: 43-45; Gal. 3: 19 e Hebr. 8: 8-10 ). Foi então escrita em pedras, pelo próprio dedo de  Deus. Quando revelou Sua Lei no Sinai, Deus veio com toda Sua majestade, revelando-se como o Redentor de toda a humanidade - o EU SOU  ( Ex. 20, Ex. 3: 14 e João 8: 58,  Deut. 33: 2-3 ) . Cristo é o EU SOU. A Lei é perpétua; já existia antes mesmo de Adão. A Bíblia afirma que os anjos pecaram; transgrediram a Lei ( II Ped. 2: 4 ). Abraão   ( antes de Moisés ) guardava a Lei. ( Gên. 26: 4-5 ). Moisés, antes do Sinai ensinava a não colher maná no Sábado Santo para não transgredir a Lei ( Ex. 16 ) e julgava o povo de acordo com a Lei de Deus ( Ex. 18: 16 ). Concluímos então, que a Lei é ETERNA. Sal.111: 7-9, Sal. 119: 152, Sal. 119: 160 II Ped. 2: 4, Gên. 26: 4-5, Ex. 16: 28, Ex. 18: 16; I João 2: 7.

3 - O que Paulo diz sobre a Lei e o pecado ?

Logicamente, concordamos com Paulo quando diz: Onde não há Lei, não há pecado e não há transgressão, já que definição de pecado é a transgressão da Lei. ( Rom. 3: 19-20, Rom. 4: 15, Rom. 5: 12-13, Rom. 7: 7-8 ). Pela Lei vem o conhecimento do pecado. O pecado não é imputado não havendo Lei. Sabemos que todo homem peca. Então, se o homem é pecador é porque ele transgrediu uma lei. Se não há Lei ( se não precisamos guardar a Lei, porque não estamos debaixo dela ), como muitos dizem, não há pecado; isto é, ninguém peca. Ora, se todos são justos diante de Deus, sem pecado, para que SALVAÇÃO ??? Não necessitamos de Cristo; podemos logicamente deduzir. Nos versículos anteriores vimos que pela Lei vem o conhecimento do pecado. Paulo afirma que não teria conhecido o pecado, se a Lei não dissesse: NÃO MATARÁS! Como que se pode saber que matar é pecado? É porque a Lei diz. Ela aponta para o pecado.
  
4 - O que é Graça e para que serve?

A Lei diz: aquele que transgredir morrerá, porque o salário do pecado é a morte ( Gen.2: 17, Rom. 6: 23, Ezeq. 18: 20 ). Cristo morreu na cruz para cumprir a exigência da Lei sobre o transgressor, jogando sobre Si, todos os nossos pecados ( João 3: 16, I Cor. 15: 3 ). Ora, estaríamos todos mortos ( morte eterna ), pois todos pecamos. ( Rom. 5: 12-13 ). Aí,  vem a Graça de Cristo para apagar nossas transgressões. Graça significa  favor não merecido. Eu não mereço nenhum favor de Cristo, porque sou pecador; não tenho nenhum mérito, mas Ele morreu por isso, para salvar o pecador que estava sujeito a morrer eternamente. A morte expiatória de Cristo na cruz foi substitutiva. Ele morreu por todos os pecadores do mundo inteiro, de todas as gerações, pois TODOS cometeram e cometerão pecados. Se acreditamos que Abraão, Moisés, Isaac e Jacó foram salvos, só poderia ter sido pela Graça e não pela Lei. A Lei não salva. Abraão vai ressuscitar pela Graça de Cristo. Ele guardou a Lei como prova de fidelidade e amor a Deus. ( II Tim. 1: 9-10, João 8: 56, Heb. 11: 13 ). Muitos alegam que a Lei foi abolida e foi substituída pela Graça, ao ler : João 1: 17 e Rom. 6: 15 - ... a Lei foi dada por Moisés e a Graça por Cristo... e não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da Graça. Na realidade, não estamos debaixo da CONDENAÇÃO da Lei, uma vez que, temos a Graça. Não existe tempo da Lei e tempo da Graça. As duas sempre existiram; são unidas e inseparáveis. A salvação sempre foi por meio da Graça, em todas as eras.    ( Efés. 2: 8 ). Nem os patriarcas foram salvos pelas obras da Lei. No céu não vai  haver duas classes de salvos: salvos pela Lei e salvos pela Graça. Todos são salvos pela Graça. A Lei revela o pecado e a Graça é um dom gratuito de Deus.
Isto não quer dizer que  estamos livres para   transgredir   a  Lei. Como agradecimento, obedecemos a Lei por amor e fidelidade a Deus. A obediência é o fruto da fé. ( Rom. 16: 25,   Tim. 1: 9, Tiago 2: 10-12, Apoc. 13: 8, Isa 8: 20, Jó 19: 25, Rom. 13: 10 ).
Somos salvos pela Graça, mas seremos julgados pela Lei ( Tiago 2: 12-13, Tito 3: 5, Rom. 3: 20, Efés. 2: 8 ). Veja que, quando Deus ordenou à Moisés que Lhe fizesse um Santuário, este deveria ser exatamente, como o modelo fiel do verdadeiro, que existe no céu. Nele havia as tábuas da Lei dos Dez Mandamentos, pelos quais o homem era julgado. Do mesmo modo ocorre no céu      ( Ex. 25: 8-9, Ex. 26: 30, Ex. 27: 8, Heb. 9: 24, Apoc. 11:19, Apoc. 15: 5 ).

5- Os Dez Mandamentos foram abolidos na cruz ?

Se a Lei do Dez Mandamentos foi abolida na cruz, como muitos dizem, por que o apóstolo Paulo disse: Honra teu pai e tua mãe ... ( Efés. 6: 2 ). É o quinto mandamento da Lei. Ué!?!? O mandamento não foi abolido na cruz? Como Paulo manda guardar? Paulo estava louco? Não!!! Ele simplesmente não daria este conselho se tivesse sido abolido. Mais uma pergunta: Matar e roubar são pecados? Aí você responde: SIM!!! Porque está escrito na Lei, e se você mata, estará transgredindo e consequentemente cometendo pecado. Muitas denominações dizem que a Lei foi abolida, simplesmente para negar o Sábado ( quarto mandamento ), como DIA DO SENHOR, mas quando você fala para um irmão matar ou roubar, ele logo diz: Não, irmão! Isso é PECADO! Não são incoerentes estas afirmações? A Lei é uma só; quer dizer que matar é pecado, porque transgride a Lei; mas profanar o Sábado não é pecado? A Lei que diz: NÃO MATARÁS é a MESMA que diz: LEMBRA-TE DO DIA DE SÁBADO... Transgressão é transgressão,  pecado é pecado, seja qual for o mandamento quebrado. Em Tiago 2: 10-11 diz que se tropeçarmos em um só ponto da Lei, tornamos culpados de todos. Se transgredirmos um só mandamento, pecamos por todos. Na matemática divina 10 -1= ZERO. Muitos erram por desconhecerem as Escrituras; Jesus já dizia isso ( Mat. 22: 29 ).

6- O que Paulo diz sobre o binômio Fé e Lei?

Paulo questiona: é a Lei pecado? A própria Lei é um pecado? De modo algum, mas eu não conheceria o pecado se  não fosse pela Lei. Eu sei que cobiçar é pecado, porque a Lei informa, aponta: NÃO COBIÇARÁS! ( Rom. 7: 7 ). A força do pecado é a Lei ( I Cor. 15:56 ), porque ela mostra o pecado. Sem Lei está morto o pecado, mas vindo a Lei, ela lembra do pecado e se eu peco, eu morro, mas a Graça de Cristo me salva dessa morte. A Lei não é para o justo, mas para o injusto ( Rom. 8: 7, I Tim. 1: 9-10 ).
Se você  avançar um sinal vermelho de trânsito, comete uma infração. Por quê?   Porque existe a lei de trânsito que diz: ao sinal vermelho, páre. Se não existisse essa lei, você poderia avançar o sinal vermelho sem ser considerado infrator. A lei de trânsito aponta a infração. Logo, preciso de um advogado. Se a lei não existisse, eu não seria um infrator do trânsito, e consequentemente eu não necessitaria de um advogado, porque não cometi delito algum; o mesmo ocorre com a Lei. Paulo ainda pergunta: Anulamos, pois a Lei pela fé? Não, antes confirmamos a Lei. ( Rom. 3: 31 ). Pedro diz que o que importa é obedecermos a Deus( Atos 5: 29 ). E o Espírito Santo de Deus só é dado aos obedientes ( Atos 5: 32 ). Paulo diz que o que importa é observarmos os Mandamentos de Deus ( I Cor. 7: 19 ).
Por sermos salvos pela fé, não podemos abolir a Lei, que é a norma de conduta do cristão. Deus diz que o homem viverá por cumprir os Seus mandamentos. ( Ezeq. 20: 11 ). Estamos livres da penalidade da Lei quando a guardamos  e não livres dela ( Rom. 7: 6 ).

7 - A Lei foi feita só para os judeus ?

Os que dizem que a Lei foi abolida na cruz, alegam que ela era apenas para os judeus, mas não é o que a Bíblia diz: guardar a Lei é dever deTODO HOMEM e não de todo judeu. Antes de pecarem, Adão e Eva guardavam os Dez Mandamentos e não eram judeus, mas sim pais de toda a humanidade. Este povo só surgiu cerca de 2500 anos após o Éden. A Lei é para todos, estrangeiros, escravos, amigos etc. (Ecles. 12: 13-14, Ex. 12: 49, Lev. 4: 27-28, Lev. 24: 22, Isa 56: 1- 7).

8 - A Lei pode ser mudada?

Alguns tentaram mudar a Lei de Deus, trocando mandamentos, e omitindo outros, mas a Bíblia diz que é IMUTÁVEL ( Deut. 4: 2, e 12: 32, Salm. 89: 34 ). Cristo disse que nem um til e nem jota seria tirado da Lei ( Mat. 5: 17-19, Luc. 16: 17 ). Ora se nem uma letra ou um sinal poderia ser retirado da Lei, como ousa o homem abolir um Mandamento inteiro? Muitos preferem seguir preceitos de homens do que os Mandamentos de Deus ( Mat.15: 3-9, Mar. 7: 6-13, Ezeq. 33: 31-32,   Isa. 29: 13 ). Cristo disse que nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus      ( Mat. 7: 21-23 ). Daniel predisse que tentariam mudar os tempos e a Lei. Um poder político-religioso mudou o tempo que era contado a cada pôr-do-sol, passando a ser a cada zero hora; e mudou completamente os Mandamentos de Deus, dizendo ter autoridade divina para tal.( Dan. 7: 25, Dan. 8: 12, II Tess. 2: 3-4 ).

9 - O que diz a Bíblia sobre o transgressor consciente da Lei?

Quem não cumpre a Lei, até sua oração não é ouvida ( Prov. 28: 9, Zac. 7: 12-13, Isa. 1: 15-17, Isa. 5: 24, Lam. 3: 8, Salm. 66: 18, Salm. 80: 4, Salm.89: 31-32, Salm. 109: 7, Salm. 119: 118 e  155 ).
O povo de Deus perece por falta de conhecimento da Verdade ( Ose. 4: 6, Mat. 22: 29, Isa. 5: 13 ).  A quebra da Lei de Deus, principalmente do Sábado, foi o motivo pelo qual o povo de Israel foi levado para o cativeiro ( Jer. 17: 24-27; Zac. 7: 11, 12 ).O transgressor consciente é abominável  ( Heb. 10: 26-28, João 15: 22 ). Mas os praticantes da Lei hão de ser justificados( Rom. 2: 13 ).

10 - Cristo nos deu um novo mandamento?

Outros irmãos dizem que Cristo deu um " novo" mandamento, baseados em João 13: 34, mas em  I João 2: 7, observamos que o mandamento é o MESMO.


A Bíblia diz que conhecemos Jesus se guardamos os Seus Mandamentos, caso contrário somos mentirosos. I João 2: 3-4 ). É a base para se ter a vida eterna, em obediência. ( Mat. 19: 17-19, Ezeq. 20: 11, Deut. 8: 3, Salm. 19: 8-11 ). Deus nos dá poder para guardá-los e nos fortalece ( Fil. 4: 13, João 15: 5 ). Cristo guardou os Mandamentos ( João 15: 9-10, Salm. 40: 8, Heb. 10: 5-7 ). Ele disse que não veio destruir a Lei, mas cumprí-la ( Mat. 5: 17-19. Ele engrandeceu a Lei ( Isa. 42: 21 ) . Até Suas seguidoras guardaram o Sábado da Lei, após Sua morte, mostrando assim, que o Mandamento não havia sido abolido com a cruz (  Luc. 23: 52 a 24: 1 ).

Em Rom. 10: 4 Paulo afirma que o FIM DA LEI é Cristo. Muitos pegam este versículo para dizer que a Lei findou com Cristo, mas esquecem que o Novo Testamento foi escrito em grego e a palavra FIM, vem do grego TELOS, que significa finalidade, objetivo, e não término ou abolição. Esta mesma palavra " Telos" encontramos em I Ped. 1: 9 : ... alcançando o Fim da vossa fé, a salvação das almas. Ah! neste caso não podem afirmar que a fé acabou,  mas sim que o objetivo da fé é salvar almas. Do mesmo modo vemos em Ecles. 12: 13 . De tudo o que se tem ouvido, o Fim é :  teme a Deus e guarda os Seus mandamentos,   pois este é o dever de todo homem. Ah! neste caso também não podem dizer que acabou o temor a Deus, como pretexto para dizer que a Lei findou. Na Bíblia tudo é coerente, porque Deus é sábio e muito superior às especulações humanas. Não pode haver contradição! Errais não conhecendo as Escrituras! Não devemos ultrapassar o que está escrito ( I Cor. 4: 6 ). Qualquer pensamento que contradiz a Palavra de Deus não tem nenhum valor, pois não passa de especulação humana.

11 - O que mais a Bíblia nos diz sobre a Lei  dos Dez Mandamentos ?

A Lei é BOA - Rom. 7: 16, I Tim. 1: 8

A Lei é ESPIRITUAL - Rom. 7: 14

A Lei é SANTA e o mandamento SANTO, JUSTO E BOM - Rom. 7: 12

Tenho PRAZER na Lei de Deus - Rom. 7: 22

SIRVO à Lei de Deus - Rom. 7: 25

Os mandamentos são PUROS, porque espelham o caráter de Deus - Salm. 19: 7-11

Todos os mandamentos são VERDADE e duram para SEMPRE - Salm. 119: 142, 152 e 154

A Lei é PERFEITA e INESQUECÍVEL - Tiago 1: 25

Os mandamentos são JUSTIÇA - Salm. 119: 172

Os Mandamentos são ETERNOS e IMUTÁVEIS – Salm.89:34, Salm.111:7-9, Salm. 119:152, 160; I João 2: 7.

O mandamento é muito AMPLO - Salm. 119: 96

A Lei é PERFEITA e RESTAURA a alma - Salm. 19: 7

A Lei é a minha MEDITAÇÃO e quanto a AMO - Salm. 119: 97,127 e 143

Os mandamentos NÃO SÃO PESADOS - I João 5: 3

A Lei é MORAL - Salm. 119: 172, Rom. 7: 12

A Lei é a BASE do concerto eterno - Ex. 20: 1 a 24: 8, Deut. 9: 9

A Lei é o padrão de JULGAMENTO - Tiago 2: 12, Heb. 10: 26-28, Ecles.12: 13-14

A Lei APONTA o pecado - Rom. 3: 19-20, Rom. 7: 7, Tiago 1 : 23-25, I João 3: 4

A Lei nos indica a necessidade de um SALVADOR, porque é incapaz de nos salvar; somente Cristo - Gal.3: 24, João 3: 16                                                                                                                                            

A Lei nos dá LIBERDADE - Salm. 119: 45, João 8: 34, Tiago 1: 25 e 2: 8

A Lei deve ser guardada no CORAÇÃO - Salm. 37: 31, Salm. 40: 8, Heb. 8: 10

O salmista pede para que seus olhos sejam desvendados para que possa ver as MARAVILHAS da Lei de Deus- Salm. 119: 10-18

12 - Qual a Lei que foi abolida com a morte de Cristo na cruz ?

Paulo condena outra lei - a cerimonial, das ordenanças, que deveriam acabar com a morte de Cristo. Ela não tinha mais sentido existir após  Cristo, já que apontavam para Ele, o Messias que seria morto (  Efés. 2: 15, Col. 2: 14 e 20  ). Os sábados cerimoniais que caíam em qualquer dia da semana deveriam acabar - Lev. 23:  4, 24, 29, 32, Col. 2: 16-17, Ose. 2: 11. Diferentemente do Sábado semanal, da Lei, que é eterno (  Isa. 56: 4-7, Isa. 66: 23 ).Quando Cristo morre na cruz, às 15 horas, o véu do templo rasga-se ao meio, significando o término da lei cerimonial ( Mar. 15: 3 ). Daniel diz que com a morte de Cristo cessariam os sacrifícios e ofertas de manjares (  Dan. 9:27).

13 - Qual a diferença entre as duas leis ?

CONTRASTE ENTRE AS LEIS

A LEI MORAL

É chamada “lei real.” S. Tia.2°8

Foi proferida por Deus. Deut.4:12 e 13.

Foi escrita por Deus em tábuas de pedra. Êxo. 24:12.

Foi escrita “pelo dedo de Deus.”Êxo. 31:18.

Foi posta na arca. Êxo. 40:20;I Reis 8:9; Heb. 9:4.

É “perfeita” Sal. 19:7.

Deverá “permanecer firme para todo o sempre.” Sal. 111:7 e 8.

Não foi destruída por Cristo. S.Mat. 5:17 .

Devia ser engrandecida por Cristo. Isa. 42:21.

Comunica conhecimento do pecado. Rom. 3:20; 7:7.

A LEI CERIMONIAL

É chamada “a lei   que consiste em ordenanças.” Efés.2:15.

Foi ditada por Moisés. Lev. 1:1-3.

Era uma “cédula de ordenanças.” Col. 2:14.

Foi escrita por Moisés num livro. II Crôn. 35:12.

Foi posta ao lado da arca. Deut.31:24-26.

“Nenhuma coisa aperfeiçoou.”Heb. 7:19.

Foi cravada na cruz. Col. 2:14.

Foi ab-rogada por Cristo. Efés.2:15.

Foi tirada por Cristo. Col. 2:14.

Foi instituída em consequência do pecado. Lev. 3-7.

14- Qual a relação entre a Lei e o Seu Autor ?

A LEI ESPELHA O CARÁTER DE DEUS

15 - Paulo fala de duas leis; qual é maldita e qual é boa ?

Devemos ter cuidado ao estudarmos as epístolas do apóstolo Paulo, pois um estudo displicente pode gerar dúvidas. Pedro já havia nos advertido  disto (II. Pd. 3: 16 ): ...que as epístolas de Paulo são difíceis de entender e os indoutos e inconstantes as torcem para sua própria perdição. Por exemplo:Gal.3:10,13, Paulo diz que a lei é maldita e em Efés. 6:2, Rom. 7:12, Rom. 3:31, I Tim. 1:8, o mesmo Paulo diz que a Lei é boa e santa. Ora, se a Lei é boa, ela não pode ser maldita. Paulo entrou em contradição? Não! A lei maldita era a cerimonial e a Lei boa e santa é a moral dos Dez Mandamentos.

16 - Considerações finais:

Resumindo: se a Lei fosse abolida, não haveria necessidade da Graça, uma vez que, ela é oferecida ao homem para justificá-lo do seu pecado, quando este expressa a fé em Jesus e O aceita como Salvador pessoal. Se o homem peca, ele fica sujeito à condenação da Lei. A única solução é a Graça de Cristo. Mas porque vivo sob a Graça eu devo transgredir ou abolir a Lei? De modo nenhum. Esta foi a resposta de Paulo em Rom. 6: 1-2. Permaneceremos no pecado para que a Graça abunde? Não! Mas se eu pecar, tenho um Advogado que é Cristo, que apaga as transgressões do pecador arrependido e confesso.     ( I João 1: 8-9, 2:1, 3:22-24, 4: 20, 5: 1-3  ).

É um sincronismo lógico: se a Lei foi abolida -------- não há pecado -------- logo, todos são justos, todos se salvarão crendo ou não em Cristo ------- para que servirá a Graça ? ------- Deus não pode condenar e nem destruir os que não pecaram, pois não têm nenhum pecado a confessar ------- não precisam de fé; não sentem a necessidade de Cristo ------ nunca sofrerão a morte eterna -------Para que veio então, Jesus à Terra? ------- Morreu em vão? Não é o que a Bíblia diz. É justamente porque pecamos  é que sentimos a necessidade de um Salvador para nos livrar do poder desta morte. Quando cumprimos a Lei não significa que estamos livres para pecar. Ao negar a Lei, os homens destroem por completo o Evangelho.

Guardamos a Lei não para sermos salvos, mas porque fomos salvos por Cristo. A obediência a Deus é por amor. Primeiro Cristo nos salva, depois Ele pede fidelidade. ( Salm. 119: 146; João 14: 15; João 15: 10 )

Sem Lei não podemos ver a Santidade de Deus e nem enxergar nossas próprias culpas e necessidade de arrependimento - Tiago 1: 23-25
No fim dos tempos, Satanás guerreará contra o povo remanescente que guarda os Mandamentos de Deus - Apoc. 12: 17, 14: 12, I João 5: 3.

A  guarda dos Mandamentos é a chave de acesso à Árvore da Vida - Apoc. 22: 14.

À Lei e ao Testemunho! Se não falarem segundo esta palavra, nunca verão a Alva! - Isa. 8: 20. I Cor. 7: 19.

Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará ! - João 8: 32.

Que sejamos humildes para fazer a vontade do Senhor, guardando Seus preceitos e permanecendo inabaláveis na fé em Jesus. Devemos reconhecer que Ele é o Soberano do Universo que salva  e protege aqueles que estão dispostos a obedecê-Lo por amor e fidelidade. Agradecemos por nos oferecer Seu Santo Espírito para nos mostrar essas Verdades maravilhosas a cerca do plano da Redenção. Que possamos estar em pé, firmes, no glorioso dia do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, voltando com todos os anjos, a fim de  nos levar para a Glória do Seu Reino!

Amém

Gráfico - Divisão do Reino de Israel

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TV provoca problemas de concentração


Longas horas em frente à TV, seja assistindo à programação ou jogando videogame, podem atrapalhar a concentração das crianças na escola, segundo novo estudo da Universidade do Estado de Iowa, nos Estados Unidos. De acordo com os especialistas, há muita discordância nesse assunto, e a nova pesquisa traz mais evidências de que esse tipo de diversão pode provocar problemas de atenção e aumentar a agressividade das crianças. Acompanhando, por um ano, mais de 1,3 mil crianças em idade escolar e entrevistando pais e professores, os pesquisadores descobriram que aquelas que ficavam mais de duas horas por dia em frente à TV - o limite recomendado pela Academia Americana de Pediatria - tinham 67% maior propensão de exceder o nível médio de problemas de atenção na escola. E testes com estudantes universitários mostraram efeitos similares, porém ainda mais preocupantes. Entretanto, nenhum dos participantes foi diagnosticado com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, que são casos mais extremos que atingem de 3% a 7% das crianças em idade escolar.


Embora os resultados sejam claros, eles não comprovam uma relação de causa e efeito, e, por isso, os autores relativizam os efeitos da mídia. “Nem todas as crianças serão influenciadas na mesma proporção. Não há uma coisa que determina nosso comportamento. É uma combinação de todo ‘vai e vem’ que recebemos - a mídia é apenas uma variável”, explicou o pesquisador Douglas Gentile. “O estudo possivelmente oferece aos pais uma defesa de primeira linha, porque (o tempo em frente à tela) é algo que eles podem controlar”, acrescentou o especialista.


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Abuso Sexual Infantil

É difícil para a maioria das pessoas imaginar um adulto tendo prazer sexual com uma criança, mas a realidade que nos cerca cada vez mais está mostrando como isso é real, doloroso e deixa marcas severas na vida dos envolvidos.
Algumas das frequentes perguntas que surgem a respeito do assunto com suas respostas podem ajudar a esclarecer algumas questões sobre o abuso sexual infantil.
Qual a definição de abuso sexual infantil?
Muitos pensam que abuso sexual infantil é ter uma relação sexual completa com uma criança, mas a definição é muito mais ampla do que isso. Podemos caracterizar o abuso como: tocar a boca, genitais, bumbum, seios ou outras partes íntimas de uma criança com objetivo de satisfação dos desejos; forçar ou encorajar a criança a tocar um adulto de modo a satisfazer o desejo sexual. Fazer ou tentar fazer a criança se envolver em ato sexual. Forçar ou encorajar a criança a se envolver em atividades sexuais com outras crianças ou adultos. Expor a criança a ato sexual ou exibições com o propósito de estimulação ou gratificação sexual. Usar a criança em apresentação sexual como fotografia, brincadeira, filmagem ou dança, não importa se o material seja obsceno ou não.
Quais são as principais estatísticas que existem sobre o assunto?
O número de crianças e adolescentes abusados sexualmente no Brasil é cada vez maior, mas só uma minoria apresenta queixa. Isso se dá devido ao grande trauma psicológico acarretado e também porque muitas vezes o abusador mantém algum grau de parentesco com a vítima, quando não é o próprio pai ou padrasto, o que gera medo de retaliação. As estatísticas brasileiras a respeito de abuso sexual infantil estão defasadas, faltam verbas, falta preparo de quem acolhe as denúncias, faltam mais pesquisas. Em 2008, o Disque 100 recebeu cerca de 25 mil denúncias. Em 2008, a SaferNet Brasil, uma organização de combate à pornografia infantil na internet, recebeu 42.122 denúncias sobre abuso. Assim mesmo, sem muitas estatísticas, os números são alarmantes, e têm crescido a cada ano por haver mais esclarecimento sobre o assunto, por haver mais divulgação, mas também pela maior possibilidade de acesso às crianças.
De que forma a criança pode demonstrar aos pais ou responsáveis que sofreu abuso?
Os principais sinais que a criança pode mostrar e podem ser observados pelos pais, professores ou outro cuidador da criança são: conhecimento ou comportamento sexual fora do esperado. Mudanças no comportamento como perda do apetite, pesadelos, medo de dormir, se afastar das atividades rotineiras. Afastamento dos amigos. Voltar a fazer xixi na cama. Chupar o dedo. Dificuldade de concentração na escola. Medo de alguma pessoa, ou pânico de ser deixada em algum lugar ou com alguém. Comportamento agressivo ou perturbador, delinquência, fuga de casa ou prostituição. Comportamentos autoagressivos. Irritação genital ou sangramento, inchaço, dor, coceira, cortes ou arranhões na área genital, vaginal ou anal.
Qual deve ser a postura dos pais?
Em primeiro lugar, não entrar em pânico. Muitas vezes, os pais já até tinham algum “pressentimento” sobre determinada pessoa, mas não deram a devida atenção à sua percepção. A criança pode ter medo de contar aos pais ou familiares, pois muitas vezes o abusador faz ameaças a ela ou aos seus queridos. Se a criança conseguir contar aos pais, atenção! Acreditem, dificilmente uma criança inventa histórias dessa natureza. Conforte a criança. Explique que não foi culpa dela. A culpa é do abusador e ele fez algo muito errado. Deixe a criança saber que você sente pelo que aconteceu. Fale a ela que você vai fazer de tudo para que isso não aconteça novamente. Leve a criança e a família para um aconselhamento ou terapia.
Quais as principais sequelas do abuso sexual infantil e como tratá-las?
As principais consequências são:
Confusão – A criança pode achar que é normal porque o abusador disse que é, mas é confuso por que ele também falou para não contar para ninguém.
Culpa – Por não ter feito nada para parar o abuso; porque às vezes podia sentir algo bom; sentia que recebia coisas especiais por fazer aquilo; acha que fez algo para que o abuso acontecesse; é tão má que mereceu o abuso.
Medo – De ter sofrido um dano físico irreparável; de ser descoberto pelos outros; de que só de olhar para ele saberão que é mau.
Raiva – Do abusador; de si mesma, por não parar o abuso, ou por gostar; do pai/mãe que não a protegeu de ser abusada pelo pai/mãe; pode parecer uma criança passiva e submissa, mas está explodindo por dentro; pode descarregar sua raiva maltratando animais ou crianças menores
Perda da confiança – Nos pais; nos adultos.
Se isso aconteceu com alguma criança que você conhece, busque ajuda especializada. Leigos no assunto com frequência machucam mais do que ajudam.
por Cláudia Bruscagin Schwantes

A Criação do Universo e da Terra



“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Génesis 1:1); a que “princípio” se refere este versículo? O próprio verso nos dá a resposta logo de seguida: “criou Deus os céus e a terra”. Ou seja, “princípio” refere-se a uma época onde se inclui o momento em que a terra e os céus foram criados por Deus.


Porém, este termo surge por diversas vezes na Bíblia, em diferentes contextos. Há, no entanto, alguns textos bíblicos com o mesmo sentido e contexto específico do que é aqui mencionado, os quais nos poderão ajudar a confirmar definitivamente qual a época em causa:
1) “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra das Tuas mãos” (Hebreus 1:10). Mais uma vez é nos dito que a fundação da terra e dos céus foram um dos acontecimentos desta época designada “princípio”.
2) “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44). Podemos entender aqui que “princípio” diz respeito ao período que decorria quando o mal surgiu em Lúcifer, pois antes desse facto não existia o mal nem homicidas. Nessa altura o diabo era um anjo celestial sem mácula. Tudo isto aconteceu antes da fundação do mundo, nos céus.
3) “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3).
Sabemos que o “Verbo” aqui mencionado é Cristo:
.1) “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Apocalipse 19:13);
.2) “Pai, aqueles que Me deste, quero que, onde Eu estiver, também eles estejam Comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste; porque Tu Me hás amado antes da fundação do mundo” (João 17:21);
.3) “E, agora, glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo, antes que o mundo existisse” (João 17:5).
Constatamos que aqui “princípio” se refere à época anterior à fundação do mundo.
4) “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I João 3:8); refere-se à época durante a qual surgiu o mal, e por consequência o pecado. Sabemos que este acontecimento sucedeu nos céus, antes da criação do mundo.
Concluímos assim que este “princípio” foi um período, de duração desconhecida, que antecedeu a criação do mundo. Acontecimentos deste período (não podem ser datados, por isso não há aqui ordem cronológica, mas sim uma ordem da sucessão dos fatos):
- os céus foram criados;
- surge o mal, em Lúcifer;
- rebelião de Satanás contra Deus;
- batalha de Jesus e Satanás no céu;
- criação da terra “sem forma e vazia”; este acontecimento teria de ser obrigatoriamente anterior à expulsão de Satanás;
- Satanás e os seus anjos foram expulsos para a terra.
Outra questão que se levanta é: a que céus se refere Génesis 1:1?
Mais uma vez, a Palavra de Deus não nos deixa desamparados e esclarece-nos, se analisarmos alguns textos:
1) “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca” (Salmos 33:6).
Que exércitos são estes? São os exércitos dos céus,tal como o próprio verso indica . Mas por quem é constituído esse exército dos céus? Sabemos que a Bíblia chama de exército aos anjos de Deus, que O servem, conforme podemos observar nestes versículos:
2) “E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo...” (Lucas 2:13);
3) “Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, por quarenta anos, ó casa de Israel?” (Atos 7:42);
4) “E como antes disse Isaías: se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra” (Romanos 9:29);
5) “E seguiam-no os exércitos no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19:14);
6) “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tiago 5:4);
7) “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Génesis 2:1).
A expressão “Senhor dos exércitos”, repetida inúmeras vezes em toda a Bíblia, é clara, trata-se dos exércitos do Senhor, os anjos celestiais.
No entanto, Génesis 2:1 acaba com esta dúvida de vez, indicando-nos precisamente o mesmo contexto de Salmos 33:6 “os céus, e a terra, e todo o seu exército”, ou seja, o exército dos céus e o exército da terra, isto é, tudo o que os céus contém, e tudo o que a terra contém. Podemos assim concluir que este exército é constituído não apenas pelos anjos celestiais, mas também por todo o universo e seus planetas, bem como pelos seres não caídos.
1) “Quando vejo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste...” (Salmos 8:3); trata-se dos céus que contém a lua e as estrelas.
2) “Ele fez a terra com o Seu poder, e ordenou o mundo com a Sua sabedoria, e estendeu os céus com o Seu entendimento” (Jeremias 51.15).
3) “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos: Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar” (Isaías 40:22); se Deus está assentado sobre o globo da terra estes “céus” apenas se podem referir ao espaço sideral, isto é, todo o espaço para além da atmosfera terrestre, onde estão localizadas as estrelas e todos os outros planetas.
4) “Ele fez a terra pelo Seu poder; Ele estabeleceu o mundo por Sua sabedoria, e com a Sua inteligência estendeu os céus” (Jeremias 10:12).
Se isto ainda não bastasse, há ainda um aspeto que nos permite afirmar, com certeza, o fato de que estes “céus” correspondem ao espaço sideral.
A própria Bíblia (pelo menos na tradução da edição revista e corrigida João Ferreira de Almeida) faz a distinção entre “céus” (espaço sideral) de Génesis 1:1 e “Céus” (atmosfera terrestre) de Génesis 1:8.
De destacar que esta distinção surge única e exclusivamente nestes versículos, ao longo de toda a Bíblia. E mesmo assim a distinção apenas está presente desde o versículo 1 até ao versículo 8, pois no versículo 9, e a partir daí, no resto da Bíblia, quando se fala da atmosfera terrestre o termo utilizado é “céus”, como podemos observar nos versos 14, 17, 20 e em diante (nestes, porém, a distinção continua mesmo assim a ser efetuada, quando se está a falar da atmosfera terrestre, não pelas letras minúsculas ou maiúsculas, mas através do termo “expansão dos céus”. Mas, a partir daí desaparece totalmente).
Esta diferenciação, feita pela própria maneira como os termos estão escritos, é natural se tivermos em conta que no versículo 8 se trata de um nome próprio, que aliás, estava a ser utilizado pela primeira vez para designar algo, neste caso a atmosfera terrestre. Para além disso, o termo “céus” de Génesis 1:1 nunca poderia ser no sentido de atmosfera terrestre, pois esta só foi criada posteriormente, no versículo 8.
Ainda em Génesis 1:1, outra questão se coloca: a que “terra” se refere este verso?
a) A uma “terra” sem forma e vazia, sem qualquer tipo de luz, coberta de água. “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Génesis 1:2); “observei a terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz” (Jeremias 4.23). Apesar do contexto aqui ser diferente e de ter passado muito tempo depois de Génesis 1:1, 2, Jeremias, como que tendo uma visão, faz uma descrição do estado desta “terra”, descrição essa que até mesmo nos termos é praticamente igual à de Génesis 1:2.


b) Esta “terra” representa o estado primordial do planeta, antes de Deus iniciar o seu processo de ordenamento e renovação, processo esse iniciado apenas a partir do verso 3, pois no verso 2 Deus estava presente mas ainda não tinha comçado a agir: “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Trata-se de uma terra que existiria provavelmente sob a forma de matéria, talvez um “planeta morto”; “envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Salmos 104:30).


c) De fato, esta “terra” de Génesis 1:1 apenas se poderia referir a este “esboço” do planeta, pois a Terra (continente) propriamente dita só foi criada posteriormente, nos versículos 9 e 10: “... e apareça a porção seca. E assim foi. E chamou Deus à porção seca Terra...”
E mais uma vez, à semelhança do que aconteceu com a questão dos “céus”, a distinção entre “terra” (“esboço”) de Génesis 1:1 e “Terra” (continente) de Génesis 1:10 é feita também pela própria maneira dos termos estarem escritos, sendo que no verso 10 surge com maiúscula (na tradução João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida) pois é um nome próprio, uma designação que estava a ser dada a algo novo e que estava a surgir pela primeira vez. Esta distinção, tal como aconteceu com a questão dos “céus”, surge unicamente entre Génesis 1:1 e Génesis 1:10 (logo de seguida, no versículo 11 e em diante, já aparece “terra”, com minúscula e não maiuscúla) não estando presente em mais lado nenhum em toda a Bíblia.


Levantam-se assim algumas questões pertinentes: qual o motivo de surgir esta distinção na forma como os termos, “céus” e “terra”, foram escritos? Por que razão não surge esta diferenciação em lado algum na Bíblia, e apenas nestes versículos? Por três razões possíveis, algumas delas já enunciadas:
a) Os termos com maiúsculas são nomes próprios, dados a algo novo que surgia pela primeira vez;
b) Esta distinção surge apenas neste capítulo e nestes versos específicos provavelmente porque era justamente aqui que era necessário ela ser feita;
c) Depois dos termos “Céus” e “Terra” aparecerem não voltam a surgir, pois depois de atribuídos pela primeira vez seria desnecessário estar sempre a repetir e a própria distinção também seria desnecessária.


Conclusões
a) Foi para o “esboço” do planeta terra que Satanás foi precipitado, juntamente com os anjos que aderiram à sua causa (isso aconteceu no período designado “princípio”, de Génesis 1:1), pois a criação da Terra (continente) e do ser humano foram posteriores (Génesis 1:9, 10). A ação de criação e renovação deste “esboço” só foi iniciada no versículo 3.
b) A Terra propriamente dita, que consistia num único continente (a chamada “Pangea”, que ficou dividida posteriormente com o Dilúvio) só foi criada já no terceiro dia: “...e chamou Deus à porção seca Terra... E foi a tarde e a manhã o dia terceiro” (Génesis 1:10, 13); "eles voluntariamente ignoram isto: que, pela palavra de Deus, já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste" (II Pedro 3:5).
c) O planeta irá, de certa forma, regressar ao seu estado inicial (o “esboço”), depois da segunda vinda de Cristo, quando Satanás ficar cá sozinho durante o milénio, enquanto os filhos de Deus estarão no céu com Cristo. Podemos constatar isso pela descrição que é feita na Bíblia do estado em que o planeta ficará e estabelecendo os paralelismos:
.1) “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (II Pedro 3:10);
.2) “Eis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e destruir os pecadores dela. Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz... Pelo que, farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira” (Isaías 13:9, 10, 13);
.3) “Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! para que quereis vós este dia do Senhor? trevas será, e não luz... Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não luz? Não será completa escuridade, sem nenhum resplandor?” (Amós 5.18, 20);
.4) “Tocai a buzina em Sião, e clamai em alta voz, no monte da Minha santidade: perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto: Dia de trevas e de tristeza; dia de nuvens e de trevas espessas, como a alva espalhada sobre os montes, povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. Diante dele, um fogo consome; e atrás dele, uma chama abrasa: a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele, um desolado deserto; sim, nada lhe escapará...Como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes, irão eles saltando; como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, ordenado para o combate... Diante dele, tremerá a terra” (Joel 2:1, 2, 3, 5, 10);


.5) “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor: amargamente clamará, ali, o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas...” (Sofonias 1:14, 15);
.6) “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas, e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas” (Lucas 21:25);
.7) “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra” (Apocalipse 6:12);
.8) “E, naquela mesma hora, houve um grande terramoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terramoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu” (Apoca. 11.13);
.9) “E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terramoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terramoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilónia se lembrou Deus, para lhe dar o cálix do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam” (Apocalipse 16:18, 19, 20).
Pormenores que se destacam: a terra ficará em trevas, desolada, vazia, como um deserto (Jeremias 4:23-28); as águas invadirão a terra (se bem que não permanecerão “e vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1); um tremor de terra gigantesco altera a geografia e topografia dos continentes, ficando a forma da terra alterada por consequência. O paralelismo com o “esboço” da terra de Génesis 1:1 é flagrante, as características são as mesmas (com a exceção de que o planeta não ficará totalmente coberto com águas).
Destaque também para Apocalipse 20:1-3: “e vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão... Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos; E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.”
O lugar onde Satanás é lançado é descrito como um “abismo”, que é precisamente o mesmo termo utilizado em Génesis 1:2 para descrever o “esboço” da terra. O Pr. Mark Finley confirma este fato; no livro “Examinai Tudo”, pág.70, a respeito deste aspecto diz também “Apocalipse 20:1,2 acrescenta que Satanás está amarrado por uma cadeia de circunstâncias nesse “poço sem fundo”, ou abismo. A palavra grega “abussos” é a mesma palavra usada na tradução grega do hebraico do Velho Testamento para a frase “sem forma e vazia”. Em Génesis 1:2, quando Deus chamou o mundo à existência, ele era sem forma e vazio, isto é, um mundo desolado, envolto em trevas, um abismo onde nada existia, até que Deus separou a parte seca e criou então um novo mundo, cheio de vida. A terra será, de novo, reduzida ao nada. O pecado será destruído. Desse abismo do velho mundo, Deus criará uma nova terra de extraordinária beleza (II Pedro 3:13; Apoc. 21.1-5).


O ciclo da Criação voltará assim a repetir-se. Em Génesis 1 o “esboço” da terra foi criado e depois Deus iniciou o processo de organização e renovação, surgindo o território retirado das águas. Da mesma forma, durante o milénio Satanás estará num planeta Terra muito semelhante ao “esboço” que existia em Génesis 1, mas depois disso, com a descida da Nova Jerusalém, tudo voltará a ser renovado e reorganizado (o que é confirmado, como se viu, pelo texto acima mencionado do Pr. Mark Finley).


A luz presente em Génesis 1:3 não era proveniente do Sol nem da Lua, pois estes só foram criados posteriormente em Gén. 1:14-18, no quarto dia da criação/remodelação da Terra. Mas esta iluminação era proveniente da glória de Deus; “porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (II Coríntios 4:6), tal como voltará a suceder na Nova Jerusalém: “e a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite” (Apocalipse 21:23, 24, 25).


Da mesma forma, assim como na Nova Jerusalém o Sol e a Lua não serão necessários, também no “esboço” da terra de Génesis 1 não eram necessários porque Deus a iluminava, pois “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas...” (Génesis 1:2), sendo como “lâmpada... e luz...” (Salmos 119:105).


Os criacionistas, de uma forma geral, atribuem uma idade de cerca de 6.000 anos à Terra: não se sabe, porém, quanto tempo teve o período designado “princípio” (Génesis 1:1), nem se sabe durante quanto tempo existiu o “esboço” da terra (Génesis 1:2).
Autor: Nuno Neves, arqueólogo, membro da IASD Coimbra

sábado, 7 de julho de 2012

E se Adão e Eva não tivessem pecado?


Imagine se Adão e Eva não tivessem pecado, ou se apenas Eva tivesse, o que teria acontecido? E se não houvesse ninguém justo na terra, quando ocorreu o dilúvio? E se Abraão não tivesse obedecido a voz de Deus? E se Moisés não tivesse aceitado ser o líder do povo de Israel? E se o dia do Senhor não fosse o Sábado? Como seria nosso mundo hoje? Certamente, seria diferente.
Por exemplo, se Jesus não tivesse vindo, não haveria propósito para nossas vidas. Mas o mais importante não é sabermos como poderia ter sido, mas como é. Deus quer falar ao nosso coração, seja através da natureza, da Bíblia, ou até mesmo por nossa própria consciência. Imagine que o grande Rei do Universo, criador de todas as coisas, se importa conosco! Nos ama! Isso é maravilhoso! A todas estas indagações (e a muitas outras) nós humanos não temos como explicá-las de modo totalmente satisfatório. Existem assuntos que Deus não nos revelou e que não devemos nos deter em pesquisar.
Dizem as Escrituras: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”. (Deuteronômio 29:29).
As coisas misteriosas pertencem apenas a Deus. Isto se dá por alguns fatores. Eis os principais:
  • Deus não revelou muitas coisas porque estas não são importantes para nossa salvação.
O Espírito Santo colocou na Bíblia o que é de “essencial para nossa salvação”. Portanto, o objetivo das Escrituras e nos apontar para o caminho da vida eterna (Jesus) e não nos revelar coisas ocultas. Teremos a eternidade para aprender acerca destes assuntos.
  • Muitas coisas Deus não revelou porque nossa mente, corrompida pela pecado, não pode compreendê-las.
Nossa capacidade mental precisa ser desenvolvida, Jesus precisa voltar e nos transformar a fim de entendermos assuntos mais profundos. No momento em que estamos neste mundo, devemos dedicar tempo em aprender mais acerca do que Deus nos mostraem sua Palavra; precisamos nos preparar para estar com Deus na eternidade, a fim de que possamos pessoalmente pedir-lhe que esclareça todas as nossas dúvidas.
Para entendermos as questões não reveladas, temos que aceitar Jesus como nosso Salvador pessoal, e obedecê-lo em tudo que está bem claro nas Escrituras. Depois iremos para o céu, com Jesus, e lá poderemos perguntar a Deus acerca dos mistérios não revelados.

Eu sou a 100ª ovelha

por Prof Gilson Medeiros)


“…o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” (Mateus 18:11).


“…o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10).


Uma das parábolas mais conhecidas que Jesus contou foi a que fala das 100 ovelhas, dentre as quais uma se perdeu. A parábola é interpretada de variadas formas. Mas eu gosto de me imaginar como sendo aquela 100ª ovelha, a única que se desgarrou do rebanho, e pela qual o Pastor, o Bom Pastor, fez todo esforço para trazê-la de volta. Jesus é enfático ao dizer que, após ter encontrado a ovelha perdida, o Pastor se alegrou e a conduziu para casa, cheio de júbilo, porque havia resgatado uma de suas mais preciosas “amigas”.




Sim, porque para o Bom Pastor a ovelha não é um mero animal, um simples objeto de lucro… não! Ele a vê como um ser vivo, alguém que tem sentimentos, que tem valor para ele, um valor que transcende o financeiro…. Ele a ama!


A lição da Escola Sabatina de alguns meses atrás nos fez lembrar sobre a EXPIAÇÃO NA CRUZ, revelando para nós um pouco do terrível resultado físico, mental e espiritual que o Sacrifício de Jesus trouxe sobre Ele, ao aproximar-se o momento da Sua entrega.


Em meio às expressões gregas, por vezes “teológicas” demais, é possível ver o quanto o nosso Deus investiu para nos resgatar das garras do pecado. O preço pago foi muito, muito elevado, e o próprio Criador do Universo teve que suportar a angústia, o cálice da ira, as trevas, o temor, o abandono… e a própria morte!


Lembro-me da letra de uma bela canção do nosso irmão Nadson Portugal:”Quem é este Homem? Por que me ama assim?!”


Frequentemente me “pego” meditando sobre a grandeza do amor de Deus por mim, um miserável pecador. Mesmo sem merecer, mesmo sendo tão falho, mesmo rejeitando tantas vezes este amor… mesmo assim o meu Pastor não desistiu de mim! Ele esteve lá, desde o gelado Getsêmani até a terrível Cruz, e em nenhum momento sequer pensou em desistir de mim. Eu era a 100ª ovelha, e precisava ser trazida de volta. No livro “Desejado de Todas as Nações” é-nos revelado que Jesus decidiu salvar o homem (eu, Gilson Medeiros da Silva), “custasse o que custasse de Sua parte”. Que amor é esse?!


E as outras 99 ovelhas?


Eu fico imaginando qual terá sido a reação das outras 99 ovelhas, quando o Pastor trouxe a perdida de volta. O texto não diz… mas, como elas simbolizam seres humanos na parábola, é possível imaginar que nem todas se alegraram com a chegada da “rebelde”. Afinal, foi ela mesma a culpada, por não ter permanecido junto do rebanho! Preferiu ir por outro caminho, então que suportasse as conseqüências! Ora, o Pastor deixou todas elas, sozinhas, no deserto frio para se desbravar pelos campos em busca de uma única rebelde. Até parece que ela era a preferida dEle… a queridinha! E se um lobo aparecesse enquanto Ele estivesse fora? Quem as protegeria? Elas tinham motivos para receberam a 100ª com desdém, indiferença e ira.


E o pior de tudo é que o Pastor chegou todo arranhado, todo machucado, havia passado a noite sem dormir, à procura daquela rebeldezinha, mas agora estava feliz por tê-la encontrado. Elas nunca O tinham visto tão contente. E isso deixou muitas das outras ovelhas com ciúmes… “Por que ela não ficou lá no deserto?”, algumas devem ter “desejado”.


E o irmão mais velho?


É curioso como nesta seqüência de parábolas sobre o que se perdera (cf. Lucas 15), Jesus também acrescentou detalhes na do “Filho Pródigo” que nos mostram o quanto o irmão mais velho dele ficou chateado com sua volta. Afinal, por que o Pai estava tão contente com o retorno daquele filho ingrato e esbanjador? Ele, o mais velho, não era suficiente? Por que ainda gastar o dinheiro que restou com uma festa em homenagem a uma pessoa tão desprezível como aquela?!


Em ambas as histórias são usados seres vivos (ovelhas e pessoas) para representarem uma só lição: a de que Deus nos ama com um amor tal que faz de tudo para nos ter de volta.


E nós?


Eu fico a imaginar como, muitas vezes, temos agido como as ovelhas ciumentas, ou como o irmão mais velho… não sentimos a mesma alegria pelos que Jesus consegue resgatar das garras do inimigo.


Quantas e quantas vezes nós já não abandonamos pelo meio do caminho aqueles “irmãos” (?) e “irmãs” (?) que preferiram se desgarrar do rebanho!? Até seus nomes fazemos questão de esquecer… Aproveite para lembrar agora mesmo, sim agora, os nomes de alguns que estiveram do seu lado nos cultos de sábado, e hoje lá não mais estarão…


Quantas e quantas reuniões de Comissão não ocorrem com o objetivo único de disciplinar os que se extraviaram!?


Quantos e quantos sermões não são pregados a cada semana apenas com o objetivo de atacar, chicotear e humilhar alguém que esteja em erro!?


Ao refletir sobre o extremo preço que Jesus pagou por nós, eu cheguei à conclusão de que não temos a mesma alegria que Ele tem ao ver pessoas deixando o mundo do pecado e tentando caminhar para a Luz. Nossa hipocrisia não permite!


Pregamos infinitas vezes sobre perdão e misericórdia, mas praticamos pouquíssimas vezes isso em nossas vidas… Falamos da importância do amor e da comunhão entre os irmãos, mas não pensamos duas vezes antes de nos unirmos para fofocar ou desdenhar deles…


Dizemos que a igreja é um “hospital”, onde todos estão doentes e precisam de cura, mas nossos atos revelam que nos consideramos mesmo os Diretores da Instituição, com o “poder” de definir quem fica ou quem deve deixar a enfermaria… e morrer…


E quando algum se perde?! Ai é que nosso “amor de mentirinha” se revela… Abandonamos o irmão; deixamos que ele colha os frutos do seu próprio mau procedimento… já não o visitamos mais… não mandamos um e-mail… não gastamos os bônus do celular ligando para ele… não… nada!


Uma vez eu ouvi alguém dizer que “a igreja é o único exército que abandona seus feridos no campo de batalha”, e o “engraçado” foi que esta mesma pessoa agiu assim quando teve oportunidade de recolher um ferido, colocá-lo em seus ombros, e levá-lo à enfermaria…. nós somos assim! Infelizmente!


Perdemos horas e horas em disputas tolas sobre doutrinas, profecias, chips, marcas, selos, trombetas, teologuês, etc… mas somos incapazes de dedicar alguns minutos para ajudarmos o Pastor, o Bom Pastor, a trazer de volta aquela 100ª ovelhinha… Preferimos ficar “quentinhos” na companhia das outras 98, e deixar que Ele faça todo o trabalho sozinho.


Para quê tem servido a igreja, então?


Tenho certeza que bem perto de você há uma 100ª ovelha que está desejosa de voltar, às vezes ela apenas não sabe como fazer isso. Por que você não quebra este “paradigma”, esta cultura da indiferença, e se une ao nosso Bom Pastor para trazer de volta para o rebanho esta por quem Ele deu o próprio sangue?


REFLEXÃO: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35)

A Parábola do Rico e Lázaro


Uma explicação sobre a passagem encontrada em Lucas 16:19-31, conhecida como a "Parábola do Rico e Lázaro". Esta parábola nada diz das almas imortais que "saem" do corpo depois da morte, como alguns espiritualistas crêem (tanto espíritas, quanto católicos, quanto evangélicos). Além do mais, um princípio fundamental de interpretação bíblica determina que não se pode basear doutrinas sobre parábolas ou alegorias, pois tais históricas são meramente ilustrativas.
Eis aqui algumas razões que impedem tomar os personagens desta parábola de forma literal:
1. Se esta parábola for tomada em forma literal, as Sagradas Escrituras estariam se contradizendo quanto à inconsciência dos mortos até o dia em que ressuscitam (cf. Ecles. 9:5, 6 e 10; João 11:11-14; 5:28-29). Vê-se que o ensino bíblico é de que os mortos não estão no Céu, nem no purgatório, nem no inferno (Atos 2:29 e 34; Jó 3:11-19; 17:13). De modo geral, os cristãos crêem que o Espírito Santo não pode contradizer-se (2Tim. 3:15-17; 2Pedro 1:21), portanto, não podemos considerar a parábola como sendo a expressão literal do tema da morte.






2. Se esta parábola for tomada literalmente também devemos aceitar que o Céu e o inferno estão tão próximos que os salvos e os condenados podem ver-se e ouvir-se. Este seria o maior castigo que poderiam receber todos quantos se salvem, pois estariam vendo e ouvindo seus entes queridos que se perderam em sofrimento. Que absurdo! E tanta gente acredita nesta falácia!


A Bíblia declara abertamente que os maus serão totalmente destruídos (Salmo 37:9 e 20).


3. Se esta parábola for interpretada literalmente, contradiz-se a crença popular de que a alma abandona o corpo no momento da morte, pois na parábola é dito que Lázaro e o rico estão presentes no "pós-morte" com seus próprios corpos físicos, pois se mencionam o “dedo” de um e a “língua” do outro.


Todos sabemos que o corpo permanece na tumba e se desintegra totalmente. Além disso, a sede que sente o rico é própria do corpo, e, afinal de contas, de que serviria um “dedo” molhado “em água” para aliviar os rigores extremos de um fogo verdadeiro? Vê-se que toda a história é recheada de simbologias, alegorias e analogias.


Conclusão


Poderíamos explorar muito mais os detalhes da parábola, mas pelas razões acima já é possível concluir-se que o relato não é literal, e faz parte de uma série de cinco parábolas que Jesus pronunciou (Lucas 15 e 16) para destacar verdades básicas.


Jesus baseou esta parábola numa crença comum entre os judeus, mas contrária às Escrituras, e que havia sido trazida da cultura de Babilônia, Egito e nações circunvizinhas.


Nosso Senhor tomou muito das coisas conhecidas por Seus ouvintes para apresentar Suas
parábolas; uma maneira fácil de chegar ao coração, mas não necessariamente uma aceitação incondicional do material, e sim um argumento que servia de meio para destacar um ensino.


Por outro lado, os judeus colocavam Abraão acima de Jesus: “Nosso pai é Abraão ... És maior do que o nosso pai Abraão... ?” (João 8:39 e 53; Mateus 3:9). E Jesus põe na boca de Abraão as palavras que este haveria de ter dito em pessoa: “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (São Lucas 16:29-31).


É comum a Bíblia personificar seres inanimados. Por exemplo: as árvores se reúnem para nomear um rei (Juízes 9:8-15); “O cardo ... mandou dizer ao cedro ... Dá tua filha por mulher a meu filho” (2Reis 14:9); “Porque a pedra clamará da parede, e a trave lhe responderá do madeiramento” (Habacuque 2:11); “Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lucas 10:40; Mateus 3:9; ver Jó 12:7 e 8).


Também devemos tomar estas declarações de forma literal? É óbvio que não!


O objetivo de Jesus não era que os elementos fossem considerados de forma literal, com relação à vida após a morte, mas sim os 2 princípios gerais que se destacam nesta parábola:


1. Que a recompensa se baseará na conduta adotada enquanto se vive;


2. E que o importante é obedecer à Palavra divina, e não confiar em nossa raça ou origem, nem mesmo sendo carnalmente “filhos de Abraão”.


Fonte: "Tira Dúvidas", Voz da Profecia.

Alexander Ogorodnikov relembra seu tempo na prisão

Assista a uma entrevista com Alexander Ogorodinkov, cristão da União Soviética que foi preso por causa de sua fé em Cristo. Neste vídeo, ele vê relembra o período em que viveu em um campo de trabalho forçado e como isso afetou sua família. Conheça também o trabalho voluntário que ele realiza atualmente. Para saber mais, acesse: www.portasabertas.org.br

sexta-feira, 6 de julho de 2012

"Todos os que Guardam a Lei estão debaixo de Maldição"



“TODOS OS QUE GUARDAM A LEI ESTÃO DEBAIXO DE MALDIÇÃO”


Esta frase é muito comum no meio evangélico dos nossos dias. Entretanto, ela não reflete a veracidade do texto de Gálatas 3:10, que diz:


“Todos aqueles que são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque escrito está: maldito todo aquele que permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las”.


Esta expressão, “livro da lei”, cristalinamente identifica que a lei focada por Paulo é a Lei cerimonial, pois que esta foi, de fato, escrita num livro (Deut. 31:24); ao passo que a Lei Moral o foi em pedras. Êxo. 31:18.


Já que a Lei Cerimonial foi abolida na Cruz (Col. 2:14; Dan. 9:27), descarte-mo-nos dela para afirmar: a Lei Moral não é, não contém, não traz maldição. Porém, a sua transgressão, sim, produz maldição sobre o transgressor.


É diferente estar sob a autoridade da lei e sob a maldição da lei. Há um abismo enorme entre ambas.


Assim sendo, se observarmos a Lei Moral, estaremos sob sua autoridade. Mas, se a transgredimos (ainda que só um mandamento) estaremos sob maldição (morte eterna). Efetivamente, quem obedece em parte, está transgredindo.


Extraído do Livro Assim Diz o Senhor de autoria de Lourenço Gonzales.

Informativo Mundial das Missões – 07/07/12

Informativo Mundial das Missões – 07/07/12
(ATENÇÃO: Para salvar clique com o botão direito do mouse em cima do “Clique Aqui” e escolha na opção “Salvar Destino Como” ou “Salvar Link”)
Vídeo com Alta Resolução (19,8 mb): Clique Aqui
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Creia e ore - o testemunho de Alexander Ogorodnikov - DUBLADO

Este é o testemunho (DUBLADO) de Alexander Ogorodnikov, cristão preso pela KGB por sua escolha religiosa. Ele experimentou o poder da oração com o milagre que preservou sua vida. Para saber mais sobre os cristãos que sofrem por causa de sua fé, acesse: www.portasabertas.org.br.

Cuidado com a Idolatria aos cantores nas igrejas!



Quando um cantor secular faz um show e apresentado ao público, as pessoas deliram, aplaudem, ficam de pé... Dependendo do tipo de estrela, alguns choram, gritam, desmaiam, fazem um escândalo de envergonhar os seus acompanhantes. Não importam se as músicas são dos Beatles, de Michael Jackson, de Victor e Leo, de Michel Teló ou de qualquer grupo ou cantor que cause histeria entre os fãs, a cena é sempre a mesma: muito frisson, muito alvoroço e muita idolatria. É o que se vê no mundo.


Acontece que essa moda tem invadido, e muito, o meio evangélico nas igrejas. As apresentações de cantores deixaram de ser apenas apresentações para se tornar espetáculos. Cultos deixaram de ter a centralidade em Jesus para ter as solenidades girando em torno de determinados grupos, duplos, trios, quartetos, quintetos e corais.


E a culpa está neles? Nem sempre. Ou melhor, quase nunca. Há aqueles que chegam a se incomodar com o constrangimento. Não é por menos. Os admiradores estão se tornando em verdadeiros idólatras. Apesar de não erigir culto, prestar adoração ou levantar altares aos que cantam, os fãs, em determinadas reuniões, demonstram um apego maior ao cantor do que a ministração da Palavra de Deus, por exemplo.


Quando os cantores são convidados para “ter oportunidade”, as pessoas ficam tão eufóricas que se empolgam: dão glórias e aleluias no lugar das palmas, fazem burburinho, se inquietam nos bancos, fotografam com celulares e câmeras... É como se só os cantores e grupos fizessem “cair fogo do céu”, só eles fossem dignos das muitas glórias, só eles fossem a estrela da noite, quando, na verdade, são prestadores de culto a Deus como todos os demais.


Há algum problema em gostar de cantores? Claro que não. Todos nós temos os nossos favoritos e fazemos questão de ouvir e decorar suas letras e “pegar” a música para tocar e/ou cantar no culto. E onde está o problema? Trocar admiração por fanatismo, deixar de render adoração a Deus para apreciar, tocar, gritar, tirar foto com determinado grupo ou cantor.


Vamos a um exemplo, mais especificamente em Pernambuco. A dupla Canção e Louvor (formada pelos irmãos Claudia e Claudio) é da cidade de Vitória de Santo Antão, a 53 km do Recife. Eles são conhecidos em todo o Estado. A dupla tem agenda cheia até o fim do ano e é presença marcada nos principais eventos voltados para jovens na capital e nas cidades do interior para as quais é convidada a se apresentar.


O prestígio que recebem de quem gosta dos dois é sempre retribuído nas muitas fotos após os cultos, nas interações nas redes sociais e no convívio com os irmãos (sobretudo os jovens) que apoiam o ministério de louvor da dupla. Só que o excesso está virando incômodo. Não são todos, mas muitos crentes estão valorizando mais a foto e a filmagem (que não é errado fazê-lo) do que as músicas de louvor a Deus que a dupla entoa.




"Em alguns lugares, (o exagero) está ficando sem controle", diz Claudia
Claudia (a “Claudia Canção” da dupla) lembra que quando as pessoas agem assim, sobra constrangimento. “Em alguns lugares, está ficando sem controle, infelizmente. Alguns vêm literalmente em cima do púlpito e tiram inúmeras fotos, além de filmarem todas as canções. O ruim de tudo isso é que, por estarem de mãos ocupadas com telefone ou câmera, muitos não glorificam, para a voz não sair no vídeo, e não adoram, para não tremer as fotos”, afirma Claudia, em conversa via Facebook.


Os cantores não reclamam, até porque preferem acreditar nas boas intenções dos admiradores. Mas a popularidade de um trabalho que rende frutos para a glória de Deus acaba sendo mal utilizada pelos entusiastas para misturar admiração com fanatismo e esquecer que o cantor é um canal de adoração, e não objeto.




A dupla já teve que sair mais cedo de cultos para evitar frisson, Claudia Canção afirma que ela e o irmão atendem todo mundo de forma igual, mas temem que o apreço das pessoas seja confundido com estrelismo voltado para a dupla Canção e Louvor. “No fim do culto é até normal (tirar fotos com as pessoas), e a gente tira sem achar ruim, já faz parte, até porque é o reconhecimento do nosso trabalho, e nos sentimos honrados. Mas já teve evento que tivemos que sair ‘escondidos’ mais cedo, pois no dia anterior o frisson foi grande e saiu do controle. Temos até medo de o pastor achar que temos alguma coisa a ver com tudo isso” diz.


A apresentação de um cantor ou grupo musical, seja ele popular ou desconhecido, é apenas mais um elemento de um culto em que o foco é o Senhor. Registrar o que cada um faz nunca foi e nunca será errado, muito menos pecado. O equívoco está quando as pessoas deixam de cultuar a Deus – que é o motivo pelo qual elas estão no templo – para desviar o centro da adoração para algo ou alguém.


Apesar desse tipo de excesso sofrido, os que rendem louvor ao Deus, como a dupla Canção e Louvor, não estão reprimindo os irmãos que fazem filmagem ou fotografam suas apresentações, mas querem que todos mantenham a sintonia de adoração enquanto as canções são entoadas. “Receber o reconhecimento e o carinho dos irmãos é bênção e é promessa de Deus em nossas vidas. Faremos isso sempre e de todo coração. Tirar uma foto e filmar na hora do culto é normal, mas que não deixem de adorar para fazer isso. Estarão perdendo muita coisa. Eu também tiro foto nos cultos, mas não deixo isso interferir na minha adoração”, conta Claudia.


O louvor a Deus, independentemente se é feito por um cantor, um pastor ou um porteiro, chega ao céu de qualquer forma, quando é feito de forma sincera e em adoração. Em vez de cometer excessos típicos de fanáticos idólatras mundanos diante dos seus ídolos, que as pessoas nas igrejas continuem a admirar os seus cantores e grupos preferidos, mas não deixem de render a Deus o que Ele e só Ele merece.


Por Hudson Cavalcanti, parceiro do Site Bíblia e a Ciência

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Jesus guardava o sábado pelo fato de ser judeu?


Se estudarmos detidamente esse assunto da guarda do Sábado por Jesus, veremos que o objetivo de Jesus guardar este dia era o fato deste “ser um mandamento de Deus”, dado no princípio, antes de haver o pecado (João 15:10; Gênesis 2:1-3). O Sábado é uma das únicas instituições (a outra é o casamento) que ainda possuímos de um mundo sem pecado.
Ao terminar o mundo em seis dias, estabeleceu um dia – e este é o sábado – para que o ser humano parasse com suas atividades e repousasse neste dia e para que este lembrasse do Deus Criador. Vejamos o que dizem as Escrituras: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia”. (Gênesis 1:31). “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.  E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”. (Gênesis 2:1-3).
Deus estabeleceu o sábado para que este fosse um “memorial da do Criador” e um “memorial da Criação”. É também um “memorial da redenção”. Quando guardamos o sábado, estamos lembrando de que há um Deus Criador, e que não estamos no mundo por acaso; estamos dizendo que cremos no Deus Eterno e que admiramos os seus feitos na criação e na redenção do homem.
O sábado é um momento em que podemos ter um lindo encontro com o Senhor Jesus Cristo”. A cada final de semana podemos desfrutar deste maravilhoso companheirismo com o Senhor Jesus, Deus o Pai e com o Espírito Santo. É um dia que podemos também estar na companhia da família. Durante a semana pouco falamos com nosso cônjuge ou filhos e o sábado é um a oportunidade para restabelecermos os laços familiares, na companhia dos familiares e do Senhor Jesus.
Este é um mandamento que faz parte do decálogo e, assim, como os outros nove não poderiam ser observados por Jesus só ‘porque era judeu’. Fora escrito, assim como os demais mandamentos, pelo próprio dedo de Deus (Êxodo 31:18). O objetivo do Senhor ao guardar o sábado era o amor a Deus; o mesmo devemos fazer. João 14:15 diz que se O amamos guardamos os seus mandamentos.
Em Atos 16:13 temos um episódioem que Pauloguardou o sábadoem território Macedônico. Istoé uma prova fortíssima de que Paulo não guardou o sábado nesta cidade para agradar aos judeus; o fez porque fazia parte do mandamento de Deus. Se Paulo não guardou o sábado para agradar aos judeus mas sim porque este era parte do decálogo, o mesmo fez o Senhor Jesus. Billy Graham, grande pregador evangélico, é sincero em afirmar que este texto (Atos 16:13) é um dos “pontos fortes em favor do sábado”.
Outro fator que leva-nos a crer que Jesus não guardou o sábado para agradar aos judeus é o fato do Sábado existir “antes dos judeus”. Quando Deus estabeleceu o sábado, não havia judeus na face da terra, mas apenas Adão e Eva (Gênesis 2:1-3). Isto indica que o sábado é “do Senhor” (Êxodo 20:10) e não “dos judeus”.
Jesus guardou o sábado a fim de obedecer ao mandamento divino; o fez a fim de celebrar a criação de Deus, pois sabia que este é um memorial do Criador. Ele ensinou enquanto esteve na terra a guardá-lo do modo correto e não da maneira fanática e extremista dos fariseus.

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