domingo, 17 de junho de 2012

Saúde Emocional - Culpa


Você já sentiu culpa por algo? Desde que o pecado entrou nesse mundo, o sentimento de culpa passou a fazer parte da vida do ser humano. Esse sentimento está diretamente relacionado ao erro e, desde que o ser humano adquiriu natureza pecaminosa, ele erra com freqüência. A palavra culpa é originária do latim culpa, que significa falta, erro, defeito. Diz respeito, também, a um comportamento negligente ou imprudente, geralmente voluntário, em relação a uma obrigação ou a um princípio ético ou moral – delito ou crime.Assim como os demais sentimentos negativos, a culpa prejudica nosso bem estar físico, mental e espiritual. Na bíblia, encontramos alguns exemplos de pessoas que sofreram com o sentimento de culpa. Um deles é o conhecido rei Davi. 


No capítulo 11 do livro de II Samuel, encontramos o relato de um momento triste da história do rei Davi. Aquele que até então havia sido dirigido por Deus tornara-se culpado de pecados como adultério e homicídio. Você pode ler essa história em sua bíblia, e verá como Davi tornou-se culpado desses pecados.Davi escondeu esses pecados, até o dia em que Natã, um profeta de Deus, foi até ele e o repreendeu (II Samuel 12:1-15). 


Coloque-se no lugar de Davi. Imagine-se cometendo os pecados que ele cometeu. Como seria, para você, esconder esses pecados?Recentemente, ouvi uma pessoa querida contar algo que aconteceu em sua infância. Ela contou que quando era pequena, foi com sua mãe a uma feira onde se vendia diversos tipos de coisas. Sua mãe parou em uma banca que vendia botões e outros artigos para costura. Enquanto a mãe conversava com a vendedora, a menina se encantava com alguns dos botões que havia ali. Desejando muito ter os botões, e achando que a mãe não os compraria, ela pegou para si alguns botões e guardou no bolso de sua roupa. Voltou para casa com a mãe, escondendo consigo os botões tão desejados. Segundo ela, aquele foi o dia mais amargo de sua vida. A culpa pelo furto dos botões consumia o coraçãozinho infantil, e todo encanto que aqueles botões possuíam se perdeu em função da culpa.Imagino que o coração de Davi deve ter sofrido amargamente como o dessa pequena menina que se sentia tão culpada pelo seu erro.


1. O que Davi relata sobre o tempo em que escondeu seu pecado?


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” Salmos 32:3.
Mas, se somos seres humanos e erramos com freqüência, se a culpa faz parte do nosso dia a dia, como devemos lidar com esse sentimento? Essa é uma pergunta importante!O sentimento de culpa pode nos levar a duas ações:
1. arrependimento
2. remorso
Temos na bíblia dois bons exemplos dessas duas ações às quais a culpa nos conduz – Pedro e Judas. Pedro e Judas eram discípulos de Jesus, e ambos o traíram pouco antes de sua morte. Pedro traiu Jesus negando publicamente ser Seu discípulo (Mateus 26:69-75). Judas traiu a Jesus entregando-O aos sacerdotes por 30 moedas de prata (Mateus 26:14-16). Contudo, os finais das histórias desses dois discípulos traidores foram diferentes devido a forma como cada um deles encarou seu sentimento de culpa.


2. Que ação Judas tomou em função da culpa (remorso) que sentiu por trair a Jesus? 


Mateus 27:3-53 Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
4 Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo.
5 Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.


3. Como foi o final da história de Pedro? João 21:15-19
15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros.
16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.
18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.
19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.


Na história de Pedro aprendemos como o cristão deve se relacionar com o sentimento de culpa. A culpa, para o cristão, deve levá-lo aos pés do Salvador, arrependido, desejoso de viver uma vida que glorifique a Deus. O sentimento de culpa administrado com sabedoria coopera para nossa salvação. Ele nos mostra nossa necessidade de um Salvador e nos conduz ao arrependimento, confissão e abandono do pecado.Em Salmos 32, aquele em que Davi relata quão mal ficou por conta da culpa que sentia, ele relata também como se sente aquele que administra bem o sentimento de culpa. “Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.” Salmos 32:1. Somos felizes quando nossa culpa nos conduz à Deus, Aquele que perdoa nossos pecados.Aqui está a solução para encerrar o sentimento de culpa – perdão. Davi escreveu: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.” Salmos 32:5


4. Em que promessa podemos confiar quando nos sentimos culpados? 


“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9.


Podemos confiar no perdão de Deus, quando nos arrependemos de nossos pecados. Mas, podemos evitar sentir a culpa em nosso dia a dia. Isso é feito vivendo uma vida de intimidade com Deus, optando por servi-lo e obedecê-lo sempre. Podemos confiar que Jesus tem poder para nos guardar de tropeçar (Judas 1:24). Deixando Cristo viver em nós, a culpa deixará de fazer parte de nossa rotina.


Para refletir:
“Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte.” A Ciência do Bom Viver, p. 241.


Estudo 04 da Série Saúde Emocional

sábado, 16 de junho de 2012

Respeite o Idoso

Seria Jesus um Plágio?

Você já ouviu falar de teoria da Conspiração? Provavelmente sim, senão, pelo menos já viu algumas de suas propagandas em documentários, revistas, e, principalmente, a Internet os teóricos da conspiração amam assustar o povo com ideias factoides de uma ameaça iminente que os governos querem esconder, mas que todos deveriam saber para salvar suas vidas. Alguns no entanto teriam descoberto a trama e agora correm para alertar a humanidade.

Saúde Emocional - Ansiedade

A palavra “ansiedade” é originária do latim anxia, cuja raiz ang- significa estreito. De acordo com a lingüística, o radical ang- pertence à mesma família que originou as palavras angia (que derivou angina, a dor constritiva ou o aperto atrás do osso externo), anseio e ansiar.
Alguns sentimentos sinônimos de ansiedade são: aflição, angústia e sufocamento.
Você já deve ter sentido uma sensação de aperto no peito ou de um nó como se fechasse a garganta. Quando sentimos essas sensações, geralmente nos reportamos ao sentimento de ansiedade, para explicar o que estamos sentindo. De fato, como visto acima, a partir de uma explicação etimológica, a ansiedade é esse sentimento que nos dá sensação de aperto.
Hoje, os consultórios psicológicos estão repletos de pessoas que sofrem com a ansiedade. Alguns possuem um grau mais elevado de sofrimento e, por isso, este sofrimento é classificado como um Transtorno de Ansiedade. Alguns transtornos de ansiedade bastante conhecidos são: Transtorno de Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (o famoso TOC) e o Transtorno de Ansiedade Generalizada (também conhecido como TAG).
Mesmo que não tenhamos nenhum desses transtornos, é possível que sintamos ansiedade em diversos momentos de nossa vida, e nem sempre serão momentos ruins. Por exemplo, é comum que as noivas se sintam ansiosas em relação ao casamento. Aquela ansiedade que tira o sono ao longo do período de preparativos, devido às inúmeras preocupações e aos diversos contratempos, não é nada bem vinda. Mas, aquela ansiedade que se sente na hora em que se ouve as primeiras notas da marcha nupcial, as portas se abrem, e a noiva vê a igreja repleta de amigos, e no fim do corredor, seu querido noivo, ah, essa ansiedade é muito boa de sentir! É ela que marca o momento. O casamento não teria a mesma emoção não fosse o nó na garganta e as palpitações características desse momento.
O grande problema é que sentimos muito mais a “ansiedade ruim”, do que a “ansiedade boa” (que emociona e deixa alguns momentos ainda mais especiais). E por que sentimos mais a ansiedade ruim?
1. Em relação a que aspectos, disse Jesus, não devemos andar ansiosos?

“A seguir, dirigiu-se Jesus a seus discípulos, dizendo: Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.” Lucas 12:22

2. Por que não devemos andar ansiosos em relação a essas coisas?

Lucas 12:23-28
23 Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes.
24 Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta. Quanto mais valeis do que as aves!
25 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
26 Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras?
27 Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
28 Ora, se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais tratando-se de vós, homens de pequena fé!

Jesus nos chama a atenção para o fato de que nossa vida não se resume em comida, bebida e roupa. Apesar de essas serem necessidades básicas que temos, nossa mente não deve concentrar-se em se preocupar em demasia com isso. Então, Ele nos apresenta três grandes motivos para não andarmos ansiosos.
Os motivos apresentados por Jesus são, na verdade, três importantes pensamentos que se exercitarmos nos livrarão do sentimento de ansiedade que nos faz sofrer:
1. Nossa vida não se resume às coisas que nos geram ansiedade. Às vezes nos concentramos tanto nos problemas, tanto naquilo que nos falta ou nas razões de nossa angústia e aflição, que nos esquecemos que nossa vida vai muito além dos problemas que podemos enfrentar. Existe vida para além dos problemas!
2. Possuímos limitações. Por mais que nos preocupemos com algo ou sintamos ansiedade por em relação a coisas importantes, continuamos sendo seres limitados. Por mais ansiosos que fiquemos, não podemos fazer nada para além de nossas capacidades. Nossas capacidades são limitadas e, quando reconhecemos isso, muitas de nossas preocupações perdem o sentido. Ficar ansioso não resolverá o problema, então se chegamos ao nosso limite, não vale apena sentir ansiedade.
3. Há um Deus que não possui limitações. Quando nos deparamos com nossas limitações e a impossibilidade de resolvermos nossos problemas, ao invés de ficarmos ansiosos e angustiados, devemos nos lembrar de que há um Deus ilimitado que sabe de nossas necessidades e deseja nos ajudar.

3. O que mais a Bíblia nos ensina sobre ansiedade?

“A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra.”Provérbios 12:25.

Muitas pessoas, por estarem constantemente ansiosas e angustiadas, desenvolvem as chamadas doenças psicossomáticas. Mente e corpo trabalham juntos, e quando emoções negativas tomam conta de nossa mente, nosso corpo sente seus efeitos. Esses efeitos não se resumem ao nó na garganta ou às palpitações no coração. Muitas vezes, esses sentimentos são traduzidos pelo nosso corpo na forma de doenças. A ansiedade abate o ser humano e pode levá-lo a sofrimentos ainda maiores.

Então, uma pergunta se faz necessária. As coisas que nos geram ansiedade são tão importantes assim que possa custar nossa alegria e bem estar? Vale a pena viver ansioso quando Cristo diz que devemos confiar nEle?

4. Que conselho o apóstolo Pedro nos deixou sobre esse assunto?

“lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” I Pedro 5:7.

Em Provérbios 12:25 lemos que a ansiedade nos abate, mas a boa palavra nos alegra. Já conhecemos os benefícios da alegria. Podemos, então, confiar nas boas palavras de Jesus, quando disse “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33.
Para refletir:
“O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. Todo órgão vital - o cérebro, o coração, os nervos - esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir - a alegria no Espírito Santo - alegria que comunica saúde e vida.” A Ciência do Bom Viver, pág. 115.

Estudo 03 da Série Saúde Emocional

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quem Entregou Jesus para Morrer?



Os Soldados Romanos – Lucas 23:33


Os soldados romanos foram os responsáveis imediatos pela morte de Jesus. Eles zombaram de Jesus, O vestiram com um manto de púrpura, colocaram uma coroa de espinhos na Sua cabeça, vendaram-Lhe os olhos, cuspiram nEle e bateram em Sua face, enquanto O desafiavam a identificar quem o havia ferido. Depois, O crucificaram. Mas a verdade é que os soldados estavam apenas obedecendo a uma ordem. Fizeram o que tinham que fazer. Tudo ocorria enquanto Jesus orava em voz alta: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Luc. 23:34). A questão é: quem entregou Jesus aos soldados para ser morto?


Pilatos – O Governador Romano


Pilatos entregou Jesus para ser crucificado (João 19:16). Os dirigentes judaicos levaram Jesus a Pilatos, dizendo: “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, Rei” (Lucas 23:2). No entanto, após tomar conhecimento da acusação, Pilatos estava convicto da inocência de Jesus. Ele chegou a declarar três vezes não achar culpa alguma em Jesus. A primeira vez foi logo no amanhecer da sexta-feira. Pilatos ouviu as reclamações do Sinédrio, fez algumas perguntas a Jesus, e depois de uma audiência preliminar sentenciou: “Não vejo neste homem crime algum” (João 18:38).


A segunda ocasião foi quando Jesus voltou, depois de ter sido inquirido por Herodes. Pilatos disse aos sacerdotes e ao povo: “Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de morte.” (Luc. 23:13-15) A esta altura a multidão gritou: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Mas Pilatos respondeu, pela terceira vez: “Que mal fez ele? De fato nada achei contra ele para condena-lo à morte” (Mat. 27:23, João 19:6). Além disso, a sua convicção foi confirmada pela mensagem enviada por sua mulher: “Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonhos, muito sofri por seu respeito” (Mat. 27:19).


A convicção de Pilatos sobre a inocência de Jesus era tanta que ele tentou por todos os meios se esquivar da responsabilidade de tomar uma decisão. Pilatos não queria condenar a Jesus, porque sabia que Ele era inocente e, ao mesmo tempo, não queria desagradar os líderes judaicos que queriam a todo custo a condenação de Jesus. Como Pilatos poderia conciliar esses dois interesses antagônicos?


Por isso, por quatro vezes, Pilatos tentou isentar sua responsabilidade sobre o caso. A primeira, ao ouvir que Jesus era da Galiléia, e, portanto, estar sob a jurisdição de Herodes, enviou-O ao rei para julgamento, esperando transferir para ele a responsabilidade da decisão. Herodes, porem, devolveu Jesus sem sentença (Luc. 23:5-12).


A segunda, ele tentou contemporizar: “Portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei” (Luc. 23:16 e 22). Ele esperava que a multidão se satisfizesse com algo menos que a penalidade máxima. Chegou a propor uma sentença absurda, pois, se Jesus era inocente, devia ter sido imediatamente solto, não primeiramente castigado.


A terceira, ele tentou fazer a coisa certa (soltar a Jesus) com o motivo errado (pela escolha da multidão). Lembrando-se do costume de que o governador poderia dar anistia de páscoa a um prisioneiro, ele esperava que o povo escolhesse Jesus para esse favor. Então ele podia soltá-lo como um ato de clemência em vez de um ato de justiça. Era uma idéia astuta, mas vergonhosa, e o povo a frustrou exigindo que o perdão fosse dado a um notório criminoso e assassino, chamado Barrabás.


A quarta, Pilatos tentou protestar por sua inocência. Tomando água, lavou as mãos na presença do povo, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo” (Mat. 27:24). E então, antes que suas mãos se secassem, entregou Jesus para ser crucificado. Como pôde Pilatos entregar Jesus para ser morto depois de ter proclamado publicamente Sua inocência?


É fácil condenar a Pilatos, esquecendo-nos, contudo, de que muitas vezes nós também procuramos subterfúgios para nos esquivar da responsabilidade diante de Deus, ou também procuramos honrar a Jesus pelo motivo errado, ou também tentamos agradar a Deus sem abandonar as práticas recriminadas pelo Céu, ou também “lavamos as mãos” para manter uma pretensa neutralidade em matéria espiritual.


Vale observar o comportamento de Pilatos: “o seu clamor prevaleceu”, “Pilatos decidiu atender-lhes o pedido”, e “quanto a Jesus, entrou à vontade deles” (Luc. 23:23-25). O clamor deles, pedido deles, vontade deles: a estes, em sua fraqueza, Pilatos se curvou. Ele desejava soltar a Jesus (Luc. 23:20), mas também desejava “contentar a multidão” (Mar. 15:15). A multidão venceu. Por que? Porque lhe disseram: “Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é como César” (João 19:12). A escolha era entre a honra e a ambição, entre o princípio e a conveniência.


Claro, Jesus era inocente. A prática da justiça exigia a Sua imediata libertação. Mas Pilatos decidiu fazer a vontade do povo, e não contrariar o abominável desejo dos líderes judeus. Enfim, Pilatos entregou Jesus para ser morto por covardia.


E quem entregou Jesus nas mãos de Pilatos?


Os Líderes Judeus e Seus Sacerdotes


Embora não possamos desculpar a conduta de Pilatos, é possível reconhecer que ele se encontrava em um dilema, e que foram os líderes judaicos que o colocaram nessa situação. Foram eles quem entregaram Jesus a Pilatos para ser julgado, foram eles que O acusaram de conduta subversiva, foram eles que atiçaram a multidão levando-a a exigir a crucificação. Portanto, como o próprio Jesus disse a Pilatos: “Quem me entregou a ti, maior pecado tem” (João 19:11).


Desde o inicio, Jesus criticava os fariseus por exaltarem a tradição, colocando-a acima da Escritura, por se importarem mais com os regulamentos do que com as pessoas, mais com a purificação cerimonial do que com a pureza moral, mais com as leis do que com o amor. Ele até mesmo os havia denunciado como “hipócritas”, chamando-os de “guias de cegos” e comparando-os a “sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mat. 23:27). Estas foram consideradas acusações intoleráveis. Pior ainda, Jesus estava minando a autoridade deles. Dizia ser senhor do sábado, conhecer a Deus como Seu Pai, até mesmo ser igual a Deus. Isso era considerado blasfêmia.


De modo que os líderes judaicos estavam cheios de indignação para com Jesus. Consideravam Seus ensinos heresia, Seu comportamento uma ofensa à lei. Entendiam que Jesus estava desviando o povo. Espalhavam rumores de que Jesus estava incentivando a deslealdade a César. Assim, o Seu ministério devia ser detido antes que causasse maior dano. Eles achavam ter bons motivos políticos, teológicos e éticos para exigir que Jesus fosse preso, julgado e condenado.


Deixando de lado a veracidade das afirmações de Jesus, havia a questão do motivo. Qual era o motivo fundamental da hostilidade que os sacerdotes sentiam para com Jesus? Era o interesse deles a estabilidade política, a verdade doutrinária e a pureza moral? Pilatos não achou que fosse. Ele não se deixou enganar pelas racionalizações dos líderes do povo, especialmente por sua fingida lealdade ao imperador. Nas palavras de Mateus: “Porque sabia que por inveja o haviam entregado” (Mat. 27:18).


Inveja! Inveja é o lado inverso da moeda chamada vaidade. Ninguém que não tenha orgulho de si mesmo jamais terá inveja de outros. E os dirigentes judaicos eram orgulhosos; racial, nacional, religiosa e moralmente orgulhosos. Tinham orgulho da longa história do relacionamento especial da sua nação com Deus, tinham orgulho de seu próprio papel de líderes da nação, e, acima de tudo, tinham orgulho da sua autoridade. A competição deles com Jesus foi essencialmente uma luta pela autoridade. Jesus havia desafiado a autoridade deles, pois possuía um tipo de autoridade que manifestamente lhes faltava.


Quando os líderes judaicos foram a Jesus com suas perguntas capciosas: “Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres?” (Mar. 11:28), pensavam que O tinham apanhado. Mas, em vez disso, encontraram-se amarrados pela contra-pergunta do Senhor: “O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-me” (v.30). Estavam encurralados. Não tinham como responder, porque se dissessem “do céu”, ele queria saber por que não creram nele, e se dissessem “dos homens”, temiam o povo que acreditava que João era um profeta verdadeiro. De modo que não deram resposta. O silêncio da resposta deles era um sintoma da sua insinceridade. Se não conseguiam enfrentar o desafio da autoridade de João, certamente não poderiam enfrentar o desafio da autoridade de Cristo. Ele dizia ter autoridade para ensinar a respeito de Deus, para expelir demônios, para perdoar pecados, para julgar o mundo. Em tudo isto ele era completamente diferente deles, pois a única autoridade que eles conheciam era o apelo a outras autoridades. Alem disso, havia algo acerca da autoridade de Jesus que eles não podiam explicar. Era real, sincera, transparente, divina.


Como os líderes judeus daquela época, ainda hoje, muitos pensam que Jesus Se intromete em suas vidas privadas com Seus conselhos irritantes. E perguntam de forma petulante: “Por que é que Ele não cuida de seus próprios negócios e nos deixa em paz?” A essa pergunta Ele responde que nós somos o Seu negócio e que jamais nos deixará sozinhos. Os que pensam que Jesus perturba nossa paz, mina nossa autoridade, também querem eliminá-Lo de suas vidas.


Enfim, os líderes judeus entregaram Jesus a Pilatos para ser morto por inveja. E quem entregou Jesus aos líderes judeus?


Judas Iscariotes, o Traidor


Tendo visto como os sacerdotes entregaram Jesus a Pilatos, e como Pilatos O entregou aos soldados, agora precisamos examinar como, para começar, Judas O entregou aos sacerdotes.


Não é incomum alguns expressarem simpatia para com Judas. “Afinal”, dizem, “se Jesus havia de morrer, alguém tinha de traí-Lo. Assim, porque culpar a Judas? Ele não passou de instrumento da providência, uma vítima da predestinação”. Bem, a narrativa bíblica certamente indica que Jesus conhecia de antemão a identidade do seu traidor e referiu-se a ele como destinado à destruição para que a Escritura se cumprisse. É também verdade que Judas fez o que fez somente depois que Satanás o instigou e entrou nele.


Entretanto, nada disso exonera a Judas. Ele deve arcar com a responsabilidade pelo que fez, tendo, sem dúvida, deliberadamente, tramado suas ações. O fato de sua traição ter sido predita nas Escrituras não significa que ele não fosse um agente livre.


Parece que Jesus claramente o considerou como responsável por suas ações, pois até mesmo no último instante, no cenáculo, fez-lhe um apelo final, mergulhando um pedaço de pão e dando-o a ele (João 13:25-30). O cinismo último de Judas foi escolher trair o seu Mestre com um beijo, usando esse símbolo da amizade a fim de destruí-la. De modo que Jesus afirmou a culpa de Judas, dizendo: “Ai daquele por intermédio de quem o Filho do homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido” (Mar. 14:21). Assim, Jesus não apenas o condenou, mas o próprio Judas, no final, condenou-se a si mesmo. Ele reconheceu o seu crime, trair o sangue inocente, devolveu o dinheiro pelo qual tinha vendido a Jesus, e se suicidou. Sem dúvida, ele estava mais preso pelo remorso do que pelo arrependimento, mas, finalmente, confessou sua culpa.


Judas entregou Jesus aos líderes judeus para ser morto por ganância (dinheiro).


Os Pecados Deles e os Nossos


Examinamos os três indivíduos – Pilatos, Caifás e Judas – a quem os evangelistas atribuem culpa maior pela crucificação de Jesus, e seus associados: os sacerdotes, o povo e os soldados. Jesus havia predito que seria entregue nas mãos dos homens, ou “entregue para ser crucificado”. E os Evangelistas ao contarem sua história, demonstram que a predição de Jesus foi verdadeira. Primeiro, Judas o entregou aos sacerdotes (por ganância). A seguir, os sacerdotes o entregaram a Pilatos (por inveja). Então Pilatos o entregou aos soldados (por covardia), e eles O crucificaram.


Nossa reação instintiva a esse mal acumulado é dar eco à pergunta espantada de Pilatos, quando a multidão gritou pedindo o sangue de Jesus: “Que mal fez ele?” (Mat. 27:23). Pilatos, porém, não recebeu uma resposta lógica. A multidão histérica clamava cada vez mais alto: “Crucifica-o! “Crucifica-o!” Mas por que?


A resposta que até agora demos à pergunta: “Quem entregou Jesus para ser morto?” procurou refletir o modo pelo qual os escritores do evangelho contam a Sua história. Eles indicam a corrente de responsabilidade (de Judas aos sacerdotes, dos sacerdotes a Pilatos, de Pilatos aos soldados), e, pelo menos, sugerem que a ganância, a inveja e a covardia, que instigaram o comportamento dos envolvidos, também instigam o nosso.


Contudo, embora Jesus tivesse sido levado à morte pelos pecados humanos, Ele não morreu como mártir. Pelo contrário, Ele foi à cruz espontaneamente, até mesmo deliberadamente. Desde o começo do Seu ministério público, Ele Se consagrou a esse destino. Ele predisse muitas vezes os Seus sofrimentos e morte. O uso constante que Ele fez da palavra “deve” em relação à sua morte expressa não uma compulsão exterior, mas Sua resolução interior de cumprir o que a Seu respeito havia sido escrito. “O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas, eu dou a minha vida… Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (João 10:11, 17-18).


Mas Paulo responde à pergunta: “Quem entregou Jesus para ser morto?” com a seguinte declaração: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rom. 8:32). Quem entregou Jesus para morrer? Não foi Judas, por ganância; não foi Pilatos, por covardia; não foram os judeus, por inveja – mas o Pai, por amor!


É essencial que conservemos juntos estes dois modos complementares de olhar para a cruz. No nível humano, Judas O entregou aos sacerdotes, os quais O entregaram a Pilatos, que O entregou aos soldados, os quais O crucificaram. Mas, no nível divino, o Pai O entregou, e Ele Se entregou a Si mesmo para morrer por nós.


O apóstolo Pedro uniu as duas verdades em sua admirável afirmativa do dia de Pentecoste: “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mão de iníquos.” (Atos 2:23). Assim, Pedro atribuiu a morte de Jesus simultaneamente ao plano de Deus e à maldade dos homens. Pois a cruz, que é uma exposição da maldade humana, é ao mesmo tempo a revelação do propósito divino de vencer a maldade humana assim expressa.


Porque Jesus Cristo morreu? A primeira resposta é que Ele não morreu; Ele foi morto. Devemos, porém, equilibrar essa resposta com o seu oposto. Ele não foi morto, Ele morreu, entregando-Se voluntariamente para fazer a vontade do Pai.


Estudo extraído do livro A Cruz de Cristo, de John Stott. IASD Brooklin.

"Ósculo Santo e Paz do Senhor"



ÓSCULO SANTO – PAZ DO SENHOR


Ósculo e Paz do Senhor estão na Bíblia? – Sim! Então, eu creio.


Antes, porém, devo dizer que há grande diferença entre mandamento e conselho, bem como deve-se analisar as implicações de determinados dogmas, se aplicados em nossa época.


“SAÚDO A IGREJA COM A PAZ DO SENHOR” – “A PAZ DO SENHOR” – “A PAZ” – “SAÚDO OS IRMÃOS COM A SANTA PAZ DO SENHOR”


Estas quatro expressões, muito usadas hoje no meio pentecostal e nas igrejas renovadas, ainda que singelas, não são bíblicas. Mas, não há nenhum mal se usar. Eu mesmo saúdo os irmãos pentecostais como eles gostam, e me sinto muito bem. Realmente há uma saudação bíblica que era comum a certos apóstolos ao escreverem suas epístolas à igreja, por exemplo:


“Graça, misericórdia e paz” (I Tim. 1:2). “Paz seja com os irmãos” (Efé. 6:23). “Graça e paz a vós outros” (I Tess. 1:1; Fil. 1:2; II Tess. 1:2; Apoc. 1:4). “A paz seja contigo” (III João 15). “Graça e paz vos sejam multiplicadas” (II Ped. 1:2). “A misericórdia, paz...” (Jud. 2), etc.


O próprio Senhor Jesus, as únicas vezes em que saudou os discípulos, o fez com a expressão: “Paz seja convosco” (Luc. 24:36; João 20:21,26).


Portanto, a saudação bíblica é: “Paz seja convosco”.


Não esqueçamos, porém, que o crente deve ter paz (João 14:27); viver em paz (I Tess. 5:13; II Cor. 13:11); transmitir paz pelo exemplo, palavras, ações, e sua vida ser a própria paz. Amado irmão, “paz seja convosco”. A paz do Senhor!


ÓSCULO SANTO


Ósculo é beijo.
Ainda que aparentemente fosse um costume na Palestina, é apenas mencionado na Bíblia seis vezes. Uma pelo apóstolo Pedro, quatro por Paulo, e uma vez por Jesus, ao Se referir a Maria Madalena, quando Lhe enxugava os pés com os cabelos. Disse o Senhor: “Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de Me beijar os pés.” Luc. 7:36-50.


Nota-se, pelo ocorrido, que o ósculo era um hábito raro, ou praticado esporadicamente, pois depreende-se do texto focado que Jesus entrou na casa de Simão (Luc. 7:44,45) e não recebeu ósculo. E Maria “osculou” os pés de Jesus.


Assim pergunto: O ósculo é realmente necessário? É um conselho? Doutrina? É nos pés, na mão, no rosto ou nos lábios? E mais: é irmão com irmão, irmã com irmã, ou ambos? (O beijo na face que as irmãs sempre se dão hoje, quando se encontram, é ósculo ou um costume?).


Nesta parte da religião, amado, temos que ser criteriosos.


Certa vez, fui obrigado a conversar com alguns rapazes de nossa igreja pois eles estavam introduzindo “uns” beijos na face de nossas jovens, e fiquei triste em fazê-lo, pois agiam eles com a maior naturalidade e inocência. Entretanto, vislumbrei que Satanás poderia arranjar uma brecha para mandar sua tentação.


Outrossim, tal hábito é o costume mundano dos artistas, dos viciados, dos impuros. Basta ver na TV, na rua e por aí afora. É o “primo” da tal “amizade colorida”. Devemos evitá-lo, substituindo-o por um caloroso aperto de mão e um festivo abraço ao irmão, e apenas um leve e rápido aperto de mão à irmã, “abstende-vos de toda a aparência do mal...” I Tess. 5:22.


Extraído do Livro Assim Diz o Senhor, de autoria de Lourenço Gonzales.

A Posição da Igreja Adventista Quanto aos Jogos de Azar


O jogo de azar afeta cada vez mais e mais pessoas ao redor do mundo. A idéia de ganhar às custas dos outros tem se tornado uma maldição moderna. A sociedade paga o preço pelos crimes associados a ele, pelo amparo à vítima e pelo colapso familiar, o que diminui a qualidade de vida. Os adventistas se opõem grandemente a esse tipo de jogo, uma vez que é incompatível com os princípios cristãos. Não é uma forma apropriada de lazer ou um meio legítimo de levantamento de fundos.


O jogo de azar viola os princípios cristãos de mordomia. Deus identifica o trabalho como o meio apropriado para adquirir benefícios materiais; não o jogo de azar, que nos faz sonhar com o ganho à custa da perda de outrem.


O jogo de azar tem um grande impacto sobre a sociedade. Os custos financeiros resultam de crimes cometidos para saldar uma dívida de jogo, aumento do policiamento e despesas legais, bem como crimes envolvendo drogas e prostituição.


O jogo de azar não gera renda; antes, toma daqueles que não têm condições e dá a uma minoria, sendo o maior ganhador, obviamente, o operador. A idéia de que o jogo pode ter um benefício econômico positivo é ilusão. Além disso, jogar viola o senso de responsabilidade cristã pela família, os vizinhos, os pobres e a Igreja.


Jogar cria falsas esperanças. O sonho de ganhar muito dinheiro substitui a verdadeira esperança por um sonho falso de uma chance estatisticamente improvável de vencer. Os cristãos não devem colocar suas esperanças em riquezas. A esperança cristã de um futuro glorioso prometido por Deus é certa — diferente e oposta ao sonho do jogador. O grande lucro que a Bíblia nos aponta é “piedade com o contentamento”.2


O jogo é um vício. Isso é claramente incompatível com o modo de vida cristão. A igreja procura ajudar, não culpar, aqueles que sofrem pelo vício do jogo ou de outros vícios. Os cristãos reconhecem que são responsáveis perante Deus pelos seus recursos e estilo de vida.3


A organização da Igreja Adventista não aceita rifas ou loterias para arrecadar fundos e insta os membros a não participarem em tais atividades, mesmo que bem intencionadas. Tampouco vê com bons olhos os jogos de azar patrocinados pelo Estado. A Igreja Adventista convida todas as autoridades a prevenir a crescente disponibilidade dos jogos com seus efeitos prejudiciais para os indivíduos e a sociedade.


A Igreja Adventista rejeita os jogos de azar e não solicitará nem aceitará fundos que sejam claramente provenientes deles.


1. I Tess. 4:11; Gên. 3:19; Mat. 19:21; Atos 9:36; II Cor. 9:8e9.
2. I Tim.6:17;Heb. 11:1;I Tim.6:6.
3. 1 Cor. 6:19 e 20.


Esta declaração foi votada pela Comissão Administrativa da Associação Geral para divulgação durante a assembléia da Associação Geral realizada em Toronto, Canadá, de 29 de junho a 9 de julho de 2000.

Líder da Rádio Mundial fala sobre desafios da Janela 10/40


Brasília, DF… [ASN] O presidente da Rádio Mundial Adventista, pastor Dowell Chow, participou, em maio deste ano, do Encontro Mundial de Centros de Mídia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que aconteceu na sede da Rede Novo Tempo, em Jacareí, São Paulo. Na oportunidade concedeu esta entrevista para a ASN. Acompanhe.
ASN – Fale um pouco sobre os números da Rádio Mundial. Pessoas alcançadas, rádios em funcionamento, etc.
Pastor Chow – Trabalhamos com ondas curtas e temos 8 transmissores espalhados pelo mundo. Um deles é de propriedade da Igreja e fica na Ilha de Guam, ali há quatro transmissores de alta frequência. Temos sete outros transmissores alugados na Europa, Ásia, Sri Lanka, Taiwan, entre outros. Desses lugares transmitimos diariamente em 89 idiomas. Cobrimos toda Europa, Ásia, África, além da Indonésia, e ilhas do sudeste da Ásia. As Américas do Norte e do Sul são cobertas com internet e podcasts. Não temos muita atividade nesses continentes porque são regiões onde as pessoas têm inúmeros meios de receber o evangelho. Nossa ênfase é na Janela 10/40.
Recebemos notícias de muitas regiões, porém, de outros lugares as informações são quase zero porque as pessoas não podem escrever por proibição do governo, analfabetismo ou pobreza.
Por exemplo, do Vietnã, que é um país comunista, as pessoas não escrevem porque a correspondência é censurada. Até chamadas telefônicas são perigosas. Na China e Coréia do Norte acontece o mesmo. Mas temos informação, via celular, de que no Vietnã temos muitos ouvintes. Notícias dizem que há mais de 250 mil pessoas guardando o sábado naquele lugar. São pessoas que não estão batizadas porque não podemos chegar a elas, é proibido, mas sabemos que estão guardando o sábado.
A população desses países sabe que as emissoras locais são controladas, então usam as ondas curtas porque querem saber o que está acontecendo no mundo. Dessa forma chegam até a nossa rádio.
ASN – Como está a atuação da rádio em países de fala árabe?
 
Pastor Chow – A maioria dos países de idioma árabe está na janela 10/40. Temos programas em idioma árabe para penetrar nessas áreas em ondas curtas. Temos também programas em outras línguas para atingir países como Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, países que têm idiomas da gente nômade, do deserto. São muçulmanos e temos que alcançá-los em sua própria língua.
ASN – Como é a seleção de pessoal para falar todas estas línguas?
 
Pastor Chow - É um grande desafio. Temos 50 estúdios de produção em todo o mundo. Meu trabalho se concentra em procurar pessoas nativas que possamos empregar para atuarem como produtores de rádio. Não usamos tradução, temos gente contextualizada, ou seja, nosso pessoal fala de coisas que conhece, que vivencia. O maior desafio é encontrá-los e mantê-los. Acabamos de contratar um jovem tibetano adventista, que já está produzindo bons programas no Tibete.
ASN – A Rádio Mundial conta somente com pessoas contratadas ou também tem voluntários?
 
Pastor Chow – Os centros de produção são controlados pelos campos locais da Igreja nesses países. Por exemplo, temos um estúdio em Bangladesh que é administrado pela União local, ou seja, por líderes da igreja local. Os escritórios locais da Igreja é que controlam e operam estes centros de produção. Em alguns casos ajudamos financeiramente, mas nosso foco é oferecer equipe, treinamento grátis e material para que tenham recursos para o trabalho.
ASN – Conte algumas histórias de conversões através da Rádio Mundial.
 
Pastor Chow – Em março de 2012 fiquei sabendo de um senhor, residente no Marrocos, um país africano, muçulmano e monárquico, onde não há templos adventistas. Por vários anos este senhor escreveu e-mails e agora, no mês de março de 2012, viajou por conta própria do Marrocos para a cidade de Dacar, no Senegal, apenas para ser batizado. Pessoas como ele nos escrevem e-mails para avisar que estão crendo em Jesus e guardando o sábado.
Há também a história de um jovem coreano que estava estudando em uma Universidade na China. Ele era ateu e comunista. Sintonizando a rádio escutou A Voz da Esperança em seu idioma, o coreano. Escreveu para o estúdio e recebeu estudos bíblicos. Ele foi batizado, se mudou para o Colégio Adventista que há no Japão e hoje é um pastor na China. Outros dois companheiros dele também se converteram.
Temos ainda casos como o que acontece no nosso estúdio de Hong Kong, onde se faz programas em mandarim. Ali temos um pastor de uma igreja virtual. Não há uma construção, não há um prédio, mas há 300 membros virtuais na China. Ele pastoreia toda essa gente.
São estas as formas que utilizamos para alcançarmos estes lugares difíceis. Como estas há muitas outras histórias.
ASN – Como é possível ajudar a Rádio Mundial?
 
Pastor Chow – Em primeiro lugar orando pelos produtores e pelos ouvintes. Além disso, temos uma oferta anual oficial, que é coletada em nossas igrejas, em todo o mundo, no segundo sábado de março. Também é possível doar para Rádio Mundial através do site www.awr.org. [Entrevista concedida ao jornalista Felipe Lemos, com transcrição de Márcia Ebinger]

Saúde Emocional - Alegria

Alegria! Este devia ser um sentimento comum à vida no Éden perfeito. Infelizmente, como vimos o estudo anterior, com a entrada do pecado no mundo o ser humano conheceu os sentimentos ruins. Atualmente, para muitas pessoas, devido às condições difíceis em que vivem e ao sofrimento que enfrentam, a alegria se tornou um sentimento raro.

1. Mas, quais as implicações de uma vida sem alegria?
“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate.” Provérbios 15:13. 

“O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos.”Provérbios 17:22.

De acordo com a Bíblia, a alegria deixa o rosto mais bonito e é bom remédio para o corpo. Quem é que não quer ter rosto bonito e saúde?
Este sentimento tem sido alvo de muitas pesquisas científicas. Alguns dos resultados encontrados em pesquisas sobre a alegria são:
1. Experimentar sentimentos positivos, como alegria, amplia nosso horizonte mental permitindo que solucionemos problemas com mais rapidez;
2. Pessoas mais bem humoradas e alegres têm mais facilidade em usar a criatividade, são flexíveis e abertas a novas experiências;
3. Sentimentos positivos, como a alegria, ajudam as pessoas a se acalmarem com mais rapidez em situações estressantes;
4. A alegria fortalece o corpo e a mente e nos prepara melhor para enfrentar situações difíceis;
5. A alegria ajuda a reduzir a concentração de cortisol (hormônio do stress) no sangue;
6. Ao reduzir a concentração de cortisol no sangue, a alegria colabora para um sistema imunológico mais forte e nos protege contra doenças;
7. Rir tem efeito relaxante sobre o tônus muscular;

2. Mas, em meio a tantas coisas ruins que vemos nos jornais, e situações difíceis que vivemos diariamente, como podemos ser alegres?
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas 5:22 e 23.
A verdadeira alegria é produzida em nossa vida pela ação do Espírito Santo. Quando o Espírito de Deus atua em nossa vida, mesmo que estejamos enfrentando alguma situação difícil, podemos nos alegrar. Por isso Jesus disse: “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.” Mateus 5:11-12.
Pode parecer estranho ler que devemos nos alegrar quando pessoas nos insultarem, perseguirem e espalharem mentiras sobre nós, mas é isso que Jesus está dizendo que devemos fazer. Quando enfrentamos dificuldades na vida porque decidimos servir a Deus, podemos nos alegrar na certeza de que há algo muito especial preparado para nós no céu, e o Espírito Santo nos dará essa alegria. A Ele Jesus se referiu na Bíblia como sendo o “Consolador” (João 14:16). Ainda que tudo esteja ruim, podemos confiar que com o Espírito de Deus em nossa vida é possível ter alegria.

3. Como a Bíblia nos aconselha que expressemos a alegria?
“Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.” Salmos 100:4.

“Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores.” Tiago 5:13.

Para refletir:
“A fim de que tenhamos saúde perfeita nosso coração deve estar cheio de esperança, amor e alegria.” Conselhos Sobre Saúde, pág. 587.

Estudo 02 da Série Saúde Emocional

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Suas Dúvidas Sobre a Lei de Deus Respondidas



Na parte 1 de "Os Dez Mandamentos Revisitados", foi comprovado a partir do Novo Testamento que os cristãos que são salvos pela graça, devem - por amor a Jesus Cristo - sinceramente se esforçar para guardar os Dez Mandamentos. Na parte 2, descobrimos que quando o Novo Testamento fala de uma certa "lei" sendo "abolida" por Jesus Cristo, ele está se referindo "a lei dos sacrifícios", escrita por Moisés, e não aos Dez Mandamentos escritos em pedra pelo dedo de Deus. Na parte 3, analisaremos um número de textos do Novo Testamento frequentememnte citados que estão agora a ser interpretados pelos indoutos no sentido de que os Dez Mandamentos não devem continuar a serem rigorosamente obedecidos. A verdade é que os Dez Mandamentos permanecem - e nem um jota ou til mudou - e deve ser honrado por todos os que crêem no Crucificado.


O que é o "Novo Mandamento"?
Jesus disse: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei" (João 13:34). O Mandamento de Cristo para "amar" não era novo. Moisés disse: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Levítico 19:18). A novidade é a expressão, "como eu vos amei". Como é que Jesus nos amou? Ao morrer na cruz por nossos pecados de quebrar a lei de Deus! (1 Coríntios 15:3; 1 João 3:4). O "novo" mandamento de Cristo não leva à ruptura dos 10 Mandamentos, pois isso nunca fez Jesus. Paulo escreveu: "amar é obedecer a toda a lei." (Romanos 13:10 NTLH). Através da graça, o amor à Deus que sentimos nos esforçará para cumprirmos cada um dos Dez Mandamentos. "Pois amar a Deus é obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são difíceis de obedecer" (1 João 5:3 NTLH).


E sobre o "Dois Mandamentos''?
"...Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mateus 22:37-40). Jesus estava citando o Antigo Testamento: Deuteronômio 6:5 "Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força." e Levítico 19:18 "...amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR". Os dois "são apenas um resumo dos dez". "Amar a Deus" é guardar os quatro primeiros mandamentos. "Amar" ao homem é guardar os seis últimos. Paulo disse que os mandamentos da segunda tábua da lei são brevemente descritos nessas palavras, a saber: "...Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Romanos 13:9). Se guardamos os dois, nós guardaremos os dez.


O que é a Nova Aliança?
"porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mateus 26:28). "Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei...de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades" (Hebreus 10:16-17). Assim, a Nova Aliança é o perdão de nossos pecados através do sangue de Jesus Cristo e os Dez Mandamentos escritos no coração pelo poder de Deus.


"Não debaixo da Lei, mas da graça?" Romanos 6:14
Estar "debaixo" da lei significa ser "culpado diante de Deus" por quebrar a lei. (Romanos 3:19-20). Significa que a lei está figurativamente "em cima" de nós. Quando nos arrependemos de nossos pecados e temos fé em Jesus Cristo, somos perdoados por sua graça e já não somos "culpados diante de Deus". Então estamos livres para quebrar a lei? Paulo escreveu: "Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!" (Romanos 6:15).


Jesus Cristo "cumpriu a Lei", o que isto significa?
Jesus disse: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas cumprir" (Mateus 5:17). "Cumprir" certamente não significa "destruir". Mas cumpri-la em sua plenitude. E ainda dá um aviso aos que violam a Lei de Deus: "Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus..." (Mateus 5:19). Em Alguns capítulos anteriores, Jesus disse que Ele veio para "cumprir toda a justiça", quando Ele foi batizado (Mateus 3:15). Será que isso significa que Ele aboliu o batismo, porque Ele o "cumpriu"? Obviamente que não. Ele cumpriu o batismo como para nos servir de exemplo. É o mesmo com a lei. Durante sua vida terrena, Jesus Cristo cumpriu perfeitamente os Dez Mandamentos, guardando-os para nos servir de exemplo. Ele nunca roubou, mentiu, ou desonrou seus pais. Jesus Cristo também disse, "enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei - nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas" (Mateus 5:18 NTLH). À luz disto, então Ele disse que não deveríamos "quebrar nenhum dos mandamentos", mas que deveríamos "...obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo". (Mateus 5:18-19 NTLH).


Quais são os "mandamentos" dos quais ele estava falando? Alguns versículos depois, Jesus referiu-se ao 7º mandamento que diz: "Não adulterarás." (Mateus 5:27). Em seguida, declarou que até mesmo o olhar lascivo significava cometer adultério no coração (vs 28) e poderia levar uma pessoa para o inferno (v. 29). Assim quebrar a lei moral de Deus dos Dez Mandamentos é perigoso e potencialmente condenatório para a alma. Isso é o que Jesus Cristo ensinou claramente.


Portanto, quando os professos cristãos dizem que Jesus Cristo aboliu os Dez Mandamentos, alguém deveria perguntar: "Será que o verdadeiro Jesus se levantaria a favor disso?"


"Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira. Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas" (Apocalipse 22:14-16 - King James)


Artigo de Steve Wohlberg, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com do original "Your "Law Questions" Answered"

A Posição da Igreja Adventista Sobre o Porte de Armas


As armas automáticas ou semi-automáticas de estilo militar estão se tornando cada vez mais disponíveis aos civis. Em algumas regiões do mundo é relativamente fácil a aquisição de tais armas.


Elas aparecem não apenas nas ruas, mas também nas mãos de jovens nas escolas. Muitos crimes são cometidos por meio do uso dessas armas. São feitas para matar e não têm nenhuma utilidade recreativa legítima.


Os ensinos e o exemplo de Cristo constituem a norma e o guia para o cristão de hoje. Cristo veio ao mundo para salvar vidas, não para destruí-las (Lucas 9:56). Quando Pedro sacou de sua arma, Jesus lhe disse: “Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão” (Mateus 26:52). Jesus não Se envolvia em violência.


Alguns argumentam que a interdição das armas de fogo limita os direitos das pessoas e que as armas não cometem crimes, mas sim as pessoas. Embora seja verdade que a violência e as inclinações criminosas conduzem às armas, também é verdade que a disponibilidade das armas leva à violência.


A oportunidade de civis comprarem ou adquirirem de outro modo as armas automáticas ou semi-automáticas apenas aumenta o número de mortes resultantes dos crimes humanos. A posse de armas de fogo por civis nos Estados Unidos aumentou a uma estimativa de 300 por cento nos últimos quatro anos. Durante o mesmo período, houve um assombroso aumento de ataques armados e, conseqüentemente, mortes.


Na maior parte do mundo, as armas não podem ser adquiridas por nenhum meio legal. A igreja vê com alarme a relativa facilidade com que elas podem ser adquiridas em algumas regiões. Sua acessibilidade só pode abrir a possibilidade de mais tragédias.


A busca da paz e a preservação da vida devem ser os objetivos do cristão. O mal não pode ser combatido eficazmente com o mal, mas deve ser vencido com o bem. Os adventistas, como outras pessoas de boa vontade, desejam cooperar na utilização de todos os meios legítimos para reduzir e eliminar, onde possível, as causas fundamentais do crime.


Além disso, tendo-se em mente a segurança pública e o valor da vida humana, a venda de armas de fogo automáticas ou semi-automáticas deveria ser estritamente controlada. Isso reduziria o uso de armas por pessoas mentalmente perturbadas e por criminosos, principalmente aqueles envolvidos com drogas e atividades de quadrilhas.


Esta declaração foi liberada peio então presidente da Associação Geral, Neal C. Wilson, após consulta com os 16 vice-presidentes da Igreja Adventista, em 5 de julho de 1990, durante a assembléia da Associação Geral realizada em Indianápolis, Indiana.


Fonte: “Declarações da Igreja”

Informativo Mundial das Missões – 16/06/12

Informativo Mundial das Missões – 16/06/12

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Via Adventismo em Foco

Saúde Emocional - Seres que sentem


Fomos criados por Deus como seres que possuem sentimentos e emoções. Seres que sentem as coisas ao seu redor, com a mente e o corpo. Você já ouviu a expressão “estou com um frio na barriga”? Sabemos que quem diz isso não está se referindo ao fato de não estar agasalhado o suficiente na região abdominal, mas a uma emoção (possivelmente a ansiedade).


Sentimos com a mente e com o corpo porque mente e corpo trabalham em conjunto, são interdependentes e influenciam-se mutuamente. Dessa forma, saúde física e saúde emocional se relacionam intimamente também, e se queremos ser saudáveis e ter qualidade de vida, precisamos cuidar não apenas das questões físicas, mas também das nossas emoções. 
Algumas funções das emoções:
1. Permitem que avaliemos os estímulos presentes em nosso ambiente (nossa avaliação sobre as coisas que nos cercam estão intimamente relacionadas com as emoções que elas produzem em nós);
2. Prepara-nos para algumas ações (quando sentimos medo, por exemplo, o acelerar do pulso e a tensão muscular nos preparam para uma fuga mais fácil);
3. Auxilia nos relacionamentos (o sentimento de empatia, por exemplo, nos permite colocarmo-nos no lugar do outro e compreendê-lo melhor). 
Existem em nosso mundo tantas coisas que nos fazem sentir emoções e sentimentos ruins, não é verdade? Uma pessoa que não vê solução para seus problemas e angústias, e que não suporta mais sofrer, pode chegar ao seguinte questionamento: “Por que me sinto tão mal? Por que não consigo sentir sentimentos bons?”.


1. Como era o mundo logo que Deus o criou? 
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.” Gênesis 1:31.


 2. Que coisas Deus se preocupou em providenciar para que o homem se sentisse bem no mundo criando por Ele? 
“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” Gênesis 2:2 e 3.


 “Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” Gênesis 2:9.


 “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” Gênesis 2:18.


A criação de Deus era perfeita. Ele olhou para o que havia criado e viu que era muito bom! Deus se preocupou em separar um dia para que o homem se relacionasse com Ele de forma mais íntima, providenciou árvores não apenas para alimentar o homem, mas também para compor uma paisagem que lhe fosse agradável aos olhos, e lhe deu uma companheira. Tudo isso formava, no Éden, um ambiente propício para bons sentimentos e emoções! Imagine o bem estar sentido por Adão e Eva nos dias que viveram felizes no jardim!Observe o que está escrito em Gênesis 2:25: “O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.” Adão e Eva não sentiam vergonha por estar nus. Não havia incômodo na atmosfera agradável criada por Deus neste mundo. Podemos acreditar que tudo era realmente muito bom!


3. Quando, então, o ser humano começou a sentir sentimentos e emoções ruins? Gênesis 3:1-10 
1 Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
2 Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.
4 Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.
5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.
6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.
7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.


”Os primeiros sentimentos ruins sentidos pelo ser humano foram vergonha e medo. Eles sentiram vergonha quando perceberam que ambos estavam nus, e sentiram medo quando ouviram a voz de Deus. Desde esse dia, esses e outros sentimentos ruins nos assombram e, muitas vezes, comprometem nossa saúde emocional. Mas, mesmo com tantas coisas ruins que afetam nossas emoções, podemos ter sentimentos bons hoje! Ao longo desse estudo, descobriremos como lidar com as principais emoções ruins que têm afetado nossas vidas.


Para refletir: “Cada emoção e desejo tem de ser mantido em sujeição à razão e à consciência.” Mente, Caráter e Personalidade, vol.1, p. 325.

Estudo 01 da Série Saúde Emocional

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